KAHARI, 1999; CURRAN, MURRAY, 2000; SOUZA, LINE, 2002; RUNDHAUG,
2003; IKEJIRI et al., 2005).
Tem sido relatado que em diversas enfermidades se observa aumento da
expressão ou atividade de MMPs, como em neoplasias, artrite reumatóide, osteoartrite,
dermatoses bolhosas auto-imunes, periodontites, desordens da articulação têmporo-
mandibular, entre outras (WESTERMARCK, KAHARI, 1999; CURRAN, MURRAY,
2000; GEARING et al., 2002; SOUZA, LINE, 2002; KIVELÄ-RAJAMÄKI et al.,
2003; TSAI et al., 2003; PEREIRA et al, 2005).
As metaloproteinases são, em geral, constituídas por domínios bem conservados:
um peptídeo sinalizador, um pró-peptídeo cuja clivagem proteolítica é necessária para a
ativação enzimática, um domínio catalítico com um sítio de ligação para o zinco e um
domínio c-terminal hemopexina, envolvido em interações com outras MMPs e
inibidores teciduais de metaloproteinases (TIMPs). Algumas MMPs exibem domínios
adicionais ou pequenas inserções (THOMAS, LEWIS, SPEIGHT, 1999;
WESTERMARCK, KAHARI, 1999; SOUZA, LINE, 2002; RUNDHAUG, 2003).
A expressão de MMPs é firmemente regulada, uma vez que seu efeito é
potencialmente devastador (CURRAN, MURRAY, 2000). Esta regulação ocorre pelo
menos em três níveis: transcricional, ativação proteolítica da pró-enzima e inibição da
atividade enzimática (STAMENKOVIC, 2000; NABESHIMA et al., 2002; POLETTE
et al., 2004).
A regulação transcricional das MMPs parece representar um etapa essencial,
pois a maioria das metaloproteinases tem seus genes expressos apenas quando há
remodelação tecidual ativa, fisiológica ou patológica (CURRAN, MURRAY, 2000;
SOUZA, LINE, 2002). Vários fatores podem estar envolvidos nesta regulação, como
citocinas, hormônios, fatores de crescimento e até mesmo fragmentos resultantes da
clivagem da MEC por MMPs (THOMAS, LEWIS, SPEIGHT, 1999; O’TOOLE, 2001;
NABESHIMA et al., 2002).
As metaloproteinases são, em grande parte, secretadas na forma de precursores
latentes, denominados pró-enzimas ou zimogênios, que precisam ser clivados no pró-