Relatório-Síntese 2000 ANEXO Matemática
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Essa Banca Examinadora, tal qual a Comissão, é composta por professores com pós-graduação
stricto sensu na área, atuantes no ensino de graduação, provenientes de diferentes regiões do País e de
instituições públicas e privadas.
A partir da relação de conteúdos e habilidades estabelecidos como diretrizes do Exame e das
recomendações para a elaboração da prova, a Banca Examinadora constrói uma tabela de especificação,
ferramenta básica que visa garantir a representatividade da amostra de conteúdos e habilidades
desenvolvidos no processo de ensino-aprendizagem dos graduandos. Trata-se de uma tabela de dupla
entrada, na qual se cruzam os tópicos de conteúdos e as habilidades e se registra o número de questões,
em termos de sua importância relativa na prova como um todo.
A Banca Examinadora elabora questões conforme definido nessa tabela de especificação e
analisa, seleciona, aperfeiçoa as que compõem a prova em sua versão definitiva. A própria Banca, com a
assessoria de especialistas em medidas educacionais, julga e aperfeiçoa as questões quanto aos aspectos
relativos ao seu formato e à sua consistência em relação aos conteúdos e habilidades definidos.
O procedimento de concepção do Exame e de construção do instrumento, conforme descrito,
assegura a validade do conteúdo da prova, visto que o processo permite:
a) identificar comportamentos relevantes, representativamente amostrados; e
b) identificar áreas de conteúdo, também representativamente amostradas.
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Dessa forma, considera-se que a prova tem validade de conteúdo, no sentido de que ela reflete o
universo de conhecimentos e habilidades que se espera que os graduandos tenham adquirido após sua
experiência educacional em nível de graduação.
Índice de Fidedignidade
Foi estimado o índice de fidedignidade das questões de múltipla escolha da prova, a fim de
caracterizar o teste quanto à sua capacidade de produzir resultados precisos. Para as questões de múltipla
escolha, foi adotado o método de Kuder-Richardson (KR
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). Este índice é fortemente influenciado pela
variância de desempenho do grupo e pelo número de itens aplicados, sendo que, quanto mais próximo de 1
(um), maior precisão o instrumento possui.
Índice de Facilidade
O índice de facilidade de cada questão é representado pelo resultado da divisão do número de
pontos obtidos na questão por todos os respondentes pelo produto do valor total da questão pelo número
total de respondentes.
3
A escala utilizada para a classificação e posterior análise do índice de facilidade foi
adaptada de Lafourcade,
4
Pasquali
5
e Vianna.
6
As questões de dificuldade média são aquelas que se
encontram entre os índices 0,41 e 0,60. A partir de um índice igual ou menor que 0,40, a questão é
2
VIANNA, Heraldo M. Testes em educação. São Paulo: Ibrasa, 1973. p. 173.
3
UNIVERSITY OF IOWA. Evaluation and Examination Service. Improving essay examination III. Use of item analysis. (Tech. Bull. nº
11) Iowa City.
4
LAFOURCADE, Pedro D. Evaluación de los aprendizajes. Buenos Aires: Kapelusz, 1969. p. 211.
5
PASQUALI, Luiz (Org.). Medida psicométrica. In: TEORIA e métodos de medida em ciências do comportamento. Brasília:
Laboratório de Pesquisa em Avaliação e Medida/Instituto de Psicologia/UnB: Inep, 1996. p. 83.
6
VIANNA, Heraldo M. Testes em Educação. São Paulo: Ibrasa, 1973. p. 192.