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Para a análise da evolução dos níveis tensionais no pós-parto, consideraram-se os
níveis sistólicos e diastólicos máximos diários pós-parto de cada paciente. Foi então construída
uma curva com a média dos valores máximos diários da pressão sistólica e diastólica em
função do tempo. Considerou-se como dia zero pós-parto o dia do parto até a 24:00h deste
mesmo dia.
A análise estatística foi realizada no programa de domínio público EPI-INFO versão
3.4.1, calculando-se distribuições de freqüências, medidas de tendência central e de dispersão.
A representação gráfica das médias diárias dos valores máximos das pressões sistólicas e
diastólicas, com intervalo de confiança de 95%, foi construída em função do tempo utilizando-
se o programa Minitab 14.2. Para avaliar a evolução dos valores, tanto da pressão sistólica
quanto da diastólica, foram realizados testes de comparações de médias entre dias
subseqüentes, utilizando-se o teste “t”de Student para amostras pareadas.
RESULTADOS
Avaliou-se 154 puérperas com diagnóstico de pré-eclâmpsia grave. A idade das
pacientes variou de 15 a 44 anos com média de 25,12 anos e desvio padrão de 6,5. Quanto ao
índice de massa corpórea, a média observada foi de 30,1kg/m
2
, com 5,5 de desvio padrão.
Quando avaliadas quanto à classificação de Atalah, 9,9% das pacientes apresentavam baixo
peso, 33,9% peso adequado, 24% sobrepeso e 32,2% obesidade.
Em relação à procedência, 58,4% das pacientes eram oriundas da cidade do Recife e
Região Metropolitana, 40,3% de outras cidades do estado de Pernambuco e 1,3% de outros
estados. Em relação à escolaridade, 10,4% tinham menos de três anos de estudo, 26,6% entre
quatro e sete anos de estudo, 17,5% entre oito e dez anos e 45,5% mais de 11 anos de estudo,
o que corresponde ao ensino médio completo. (Tabela 1)
Das puérperas incluídas no estudo, 64,9% eram primíparas e entre estas, sete referiam
história prévia de abortamento. No momento do parto, 59,7% das pacientes tinham idade
gestacional menor que 37 semanas, sendo 27,3% com idade gestacional menor que 32
semanas. O parto vaginal ocorreu em 20,1% das mulheres, enquanto 79,9% foram submetidas
a interrupção por via alta; 56,7% por indicação materna e 43,3% por indicação fetal. (Tabela 2)
Oitenta e três pacientes (53,9%) apresentaram picos pressóricos no puerpério. O
número de dias pós-parto para alta hospitalar variou de um a 30 dias, com 45% (69) das