Download PDF
ads:
EXTRATO DE ORÉGANO COMO ADITIVO
EM RAÇÕES DE FRANGOS DE CORTE
Ellen Hatsumi Fukayama
2004
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
ELLEN HATSUMI FUKAYAMA
EXTRATO DE ORÉGANO COMO ADITIVO EM RAÇÕES DE
FRANGOS DE CORTE
Dissertação apresentada à Universidade
Federal de Lavras como parte das exigências
do Programa de Mestrado em Zootecnia, área
de concentração em Nutrição de
Monogástricos, para a obtenção do título de
“Mestre”.
Orientador
Prof. Antonio Gilberto Bertechini
LAVRAS
MINAS GERAIS - BRASIL
2004
ads:
Ficha Catalográfica Preparada pela Divisão de Processos Técnicos da
Biblioteca Central da UFLA
Fukayama, Ellen Hatsumi
Extrato de orégano como aditivo em rações de frangos de corte / Ellen
Hatsumi Fukayama. -- Lavras : UFLA, 2004.
48 p. : il.
Orientador: Antonio Gilberto Bertechini.
Dissertação (Mestrado) – UFLA.
Bibliografia.
1. Extrato de orégano. 2. Frangos de corte. 3. Fitoterápico. 4. Aditivo. 5.
Promotor de crescimento. 6. Desempenho. 7. Imunidade. I. Universidade
Federal de Lavras. II. Título.
CDD-636.50855
ELLEN HATSUMI FUKAYAMA
EXTRATO DE ORÉGANO COMO ADITIVO EM RAÇÕES DE
FRANGOS DE CORTE
Dissertação apresentada à Universidade
Federal de Lavras como parte das exigências
do Programa de Mestrado em Zootecnia, área
de concentração em Nutrição de
Monogástricos, para a obtenção do título de
“Mestre”.
APROVADA em 9 de julho de 2004.
Prof. Luis David Solis Murgas UFLA
Prof. Elias Tadeu Fialho UFLA
Prof. Paulo Borges Rodrigues UFLA
Prof. Édison José Fassani UNIFENAS
Prof. Antonio Gilberto Bertechini
UFLA
(Orientador)
LAVRAS
MINAS GERAIS - BRASIL
Aos meus amáveis pais Kiyoci e Taeko, e irmão Hebert, que mesmo nas
horas mais difíceis de suas vidas, não me permitiram interromper o
mestrado e ajudá-los. Ao contrário, me deram muitos incentivos para
realizar este sonho, o qual hoje é realidade!
Dedico
Ao meu amor, Rafael, o meu MUITO OBRIGADO por toda ajuda na
decisão deste experimento, pela paciência e por acreditar em mim... cumpri!
Ofereço
AGRADECIMENTOS
À Universidade Federal de Lavras, pela oportunidade da realização
deste curso.
Ao meu orientador, Prof. Antonio Gilberto Bertechini, pela pessoa que
é, sem palavras... e pelos ensinamentos, amizade e confiança.
Aos professores membros da banca examinadora, Luis David Solis
Murgas, Édison José Fassani, Elias Tadeu Fialho e Paulo Borges Rodrigues, por
todas as orientações, os conselhos e as correções.
Aos professores que me ajudaram muito nas orientações durante o meu
mestrado, Cristina Dellareti, Roberta Piccoli, Rilke de Freitas, Antônio Soares,
Renata Apocalypse, Raimundo Souza, Priscila Logato e Ana Viveiros, obrigada!
As empresas OURO FINO Saúde Animal do Brasil e MERIDEN da
Inglaterra por toda ajuda na realização deste experimento.
Aos funcionários do Departamento de Zootecnia, Rogéria, Pedro,
Carlos, Borginho, Gilberto, João, Keila, rcio, Hélio, Claudinho, Dona Lia,
Betinho, Hernani, entre vários outros, pela amizade, ajuda e incansáveis
momentos de conversas.
Aos funcionários do Departamento de Medicina Veterinária, William,
Marquinho e Weslei, por todo auxílio e amizade.
Ao funcionário da biblioteca, Luís, pelas correções das referências
bibliográficas da minha dissertação.
Aos meus amigos “irmãos” Reinaldo, Jerônimo, Adriano Geraldo,
Henrique, Édison, Gislene, Lyvia, Vanessa, Juliana, Kamilla, Adriano Kaneo,
Pedro, Victor, Lucas, Márcio, Júlio, Rodrigo, Fabrício, Michel, Renata, Paula,
Mônica, Kênia, Ana Lígia e Vinícius o meu MUITO OBRIGADA, por toda
ajuda, durante o meu mestrado. Se todos pudessem ter a oportunidade de ter
vocês em um grupo de trabalho, com certeza seriam muito felizes, assim como
eu fui! Vocês entraram e para sempre irão morar em meu coração, VALEU!
Aos meus amigos de alegrias, Roberta, Alessandra, Arnaldo, Sérgio,
Sirlei, Cristóvan, Augusto, Márcia, Aniela, rcio, Renato, Nelson, Yolanda,
Paula, Juliana, Leonardo Lara, José Walter, Anderson, Germano, Leozinho,
Leonardo (japonês), Joice, Simone, Fabiana, Malu, Pedro, Gabriela, Lutércia,
Ana Luiza, Viviane, Milena, Thaís, por toda ajuda e alegria, pois sem eles, meu
mestrado não teria graça.
As minhas famílias Nakau, Fukayama e Denise Nishimura pelos
créditos depositados em mim.
Em especial, meu eterno agradecimento ao meu Vovô Nakau por todo
carinho e companheirismo. Dedico essa vitória ao senhor!
A minha Família Neme, a qual tanto afeto e respeito tenho. Obrigada!
Realmente, passou muito rápido!
A todos aqueles que direta ou indiretamente, contribuíram para a
realização deste trabalho, o meu mais profundo agradecimento.
OBRIGADA !
BIOGRAFIA
ELLEN HATSUMI FUKAYAMA, filha de Kiyoci Fukayama e Taeko
Nakau Fukayama, nasceu em Ribeirão Preto - SP, em 07 de maio de 1980.
Concluiu o ensino fundamental na escola Centro Educacional SESI 301
e o ensino médio no Colégio Carlos Chagas (Anglo) de Ribeirão Preto - SP, em
1997.
Em março de 1998, ingressou na Universidade Estadual Paulista,
Campus de Jaboticabal, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, onde, em
novembro de 2002, obteve o título de Zootecnista.
Em fevereiro de 2003 iniciou o curso de pós-graduação em Zootecnia na
Universidade Federal de Lavras, concentrando seus estudos na área de Nutrição
de Monogástrico.
Em 09 de julho de 2004 submeteu-se à defesa de dissertação para a
obtenção do título de “Mestre”.
SUMÁRIO
Página
LISTA DE TABELAS ....................................................................................i
RESUMO.........................................................................................................iii
ABSTRACT..................................................................................................
...............iv
1. INTRODUÇÃO 1
2. REFERENCIAL TEÓRICO 3
2.1 Uso do extrato de orégano como aditivo substituto aos promotores de
crescimento.......... ...................................................................................3
2.2 Definição e situações da utilização dos fitoterápicos..............................5
2.3 Retirada dos antibióticos na alimentação de frangos de corte ................8
2.4 Microbiota intestinal de aves.......... ......................................................12
3 MATERIAL E MÉTODOS..................................................................15
3.1 Localização e época de realização do experimento ..............................15
3.2 Aves, instalações e equipamentos.........................................................15
3.3 Tratamentos e rações experimentais.....................................................16
3.4 Medidas de desempenho dos frangos ...................................................18
3.5 Rendimento de carcaça.........................................................................19
3.6 Medidas de peso e tamanho de órgãos do sistema imunológico............19
3.7 Morfometria do trato gastrointestinal ...................................................20
3.7.1 Preparação das lâminas......................................................................20
3.8 Análise microbiológica – Contagem total de bactérias.........................23
3.9 pH do conteúdo do duodeno e ceco......................................................24
3.10 Delineamento experimental e análises estatísticas..............................24
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO..........................................................25
4.1 Desempenho dos frangos......................................................................25
4.2 Avaliação de carcaça ...........................................................................29
4.3 Órgãos relativos à imunidade................................................................31
4.4 Morfometria do trato digestório............................................................33
4.5 Análise microbiológica – Contagem de bactérias.................................36
4.6 pH do duodeno e do ceco......................................................................39
5 CONCLUSÕES ....................................................................................41
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................42
i
LISTA DE TABELAS
Página
TABELA 1 Composição percentual das rações basais utilizadas em cada
fase experimental.............................................................. 17
TABELA 2
Consumo médio de ração (CR), ganho de peso (GP) e
conversão alimentar média (CA), no período de 1 a 21 dias e
1 a 42 dias de idade das aves, e seus respectivos desvios
padrões (DP) em função dos tratamentos
experimentais...........................................................................
26
TABELA 3
Rendimento de carcaça, peito e gordura abdominal, aos 42
dias de idade das aves e seus respectivos desvios padrões
(DP), em função dos tratamentos experimentais
tos.............................................................................................
30
TABELA 4
Peso do baço, peso do timo, peso da bursa de Fabricius em
relação à percentagem do peso das aves e tamanho da bursa
de Fabricius aos 21 e aos 42 dias de idade, e seus respectivos
desvios padrões (DP), em função dos tratamentos
experimentais...........................................................................
32
TABELA 5
Altura de vilosidades (µm), profundidade de criptas (µm) e
relação vilosidade:cripta (µm) do duodeno das aves, aos 21 e
aos 42 dias de idade e seus respectivos desvios padrões
(DP), em função dos tratamentos
experimentais...........................................................................
34
ii
TABELA 6
Contagem total de bactérias e teste destas bactérias para
identificação de gram negativo e gram positivo na amostra
do ceco das aves aos 42 dias de idade, de acordo com os
tratamentos...............................................................................
37
TABELA 7
pH do duodeno e ceco das aves, aos 21 dias e 42 dias de
idade e seus respectivos desvios padrões (DP), em função
dos tratamentos experimentais................................................ 40
iii
RESUMO
FUKAYAMA, Ellen Hatsumi. Extrato de orégano como aditivo em rações de
frangos de corte. LAVRAS: UFLA, 2004. 48 p. (Dissertação - Mestrado em
Zootecnia).
*
Os objetivos deste experimento foram avaliar os efeitos da inclusão de extrato de
orégano, como aditivo promotor de crescimento, nas rações, sobre o
desempenho (consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar), o
sistema imune das aves (peso e tamanho da bursa de Fabricius, peso do baço e
peso do timo), as características anatomo-fisiológicas do trato gastrointestinal
(altura de vilosidade, profundidade de cripta e suas relações), a microbiologia do
ceco e o pH do duodeno e ceco de frangos de corte. Foram utilizados 1.440
pintos de corte machos Cobb 500, em duas fases de criação (1 a 21 e 22 a 42
dias de idade), distribuídos em delineamento inteiramente casualizado com seis
tratamentos e oito repetições de 30 aves cada. Utilizou-se uma ração basal (RB)
para cada fase da criação sendo que os tratamentos constituídos foram T1 - RB;
T2 – RB com antibiótico (25 ppm de bacitracina de zinco); T3 – RB com
0,025% de extrato de orégano (EO); T4 – RB com 0,050% de EO; T5 – RB com
0,075% de EO e T6 RB com 0,100% de EO, sendo utilizados os mesmos
tratamentos nas duas fases de criação. Observou-se que os tratamentos não
influenciaram (P>0,05) o desempenho das aves nas duas fases de criação. As
variáveis de imunidade e avaliação fisiológica-anatômica do trato
gastrointestinal aos 21 dias, não apresentaram diferenças (P>0,05). Apenas o
peso do baço e altura de vilosidade aos 42 dias de idade, foram influenciados
pelos diferentes tratamentos (P<0,05). Houve uma redução no número de
bactérias no ceco das aves, a medida que se elevou o conteúdo do EO nas
rações, sendo que este resultado, indicou ão antimicrobiana dos componentes
deste extrato. Não houve diferenças (P>0,05) nos pHs dos conteúdos duodenal e
cecal entre os tratamentos. Na condição em que foi realizado o experimento,
pode-se concluir que o uso do extrato de orégano como aditivo promotor de
crescimento, não apresentou comportamento diferente ao antibiótico e a
testemunha.
*
Comitê de Orientação: Prof. Antonio Gilberto Bertechini– UFLA (orientador), Prof.
Luis David Solis Murgas – UFLA, Prof Elias Tadeu Fialho.– UFLA, Prof. Paulo
Borges Rodrigues– UFLA, Prof. Édison José Fassani – UNIFENAS
iv
ABSTRACT
FUKAYAMA, Ellen Hatsumi. Oregan extract as an additive in broiler diet.
LAVRAS:UFLA, 2004. 48 p. (Dissertation – Master in Animal Science).
*
The objectives of this experiment were to evaluate the efficacy of oregano
extract, as growth promoter on performance (feed intake, body weight and feed
conversion), immune system (bursa Fabricius weight and volume, spleen weight
and thymus weight), anatomic-physiological parameters of the gastrointestinal
tract (villy heigh, crypta profundity and villy:crypta ratio), microbiological
analysis of broilers caecum, caecum pH and duodenum pH. 1440 Cobb 500
males, in two stages of development (1 to 21 and 22 to 42 days of age). Were
randomly distributed into six treatments and eight replicates. A different basal
diets (BD) was used for each phase and the treatments were: T1 - BD; T2 - BD
with antibiotic (25 ppm zinc bacitracin); T3 - BD with 0.025% oregano extract
(OE); T4 - BD with 0.050% OE; T5 - BD with 0.075% OE and T6 - BD with
0.100% OE. The broiler performance both stages of development was not
affected by any diet. The immune system and anatomic-physiological
parameters of gastrointestinal tract was not affect by any diet, during the first
stage. Spleen weight and villy height were affect by diets. There was a decrease
on the number of bacteriums in caecum, indicating antimicrobian action of
oregan extract. Duodenum and caecum pH were not affected by any diet. Based
on these results, it is not possible to conclude the efficacy of oregan extract as
growth promoter.
*
Guidance Committee: Professor Antonio Gilberto Bertechini_UFLA (Adviser),
Professor Luis David Solis Murgas UFLA, Professor Elias Tadeu Fialho –UFLA,
Professor Paulo Borges Rodrigues –UFLA, Professor Ëdison José Fassani -
UNIFENAS.
1
1 INTRODUÇÃO
Desde a década de 1970 a avicultura industrial vem se destacando pela
sua alta eficiência em produzir carnes de excelente qualidade protéica, em
menores tempo e custo, quando comparadas às outras carnes. Para sustentar o
desenvolvimento de toda a cadeia produtiva avícola, muitas pesquisas nas áreas
de melhoramento genético, nutrição, sanidade e manejo vêm sendo realizadas.
Junto a esse desenvolvimento, deu-se início ao uso em larga escala de
antibióticos como promotores de crescimento na produção de frangos de corte,
melhorando o desempenho animal e diminuindo a mortalidade causada por
infecções clínicas e subclínicas.
Após anos seguidos do uso de antibióticos como promotores de
crescimento na alimentação de aves, alguns questionamentos foram levantados.
Dentre eles, se estes produtos continham os mesmos princípios ativos de
antibióticos usados na terapêutica humana ou apresentavam moléculas cuja
estrutura induzia resistência cruzada a antibióticos usados em humanos.
Resíduos desses antibióticos poderiam permanecer na carne e, assim, passar ao
consumidor final, propiciando o aparecimento de resistência de bactérias
intestinais aos promotores de crescimento. Muitas pessoas têm um incorreto
conceito de que os alimentos contêm concentrações altas de drogas ou resíduos
de hormônio que causam significantes preocupações ou problemas para a saúde.
Uma vez respeitadas as dosagens e períodos de retirada dos promotores de
crescimento, os alimentos se encontram nos padrões mais altos de segurança
para o consumidor.
2
No entanto, o uso de antibióticos como promotores de crescimento está
sendo gradualmente banido por países da Comunidade Européia e poderá ser
eliminado até 2006. Sendo o Brasil o segundo maior produtor mundial de frango
de corte, é preciso estar preparado para atender às exigências de exportações,
desenvolvendo novas tecnologias e pesquisas que possibilitem alternativas para
a substituição dos antibióticos.
Dentre as alternativas, os aditivos fitogênicos, extratos herbais ou
extratos vegetais, fazem parte de uma classe de produtos que pode vir a
substituir os agentes antimicrobianos. Dentre as diferentes opções, destaca-se o
extrato de orégano, por ser composto de dois principais fenóis com propriedades
antimicrobianas: o carvacrol e o thymol, que agem sobre a membrana celular
bacteriana, impedindo sua divisão mitótica, causando desidratação nas células e,
com isso, impedindo a sobrevivências de bactérias patogênicas, apresentando
grande efeito como agente antimicrobiano.
Assim, o objetivo da presente pesquisa foi avaliar os efeitos dos níveis
crescentes do extrato de orégano como alternativa aos aditivos em rações de
frangos de corte de 1 a 42 dias de idade.
3
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Uso do extrato de orégano como aditivo substituto aos promotores de
crescimento
De acordo com a Federal Food and Drug Administration (FDA), o
orégano é classificado como “Generally Recognized as Safe”. Este termo é
usado para descrever todas ervas e espécies que são usadas na alimentação
humana. O orégano tem sido utilizado na alimentação humana, no mínimo,
2.300 anos.
O extrato de orégano é uma planta cujo óleo essencial é extraído e
destilado a vapor de plantas híbridas de Origanum vulgare ssp. hirtum. Em sua
composição, 85% constituem-se de dois componentes fenóis naturais
fundamentais na ação antimicrobiana, o carvacrol e o thymol, os quais agem
sobre a membrana celular bacteriana impedindo sua divisão mitótica, causando
desidratação nas células e, com isso, impedindo a sobrevivências de bactérias
patogênicas. Outros estudos mostraram que estes dois componentes são
conhecidos como isoprenóides, ou seja, flavorizantes naturais, apresentando um
efeito positivo na ingestão de ração, não proporcionando odor e gosto para a
carne e ovos de animais alimentados com o extrato de orégano (Tsinas, [2003?]).
Estudos realizados com animais mostraram que o uso do extrato de
orégano proporcionou um aumento do comprimento da vilosidade, melhorando a
área de superfície e, conseqüentemente um aumento da absorção de nutrientes,
entre outras funções, como antioxidante, antifúngico, antimicrobiano e
anticoccidiano (Tsinas, [2003?]).
Segundo Stiles et al. (1995) e Sivropoulou et al. (1996), o óleo essencial
de orégano mostrou efeito antagonista às bactérias gram-positivas e na gram-
4
negativas, especialmente com E. coli, mostrando assim a sua eficiência
antimicrobiana.
Em contraste com o antibiótico promotor de crescimento, não
evidência de resistência bacteriana pelo uso do extrato de orégano (Ingram,
1997).
Segundo Miltenburg (2000), a maioria dos extratos deve ser incluída em
altas doses para que se observem efeitos comparáveis aos efeitos bacteriostáticos
dos antibióticos. Pode-se concluir que muitos extratos contêm vários princípios
ativos e que apenas alguns destes princípios ativos, pela sua estrutura química,
tem algum efeito antimicrobiano. Para o Origanum vulgare, foram descritos
mais de 30 compostos químicos antibacterianos, porém, apenas 3 ou 4 têm uma
ação antibacteriana por si mesmo, no entanto, não em uma concentração
suficiente para mostrar efeitos semelhantes aos antibióticos promotores de
crescimento. Os especialistas e nutricionistas da indústria de alimentação animal
afirmam que formulações com extratos de ervas devem ser suplementadas em
combinações (misturas) de diferentes extratos ou reforçados com princípios
bioativos para alcançar resultados técnicos satisfatórios.
Cada vez mais vem se tornando vultosa a participação de plantas
medicinais e seus vários usos no cotidiano, tendo em vista a melhoria da
qualidade de vida, a crescente busca pela saúde plena e a retirada dos efeitos
colaterais da grande maioria dos remédios industrializados (Emiliano, 2003).
Atualmente, várias alternativas para os antibióticos promotores de
crescimento vêm sendo utilizadas, mas ainda são necessárias muitas pesquisas
para encontrar novos aditivos por um custo mais econômico (Miltenburg, 2000).
5
2.2 Definição e situações da utilização dos fitoterápicos
A palavra fitoterapia é formada de dois radicais gregos: fito, que vem de
phyton, que significa planta e terapia, vem de therapia, que significa tratamento.
Ou seja, tratamento utilizando plantas medicinais. Esta palavra foi criada para
designar tradições populares de tratamento, nas quais as plantas medicinais são
usadas como medicamento. O uso terapêutico de plantas medicinais ficou
restrito à abordagem leiga desde o salto tecnológico da indústria farmacêutica
ocorrido nas décadas de 1950 e 60. As plantas medicinais têm sido um
importante recurso terapêutico desde os primórdios da antigüidade até nossos
dias, contudo, até 2002 representavam a principal arma terapêutica conhecida
(Indicador terapêutico, 2002).
Estimativas recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam
que 80% da população dos países em desenvolvimento dependem da medicina
tradicional e que cerca de 85% dessa medicina envolvem o uso de extratos de
plantas (Pavan–Fruehauf, 2000). Estima-se também que 25.000 espécies de
plantas sejam usadas nas preparações da medicina tradicional. É conveniente
lembrar que mais de 365.000 espécies de plantas foram catalogadas, o que
corresponde a cerca de 60% das existentes. Estes valores tornam-se mais
significantes na demonstração da importância das plantas medicinais e como
estímulo à sua investigação, se os considerarmos frente às estimativas de que
somente cerca dos 8% das espécies existentes de plantas o sistematicamente
estudadas em termos de compostos bioativos e que apenas 1.100 espécies das
365.000 conhecidas foram estudadas em suas propriedades medicinais. Na
velocidade em que ocorre o fenômeno de extinção das espécies vegetais, um
enorme número de plantas com propriedades medicinais corre o risco de
desaparecer antes de seu valor ser reconhecido, o que torna ainda mais urgente
intensificar os investimentos nesta área (Garcia et al., 2003).
6
Entretanto, com o pouco que se conhece sobre a biodiversidade das
florestas tropicais torna-se óbvio que o estudo de plantas medicinais no Brasil
ainda é fragmentário e escasso. Cerca de 2/3 das espécies de plantas se
encontram nos trópicos. Como conseqüência, pode-se esperar que as potenciais
descobertas de novos produtos naturais biologicamente ativos ocorrerão em
florestas tropicais. Nosso país possui cerca de 60.000 espécies de plantas, o que
corresponde a cerca de 20% de toda a flora mundial conhecida e não menos de
75% de todas as espécies existentes nas grandes florestas. Com este número de
espécies, não é surpresa o descobrimento de plantas que contêm valores de cura
ainda não explorados em nossa flora.
Aquino (2002) menciona que 40% dos medicamentos produzidos no
Brasil possuem princípios ativos retirados das plantas.
Atualmente, as mais poderosas indústrias farmacêuticas do planeta estão
investindo na tentativa de descobrir novas moléculas de valor terapêutico a partir
da riquíssima biodiversidade presente nas florestas tropicais, como a existente na
região amazônica (Sabbatini, 2002).
De acordo com Menten (2002), uma classe de produtos que pode vir a
substituir os agentes antimicrobianos consiste dos aditivos fitogênicos, extratos
herbais ou extratos vegetais. Esses extratos de plantas são constituídos por óleos
essenciais que contêm misturas de substâncias, algumas das quais são princípios
ativos, com efeito de promotor de crescimento de aves e outros animais. Os
óleos essenciais são extraídos por destilação a vapor de diferentes partes das
plantas, como folhas, sementes, frutos, bulbos, rizomas, cascas, etc. Muitos
produtos são produzidos comercialmente com propriedades terapêuticas e
aromatizantes.
Deans & Ritchie (1987) fizeram uma avaliação das propriedades
antibacterianas de óleos essenciais de 50 plantas e, entre os mais potentes,
7
indicaram os de cravo, amêndoa amarga, pimenta vermelha e noz moscada.
Outros autores acrescentaram os extratos de louro, alecrim, orégano e coentro.
Diversos princípios ativos dos extratos vegetais tiveram seus efeitos
antimicrobianos demonstrados in vitro. Entretanto, a concentração inibitória
mínima (CIM) encontrada para essas substâncias é muito superior à dos
antibióticos. Como exemplo, Kamel (2000) apresentou resultados de CIM de
diversos óleos essenciais contra patógenos Escherichia coli, Salmonella
typhimurium, Campylobacter sp e Clostridium perfringens variando, na maioria
dos casos, de 100 a 500 ppm, enquanto que, para o olaquindox, as CIM contra
essas bactérias foram de 10 a 20 ppm. Além disso, considerando que as doses
recomendadas dos aditivos fitogênicos nas rações são inferiores às CIM
encontradas in vitro e que, no conteúdo intestinal, o efeito da diluição reduz
muito sua concentração, pode-se concluir que, na prática, o efeito antibacteriano
não é importante para explicar seu efeito promotor de crescimento.
Em contraposição, Freitas et al. (2001) não obtiveram resultados no
desempenho de frangos de corte criados até 42 dias, quando trabalharam com
níveis de suplementação de alho (Allium sativum L.) na ração em substituição ao
antibiótico bacitracina de zinco. A justificativa foi que, possivelmente, o
ambiente em que as aves foram criadas (baterias metálicas, desinfetadas,
localizadas em salas limpas e arejadas) tenha contribuído para que não houvesse
um desafio sanitário adequado, de forma que, ao receberem os aditivos
estudados, demonstrassem melhores respostas em relação ao tratamento que não
continha qualquer aditivo.
Portanto, informações considerando a resposta à dose, ao metabolismo,
à toxicidade e ao máximo nível de resíduos deveriam ser amplamente
conhecidas para criar um banco de dados internacional, tornando tais
informações disponíveis aos especialistas em alimentos balanceados e aos
consumidores (Brugalli, 2003).
8
O desafio para os pesquisadores e nutricionistas da indústria de
alimentação animal é pesquisar e quantificar as funções que estes componentes
possuem. Até o momento não é bem conhecido, se um determinado óleo
essencial atua como antioxidante, antimicrobiano, imunomodulador, estimulante
de consumo e outras funções. Nem mesmo que determinado princípio ativo
poderá ter funções múltiplas. A verdade é que devemos pesquisar estes
compostos tão antigos com as modernas técnicas de pesquisa, para avaliar as
vantagens e eventuais desvantagens dos extratos de ervas e plantas para
substituir os antibióticos promotores de crescimento. Somente assim a indústria
e o consumidor poderão se sentir seguros, consumindo alimentos de origem
animal (Miltenburg, 2000).
2.3 Retirada dos antibióticos na alimentação de frangos de corte
Desde a descoberta do primeiro antibiótico, em 1943, pelo cientista
Alexander Fleming, os antibióticos foram considerados as drogas milagrosas do
século XX, pois levariam a raça humana a um novo milênio por meio do
controle das infecções bacterianas.
O uso profilático dos antibióticos como promotores de crescimento nas
rações é praticado desde os anos 1950, viabilizando as criações intensivas na
melhoria das taxas de crescimento, na eficiência alimentar e diminuindo a
mortalidade devido a infecções clínica e subclínica. De acordo com Carrilo et al.
(1995), citados por Freitas et al. (2001), estas melhorias são observadas
possivelmente devido ao controle de microrganismos não identificados e
moderadamente patogênicos que residem no trato gastrointestinal. No entanto,
com o uso intensivo dos baixos níveis de antibióticos, células resistentes
sobrevivem e crescem, selecionando uma população de bactérias antibiótico-
resistentes (Hernández et al., 2004). Ao mesmo tempo, com o aparecimento de
resistência bacteriana a vários antibióticos utilizados em humanos, com a
9
opinião pública abalada por notícias na mídia sobre a doença da vaca louca,
salmonela, dioxina, metais pesados e resíduos de antibióticos nos alimentos
consumidos pela população, aumentou a responsabilidade do produtor em
produzir alimentos mais seguros (Miltenburg, 2000).
A Comissão das Comunidades Européias (2001) tem dado uma maior
atenção à necessidade de restringir a utilização de antibióticos a problemas
graves de saúde humana e animal. De fato, o número de antibióticos autorizados
como promotores do crescimento na nutrição animal tem diminuído
constantemente, após as proibições à avoparcina, em janeiro de 1997, à ardacina,
em janeiro de 1998 e de outros quatro antibióticos em dezembro de 1998
(bacitracina-zinco, virginiamicina, fosfato de tilosina e espiramicina).
No seguimento da revisão de novas provas, o Comité Científico Director
concluiu recentemente que as provas que justificaram a proibição original destas
substâncias continuam válidas. No entanto, tal como definido no Livro Branco
sobre a Segurança dos Alimentos, a Comissão irá alargar a proibição ou a
eliminação progressiva de antibióticos utilizados como promotores de
crescimento na União Européia, como parte da sua estratégia geral de controle e
contenção da resistência aos antibióticos. Entretanto, é necessário efetuar
estudos sobre os setores mais críticos (designadamente, na produção de leitões e
frangos) no sentido de minimizar possíveis prejuízos econômicos ou o aumento
da utilização de antibióticos para tratamento sob receita veterinária.
De acordo com Menten (2001), com as restrições a uma série de
antibióticos impostas anteriormente, os produtores europeus atualmente podem
recorrer a apenas quatro promotores de crescimento: monensina, salinomicina,
avilamicina e flavomicina; os dois primeiros são ionóforos bastante utilizados
como agentes anticoccidianos para aves, restando apenas os dois últimos como
promotores do crescimento para frangos de corte e outras aves. No Brasil,
produtos que foram utilizados no passado e hoje estão proibidos como aditivos
10
de rações incluem tetraciclinas, penicilinas, cloranfenicol, sulfonamidas
sistêmicas, furazolidona, nitrofurazona e avoparcina.
O Ministério da Agricultura acompanhou a União Européia na
suspensão da avoparcina e, possivelmente, outros antibióticos no futuro.
Atualmente, os aditivos autorizados pelo Ministério da Agricultura como
promotores do crescimento de frangos de corte no Brasil são: ácido 3-nitro,
ácido arsanílico, avilamicina, colistina, flavomicina, lincomicina, nitrovin,
olaquindox, tilosina, virginiamicina, bacitracina de zinco, espiramicina e
enramicina (Menten, 2001).
Dessa forma, a União Européia foi forçada a suspender o uso de vários
antibióticos disponíveis no mercado. Em 1999, seis antibióticos (bacitracina de
zinco, virginiamicina, espiramicina, tilosina, carbadox e olaquindox) foram
proibidos para uso. Atualmente, somente quatro aditivos antimicrobianos ainda
são permitidos na União Européia, a avilamicina, flavomicina, salinomicina e
monensina. A proibição total, ou seja, dos quatro últimos, deverá ser a partir de
2006 (Brugalli, 2003).
Em contraposição a essas proibições, Souza et al. (2000) observaram
que as indústrias exportadoras de produtos avícolas mantêm controle sobre a
presença dos resíduos, não sofrendo sanções comerciais, sobretudo dos países do
Mercado Comum Europeu. De acordo com um comentário publicado pela
Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura (SDA),
veiculado pelo Jornal V&Z do CRMV–MG, em fevereiro de 2000, “Os produtos
avícolas brasileiros não oferecem perigo à saúde humana, além disso, eles estão
em conformidade com as normas e procedimentos sanitários da União
Européia”. A SDA esclarece que o Programa de Controle de Resíduos de Carnes
do Brasil, criado em 1978, tem aprovação da União Européia, Estados Unidos e
Canadá. Segundo o documento, o Brasil vem acatando as orientações dos
organismos internacionais de garantia de segurança alimentar.
11
Mesmo sem conclusões definitivas, as autoridades da União Européia
vêm determinando uma redução na lista de antibióticos de uso autorizado como
promotores de crescimento. Segundo Sugeta et al. (2004), existe uma certa
contradição em relação à retirada dos antibióticos como promotores de
crescimento, pois alguns estudos na Europa mostraram que a quantidade de
antibióticos ingeridos pelos frangos foi muito superior, quando se criaram
frangos sem promotores de crescimento, devido ao aumento de casos clínicos de
infecções e utilização dos antibióticos para o tratamento das aves. O resíduo
desses antibióticos na carne das aves é praticamente inexistente, quando
respeitados os limites estabelecidos pelas normas internacionais e quando são
respeitados o período de carência e a dosagem de cada princípio ativo. Deve-se
continuar pesquisando alternativas mais eficientes para a substituição dos
antibióticos utilizados como promotores de crescimento, pois ainda perde-se na
eficiência produtiva, visto que esta prática já é uma realidade no dia-a-dia das
empresas avícolas exportadoras e tendência natural da cadeia produtiva
brasileira. Além disso, deve-se buscar agregar valor ao nosso frango produzido
com estas substâncias alternativas, devido ao incremento no custo de produção.
12
2.4 Microbiota intestinal de aves
A microbiota intestinal das aves é composta de inúmeras espécies
bacterianas, formando um sistema complexo e dinâmico. Aquelas que colonizam
o trato intestinal no início, tendem a persistir ao longo da vida da ave, passando
a compor a microbiota intestinal. A formação desta microbiota se
imediatamente após o nascimento das aves e aumenta durante as primeiras
semanas de vida, até se tornar uma população predominantemente de bactérias
anaeróbicas (Silva, 2000).
Segundo este mesmo autor, nas aves com microbiota estabelecida, os
lactobacilos (L. salivarius, L. acidophilus, L. reuteri) e estreptococos
predominam no papo; no intestino delgado predominância de lactobacilos e
nos cecos, colonização de lactobacilos, enterococos e clostrídios. Os cecos
contêm, aproximadamente, 30% de cocos anaeróbicos gram-positivos; 20% de
bastonetes gram-negativos não formadores de esporos, 16% de bastonetes gram-
positivos não formadores de esporos (incluindo Eubacterium) e menores
quantidades de bifidobactérias, clostrídios e Escherichia coli.
Barnes & Impey (1970), citados por Schocken (2003), verificaram
que a maior parte das bactérias naturais do ceco das aves constituía-se de 40%
de bacilos gram-negativos do grupo Bacteriodaceae, 40% de bacilos gram-
positivos, incluindo os Lactobacillaceae e o restante, principalmente,
Peptostreptococci.
Os principais gêneros identificados na microbiota cecal de aves são:
Bacillus, Bacteróides, Bifidobacterium, Citrobacter, Clostridium, Enterobacter,
Enterococcus, Eubacterium, Fusobacterium, Lactobacillus, Lactococcus,
Pediococcus, Peptostreptococcus, Probionibacterium, Ruminococcus, Serratia,
Veillonella e Streptococcus. O metabolismo destas bactérias no trato intestinal
produz ácidos graxos de cadeia curta (acético, propiônico e butírico), álcoois,
13
amoníaco, aminas, sulfeto de hidrogênio, peróxido de hidrogênio, metano,
mercaptanos, dióxido de carbono e outros produtos. Nos cecos, as bactérias
produzem ácido butírico, que serve como substrato metabólico para células
epiteliais e ácido propiônico, que inibe certos enteropatógenos, como as
salmonelas. Pode-se encontrar de 200 a 400 espécies diferentes de bactérias no
trato digestivo de uma ave. Há que se considerar que menos de 25% de bactérias
intestinais foram identificadas. Sua quantidade pode variar de 5 a 7 (Log
10
) no
duodeno e a 9 a 11 (Log
10
) nos cecos. Contudo, pouco se sabe sobre a interação
entre as bactérias. Estima-se que 10 vezes mais bactérias no trato digestivo
que células do corpo do hospedeiro (Silva, 2000).
Existem estimativas de que milhares de espécies de microrganismos
habitam o trato digestivo dos animais, incluindo bactérias, protozoários ciliados
e flagelados, fungos e bacteriófagos. Essa população pode exceder o número de
células do organismo hospedeiro; no lúmen intestinal de uma galinha, pode
haver 10
11
a 10
12
bactérias, enquanto estima-se em 10
14
a população microbiana
em mamíferos (Apajalahti & Bedford, 2000).
Nos cecos, o tempo de permanência da ingesta é mais longo e as
condições são mais estáveis para a proliferação microbiana; as contagens de
bactérias no conteúdo cecal são maiores que no intestino delgado (Engberg et
al., 2000). Mead (2000) relatou estudos realizados na década de 1970 em que
foram identificados cerca de 200 isolados do ceco de frangos de 4 a 6 semanas.
Apesar de muitos relatos nos quais são as espécies que compõem a
microbiota de diferentes segmentos do trato digestório, é improvável a
existência de uma microbiota típica, uma vez que a composição do alimento, as
condições ambientais (temperatura, estresse) e a presença de patógenos afetam
de maneira diferente as bactérias. Apajalahti & Bedford (2000) demonstraram
mudanças na composição da microbiota do ceco de frangos conforme o cereal
14
usado nas rações, milho, trigo ou centeio, pelo fato de os substratos favorecerem
diferencialmente determinadas espécies.
Dessa forma, torna-se necessário o aprofundamento de pesquisas nesse
sentido e a aplicação do conceito de aditivos como alternativas para substituição
dos promotores de crescimento em rações para frangos de corte, visto a urgência
em estudá-las. No entanto, muitas pesquisas devem ainda ser realizadas para
determinar até que ponto necessidade da utilização dos promotores de
crescimentos em condições ideais de manejo. Porém, trabalhos que venham a
confirmar tais colocações são necessários.
15
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Localização e época de realização do experimento
O experimento foi conduzido no Setor de Avicultura do Departamento
de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras, no período de outubro a
novembro de 2003.
O município de Lavras localiza-se na região sul do estado de Minas
Gerais, a uma altitude de 910 metros, tendo como coordenadas geográficas 21
o
14’ 30” de latitude sul e 45
o
de longitude oeste de Greenwich (Brasil, 1992).
3.2 Aves, instalações e equipamentos
Foram utilizados 1.440 pintos de corte machos, marca Cobb 500, com
um dia de idade, vacinados contra a doença de Marek e alojados em 48 boxes
(2,0m x 1,5m) no sistema cama, com aquecimento, bebedouro pendular e
comedouro tubular. Em cada unidade experimental foram alojadas 30 aves. A
cama utilizada foi a de maravalha, por ser um material de alto poder de
absorção. Na fase de aquecimento, foram utilizadas lâmpadas incandescentes de
150 Watts.
Registraram-se diariamente as temperaturas e as umidades relativas
máximas e mínimas do galpão, utilizando o termo-higrômetro da marca Oregon
Scientific, localizado na parte mediana da instalação. As médias de temperaturas
máximas e mínimas e as umidades relativas máximas e mínimas foram 29,9ºC,
18,1ºC, 77,9% e 26,5%, respectivamente.
16
Na tentativa de proporcionar um desafio, foi misturado à cama de
maravalha, recém-colocada nos boxes, 1kg de cama utilizada de outro galpão
com frangos de corte, por m
2
de boxe do presente experimento.
3.3 Tratamentos e rações experimentais
Para avaliar o desempenho dos frangos de corte, foram utilizados o
antibiótico bacitracina de zinco e quatro níveis de extrato de orégano em
substituição ao promotor de crescimento, incluídos juntamente com o inerte, em
uma quantidade fixa, não alterando a composição da ração, tanto na fase inicial
(1 a 21 dias), quanto nas fases de crescimento (22 a 35) e final (36 a 42 dias). Os
tratamentos estão descritos a seguir:
T1 - Ração basal (RB) sem antibiótico e sem extrato de orégano (controle
negativo)
T2 – RB com antibiótico (0,025%) e sem extrato de orégano (controle positivo)
T3 – RB com 0,025% de extrato de orégano
T4 – RB com 0,050% de extrato de orégano
T5 – RB com 0,075% de extrato de orégano
T6 – RB com 0,100% de extrato de orégano
Os ingredientes e nutrientes utilizados nas rações experimentais
encontram-se na Tabela 1, tendo a composição dos ingredientes e as exigências
nutricionais das aves sido obtidas de Rostagno et al. (2000).
17
TABELA 1. Composição percentual das rações basais utilizadas em cada fase
experimental.
Ingredientes Fases
Inicial (01 a 21d) Crescimento (22
a 35d)
Final (36 a 42d)
Milho
57,807 61,840 64,384
Farelo de soja
35,559 31,082 28,426
Fosfato bicálcico
1,817 1,630 1,538
Calcário calcítico
0,985 0,932 0,892
Óleo de soja
2,595 3,348 3,636
Sal iodado
0,454 0,379 0,331
Premix vitamínico
1
0,100 0,100 0,100
Premix mineral
2
0,100 0,100 0,100
DL-metionina (99%)
0,217 0,198 0,172
L-lisina (78%)
0,176 0,181 0,191
Cloreto-colina (60%)
0,040 0,060 0,080
Anticoccidiano
3
0,050 0,050 0,050
Antibiótico
4
- - -
Extrato de orégano
- - -
Inerte (caulim)
0,100 0,100 0,100
Total (kg)
100,000 100,000 100,000
Composição calculada
Energia Metabolizável
(kcal/kg)
3000 3100 3150
Proteína Bruta (%)
21,400 19,700 18,700
Cálcio (%)
0,963 0,883 0,834
Fósforo disponível
(%)
0,453 0,412 0,387
Aminoácidos totais
Lisina (%)
1,271 1,163 1,096
Metionina (%)
0,495 0,456 0,432
Met. + Cist. (%)
0,902 0,826 0,780
Triptofano (%)
0,211 0,201 0,195
Treonina (%)
0,796 0,717 0,668
Arginina (%)
1,300 1,210 1,154
1
- Suplemento Vitamínico contendo por kg do produto: vit. A (12.000.000 UI); Vit B
1
(2.200mg);
vit B
2
(6.000mg); vit B
6
(3.300mg); vit B
12
(16.000mcg); vit. D
3
(2.200.000 UI); vit. E (30.000
mg); vit. K
3
(2.500mg); biotina (110mg); nicotinamida (53.000mg); niacina (25000mg); ácido
pantotênico (13.000mg); ácido fólico (1.000mg); antioxidante (120.000mg); enzimas
(2.003.848UI); veículo Q.S.P. (1.000g).
2
- Suplemento mineral contendo, por kg do produto: Zn (50.000mg); Fe (20.000mg); Mn
(75.000mg); Cu (4.000mg); I (1.500mg); Co (200mg); Veículo QSP (1.000g).
3
Anticoccidiano maduramicina para todas as fases, na quantidade 0,5kg/t de ração.
4
Controle positivo: na ração basal utilizou-se bacitracina de zinco a 10%, sendo usado
250g/tonelada, fornecendo 25g/tonelada do princípio ativo.
18
O extrato de orégano na forma de (Orego-Stim) utilizado no
experimento foi composto de: α-Pinene, Camphine, β-Pinene, Sabinene,
Myrecene, α-Phellandrene, a-Terpinene, Limonene, 1,8 Cineole, β-Ocimene,
Terpinolene, 1-Octen-3-ol, Trans-Sabineme hydrate, Linalool, Cis-Sabinene
hydrate, Terpinen-4-ol, Carvacrol methyl ether, β-Carvophvellene, α-Humulen,
α-Terpineol, Borneol, β-Bisabolene, γ-Terpinene, ρ-Cymene, Thymol,
Carvacrol.
3.4 Medidas de desempenho dos frangos
Foi realizado um plano nutricional para cada fase (inicial, crescimento e
final) e a análise de desempenho foi avaliada apenas aos 21 e aos 42 dias de
idade das aves, com o objetivo de evitar estresse.
Os cálculos para o consumo de ração foram realizados pela diferença
entre as pesagens de ração fornecida e a sobra nos comedouros e tambores das
unidades experimentais. Foi considerada também, para o cálculo de cada
unidade experimental, a mortalidade existente.
Para controlar o ganho de peso, foram feitas pesagens no , 21º e 42º
dias de idade, do grupo de aves de cada unidade experimental, obtendo-se,
então, o ganho de peso médio por ave.
A conversão alimentar também foi calculada para as fases de 1 a 21 e 1
a 42 dias de idade, utilizando-se, para os cálculos, os dados referentes ao
consumo e ganho de peso de cada unidade experimental.
19
3.5 Rendimento de carcaça
O rendimento de carcaça foi avaliado aos 42 dias de idade, quando foi
separada uma ave por repetição por tratamento, com peso médio representativo
da unidade experimental. As aves foram submetidas a um jejum de seis horas e
depois, pesadas e abatidas. As carcaças evisceradas com cabeça, pescoço e pés,
vísceras comestíveis e gordura abdominal foram pesadas antes do resfriamento
por 24 horas. O rendimento de carcaça (incluindo os pés e cabeça da ave) e os
rendimentos do peito e gordura abdominal foram calculados com base no peso
vivo no momento do abate.
3.6 Medidas de peso e tamanho de órgãos do sistema imunológico
Ao final do ensaio experimental, aos 21 e 42 dias de idade, oito aves por
tratamento foram submetidas a um jejum de seis horas, sendo pesadas e, em
seguida, processadas segundo os procedimentos normais de abate: sangria,
depenagem e evisceração. Em seguida, foram coletados o baço, o timo e a bursa
de Fabricius de cada ave para verificar, por meio das medidas morfométricas
(peso e tamanho) destes órgãos, alguma relação de resposta do sistema
imunológico das aves, em relação às dietas com antibiótico e com os níveis de
extrato de orégano, aditivos beneficiadores do crescimento. Dentre estes órgãos,
somente a bursa de Fabricius foi mensurada alometricamente (mm).
Estes órgãos foram avaliados, pois, segundo Macari (2002), a medula
óssea, a bursa de Fabricius, local do desenvolvimento e diferenciação dos
linfócitos B e o timo, onde linfócitos T desenvolvem-se e se diferenciam, são
considerados órgãos linfóides primários. O baço, por sua vez, é classificado
como órgão linfóide secundário ou periférico. As estruturas linfóides
encontradas no trato gastrointestinal representam parte importante do sistema
imune, principalmente devido ao fato de existirem inúmeros patógenos que
podem estar presentes na luz do tubo digestivo. Para o frango, essa porção do
20
sistema imune representa papel fundamental, já que patógenos de importância
econômica multiplicam-se no epitélio intestinal.
3.7 Morfometria do trato gastrointestinal
As vilosidades e as criptas do duodeno foram avaliadas
microscopicamente após o abate de oito aves por tratamento, no 21º e 42º dias
de idade das aves.
Os segmentos do intestino foram cuidadosamente coletados com
aproximadamente 1,5 cm de comprimento e lavados imediatamente em água
destilada, identificados e armazenados em solução Bouin (150ml de solução
concentrada de ácido pícrico, 50ml de formol comercial 40% e 10ml de ácido
acético glacial) por 24 horas e depois transferidos para álcool 70%, onde ficaram
armazenados durante um mês, até a confecção das lâminas.
3.7.1 Preparação das lâminas
A confecção das lâminas para as análises morfométricas foi realizada no
Laboratório de Histologia Animal do Departamento de Medicina Veterinária da
Universidade Federal de Lavras, seguindo a técnica descrita por Junqueira &
Junqueira (1983), com algumas adaptações.
Desidratação
Trata-se da primeira etapa da inclusão das amostras nas soluções,
consistindo na retirada da água dos tecidos e a sua substituição por álcool, na
seguinte seqüência de soluções com concentrações crescentes de álcool: 70%,
80% e 90% e duas baterias de álcool etílico absoluto (100%), pelo período de 6
horas cada.
21
Diafanização
Na segunda etapa, ocorre a substituição do álcool presente nos tecidos,
por xilol. As amostras foram mantidas em álcool e xilol (1:1) por 1 hora e
posteriormente colocadas em duas baterias de xilol com 30 minutos cada.
Inclusão em parafina
Na impregnação, o xilol é substituído por parafina, o que foi feito por
meio de banho em parafina fundida em estufa entre 56ºC a 58
o
C. Os tecidos
impregnados foram colocados em formas de papel, em temperatura ambiente,
até o endurecimento da parafina. As amostras então envoltas por parafina sólida
foram denominadas blocos.
É necessário parafina de consistência firme para que seja possível o
corte do material em finas camadas, possibilitando sua visualização
microscópica.
Microtomia
Os blocos de parafina contendo as amostras de intestino foram cortados
em aparelho micrótomo (ANCAP 781), sendo realizadas secções com cinco
micrômetros de espessura. As fitas obtidas durante a microtomia foram
transferidas para banho-maria mantido a 40
o
C. Os cortes foram distendidos na
superfície da água do banho-maria e depois transferidos cuidadosamente para
uma lâmina que estava mergulhada no banho-maria, deixando-as secar por 24
horas até que os cortes ficassem bem fixos nas lâminas.
Derretimento da parafina
As lâminas secas contendo dois cortes cada, foram colocadas por 5 a
10 minutos, na estufa a 200ºC para derreter a parafina, sendo que o corte da
22
vilosidade continuou fixado na lâmina antes de começar o processo de
coloração.
Coloração
Nesta etapa, as lâminas foram colocadas em uma barreira de xilol por 20
minutos. Posteriormente, foram mergulhadas em soluções decrescentes de álcool
a 100%, 90%, 80% e 70% (fase denominada de hidratação), por um período de 5
minutos e depois permanecendo em água corrente por mais 15 minutos.
Os cortes foram então corados pela solução aquosa de hematoxilina por
1 minuto e colocados em água corrente por 15 minutos. Em seguida, foram
corados pela solução de eosina por 1 minuto e depois passados em água potável
para tirar o excesso de eosina.
Após esta etapa, iniciou-se a desidratação, na seguinte seqüência de
soluções com concentrações crescentes de álcool: 70%, 80%, 90% e duas
baterias de álcool etílico absoluto (100%) por 5 minutos cada e iniciando a
diafanização, com duas baterias de xilol, a primeira por cinco minutos e a
segunda por vinte minutos. As lâminas foram então montadas com uma gota de
bálsamo do Canadá sobre o corte e, por final, acrescentando-se a lamínula.
Análises morfométricas
As análises morfométricas dos cortes histológicos do intestino delgado
das aves foram realizadas no Laboratório de Fisiologia Animal do Departamento
de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Lavras (DMV/UFLA),
utilizando o microscópio óptico (OLYMPUS BX50) com aumento de 40 vezes.
Foram selecionados e medidos, comprimentos em linha reta de acordo com a
unidade adotada (µm), 10 vilosidades e 10 criptas, bem orientadas, de cada
região intestinal, por animal. As relações entre vilosidades e criptas também
foram calculadas.
23
As medidas de altura de vilosidades foram tomadas a partir da base
superior da cripta até o ápice da vilosidade e as criptas foram medidas entre as
vilosidades da base inferior até a base superior da cripta.
3.8 Análise microbiológica – contagem total de bactérias
Foram coletadas amostras do ceco no 42º dia de idade das aves, com a
finalidade de determinar a contagem total de bactérias presentes, como também
a determinação gram.
De cada ave abatida, isolou-se uma seção do ceco, de aproximadamente
15 cm de comprimento, separada por ligaduras, removida, acondicionada em
sacos de plástico, colocada em caixa térmica contendo gelo e imediatamente
transportada ao Laboratório de Microbiologia de Alimentos do Departamento de
Ciência dos Alimentos da Universidade Federal de Lavras (DCA/UFLA).
A cada oito repetições por tratamento foi formado um “pool” das
amostras, coletando-se 25 gramas do conteúdo cecal por tratamento e
transferidos imediatamente para erlenmeyers de 225 ml de água peptonada a
0,1% estéril. Em seguida, foram realizadas diluições decimais das amostras em
tubos de ensaio contendo 9 ml de água peptonada. Posteriormente, foi coletada
uma amostra de 1 ml dos tubos de ensaio contendo diluições de 10
-5
a 10
-8
das
amostras e transferida para placas de Petri, em duplicatas, contendo o meio ágar
de man, rogosa e sharpe (MRS) para favorecer o crescimento de bactérias. As
placas foram recobertas com o mesmo meio, invertidas e incubadas a 28ºC, por
72 horas.
Posteriormente, foram selecionadas as placas que apresentavam entre 25
e 250 colônias e contadas com o auxílio de um contador de colônias “Quebec”.
Os resultados obtidos foram expressos como log. na base 10 da
contagem, por grama do conteúdo da digesta (UFC/g).
24
3.9 pH do conteúdo do duodeno e ceco
Após o abate, o conteúdo fecal de cada parte do duodeno e do ceco das
aves foi colocado em um béquer contendo 20mL de água destilada e levado ao
Laboratório de Pesquisa Animal, da Universidade Federal de Lavras, para ser
analisado em um pHmetro.
3.10 Delineamento experimental e análises estatísticas
O experimento foi conduzido em um delineamento inteiramente
casualizado (DIC), sendo seis tratamentos e oito repetições de 30 aves por
unidade experimental, totalizando 48 parcelas e 1.440 aves.
As análises estatísticas foram realizadas pelo pacote estatístico SISVAR,
descrito por Ferreira, D. F. (2000). Os contrastes foram testados pelo teste de
Dunnet a 5%, descrito por Sampaio (1998), comparando-se o tratamento com
antibiótico (controle positivo) em relação aos outros tratamentos. Em seguida,
foi realizada a análise de regressão para os tratamentos sem antibiótico e aqueles
com níveis crescentes do extrato de orégano nas rações.
O modelo estatístico adotado para as medidas avaliadas no experimento
foi:
Y
ij
= µ
µµ
µ + T
i
+e
ij,
em que:
Y
ij
: valores observados das aves que foram alimentadas com diferentes níveis
do extrato de orégano (tratamentos) i, na repetição j;
µ
µµ
µ: média geral do experimento;
T
i
: efeito dos níveis do extrato de orégano i, sendo i= 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
e
ij
: erro aleatório associado a cada observação, sendo j= 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8.
25
RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Desempenho dos frangos
Os resultados relativos ao desempenho das aves de 1 a 21 dias e 1 a 42
dias de idade encontram-se na Tabela 2.
Não foi observado efeito significativo (P>0,05) dos tratamentos sobre o
consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar, no período de 1 a 21
dias de idade das aves.
Estes resultados indicam que as condições experimentais não permitiram
observar os efeitos do uso do extrato de orégano, já que o tratamento com uso de
antibiótico se comparou com todos os outros, inclusive sem o extrato de
orégano.
O presente trabalho confirma com os argumentos de Whitehair &
Thompson (1956) e Forbes & Park (1959), citados por Menten (2001), que
segundo os quais necessidade de um desafio sanitário de campo para que os
promotores passem a produzir efeitos sobre o desempenho de aves e suínos.
Outros pesquisadores, como Alvarez et al. (1994), Cavalcanti et al.
(1996), Henrique et al. (1998) e Moreira et al. (2001), também não observaram
diferenças significativas com o uso de outros promotores de crescimento, como
os prebióticos e probióticos, em substituição ao antibiótico e estão de acordo
com os resultados observados no presente experimento.
26
TABELA 2. Consumo médio de ração (CR), ganho de peso (GP) e conversão alimentar média (CA), no período de 1 a 21
dias e 1 a 42 dias de idade das aves e seus respectivos desvios padrões (DP), em função dos tratamentos
experimentais.
TRATAMENTO
Desempenho
(1 a 21d)
Controle
negativo
1
Controle
positivo
2
Orégano
0,025%
Orégano
0,050%
Orégano
0,075%
Orégano
0,100%
C.V.
(%)
CR (g)*
1128 (42,74) 1134 (42,04) 1142 (35,02) 1137 (25,58) 1121 (57,53) 1144 (50,46) 3,83
GP (g)*
653 (31,62) 672 (37,82) 687 (31,30) 687 (38,00) 677 (19,47) 683 (43,57) 5,09
CA (g/g)*
1,73 (0,09) 1,69 (0,07) 1,66 (0,07) 1,66 (0,09) 1,66 (0,07) 1,68 (0,08) 4,59
TRATAMENTO
Desempenho
(1 a 42d)
Controle
negativo
1
Controle
positivo
2
Orégano
0,025%
Orégano
0,050%
Orégano
0,075%
Orégano
0,100%
C.V.
(%)
CR (g)*
4357 (109,90) 4354 (89,82) 4372 (93,65) 4444 (65,72) 4338 (119,17) 4333 (139,47) 2,42
GP (g)*
2510 (156,01) 2567 (261,98) 2631 (180,86) 2444 (253,59) 2637 (110,81) 2597 (148,90) 7,54
CA (g/g)*
1,74 (0,10) 1,71 (0,18) 1,67 (0,11) 1,84 (0,20) 1,65 (0,08) 1,67 (0,08) 7,69
* Efeito não significativo, pelo teste de Dunnet, em relação ao controle positivo e análise de regressão não significativa (P>0,05)
1
Controle negativo: ração basal sem antibiótico e extrato de orégano
2
Controle positivo: ração basal com antibiótico
27
Considerando o período total de criação, verificou-se que também não
foi observado efeito significativo (P>0,05) dos tratamentos sobre o consumo de
ração, ganho de peso e conversão alimentar das aves.
Os resultados de desempenho das aves aos 42 dias de idade, obtidos
deste trabalho, estão acima dos indicados no manual da Cobb 500 (2004).
Assim, os benefícios que poderiam ser obtidos com o uso dos promotores não
foram observados, que as condições de manejo, ambiente e nutrição foram
adequadas para que a ave desempenhasse o seu potencial.
Hernández et al. (2004), trabalhando com dois tipos de extratos de
plantas, sendo orégano e labiatae em substituição ao antibiótico avilamicina para
frangos de corte de 21 a 42 dias de idade e Lima et al. (2001) com níveis
crescentes de um composto de ervas naturais (Hyperium perforatum, Allium
sativum, Origanum majorana, Menta piperita, Rosmarinus officinalis, Thymus
vulgaris, Juniperus communis e Allium cepa), em substituição ao antibiótico
salinomicina, também não observaram diferenças estatísticas entre os
tratamentos sobre o desempenho dos frangos de corte nesta fase.
Da mesma forma, os resultados obtidos por Loddi et al. (2000) e Vargas
et al. (2001), para características de desempenho (ganho de peso, consumo de
ração e conversão alimentar), independente do uso ou não do antibiótico
avilamicina, probiótico e/ou prebiótico, não foi observado diferenças estatísticas
entre os tratamentos e estão de acordo com os resultados observados no presente
experimento.
Resultados revisados por Menten (2001), referentes a 12.153
experimentos em que antibióticos foram utilizados, revelaram que em 28% deles
não ocorreram respostas no desempenho dos animais. Isso deixa claro que a
análise de uns poucos trabalhos de pesquisa pode modificar o verdadeiro valor
do produto estudado e, para que se obtenham resultados efetivos do promotor
testado, são necessárias condições experimentais com desafio sanitário próximo
28
à realidade do campo onde, geralmente, é possível observar baixa sanidade. Em
experimentos realizados no Brasil, nos últimos anos, pôde-se observar que as
respostas aos antibióticos nas rações de frangos de corte foram de pequena
magnitude. Gande parte delas foi não significativa e em alguns casos a resposta
foi até negativa, concordando com os resultados apresentados neste
experimento, no qual não foram observadas diferenças estatísticas no
desempenho dos animais em nenhum tratamento estudado.
Devido às boas condições sanitárias do galpão e manejo adequado, no
presente experimento não foi observado desafio que proporcionasse qualquer
problema às aves e assim afetasse o desempenho, o que provavelmente
propiciaria uma condição em que pudesse haver efeito do promotor de
crescimento.
29
4.2 Avaliação de carcaça
Os resultados relativos à avaliação de carcaça das aves aos 42 dias de
idade encontram-se na Tabela 5.
Não foi observado efeito significativo (P>0,05) dos tratamentos sobre o
rendimento de carcaça (carcaça com pés e cabeça), peito e gordura abdominal
aos 42 dias de idade, de acordo com os tratamentos.
Estes resultados indicam que as condições experimentais não permitiram
efeitos de qualquer aditivo, já que o tratamento com uso de antibiótico se
comparou com todos os outros, inclusive com o da ração sem o aditivo.
Destacando que em ambiente com um manejo sanitário adequado,
provavelmente, não há necessidade de qualquer aditivo utilizado como promotor
de crescimento.
Henrique et al. (2000), Loddi et al. (2000), Dionizio (2001), Leandro et
al. (2001), Vargas et al. (2001) e Loddi et al. (2002) também não observaram
diferenças significativas no rendimento de carcaça e de peito ao utilizarem
diferentes aditivos nas rações para frangos de corte.
Para teor de gordura abdominal, os resultados estão de acordo com
vários autores (Jin et al., 1998; Loddi et al., 2000; Pelicano et al., 2002; Santos
et al., 2002 e Santos, 2003), que utilizaram antibióticos, probióticos e prebióticos
nas rações de aves.
30
TABELA 3. Rendimento de carcaça, peito e gordura abdominal aos 42 dias de idade das aves e seus respectivos desvios
padrões (DP), em função dos tratamentos experimentais.
TRATAMENTO
Rendimento
(aos 42d)
Controle
negativo
1
Controle
positivo
2
Orégano
0,025%
Orégano
0,050%
Orégano
0,075%
Orégano
0,100%
C.V.
(%)
Carcaça (%)*
82,26 (1,82) 84,31 (4,12)
82,43 (1,35)
81,31 (2,89) 81,80 (3,78) 83,80 (2,23)
9,48
Peito (%)*
31,03 (0,74) 32,42 (1,19)
30,99 (1,52)
32,20 (1,73) 32,61 (1,55) 30,79 (1,86)
10,96
Gordura
3
(%)*
1,64 (0,40) 1,32 (0,30) 1,63 (0,36) 1,62 (0,48) 1,40 (0,35) 1,63 (0,39) 29,92
* Efeito não significativo, pelo teste de Dunnet, em relação ao controle positivo e análise de regressão não significativa (P>0,05)
1
Controle negativo: ração basal sem antibiótico e extrato de orégano
2
Controle positivo: ração basal com antibiótico
3
Gordura abdominal relacionada ao peso de abate
31
4.3 Órgãos relativos à imunidade
A imunidade dos frangos de corte, avaliada segundo os resultados de
peso do baço e do timo e medidas da bursa de Fabricius, aos 21 e 42 dias de
idade, encontram-se na Tabela 6.
Aos 21 e 42 dias, não foram observadas diferenças significativas
(P>0,05) para peso do baço e do timo e as medidas relativas a bursa de
Fabricius, concordando com Fuini (2001). Ao estudar a influência do cogumelo
Agaricus blazei como alternativa ao uso de antibióticos em rações para frangos
de corte, este autor também não encontrou diferenças para estas variáveis.
Mesmo no tratamento testemunha, no qual não se utilizou extrato de
orégano e antibiótico, verificou-se que não houve diferença estatística (P>0,05)
em relação ao tratamento positivo em que foi utilizado o antibiótico bacitracina
de zinco (25ppm). Isso, possivelmente, se deve às condições experimentais,
proporcionando um ambiente sanitário bom, conseqüentemente não obtendo
desafio para a atuação dos aditivos utilizados.
Tais resultados sugerem que, em condições ideais de manejo,
possivelmente pode não haver necessidade de utilização de antibióticos na ração.
Porém, trabalhos que venham a confirmar tais colocações são necessários.
Para o peso do baço aos 42 dias de idade, houve efeito significativo
(P<0,05). No entanto, ele não foi suficiente para expressar o efeito do sistema
imune sobre o desempenho das aves, uma vez que a ave com baixa imunidade
pode não apresentar um ideal potencial no seu desempenho.
As causas de alteração da resposta imune podem ser por vários fatores,
como nutricionais, genéticos e os relacionados ao manejo. No entanto, os
resultados da ação do estresse sobre a imunidade são complexos e, por vezes,
encontra-se imunossupressão e, em outras, imunoestimulação. Essas variações
são, em parte, causadas por diferenças na intensidade do estressor, duração do
32
TABELA 4. Peso do baço, peso do timo, peso da bursa de Fabricius em relação à percentagem do peso das aves e
tamanho da bursa de Fabricius aos 21 e aos 42 dias de idades e seus respectivos desvios padrões (DP), em
função dos tratamentos experimentais.
TRATAMENTO
Órgãos de imunidade
(aos 21d)
Controle
negativo
1
Controle
positivo
2
Orégano
0,025%
Orégano
0,050%
Orégano
0,075%
Orégano
0,100%
C.V.
(%)
Peso baço (%)*
0,087 (0,02) 0,077 (0,02) 0,093 (0,02) 0,082 (0,02) 0,084 (0,02) 0,098 (0,02) 24,50
Peso timo (%)*
0,306 (0,08) 0,269 (0,11) 0,318 (0,14) 0,285 (0,09) 0,313 (0,07) 0,286 (0,08) 32,89
Peso bursa (%)*
0,232 (0,08) 0,196 (0,03) 0,221 (0,04) 0,227 (0,03) 0,217 (0,07) 0,222 (0,04) 23,00
Tamanho bursa (mm)*
3
5 (0,74) 5 (0,35) 5 (0,35) 5 (0,35) 5 (0,53) 5 (0,35) 10,27
TRATAMENTO
Órgãos de imunidade
(aos 42d)
Controle
negativo
1
Controle
positivo
2
Orégano
0,025%
Orégano
0,050%
Orégano
0,075%
Orégano
0,100%
C.V.
(%)
Peso baço (%)
4
0,107 (0,03)b 0,113 (0,03)b
0,134 (0,02)a
0,092 (0,02)c
0,113 (0,03)b
0,101 (0,02)b
24,50
Peso timo (%)*
0,235 (0,07) 0,194 (0,06) 0,221 (0,06) 0,254 (0,09) 0,272 (0,07) 0,209 (0,05) 29,57
Peso bursa (%)*
0,191 (0,07) 0,184 (0,05) 0,159 (0,03) 0,198 (0,07) 0,169 (0,03) 0,160 (0,04) 30,25
Tamanho bursa
(mm)*
3
7 (0,74) 7 (0,74) 7 (0,74) 7 (1,25) 7 (0,52) 6 (1,06) 13,23
* Efeito não significativo, pelo teste de Dunnet, em relação ao controle positivo e análise de regressão não significativa (P>0,05)
1
Controle negativo: ração basal sem antibiótico e extrato de orégano
2
Controle positivo: ração basal com antibiótico
3
Não foi realizada análise de estatística para esta variável
4
Médias seguidas de letras diferentes são estatisticamente diferentes entre si, pelo teste de Dunnet e análise de regressão significativa, com um ajuste para o 4º grau,
porém, não explicativo (P>0,05)
33
estímulo estressor e variações genéticas de linhagens e de indivíduos. Com isso,
as variações dos resultados experimentais relacionados à imunidade da ave
devem-se a vários fatores em conjunto, os quais, muitas vezes, o é possível
separar e controlar.
4.4 Morfometria do trato digestório
Os resultados relativos a altura de vilosidades, profundidade de criptas e
relação vilosidade:cripta do duodeno das aves aos 21 e aos 42 dias de idade
encontram-se na Tabela 7.
Não foi observado efeito significativo (P>0,05) dos tratamentos sobre
altura de vilosidades, profundidade de criptas e relação vilosidade:cripta do
duodeno das aves, estando de acordo com os dados de desempenho, onde
também não se verificou diferença significativa (P>0,05) entre os aditivos.
Apenas a altura de vilosidade aos 42 dias de idade foi afetada (P<0,05). Porém,
este dado não foi suficiente para expressar o efeito da morfometria do trato
digestório sobre o desempenho das aves.
A altura média das vilosidades do duodeno das aves aos 42 dias
observada neste estudo foi de 1523µm e se assemelha à de Santos (2003), que
encontrou uma altura média de 1.535µm. Mas é superior aos encontrados por
Silva (1999) e Fuini (2001) que foram valores médios de 1.402µm e 1.430µm,
respectivamente. No entanto, estes valores estão abaixo dos encontrados por
Dionízio (2001), que obteve média de 1.666µm quando trabalhou com
antibiótico e prebióticos nas rações de frangos de corte.
As médias das profundidades de criptas do duodeno nos tratamentos
utilizados neste experimento, aos 42 dias, foram entre 209 a 275µm. Estes
resultados se assemelham aos 273µm encontrados por Santos (2003), quando
trabalhou com probióticos, prebióticos e simbióticos em rações de frangos de
34
TABELA 5. Altura de vilosidades (µm), profundidade de criptas (µm) e relação vilosidade:cripta (µm) do duodeno das
aves aos 21 e aos 42 dias de idade e seus respectivos desvios padrões (DP), em função dos tratamentos
experimentais.
TRATAMENTO
Morfometria do
TGI (aos 21d)
Controle
negativo
1
Controle
positivo
2
Orégano
0,025%
Orégano
0,050%
Orégano
0,075%
Orégano
0,100%
C.V.
(%)
Alt.vilos.*
1320 (163,30) 1494 (139,23) 1218 (241,71) 1332 (101,16) 1063 (99,45) 1303 (383,67) 15,41
Prof. cripta*
326 (44,58) 310 (39,71) 257 (41,05) 272 (71,27) 342 (127,94) 372 (87,19) 23,53
Alt./profun.*
4,16 (0,31) 5,05 (1,05) 4,90 (0,59) 5,29 (1,64) 3,64 (1,58) 3,92 (2,04) 28,11
TRATAMENTO
Morfometria do
TGI (aos 42d)
Controle
negativo
1
Controle
positivo
2
Orégano
0,025%
Orégano
0,050%
Orégano
0,075%
Orégano
0,100%
C.V.
(%)
Alt.vilos.
3
1274 (116,45)b 1523 (164,75)a 1135 (139,53)b 1111 (186,74)b 1579 (182,32)a 1304 (114,92)b 11,07
Prof. cripta*
227 (38,24) 236 (38,00) 262 (37,36) 209 (50,09) 261 (103,06) 275 (52,81) 23,07
Alt./profun.*
5,93 (1,22) 6,62 (0,34) 4,69 (1,38) 5,64 (1,28) 6,57 (2,38) 4,98 (0,91) 24,92
TGI: Trato gastrointestinal
* Efeito não significativo, pelo teste de Dunnet, em relação ao controle positivo e análise de regressão não significativa (P>0,05)
1 Controle negativo: ração basal sem antibiótico e extrato de orégano
2 Controle positivo: ração basal com antibiótico
3
Médias seguidas de letras diferentes são estatisticamente diferentes entre si, pelo teste de Dunnet e análise de regressão significativa, com um ajuste para o grau,
porém, não explicativo (P>0,05)
35
corte, mas estão acima dos encontrados por Schwarz et al. (2002), citados por
Santos (2003), que obtiveram médias de 132µm quando utilizaram os mesmos
tratamentos do autor citado.
Embora o aditivo utilizado no presente experimento tenha sido diferente
do utilizado por Loddi (1998), o mesmo também não observou diferença na
altura das vilosidades e profundidade de criptas do jejuno em frangos de corte.
De maneira geral, a relação vilosidade:cripta também não apresentou
diferenças estatísticas (P>0,05), concordando com os resultados, independente da
altura de vilosidades e profundidade de cripta apresentados neste trabalho.
Os resultados obtidos podem ter sido influenciados pelo fato das aves
não terem sido submetidas a um desafio suficiente para provocar um efeito
expressivo do uso de aditivo.
As medidas relacionadas com as vilosidades e as criptas intestinais
podem sofrer várias alterações em função de fatores como nutrição, ambiente,
manejo, genética e sanidade. Como exemplo disso, Viola et al. (2003)
observaram que diferença no consumo de água pela ave poderá alterar o
comprimento das vilosidades intestinais e, conseqüentemente, influenciar o
desempenho da ave. Com isso, variações nos resultados do presente experimento
podem ser respostas de vários fatores de difícil controle.
36
4.5 Análise microbiológica – contagem de bactérias
Os resultados relativos à contagem total e teste de gram das bactérias na
amostra do ceco das aves aos 42 dias de idade, de acordo com os tratamentos,
encontram-se na Tabela 8.
A redução no número de bactérias nos tratamentos utilizando 0,025%;
0,050% e 0,100% de extrato de orégano na ração pode ter ocorrido devido a
85% do extrato de orégano serem compostos por carvacrol e thymol. Estes são
componentes fenóis naturais fundamentais no controle da ão antimicrobiana,
que agem sobre a membrana celular bacteriana impedindo sua divisão mitótica,
causando desidratação nas células e, com isso, impedindo a sobrevivência destas
bactérias patogênicas.
Ventura et al. (2003) utilizaram alho e ou probiótico como estimulantes
do crescimento de suínos e observaram que o tipo de infestação do trato
gastrointestinal por microrganismos não foi suficiente para reduzir o ganho de
peso dos suínos que não receberam alho ou probiótico (Bacilllus subtilis) ou
antibiótico (nitrovin).
De acordo com Silva (2000), entre as gram-positivas, as bactérias ácido
lácticas, em particular, produzem uma grande variedade de proteínas
antimicrobianas, incluindo peptídeos antibióticos, substâncias semelhantes a
antibióticos, bacteriocinas e substâncias semelhantes. Concordando com estas
afirmações, as bactérias gram-positivas apresentadas no tratamento com
antibiótico deste experimento podem ter produzido algum tipo de bacteriocinas
que eliminassem as bactérias gram-negativas.
37
TABELA 6. Contagem total de bactérias e teste destas bactérias para identificação de gram negativo e gram positivo na
amostra do ceco das aves aos 42 dias de idade, de acordo com os tratamentos.
TRATAMENTO
Total (UFC/g)
3
no ceco
dos frangos (aos 42 dias)
Controle
negativo
1
Controle
positivo
2
Orégano
0,025%
Orégano
0,050%
Orégano
0,075%
Orégano
0,100%
Gram negativo
0,29 x 10
7
--- 0,19 x 10
7
7,60 x 10
7
0,15 x 10
10
0,25 x 10
7
Gram positivo
--- 0,19 x 10
10
0,09 x 10
7
1,90 x 10
7
0,30 x 10
10
0,18 x 10
7
1
Controle negativo: ração basal sem antibiótico e extrato de orégano
2
Controle positivo: ração basal com antibiótico
3
Log. na base 10 da contagem, por grama do conteúdo da digesta (UFC/g).
38
Ainda segundo Silva (2000), a presença de zonas de inibição em torno
da bactéria teste não significa, necessariamente, que foi devido à produção de
bacteriocinas. A atividade inibitória também pode ser causada por ácidos
orgânicos, peróxido e hidrogênio, bacteriófagos, etc. Pode-se postular que todas
as bactérias produzem bacteriocinas, uma vez que a produção de bacteriocinas
pode ser um mecanismo de defesa utilizado na competição de uma população
bacteriana mista. O trato gastrointestinal constitui um ecossistema bastante
complexo, no qual uma permanente competição entre as diferentes populações
de microrganismos existentes.
No entanto, a composição nutricional, o pH de cada porção do intestino,
a tensão de O
2
(intestino delgado) e CO
2
(ceco) regulam a população dos
microrganismos, pois cada espécie habitará um determinado tio ou porção do
intestino, de acordo com a ausência total (anaerobiose) ou parcial (aerobiose a
microaerofilia) de oxigênio (Ferreira, A. J. P., 2000).
Segundo Menten (2001), ao contrário do que se poderia presumir a
respeito da ação de antibióticos promotores do crescimento na ração sobre a
microbiota de animais, o ocorre uma redução no número de microrganismos
no trato intestinal dos animais tratados. De maneira geral, a contagem total de
bactérias não se altera, mas pode haver mudanças na proporção de várias
espécies.
39
4.6 pH do duodeno e do ceco
Os resultados relativos ao pH do duodeno e ceco das aves aos 21 e aos
42 dias de idade encontram-se na Tabela 9.
Não foi observado efeito significativo (P>0,05) dos tratamentos, sobre o
pH do duodeno e do ceco, em todos os períodos estudados.
As medidas obtidas no pH cecal estão acima do valor do pH descrito por
Sturkie (1965), em torno de 5,71 e por Duke (1994), que variou entre 4,0 a 5,0.
No entanto, estão próximos dos valores encontrados por Moran Junior (1982) e
Santos (2003), que foram em média, de 6,9 com amplitude de 5,7 a 8,4 em
frangos de corte criados até os 40 dias de idade.
Este comportamento oscilante do pH pode ser devido ao efeito do
extrato de orégano, por possuir componentes fenóis naturais fundamentais na
ação antimicrobiana como o carvacrol e thymol e pelo antibiótico sobre a
microbiota intestinal que, provavelmente, pode ter exercido um controle tanto
em bactérias benéficas quanto algumas bactérias patogênicas às aves e isto ter
influenciado em seus metabólitos e, conseqüentemente, afetado as mensurações
do pH.
O fato de não terem ocorrido efeitos significativos entre os tratamentos
também poderia ser atribuído ao aspecto da competição patogênica ser
insignificante para que os aditivos pudessem interferir nos resultados obtidos.
Esta possível explicação é baseada no fato de que como os animais terem sido
foram criados em condições profiláticas muito boas e com um mínimo de
estresse (que normalmente está associado a fatores nutricionais, ambientais ou
emocionais), o que não levou a um aumento de bactérias e à probabilidade de
causar algum tipo de doença, principalmente intestinal.
40
TABELA 7. pH do duodeno e ceco das aves, aos 21 dias e 42 dias de idade e seus respectivos desvios padrões (DP), em
função dos tratamentos experimentais.
TRATAMENTO
pH
(aos 21d)
Controle
negativo
1
Controle
positivo
2
Orégano
0,025%
Orégano
0,050%
Orégano
0,075%
Orégano
0,100%
C.V.
(%)
pH duodeno*
6,47 (0,15) 6,41 (0,17) 6,54 (0,12) 6,39 (0,07) 5,75 (0,36) 6,38 (0,21) 3,00
pH ceco*
6,29 (0,26) 6,03 (0,33) 6,55 (0,79) 6,03 (0,24) 6,56 (0,40) 6,34 (0,39) 7,01
TRATAMENTO
pH
(aos 42d)
Controle
negativo
1
Controle
positivo
2
Orégano
0,025%
Orégano
0,050%
Orégano
0,075%
Orégano
0,100%
C.V.
(%)
pH duodeno*
6,69 (0,24) 6,79 (0,13) 6,67 (0,13) 6,61 (0,16) 6,57 (0,33) 6,47 (0,49) 4,18
pH ceco*
6,87 (0,25) 7,11 (0,25) 6,98 (0,35) 7,12 (0,38) 6,83 (0,16) 7,10 (0,26) 4,05
* Efeito não significativo, pelo teste de Dunnet, em relação ao controle positivo e análise de regressão não significativa (P>0,05)
1
Controle negativo: ração basal sem antibiótico e extrato de orégano
2
Controle positivo: ração basal com antibiótico
41
5 CONCLUSÕES
Nas condições em que foi realizado o experimento, pode-se concluir que
o uso do extrato de orégano como aditivo substituto do promotor de
crescimento, não apresentou comportamento diferente do antibiótico e da
testemunha, em relação ao desempenho, qualidade da carcaça, avaliação
fisiológico-anatômica do trato digestório e as bactérias encontradas no ceco das
aves.
42
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVAREZ, L. C.; BARRERA, E. M.; GONZÁLES, E. A. Veterinaria,
México, v. 24, n. 2, p. 141-144, 1994.
AQUINO, T. M. “Levantamento etnobotânico de plantas medicinais na cidade
de Recife”. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE ETNOBIOLOGIA E
ETNOECOLOGIA, 4., 2002, Recife. Anais... Recife: SBEE, 2002. p. 96.
BRASIL. Ministério da Agricultura. Normas Climatológicas: 1961-1990.
Brasília, 1992. 84 p.
BRUGALLI, I. Alimentação alternativa: a utilização de fitoterápicos ou
nutracêuticos como moduladores da imunidade e desempenho animal. In:
SIMPÓSIO SOBRE MANEJO E NUTRIÇÃO DE AVES E SUÍNOS, 2003,
Campinas. Anais... Campinas: CBNA, 2003. p. 167-182.
BUTOLO, J. F. Qualidade de ingredientes na alimentação animal. Campinas:
CBNA, 2002. 430 p.
CAVALCANTI, J. S.; TEIXEIRA, A. S.; OLIVEIRA, B. L.; OLIVEIRA, A. I.
G. Probióticos e farinha de carne e ossos com diversos níveis de contaminação
bacteriana para frangos de corte. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE
BRAZILEIRA DE ZOOTECNIA, 23., 1996, Fortaleza. Anais... Fortaleza: SBZ,
1996. p. 50-52.
CAVAZZONI, V.; ADAMI, A.; CASTROVILLI, C. A preliminary
experimentation on broilers with a strain of Bacillus coagulans as probiotic.
Microbiologie Aliments Nutrition, Milan, v. 11, p. 457-462, 1993.
DEANS, S. G.; RITCHIE, G. Antibacterial properties of plant essential oils.
International Food Microbiology, Amsterdam, v. 5, n. 2, p. 165-168, Nov.
1987.
DIONIZIO, M. A. Prebióticos como promotores de crescimento para frangos
de corte. 2001. 60 p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Universidade
Federal de Lavras, Lavras, MG.
DUKE, G. E. Physiology of digestion and metabolism. Zootecnia
Internacional, v. 17, n. 8, p. 50-53, Oct. 1994.
43
EMILIANO, M. K. F. O uso popular de plantas medicinais e suas
representações sociais: um estudo em Jaboticabal, SP. 2003. (Trabalho de
Graduação) – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias; Universidade
Estadual Paulista, Jaboticabal, Jaboticabal.
ENGBERG, R. M.; HEDEMANN, M. S.; LESER, T. D.; JENSEN, B. B. Effect
of zinc bacitracina and salinomycin on intestinal microflora and performance of
broilers. Poultry Science, Champaign, v. 79, n. 9, p. 1311-1319, Sept. 2000.
ENGLAND, J. A.; WATKINS, S. E.; SALEH, E. Effects of Lactobacillus
reuteri on live performance and intestinal development of male turkeys. Journal
Applied of Poultry Research, v. 5, p. 311-324, 1996.
FERREIRA, D. F. SISVAR - Sistema de análises de variância para dados
balanceados: programa de análises estatística e planejamento de experimentos,
versão 4.3. Lavras: UFLA/DEX, 2000.
FERREIRA, A. J. P. Exclusão competitiva na avicultura. In: SIMPÓSIO
SOBRE ADITIVOS ALTERNATIVOS NA NUTRIÇÃO ANIMAL, 2000,
Campinas. Anais... Campinas: CBNA, 2000. p. 101-108.
FORBES, M.; PARK, J. T. Growth of germ-free and conventional chicks: effect
of diet, dietary penicillin, and bacterial environment. Journal of Nutrition,
Bethesda, v. 67, p. 69-84, 1959.
FREITAS, R. de.; FONSECA, J. B.; SOARES, R. da T. R. N.; ROSTAGNO, H.
S.; SOARES, P. R. Utilização do alho (Allium sativum L.) como promotor de
crescimento de frangos de corte. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v.
30, n. 3, p. 761-765, maio/jun. 2001.
FRIZZAS, A. C. Efeito do uso de probiótico sobre o desempenho e atividade
de enzimas digestivas de frangos de corte. 1996. 70 p. Dissertação (Mestrado)
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias; Universidade Estadual
Paulista, Jaboticabal, SP.
FUINI, M. G. Utilização do cogumelo Agaricus blazei como alternativa ao
uso de antibióticos em rações para frangos de corte. 2001. 64 p. Dissertação
(Mestrado em ). Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG.
44
GARCIA, E. S.; SILVA, A. C. P.; GILBERT, B.; CORRÊA, C. B. V.;
CAVALHEIRO, M. V. S.; FARMAGUINHOS, R. R. dos S.;
FARMAGUINHOS, T. T. Biodiversidade: perspectivas e oportunidades
tecnológicas: biodiversidade: Fitoterápicos. 2003. Base de Dados Tropical
(BDT). Disponível em: <http://www.bdt.fat.org.br/publicacoes/
padct/bio/cap10/eloi.html>. Acesso em: 2004
HENRIQUE, A. P. F.; FARIA, D. E.; FRANZOLIN, R.; ITO, D. T. Uso de
probióticos e antibióticos como promotores de crescimento para frangos de
corte. In: REUNIÃO ANUAL DA SBZ, 2000, Viçosa, MG. Anais...Viçosa,
MG: SBZ, 2000. 3 p. 1 CD-ROM.
HENRIQUE, A. P. F.; FARIA, D. E. Uso de probióticos e antibióticos como
promotores de crescimento para frangos de corte. In: CONFERÊNCIA APINCO
DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA AVÍCOLAS, 1998, São Paulo. Anais...
Campinas: FACTA, 1998. p. 35.
HERNÁNDEZ, F.; MADRID, J.; GARCIA, V.; OREENGO, J.; MAGÍAS, M.
D. Influence of two plant extracts on broilers performance, digestibility, and
Ddigestive organ size. Poultry Science, champaign, v. 83, n. 2, p. 169-174, Feb.
2004.
INDICADOR Terapêutico. Disponível em: <http://www.cravoecanela.com/
Indicador.htm>. Acesso em: 10 out. 2002.
INGRAM, C. The cure is in the cupboard (How to usse oregano for better
health). Illinois: Knowledge House, 1997.
JIN, L. Z.; HO, Y. W. Growth performance, intestinal microbial populations, ans
serum cholesterol of broilers fed diets Lactobacillus cultures. Poultry Science,
Champaign, v. 77, n. 9, p. 1259-1265, Sept. 1998.
JUNQUEIRA, L. C. U.; JUNQUEIRA, L. M. M. S. Técnicas básicas de
citologia e histologia. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1983. 123 p.
KAMEL, C. A novel look at a classical approach of plant extracts. Feed Mix, p.
19-21, Nov. 2000. Special.
LEANDRO, N. S. M.; FIRMINO, G.; STRIGHINI, J. H.; SCHAITI, M.;
TIBERY, E.; GODOI, F. Utilização de probióticos em frangos de corte com
peso baixo na primeira semana de vida. Revista Brasileira de Ciência Avícola,
Campinas, v. 35, n. 3, p. 53, 2001. Suplemento.
45
LIMA, G. J. M. M. de.; RUTZ, F.; BORGES, S. A.; VIOLA, E. S. Efeito da
adição de um composto de ervas naturais como promotor de crescimento em
dietas de suínos em crescimento e terminação. In: CONGRESSO BRASILEIRO
DE VETERINÁRIOS ESPECIALISTAS EM SUÍNOS, 10., 2001, Porto Alegre.
Anais... Canoas - RS: LA SALLE, 2001. v. 2, p. 323-324.
LODDI, M. M.; GONZALES, E.; TAKITA, T. S.; MENDES, A. A.; ROÇA, R.
O. Adição de probiótico e antibiótico como promotor de crescimento para
frangos de corte. Características de carcaça. In: CONFERÊNCIA DE CIÊNCIAS
E TECNOLOGIA AVÍCOLAS, 1998, Campinas. Anais... Campinas: APINCO,
1998. p. 31.
LOODI, M. M.; TUCCI, F. M.; HANNAS, M. I.; SATO, R. N.; KISHIBE, R.;
MORAES, V. M. B.; ARIKI, J. Probióticos, mananoligossacarídeos + ácidos
orgânicos em dietas de frangos. In: REUNIÃO ANUAL DA SBZ, 39., 2002,
Recife. Anais... Recife: SBZ, 2002. 3 p. 1 CD-ROM.
LOODI, M. M.; SATO, R. N.; ARIKI, J.; PEDROSO, A. A.; MORAES, V. M.
B. de; KISHIBE, R. Ação isolada ou combinada de antibiótico e probiótico
como promotor de crescimento em rações inicias de frangos de corte. In:
REUNIÃO ANUAL DA SBZ, 37., 2000, Viçosa, MG. Anais... Viçosa, MG:
SBZ, 2000. 1 CD-ROM.
MACARI, M.; FURLAN, R. L.; GONZALES, E. Fisiologia aplicada a frangos
de corte: Imunologia Aplicada. Jaboticabal: FUNEP/UNESP, 2002. p. 231-
245.
MEAD, G. C. Microbial ecology of the digestive tract. In: WORLD´S
POULTRY SCIENCE CONGRESS, 2000, Montreal. Anais... Montreal,
Canadá: WPSA, 2000. 8 p. 1 CD ROM.
MENTEN, J. F. M. Aditivos alternativos na nutrição de aves: probióticos e
prebióticos. In: REUNIÃO ANUAL DA SBZ, 38., 2001, Piracicaba. Anais...
Piracicaba: SBZ, 2001. 1 CD-ROM.
MENTEN, J. F. M. Probióticos. prebióticos e aditivos fitogênicos na nutrição de
aves. In: SIMPÓSIO SOBRE INGREDIENTES NA ALIMENTAÇÃO
ANIMAL, 2., 2002, Uberlândia. Anais... Uberlândia: CBNA, 2002. p. 251-276.
MILTENBURG, G. Extratos Herbais como substitutos de antimicrobianos na
alimentação animal. In: SIMPÓSIO SOBRE ADITIVOS ALTERNATIVOS NA
46
NUTRIÇÃO ANIMAL, 2000, Campinas. Anais... Campinas: [s. n.], 2000. p.
87-108.
MORAN J. R. E. T. Starch digestion in fowl. Poultry Science, Champaign, v.
62, n. 7, p. 1257-1267, July 1982.
MOREIRA, J.; MENDES, A. A.; GARCIA, E. A.; GARCA, R. G.; ALMEIDA,
I. C. L. Efeito do uso de probiótico sobre o desempenho e rendimento de carcaça
em frangos de corte. In: REUNIÃO ANUAL DA SBZ, 38., 2001, Piracicaba,
Anais... Piracicaba: SBZ, 2001. 1 CD-ROM.
PAVAN-FRUECHAUF, S. Plantas medicinais da Mata Atlântica: manejo
sustentado e amostragem. São Paulo: Annablume/FAPESP, 2000. 216 p.
PELICANO, E. R. E.; SOUZA, P. A.; SOUZA, H. B. A.; OBA, A.; NORKUS,
E. A.; KODAWARA, L. M.; LIMA, T. M. A. Rendimento de carcaça e
qualidade de carne de petio de frangos alimentados com dietas contendo
diferentes princípios ativos de probióticos. In: REUNIÃO ANUAL DA SBZ,
39., 2002, Recife. Anais... Recife: SBZ, 2002. 5 p. 1 CD-ROM.
ROSTAGNO, H. S.; ALBINO, L. F. T.; DONZELE, J. L.; GOMES, P. C.;
FERREIRA, A. S.; OLIVEIRA, R. F.; LOPES, D. C. Tabelas brasileiras para
aves e suínos: composição de alimentos e exigências nutricionais. Viçosa, MG:
UFV, 2000. 141 p.
SABBATINI. R. Medicina Natural. Disponível em: <http://www.geocities.
com/saudeinfo/natural.htm.>. Acesso em: 10 out. 2002.
SANTOS, E. C.; TEIXEIRA, A. S.; RODRIGUES, P. B.; BERTECHINI, A. G.;
FREITAS, R. T. F.; DIAS, E. S.; TORRES, D. M.; SANTOS, A. V.;
GIACOMETTI, R. A. Uso de aditivos beneficiadores de crescimento sobre o
rendimento de carcaça de frangos de corte. In: REUNIÃO ANUAL DA SBZ,
39., 2002, Recife. Anais... Recife: SBZ, 2002. 4 p. 1 CD-ROM.
SANTOS, É. C. dos. Avaliação de aditivos beneficiadores de crescimento
alternativos ao uso de antibiótico na alimentação de frangos de corte. 2003.
20 p. Tese (Doutorado em Zootecnia) – Universidade Federal de Lavras, Lavras,
MG.
SANTOS, M. S. Probioticos à base de Lactobacilos para leitões na fase de
aleitamento e de creche. 1998. 76 p. Dissertação (Mestrado em Tecnologia de
Alimentos) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG.
47
SCHOCKEN-ITURRINO, R. P. Efeito da adição de antimicrobianos e/ou
prebiótico na ração sobre a microbiota intestinal e cecal de frangos. 2003.
Dissertação (Mestrado em Tecnologia de Alimentos) Universidade Federal de
Viçosa, Viçosa, MG.
SILVA, E. N. Probióticos em rações para frangos de corte. 1999. 66 p.
Dissertação (Mestrado em Zootecnia) Universidade Federal de Lavras, Lavras,
MG.
SILVA, E. N. da. Antibióticos intestinais naturais: bacteriocinas. In: SIMPÓSIO
SOBRE ADITIVOS ALTERNATIVOS NA NUTRIÇÃO ANIMAL, 2000,
Campinas. Anais... Campinas: [s.n.], 2000. p. 15-24.
SIVROPOULOU, A.; PAPANIKOLAOU, E.; NIKOLAOU, C.; KOKKINI, S.
LANARA, T.; ARSENAKIS, M. J. Antimicrobial and cytotoxic activities of
origanum essential oils. Journal of Agricultural and Food Chemistry,
Washington, v. 44, n. 5, p. 1202-1205, May 1996.
SOUZA, R. V. de.; CARNEIRO, D. O. Farmacología dos quimioterápicos.
Lavras: UFLA/FAEPE, 2000. 105 p. Curso de Pós Graduação Lato-Sensu”
Especialização em Farmacologia: Atualização e Novas Perspectivas.
STILES, J. C.; SPARKS, W.; RONZIO, R. A. The inhibition of candida albicans
by oregano. Journal of Applied Nutrition, La Habra, CA, v. 47, n. 4, p. 96-
102, 1995.
STURKIE, P. D. Avian Physiology. 2. ed. New York: Cornell University Press,
1965. 766 p.
SUGETA, S. M.; BERSCH, F. X.; BUENO, C. J. C.; BORGES, C. A. Q.
Substituição dos promotores de crescimento por probióticos na dieta de frangos
de corte. Revista Brasileira de ciência Avícola, Campinas, v. 6, p. 53, 2004.
Suplemento.
TSINAS, A. C. Naturally selected. England, Meriden: Northampton, [2003?]. 8
p.
VARGAS JR, J. G. de.; TOLEDO, R. S.; ALBINO, L. F. T.; ROSTAGNO, H.
S.; CARVALHO, D. C. O.; OLIVEIRA, J. E. de. Uso de probiótico e antibiótico
48
em rações de frango de corte. In: REUNIÃO ANUAL DA SBZ, 38., 2001,
Piracicaba. Anais... Piracicaba: SBZ, 2001. 1 CD-ROM.
VENTURA, B. G.; SOARES, R. da T. R. N.; CHIQUIERI, J.; CANNIZZAS, A.
de P. Utilização de alho e/ou probiótico como estimulantes do crescimento de
suínos. In: REUNIÃO ANUAL DA SBZ, 40., 2003, Santa Maria. Anais...
Santa Maria: SBZ, 2003. 1 CD-ROM.
VIOLA, T. H. A influência da restrição de água no desempenho de fraangos
de corte. 2003. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Universidade Federal do
Rio Grande do Sul.
YOUNG, J. F.; STAGSTED, J.; JENSEN, I. S. K.; KARLSSON, A. H.;
HENCKEL, P. Ascorbic Acid, α-Tocopherol, and Oregano Supplements Reduce
Stress-Induced Deterioration of Chicken Meat Quality. Poultry Science,
Champaign, v. 82, n. 8, p. 1343-1351, Aug. l2003.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo