Download PDF
ads:
1
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
2
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Presidência da República
Luiz Inácio Lula da Silva
Vice-Presidência
José Alencar Gomes da Silva
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Luís Carlos Guedes Pinto
Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo
Márcio Antonio Portocarrero
Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Evolução do cooperativismo no Brasil : DENACOOP em ação / Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento. – Brasília : MAPA, 2006.
124 p.
1. Cooperativismo – Brasil. I. Título.
AGRIS E40
CDU 334
É permitida a reprodução desde que citada a fonte.
Catalogação na Fonte
Biblioteca Nacional de Agricultura – BINAGRI
ads:
3
PREFÁCIO INTRODUCION PREFACIO
Uma via para a justiça social - Roberto Rodrigues
A way to social justice
Una via para la justicia social
INTRODUÇÃO INTRODUTION INTRODUCCIÓN
Cooperativismo, o caminho para a cidadania
Cooperativism, the route to citizenship
Cooperativismo, el camino para la ciudadanía
A HISTORIA - THE HISTORY - LA HISTORIA
Ser social A social being Ser social
A aliança do mundo cooperativo The alliance of the cooperative world La alianza del mundo cooperativo
Um Brasil de todos A Brazil of everyone Un Brasil de todos
Pedra fundamental The rock of foundation Piedra fundamental
Força de lei The force of law Fuerza de ley
Viva às diferenças Vive la différence Viva las diferencias
A ESTRUTURA - THE STRUCTURE - LA ESTRUTURA
Um papel fundamental Fundamental role Un papel fundamental
O acompanhamento Followup El acompañamiento
Agronegócio Agribusiness Agronegocio
Autogestão Cooperativista Cooperative self management Autogestión Cooperativista
Valorização do servidor Give the servers their due Valoración del servidor
Como participar How to have a say in it Cómo participar
Sumário
Sumário
summary
sumario
05
07
10
12
16
19
22
30
32
37
38
39
41
42
4
O PERFIL - THE PROFILE - EL PERFIL
Aquarela brasileira A Brazilian watercolor Acuarela brasileña
Uma colheita de sucessos A harvest of successes Una cosecha de éxitos
Diálogo valioso A valuable dialogue Diálogo valioso
Merece crédito Credit worthy Merece crédito
Doce lar Home sweet home Hogar dulce hogar
Fortalecimento Encouragement Fortalecimiento
Injeção de ânimo An injection of live Inyección de ánimo
Chove no sertão Rain on the hinterland Llueve en el sertão
Made in Brazil Made in Brazil Made in Brazil
A alma do negócio The soul of trade El alma del negocio
Sem fronteiras No boundaries Sin fronteras
Garantia de futuro A guarantee for the future Garantía de futuro
Educar para crescer Educating for growth Educar para crecer
Aprender a crescer Learning to grow Aprender a crecer
Vale prêmio Worth prizes Vale premio
Elas abrem caminhos They open the way Ellas abren caminos
Voluntários da cooperação Volunteers for cooperation Voluntarios de la cooperación
Estímulo ao conhecimento Knowledge-oriented Estímulo al conocimiento
Faz bem à comunidade Doing good for the community Le hace bien a la comunidad
O cooperativismo na estante The cooperatives on the shelf El cooperativismo en los estantes
O FUTURO - THE FUTURE - EL FUTURO
Como será o amanhã? What will tomorrow bring? ¿Cómo será el mañana?
CONCLUSÃO CONCLUSION CONCLUSIÓN
Agradecimentos Acknowledgements Agradecimientos
44
46
48
52
62
66
68
72
76
79
82
86
88
92
95
97
104
108
110
113
116
120
123
5
Num mundo cada vez mais preocupado com a redução das
desigualdades, o cooperativismo é o caminho ideal para a constru-
ção de uma sociedade mais justa, solidária, democrática e feliz. Por
isso, não canso de repetir que o sistema cooperativo é a ponte entre
o mercado e o bem-estar coletivo. Instrumento formidável para o
desenvolvimento harmonioso das nações, ele pode contribuir deci-
sivamente para que o Brasil consiga se transformar num País com
maior geração de emprego e melhor distribuição de renda.
Cooperativista por formação, tendo presidido a Organização
das Cooperativas Brasileiras (OCB) e a Aliança Cooperativa Interna-
cional (ACI), temos trabalhado para fortalecer os diferentes ramos
do setor, especialmente o agropecuário e o de crédito. Isso tem sido
feito em duas frentes: implementação de ações públicas voltadas à
capacitação de cooperados e à promoção do sistema e a elaboração
de propostas para atualizar a legislação do cooperativismo, objeti-
vando torná-lo mais competitivo no mercado.
Temos plena convicção que apoiar o cooperativismo é in-
vestir na consolidação da justiça social e da paz num regime demo-
crático. Conhecida mais de três séculos, a doutrina cooperativista
tem contribuído para construir empresas eficientes e competitivas,
espalhando uma onda de solidariedade e de cooperação que en-
volve hoje 800 milhões de filiados. Se imaginarmos que cada um
deles tem três agregados familiares ou trabalhadores a eles ligados,
temos 2,4 bilhões de pessoas - ou 40% da humanidade - filiadas
ao cooperativismo.
No Brasil, são pouco mais de 6 milhões de filiados ao
cooperativismo, segundo dados da OCB. Direta e indiretamente, o
setor envolve cerca de 18 milhões de pessoas, ou aproximadamente
10% da população brasileira. Nosso desafio é ampliar o número
de cooperados, fazendo com que esse sistema contribua cada vez
mais para construir a organização econômica e combater a exclusão
social no País.
U m a v i a p a r a a
j u s t i ç a s o c i a l
R o b e r t o R o d r i g u e s
6
In a world increasingly concerned with reducing inequali-
ties, cooperatives are the ideal route for constructing a fairer, hap-
pier, more solidary and democratic society. That is why I do not
tire of repeating that the cooperative system is a bridge between
the market and collective welfare. It is a powerful instrument for
the harmonious development of nations and can contribute towards
transforming Brazil into a nation with greater job creation and better
distribution of income.
Trained in the cooperative movement and having been pres-
ident of the Organization of Brazilian Cooperatives (OCB), I have
worked in government to strengthen the different branches of the
sector, especially in agriculture and credit. This has been on two
fronts: implementing public actions aimed at training cooperative
members and promoting the system, and developing proposals
for updating cooperative legislation with the aim of making it more
competitive in the marketplace.
We are fully convinced that to support cooperatives is to
invest in consolidating social justice and peace in a democratic re-
gime. The cooperative doctrine has been known about for more than
three centuries, and has contributed to building efficient and com-
petitive companies, spreading a wave of solidarity and cooperation
that involves 800 million members today. If we think that each is
linked to three other family members or workers, we have 2.4 billion
people – or 40% of mankind – connected to cooperatives.
A little more than 6 million people in Brazil are linked to co-
operatives, according to OCB data. Directly and indirectly, the sector
involves 18 million people, or approximately 10% of the Brazilian pop-
ulation. Our challenge is to expand the number of cooperative members,
making this system increasingly contribute to constructing economic
organization and combating social exclusion in the country.
A w a y t o s o c i a l j u s t i c e
En un mundo cada vez más preocupado con la reducción
de las desigualdades, el cooperativismo es el camino ideal para
la construcción de una sociedad más justa, solidaria, demo-
crática y feliz. Por eso, no me canso de repetir que el sistema
cooperativo es el puente entre el mercado y el bienestar colec-
tivo. Instrumento formidable para el desarrollo armonioso de
las naciones, él puede contribuir decisivamente para que Brasil
consiga transformarse en un país con mayor generación de em-
pleo y mejor distribucn de renta.
Cooperativista por formación, habiendo presidido la Orga-
nización de las Cooperativas Brasileñas (OCB) y la Alianza Coopera-
tiva Internacional (ACI), vengo trabajando en el gobierno para forta-
lecer los diferentes ramos del sector, especialmente el agropecuario
y el de crédito. Esto se ha hecho en dos frentes: la implementación
de acciones públicas volcadas a la capacitación de cooperados y
a la promoción del sistema y la elaboración de propuestas para
actualizar la legislación del cooperativismo, buscando volverlo más
competitivo en el mercado.
Tenemos plena convicción de que apoyar al cooperativismo
e invertir en la consolidación de la justicia social y de la paz en un
régimen democrático. Conocida hace más de tres siglos, la doctrina
cooperativista ha contribuido para construir empresas eficientes y
competitivas, esparciendo una onda de solidariedad y de coopera-
ción que involucra hoy a 800 millones de afiliados. Si imaginamos
que cada uno de ellos tiene tres agregados familiares o trabajadores
y ellos unidos, tenemos 2,4 mil millones de personas o el 40%
de la humanidad – afiliadas al cooperativismo.
En Brasil, tenemos poco más de 6 millones de afiliados al
cooperativismo, según datos de la OCB. Directa e indirectamente,
el sector involucra cerca de 18 millones de personas, o aproxima-
damente 10% de la población brasileña. Nuestro desafío es ampliar
el número de cooperados, haciendo que este sistema contribuya
cada vez más a construir la organización económica y combatir la
exclusión social en el país.
Una via para la justicia social
7
Cooperativismo
Com 162 anos, o Cooperativismo faz parte das insti-
tuições nacionais em todo o mundo. Trata-se de um movimento
universal dos cidadãos em busca de um modelo mais justo, que
permita a convivência equilibrada entre o econômico e o social.
O desafio do setor cooperativista brasileiro é mostrar à so-
ciedade que, por ser um movimento solidário, é capaz de implantar
um modelo com fortes bases calcadas no conceito de sustentabili-
dade, ou seja, promover o desenvolvimento econômico, respeitan-
do o meio ambiente e inserindo o ser humano na repartição das
riquezas geradas no processo.
O reconhecimento governamental, de que o Cooperativismo
pode contribuir decisivamente para que o Brasil consiga se trans-
formar num País mais justo do ponto de vista social e econômico,
ocorreu logo após o início do primeiro governo Lula, em 2003, de-
sencadeando um processo de discussão visando a eliminação dos
entraves burocráticos e legais que pudessem impedir ou dificultar
a difusão do Cooperativismo no seio da sociedade. Nesse sentido,
houve mobilização geral visando a elaboração de propostas para
atualizar a legislação do Cooperativismo. Ao mesmo tempo, pre-
senciamos grande avanço na consolidação do Cooperativismo de
crédito, objetivando-o torná-lo mais competitivo no mercado.
O governo federal fez a aposta certa, pois temos plena
convicção de que o Cooperativismo é um investimento na conso-
lidação da justiça social e da democracia.
Com a difusão do movimento cooperativista no Brasil, pro-
jetamos a inclusão de milhares de pessoas no processo. A partir
daí, resta às autoridades governamentais e às lideranças da socie-
dade a realização de um trabalho organizado para fomentar e para
prover a formação dos gestores, a educação dos associados e a
inclusão de questões relacionadas a políticas específicas voltadas
ao gênero feminino e aos jovens como forma de prover a inclusão
social com sustentabilidade.
Secretaria de Desenv olvimen to Agropecu ário
e Cooperativi smo
C o o p e r a t i v i s m o , o c a m i n h o
p a r a a c i d a d a n i a
8
Cooperativism
Celebrating 162 years of operation, Cooperativism has be-
come part of the institutions in Brazil and around the globe. It is a
universal citizen movement in search of a fairer social model, allow-
ing for a balanced coexistence of economic and social concerns.
The challenge of the cooperative sector in Brazil is to show
society that its solidarity status leads to the implementation of a
model strongly based on the concept of sustainability, in other
words, it promotes the economic development, with respect for
the environment while giving each human being their share in the
wealth produced by the process.
Government recognition of the fact that Cooperativism could
contribute decisively towards transforming Brazil into a fairer coun-
try from a social and economic point of view, occurred immediately
after the beginning of President Lula’s first term in office, in 2003,
triggering a debating process aimed at eliminating the bureaucratic
and legal hurdles that might prevent or make it difficult for Coop-
erativism to spread across our society. Within this sense, there was
general awareness with regard to proposals intended to update co-
operative-oriented legislation. In the meantime, we witnessed great
strides toward credit cooperativism, in an effort to make it more
competitive in the market.
The federal government made the right bet, as we are fully
convinced that Cooperativism is an investment in the consolidation
of social justice and democracy.
By spreading the cooperativistic movement in Brazil, we
project the inclusion of millions of people into the process. As
things are now, it is up to the government authorities and society
leaderships to carry on with organized efforts to foster and pro-
mote the formation of managers, the education of the associate
members and the inclusion of matters related to specific policies
focused on the female gender and the young, as a manner to pro-
vide sustainable social inclusion.
Secretary of Agricul tural D evelopment
and Cooperati vism
C o o p e r a t i v i s m , t h e
r o u t e t o c i t i z e n s h i p
9
Cooperativismo
Con 162 años, el Cooperativismo ya es parte de las insti-
tuciones nacionales en todo el mundo. Se trata de un movimiento
universal de los ciudadanos en busca de un modelo más justo, que
permita la convivencia equilibrada entre lo económico y lo social.
El desafío del sector cooperativista brasileño es mostrar a la
sociedad que, por ser un movimiento solidario, es capaz de implan-
tar un modelo con fuertes bases calcadas en el concepto de soste-
nibilidad, o sea, promover el desarrollo económico, respetando el
medio ambiente e insertando al ser humano en la repartición de las
riquezas generadas en el proceso.
El reconocimiento gubernamental, de que el Cooperativis-
mo puede contribuir decisivamente para que Brasil consiga trans-
formarse en un país más justo desde el punto de vista social y
económico, ocurrió después del inicio del primer gobierno Lula,
en 2003, desencadenando un proceso de discusión, buscando la
eliminación de los entramados burocráticos y legales que puedan
impedir o dificultar la difusión del Cooperativismo en el seno de la
sociedad. En ese sentido, hubo movilización general buscando la
elaboración de propuestas para actualizar la legislación del Coope-
rativismo. Al mismo tiempo, presenciamos gran avance en la con-
solidación del Cooperativismo de crédito, buscando hacerlo más
objetivo y competitivo en el mercado.
El gobierno federal hizo la apuesta correcta, pues tenemos
plena convicción de que el Cooperativismo es una inversión en la
consolidación de la justicia social y de la democracia.
Con la difusión del movimiento cooperativista en Brasil,
proyectamos la inclusión de miles de personas en el proceso. A
partir de ahí, resta a las autoridades gubernamentales y a los líderes
de la sociedad la realización de un trabajo organizado para fomentar
y para proveer la formación de los gestores, la educación de los
asociados y la inclusión de cuestiones relacionadas a políticas es-
pecíficas volcadas al género femenino y a los jóvenes como forma
de proveer la inclusión social con sostenibilidad.
C o o p e r a t i v i s m o ,
e l c a m i n o p a r a l a
c i u d a d a n í a
Secretaria de Desarr ollo Ag ropecuario
y Cooperativi smo
10
Desde tempos remotos, a arte diária da sobrevivência compro-
va: o homem é um ser social. Juntos, os indivíduos têm mais chance
de sobreviver e de evoluir. Disso sabiam os egípcios, os gregos,
os romanos, os maias, os astecas… Não é à toa que eles viviam em
comunidades e se uniam para caçar, pescar, construir e cultivar.
Foi nesses exemplos e em teorias que defendiam a associa-
ção de pessoas como solão para problemas sociais de pensadores
como Roberto Owen (1771-1858) e Charles Fourier (1772-1837) que
os pioneiros do cooperativismo buscaram inspiração para garantir o
bem-estar de suas famílias em meio a uma crise.
Era meados do século XIX, época em que a sociedade as-
sistia a uma evolução rumo à chamada Revolução Industrial, as
máquinas a vapor surgiam como promessa de progresso, pois con-
seguiam produzir mais do que o homem e em menos tempo. Assim,
não demorou muito para o trabalho humano passar a valer menos e
para aumentar o desemprego.
Porém, diferentemente das quinas, os homens precisavam
de alimentos para sobreviver e resolveram usar a união em busca de
garantia para a subsistência. Reunindo algumas economias, 28 traba-
lhadores ingleses, a maioria tecelões, criaram um armazém do qual
todos eram donos e onde podiam comprar alimentos de qualidade
com baixo custo. Assim, em 21 de dezembro de 1844, nascia na então
cidade de Rochdale (hoje um bairro de Manchester), na Inglaterra, a
Sociedade Rochdale dos Pioneiros Eqüitativos, a primeira cooperativa
formal do mundo.
Com o objetivo de sobreviver, mas sob a orientação de princí-
pios como igualdade, justiça e liberdade, os cooperados de Rochdale
abriram caminho para um movimento que logo se espalhou pela Euro-
pa e pelo mundo. Em 1881, já existiam mil cooperativas de consumo,
com cerca de 550 mil associados. Os homens percebiam que, enquanto
antes se agrupavam informalmente para atingir objetivos específicos,
agora poderiam formalizar a cooperação, ganhando ainda mais força.
Considerado tanto uma filosofia como um modelo socioeco-
mico, o fato é que o cooperativismo nasceu com valores universais
e, dessa forma, trou seu destino: se expandir em diferentes territórios,
o importando a cultura, a língua ou o credo.
Desde a experiência
pioneira de
Rochdale, em
1844, o espírito da
cooperação difundiu-
se e contribuiu
para aproximar a
humanidade
A história
S e r s o c i a l
Rochdale
11
Since distant times, the daily art of survival has proven that
man is a social being. Individuals have more chance of survival and
evolution together. This was known by the Egyptians, the Greeks, the
Romans, the Mayas, the Aztecs… Not by chance did they live in com-
munities and come together to hunt, fish, build and cultivate.
These examples and theories proposing the association of
people as a solution to social problems of thinkers like Robert Owen
(1771-1858) and Charles Fourier (1772-1837) – were where the pio-
neers of the cooperative movement sought inspiration to ensure the
welfare of their families in times of crisis.
This was in the mid 19
th
century, when society was going
through the changes of what is known as the Industrial Revolution,
steam engines appeared as a promise of progress, since they were able
to produce more than man in less time. It did not take long, therefore, for
man to be of less value and for unemployment to increase.
However, unlike machines, the men needed food to survive,
and they decided to unite in to guarantee their subsistence. Joining their
savings, 28 English workers, mostly textile workers, created a store,
owned by them all, where they could purchase quality food at low cost.
And so the Rochdale Society of Equitable Pioneers was born in Roch-
dale (now a district of Greater Manchester), England, on December 21,
1844. It was the first formal cooperative in the world.
With the objective of survival, but guided by principles such
as equality, justice and freedom, the Rochdale cooperative mem-
bers opened the way for a movement which soon spread throughout
Europe and the world. In 1881 there were already 1000 consumer
cooperatives, with around 550,000 associates. People noticed that
while previously they grouped together informally to reach specific
objectives, they could now formalize cooperation, acquiring even
greater strength.
Considered both as a philosophy and a socioeconomic mod-
el, the fact is that the cooperative movement was born with universal
values, and thus defined its destiny: to expand into different territories,
irrespective of culture, language or creed.
Desde tiempos remotos, el arte diario de la supervivencia
comprueba: el hombre es un ser social. Juntos, los individuos tienen
s oportunidad de sobrevivir y de evolucionar. De eso ya saan los
egipcios, los griegos, los romanos, los mayas, los aztecas… No es sin
motivo que ellos vian en comunidades y se unían para cazar, pescar,
construir y cultivar.
Fue con estos ejemplos y teorías que defendían la asociación
de personas como solución para problemas sociales de pensado-
res como Roberto Owen (1771-1858) y Charles Fourier (1772-1837)
– pioneros del cooperativismo buscaron inspiración para garantizar el
bienestar de sus familias en medio de una crisis.
Fue a mediados del siglo XIX, época en que la sociedad asistía
a una evolución rumbo a la llamada Revolución Industrial, las quinas
a vapor surgían como promesa de progreso, pues conseguían producir
s que el hombre y en menos tiempo. Así, no tardó mucho para que el
trabajo humano pasara a valer menos y a aumentar el desempleo.
Sin embargo, diferente a las máquinas, los hombres necesita-
ban alimentos para supervivir y resolvieron usar la unión en búsque-
da de garantía para la subsistencia. Reuniendo algunas econoas,
28 trabajadores ingleses, la mayoría tejedores, crearon un almacén
del cual todos eran dueños y donde podían comprar alimentos de
calidad con bajo costo. Así, el 21 de diciembre de 1844, nacía en la
entonces ciudad de Rochdale (hoy un barrio de Manchester), en In-
glaterra, la Sociedad Rochdale de los Pioneros Equitativos, la primera
cooperativa formal del mundo.
Con el objetivo de supervivir, pero bajo la orientacn de prin-
cipios como igualdad, justicia y libertad, los cooperados de Rochdale
abrieron camino para un movimiento que luego se esparcpor Europa
y por el mundo. En 1881, ya existían mil cooperativas de consumo, con
cerca de 550.000 asociados. Los hombres notaban que, mientas antes
se agrupaban informalmente para alcanzar objetivos específicos, ahora
podrían formalizar la cooperacn, ganando aún más fuerza.
Considerado tanto una filosofía como un modelo socioeco-
mico, el hecho es que el cooperativismo nació con valores universales
y, de esta forma, trazó su destino: expandirse en diferentes territorios,
no importando la cultura, la lengua o el credo.
A s o c i a l b e i n g
Since the pioneering experience in Rochdale,
England, the spirit of cooperation has spread and
contributed to bringing mankind closer together
S e r s o c i a l
Desde la experiencia pionera de Rochdale, en
1844, el espíritu de la cooperación se difundió
y contribuyó para aproximar a la humanidad
A história
12
Com a rápida expansão do cooperativismo pelo mundo, 51
anos depois da criação da primeira cooperativa foi fundada uma
entidade com representação mundial. A Aliança Cooperativa Inter-
nacional (ACI) nasceu em 1895, na Inglaterra, com a missão de
representar, congregar e defender o movimento, divulgar a doutrina
e preservar seus valores e princípios.
A ACI tem sede em Genebra, na Suíça, e congrega 222
organizações-membro em 100 países, representando 800 milhões
de pessoas nos cinco continentes. Com essa representatividade,
a Aliança conquistou em 1946 assento consultivo na Organização
das Nações Unidas (ONU), sendo uma das primeiras organizações
não-governamentais a ter cadeira no conselho.
Desde 1992, a Aliança Cooperativa Internacional conta com
quatro seções regionais: Europa; Américas; África; e Ásia e Pacífico.
A ACI Américas está sediada na Colômbia (na cidade de Bogotá) e
integra as representações de 20 países, incluindo o Brasil. Os pre-
sidentes das quatro regionais compõem o Conselho de Administra-
ção da ACI, com os cargos de vice-presidente, em colaboração ao
trabalho do presidente e de 15 conselheiros.
O Brasil é filiado à ACI desde 1989. Em 1992, o País co-
meçou a participar da direção da entidade, quando o então presi-
dente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Roberto
Rodrigues, foi eleito presidente da ACI Américas, o que lhe conferia
automaticamente o cargo de vice-presidente. Em 1997, Rodrigues
foi o primeiro não-europeu a assumir o cargo de presidente mun-
dial da ACI, ocupando a função até 2001. Rodrigues é também autor
do sétimo princípio do cooperativismo, que prega o “interesse pela
comunidade”.
A aliança do mundo cooperativo
A aliança do mundo cooperativo
A Aliaa Cooperativa Internacional representa
800 milhões de pessoas nos cinco continentes e
foi presidida por um brasileiro
13
The rapid expansion of the cooperative movement through-
out the world led to the formation of a global representative body
51 years after the creation of the first cooperative. The International
Cooperative Alliance (ICA) was born in England in 1895, with a
mission to represent, assemble and protect the movement, spread
the doctrine and preserve its values and principles.
ICA is based in Geneva in Switzerland, and brings together
222 member organizations in 100 countries, representing 800 mil-
lion people on the five continents. This scale of representation led
the Alliance to gain a consultative seat at the United Nations (UN)
in 1946, being one of the first non-governmental organizations to
have a seat on the council.
The International Cooperative Alliance has had four regional
sections since 1992: Europe, the Americas, Africa, and Asia and the
Pacific. ICA Americas is based in Bogotá in Colombia, with repre-
sentatives from 20 countries, including Brazil. The presidents of the
four regions are vice-presidents on the ICA Administrative Board,
joining the work of the president and 15 board members.
Brazil has been a member of ICA since 1989. The country
started to participate in management of the body in 1992 when the then
president of the Organization of Brazilian Cooperatives (OCB), Roberto
Rodrigues, was elected president of ICA Americas, which automatically
gave him the position of vice-president of ICA. In 1997, Mr. Rodrigues
was the first non-European to take the post of ICA world president,
which he held until 2001. Rodrigues is also author of the seventh coo-
perativism principle, which preaches the “interest in the community”.
Con la rápida expansión del cooperativismo por el mundo,
51 años después de la creación de la primera cooperativa fue funda-
da una entidad con representación mundial. La Alianza Cooperativa
Internacional (ACI) nació en 1895, en Inglaterra, con la misión de
representar, congregar y defender el movimiento, divulgar la doctri-
na y preservar sus valores y principios.
La ACI tiene sede en Ginebra, en Suiza, y congrega 222
organizaciones miembros en 100 países, representando a 800 mi-
llones de personas en los cinco continentes. Con esta representati-
vidad, la Alianza conquistó en 1946 asiento consultivo en la Orga-
nización de las Naciones Unidas (ONU), siendo una de las primeras
organizaciones no gubernamentales en tener asiento en el consejo.
Desde 1992, la Alianza Cooperativa Internacional cuenta
con cuatro secciones regionales: Europa, América, África y Asia y
Pacífico. La ACI Américas tiene sede en Colombia (en la ciudad de
Bogotá) e integra las representaciones de 20 países, incluyendo a
Brasil. Los presidentes de las cuatro regionales componen el Con-
sejo de Administración de la ACI, con los cargos de vicepresidente,
en colaboración al trabajo del presidente y de 15 consejeros.
Brasil es afiliado a la ACI desde 1989. En 1992, el país co-
menzó a participar de la dirección de la entidad, cuando el entonces
presidente de la Organización de las Cooperativas Brasileñas (OCB),
Roberto Rodrigues, fue electo presidente de la ACI Américas, lo que
le confería automáticamente el cargo de vicepresidente. En 1997,
Rodrigues fue el primer no europeo en asumir el cargo de presiden-
te mundial de la ACI, ocupando la función hasta 2001. Rodrigues
es también el autor del séptimo principio del cooperativismo, que
prega el “interés por la comunidad”.
The alliance of the cooperative world
The International Cooperative Alliance represents
800 million people on the five continents, and has
already had a Brazilian president
La alianza del mundo cooperativo
La Alianza Cooperativa Internacional representa a
800 millones de personas en los cinco continentes
y ya fue presidida por un brasileño
14
MUNDO COOPERATIVO
Os sete princípios do cooperativismo
1. Adesão voluntária e livre
As cooperativas são organizações voluntárias, abertas a
todas as pessoas aptas a utilizar os seus serviços e a assumir as
responsabilidades como membros, sem discriminações de sexo,
sociais, raciais, políticas e religiosas.
2. Gestão democrática e livre
As cooperativas o organizações democráticas, contro-
ladas pelos seus membros, que participam ativamente na formu-
lação das suas políticas e na tomada de decisões. Os homens e
as mulheres, eleitos como representantes dos demais membros,
o responsáveis perante estes. Nas cooperativas de primeiro
grau, os membros m igual direito de voto (um membro, um
voto); as cooperativas de grau superior são tamm organizadas
de maneira democrática.
3. Participação econômica dos membros
Os membros contribuem eqüitativamente para o capital das
cooperativas e controlam-no democraticamente. Parte desse capital
é, normalmente, propriedade comum da cooperativa. Os membros
recebem, habitualmente, se houver, uma remuneração limitada ao
capital integralizado, como condição de sua adesão. E destinam os
excedentes a uma ou mais das seguintes finalidades:
* Desenvolvimento das suas cooperativas, eventualmente
através da criação de reservas, parte das quais, pelo menos uma,
será indivisível.
* Benefício aos membros na proporção das suas transações
com a cooperativa;
* Apoio a outras atividades aprovadas pelos membros.
4. Autonomia e independência
As cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mú-
tua, controladas pelos seus membros. Se firmarem acordos com
outras organizações, incluindo instituições públicas, ou recorrerem
a capital externo, devem fazê-lo em condições que assegurem o
controle democrático pelos seus membros e mantenham a autono-
mia da cooperativa.
5. Educação, formação e informação
As cooperativas promovem a educação e a formação dos
seus membros, dos representantes eleitos e dos trabalhadores, de
forma que estes possam contribuir, eficazmente, para o desenvolvi-
mento das suas cooperativas. Informam o público em geral, parti-
cularmente os jovens e os líderes de opinião, sobre a natureza e as
vantagens da cooperação.
6. Intercooperação
As cooperativas servem de forma mais eficaz os seus mem-
bros e dão mais força ao movimento cooperativo, trabalhando em
conjunto, através das estruturas locais, regionais, nacionais e in-
ternacionais.
7. Interesse pela comunidade
As cooperativas trabalham para o desenvolvimento sus-
tentado das suas comunidades através de políticas aprovadas
pelos membros.
15
THE COOPERATIVE WORLD
The seven principles of cooperatives
1. Voluntary and free membership
Cooperatives are voluntary organizations, open to all
people able to use their services and accept responsibilities as
members without discrimination according to sex, class, race,
politics or religion.
2. Democratic and open administration
Cooperatives are democratic organizations controlled by their
members, who actively participate in the formulation of policies and
decision-making. Men and women, elected as representatives of the
other members are responsible for this. In first level cooperatives,
members have equal voting rights (one member, one vote): higher-
level cooperatives are also democratically organized.
3. Economic participation of members
Members contribute equally to the capital of cooperatives,
and control it democratically. Part of this capital is usually the com-
mon property of the cooperative. Members regularly receive remu-
neration, if there is any, limited to the capital applied, as a condition of
membership. The excess goes to one or more of the following ends:
* Returned to the cooperatives, sometimes by creating re-
serves, at least part of which is inseparable.
* Dividends to members according to their transactions with
the cooperative;
* Support for other activities approved by the members.
4. Autonomy and independence
Cooperatives are autonomous, mutual assistance organiza-
tions controlled by their members. If they establish accords with other
organizations, including public institutions, or use outside capital,
they have to do so in conditions that ensure democratic control for
their members and maintain the cooperative’s autonomy.
5. Education, training and information
Cooperatives promote the education and training of their
members, elected representatives and workers so that they can con-
tribute effectively to the development of their cooperatives. They in-
form the general public, particularly young people and opinion form-
ers, about the nature and advantages of cooperation.
6. Inter-cooperation
Cooperatives serve their members in the most effective man-
ner and give more force to the cooperative movement by working to-
gether through local, regional, national and international structures.
7. Community Interest
Cooperatives work for the sustained development of their
communities through policies approved by their members.
MUNDO COOPERATIVO
Los siete principios del cooperativismo
1. Adhesión voluntaria y libre
Las cooperativas son organizaciones voluntarias, abiertas a todas
las personas aptas a utilizar sus servicios y a asumir las responsabili-
dades como miembros, sin discriminaciones de sexo, sociales, raciales,
políticas y religiosas.
2. Gestn democrática y libre
Las cooperativas son organizaciones democráticas, controladas
por sus miembros, que participan activamente en la formulacn de sus
políticas y en la toma de decisiones. Los hombres y las mujeres, electos
como representantes de los demás miembros, son responsables ante es-
tos. En las cooperativas de primer grado, los miembros tienen igual de-
recho de voto (un miembro, un voto); las cooperativas de grado superior
son también organizadas de manera democtica.
3. Participación ecomica de los miembros
Los miembros contribuyen equitativamente al capital de las
cooperativas y lo controlan democráticamente. Parte de ese capital es,
normalmente, propiedad común de la cooperativa. Los miembros reciben,
habitualmente, si hubiera, una remuneracn limitada al capital integrado,
como condición de su adhesn. Y destinan los excedentes a una o más
de las siguientes finalidades:
* Desarrollo de sus cooperativas, eventualmente a través de la
creacn de reservas, parte de las cuales, por lo menos, se indivisible.
* Beneficio a los miembros en la proporción de sus transaccio-
nes con la cooperativa;
* Apoyo a otras actividades aprobadas por los miembros.
4. Autonomía e independencia
Las cooperativas son organizaciones autónomas, de ayuda
mutua, controladas por sus miembros. Si firmaran acuerdos con otras
organizaciones, incluyendo instituciones públicas, o recurrieran a capital
externo, deben hacerlo en condiciones que aseguren el control democ-
tico por sus miembros y mantengan la autonomía de la cooperativa.
5. Educacn, formacn e información
Las cooperativas promueven la educacn y la formación de sus
miembros, de los representantes electos y de los trabajadores, de manera
que estos puedan contribuir, eficazmente, al desarrollo de sus cooperati-
vas. Informan al público en general, particularmente a los jóvenes y a los
líderes de opinn, sobre la naturaleza y las ventajas de la cooperación.
6. Intercooperación
Las cooperativas sirven de forma más eficaz a sus miembros
y dan más fuerza al movimiento cooperativo, trabajando en conjunto, a
tras de las estructuras locales, regionales, nacionales e internacionales.
7. Intes por la comunidad
Las cooperativas trabajan para el desarrollo sustentado de sus
comunidades a tras de políticas aprobadas por los miembros.
16
As primeiras iniciativas cooperativistas no Brasil surgiram
pouco tempo depois que o movimento despertou no mundo. Passa-
dos menos de 50 anos da crião da primeira cooperativa, na Ingla-
terra, em 1844, os brasileiros registram formalmente a sua pioneira.
Em Minas Gerais, foi formalizada a Sociedade Cooperativa Econômica
dos Funcionários Públicos de Ouro Preto, no ano de 1889. Assim
como os tecelões de Rochdale, os precursores brasileiros eram coo-
perados de consumo, mas a Sociedade Cooperativa oferecia produtos
diversificados, desde gêneros alimentícios até resincias e crédito.
A partir da organização mineira, outras rapidamente surgiram
pelo País. No início do movimento, muitas cooperativas eram formadas
por funcionários blicos, militares, profissionais liberais e operários,
que juntos buscavam atender melhor às suas necessidades. Outras es-
tavam vinculadas a empresas, as quais estimulavam a cooperação entre
os funcionários, principalmente no Estado de São Paulo.
Ainda no culo XIX, nasciam as organizações que se torna-
ram destaques do cooperativismo brasileiro: as agropecuárias. A pri-
meira registrada foi a SocieCooperativa delle Convenzioni Agricoli,
fundada no Rio Grande do Sul, na região de Veranópolis, em 1892. A
partir daí, esse segmento se desenvolveu com vigor no Sul do País,
estimulado por imigrantes europeus e asiáticos, que traziam dos seus
continentes o conhecimento da doutrina e buscavam a união para
amenizar as dificuldades de começar vida nova longe da terra natal.
Por volta de 1910, o setor ganhou impulso também em Minas Gerais,
no Sudeste do Brasil, quando as cooperativas foram incentivadas pelo
então governador João Pinheiro, que buscou organizar a produção e
a comercialização do café.
Porém, a cooperativa mais antiga ainda em funcionamento
no Brasil é do ramo de crédito. Em 1902, ela foi idealizada pelo
padre jesuíta suíço Theodor Amstad, grande conhecedor do sis-
tema cooperativo europeu. Era formada por colonos de origem
aleque habitavam Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul. A
organização nasceu com o nome de Sociedade Cooperativa Caixa
de Economia e Empréstimos de Nova Petrópolis e desde 1992
adota a denominação Sicredi Pioneira, pois integra o Sistema de
Crédito Cooperativo (Sicredi).
Portanto, foi no início dos anos 1900 que o cooperativismo
começou a se delinear no Brasil, influenciado pela religiosidade
e pelo pensamento político dos imigrantes. O movimento seguiu
principalmente o chamado “modelo alemão”, que defendia a educa-
ção cooperativista para estimular a solidariedade entre as pessoas,
a união de todo o sistema na defesa dos interesses comuns e a
distinção entre o cooperativismo e a economia de mercado, sendo o
primeiro marcado pelo comprometimento com a justiça social.
Um Brasil de todos
U m B r a s i l d e t o d o s
Cooperativas começaram
a surgir no Brasil a partir
de 1889, em Minas Gerais,
enquanto a mais antiga
em atividade está no Rio
Grande do Sul
Nova Petrópolis
17
PREPARANDO O TERRENO
culos antes de o cooperativismo ser oficializado como
doutrina, os indígenas brasileiros vivenciavam o espírito da co-
operação. Juntos, esses primeiros habitantes tinham mais faci-
lidade para fazer constrões e buscar a subsistência. A partir
da colonização, as primeiras reduções jesuíticas, nos anos de
1600, também foram sociedades baseadas no trabalho comuni-
rio e na solidariedade.
Até a criação da primeira cooperativa formal, em 1889,
muitos exemplos de movimentos baseados na ajuda mútua foram
registrados no País. Em 1841, o imigrante francês Jules Mure ins-
tituiu em Santa Catarina uma colônia de produção e de consumo
com base nas idéias de Charles Fourier. Em 1847, o também fran-
cês Jean Maurice Faivre fundava no Paraná a colônia Teresa Cristi-
na, baseada na cooperação. Esses casos podem ser citados como
exemplos de pré-cooperativismo no Brasil.
A B r a z i l o f e v e r y o n e
The first steps in the cooperative movement in Brazil appeared
a little after the movement awoke the world. Less than 50 years after the
creation of the first cooperative in England in 1844, the first cooperative
was formally registered in Brazil. The Ouro Preto Civil Servants Coop-
erative Savings Society was established in Minas Gerais in 1899. Like
the Rochale textile workers, the Brazilian forerunners were consumer
cooperatives, but the Cooperative Society would offer different products,
from foodstuffs to housing and credit.
From the organization in Minas Gerais, others rapidly appeared
throughout the country. In the early stages of the movement, many
cooperatives were formed by public officials, soldiers, self-employed
people and workers, who sought to better serve their needs together.
Others were related to companies which stimulated cooperation be-
tween employees, mainly in the state of São Paulo.
Still in the 19
th
century, organizations were born that would
become features of the Brazilian cooperative movement: agricultural co-
operatives. The first to be registered was the Società Cooperativa delle
Convenzioni Agricoli, founded in the Veranópolis region of Rio Grande
do Sul in 1892. This sector has since developed strongly in the south of
the country, stimulated by European and Asian immigrants who brought
knowledge of the doctrine from their continents and sought union to
ease the difficulties of starting life far from the countries of their birth.
Around 1910, the sector was also given a boost in Minas Gerais, in
the southeastern region of the Brazil, when cooperatives were encour-
aged by the then governor, Jo Pinheiro, with an aim of organizing
the production and marketing of coffee. However, the oldest function-
ing cooperative in Brazil is in the credit sector. Devised in 1902 by
the Jesuit priest Theodor Amstad, who knew much about the European
cooperative system, it was formed by colonists of German origin liv-
ing in Nova Petrópolis in Rio Grande do Sul. It was born as the Nova
Petrópolis Savings and Loans Cooperative, and since 1992 has been
called Sicredi Pioneira, following integration into the Cooperative Credit
System (Siscredi)
It was therefore in the early 1900s that cooperatives started
to define themselves in Brazil, influenced by the religious and political
thinking of the immigrants. The movement mainly followed the “German
model”, which strove for cooperative education to stimulate solidarity
between people, union of all in the defense of common interests and
distinction between the cooperative ideal and the market economy, with
the former being marked by commitment to social justice.
Cooperatives started to appear in Brazil in
1889, in Minas Gerais, while the oldest still
in activity is in Rio Grande do Sul
PREPARING THE GROUND
Centuries before cooperatives were formalized with a doc-
trine, indigenous Brazilians lived in the spirit of cooperation. To-
gether, these first inhabitants were more easily able to erect con-
structions and find food. From the colonial period, the first Jesuit
missions in the 17
th
century were also societies based on commu-
nity work and solidarity.
Until the first formal cooperative was created in 1889, many
examples of movements based on mutual assistance were recorded
in the country. In 1841, the French immigrant Jules Mure, estab-
lished a production and consumer colony in Santa Catarina, based
on the ideas of Charles Fourier. Another Frenchman, Jean Maurice
Faivre, founded the Teresa Cristina colony in Paraná in1847 based
upon cooperation. These cases can be cited as examples of pre-
cooperative organizations in Brazil.
18
PREPARANDO EL TERRENO
Siglos antes de ser oficializado el cooperativismo como doctrina,
los indígenas brasileños vislumbraban el espíritu de la cooperación. Juntos,
estos primeros habitantes tenían más facilidad para hacer construcciones
y buscar la subsistencia. A partir de la colonización, los primeros reductos
jesuíticos, en los años de 1600, también fueron sociedades basadas en el
trabajo comunitario y en la solidariedad.
Hasta la creación de la primera cooperativa formal, en 1889, mu-
chos ejemplos de movimientos basados en la ayuda mutua fueron registra-
dos en el país. En 1841, el inmigrante francés Jules Mure instituyó en Santa
Catarina una colonia de producción y de consumo con base en las ideas de
Charles Fourier. En 1847, el también francés Jean Maurice Faivre fundaba
en Paraná la colonia Teresa Cristina, basada en la cooperación. Estos casos
pueden ser citados como ejemplos de precooperativismo en Brasil.
U n B r a s i l d e t o d o s
Las Cooperativas comenzaron a surgir en Brasil
a partir de 1889, en Minas Gerais, la s
antigua en actividad está en Rio Grande do Sul
Las primeras iniciativas cooperativistas en Brasil surgieron
poco tiempo después que el movimiento despertó en el mundo. Pasa-
dos menos de 50 os de la creación de la primera cooperativa, en In-
glaterra, en 1844, los brasileños registran formalmente a su pionera. En
Minas Gerais, fue formalizada la Sociedad Cooperativa Económica de
los Funcionarios Públicos de Ouro Preto, en elo de 1889. Así como
los tejedores de Rochdale, los precursores brasileños eran cooperados
de consumo, pero la Sociedad Cooperativa ofrecía productos diversifi-
cados, desde géneros alimenticios hasta residencias y crédito.
A partir de la organización minera, otras pidamente surgie-
ron por el país. Al inicio del movimiento, muchas cooperativas eran
formadas por funcionariosblicos, militares, profesionales liberales y
operarios, que juntos buscaban atender mejor a sus necesidades. Otras
estaban vinculadas a empresas, las cuales estimulaban la cooperación
entre los funcionarios, principalmente en el Estado de São Paulo.
Todavía en el siglo XIX, nacían las organizaciones que se vol-
an destaques del cooperativismo brasileño: las agropecuarias. La pri-
mera registrada fue la Società Cooperativa delle Convenzioni Agricoli,
fundada en Rio Grande do Sul, en la región de Veranópolis, en 1892.
A partir de ahí, este sector se desarrolló con vigor en el Sur del país,
estimulado por inmigrantes europeos y asiáticos, que tran de sus
continentes el conocimiento de la doctrina y buscaban la unión para
amenizar las dificultades de comenzar vida nueva lejos de la tierra natal.
Alrededor de 1910, el sector ganó impulso también en Minas Gerais, al
Sudeste de Brasil, cuando las cooperativas fueron incentivadas por el
entonces gobernador João Pinheiro, que buscó organizar la producción
y la comercialización del café.
Sin embargo, la cooperativa más antigua todavía en funciona-
miento en Brasil es del ramo de crédito. En 1902, la misma fue ideada
por el padre jesuita suizo Theodor Amstad, gran conocedor del sistema
cooperativo europeo. Era formada por colonos de origen alemana que
vian en Nova Petrópolis, en Rio Grande do Sul. La organización nació
con el nombre de Sociedad Cooperativa Caixa de Economia e Emprés-
timos de Nova Petrópolis y desde 1992 adopta la denominación Sicredi
Pionera, pues integra el Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi).
Por lo tanto, fue al inicio de los os 1900 que el cooperati-
vismo comenzó a delinearse en Brasil, influenciado por la religiosidad
y por el pensamiento político de los inmigrantes. El movimiento siguió
principalmente el llamado “modelo alemán”, que defendía la educación
cooperativista para estimular la solidaridad entre las personas, la unión
de todo el sistema en defensa de los intereses comunes y la distinción
entre el cooperativismo y la economía de mercado, siendo el primero
marcado por el compromiso con la justicia social.
19
Um grande monumento na pra central da cidade de Nova
Petrópolis, no interior do Rio Grande do Sul, exe a vocação dos
habitantes locais: a cooperação. Sete figuras humanas em bronze,
mero que lembra os princípios mundiais do cooperativismo, fa-
cilitam a tarefa de segurar uma pedra com a união de esforços. O
trabalho conjunto representado na obra é justamente o instrumento
que impulsiona a economia e a qualidade de vida no munipio.
Com cerca de 90% dos 18 mil habitantes sendo de descendência
alemã, Nova Petrópolis seguiu o exemplo europeu e transformou o
cooperativismo numa ferramenta de justa social.
Nessa cidade, onde o nível de desemprego é praticamente
zero, nasceu a primeira cooperativa de crédito da América Latina,
em 1902. Com o nome atual de Sicredi Pioneira RS, e ligada ao
sistema Sicredi, ela é a mais antiga cooperativa brasileira em funcio-
namento. A entidade tem uma história de perseverança, resumida
na figura do padre sço Theodor Amstad. No final do século XIX,
ele levou o conhecimento adquirido em seus estudos na Inglaterra
para a Serra Gcha e teve a idéia que possibilitou aos colonos
imigrantes do Rio Grande do Sul o acesso a crédito para adquirir
ferramentas, sementes e pagar terras.
Amstad encontrou terreno fértil para suas propostas,
pois os colonos usavam a união como meio de enfrentar as difi-
culdades de viver num novo país. Os imigrantes vinham de qua-
tro regiões diferentes da Alemanha e inclusive falavam dialetos
distintos, mas na colônia encontraram no trabalho comunitário
uma maneira para sobreviver.
O padre Amstad defendia a criação da cooperativa com
uma teoria que os imigrantes tinham comprovado na ptica.
Se uma grande pedra se atravessar no caminho e 20 pessoas qui-
serem passar, o conseguirão se um por um procurar remo-la
individualmente. Mas se as 20 pessoas se unem e fazem força ao
mesmo tempo, sob a orientação de um deles, conseguirão solida-
riamente tirar a pedra e abrir caminho para todos. Para defender
esse ideal, Amstad percorria toda a região montado num burro. Em
Nova Petpolis, chega-se a dizer que o padre andou o suficiente
para dar quatro voltas na Terra na altura da Linha do Equador.
Pedra fundamental
P e d r a f u n d a m e n t a l
A cidade de Nova
Petrópolis, na região
serrana do Rio
Grande do Sul, é
quase um monumento
inteiro consagrado
ao cooperativismo no
Brasil
Nova Petrópolis
20
PEDRAS NO CAMINHO
Nem tudo foi fácil na criação da primeira cooperativa de crédito
da América Latina. Com a idéia de Theodor Amstad lançada em 19 de
outubro de 1902, numa reunião do Sindicato AgrícolaBauerverein”, o
agricultor Antônio Maria Feix se encarregou de elaborar os estatutos da
nova entidade. O documento seria apresentado num encontro em 9 de
novembro do mesmo ano, na Sociedade Tiro ao Alvo de Nova Petrópo-
lis. Mas momentos antes do agendado, um temporal fez desabar parte
do prédio Sociedade e a reunião teve que ser transferida.
Na nova data marcada, 23 do mesmo mês, mais um impre-
visto cancelou o evento. A causa foi o falecimento da esposa do mé-
dico Müller von Milasch, um dos entusiastas do movimento. Apesar
dos problemas, outro encontro foi combinado, para 28 de dezembro,
no salão de bailes de Nicolau Kehl, em Linha Imperial, distrito de
Nova Petrópolis. Desta vez tudo correu bem e foi fundada então a
Caixa de Economia e Empréstimos (Amstad), “Sparkasse Amstad”,
com 19 sócios fundadores.
O crescimento foi rápido. Quando souberam da novidade,
outros colonos se associaram e no dia 15 de fevereiro de 1903 foram
criadas quatro filiais e pontos de coleta de depósitos, ficando a sede
social e jurídica fixada em Linha Imperial, na residência do gerente
recém-eleito, José Neumann nior.
T h e r o c k o f f o u n d a t i o n
The town of Nova Petpolis, in the uplands of Rio
Grande do Sul, is almost a complete monument to
the cooperative movement in Brazil
ROCKS ON THE PATH
Creating the first credit cooperative in Latin America was
not always easy. When Theodor Amstad’s idea was launched at a
meeting of the “Bauerverein” Agricultural Union on October 19,
1902, a farmer, Antônio Maria Feix was charged with developing
the statutes for the new body. The document would be presented
at a meeting on November 9 the same year at the Nova Petrópolis
Tira ao Alvo Society. But shortly before it was to be discussed,
a storm caused part of the building to collapse, and the meeting
had to be transferred.
Another unforeseen occurrence cancelled the event on the
next appointed date on the 23
rd
of the same month. This was the death
of the wife of Dr. Müller von Milasch, one of the movements support-
ers. Despite the problems, another meeting was arranged for Decem-
ber 28 at the Nicolau Kehl ballroom in Linha Imperial, Nova Petrópo-
lis. This time all was well and the Savings and Loans Bank (Amstad)
“Sparkasse Amstad” was founded with 19 founder members.
Growth quickly followed. Other colonies joined when they
heard the news and on February 15 1903, four branches and de-
posit collection points were created, with the legal and social head-
quarters remaining in Linha Imperial, at the home of the recently
elected manager José Neumann Sênior.
A large monument in the central square of Nova Petrópolis,
in the Rio Grande do Sul countryside, displays the vocation of the
local inhabitants: cooperation. Seven bronze human figures, recalling
the global cooperative principles, join forces to facilitate the task of
holding a rock. The joint labor represented by the work is precisely
the instrument that drives the municipalitys economy and quality of
life. About 90% of the 18,000 population is of German descent and
Nova Petrópolis followed the European example by transforming the
cooperative ideal into an instrument for social justice.
In this town, where unemployment is practically zero, the first
credit cooperative in Latin America was born in 1902. Now called
Sicredi Pionera RS, and linked to the Sicredi system, it is the old-
est working Brazilian cooperative. It has a history of perseverance,
summed up in the figure of the Swiss priest, Theodor Amstad. At the
end of the 19
th
century he took the knowledge acquired from his stud-
ies in England to the Serra Gaucha and had the idea that enabled the
colonists of Rio Grande do Sul to gain access to credit for purchasing
tools, seeds and land.
Amstad found fertile soil for his ideas, since the colonists
used union as a means of facing the difficulties of living in a
new country, with almost no government support. The immigrants
came from four different regions in Germany and also spoke dif-
ferent dialects, but in the colony they found that working together
was a way of surviving.
Reverend Amstad defended the creation of the cooperative
with a theory that the immigrants had already proven in practice. If a
large rock blocks the path and 20 people want to get past, they won’t
succeed if they each try to move it individually. But if 20 people unite
and make an effort at the same time, under the guidance of one, they’ll
be able to remove the rock with solidarity and open the way for all.
To defend this ideal Amstad traveled the region on a donkey. In Nova
Petrópolis they used to say that the priest had traveled the equivalent
of four journeys around the world.
21
PIEDRAS EN EL CAMINO
No todo fue fácil en la creación de la primera cooperativa de crédito de América Latina. Con
la idea de Theodor Amstad lanzada el 19 de octubre de 1902, en una reunión del Sindicato Agrícola
“Bauerverein”, el agricultor Antônio Maria Feix se encargó de elaborar los estatutos de la nueva
entidad. El documento sería presentado en un encuentro el 9 de noviembre del mismo año, en la
Sociedad “Tiro ao Alvo” de Nova Petrópolis. Pero momentos antes de lo programado, un temporal
hizo derrumbar parte del edificio Sociedad y la reunión tuvo que ser transferida.
En la nueva fecha marcada, el 23 del mismo mes, pero un imprevisto canceló el evento. La
causa fue el fallecimiento de la esposa del médico Müller von Milasch, uno de los entusiastas del
movimiento. A pesar de los problemas, otro encuentro fue marcado, para el 28 de diciembre, en el
salón de bailes de Nicolau Kehl, en Linha Imperial, distrito de Nova Petrópolis. Esta vez todo salió
bien y se fundó entonces la Caixa de Economia e Empréstimos (Amstad), “Sparkasse Amstad”, con
19 socios fundadores.
El crecimiento fue rápido. Cuando supieron de la novedad, otros colonos se asociaron y el día
15 de febrero de 1903 se crearon cuatro filiales y puntos de colecta de depósitos, quedando la sede so-
cial y jurídica fijada en Linha Imperial, en la residencia del gerente recién electo, José Neumann Sênior.
P i e d r a f u n d a m e n t a l
La ciudad de Nova Petrópolis, en la región
serrana de Rio Grande do Sul, es casi
un monumento entero consagrado al
cooperativismo en Brasil
Un gran monumento en la plaza central de la ciudad de
Nova Petrópolis, en el interior de Rio Grande do Sul, expone la
vocación de los habitantes locales: la cooperación. Siete figuras
humanas de bronce, número que recuerda los principios mundia-
les del cooperativismo, facilitan la tarea de asegurar una piedra
con la unión de esfuerzos. El trabajo conjunto representado en la
obra es justamente el instrumento que impulsa la economía y la
calidad de vida en el municipio. Con cerca del 90% de los 18.000
habitantes de descendencia alemana, Nova Petrópolis sigu el
ejemplo europeo y transformó el cooperativismo en una herra-
mienta de justicia social.
En esa ciudad, donde el nivel de desempleo es prácticamen-
te cero, nació la primera cooperativa de crédito de América Latina,
en 1902. Con el nombre actual de Sicredi Pioneira RS, y ligada al
sistema Sicredi, es la más antigua cooperativa brasileña en funcio-
namiento. La entidad tiene una historia de perseverancia resumida
en la figura del padre suizo Theodor Amstad. Al final del siglo XIX,
él llevó el conocimiento adquirido en sus estudios en Inglaterra
a la Sierra gaúcha y tuvo la idea que posibilitó a los colonos de
Rio Grande do Sul el acceso al crédito para adquirir herramientas,
semillas y pagar tierras.
Amstad encontró terreno fértil para sus propuestas, pues
los colonos usaban la unión como medio de enfrentar las dificulta-
des de vivir en un nuevo país, casi sin el apoyo del gobierno. Los
inmigrantes venían de cuatro regiones diferentes de Alemania e in-
clusive hablaban dialectos distintos, pero en la colonia encontraron
en el trabajo comunitario una manera para sobrevivir.
El padre Amstad defendía la creación de la cooperativa con
una teoría que los inmigrantes ya habían comprobado en la práctica.
Si una piedra grande se atraviesa en el camino y 20 personas qui-
sieran pasar, no conseguirán pasar si uno por uno quisiera moverla
individualmente. Pero si las 20 personas se unen y hacen fuerza al
mismo tiempo, bajo la orientación de uno de ellos, conseguirán so-
lidariamente sacar la piedra y abrir camino para todos. Para defender
ese ideal, Amstad recorría toda la región montado en un burro. En
Nova Petrópolis se llega a decir que el padre recorrlo suficiente
para dar cuatro vueltas a la Tierra a la altura de lanea del Ecuador.
22
Força de lei
F o r ç a d e l e i
Com potência para gerar renda e para irradiar educação, o
cooperativismo vem sendo um aliado dos governos e, por isso, tem
recebido incentivos e amparo legal. No Brasil, o setor é incluído na
legislação pela primeira vez no século XIX, na Constituição Federal
de 1891, que garantia aos trabalhadores o direito de se associarem
em cooperativas e em sindicatos. O fomento público, entretanto,
começou por volta de 1930. Nessa década, as cooperativas foram
definidas como sociedades de pessoas, e não de capital, e tiveram
garantida a isenção de alguns impostos (Decreto nº 22.239, do en-
tão presidente da República Getúlio Vargas, de 1932).
Anos mais tarde, mas na mesma linha de incentivo, foi cria-
do o Banco Nacional de Crédito Cooperativo (BNCC), em 1951,
que oferecia financiamentos para todos os ramos. Só que o fomen-
to passava a ser acompanhado pelo controle governamental. Em
1964, ao ganhar a primeira política nacional de cooperativismo, o
País oficializava também a intervenção estatal no setor. As medidas
foram incluídas no Estatuto da Terra (Lei 4504), que concedia
ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (na época
Inda), ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-
to (MAPA), as funções de normatizar, registrar e fiscalizar o fun-
cionamento das cooperativas e das associações rurais. Apenas os
ramos de crédito e habitacional não estavam incluídos, pois eram
controlados pelo Banco Central e pelo extinto Banco Nacional de
Habitação, respectivamente.
Poucos anos depois, em 1967, o País ganhava um Conse-
lho Nacional de Cooperativismo (CNC, pelo Decreto-lei nº 60.957),
ligado ao Incra e com a função de prover recursos ao movimento
cooperativista. A década de 1960 foi também um período de regi-
me militar no Brasil. Assim, a democracia e a união de pessoas,
características do cooperativismo, provocavam receio no governo,
que decidiu extinguir incentivos fiscais às cooperativas e centralizar
cada vez mais o controle.
Nas relações com as
instâncias governamentais,
o movimento cooperativista
registra uma história de
evolução e de conquistas
gradativas
23
Força de lei
MODERNIZANDO O PAÍS
O Brasil está prestes a modernizar a Lei do
Cooperativismo. A Constituição Federal de 1988
promoveu avanços frente à Lei 5.764, de 1971,
mas a evolução do setor exige novas alterações. O
Projeto de Lei 171, que trata sobre o setor e foi
apresentado em 1999, tramita no Congresso Na
-
cional, juntamente com um substitutivo, apresenta-
do pela Casa Civil da Presidência da República em
abril de 2006. Foram apensados ainda o Projeto de
Lei nº 605 e o Projeto de Lei nº 450.
Outros projetos de lei sobre cooperativis-
mo ainda tramitam no Congresso, mas tratam de
ramos específicos, como o de trabalho e o de cré-
dito. Além da legislação nacional, sete estados bra-
sileiros já têm leis próprias do setor: Acre, Espírito
Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais,
Rio Grande do Sul e São Paulo.
APOIO NO MAPA
A Constituição Federal (CF) de 1988 mudou o papel do Estado junto às
cooperativas, de fiscalizador para apoiador. O Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA), que já era o interlocutor entre o governo federal e o setor
cooperativista, altera suas atribuições. Em 1990, foi criado um departamento de co-
operativismo (pela Lei nº 8025) e extinto o Conselho Nacional de Cooperativismo
(CNC). O órgão, hoje Departamento de Cooperativismo e Associativismo (DENA-
COOP), ligado à Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo,
nascia com as atribuições de fomentar e de apoiar o setor.
Entretanto, os primeiros passos sem a tutela do governo o foram tão ceis.
A nova situão ims desafios e somou-se às dificuldades ecomicas e políticas
que o Brasil enfrentava, conseqüências de sucessivos planos econômicos e de um
impeachment
do presidente da Reblica, em 1992. O Banco Nacional de Crédito
Cooperativo foi extinto e cooperativas comaram a ter dificuldades financeiras.
Para evitar o agravamento da situação, foram necessárias medidas de apoio
mais intensas de parte do governo. Por isso, foi criado o Programa de Revitalização
das Cooperativas Agropecuárias (Recoop) e o Serviço Nacional de Aprendizagem
do Cooperativismo (Sescoop), este pela Medida Provisória 1.715, em 1998.
O Recoop constituía um socorro emergencial para o sistema, instituindo linhas
de crédito que ficaram disponíveis até 1999. o Sescoop é permanente e atua
como preventivo, sendo responsável pela educação e pela promão social do
cooperados.
O MAPA, por sua vez, concentra cada vez mais esforços no fomento e no apoio
a todos os segmentos do cooperativismo. As ações o coordenadas pelo DENACOOP.
LEI DO COOPERATIVISMO
Em 1970 foi criada a Organização das Cooperativas Bra-
sileiras (OCB) e formado um grupo de estudos para elaborar uma
lei própria para o sistema, composto por representantes do coope-
rativismo e do governo. A Lei do Cooperativismo (de 5.764) foi
aprovada em 16 de dezembro de 1971, detalhando a classificação,
a constituição e o funcionamento das sociedades cooperativas e
determinando para a OCB o papel de representação de todo o mo-
vimento. A lei permitia a organização do setor, criando entidades
estaduais ligadas à OCB e estimulando uma modernização. A inter-
venção governamental, porém, era mantida.
Treze anos mais tarde, a responsabilidade do governo fede-
ral pelas atividades ligadas ao cooperativismo e ao associativismo
foi transferida para a estrutura do próprio MAPA (pela Lei nº 7.231)
e criava-se a Secretaria Nacional de Cooperativismo (Senacoop),
pelo Decreto 90.393. A secretaria incorporou as atribuições do
Incra, como autorizar o funcionamento das cooperativas, promover
o cooperativismo, fiscalizar o setor e, inclusive, liquidar coopera-
tivas existentes. Também no mesmo ano foi criada a Frente Par-
lamentar do Cooperativismo (Frencoop), com o objetivo de reunir
deputados e senadores para defender os interesses do movimento
no legislativo nacional.
O movimento sentia a necessidade de autonomia e de forta-
lecimento. No X Congresso Brasileiro de Cooperativismo sugeriu-
se a desvinculação do Estado, a criação de ramos cooperativos, a
intercooperação e um programa de educação para os cooperados.
Os líderes do setor aproveitaram o período de abertura política
(com o fim da ditadura militar, em 1986) e as eleições para a nova
Constituição Federal e se articularam, com o auxílio da Frencoop.
Assim, o cooperativismo brasileiro conquistava sua independência
e a garantia de apoio do Estado com a promulgação da nova Cons-
tituição Federal, em 5 de outubro de 1988. Apenas o ramo crédito
continua tendo controle estatal, pelo Banco Central do Brasil.
24
The cooperative movement’s power for generating income
and spreading education has allied it with governments, bringing
incentives and legal support. The sector was first included in legis-
lation in Brazil in the 19
th
century, with the 1891 Federal Constitu-
tion, which guaranteed workers the right to associate themselves
into cooperatives and unions. Public support started in the1930s,
however. This was when cooperatives were defined as societies
of people, not capital, and were guaranteed exemption from some
taxes. (Decree 22.239 of President Getúlio Vargas, in 1932)
Years later, but along the same lines of encouragement, the
National Cooperative Credit Bank (BNCC) was created in 1951, of-
fering financing for all sectors. Fomentation began to be accompa-
nied by governmental control, however. On gaining the first national
cooperative policy in 1964, the country also officialized state in-
tervention in the sector. The measures were included in the Land
Statute (Act 4504) which gave the National Institute for Colonization
and Land Reform (at that time Inda), linked to the Ministry of Agri-
culture, Livestock and Food Supply (MAPA), the functions of stan-
dardizing, registering and inspecting the operation of cooperatives
and rural associations. Only the credit and housing branches were
not included, being controlled by the Central Bank and the extinct
National Housing Bank respectively.
A few years later, in 1967, the country gained a National
Cooperative Council (CNC, in Act 60.957), linked to Incra and
charged with providing resources to the cooperative movement. The
1960s was also the period of the military regime in Brazil. Democ-
racy and union of people, features of cooperatives, were distrusted
by the government, therefore, and they decided to close off financial
incentives to cooperatives and further centralize control.
T h e f o r c e o f l a w
The cooperative movement has a history
of evolution and gradual victories in its
relations with governmental jurisdiction
COOPERATIVE LAW
The Organization of Brazilian Cooperatives (OCB) was cre-
ated in 1970, and a study group of representatives from coopera-
tives and the government was formed to develop a law for the sys-
tem itself. The Cooperative Law (5.764) was approved on December
16, 1971, outlining the classification, constitution and operation of
cooperative societies and conferring on the OCB the role of repre-
senting the whole movement. The law allowed for organization of
the sector, creating state bodies linked to the OCB and stimulating
modernization. Governmental intervention was retained, however.
Thirteen years later, federal government responsibility for
activities linked to cooperatives and associations was transferred to
the structure of the Ministry of Agriculture, Livestock and Food Sup-
ply (Act 7.231) and the National Secretariat for Cooperatives was cre-
ated by Decree 90.393. The secretariat incorporated the attributes of
Incra, such as authorizing cooperative financing, promoting coopera-
tives, inspecting the sector and also defraying existing cooperatives.
The same year the Cooperative Parliamentary Front (Frencoop) was
also created, with the aim of uniting senators and deputies to protect
the interests of the movement in national legislation.
The movement felt the need for autonomy and reinforce-
ment. Four years later the 10
th
Brazilian Cooperative Congress sug-
gested separation from the state, the creation of cooperative sec-
tors, inter-cooperation and a program of education for cooperative
members. The sector leaders benefited from the period of political
liberation (with the end of the military dictatorship in 1986) and the
elections for the new Federal constitution, and organized themselves
with the assistance of Frencoop. The Brazilian cooperative move-
ment thus won its independence and guarantee of state support
with the declaration of the new Federal Constitution on October 8
1988. Only the credit sector continued under the state control of the
Brazilian Central Bank.
25
SUPPORT FROM MAPA
The 1988 Federal Constitution (CF) changed the role of the state
towards cooperatives from that of inspector to supporter. The Ministry
of Agriculture, Livestock and Food Supply (MAPA), which had already
been the intermediary between the federal government and the coopera-
tive sector, changed its functions. In 1990 a department of cooperatives
was created (by Act 8025) and the National Cooperative Council was
abolished. The new body, today the Department of Cooperatives and
Associations (DENACOOP) linked to the Secretariat for Agricultural and
Cooperative Development, was born with the roles of fomenting and
supporting the sector.
However, the first steps without governmental protection were
not so easy. The new situation imposed challenges which were added
to the political and economic difficulties Brazil was facing, the conse-
quences of successive economic plans and the impeachment of the
President of the Republic, in 1992. The National Cooperative Credit
Bank was abolished and cooperatives started to run into financial
difficulties. More intense measures of government support were
necessary to prevent the situation worsening. The Agricultural Co-
operatives Revitalizing Program (Recoop) was therefore created, with
the National Cooperative Learning Service (Sescoop, by Provisional
Measure 1715, in 1998). Recoop is the emergency assistance for the
system, implementing credit lines that were available until 1999, while
Sesacoop is permanent and works preventively, being responsible for
education and the social promotion of cooperative members.
The MAPA, in turn, increasingly concentrates efforts on
fomenting and supporting all branches of cooperative practice.
These activities are coordinated by DENACOOP.
26
MODERNIZING THE NATION
Brazil is ready to modernize the Cooperative Law. The 1988 Federal Constitution brought advances over the 1971 Act 5.764, but
the sectors evolution requires new changes. Bill 171 concerning the sector and presented in 1999, is going through the National Congress
together with a replacement, presented by the Republic Presidency Cabinet in April 2006. Also atached were Bill 605 and Bill 450.
Other bills concerning cooperatives were sent to Congress, but they deal with specific fields, such as labor and credit. In addi-
tion to national legislation, seven Brazilian states have their own laws for the sector: Acre, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul,
Minas Gerais, Rio Grande do Sul and São Paulo.
Nova Petrópolis
27
F u e r z a d e l e y
En las relaciones con las instancias guber-
namentales, el movimiento cooperativista
registra una historia de evolución y de
conquistas graduales
Con potencia para generar renta y para irradiar educación, el
cooperativismo viene siendo un aliado de los gobiernos y, por esto, ha
recibido incentivos y amparo legal. En Brasil, el sector fue incluido en
la legislacn por primera vez en el siglo XIX, en la Constitución Federal
de 1891, que les garantizaba a los trabajadores el derecho a asociar-
se en cooperativas y en sindicatos. El fomento público, sin embargo,
comenalrededor de 1930. En esa cada, las cooperativas fueron
definidas como sociedades de personas, y no de capital, y tuvieron
garantizada la exención de algunos impuestos (Decreto nº 22.239, del
entonces presidente de la República Getúlio Vargas, de 1932).
Años más tarde, pero en la misma línea de incentivo, se
creó el Banco Nacional de Crédito Cooperativo (BNCC), en 1951,
que ofrecía financiaciones para todos los ramos. Sólo que el fo-
mento pasaba a ser acompañado por el control gubernamental. En
1964, al ganar la primera política nacional de cooperativismo, el
país oficializaba también la intervención estatal en el sector. Las
medidas fueron incluidas en el Estatuto de la Tierra (Ley 4504),
que concedía al Instituto Nacional de Colonización y Reforma Agra-
ria (en la época Inda), ligados al Ministerio de Agricultura, Pecuaria
y Abastecimiento (MAPA), las funciones de normar, registrar y fis-
calizar el funcionamiento de las cooperativas y de las asociaciones
rurales. Sólo los ramos de crédito y vivienda no estaban incluidos,
pues eran controlados por el Banco Central y por el extinto Banco
Nacional de Habitación, respectivamente.
Pocos años después, en 1967, el país ganaba un Consejo
Nacional de Cooperativismo (CNC, por el Decreto Ley 60.957),
ligado al Incra y con la función de proveer recursos al movimiento
cooperativista. La década de 1960 fue también un período de régi-
men militar en Brasil. Así, la democracia y la unión de personas,
características del cooperativismo, provocaban recelo en el gobier-
no, que decidió extinguir incentivos fiscales a las cooperativas y
centralizar cada vez más el control.
LEY DEL COOPERATIVISMO
En 1970 se creó la Organización de las Cooperativas Bra-
sileñas (OCB) y se formó un grupo de estudios para elaborar una
ley propia para el sistema, compuesto por representantes del coo-
perativismo y del gobierno. La Ley del Cooperativismo (de nº 5.764)
fue aprobada el 16 de diciembre de 1971, detallando la clasificación,
la constitución y el funcionamiento de las sociedades cooperativas
y determinando para la OCB el papel de representacn de todo el
movimiento. La ley permitía la organización del sector, creando enti-
dades estatales unidas a la OCB y estimulando una modernización. La
intervención gubernamental, todavía, era mantenida.
Trece años más tarde, la responsabilidad del gobierno
federal por las actividades vinculadas al cooperativismo y al aso-
ciativismo fue transferida a la estructura del propio Ministerio de
Agricultura, Pecuaria e Abastecimiento (por la Ley 7.231) y se
creaba la Secretaría Nacional de Cooperativismo (SENACOOP), por
el Decreto 90.393. La secretaría incorporó las atribuciones del
Incra, como autorizar el funcionamiento de las cooperativas, pro-
mover el cooperativismo, fiscalizar el sector e, inclusive, liquidar
cooperativas existentes. También en el mismo año se creó el Frente
Parlamentario del Cooperativismo (Frencoop), con el objetivo de
reunir a diputados y a senadores para defender los intereses del
movimiento en el legislativo nacional.
El movimiento sentía la necesidad de autonomía y de for-
talecimiento. Pasados cuatro años, en el X Congreso Brasileño de
Cooperativismo sugirió la desvinculación del Estado, la creación
de ramos cooperativos, la intercooperación y un programa de edu-
cación para los cooperados. Los líderes del sector aprovecharon
el período de abertura política (con el fin de la dictadura militar,
en 1986) y las elecciones para la nueva Constitución Federal y se
articularon, con el auxilio de la Frencoop. Así, el cooperativismo
brasileño conquistaba su independencia y la garantía de apoyo del
Estado con la promulgación de la nueva Constitución Federal, el 5
de octubre de 1988. Sólo el ramo de crédito continúa teniendo un
control estatal, por el Banco Central de Brasil.
28
APOYO EN EL MAPA
La Constitución Federal (CF) de 1988 cambió el
papel del Estado junto a las cooperativas, de fiscalizador
a apoyador. El Ministerio de la Agricultura, Pecuaria y
Abastecimiento (MAPA), que ya era el interlocutor entre
el gobierno federal y el sector cooperativista, altera sus
atribuciones. En 1990, se creó un departamento de coo
-
perativismo (por la Ley 8025) y se extinguió el Consejo
Nacional de Cooperativismo (CNC). El organismo, hoy
Departamento de Cooperativismo y Asociativismo (DENA-
COOP), ligado a la Secretaría de Desarrollo Agropecuario
y Cooperativismo, ya nacía con las atribuciones de fomen-
tar y de apoyar el sector.
Sin embargo, los primeros pasos sin la tutela del
gobierno no fueron tan fáciles. La nueva situación impone
desafíos y se sumó a las dificultades económicas y polí-
ticas que Brasil enfrentaba, consecuencias de sucesivos
planes económicos y de un
impeachment
del presidente
de la República en 1992. El Banco Nacional de Crédito
Cooperativo fue extinto y las cooperativas comenzaron a
tener dificultades financieras.
Para evitar el agravamiento de la situación, fue-
ron necesarias medidas de apoyo más intensas de parte
del gobierno. Por eso, se creó el Programa de Revita-
lización de las Cooperativas Agropecuarias (Recoop) y
el Servicio Nacional de Aprendizaje del Cooperativismo
(Sescoop), esto por la Medida Provisoria 1.715, en
1998. El Recoop es el socorro emergencial para el siste
-
ma, instituyendo líneas de crédito que quedaron disponi-
bles hasta 1999. El Sescoop es permanente y actúa como
preventivo, siendo responsable por la educación y por la
promoción social de cooperados.
El MAPA, a su vez, concentra cada vez más esfuer-
zos en el fomento y en el apoyo a todos los ramos de coo-
perativismo. A las acciones las coordina el DENACOOP.
MODERNIZANDO EL PAÍS
Brasil está preparado para modernizar la Ley del Cooperativis-
mo. La Constitución Federal de 1988 promovió avances frente a la Ley
5.764, de 1971, pero la evolución del sector exige nuevas alteraciones.
El Proyecto de Ley nº 171, que trata sobre el sector y fue presentado en
1999, tramita en el Congreso Nacional, juntamente con un substitutivo,
presentado por la Casa Civil de la Presidencia de la República en abril
de 2006. Se anexaron también el Proyecto de Ley 605 y el Proyecto
de Ley nº 450.
Había además otros proyectos de ley sobre cooperativismo
tramitando en el Congreso, pero que tratan de ramos específicos,
como el de trabajo y el de crédito. Además de la legislación nacional,
siete Estados brasileños ya tiene leyes propias del sector: Acre, Espí-
rito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do
Sul y São Paulo.
29
NA CARTA MAGNA
A Constituição Federal de 1988 e o coo-
perativismo:
CAPÍTULO I
Artigo 5º
XVIII - A criação de associações e, na for-
ma da lei, a de cooperativas independe de
autorização, sendo vedada a interferência
estatal em seu funcionamento.
Art. 146.
III - estabelece
c) adequado tratamento tributário ao ato
cooperativo praticado pelas sociedades
cooperativas.
Art. 174.
§ 2º - A lei apoiará e estimula o co
-
operativismo e outras formas de asso-
ciativismo.
§ 3º - O Estado favorecerá a organização
da atividade garimpeira em cooperativas,
levando em conta a proteção do meio
ambiente e a promoção econômico-so-
cial dos garimpeiros.
§ - As cooperativas a que se refere o
parágrafo anterior terão prioridade na au-
torização ou concessão para pesquisa e
lavra dos recursos e das jazidas de mine-
rais garimpáveis, nas áreas onde estejam
atuando, e naquelas fixadas de acordo
com o art. 21, XXV, na forma da lei.
CAPÍTULO IV
Art. 192. O sistema financeiro nacional,
estruturado de forma a promover o de-
senvolvimento equilibrado do País e a
servir aos interesses da coletividade, em
todas as partes que o compõem, abran-
gendo as cooperativas de crédito, será re-
gulado por leis complementares que dis-
porão, inclusive, sobre a participação do
capital estrangeiro nas instituições que
o integram. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 40, de 2003).
IN THE MAGNA CARTA
The 1988 Federal Constitution and cooperatives:
CHAPTER I
Article 5
XVIII The creation of associations and legal cooperatives independent of authorization,
without state interference in their operation.
Art. 146.
III - establishes
c) suitable tax treatment for the practice of cooperative action by cooperative societies.
Art. 174.
§ 2 - The law will stimulate cooperatives and other forms of association.
§ 3 - The State will favor the organization of prospecting into cooperatives, considering pro-
tection of the environment and the social-economic promotion of prospectors.
§ 4 - Cooperatives related to the previous paragraph will have priority in authorization or
concessions for research and extraction of mineral resources and deposits.
CHAPTER IV
Art. 192. The national financial system, structured to promote the balanced development of
the country and serve the interests of collectivity in all its parts, including credit cooperatives
will be regulated by complementary laws which will also concern the participation of foreign
capital in the institutions within it. (From Constitutional Amendment 40, 2003).
EN LA CARTA MAGNA
La Constitución Federal de 1988 y el cooperativismo:
CAPÍTULO I
Artículo 5º
XVIII - La creacn de asociaciones y, en la forma de la ley, la de cooperativas independientes de autori-
zacn, siendo prohibida la interferencia estatal en su funcionamiento.
Art. 146.
III - Establece
c) adecuado tratamiento tributario al acto cooperativo practicado por las sociedades cooperativas.
Art. 174.
§ 2º - La ley apoyará y estimulará el cooperativismo y otras formas de asociativismo.
§ 3º - El Estado favorece la organización de la actividad minera en cooperativas, tomando en cuenta la
protección del medio ambiente y la promoción ecomico-social de los mineros.
§ 4º - Las cooperativas a las que se refiere el párrafo anterior tendrán prioridad en la autorización o con-
cesn para investigaciones y labrado de los recursos y los yacimientos de minerales explotables, en las
áreas donde esn actuando, y en aquellas fijadas de acuerdo con el Art. 21, XXV, en la forma de la ley.
CAPÍTULO IV
Art. 192. El sistema financiero nacional, estructurado de forma que promueva el desarrollo equilibrado
del ps y a servir a los intereses de la colectividad, en todas las partes que lo componen, abarcando las
cooperativas de cdito, será regulado por leyes complementarias que dispondrán, inclusive, sobre la
participacn del capital extranjero en las instituciones que lo integran. (Redacción dada por la Enmienda
Constitucional nº 40, de 2003).
30
As empresas comerciais e as cooperativas geram empregos
e renda e arrecadam tributos, melhorando a vida das comunidades
nas quais atuam. No entanto, apesar de características em comum,
elas têm muitas diferenças.
As cooperativas são organizações sem fins lucrativos, bus-
cam prestar serviços e solucionar problemas de seus associados.
Conforme definição da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), a
cooperativa é “uma associação autônoma de pessoas que se unem,
voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econô-
micas, sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de
propriedade coletiva e democraticamente gerida”.
A cooperativa é, portanto, uma sociedade de indivíduos, e
não de capital, como uma empresa mercantil. Para a sua constitui-
ção, são necessárias no mínimo 20 pessoas físicas, que se asso-
ciam livremente e atuam em benefício de todos. O cooperado é ao
mesmo tempo dono e usuário.
O controle da entidade é democrático, deliberado nas
assembléias. Para as decisões, cada associado tem direito a um
voto, independentemente do capital que possua junto à entidade,
enquanto nas empresas mercantis o peso do voto depende da pos-
se de ações. A cooperativa também não permite a transferência de
quotas-partes a terceiros; os sócios de uma empresa, por sua vez,
podem vender suas ações.
Assim, a cooperativa é uma associação. Só que, ao mesmo
tempo, tem particularidades em relação às associações definidas no
Código Civil Brasileiro. Ou seja, a cooperativa tem uma legislação
própria (a Lei nº 5.764/71) e uma estrutura diferenciada, com con-
selho fiscal, conselho administrativo e estatuto social. Além disso,
precisa atuar de acordo com os sete princípios internacionais do
cooperativismo, definidos pela Aliança Cooperativa Internacional
(ACI). As cooperativas não deixam de ser associações, mas com
um regramento jurídico próprio.
Viva às diferenças
V i v a à s d i f e r e n ç a s
A cooperativa é
uma sociedade de
indivíduos, e não de
capital, como uma
empresa mercantil.
Além disso, atua sem
fins lucrativos
31
Commercial companies and cooperatives generate jobs and
income and gather taxes, improving the lives of the communities in
which they work. However, despite their common characteristics,
they have many differences.
Cooperatives are organized with no profitable ends, seek-
ing to provide services and solve the problems of their associates.
According to the definition of the International Cooperative Alliance
(ICA) the cooperative is “an autonomous association of people who
unite voluntarily to satisfy common economic, social and cultural
needs and aspirations through a collectively owned and democrati-
cally managed company.”
The cooperative is therefore a society of individuals, and
not of capital like a commercial company. It needs minimum of 20
individual people, who associate freely and act to the benefit of all,
to be formed. The cooperative member is both owner and user.
It is democratically controlled by decisions at assemblies.
Each associate has the right to one vote, regardless of capital in
the organization, while vote weighting in commercial companies
depends on share ownership. The cooperative also forbids transfer
of part-shares to third parties: company shareholders, on the other
hand, are able to sell their shares.
So the cooperative is an association. But it also has par-
ticular features in relation to associations defined in the Brazilian
Civil Code. In other words the cooperative has its own legislation
(no, 5.764/71) and a distinctive structure, with a fiscal board, ad-
ministrative board and social status. It also needs to act according
to the seven international principles of cooperatives defined by the
International Cooperative Alliance (ICA). Cooperatives are still as-
sociations, but with their own legal regulation.
Las empresas comerciales y las cooperativas generan em-
pleos y renta y recaudan tributos, mejorando la vida de las comuni-
dades en las cuales actúan. Si embargo, a pesar de tener caracterís-
ticas en común, ellas tienen muchas diferencias.
Las cooperativas son organizaciones sin fines de lucro,
buscan prestar servicios y solucionar problemas de sus asociados.
De acuerdo a la definición de la Alianza Cooperativa Internacional
(ACI), la cooperativa es “una asociación autónoma de personas que
se unen, voluntariamente, para satisfacer aspiraciones y necesida-
des económicas, sociales y culturales comunes, por medio de una
empresa de propiedad colectiva y democráticamente dirigida”.
La cooperativa es, por lo tanto, una sociedad de individuos,
y no de capital, como una empresa mercantil. Para su constitución,
son necesarias por lo menos 20 personas físicas, que se asocian li-
bremente y actúan en beneficio de todos. El cooperado es al mismo
tiempo dueño y usuario.
El control de la entidad es democrático, deliberado en las
asambleas. Para las decisiones, cada asociado tiene derecho a un
voto, independientemente del capital que tenga junto a la entidad,
mientras que en las empresas mercantiles el peso del voto depende
de la tenencia de acciones. La cooperativa tampoco permite la trans-
ferencia de cuotas partes a terceros; los socios de una empresa, a
su vez, pueden vender sus acciones.
Así, la cooperativa es una asociación. Sólo que, al mismo
tiempo, tiene particularidades con relación a las asociaciones defi-
nidas en el Código Civil Brasileño. O sea, la cooperativa tiene una
legislación propia (la de 5.764/71) y una estructura diferente, con
consejo fiscal, consejo administrativo y estatuto social. Además, ne-
cesita actuar de acuerdo con los siete principios internacionales del
cooperativismo, definidos por la Alianza Cooperativa Internacional
(ACI). Las cooperativas no dejan de ser asociaciones, pero con un
reglamento jurídico propio.
V i v e l a d i f f é r e n c e
The cooperative is a society of
individuals, and not of capital
like a commercial company. It
also works to no profitable ends
V i v a l a s d i f e r e n c i a s
La cooperativa es una sociedad de
individuos, y no de capital, como una
empresa mercantil. Ades, actúa sin
fines de lucro
32
A estrutura
U m p a p e l f u n d a m e n t a l
DENACOOP existe
para promover
e fortalecer o
associativismo
rural e o
cooperativismo
em todos os seus
ramos, visando à
inclusão social
O Departamento de Cooperativismo e Associativismo
DENACOOP, é o órgão do governo federal que tem a atribuição de
apoiar, fomentar e promover o cooperativismo e o associativismo
rural brasileiros. A sua missão é promover e fortalecer o associa-
tivismo rural e o cooperativismo em todos os seus ramos, visando
a inclusão social, com ações que promovam o desenvolvimento
humano e a geração de trabalho e de renda sustentável (arts. 5º,
inciso XVIII; e 174, § 2º, da Constituição Federal, combinados com
a Lei nº 8.171/91, capítulo XI, art. 45 – Lei Agrícola).
O objetivo das ações do DENACOOP é consolidar e fortale-
cer a atuação do sistema cooperativista em todos os seus ramos e
do associativismo rural, participando dos processos de criação de
empregos, de produção de alimentos, de geração e de distribuição
de renda e de melhoria da qualidade de vida das comunidades ru-
rais e urbanas. Entre os projetos estratégicos do DENACOOP estão
o desenvolvimento autogestionário, o apoio ao agronegócio coope-
rativo, o estímulo à competitividade, e a promoção do associativis-
mo rural e do cooperativismo em geral.
O DENACOOP, com a sua atuação, beneficia produtores ru-
rais organizados em cooperativas e associações rurais, cooperativas
em geral, tanto as ligadas às atividades rurais quanto as constituí-
das no meio urbano; e suas entidades representativas. Para serem
beneficiadas, as entidades cooperativas ou associativas rurais po-
dem estabelecer convênio com o Departamento para a realização de
seus programas e projetos. Para tanto, devem apresentar proposta
em formulário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-
mento (MAPA), observando as linhas de atuação do DENACOOP e
os dispositivos legais para uso de recursos públicos.
Entre as entidades parceiras e colaboradoras do Departa-
mento estão: entidades nacionais e internacionais representativas
do cooperativismo em geral e do associativismo rural; instituições
públicas e privadas de educação, pesquisa, assistência técnica e ex-
tensão rural; entidades governamentais que apóiam o cooperativis-
mo; e entidades do setor privado, ofertadoras de bens e serviços.
33
LINHAS DE ATUAÇÃO DO DENACOOP
* Apoio à capacitação de dirigentes, associados e empregados de cooperativas e associações rurais;
* Apoio à organização cooperativista e associativista rural com base no desenvolvimento sustentável, com eqüidade entre mulheres e
homens;
* Estímulo ao desenvolvimento de jovens lideranças no âmbito do cooperativismo e do associativismo rural, com formação de mul-
tiplicadores;
* Incremento das exportações das cooperativas brasileiras, por meio da capacitação de dirigentes, associados e empregados e da
promoção de seus produtos em fóruns especializados;
* Apoio à participação de cooperativas e associações rurais em eventos técnicos, além da edição e da distribuição de material infor-
mativo e instrucional (cartilha, fôlder, vídeo, CD-Rom, CD-Card e outros);
* Estímulo à participação do cooperativismo brasileiro no processo de integração e consolidação do Mercosul;
* Promoção de ações para redução das desigualdades regionais, em especial no Norte e no Nordeste, com o desenvolvimento de
estudos, de consultorias e de monitoramento de processos, produtos e serviços;
* Acompanhamento e levantamento dos resultados da aplicação dos recursos liberados pelo DENACOOP.
F u n d a m e n t a l r o l e
DENACOOP strengthens and promotes rural
associativism and cooperativism in all its
particularities, aimed at fostering social inclusion
The Department of Cooperativism and Associativism
DENACOOP, is an organ of the federal government with the specific
attribution to support, foment and promote rural associativism and
cooperativism in Brazil. Its mission is to promote and strengthen ru-
ral associativism and cooperativism within its entire scope, with an
eye toward social inclusion, with activities that promote human de-
velopment and the generation of sustainable income (art. 5, clause
XVIII; and 174, & 2, of the Federal Constitution, in conjunction with
law nº 8.171/19, chapter XI, art. 45 – Agricultural Law).
DENACOOP’s goal is to consolidate and strengthen the co-
operative system in all its modalities and rural cooperativism, taking
part in the job creating processes, food production, income genera-
tion and distribution, while improving the quality of life in the rural
and urban communities. DENACOOP’s strategic projects include
self-managed development, support to cooperative agribusiness,
stimulus to competitiveness, promotion of rural associativism and
cooperativism in general.
With its actions, the DENACOOP benefits rural producers
organized in cooperatives and rural associations, cooperatives in
general, either linked to rural activities or urban enterprises; and its
representative entities. To take advantage of the benefits, the coop-
erative or rural associative entities may enter into agreements with
the Department in order to carry out their programs and projects. To
this end, they must submit a proposal in the format of the Ministry
of Agriculture, Livestock and Food Supply (MAPA), in compliance
with DENACOOP’s line of action and the legal provisions for the use
of public resources.
The Department’s collaborating and partner entities include
the following: national and international entities representing rural
cooperativism and associativism in general; public and private insti-
tutions linked to education, research, technical assistance and rural
extension; governmental entities that support cooperatisvism; and
private entities that provide goods and services.
34
DENACOOP’S ACTION LINES
Support to the qualification of officials, associates and employees of cooperatives and rural associations;
Support to rural cooperative and associative organization, based on sustainable development, whilst fostering equity between men
and women;
Stimulus to the development of young leaderships in the rural cooperative and associative environment, whilst forming multipliers;
Higher exports by the Brazilian cooperatives, through the qualification of the officials, associates and employees and the promotion
of their products in specialized forums;
Support to the participation of rural cooperatives and associations in technical events, besides the edition and distribution of infor-
mative and instructional materials (primer, folder, video, CD-Rom, CD-Card and others);
Stimulus to participation of Brazilian cooperativism in the Mercosur integration and consolidation process;
Initiatives aimed at reducing regional inequalities, particularly in the North and Northeast, through the development of studies, con-
sultancies and the monitoring of processes, products and services;
Follow-up and survey of the results achieved by the resources granted by DENACOOP.
U n p a p e l f u n d a m e n t a l
DENACOOP existe para promover y fortalecer
el asociativismo rural y el cooperativismo en
todos sus ramos, buscando la inclusión social
El Departamento de Cooperativismo y Asociativismo DE-
NACOOP, es el órgano del gobierno federal que tiene la atribución
de apoyar, fomentar y promover el cooperativismo y el asociativis-
mo rural brasileños. Su misión es promover y fortalecer el asocia-
tivismo rural y el cooperativismo en todos sus ramos, buscando la
inclusión social, con acciones que promuevan el desarrollo huma-
no y la generación de trabajo y de renta sostenible (Art. 5º, inciso
XVIII; y 174, § 2º, de la Constitución Federal, combinados con la
Ley nº 8.171/91, capítulo XI, Art. 45 – Ley Agrícola).
El objetivo de las acciones del DENACOOP es consolidar
y fortalecer la actuación del sistema cooperativista en todos sus
ramos y del asociativismo rural, participando de los procesos de
creación de empleos, de producción de alimentos, de generación y
de la distribución de renta y de la mejora de la calidad de vida de las
comunidades rurales y urbanas. Entre los proyectos estratégicos del
DENACOOP están el desarrollo autogestionario, el apoyo al agrone-
gocio cooperativo, el estímulo a la competitividad, y la promoción
del asociativismo rural y del cooperativismo en general.
El DENACOOP, con su actuación, beneficia a producto-
res rurales organizados en cooperativas y asociaciones rurales,
cooperativas en general, tanto las ligadas a las actividades rurales
como a las constituidas en el medio urbano; y sus entidades re-
presentativas. Para ser beneficiadas, las entidades cooperativas
o asociativas rurales pueden establecer convenio con el Depata-
mento para la realización de sus programas y proyectos. Por lo
tanto, deben presentar propuesta en formulario del Ministerio de
Agricultura, Pecuaria y Abastecimiento (MAPA), observando las
líneas de acción del DENACOOP y los dispositivos legales para
uso de recursosblicos.
Entre las entidades asociadas y colaboradoras del Depar-
tamento están: entidades nacionales e internacionales representativas
del cooperativismo en general y del asociativismo rural; instituciones
blicas y privadas de educación, investigación, asistencia cnica y
extensión rural; entidades gubernamentales que apoyan al cooperativis-
mo; y entidades del sector privado, que ofrecen bienes y servicios.
35
LÍNEAS DE ACTUACIÓN DEL DENACOOP
* Apoyo a la capacitación de dirigentes, asociados y empleados de cooperativas y asociaciones rurales;
* Apoyo a la organización cooperativista y asociativista rural con base en el desarrollo sostenible, con equidad entre mujeres y hombres;
* Estímulo al desarrollo de jóvenes lideres en el ámbito del cooperativismo y del asociativismo rural, con formación de multiplicadores;
* Incremento de las exportaciones de las cooperativas brasileñas, por medio de la capacitación de dirigentes, asociados y empleados
y de la promoción de sus productos en foros especializados;
* Apoyo a la participación de cooperativas y asociaciones rurales en eventos técnicos, además de la edición y de la distribución de
material informativo e instructivo (cartilla, fólder, vídeo, CD-Rom, CD-Card y otros);
* Estímulo a la participación del cooperativismo brasileño en el proceso de integración y consolidación del Mercosur;
* Promoción de acciones para reducción de las desigualdades regionales, en especial en el Norte y en el Nordeste, con el desarrollo
de estudios, de consultorías y de monitoreo de procesos, productos y servicios;
* Acompañamiento y levantamiento de los resultados de la aplicación de los recursos liberados por el DENACOOP.
36
COMPETÊNCIAS
As competências do DENACOOP são desenvol-
vidas sob a condução de três coordenações-ge-
rais: a Coordenação-Geral de Acompanhamento,
a Coordenação-Geral de Autogestão Cooperati-
vista e a Coordenação-Geral de Apoio ao Agro-
negócio Cooperativo.
O Departamento de Cooperativismo e Associativis-
mo (DENACOOP) tem como competências:
* Elaborar planos, programas e projetos de desen-
volvimento do cooperativismo e do associativismo;
* Fomentar programas, projetos, ações e ati-
vidades de promoção do cooperativismo e do
associativismo nas áreas de: educação, capaci-
tação e formação; profissionalização da gestão;
intercooperação; e responsabilidade social com
as comunidades;
* Propor políticas públicas para o cooperativismo
e o associativismo, visando ao bem-estar social;
* Estimular e promover a implantação de
agroindústrias em sistemas cooperativistas ou
associativistas;
* Formular propostas e participar de negocia-
ções de acordos, tratados ou convênios inter-
nacionais, concernentes aos temas relacionados
ao cooperativismo e ao associativismo, em ar-
ticulação com as demais unidades organizacio-
nais dos órgãos do ministério;
* Coordenar, promover, acompanhar, auditar e
avaliar programas, projetos, ações e atividades
do Departamento.
COMPETENCIAS
Las competencias del DENACOOP son desarrolladas bajo la conducción de tres coordi-
naciones generales: La Coordinación General de Acompañamiento, la Coordinación Ge-
neral de Autogestión Cooperativista y la Coordinación General de Apoyo al Agronegocio
Cooperativo.
El Departamento de Cooperativismo y Asociativismo (DENACOOP) tiene como compe-
tencias:
* Elaborar planes, programas y proyectos de desarrollo del cooperativismo y del asocia-
tivismo;
* Fomentar programas, proyectos, acciones y actividades de promocn del cooperativismo
y del asociativismo en las áreas de: educacn, capacitación y formación; profesionalización
da gestión; intercooperacn; y responsabilidad social con las comunidades;
* Proponer políticas públicas para el cooperativismo y el asociativismo, buscando el bien-
estar social;
* Estimular y promover la implantación de agroindustrias en sistemas cooperativistas o
asociativista;
* Formular propuestas y participar de negociaciones de acuerdos, tratados o convenios in-
ternacionales, concernientes a los temas relacionados al cooperativismo y al asociativismo,
en articulación con las demás unidades organizacionales de los órganos del ministerio;
* Coordinar, promover, acompañar, auditar y evaluar los programas, proyectos, acciones y
actividades del Departamento.
COMPETENCES
DENACOOP’s competences are carried out under the control of three general coordina-
tions: Followup General Coordination, Cooperative Self-Management General Coordina-
tion and Cooperative Agribusiness Support General Coordination.
The Department of Cooperativism and Associativism (DENACOOP) includes the following
competences:
Work out associativism and cooperativism development plans, programs and projects;
Foment programs, projects, actions and activities promoting associativism and coop-
erativism in the following areas: education, capacity building and formation; management
profissionalization; intercooperation; and social responsibility regarding the communities;
Propose pro-cooperativism and associativism public policies, geared toward social well-
being;
Stimulate and promote the implementation of agroindustries in associative or cooperative
systems;
Formulate proposals and take part in agreement negotiations, treaties or international
covenants, concerned with themes related to cooperativism and associativism, in conjunc-
tion with other organizational units of the ministerial organs;
Coordinate, promote, followup, audit and assess programs, projects and activities and
initiatives of the Department.
37
O acompanhamento
A Coordenação-Geral de Acom-
panhamento é responsável pelo controle e
pela avaliação da execução dos convênios
firmados, em articulação com as Superin-
tendências Federais da Agricultura (SFA’s).
No período de 2003 a 2006, a principal
característica foi a definição de linhas com
a finalidade de atingir a missão de desen-
volvimento cooperativo, um passo que
até então não havia sido dado. Ao invés
de aguardar pelas demandas oriundas do
Brasil inteiro, atendendo àquelas que fosse
possível, agora o DENACOOP se antecipa
e fixa metas dentro do propósito do desen-
volvimento cooperativo.
Por outro lado, houve diferença
fundamental de atuão dentro do foco
da miso (atender cooperativas e asso-
ciações). Antes do peodo 2003-2006,
25% ocorriam dentro do foco. Em 2006,
chegou-se a 96% das ações dentro do
foco da missão. O grande objetivo é
verificar a evolão do sistema coope-
rativista para atender à miso consti-
tucional, uma vez que cabe ao governo
o apoio ao cooperativismo e a todas as
formas associativas, o que é cumprido
por intermédio do DENACOOP.
A aplicação de recursos acontece
conforme a manifestação de necessidades
ou de propostas. As duas grandes linhas
de ação atualmente são o planejamento
estratégico e a educação cooperativista.
Followup
The Followup General Coordination is responsible for control and evaluation of
the execution of the agreed upon covenants, in conjunction with agriculture’s Federal
Superintendencies (SFA’s). Over the 2003-2006 period, the main characteristic was the
definition of lines with the purpose to achieve the cooperative development mission, a
step that had never been taken before. Instead of waiting for the demands from the entire
country, attending to the possible ones, now DENACOOP works in anticipation and sets
targets within the scope of cooperative development.
On the other hand, there has been a fundamental difference within the mission’s
focus (see to cooperatives and associations). Before the 2003-2006 period, 25% used to
occur within the focus. In 2006, actions within the mission focus amounted to 96%. The
great goal is to check the evolution of the cooperative system within the constitutional
mission, once it is the government’s duty to support cooperativism and all its associative
forms, which is complied with through DENACOOP.
The application of resources is in accordance with the needs and proposals that
surface. The two current action lines are strategic planning and cooperativist education.
El acompañamiento
La Coordinación General de Acompañamiento es responsable por el control y
por la evaluación de la ejecución de los convenios firmados, en articulación con las
Superintendencias Federales de la Agricultura (SFA’s). En el período de 2003 a 2006, la
principal característica fue la definición de líneas con la finalidad de alcanzar la misión
de desarrollo cooperativo, un paso que hasta entonces no había sido dado. En vez de
aguardar por las demandas oriundas de todo Brasil, atendiendo a aquellas que fuera
posible, ahora el DENACOOP se anticipa y fija metas dentro del propósito del desarrollo
cooperativo.
Por otro lado, hubo diferencia fundamental de actuación dentro del enfoque
de la misión (atender cooperativas y asociaciones). Antes del período 2003-2006, el
25% ocurría dentro del enfoque. En 2006, se llegó a 96% de las acciones dentro del
enfoque de la misión. El gran objetivo es verificar la evolución del sistema cooperati-
vista para atender a la misión constitucional, una vez que cabe al gobierno el apoyo al
cooperativismo y a todas las formas asociativas, lo que se cumple por intermedio del
DENACOOP.
La aplicación de recursos se da de acuerdo a la manifestación de necesidades
o de propuestas. Las dos grandes líneas de acción actualmente son el planeamiento
estratégico y la educación cooperativista.
38
Agronegócio
A Coordenação-Geral de Apoio ao Agronegócio Coopera-
tivo surgiu com a reestruturação do MAPA, ocorrida em janeiro de
2005. Dentro dela funciona ainda a Coordenação de Capitalização
e Financiamento das Cooperativas. O objetivo principal dessa coor-
denação-geral é apoiar o agronegócio cooperativo para assegurar o
fortalecimento de todos os ramos do cooperativismo.
Houve, por exemplo, ênfase especial no Programa de Apoio
à Agroindústria Cooperativa, para estimular iniciativas de coopera-
tivas que queiram agregar renda através da agroindústria, além de
apoiar consultorias de viabilidade ou de fusões de cooperativas,
entre outros itens. No mesmo sentido, a partir das discussões do
Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), foi criado o Norcoop, vol-
tado às regiões menos desenvolvidas do Norte e do Nordeste.
Além de analisar os projetos com pareceres-técnicos, essa
coordenação-geral emite notas técnicas para a legislação apresen-
tada no Congresso Nacional, influenciando nas políticas públicas
para o associativismo.
Agribusiness
General Coordination in Support of Cooperative Agribusi-
ness was born with MAPA’s restructuring process, promoted during
minister Roberto Rodrgues’s tenure. It also includes the Coordina-
tion of Cooperative Financing and Capitalization. The main goal of
the general coordination is to lend support to cooperative agribusi-
ness so as to strengthen all the divisions of cooperativism.
For example, special emphasis was given to the Cooper-
ative Agroindustry Support Program, to encourage cooperatives
interested in aggregating value through agroindustry, in addi-
tion to supporting viability consultancies or cooperative merges,
among other items. Within this context, based on the debates
held by the Interministerial Work Group (GTI), the Norcoop was
created, geared toward the less developed regions in the North
and Northeast. Agribusiness is a priority, but the idea is to create
pilot-projects working as references to stimulate the development
of these two regions. Besides analyzing the projects with tech-
nical-appraisals, this general coordination also issues technical
notes for legislation presented in Congress, influencing the pub-
lic policies on associativism.
Agronegocio
La Coordinación General de Apoyo al Agronegocio Coope-
rativo surgió con la reestructuración del MAPA, promovida en la
gestión del ministro Roberto Rodrigues. Dentro de ella funciona
también la Coordinación de Capitalización y Financiación de las
Cooperativas. El objetivo principal de esta coordinación general es
apoyar el agronegocio cooperativo para asegurar el fortalecimiento
de todos los ramos del cooperativismo.
Hubo, por ejemplo, énfasis especial en el Programa de
Apoyo a la Agroindustria Cooperativa, para estimular iniciativas de
cooperativas que quieran agregar renta a través de la agroindustria,
además de apoyar consultorías de viabilidad o de fusiones de coo-
perativas, entre otros ítems. En el mismo sentido, a partir de las
discusiones del Grupo de Trabajo Interministerial (GTI), fue creado
el Norcoop, volcado a las regiones menos desarrolladas del Norte y
del Nordeste. El agronegocio es prioritario, por la idea es crear pro-
yectos piloto que puedan funcionar como referencias para estimular
el desarrollo de estas dos regiones.
Además de analizar los proyectos con pareceres técnicos,
esta coordinación general aún emite notas técnicas para la legis-
lación presentada en el Congreso Nacional, influenciando en las
políticas públicas para el asociativismo.
39
Autogestão Cooperativista
A coordenação-Geral de Autogestão Cooperati-
vista tem como uma de suas principais competências
capacitar o sistema cooperativista e o associativismo
rural para a autogestão e para a inclusão tecnológica,
especialmente em novas fronteiras agrícolas. Além dis-
so, apóia e estimula o processo de organização social
cooperativista, como instrumento de desenvolvimento
das comunidades, bem como articula e coordena ações
e programas de cooperação cnica e financeira, com
organismos nacionais e internacionais, voltados ao de-
senvolvimento do cooperativismo e do associativismo
rural. Possui duas coordenações de áreas Coorde-
nação de Autogestão Cooperativa e Coordenação de
Programas e Projetose uma divisão de Programa de
Formação e Capacitação de Jovens.
Por meio de programas e projetos, esta coorde-
nação-geral pretende orientar a utilização dos recursos
públicos, com o objetivo de reduzir os pontos fracos
das cooperativas e das associações rurais, potencia-
lizando os pontos fortes e apoiando as oportunidades
existentes.
O objetivo principal é aprimorar o desenvolvi-
mento humano, visando a inclusão social, o verdadeiro
sentido do cooperativismo. Procura direcionar suas ativi-
dades de capacitação para a formação básica, conceitual,
cultural, informativa, tecnológica, troca de experiências,
agronegócio, cadeias produtivas etc.
Enfim, busca apoiar a população brasileira no
desenvolvimento sustentável, do conhecimento e da
cidadania, fomentando ações de cooperação e de asso-
ciação, para a elevação da renda e para a geração de
trabalho.
O DENACOOP trabalha em cima de linhas de
ações que formam a capacitação propondo o desenvolvi-
mento da autogestão cooperativa, que é o grande “guar-
da-chuva” dos recursos destinados à sua finalidade.
Além da autogeso, os programas e os pro-
jetos passam ainda por divulgação, promoção do co-
operativismo, cooperão internacional, no Mercosul,
estímulo ao ensino do cooperativismo e à produção
acamica, jovens e gênero, e valorizão do servidor
do DENACOOP.
O que se pretende é transformar a realidade do
público-alvo, elevando-o a agente mais bem preparado
pela formação, pela informação e pela capacitação.
40
Cooperative self management
One of the main competences of the Cooperative Self Man-
agement general coordinating bureau is to qualify the cooperative
and rural associative system for self management and technology
inclusion, particularly in new agricultural frontiers. Furthermore,
it supports and encourages the cooperative social organization
process as a community development instrument, while articulat-
ing and coordinating initiatives and programs involving technical
and financial cooperation, with national and international organs,
focused on the development of rural associative and cooperative
initiatives. It comprises two area coordinating bodies Coopera-
tive Self Management Coordination and Projects and Programs
Coordination and a Capacity Building and Qualifying Division
for young people.
Through programs and projects, this general coordinating
body gives guidance on the use of public resources, with the aim to
reduce the weak points of the cooperatives and their rural associ-
ate members, improving the effectiveness of the strong points and
lending support to the existing opportunities.
The main purpose is to build up perfect human develop-
ment, with an eye toward social inclusion, which is all cooperativ-
ism is about. It directs its activities toward capacity building for
the acquisition of basic concepts, culture, information, technology,
exchange of experience, agribusiness, production chains, etc. After
all, it lends support to the Brazilian population seeking sustainable
development, knowledge and citizenship, fostering cooperation and
associative efforts, intended to generate higher income and jobs.
DENACOOP works in line with qualification efforts, promot-
ing cooperative self management, which is the big “umbrella” of the
resources destined for its purpose.
Besides self management, the programs and projects rely on
advertising, promotion of cooperativism, international cooperation,
Mercosur cooperation, encouragement to cooperativism awareness,
academic work, young people and gender, and due values and com-
petences of all DENACOOP members.
The intention is to transform the reality of the target pub-
lic, raising each individual to the status of a better prepared agent,
through information and capacity building efforts.
Autogestión Cooperativista
La coordinación General de Autogestión Cooperativista tie-
ne como una de sus principales competencias capacitar al sistema
cooperativista y al asociativismo rural para la autogestión y para la
inclusión tecnológica, especialmente en nuevas fronteras agrícolas.
Además, apoya y estimula el proceso de organización social coo-
perativista, como instrumento de desarrollo de las comunidades,
así como articula y coordina acciones y programas de cooperación
técnica y financiera, con organismos nacionales e internacionales,
volcados al desarrollo del cooperativismo y del asociativismo rural.
Tiene dos coordinaciones de áreas – Coordinación de Autogestión
Cooperativa y Coordinación de Programas y Proyectos y una divi-
sión de Programa de Formación y Capacitación de Jóvenes.
Por medio de programas y proyectos, esta coordinación ge-
neral pretende orientar la utilización de los recursos públicos, con el
objetivo de reducir los puntos débiles de las cooperativas y de las
asociaciones rurales, potenciando los puntos fuertes y apoyando
las oportunidades existentes.
El objetivo principal es perfeccionar el desarrollo humano,
buscando la inclusión social, el verdadero sentido del cooperativis-
mo. Procura dirigir sus actividades de capacitación para la forma-
ción básica, conceptual, cultural, informativa, tecnológica, cambio
de experiencias, agronegocio, cadenas productivas, etc.
En fin, busca apoyar a la población brasileña en el desa-
rrollo sostenible, del conocimiento y de la ciudadanía, fomentando
acciones de cooperación y de asociación, para la elevación de la
renta y para la generación de trabajo.
El DENACOOP trabaja encima de neas de acciones que
forman la capacitación proponiendo el desarrollo de la autoges-
tión cooperativa, que es el gran “paraguas” de los recursos des-
tinados a su finalidad.
Además de la autogestión, los programas y los proyectos
pasan todavía por divulgación, promoción del cooperativismo, co-
operación internacional, en el Mercosur, estímulo a la enseñanza
del cooperativismo y a la producción académica, jóvenes y género,
y valorización del servidor del DENACOOP.
Lo que se pretende es transformar la realidad del público
objetivo, elevándolo a agente mejor preparado por la formación, por
la información y por la capacitación.
41
Valorização do servidor
Num esforço para cumprir com as suas funções, o DE-
NACOOP, visando apoiar o desenvolvimento e a sustentabilidade
do cooperativismo e do associativismo rural, deu nova face à sua
estrutura organizacional e funcional. Nessas últimas décadas, o co-
operativismo e o associativismo rural passaram por grandes mu-
danças e inovações. O Departamento teve que buscar alternativas
para acompanhar essas mudanças.
O Programa de Valorização do Servidor do DENACOOP
(PROVALOR), de iniciativa dos dirigentes e dos servidores do
Departamento, surgiu em razão da necessidade de promover a
integração dos servidores envolvidos no desenvolvimento do co-
operativismo e do associativismo rural, bem como de capacitar
os profissionais do MAPA, buscando atender às demandas da
sociedade relativas ao setor.
O objetivo desse projeto é proporcionar e aprimorar co-
nhecimentos dos funcionários em cooperativismo e associativismo
rural, contribuindo para o desenvolvimento dos mesmos. Busca
qualificar e aprimorar igualmente o conhecimento dos servidores,
que, por sua vez, irão capacitar outros funcionários, facilitando o
intercâmbio de experiências profissionais desenvolvidas por eles,
além de promover a valorização e a integração da equipe de traba-
lho. Com esse programa, o DENACOOP tem por meta propiciar aos
servidores uma melhor condição profissional no desenvolvimento
de suas atividades, tendo funcionários motivados e satisfeitos no
desempenho de suas atribuições.
Give the servers their due
In an effort to comply with its functions, DENACOOP,
with an eye toward the development and sustainability of ru-
ral cooperativism and associativism, perked up the image of
its functional and organizational structure. Over the past de-
cades, rural associativism and cooperativism went through deep
changes and innovations. The Department had to go in search
of alternatives to keep pace with these changes.
The DENACOOP Server Development Program (PROV-
ALOR), an initiative by the officials and servers of the Department,
originated from the need to promote the integration of the servers
involved in the development of rural cooperativism and associa-
tivism, as well as qualifying the professionals of the MAPA, at-
tempting to meet the demands of society relative to the sector.
The goal of the project is to improve the knowledge of
the employees in rural cooperativism and associativism, thus
contributing to their development. The Department also seeks
to qualify and improve the knowledge of the servers, who, in
turn, will qualify other employees, facilitating the interchange
of professional experiences developed by them, in addition to
promoting the development and the integration of the work-
ing team. With this program, DENACOOP hopes to provide its
servers with better professional conditions in the development
of their activities, with officials and employees satisfied with
the performance of their attributions.
Valoración del servidor
En un esfuerzo para cumplir con sus funciones, el DENACOOP,
buscando apoyar el desarrollo y la sostenibilidad del cooperativismo y
del asociativismo rural, dio nueva fase a su estructura organizacional y
funcional. En estas últimas décadas, el cooperativismo y el asociativis-
mo rural pasaron por grandes cambios e innovaciones. El Departamen-
to tuvo que buscar alternativas para acompañar estos cambios.
El Programa de Valorización del Servidor del DENACOOP
(PROVALOR), de iniciativa de los dirigentes y de los servidores
del Departamento, surgió en razón de la necesidad de promover
la integración de los servidores involucrados en el desarrollo del
cooperativismo y del asociativismo rural, así como de capacitar a
los profesionales del MAPA, buscando atender las demandas de la
sociedad relativas al sector.
El objetivo de este proyecto es proporcionar y perfeccionar
conocimientos de los funcionarios en cooperativismo y asociativis-
mo rural, contribuyendo al desarrollo de los mismos. Busca calificar
y perfeccionar igualmente el conocimiento de los servidores, que, a
su vez, capacitarán a otros funcionarios, facilitando el intercambio
de experiencias profesionales desarrolladas por ellos, además de
promover la valoración y la integración del equipo de trabajo. Con
este programa, el DENACOOP espera propiciar a los servidores una
mejor condición profesional en el desarrollo de sus actividades,
teniendo funcionarios motivados y satisfechos en el desempeño de
sus atribuciones.
42
As entidades interessadas em estabelecer parceria com o DE-
NACOOP podem apresentar projetos solicitando convênio. O critério
para a aprovação é a conformidade com as linhas de atuação, que
buscam seguir os princípios de gestão democrática e livre, educação,
intercooperação e responsabilidade social. o aprovados projetos que
sejam não só economicamente viáveis, mas sobretudo socialmente jus-
tos e ecologicamente sustentáveis.
Quase todos os programas promovidos e apoiados estão liga-
dos à educão para jovens, mulheres,deres, cooperados e trabalha-
dores do sistema. Se dirigentes, funcionários e cooperados se fortale-
cem, os reflexos o sentidos também na cooperativa, e um contexto
de melhoria da qualidade de vida.
As maiores parceiras do DENACOOP o entidades ligadas à
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e ao Serviço Nacional
de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), principalmente dos
ramos agropecuário e de crédito. Mas o DENACOOP segue a univer-
salidade do cooperativismo, apoiando também iniciativas de economia
solidária e de agricultura familiar organizadas. O MAPA atende o coo-
perativismo e o associativismo como um todo. A demanda de coopera-
tivas não filiadas à OCB vem aumentando.
Os detalhes da atuação do DENACOOP podem ser conferidos
no
site
www.agricultura.gov.br, Serviços”, “Cooperativismo/Associa-
tivismo”. Outras informações o fornecidas pelo e-mail denacoop@
agricultura.gov.br ou pela Central de Relacionamento - 0800 61 1995.
Como participar
C o m o p a r t i c i p a r
DENACOOP também segue a universalidade
do cooperativismo, ao apoiar iniciativas de
economia solidária e de agricultura familiar
43
H o w t o h a v e a s a y i n i t
DENACOOP also follows the universality of the cooperative ideal
in its support for solidary saving and family farming
Las entidades interesadas en establecer sociedad con el
DENACOOP pueden presentar proyectos solicitando convenio. El
criterio para la aprobación es la conformidad con las líneas de ac-
tuación, que buscan seguir los principios de gestión democrática
y libre, educación, intercooperación y responsabilidad social. Se
aprueban proyectos que sean no sólo económicamente viables, sino
sobre todo socialmente justos y ecológicamente sostenibles.
Casi todos los programas promovidos y apoyados están rela-
cionados a la educación, para jóvenes, mujeres, líderes, cooperados y
trabajadores del sistema. Si dirigentes, funcionarios y cooperados se
fortalecen, los reflejos se sienten también en la cooperativa, y hay un
contexto de mejora de la calidad de vida.
Las mayores aliadas del DENACOOP son entidades relacio-
nadas a la Organización de las Cooperativas Brasileñas (OCB) y al
Servicio Nacional de Aprendizaje del Cooperativismo (Sescoop), prin-
cipalmente de los ramos agropecuario y de crédito. Pero el DENACOOP
sigue la universalidad del cooperativismo, apoyando también iniciativas
de economía solidaria y de agricultura familiar organizadas. El MAPA
atiende al cooperativismo y al asociativismo como un todo. La demanda
de cooperativas no afiliadas a la OCB viene aumentando.
Los detalles de la actuacn del DENACOOP pueden ser veri-
ficados en el sitio www.agricultura.gov.br, Serviços”, “Cooperativismo/
Associativismo”. Otras informaciones son proporcionadas por e-mail de-
nacoop@agricultura.gov.br y Central de Relacionamento 0800 61 1995.
C ó m o p a r t i c i p a r
DENACOOP también sigue la universalidad
del cooperativismo, al apoyar iniciativas de
econoa solidaria y de agricultura familiar
Entities interested in establishing partnerships with DENACOOP
can present projects requesting an agreement. The criterion for approval
is conformity with the lines of action which seek to follow the principles of
democratic and free administration, education, inter-cooperation and so-
cial responsibility. Projects that are not just economically viable, but which
are, above all, socially just and ecologically sustainable, are approved.
Almost all the programs promoted and supported are linked to
education, for young people, women, leaders, cooperative members and
workers in the system. If directors, staff and members are strengthened,
the effects are also felt in the cooperative, and theres a context of improv-
ing quality of life.
DENACOOP’s biggest partners are bodies linked to the Orga-
nization of Brazilian Cooperatives (OCB), and the National Service for
Cooperative Learning (Sescoop), especially in the agricultural and credit
fields. But DENACOOP follows the universality of the cooperative ideal,
also supporting solidary savings, and organized family farming initiatives.
MAPA serves cooperatives and associations as a whole. There is increas-
ing demand from cooperatives not affiliated to the OCB.
Details about the Department of Cooperatives and Associations
can be found on the www.agricultura.gov.br website, “Services”, “Cooper-
atives/Associations”. Other information is available by e-mail denacoop@
agricultura.gov.br or by Relationship Central 0800 61 1995.
44
O cooperativismo brasi-
leiro é pleno de diversidades. O mo-
saico de raças e de culturas formado nesse Ps
de dimenes continentais impõe uma mescla de
estágios de desenvolvimento ecomico. E o coope-
rativismo o foge à regra. Enquanto o Sul e o Sudeste são
potências cooperativas de dar inveja a aos pses desen-
volvidos, o Norte e o Nordeste pedem ateão especial do
governo para evoluir. Por outro lado, as diferenças garantem
criatividade e se complementam. Nos 13 ramos do coopera-
tivismo brasileiro são encontrados inconveis exemplos de impulso
à economia das comunidades, de aproveitamento das vocações locais e
de superação de crises econômicas ou de problemas climáticos.
Esses casos se multiplicam. Em 1995, 3,5 miles de
brasileiros estavam ligados ao cooperativismo. Uma cada
depois, esse mero simplesmente havia dobrado. Em 2005
havia 6,8 milhões de cooperados, valorizando prinpios como a
responsabilidade social, a educão e a geso democrática. O setor
soma quase 200 mil empregos diretos em 7.500 cooperativas, que eso
presentes em 31% dos munipios brasileiros, conforme dados da Orga-
nizão das Cooperativas Brasileiras (OCB).
E a cooperação é sinimo de desenvolvimento. O cooperati-
vismo é uma doutrina lastreada por princípios e valores, com uma ética
básica que tem os mesmos objetivos de qualquer governo democrático
sério: justiça social, eqüidade, distribuição de renda, defesa do meio am-
biente e garantia da segurança alimentar.
O
Índice de
Desenvolvi-
mento Humano
(IDH) comprova
que, enquanto
nos munipios
sem cooperativas
a dia de IDH é de
0,6%, onde coopera-
ção ele aumenta para 0,7%. Além
disso, os bons resultados despontam na agre-
gação de valor aos produtos de cooperativas e no
crescimento das exportações. Esse desempenho
é um reflexo do investimento nas pessoas, com as
inúmeras ões educativas promovidas pelo sistema,
muitas das quais apoiadas pelo MAPA. As linhas de re-
sultados positivos no gráfico do setor cooperativo o direta-
mente proporcionais ao processo de educão. Na agricultura, por
exemplo, a rendadia dos cooperados é quase duas vezes superior à
dos que não estão no sistema.
Isso se deve ao fato de que, capacitadas e conscientemente orga-
nizadas, as pessoas somam forças e se tornam robustas o suficiente para
enfrentar o mercado. Associados, os inviduos o capazes de fazer as
coisas acontecerem de uma forma mais equitativa, tanto no acesso quanto
na distribuição dos recursos. E é aí que mora o grande valor do sistema.
O cooperativismo revela incontáveis
exemplos de impulso fundamental à
economia e ao desenvolvimento das
comunidades, vitalizando o País
O perfil
A q u a r e l a b r a s i l e i r a
45
The Brazilian cooperative movement is full of di-
versities. The mosaic of races and cultures of this country
of continental proportions imposes a mixture of stages of
economic development. Cooperatives do not break from
this rule. While the South and Southeast are coopera-
tive forces and even the envy of developed countries, the
North and Northeast need special government attention
to properly develop. On the other hand, these differentials
ensure creativity and complement each other. Countless
examples can be found of Brazilian cooperatives driving
the economy of communities, using local vocations and
overcoming economic crises or climate problems.
The cases are multiplying. 3.5 million Brazilians
were linked to the cooperative movement in 1995. A decade
later, this figure had simply doubled. There were 6.8 million
cooperative members in 2005, valuing principles like social
responsibility, education and democratic administration. Ac-
cording to Organization of Brazilian Cooperatives (OCB) data,
the sector involves 200,000 direct jobs in 7,500 cooperatives
with a presence in 31% of Brazilian municipalities.
Cooperation is synonymous with development.
The cooperative ideal is a doctrine stabilized by principles
and values, with a basic ethic which has the same objec-
tives of any serious democratic government: social jus-
tice, equity, distribution of income, environmental protec-
tion and assurance of food safety.
The Human Development Index (IDH) proves
the minister’s statement. While municipalities without
cooperatives have an average IDH of 0.6%, those with
cooperation show an increase to 0.7%. And the good
results are also being seen in adding value to coopera-
tives’ products and growth in exports. This performance
as a result of “investment in people”, through the numer-
ous educational actions promoted by the system, many
of which are supported by MAPA. The lines of positive
results in the graph of the cooperative sector are directly
proportional to the process of education. In agriculture,
for example, the average income of cooperative members
is almost twice that of those outside the system.
This is due to the fact that, trained and conscien-
tiously organized, people join forces and become strong
enough to confront the marketplace. When they are as-
sociated together, individuals are able to make things
happen more equitably, in terms of both access to and
distribution of resources. And that is where the great
value of the system lies.
A B r a z i l i a n w a t e r c o l o r
The cooperative movement shows countless
examples of its fundamental drive to the economy and
development of communities, energizing the nation
El cooperativismo brasilo es lleno de diversidades. El mosaico de razas y
de culturas formado en este país de dimensiones continentales impone una mezcla de
estados de desarrollo ecomico. Y el cooperativismo no huye de la regla. Mientras que
el Sur y el Sudeste son potencias cooperativas de dar envidia hasta a los países desar-
rollados, el Norte y el Nordeste piden atencn especial del gobierno para ir adelante. Por
otro lado, las diferencias garantizan creatividad y se complementan. En los 13 ramos del
cooperativismo brasilo se encuentran incontables ejemplos de impulso a la econoa
de las comunidades, de aprovechamiento de las vocaciones locales y de superación de
crisis económicas o de problemas cliticos.
Estos casos se multiplican En 1995, 3,5 millones de brasileños estaban unidos
al cooperativismo. Una década desps, este mero simplemente haa doblado. En
2005 había 6,8 millones de cooperados, valorizando principios como la responsabilidad
social, la educacn y la gestión democtica. El sector suma casi 200.000 empleos
directos en 7.500 cooperativas, que esn presentes en el 31% de los municipios brasi-
leños, de acuerdo a datos de la Organización de las Cooperativas Brasileñas (OCB).
La cooperación es sinimo de desarrollo. El cooperativismo es una doctri-
na cargada por principios y valores, con una ética sica que tiene los mismos objeti-
vos de cualquier gobierno democrático serio: justicia social, equidad, distribución de
renta, defensa del medio ambiente y garantía de la seguridad alimentaria.
El Índice de Desarrollo Humano (IDH) comprueba la constatación del mi-
nistro. Mientras que en los municipios sin cooperativas el promedio es de IDH del
0,6%, donde hay cooperación él aumenta al 0,7%. Además, los buenos resultados
aparecen en primer lugar en la agregación de valor a los productos de cooperativas y
en el crecimiento de las exportaciones. Este desempeño es un reflejo de la inversión
en las personas, con las innumerables acciones educativas promovidas por el siste-
ma, muchas de las cuales apoyadas por el MAPA. Las líneas de resultados positivos
en el gráfico del sector cooperativo son directamente proporcionales al proceso de
educación. En la agricultura, por ejemplo, la renta media de los cooperados es casi
dos veces superior a la de los que no están en el sistema.
Esto se debe al hecho de que, capacitadas y concientemente organizadas, las
personas suman fuerzas y se vuelven robustas lo suficiente para enfrentar el mercado.
Asociados, los individuos son capaces de hacer que las cosas se realicen de forma
s equitativa, tanto en el acceso como en la distribución de los recursos. Y es a
donde vive el gran valor del sistema.
Acuarela brasileña
El cooperativismo revela incontables ejemplos de
impulso fundamental a la economía y al desarrollo
de las comunidades, vitalizando al país
46
Na lavoura e na agroindústria estão as maiores expressões
econômicas do cooperativismo brasileiro. Esse setor é responsável
por cerca de 30% da colheita brasileira de grãos, que em 2005 foi
de 113,9 milhões de toneladas. Individualmente, alguns produtos
agropecuários vão além deste índice de participação na produção,
como trigo, cevada, leite, aveia, algodão e suínos.
A evolução do segmento é apontada no crescimento da
industrialização e das exportações. As cooperativas agropecuárias
exportaram US$ 2,2 bilhões em 2005, entre produtos primários e
industrializados, volume 197% maior do que o de 2000, segundo
dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O Cen-
tro-Sul do País é a região que mais se destaca.
A importância desse complexo fez com que ele se tornasse
sinônimo de cooperativismo no Brasil por muito tempo, mas seu
exemplo se expandiu para outras áreas, que hoje adotam cada vez
mais essa doutrina como modelo de desenvolvimento. No coopera-
tivismo agropecuário estão reunidos produtores rurais, agropastoris
e de pesca. As cooperativas recebem a produção, armazenam, indus-
trializam, comercializam ou exportam os produtos de forma conjunta.
Essa atuação permite agregar valor e mais segurança ao agricultor,
permitindo que seus produtos cheguem ao consumidor final com
qualidade e preço justo. As cooperativas também agem como instru-
mentos de transferência e de difusão de técnicas e de tecnologias e
ainda regulam os pros no mercado em que atuam.
Somente em 2005, 89 novos registros de cooperativas
agropecuárias foram concedidos pela OCB, fazendo com que o setor
chegasse a 1.514 cooperativas, com 880 mil associados no cadas-
tro da entidade. Mas os números reais podem ser ainda maiores.
Estima-se a existência de milhares de cooperativas não registradas
na entidade. Somente a União Nacional das Cooperativas da Agri-
cultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), criada em 2005,
tem outras mil filiadas, a maioria de agricultura familiar.
O sucesso das cooperativas depende da eficácia com que
atuam no mercado competitivo onde estão inseridas, ditada pela
capacidade de seus dirigentes na condução dos seus negócios.
Cientes disso, o DENACOOP tem atuado preferencialmente na ca-
pacitação destas entidades, bem como no incentivo à agregação de
valor aos seus produtos, via exportação.
A agricultura é
por excelência um
terreno fértil para
o cooperativismo,
movimentando a
economia das regiões
e impulsionando as
exportações
Uma colheita de sucessos
U m a c o l h e i t a d e s u c e s s o s
47
The greatest expression of the Brazilian cooperative movement
can be found in the fields and in agribusiness. The sector is responsible
for about 30% of the Brazilian grain harvest, which reached 113.9 mil-
lion tonnes in 2005. Some individual agricultural products, such as
wheat, barley, milk, oats, cotton and pork, exceed this proportion.
The sectors evolution is indicated by the growth of processing
and exports. According to data from the Organization of Brazilian Cooper-
atives (OCB), agricultural cooperatives exported US$ 2.2 billion in 2005,
including raw and processed products, which was 197% higher than the
figure for 2000. The Center-South is the region that stands out the most.
The importance of this field means it has been synonymous
with the cooperative movement in Brazil for some time, but its example
has expanded into other sectors which are increasingly adopting this
doctrine as a model for development today. Rural agropastoral and fish-
ery producers are coming together into agricultural cooperatives. Co-
operatives receive the produce, store it, process it and market or export
products in a joint manner. This activity brings added value and more
security to the farmer, allowing his products to reach the end consumer
with quality and at a fair price. Cooperatives also act as instruments for
the transfer and diffusion of techniques and technologies, and regulate
the prices of the market in which they work.
In 2005 alone, 89 new agricultural cooperatives were registered
by the OCB, reaching the figure of 1,514 cooperatives with 880 associ-
ates registered with the body. But the real figures could be even higher.
Thousands of cooperatives are not registered with the body. The Na-
tional Union of Family Agriculture and Solidary Savings Cooperatives
(Unicafes) alone, created in 2005, has another thousand members, most
of which are family farms.
The success of cooperativism depends on the effectiveness
it shows in the competitive market it is inserted into, dictated by the
capacity of its officials in conducting the businesses. Aware of this,
DENACOOP has almost exclusively worked toward the qualification of
these entities, as well as toward encouraging the value adding process,
via exports.
En la plantación y en la agroindustria están las mayores
expresiones económicas del cooperativismo brasilo. El ramo es
responsable por cerca del 30% de la cosecha brasileña de granos,
que en 2005 fue de 113,9 millones de toneladas. Individualmente,
algunos productos agropecuarios van mas allá de este índice de par-
ticipación en la producción, como trigo, cebada, leche, avena, algo-
dón y porcionos.
Se señala la evolución del sector en el crecimiento de la
industrialización y de las exportaciones. Las cooperativas agrope-
cuarias exportaron US$ 2,2 mil millones el 2005, entre productos
primarios e industrializados, volumen un 197% mayor que el de
2000, según datos de la Organización de Cooperativas Brasileñas
(OCB). El Centrosur del país es la región que más se destaca.
La importancia de este ramo hizo que él se volviera sinó-
nimo de cooperativismo en Brasil durante mucho tiempo, pero su
ejemplo se expandió hacia otros sectores, que hoy adoptan cada vez
más esta doctrina como modelo de desarrollo. En el cooperativismo
agropecuario están reunidos productores rurales, agropastoriles y
de pesca. Las cooperativas reciben la producción, almacenan, in-
dustrializan, comercializan o exportan los productos de forma con-
junta. Esta actuación permite agregar valor y da más seguridad al
agricultor, permitiendo que sus productos lleguen al consumidor final
con calidad y precio justo. Las cooperativas tambn actúan como
instrumentos de transferencia y de difusión de técnicas y de tecnolo-
gías e incluso regulan los precios en el mercado en los que actúan.
Solamente el 2005, 89 nuevos registros de cooperativas
agropecuarias fueron concedidos por la OCB, haciendo que el sec-
tor llegara a 1.514 cooperativas, con 880.000 asociados en el regis-
tro de la entidad. Pero los números reales pueden ser aún mayores.
Se estima la existencia de miles de cooperativas no registradas en la
entidad. Solamente la Unión Nacional de Cooperativas de Agricul-
tura Familiar y Economía Solidaria (Unicafes), creada en 2005, tiene
otras 1000 afiliadas, la mayoría de agricultura familiar.
El éxito de las cooperativas depende de la eficacia con que
actúan en el mercado competitivo donde están insertadas, dictada
por la capacidad de sus dirigentes en la conducción de sus nego-
cios. Concientes de esto, el DENACOOP ha actuado preferentemente
en la capacitación de estas entidades, así como en el incentivo a la
agregación de valor a sus productos, vía exportación.
U n a c o s e c h a d e é x i t o s
La agricultura es por excelencia un
terreno fértil para el cooperativismo,
moviendo la economía de las regiones e
impulsando las exportaciones
A h a r v e s t o f s u c c e s s e s
Agriculture is, par excellence, fertile soil for
the cooperative movement, stimulating the
economy of the regions and driving exports
48
Pelo mundo, a cachaça é conhecida como um produto tí-
pico brasileiro. No Brasil, por trás do aspecto cultural, milhares
de pequenos produtores ganham a vida com a fabricação e com
a comercialização dessa bebida. em Minas Gerais, maior fabri-
cante do País de cachaça artesanal, cerca de 8.500 mil alambiques
dão origem a quase 250 milhões de litros por ano. E o setor só não
movimenta ainda mais a economia do Estado porque faz parte da
lista negra da informalidade. No ano de 2000, o Serviço Brasileiro
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mineiro diag-
nosticou a amarga realidade: 95% dos produtores de cachaça de
alambique atuavam informalmente.
Desde 2002, a Instrução Normativa 56, o Ministério da Agri-
cultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) permite que os produtores
de cachaça se agrupem em associações ou cooperativas, ganhando
força e legalidade. Hoje, oito cooperativas, somando 700 associados, es-
tão ligadas à Cooperativa Central dos Produtores de Cachaça de Alambi-
que de Minas Gerais (Coocen-MG) e já existem outras formalizadas pelo
Ps. Com a organizão do setor, é possível promover treinamentos e
cursos que aprimoram cnicas e tecnologias de prodão.
A partir do fortalecimento, as cooperativas de produtores
de cachaça conquistaram também representação na Câmara Setorial
da Cadeia Produtiva da Cachaça, do MAPA. Essa instância congre-
ga entidades, governo e empresas de produção, comercialização e
distribuição na discussão de poticas que impulsionem o segmento.
Essa é, também, a primeira Câmara Setorial que tem a participação do
DENACOOP, que presta apoio institucional a essas cooperativas.
O cooperativismo é uma solução para que os pequenos pro-
dutores possam ganhar em qualidade e volume para exportação.
Cooperativas
contribuem
para colocar a
cachaça, bebida
típica nacional,
na formalidade
e agregar
qualidade ao
produto
Diálogo valioso
D i á l o g o v a l i o s o
49
EM DEFESA DOS PEQUENOS
Com sede de crescer, as cooperativas de cachaça de alam-
bique lutam para diminuir a carga tributária do setor. Os produtores
levaram à Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Cachaça a deman-
da de poder optar pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos
e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
(Simples). O pedido foi incluído no relatório da Lei Geral das Micro
e Pequenas Empresas, a ser votado no Congresso. A medida é uma
forma de resgatar a formalidade dos produtores.
Sem essa possibilidade, o Imposto sobre Produtos Indus-
trializados (IPI) chega a representar cerca de 60% na composição de
preço do produto. Para o enquadramento no Simples, as cooperativas
solicitam também que a palavra artesanal seja usada nos rótulos da
bebida, identificando-a como “cacha artesanal de alambique”.
Como resultado concreto da atuação do DENACOOP e da
Câmara Setorial, os pequenos produtores comemoram a representa-
tividade conquistada no recém-criado Instituto Brasileiro da Cachaça.
A entidade, constituída no início de 2006, terá em seu conselho ad-
ministrativo produtores artesanais, produtores de cachaça de coluna
(industrializada) e representantes de instituições do setor agrícola.
A v a l u a b l e d i a l o g u e
Cooperatives are contributing towards making
the national beverage, cachaça, respectable and
are adding quality to the product
Cachaça is known throughout the world as a typically Bra-
zilian product. Behind its cultural aspect in Brazil, thousands of
small producers earn a living from the manufacture and marketing
of this drink. In Minas Gerais alone, the main manufacturer of arti-
sanal cachaça in country, around 8,500 alembics are the source of
almost 250 million liters per year. And the only reason why the sec-
tor does not stimulate the State’s economy further, is because it is
on the black list of informality. In 2000 the Minas Gerais branch of
the Brazilian Micro and Small Company Support Service (Sebrae)
diagnosed the bitter reality: 95% of the cachaça producers were
working in the informal sector.
Since 2002, with Normative Instruction 56, the Ministry of
Agriculture, Livestock and Food Supply (MAPA) has allowed cacha-
ça producers to group together into associations or cooperatives,
acquiring strength and legality. There are eight cooperatives today,
with a total of 700 associates, which are linked to the Minas Gerais
Central Alembic Cachaça Producers Cooperative (Coocen-MG), and
others have already been formalized throughout the country. Or-
ganization of the sector makes it possible to organize training and
courses to improve production techniques and technologies.
This strengthening has led the cachaça producers’ coop-
eratives to also achieve representation in Mapa’s Sectoral Chamber
for the Cachaça Production Chain. This body assembles entities,
government, and production, marketing and distribution companies
to discuss policies for stimulating the sector. This is also the first
Sectoral Chamber with participation from the Mapa Department of
Cooperatives and Associations (DENACOOP).
Cooperatives are a way for small producers to increase qual-
ity and volume for exports.
APRECIADA: Cachaça brasileira faz sucesso pelo mundo e
as cooperativas fortalecem o maior pólo de produção, em
Minas Gerais
APPRECIATED: Brazilian cachaça is achieving success
throughout the world and cooperatives are strengthening the
major production center in Minas Gerais
APRECIADA: La Cachaça brasileña es un éxito por el mundo
y las cooperativas fortalecen el mayor polo de producción,
en Minas Gerais
50
DEFENDING THE SMALL PRODUCER
Thirsty for growth, the alembic cachaça cooperatives are
struggling to reduce the sector’s tax burden. The producers have
taken their requests for opting for the Integrated System for Tax and
Contribution Payments from Small and Micro Businesses (Simples)
to the Sectoral Chamber for the Cachaça Production Chain. The
request was included in report of the General Micro and Small Busi-
nesses Law, to be voted on in Congress. The measure is a way of
recovering the formal establishment of the producers.
Without this possibility, the Industrialized Products Tax
(IPI) amounts to about 60% of the price of the final product,
he adds. To be included in the Simples system, the coopera-
tives also asked that the word artisanal be used on the labels,
identifying it as artisanal alembic cachaça. The request has
been made by the Chamber and is being analyzed by the MAPA
legal department.
As a concrete result of DENACOOP participation in the
Sectoral Chamber, small producers are celebrating represen-
tation on the recently created Brazilian Cachaça Institute. This
body, formed in early 2006, will have artisanal producers, in-
dustrialized cachaça producers and representatives from institu-
tions in the agricultural sector on its administrative board.
D i á l o g o v a l i o s o
Cooperativas contribuyen para colocar a
la cachaça, bebida típica nacional, en la
formalidad y agregar calidad al producto
Por el mundo, a la cachaça se la conoce como un producto
típico brasileño. En Brasil, por detrás del aspecto cultural, miles de
pequeños productores se ganan la vida con la fabricación y con la
comercialización de esta bebida. Sólo en Minas Gerais, el mayor
fabricante del país de cachaça artesanal, cerca de 8.500 alambiques
dan origen a casi 250 millones de litros por año. Y el sector sólo no
mueve aún más la economía del Estado porque es parte de la lista
negra de la informalidad. En el año 2000, el Servicio Brasileño de
Apoyo a las Micro y Pequeñas Empresas (Sebrae) de Minas Gerais
diagnosticó la amarga realidad: el 95% de los productores de ca-
chaça de alambique actuaban informalmente.
Pero desde 2002 este escenario viene cambiando. Con la
Instrucción Normativa 56, el Ministerio de Agricultura, Pecuaria y
Abastecimiento (MAPA) permite que los productores de cachaça
se agrupen en asociaciones o cooperativas, ganando fuerza y le-
galidad. Hoy, ocho cooperativas, sumando 700 asociados, están
unidas a la Cooperativa Central de los Productores de Cachaça de
Alambique de Minas Gerais (Coocen-MG) y ya existen otras for-
malizadas por el país. Con la organización del sector, es posible
promover entrenamientos y cursos que perfeccionan técnicas y
tecnologías de producción.
A partir de este fortalecimiento, las cooperativas de produc-
tores de cachaça conquistaron también representación en la Cámara
Sectorial de la Cadena Productiva de la Cachaça, del MAPA. Esta
instancia congrega entidades, gobierno y empresas de producción,
comercialización y distribución en la discusión de políticas que im-
pulsen el sector. Esta es, también, la primera Cámara Sectorial que
tiene la participación del DENACOOP que presta apoyo institucional
a estas cooperativas.
El cooperativismo es una solución para que los pequeños
productores puedan ganar en calidad y volumen para exportación.
51
EN DEFENSA DE LOS PEQUEÑOS
Con sed de crecer, las cooperativas de cachaça de alambique
luchan para disminuir la carga tributaria del sector. Los productores
llevarán a la Cámara Sectorial de la Cadena Productiva de la Ca-
chaça la demanda de poder optar por el Sistema Integrado de Pago
de Impuestos y Contribuciones de las Microempresas y Empresas de
Pequeño Tamaño (Simple). El pedido fue incluido en el informe de
la Ley General de las Micro y Pequeñas Empresas, del diputado Luiz
Carlos Hauly, a ser votado en el Congreso. La medida es una forma
de rescatar la formalidad de los productores.
Sin esta posibilidad, el Impuesto sobre Productos Industrializa-
dos (IPI) llega a representar cerca del 60% en la composición de precio
del producto, afirma. Para el encuadre en el Simples, las cooperativas
solicitan tambn que la palabra artesanal sea usada en los rótulos de la
bebida, identifindola como “cachaça artesanal de alambique”.
Como resultado concreto de la participacn del DENACOOP
en la Cámara Sectorial, los pequeños productores conmemoraron la
representatividad conquistada en el recién creado Instituto Brasileño
de la Cachaça. La entidad, constituida al inicio del 2006, tendrá en su
consejo administrativo productores artesanales, productores de ca-
chaça de columna (industrializada) y representantes de instituciones
del sector agrícola.
52
Merece crédito
M e r e c e c r é d i t o
Com uma administrão complexa, as cooperativas de crédito
requerem mais do que seguir a doutrina de Rochdale para serem sau-
veis. A experiência de Rochdale costuma ser citada como exemplo
de geso bem-sucedida. o necessários conhecimentos em áreas o
árduas quanto contabilidade, finanças e auditoria. Isso nem sempre é
cil para a maioria dos dirigentes, que o têm na gestão de uma em-
presa financeira sua atividade principal. Os líderes do segmento o
produtores rurais e empregados de empresas blicas ou privadas,
normalmente com pouco conhecimento do sistema financeiro.
Tendo por meta fomentar ações de capacitação do ramo, o
DENACOOP implantou em 2004 o Programa de Apoio ao Fortaleci-
mento, Desenvolvimento e Expansão do Cooperativismo de Crédito
Brasileiro (Procrédito). A proposta foi de estimular a preparação
de projetos de capacitação nas cooperativas, na busca do apoio
financeiro do DENACOOP. Até 2006, ações dos sistemas Sicredi,
Cresol, Confebras e organizações estaduais das cooperativas rece-
beram R$ 2,3 milhões pelo Procrédito. O trabalho buscou fortale-
cer o cooperativismo, expandir a base de associados e aumentar o
número de cooperativas em estados onde o cooperativismo vem se
consolidando.
O apoio do DENACOOP foi fundamental para a melhoria
da qualidade da gestão das cooperativas de crédito de todo o País,
visto que essa atividade é muito exigente em excelência operacional
e de gestão. Por meio desta ação, busca-se o fortalecimento do
cooperativismo de crédito no País, a expansão das áreas de atuação,
a excelência operacional e de gestão, a difusão da filosofia coopera-
tivista e das instituições de crédito, no que tange ao seu funciona-
mento, e dos produtos e dos serviços ofertados pelo sistema.
Depois de ter superado obstáculos nas últimas
décadas, cooperativismo de cdito mantém o
crescimento e almeja qualificação cada vez maior
53
NA HORA CERTA No Sistema de Crédito Cooperativo
(Sicredi), os recursos chegaram em boa hora. Apesar de ser o segundo
maior sistema de cdito cooperativo do Ps, a instituição nãora de
pensar em novas formas de se fortalecer, com um programa permanen-
te de capacitação interna.
O Sicredi assinou dois convênios com o MAPA através desse
programa, um para treinamento nas diversas áreas de negócio e outro
para capacitação em gestão de projetos. Os dois somaram apoio de
R$ 900 mil do governo federal, gesto que vem sendo retribuído com a
aplicação imediata dos conhecimentos adquiridos. Desde 2005, quan-
do as ações tiveram início, mais de 5.000 colaboradores participaram
de atividades custeadas pelo convênio, número que representa 70% do
corpo funcional de todo o Sistema.
A qualificação garante menos riscos e melhor atendimento
para os associados. Os novos projetos propostos aos colaborado-
res explicam parte dos resultados positivos. De 2004 para 2006, o
Sistema aumentou mais 11% o número de associados, chegando a
cerca de 1 milhão; o patrimônio líquido cresceu 23%, totalizando
quase R$ 1 bilhão; e os empréstimos aumentaram 12%, batendo a
casa dos R$ 3,2 bilhões.
With complex administration, credit cooperatives need to do more
than follow the Rochdale doctrine to be healthy. Rochdale’s experience is
normally cited as an example of successful management. Knowledge is
required in difficult areas such as accounting, finance and auditing. This
is not always easy for many administrators, for whom management of a
financial company is not their main activity. The leaders in the field are
rural producers and employees from public or private companies, who
often have little understanding of the financial system.
Seeking to foment training activities in the area, DENACOOP set
up the Support Program for Strengthening, Development and Expansion
of Brazilian Credit Cooperatives (Procrédito) in 2004. The idea is to stimu-
late preparation of training projects in the cooperatives, which can apply
for financial support from DENACOOP. By 2006, activities in the Sicredi,
Cresol, Confebras systems and state cooperative organizations had re-
ceived R$ 2.3 million from Procrédito. The work seeks to strengthen the
cooperative movement, expand the associate base and increase the num-
ber of cooperatives in states where the movement is being consolidated.
The support lent by DENACOOP was of fundamental impor-
tance for improving the quality of the credit cooperatives throughout
the Country, seeing that this activity is very demanding in manage-
ment and operational excellence terms. Through this initiative, what
is sought after is the strengthening of credit cooperativism in the
Country, the expansion of the operational areas, management and
operational excellence, the spreading of the philosophy of the credit
institutions, as far as their operations are concerned, and the prod-
ucts and services offered by the system.
C r e d i t w o r t h y
Since overcoming the obstacles of recent decades,
credit cooperatives have maintained their growth
and are aspiring to ever-greater qualification
AT THE RIGHT TIME The resources arrived at the
right time for the Cooperative Credit System (Sicredi). Despite be-
ing the second largest cooperative credit system in the country, the
institution never ceases thinking about new ways of strengthening
itself, whit a continuous training program.
Sicredi has signed two agreements with MAPA through this
program: one for training in the various business areas, and the oth-
er for project management training. The two received R$ 900,000 in
support from the Federal Government, which has been returned by
immediate application of the knowledge acquired. When the actions
started in 2005, 5,200 members took part in the activities funded by
the agreement, representing 70% of the staff of the whole system.
Qualification guarantees fewer risks and better service for
associates. The new projects proposed for staff account for part of
the positive results.. From 2004 to 2006, the System increased its
associates by 11%, to almost 1 million; liquid assets grew by 23%
to almost R$ 1 billion; and loans increased by 12%, reaching a
threshold of R$ 3.2 billion.
54
Con una administración compleja, las cooperativas de crédito
requieren más que seguir la doctrina de Rochdale para ser saludables.
La experiencia de Rochdale suele ser citada como ejemplo de gestión
exitosa. Son necesarios conocimientos en áreas tan arduas como
contabilidad, finanzas y auditoría. Esto no siempre es fácil para la ma-
yoría de los dirigentes, que no tienen en la gestión de una empresa fi-
nanciera su actividad principal. Los líderes del ramo son productores
rurales y empleados de empresas públicas o privadas, normalmente
con poco conocimiento del sistema financiero.
Teniendo por meta fomentar acciones de capacitación del
ramo, el DENACOOP implanen 2004 el Programa de Apoyo al For-
talecimiento, Desarrollo y Expansión del Cooperativismo de Crédito
Brasilo (Procrédito). La propuesta es estimular la preparación de
proyectos de capacitación en las cooperativas, que pueden buscar el
apoyo financiero del DENACOOP. Hasta 2006, acciones de los sis-
temas Sicredi, Cresol, Confebras y organizaciones estatales de las
cooperativas recibieron R$ 2,3 millones por el Procdito. El trabajo
buscó fortalecer el cooperativismo, expandir la base de asociados y
aumentar el número de cooperativas en estados donde el cooperati-
vismo se viene consolidando.
El apoyo del DENACOOP fue fundamental para la mejora
de la calidad de la gestión de las cooperativas de crédito de todo
el País, en vista que esta actividad es muy exigente en excelencia
operacional y de gestión. Por medio de esta acción, se busca el for-
talecimiento del cooperativismo de crédito en el país, la expansión
de las áreas de actuación, la excelencia operacional y de gestión,
la difusión de la filosofía cooperativista y de las instituciones de
crédito, en lo que se refiere a su funcionamiento, y de los productos
y de los servicios ofertados por el sistema.
M e r e c e c r é d i t o
Después de haber superado obstáculos en
las últimas décadas, el cooperativismo de
crédito mantiene el crecimiento y anhela
calificación cada vez mayor
EN LA HORA EXACTA En el Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi),
los recursos llegaron en buena hora. A pesar de ser el segundo mayor sistema de crédito
cooperativo del país, la institución no para de pensar en nuevas formas de fortalecerse, con
un programa permanente de capacitación interna.
El Sicredi firmó dos convenios con el MAPA a través de ese programa, uno para
entrenamiento en las diversas áreas de negocio y otro para capacitación en gestión de
proyectos. Los dos sumaron el apoyo de R$ 900.000 del gobierno federal, gesto que
viene siendo retribuido con la aplicación inmediata de los conocimientos adquiridos.
En 2005, cuando las acciones tuvieron inicio, más de 5.000 colaboradores participaron
de actividades costeadas por el convenio, número que representa el 70% del cuerpo
funcional de todo el Sistema.
La calificación garantiza menos riesgos y mejor atención para los asociados. Los
nuevos proyectos propuestos a los colaboradores explican parte de los resultados posi-
tivos. De 2004 a 2006, el Sistema aumentó en un 11% el número de asociados, llegando
a cerca de 1 millón; el patrimonio neto creció un 23%, totalizando casi R$ 1 mil millones;
y los préstamos aumentaron un 12%, llegando a los R$ 3,2 mil millones.
55
Vantagem que o acaba
Os meros do cooperativismo de cdito no Brasil
o animadores. O total de associados vem crescendo em
dia 30% a cada ano e a modalidade aumentou sua par-
ticipação de 1,8% para 2,2% no total de ativos do sistema
financeiro nacional, entre 2002 e 2005. Mas ainda um bom
caminho a percorrer até o cenário ideal. Enquanto na Europa
40% da população economicamente ativa (PEA) opera com
cooperativas de cdito, no Brasil o índice é de apenas 2,6%
ou seja, 2,4 miles de cooperados.
Esse segmento do cooperativismo tem o objetivo de
promover a poupaa e oferecer aos associados a possibili-
dade de acessar o sistema financeiro com melhores condões
em relação às instituições banrias tradicionais. Os juros co-
brados pelas cooperativas são, em dia, a metade dos prati-
cados nas outras instituões, comprova um levantamento rea-
lizado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
O segmento desempenha ainda o papel de disseminar o
crédito para atividades produtivas de menor porte, nas quais as
garantias são mais escassas. Dessa forma, pode ajudar a incluir
no sistema financeiro 60 milhões de brasileiros que ainda não têm
conta-corrente, a maioria delas nas regiões Norte e Nordeste.
Atualmente, existem no País 1.300 cooperativas de
crédito, organizadas em três confederações e duas centrais
regionais, que são os sistemas de Cooperativas de Crédi-
to do Brasil (Sicoob) e de Crédito Cooperativo (Sicredi), a
Confederação Nacional das Cooperativas Centrais Unicreds
(Unicred do Brasil), o Sistema Cooperativo de Crédito Rural
com Integração Solidária (Cresol) e o Sistema Nacional de
Cooperativas de Economia e Crédito Solidário (Ecosol). Os
dois primeiros criaram seus próprios bancos, o Bancoob e
o Bansicredi.
56
MAPA DO CDITO
Os servidores do Executivo federal m sua própria cooperativa
de crédito. Como incentivador do cooperativismo, o Ministério da Agri-
cultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foi o berço da iniciativa. Em
1982 nasceu a Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo do Pessoal
do Ministério da Agricultura (Coominagri). O objetivo era possibilitar
empréstimos, mas ao mesmo tempo dividir resultados, e promover a
educação cooperativista e financeira entre os servidores do MAPA. A
instituição começou com 24 cooperados e evoluiu ano após ano.
Em 2003, quando contava com 3.300 associados, a coopera-
tiva decidiu abrir o leque do seu público para todos os servidores do
Executivo federal, tornando-se a Cooperativa de Economia e Crédito
tuo dos Servidores do Poder Executivo Federal em Brasília (Sicoob
Coominagri Executivo).
Com a preocupação de ser uma instituição confiável e moder-
na, a Coominagri entrou na era do auto-atendimento e passou a ofere-
cer um
home banking
, prestando serviços pela internet. Para o futuro,
o Sicoob Coominagri Executivo, que integra a Rede Bancoob (Banco
Cooperativo do Brasil), planeja transformar-se na principal instituição
financeira para o servidorblico do Poder Executivo.
FORTALEZA COOPERATIVA
Trabalhando no sistema financeiro, os funcionários de
instituições bancárias aprendem a cuidar das suas economias.
Foi com conhecimento de causa que servidores do Banco do Bra-
sil criaram sua própria cooperativa de crédito, em 1984. Naquela
época, nem os 33 fundadores imaginavam que a Cooperativa de
Economia e Crédito Mútuo dos Funcionários de Instituições Fi-
nanceiras blicas Federais (Cooperforte) se expandiria por ou-
tras instituições e se tornaria a maior cooperativa de crédito do
Brasil. Hoje, a Cooperforte tem 76 mil associados e ativos que
somam R$ 387 mil.
O segredo do sucesso está no tripé simplicidade, facilida-
de e agilidade. O sistema deve estar permanentemente procuran-
do ampliar os benefícios aos associados. A preocupação com o
cliente é demonstrada nos diversos canais de relacionamento da
cooperativa. Entre eles estão telemarketing pós-venda,
call center
receptivo, auto-atendimento eletrônico e internet. O resultado é
um índice de 99% de satisfação dos cooperados.
BOLSO SEGURO
O crédito é o único ramo do cooperativismo que precisa
de regulamentação e de fiscalização do governo federal, por meio
do Banco Central (BC). Se por um lado a aplicação de regras tão
rígidas inibe a criação de novos empreendimentos, por outro agrega
muita segurança aos cooperados.
A intensificação do controle do BC foi uma espécie de rea-
ção à falência do Banco Nacional de Crédito Cooperativo (BNCC).
Criado em 1965 para dar suporte e apoio ao cooperativismo bra-
sileiro, o BNCC entrou em estado de insolvência, fechando as
portas em 1990.
Em 1992, foi vedada pela resolução 1914 a criação de
novas cooperativas de livre admissão. Nesse momento, inicia-se
o processo de reorganização das cooperativas. Ou seja, aquelas
que eram abertas a diferentes públicos (não atendendo apenas ao
segmento rural ou ao de uma determinada categoria profissional,
por exemplo). Essas instituições eram chamadas Luzzati, em refe-
rência ao italiano Luigi Luzzatti, que criou o modelo, em 1864.
Mas a pressão do sistema fez com que em 2003 o mode-
lo de livre admissão fosse novamente liberado (pela resolução
3.106). Dessa vez, o BC impôs regras para disciplinar o setor. É
preciso, entre outros aspectos, apresentar um projeto de viabilidade
e comprovar a capacidade atual de atendimento para pedir a aber-
tura de uma cooperativa de crédito.
57
Endless benets
The figures for cooperative credit in Brazil are impressive. The
total of number of associates has been growing by an average of 30%
each year and the sector expanded its holdings in the national financial
system from 1.8% to 2.2% between 2002 and 2005. But there is still
some way to go to reach the ideal scenario. While 40% of the economi-
cally active population (EAP) in Europe works with credit cooperatives,
the figure in Brazil is only 2.6%: 2.4 million members.
This branch of the cooperative movement seeks to promote
savings and offer members the possibility of access to the financial
system with better conditions than the usual banking institutions.
A survey carried out by the Organization of Brazilian Cooperatives
(OCB) proves that interest rates charged by cooperatives are on av-
erage half those of other institutions.
The sector also plays a role in providing credit for smaller-
scale activities in which guarantees are scarcer. In this way it can
help to include in the financial system 60 million Brazilians who
still have no bank account, most of whom are from the North and
Northeastern regions.
The country currently has 1,300 credit cooperatives organized
into three confederations and two regional centers: the Credit Coopera-
tives of Brazil (Sicoob) and the Credit Cooperative (Sicredi), the Na-
tional Confederation of Unicred Centers (Unicred do Brasil), the Rural
Cooperative Credit System with Solidary Integration (Cresol) and the
National System of Savings and Solidary Credit Cooperatives (Ecosol).
The two first created their own banks, Bancoob and Bansicredi.
A SAFE POCKET
Credit is the only field of the cooperative movement requiring regulation and inspection by the federal government, through
the Central Bank (BC). The rules are strict, which on one hand prevents the creation of new enterprises and, on the other provides
security for members’ funds.
Intensification of BC control was, in a way, a reaction to the collapse of the National Cooperative Credit Bank (BNCC). Created
in 1965 to support the Brazilian cooperative movement, the BNCC became insolvent and closed down in 1990.
Resolution 1914 of 1992 prohibited the creation of new free admission cooperatives, which are those open to different publics
(not serving just the rural sector or a certain professional category, for example). These institutions were called Luzzatti, after the Italian,
Luigi Luzzatti, who created the model in 1864.
But pressure from the system liberated the free admission model in 2003 (with resolution 3.106). This time the BC imposed
rules for controlling the sector. Among other requirements it is necessary to present a viability study and prove the current service
capacity when asking to open a credit cooperative.
58
Ventaja que no acaba
Los meros del cooperativismo de crédito en Brasil son
animadores. El total de asociados va creciendo en un promedio del
30% cada año y el ramo aumentó su participación del 1,8% al 2,2%
en el total de activos del sistema financiero nacional, entre 2002 y
2005. Pero aún hay un buen camino para recorrer hasta el escenario
ideal. Mientras que en Europa el 40% de la población económica-
mente activa (PEA) opera con cooperativas de crédito, en Brasil el
índice es de sólo el 2,6% – o sea, 2,4 millones de cooperados.
Este sector del cooperativismo tiene el objetivo de promover
el ahorro y ofrecer a los asociados la posibilidad de acceder al sistema
financiero con mejores condiciones con relación a las instituciones
bancarias tradicionales. Los intereses cobrados por las cooperativas
son, en media, la mitad de los practicados en las otras instituciones,
comprueba un levantamiento realizado por la Organización de Coo-
perativas Brasileñas (OCB).
El sector desempeña también el papel de diseminar el cré-
dito para actividades productivas de menor tamo, en las cuales las
garantías son más escasas. De esta forma, puede ayudar a incluir
en el sistema financiero a 60 millones de brasileños que todaa no
tienen cuenta corriente, la mayoa en las regiones Norte y Nordeste.
Actualmente, existen en el ps 1.300 cooperativas de cré-
dito, organizadas en tres confederaciones y dos centrales regionales,
que son los sistemas de Cooperativas de Crédito de Brasil (Sicoob)
y de Crédito Cooperativo (Sicredi), la Confederación Nacional de
las Cooperativas Centrales Unicreds (Unicred do Brasil), el Sistema
Cooperativo de Crédito Rural con Integración Solidaria (Cresol) y el
Sistema Nacional de Cooperativas de Economía y Crédito Solidario
(Ecosol). Los dos primeros crearon sus propios bancos, el Bancoob
y el Bansicredi.
COOPERATIVE STRENGTH
Working in the financial system, banking
institution staff learn how to look after their sav-
ings. This knowledge led Banco do Brasil staff
to create their own credit cooperative in 1984.
At that time, none of the 33 employees imagined
that the Federal Public Financial Institutions Staff
Mutual Credit and Savings Cooperative (Coo-
perforte) would expand to other institutions and
become the biggest credit cooperative in Brazil.
Cooperforte today has 76,000 associates and
holdings of R$387,000.
The secret of success lies in the trio of
simplicity, facility and agility. The system should
constantly seek to increase benefits to associates.
Concern for the client is demonstrated in the co-
operative’s various channels of communication.
These include after-sales telemarketing, incoming
call-center, and electronic and internet self-ser-
vice. The result is 99% member satisfaction.
CREDIT MAP
Federal Executive staff have their own credit cooperative. The initiative was
fostered by the Ministry of Agriculture, Livestock and Food Supply (MAPA) to
encourage the cooperative movement. The Ministry of Agriculture Staff Mutual
Credit and Savings Cooperative (Coominagri) was founded in 1982. The aim was
to enable loans, but also to share results and promote the cooperative and financial
education of MAPA staff. The institution started with 24 members and has evolved
year by year.
In 2003, when it had 3,300 associates, the cooperative decided to open the
range of its public to all federal Executive staff, becoming the Brasilia Federal Execu-
tive Staff Mutual Credit and Savings Cooperative (Sicoob Coominagri Executivo).
Concerned about being a reliable and up to date institution, Coominagri
has therefore come into the era of self-service and started to offer home banking,
providing services over the Internet. Sicoob Coominagri Executivo, which is part of
the Bancoob (Brazil Cooperative Bank) Network, plans to transform itself into the
main financial institution for the Federal Executive civil service.
59
MAPA DEL CRÉDITO
Los servidores del Ejecutivo Federal tienen su propia cooperativa
de crédito. Como incentivo del cooperativismo, el Ministerio de la Agri-
cultura, Pecuaria y Abastecimiento (MAPA) fue el origen de la iniciativa.
En 1982 nació la Cooperativa de Economía y Crédito Mutuo del Personal
del Ministerio de la Agricultura (Coominagri). El objetivo era posibili-
tar préstamos, pero al mismo tiempo dividir resultados, y promover la
educación cooperativista y financiera entre los servidores del MAPA. La
institución comenzó con 24 cooperados y evolucionó año tras año.
En 2003, cuando contaba con 3.300 asociados, la cooperativa
decidió abrir el abanico de su público para todos los servidores del
Ejecutivo Federal, volviéndose la Cooperativa de Economía y Crédito
Mutuo de los Servidores del Poder Ejecutivo Federal en Brasilia (Sicoob
Coominagri Executivo).
Con la preocupación es ser una institución confiable y moderna,
la Coominagri entró en la era de autoatención y pasó a ofrecer un
home
banking
, prestando servicios por Internet. Para el futuro, el Sicoob Co-
ominagri Executivo, que integra la Red Bancoob (Banco Cooperativo de
Brasil), planea transformarse en la principal institución financiera para el
servidor público del Poder Ejecutivo.
BOLSILLO SEGURO
El crédito es el único ramo del cooperativismo que necesita
de reglamentación y de fiscalización del gobierno federal, por medio
del Banco Central (BC). Si por un lado la aplicación de reglas tan
gidas inhibe la creación de nuevos negocios, por otro añade mucha
seguridad a los cooperados.
La intensificación del control del BC fue una especie de reacción
a la quiebra del Banco Nacional de Crédito Cooperativo (BNCC). Creado
en 1965 para dar soporte y apoyo al cooperativismo brasileño, el BNCC
ent en estado de insolvencia, cerrando sus puertas en 1990.
En 1992, la resolución 1914 prohib la creación de nuevas
cooperativas de libre admisión, o sea, aquellas que estaban abiertas
a diferentes públicos (no atendiendo solamente al sector rural o al de
una determinada categoría profesional, por ejemplo). Estas institucio-
nes eran llamadas Luzzati, en referencia al italiano Luigi Luzzatti, que
crel modelo, en 1864.
Pero la presión del sistema hizo que en 2003 el modelo de li-
bre admisión fuera nuevamente liberado (por la resolución nº 3.106).
En aquella oportunidad, el BC impuso reglas para disciplinar el sector.
Es preciso, entre otros aspectos, presentar un proyecto de viabilidad y
comprobar la capacidad actual de atención para pedir la abertura de una
cooperativa de crédito.
FORTALEZA COOPERATIVA
Trabajando en el sistema financiero, los funcio-
narios de instituciones bancarias aprenden a cuidar de su
economía. Fue con conocimiento de causa que servido-
res del Banco do Brasil crearon su propia cooperativa de
crédito, en 1984. En aquella época, ni los 33 fundadores
imaginaban que la Cooperativa de Economía y Crédito
Mutuo de los Funcionarios de Instituciones Financieras
Públicas Federales (Cooperforte) se expandiría por otras
instituciones y se volvería la cooperativa de crédito más
grande de Brasil. Hoy, la Cooperforte tiene 76.000 aso-
ciados y activos que suman R$ 387 millones.
El secreto del éxito está en el trípode: simplici-
dad, facilidad y agilidad. El sistema debe estar perma-
nentemente buscando ampliar los beneficios a los aso-
ciados. La preocupación con el cliente se demuestra en
los diversos canales de relación de la cooperativa. Entre
ellos están telemarketing posventa,
call center
receptivo,
autoatención electrónica e Internet. El resultado es un
índice del 99% de satisfacción de los cooperados.
60
Somar para crescer
o é por acaso que as cooperativas
agropecuárias o as estrelas do cooperativis-
mo brasileiro, respondendo por aproximada-
mente 40% de toda a produção nacional. Desde
as primeiras iniciativas de fomento estatal ao
setor, o MAPA es à frente das ões. A pasta
tem um órgão encarregado exclusivamente de
estimular o sistema: o DENACOOP, vinculado à
Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e
Cooperativismo (SDC). O MAPA defende que o
agronegócio é a soma das cadeias produtivas e
tem como coluna dorsal a atividade de produção
agrícola. O óro estimula a integração entre os
elos das cadeias, e o cooperativismo pode ser
um elemento de diferenciação.
O DENACOOP incentiva a intercoope-
ração e apóia iniciativas de capacitação visando
agregar valor aos produtos primários, com a
industrialização ou com a exportação. Os pro-
gramas promovidos pelo DENACOOP baseiam-
se no desenvolvimento humano e na geração
de trabalho e de renda, independentemente do
ramo cooperativo ou associativo. Isso porque
todo o sistema é considerado uma ferramenta
de inclusão social, de legalização e de profissio-
nalização do trabalho.
Entre as metas do DENACOOP está
uma atuação cada vez mais pró-ativa, identi-
ficando as áreas prioritárias para a qualifica-
ção do sistema e promovendo programas de
modo a contemplá-las. Esse rumo vem sendo
dado nos últimos anos pelos dirigentes das
áreas vinculadas ao cooperativismo. Para tan-
to, para a ocupação dos cargos, o MAPA tem
atraído profissionais com experiência e lide-
rança no movimento cooperativista.
Adding for growth
Accounting for approximately 40% of all national production, agricultural
cooperatives have not become the stars of the Brazilian cooperative movement by
chance. The MAPA heads the activity, from the first initiatives for state fomentation
of the sector. Its portfolio includes a body exclusively responsible for stimulating
the system: the DENACOOP, linked to the Secretariat for Agricultural and Coopera-
tive Development (SDC). Mapa believes that agribusiness is the sum of the chains
of production whose backbone is agricultural production. The organ encourages
integration between the links of the chains, and the cooperative system can be an
element for differentiation.
DENACOOP encourages inter-cooperation and supports training initiatives
to add value to primary products with processing or exports. The programs or-
ganized by DENACOOP are based on human development and job and income
generation independent of the cooperative or associative areas. This is because
the whole system is considered to be a tool for social inclusion and legalizing and
professionalizing work.
One of the DENACOOP targets is to work increasingly proactively, identify-
ing priority areas for qualifying the system and promoting programs to work with
them. This direction has been taken in recent years by the directors of the bodies
related to cooperatives. To this end, to take up the positions, MAPA has attracted
professionals with experience and leadership in the cooperative movement.
61
Sumar para crecer
No es por casualidad que las cooperativas agropecuarias
son las estrellas del cooperativismo brasileño, respondiendo por
aproximadamente el 40% de toda la producción nacional. Desde
las primeras iniciativas de fomento estatal al sector, el Ministerio
de Agricultura, Pecuaria y Abastecimiento (MAPA) está al frente de
las acciones. La carpeta tiene un órgano encargado exclusivamente
de estimular el sistema: el Departamento de Cooperativismo y Aso-
ciativismo (DENACOOP), vinculado a la Secretaria de Desarrollo
Agropecuario y Cooperativismo (SDC). El MAPA defiende que el
agronegocio es la suma de las cadenas productivas y tiene como
columna dorsal la actividad de producción agrícola. El órgano in-
centiva la integración entre los eslabones de las cadenas, y el coo-
perativismo puede ser un elemento de diferenciación.
El DENACOOP estimula la intercooperación y apoya inicia-
tivas de capacitación buscando agregar valor a los productos prima-
rios, con la industrialización o con la exportación. Los programas
promovidos por el MAPA se basan en el desarrollo humano y en
la generación de trabajo y de renta, independientemente del ramo
cooperativo o asociativo. Esto porque todo se considera a todo el
sistema una herramienta de inclusión social, de legalización y de
profesionalización del trabajo.
Entre las metas del DENACOOP está una actuación cada vez
más proactiva, identificando las áreas prioritarias para la calificación
del sistema y promoviendo programas de modo a contemplarlas. Este
rumbo lo vienen dando en los últimos años los dirigentes de las
áreas vinculadas al cooperativismo. Para tanto, para la ocupación de
los cargos, el MAPA ha atraído a profesionales con experiencia y
liderazgo en el movimiento cooperativista.
62
A casa própria ainda é um sonho para quase 7 milhões
de famílias brasileiras. O número poderia ser ainda maior se não
fosse a atuação das cooperativas habitacionais. Com o objetivo de
construir moradias a preço mais acessível, manter e administrar
conjuntos habitacionais, esse segmento do cooperativismo tem um
importante papel social.
Cerca de 91.300 associados ligados a 355 cooperativas de
habitação fazem parte do cadastro da Organização das Cooperativas
Brasileiras (OCB), conforme dados de dezembro de 2005. Até a
década de 1980, o segmento recebia fomento e era fiscalizado pelos
extintos Banco Nacional de Habitação (BNH) e Instituto Nacional de
Orientação às Cooperativas (Inocoop).
O apoio terminou com o fim da intervenção estatal no coo-
perativismo. Assim, o segmento estacionou por um tempo, mas se
rearticulou e partiu para o autofinanciamento.
Graças à ação do DENACOOP, muitos novos empreendi-
mentos puderam ser concretizados. O DENACOOP foi apoiador
efetivo do Congresso Brasileiro das Cooperativas Habitacionais,
em 2005, numa iniciativa da Confederação Brasileira das Coopera-
tivas Habitacionais (Confhab), do Sindicato e da Organização das
Cooperativas do Rio Grande do Norte (OCB/RN) e da Federação
das Cooperativas Habitacionais do Rio Grande do Norte. No evento,
durante quatro dias, foram discutidas inúmeras medidas que deve-
rão melhorar as perspectivas do cooperativismo de crédito no País.
Uma das metas é a criação do Banco Social do Brasil, que seria
formado por entidades sem fins lucrativos.
Doce lar
D o c e l a r
Formação de cooperativas habitacionais para facilitar
a construção de moradias agrega uma importante
face social a esse tipo de iniciativa
63
UMA CIDADE COOPERATIVA
O Brasil tem o maior complexo de construções por coope-
rativas habitacionais do mundo, o Projeto Águas Claras, no Distrito
Federal (DF). No início dos anos de 1990, o governo do DF usou o
cooperativismo como um aliado dentro da meta de suprir a demanda
por moradias para a classe dia e, ao mesmo tempo, ocupar uma área
desabitada que estava na rota do eno projeto do metrô de Brasília. A
comunidade da região foi estimulada a se organizar em cooperativas,
recebendo facilidades para o pagamento dos terrenos.
O incentivo deu resultado. Em 1992, 81 cooperativas, formadas
principalmente por funcionários de óros blicos federais, tiveram
acesso aos lotes, a 15 quilômetros do plano-piloto. A área total de 160
mil hectares recebeu planejamento urbanístico prevendo a infra-estru-
tura necessária para uma cidade de 160 mil habitantes, hoje em boa
parte concretizada.
A Cooperativa Habitacional dos Empregados da Embrapa (Co-
operbrapa) foi uma das que nasceu junto com o Águas Claras. Até
o momento, a Cooperbrapa já entregou oito empreendimentos, mas
planeja finalizar 20, beneficiando 1.800 famílias.
O Águas Claras não pára de crescer e hoje as incorporado-
ras privadas já entraram no projeto. A agora cidade-satélite, cortada
pela linha do metrô de Brasília, abriga cerca de 15 mil famílias
em 140 prédios e tem mais 120 edifícios em planejamento ou em
construção. O total de investimentos nas obras concluídas e em
andamento é calculado em R$ 2 bilhões e o número de postos de
trabalho gerados situa-se em 15 mil.
Having one’s own home is still a dream for more than 7 million
Brazilian families. This figure could be even higher without the activities
of housing cooperatives. With the aim of building homes at more acces-
sible prices, and maintaining and running housing complexes, this field
of the cooperative movement has an important social role.
Around 91,300 associates connected to 355 housing coop-
eratives are registered with the Organization of Brazilian Cooperatives
(OCB), according to data from December 2005. Until the 1980s the field
was fomented and inspected by the now extinct National Housing Bank
(BNH) and the National Institute for Cooperative Guidance (Inocoop).
This finished with the end of state intervention in the co-
operative movement. The sector thus stood still for a while, but was
re-started and moved towards self-financing.
Thanks to DENACOOP’s initiative, many new enterprises ma-
terialized. DENACOOP effectively supported the 6th Brazilian Housing
Coopeartives Congress, in 2005, an initiative of the Brazilian Con-
federation of Housing Cooperatives (Confhab), Rio grande do Norte
Cooperatives Organization Union (OCB/RN) and the Rio Grande do
Norte Federation of Coopeartives. At the event, for four days, several
debates were held and they will certainly improve the perspectives of
credit cooperativism in the Country. One of the targets is the creation
of the Brazilian Social Bank, to be formed by non-profitable entities.
H o m e s w e e t h o m e
Housing cooperatives for facilitating
home building bring an important social
face to this kind of initiative
64
A COOPERATIVE CITY
Brazil has the biggest housing cooperative building complex in
the world: the Águas Claras Project in the Federal District (DF). In the
early nineties the DF government allied itself with the cooperative move-
ment in its target of supplying the demand for middle class housing
and at the same time occupying an uninhabited area on the route for the
planned Brasília Metro. The community of the region was encouraged to
form cooperatives, being given assistance for land purchase.
The incentive brought results. In 1992, 81 cooperatives,
formed mainly from staff of public federal bodies, gained access to
plots 15 kilometers from the pilot-plan. The 160,000-hectare site
was given town planned with the necessary infrastructure for a city of
160,000 people, of which a large part has now been realized.
The Embrapa EmployeesHousing Cooperative (Cooperbra-
pa) was one of those born with Águas Claras. Cooperbrapa has cur-
rently delivered eight complexes, but plans to complete 20, benefiting
1,800 families.
This is why Águas Claras does not stop growing and private
incorporators have now entered the project. Now a satellite city divided
by the Brasília Metro line, it houses about 15,000 families in 140 build-
ings and has 120 more buildings under construction or at the planning
stage. The total investment in the work completed and in progress is
calculated to be R$ 2 billion, with the creation of about 15,000 jobs.
La casa propia todavía es un sueño para casi 7 millones de
familias brasileñas. El número podría ser todavía mayor si no fuera
la actuación de las cooperativas habitacionales. Con el objetivo de
construir viviendas a precio más accesible, mantener y administrar
conjuntos habitacionales, este ramo del cooperativismo tiene un
importante papel social.
Cerca de 91.300 asociados unidos a 355 cooperativas de
habitación son parte del registro de la Organización de las Coope-
rativas Brasileñas (OCB), de acuerdo a datos de diciembre de 2005.
Hasta la década de 1980, el ramo recibía fomento y era fiscalizado
por los extintos Banco Nacional de Habitación (BNH) e Instituto
Nacional de Orientación a las Cooperativas (Inocoop).
El apoyo terminó con el fin de la intervención estatal al
cooperativismo. Así, el ramo se estancó por un tiempo, pero se
rearticuló y partió para la autofinanciación.
Gracias a la acción del DENACOOP, muchos nuevos nego-
cios pudieron ser concretados. El DENACOOP fue apoyador efec-
tivo del Congreso Brasileño de las Cooperativas Habitacionales
(Confhab), del Sindicato y de la Organización de las Cooperativas
de Rio Grande do Norte. En el evento, durante cuatro días, se discu-
tieron innumerables medidas que deberán mejorar las perspectivas
del cooperativismo de crédito en el país. Una de las metas es la
creacion del Banco Social do Brasil, que sería formado por entida-
des sin fines de lucro.
H o g a r d u l c e h o g a r
Formación de cooperativas habitacionales para
facilitar la construcción de viviendas agrega un
importante lado social a este tipo de iniciativa
Águas Claras - DF
65
UNA CIUDAD COOPERATIVA
Brasil tiene el mayor complejo de construcciones por coo-
perativas habitacionales del mundo, el Proyecto Aguas Claras, en el
Distrito Federal (DF). Al inicio de los años 90, el gobierno del DF
usó el cooperativismo como un aliado dentro de la meta de suplir
la demanda de viviendas para la clase media y, al mismo tiempo,
ocupar un área deshabitada que estaba en la ruta del entonces pro-
yecto del tren subterráneo de Brasilia. La comunidad de la región
fue estimulada a organizarse en cooperativas, recibiendo facilidades
para el pago de los terrenos.
El incentivo dio resultado. En 1992, 81 cooperativas, for-
madas principalmente por funcionarios de organismos públicos fe-
derales, tuvieron acceso a los lotes, a 15 kilómetros del plan piloto.
El área total de 160.000 hectáreas recibió planeamiento urbanístico
previendo la infraestructura necesaria para una ciudad de 160.000
habitantes, hoy en buena parte concretada.
La Cooperativa Habitacional de los Empleados de Embrapa
(Cooperbrapa) fue una de las que nació junto con Aguas Claras.
Hasta el momento, Cooperbrapa ya entregó ocho emprendimientos,
pero planea finalizar 20, beneficiando a 1.800 familias.
Por esto, Aguas Claras no para de crecer y hoy las incorpo-
radoras privadas ya entraron al proyecto. La ahora ciudad satélite,
cortada por la línea del subterráneo de Brasilia, abriga cerca de
15.000 familias en 140 edificios y tiene otros 120 edificios en pla-
neamiento o en construcción. El total de inversiones en las obras ya
concluidas y en construcción se calcula en R$ 2 mil millones y el
número de puestos de trabajo generados se sitúa en 15.000.
66
Quem vive o cooperativismo na prática conhece bem o po-
tencial de desenvolvimento e as necessidades do setor. Por isso, o
Brasil vem pautando suas políticas públicas pelas demandas dos
cooperados. Esta história começa no primeiro sábado do mês de
julho de 2003, Dia Internacional do Cooperativismo. A Organização
das Cooperativas Brasileiras (OCB) aproveitou a data para entregar
ao presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, uma lista de
reivindicações que visavam fomentar o segmento. Os pedidos inclu-
íam desde crédito até atualizações legais, caso da reforma na Lei do
Cooperativismo (Lei 5.764/71) e da regulamentação apropriada
às cooperativas de trabalho.
Para avaliar os pleitos e formular propostas, foi criado um
Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), envolvendo 13 ministérios
mais o Banco Central e o Banco Nacional de Desenvolvimento Eco-
nômico e Social (BNDES). Coordenado pela Subchefia de Análise
e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil da
Presidência da República, o GTI busca estruturar um conjunto de
ações para o desenvolvimento do cooperativismo.
A arrancada para concretizar essas propostas ficou a
cargo de um segundo GTI, constituído em 2004, sob a coorde-
nação do DENACOOP.
De todo esse trabalho, muitos resultados já surgiram. Entre
eles estão a abertura de financiamento para cooperativas; os proje-
tos de apoio às exportações e à capacitação para a gestão; o fomen-
to ao cooperativismo da agricultura familiar e à economia solidária;
a regulamentação em lei da participação de servidores públicos
em cargos de gerência de cooperativas; e o envio ao Congresso de
Projeto-de-Lei para regulamentar as cooperativas de trabalho.
Outros ganham evidência, como a estruturação do progra-
ma de estímulo ao cooperativismo no Norte e no Nordeste do Brasil
e a atualização da legislação do setor, em fase final de discussão no
Congresso. A expectativa é de que muitos ainda serão constituídos,
pois a união de esforços para desenvolver o cooperativismo parece
ter fertilizado o terreno.
Fortalecimento
F o r t a l e c i m e n t o
Com a criação de um grupo de trabalho, ministérios e instituições
bancárias unem forças e interesses para apoiar o cooperativismo
67
Those who live the cooperative ideal in practice are fully
aware of the sector’s needs and potential for growth. So Brazil has
been directing public policies according to the needs of coopera-
tives. This story began on the first Saturday of July 2003, Interna-
tional Cooperative Day. The Organization of Brazilian Cooperatives
(OCB) used the date to deliver a list of claims for fomenting the
sector to the President of the Republic, Luís Inácio Lula Da Silva.
The requests include issues from credit to legal updating, such as
reforms to the Cooperative Act (Act 5.764/71) and suitable regula-
tion of labor cooperatives.
An Inter-ministerial Working Party (GTI) involving 13 minis-
ters, the Central Bank and the National Economic and Social Develop-
ment Bank (BNDES) was created to assess the requests and formulate
proposals. Coordinated by the Cabinet Subcommittee for Govern-
mental Policy Analysis and Monitoring of the Republic Presidency
Civil House, GTI seeks to structure a group of actions for developing
the cooperative movement.
The task of materializing the proposals was passed to a
second GTI, formed in 2004, coordinated by the DENACOOP.
From all this work, many results have derived. This includes
opening up financing for cooperatives; projects for supporting ex-
ports and training for management; fomenting cooperative family
farming and solidary saving; legal regulation of civil servants in
cooperative management posts; sending a Bill to Congress for regu-
lation of labor cooperatives.
Others are blossoming, such as structuring the program for
stimulating cooperatives in the North and Northeast regions of Bra-
zil, and updating sector legislation, which are in their final phase in
Congress. Many projects are still expected to sprout, since uniting
forces to develop cooperatives seems to be fertilizing the ground.
E n c o u r a g e m e n t
Creation of a working party allows ministers
and banking institutions to join forces to
support the cooperative movement
Quien vive el cooperativismo en la pctica conoce bien el
potencial de desarrollo y las necesidades del sector. Por eso, Brasil
viene dando las pautas a sus poticas públicas por las demandas de
los cooperados. Esta historia empieza el primer sábado del mes de
julio de 2003, Día Internacional del Cooperativismo. La Organización
de las Cooperativas Brasileñas (OCB) aprovechó la fecha para entregarle
al presidente de la República, Ls Inácio Lula da Silva, una lista de
reivindicaciones que buscaban fomentar el sector. Los pedidos incluían
desde crédito hasta actualizaciones legales, caso de la reforma en la Ley
del Cooperativismo (Ley 5.764/71) y de la reglamentación apropiada
a las cooperativas de trabajo.
Para evaluar los pleitos y formular propuestas, fue creado un
Grupo de Trabajo Interministerial (GTI), involucrando a 13 ministerios
más el Banco Central y el Banco Nacional de Desarrollo Económico y
Social (BNDES). Coordinado por la Subjefatura de Análisis y Acompa-
miento de Políticas Gubernamentales de la Casa Civil de la Presidencia
de la República, el GTI busca estructurar un conjunto de acciones para el
desarrollo del cooperativismo.
El arranque para concretar estas propuestas quedó a cargo de
un segundo GTI, constituido en 2004, bajo la coordinación del Depar-
tamento de Cooperativismo y Asociativismo (DENACOOP).
De todo este trabajo, muchos resultados ya surgieron. Entre
ellos están la abertura de financiación para cooperativas; los proyectos
de apoyo a las exportaciones y a la capacitación para la gestión; el
fomento al cooperativismo de la agricultura familiar y a la economía
solidaria; la reglamentación en ley de la participación de servidores
blicos en cargos de gerencia de cooperativas; y el envío al Congreso
del Proyecto de Ley para reglamentar las cooperativas de trabajo.
Otros ganan destaque, como la estructuracn del programa de
estímulo al cooperativismo en el Norte y en el Nordeste de Brasil y la
actualización de la legislación del sector, en fase final de discusión en el
Congreso. La expectativa es que muchos proyectos todavía serán cons-
tituidos, pues la unión de esfuerzos para desarrollar el cooperativismo
parece haber fertilizado el terreno.
F o r t a l e c i m i e n t o
Con la creación de un grupo de trabajo,
ministerios e instituciones bancarias unen las
manos para apoyar el cooperativismo
68
Linhas de crédito com juros abaixo do mercado e menos
burocracia significam o fortalecimento das cooperativas. A conclu-
são foi do Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) formado com a
missão de discutir meios de desenvolvimento para o cooperativis-
mo brasileiro. A partir da constatação, o Plano Brasil Cooperativo
incluiu o financiamento como uma ação para impulsionar o setor.
Aos poucos, as medidas são concretizadas. Em 2006, o governo fe-
deral, com o apoio de agentes financeiros, aprovou três programas
de crédito, que somaram a oferta de R$ 1,8 bilhão ao segmento.
O Programa de Capitalização das Cooperativas de Crédito
(Procapcred) visa oferecer empréstimos às cooperativas de crédito
urbanas e rurais e foi aprovado pelo Conselho Monetário Nacional,
com regulamentação por parte do Banco Central. O objetivo é fa-
cilitar a aquisição de cotas-partes pelos cooperados, aumentando
assim o patrimônio das cooperativas. O Banco Nacional de De-
senvolvimento Econômico e Social (BNDES) disponibiliza R$ 1,6
bilhão a agentes financeiros, que farão com que esses recursos
cheguem às cooperativas de todo o País. A expectativa é que o
Procapcred consiga elevar em até 50% o patrimônio de referência
das cooperativas de crédito. Dessa forma, a participação do setor
no Sistema Financeiro Nacional pode aumentar de 2,2%, em 2006,
para mais de 3%.
A linha de crédito Giro Cooperativo Agropecuário teve a
liberação aprovada em abril. Por essa linha, o Fundo de Amparo
ao Trabalhador (FAT) disponibiliza R$ 150 milhões, montante a ser
operacionalizado pelo Banco do Brasil. O recurso chegará em boa
hora para custear a aquisição de insumos, despesas administrati-
vas, de pessoal, beneficiamento e industrialização de produtos.
Com o Giro Agropecuário, o DENACOOP pretende benefi-
ciar 80% das 1.500 cooperativas agropecuárias singulares do País.
As cooperativas singulares do ramo podem solicitar até R$ 5 mi-
lhões, e as centrais, até R$ 15 milhões. As vantagens são as taxas
menores, de até 8% ao ano, mais a Taxa de Juros de Longo Prazo
(TJLP). Faz parte da missão do DENACOOP buscar linhas de crédi-
to e discutir com os agentes financeiros e com as entidades ações
que possam angariar recursos a juros mais baixos.
Injeção de ânimo
I n j e ç ã o d e â n i m o
Grupo de Trabalho Interministerial tem a meta de avaliar diferentes
maneiras para estimular o desenvolvimento do cooperativismo brasileiro
69
AS LINHAS DE CRÉDITO
Procapcred
Destinação dos recursos: Aquisição de cotas-
partes de cooperativas de crédito e agrope-
cuárias
Quem pode solicitar: Cooperados, desde que
a cooperativa emissora das cotas-partes tenha
um projeto aprovado pelo agente financeiro
Carência para o pagamento: Um ano
Prazo de pagamento: Até cinco anos, sem
contar a carência
Taxas: TJLP + até 4% ao ano
Onde buscar os recursos: Nas agências do
BNDES e de agentes credenciados por ele.
Giro Cooperativo Agropecuário
Destinação dos recursos: Capital de giro, que
pode ser usado para aquisição de insumos,
despesas administrativas e de pessoal, bene-
ficiamento e industrialização de produtos
Quem pode solicitar: Cooperativas agropecu-
árias constituídas há pelo menos cinco anos
Carência para o pagamento: Não tem
Prazo de pagamento: Até dois anos
Taxas: TJLP + até 8% ao ano
Onde buscar os recursos: Nas agências do
Banco do Brasil
Giro Cooperativo Habitacional
Destinação dos recursos: Capital de giro, po-
dendo ser usado para necessidades na cons-
trução de unidades habitacionais
Quem pode solicitar: Cooperativas habitacio-
nais constituídas há pelo menos cinco anos
Carência para o pagamento: Um ano
Prazo de pagamento: Até quatro anos
Taxas: TJLP + até 9% ao ano
Onde buscar os recursos: Nas agências do
Banco do Brasil.
Credit lines with lower than market interest rates and less bureaucracy im-
ply a strengthening of cooperatives. This was the conclusion of the Inter-ministerial
Working Party formed to discuss forms of development for the Brazilian cooperative
movement. The findings led the Brazilian Cooperative Plan to include financing as
an action to stimulate the sector. The measures are slowly materializing. In 2006, the
federal government, supported by financial agencies, approved three credit programs,
offering RS 1.8 billion to the sector.
The Credit Cooperatives Capitalization Program (Propacred) aims to provide
loans to urban and rural credit cooperatives and was approved by the National Mon-
etary Council with regulation by the Central Bank. It aims to facilitate cooperative
members’ acquisition of shares, thus increasing the assets of the cooperatives. The
National Economic and Social Development Bank (BNDES) has made R$ 1.6 billion
available to financial agencies for delivering these resources to cooperatives through-
out the country. It is expected that Propacred will be able to increase credit coop-
eratives’ assets by up to 50%. This could lead sector participation by the National
Financial System to increase from 2.2% in 2006 to more than 3%.
The Agricultural Giro Cooperative credit line was approved in April. This
will allow the cooperatives in this area to loosen belts tightened by the crisis that
hit Brazilian agriculture due to the drought and the value of the Real against the
dollar. The Worker Support Fund (FAT) is making R$ 150 million available for this
line, to be put into operation by the Banco do Brasil. The money will arrive at the
right time to pay for input material, administrative, personnel, product processing
and industrializing costs.
DENACOOP intends 80% of the country’s individual agricultural cooperatives
to benefit from the Agricultural Giro. Individual cooperatives in the area can request
up to R$ 5 million and central cooperatives up to R$ 15 million. The advantages are
reduced rates, up to 8% per year, and the Long-Term Interest Rate (TJLP). It’s part of
DENACOOP’s mission to look for lines of credit and discuss with financial agencies
and bodies that can raise funds at lower rates.
A n i n j e c t i o n
o f l i f e
Inter-ministerial Working Party aims to assess
different ways of stimulating the development
of Brazilian cooperatives
70
THE CREDIT LINES
Procapcred
Resources destination: Purchasing shares in
credit and agriculture cooperatives
Who can apply: Cooperative members, when
the share-issuing cooperative has a project
approved by the financial agency
Free period: One year
Payment terms: Up to five years, without
counting free period
Interest rates: TJLP + up to 4% per year
Where to seek funding: BNDES agencies and
accredited agencies
Agricultural Cooperative Giro
Resources destination: Giro Capital that can
be used to purchase input material, admin-
istrative, personnel, processing and product
industrialization costs
Who can apply: Agricultural cooperatives es-
tablished for more than five years
Free period: Nil
Payment terms: Up to two years
Interest rates: TJLP + up to 8% per year
Where to seek funding: Branches of Banco
do Brazil
Hosing Cooperative Giro
Resources destination: Giro capital that can
be used for requirements in building hous-
ing units
Who can apply: Housing cooperatives estab-
lished for at least five years
Free period: One year
Payment terms: Up to four years
Interest rates: TJLP + up to 9% per year
Where to seek funding: Branches of Banco
do Brasil
I n y e c c i ó n
d e á n i m o
Grupo de Trabajo Interministerial tiene la meta de evaluar
diferentes maneras para estimular el desarrollo del
cooperativismo brasileño
Líneas de crédito con intereses por debajo del mercado y menos burocracia significan
el fortalecimiento de las cooperativas. La conclusión fue del Grupo de Trabajo Interministerial
formado con la misn de discutir formas de desarrollo para el cooperativismo brasilo. A
partir de la constatacn, el Plan Brasil Cooperativo incluye la financiacn como una acción para
impulsar al sector. Poco a poco, las medidas son concretadas. En 2006, el gobierno federal, con
el apoyo de agentes financieros, apro tres programas de crédito, que se sumaron a la oferta
de R$ 1,8 mil millones al sector.
El Programa de Capitalización de las Cooperativas de Cdito (Procapcred) busca ofre-
cer préstamos a las cooperativas de cdito urbanas y rurales y fue aprobado por el Consejo
Monetario Nacional, con reglamentación por parte del Banco Central. El objetivo es facilitar la
adquisición de cuotas-partes por los cooperados, aumentando así el patrimonio de las coope-
rativas. El Banco Nacional de Desarrollo Económico y Social (BNDES) dispone de R$ 1,6 mil
millones para agentes financieros, que harán que estos recursos lleguen a las cooperativas de
todo el país. La expectativa es que el Procapcred consiga elevar hasta en 50% el patrimonio de
referencia de las cooperativas de crédito. De esa forma, la participacn del sector en el Sistema
Financiero Nacional puede aumentar del 2,2%, en 2006, a s del 3%.
Lanea de crédito Giro Cooperativo Agropecuario tuvo la liberación aprobada en
abril. Por esta línea, el Fondo de Amparo al Trabajador (FAT) dispone de R$ 150 millones,
monto a ser puesto en operacn por el Banco do Brasil. El dinero llegará en buena hora
para costear la adquisicn de insumos, gastos administrativos, de personal, beneficio e
industrialización de productos.
Con el Giro Agropecuario, el DENACOOP pretende beneficiar el 80% de las 1.500
cooperativas agropecuarias singulares del ps. Las cooperativas singulares del ramo pueden
solicitar hasta R$ 5 millones, y las centrales, hasta R$ 15 millones. Las ventajas son las tasas
menores, de hasta un 8% al año, s la Tasa de Intereses de Largo Plazo (TJLP). “Es parte de
la misión del DENACOOP buscar líneas de crédito y discutir con los agentes financieros y con
las entidades que puedan atraer recursos a intereses más bajos.
71
LAS LÍNEAS DE CRÉDITO
Procapcred
Destino de los recursos: Adquisición de cuotas
partes de cooperativas de crédito y agropecua-
rias.
Quién lo puede solicitar: Cooperados, siempre
que la cooperativa emisora de las cuotas-partes
tenga un proyecto aprobado por el agente finan-
ciero.
Plazo para el pago: Un año
Plazo de pago: Hasta cinco años, sin contar la
carencia
Tasas: TJLP + hasta un 4% al año
Dónde buscar los recursos: En las agencias del
BNDES y de agentes acreditados por él.
Giro Cooperativo Agropecuario
Destino de los recursos: Capital de giro, que pue-
de ser usado para adquisición de insumos, gastos
administrativos y de personal, beneficiación e in-
dustrialización de productos
Quién lo puede solicitar: Cooperativas agropecua-
rias constituidas hace por lo menos cinco años
Carencia para el pago: No tiene
Plazo de pago: Hasta dos años
Tasas: TJLP + hasta un 8% al año
Dónde buscar los recursos: En las agencias del
Banco do Brasil
Giro Cooperativo Habitacional
Destino de los recursos: Capital de giro, pudiendo
ser usado para necesidades en la construcción de
unidades habitacionales
Quién lo puede solicitar: Cooperativas habitacio-
nales constituidas hace por lo menos cinco años
Carencia para el pago: Un año
Plazo de pago: Hasta cuatro años
Tasas: TJLP + hasta un 9% al año
Dónde buscar los recursos: En las agencias del
Banco do Brasil
72
Somando um pouco de capital de cada associado e usan-
do a criatividade, a Cooperativa dos Curtidores de Ribeira de Ca-
baceiras (Arteza) conseguiu comprar equipamentos modernos e
enfrentar as adversidades da seca, em busca do sustento de de-
zenas de famílias. A Arteza é considerada exemplo para o coope-
rativismo da região Nordeste do País, onde o setor ainda precisa
de impulso para crescer.
Os 50 cooperados de produção curtem, por mês, 2 mil pe-
les de ovinos e de caprinos, animais que são a base da economia
da cidade de Cabaceiras, na Paraíba. O processo é feito com um
produto vegetal (um tanino extraído da casca de angico) e, portanto,
sem prejuízos ao meio ambiente. Do couro são fabricados, em má-
quinas importadas, chapéus, calçados, bolsas e até bijuterias, com
design
moderno e diferenciado.
Casos como o da Arteza estimulam o MAPA a buscar
formas de fortalecer o cooperativismo no Nordeste e no Norte
do País. Dos 6,8 milhões de cooperados brasileiros, apenas 5%
estão no Nordeste e só 1% no Norte. A economia dessas regiões
também enfrenta problemas. O Norte tem a menor representati-
vidade no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, entre as cinco
regiões do País, com somente 5%, e o Nordeste está mais de-
senvolvido, com 14%, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), relativos a 2003.
O governo federal amplia formas de melhorar a renda e a
qualidade de vida das regiões Norte e Nordeste, impulsionando o
estímulo à organização cooperativa.
Chove no sertão
C h o v e n o s e r t ã o
Criar mecanismos para proporcionar o
crescimento de regiões Nordeste e Norte é um
desafio do cooperativismo no Brasil
Arteza, Cabaceiras (PB)
73
NORCOOP As necessidades das regiões Nordeste e
Norte foram destacadas pelo Grupo de Trabalho Interministe-
rial (GTI), criado para propor políticas de estímulo ao coope-
rativismo. Os desafios ficaram comprovados num diagnóstico
finalizado em dezembro de 2005, coordenado pela Organização
das Cooperativas Brasileiras (OCB). Conforme o levantamento,
o desempenho das cooperativas nessas áreas do País apresenta
melhora, mas ainda um grande potencial de crescimento.
A partir das constatações, o MAPA aprovou o Programa
de Reestruturação do Cooperativismo no Norte e no Nordes-
te (Norcoop). Ele envolve ões para vários segmentos e está
fundamentado na preocupação de levar educação cooperativa às
comunidades. A intenção é que o programa seja permanente e,
apesar de estruturado pelo MAPA, esteja vinculado à Presidência
da República, coordenando as ações dos diversos ministérios
voltadas ao cooperativismo.
Os trabalhos educativos e a aplicação de recursos envol-
vem as principais cadeias produtivas locais. No Nordeste, leite,
frutas e ovinocaprinocultura devem ser os projetos-pilotos. No
Norte, o pioneirismo pode ficar com a castanha-do-pará e com as
frutas, juntamente com o cooperativismo de crédito e as coopera-
tivas urbanas, como as de produção e as de trabalho.
By adding a little capital from each associate and being
creative, the Ribeira de Cabaceiras Tanning Cooperative (Arteza)
has managed to purchase modern equipment and confront the ad-
versities of drought, providing sustenance for dozens of families.
Arteza is considered an example for the cooperative movement in
the Northeast region of the country, where the sector still needs
some impetus to take off.
The 50 members of the production cooperative cure 2,000
goatskins and sheepskins per month. These animals are the basis
of the economy of Cabaceiras in Paraíba. The process is carried
out with a vegetable product (a tannin extracted from
angico
skin),
which therefore has no harmful environmental effects. Imported ma-
chinery manufactures the leather into hats, footwear, bags and even
contemporary, distinctively designed jewelry.
Cases like Artez are stimulating the MAPA to seek out ways
of strengthening cooperatives in the Northeast and North of the
country. Only 5% of the 6.8 million Brazilian cooperatives are in
the Northeast and only 1% in the North. The economy of these
regions is also facing problems. According to data from the Brazil-
ian Geography and Statistics Institute (IBGE) from 2003, the North
accounts for the lowest Gross Domestic Product figure among the
five regions of Brazil, at only 5%, with the Northeast being more
developed at 14%.
The federal government expands ways to improve the in-
come and quality of life of people in the North and Northeast, and
adding a stimulus to cooperative organization.
R a i n o n t h e s e r t ã o
One of the challenges for the cooperative movement
in Brazil is to create mechanisms for providing
growth in North and Northeast regions
74
NORCOOP The needs of the Northeast and North regions
were outlined by the Inter-ministerial Working Party, created to consider
policies for stimulating cooperatives. The challenges were confirmed by
diagnosis completed in December 2005 by the Organization of Brazilian
Cooperatives (OCB) and Método consultancy. The survey shows that the
performance of cooperatives in these areas of the country is showing
improvements, but there is great potential for growth.
Based on this evidence, MAPA has approved the Cooperative
Restructuring Program for the North and Northeast (Norcoop). This in-
volves actions for many branches and is founded on a concern to bring
cooperative education to the communities. The program is intended to
be permanent, and, although structured by MAPA, is to be linked to
the Presidency of the Republic, coordinating the actions of the various
ministries concerned with cooperatives.
Educational work and application of resources will start in-
volving the main local chains of production. Milk, fruit and goat and
sheep rearing will be pilot projects in the Northeast. In the North, the
pioneering work can be with fruit and Brazil nuts, along with credit
cooperatives and urban cooperatives concerned with sectors such as
production and labor.
Sumando un poco de capital de cada asociado y usando la
creatividad, la Cooperativa de los Curtidores de Ribeira de Cabaceiras
(Arteza) consiguió comprar equipos modernos y enfrentar las ad-
versidades de la sequía, en búsqueda del sustento de decenas de
familias. A Arteza se la considera un ejemplo para el cooperativismo
de la región Nordeste del País, donde el sector todavía necesita de
impulso para despegar.
Los 50 cooperados de producción curten, por mes, 2.000
pieles de ovinos y caprinos, animales que son la base de la econo-
mía de la ciudad de Cabaceiras, en Paraíba. El proceso se realiza
con un producto vegetal (un tanino extraído de la cáscara de angi-
co) y, por lo tanto, sin perjuicios al medio ambiente. Del cuero se
fabrican, en máquinas importadas, sombreros, zapatos, bolsas y
hasta bisuterías, con diseño moderno y diferente.
Casos como el de Arteza estimulan al MAPA a buscar for-
mas de fortalecer el cooperativismo en el Nordeste y en el Norte
del país. De los 6,8 millones de cooperados brasileños, sólo el
5% están en el Nordeste y sólo el 1% en el Norte. La economía de
estas regiones también enfrenta problemas. El Norte tiene la menor
representatividad en el Producto Interno Bruto (PIB) de Brasil, entre
las cinco regiones del país, con solamente el 5%, y el Nordeste está
más desarrollado, con el 14%, según datos del Instituto Brasileño
de Geografía y Estadística (IBGE), relativos a 2003.
El gobierno federal amplía formas de mejorar la renta y la
calidad de vida de los habitantes del Norte y del Nordeste impulsan-
do el estímulo a la organización cooperativa.
L l u e v e e n e l s e r t ã o
Crear mecanismos para proporcionar el
crecimiento de regiones Nordeste y Norte es un
desafío del cooperativismo en Brasil
75
NORCOOP Las necesidades de las regiones Nordeste y
Norte fueron destacadas por el Grupo de Trabajo Interministerial (GTI),
creado para pensar poticas de esmulo al cooperativismo. Los desafíos
quedaron comprobados en un diagnóstico finalizado en diciembre de
2005 por la Organizacn de las Cooperativas Brasilas (OCB). Sen el
levantamiento, el desempo de las cooperativas en esas áreas del país
presenta mejora, pero ades hay un gran potencial de crecimiento.
A partir de las constataciones, el MAPA aprobó el Programa de
Reestructuracn del Cooperativismo en el Norte y en el Nordeste (Nor-
coop). Él incluye acciones para varios sectores y es fundamentado en la
preocupacn de llevar educación cooperativa a las comunidades. La in-
tención es que el programa sea permanente y, a pesar de estructurado por
el MAPA, esté vinculado a la Presidencia de la República, coordinando las
acciones de los diversos ministerios volcados al cooperativismo.
Los trabajos educativos y la aplicación de recursos involucran
las principales cadenas productivas locales. En el Nordeste, leche, frutas
y ovinocaprinocultura deben ser los proyectos pilotos. En el Norte, el
pionerismo puede quedarse con la casta de Pará y con las frutas, junta-
mente con el cooperativismo de cdito y las cooperativas urbanas, como
las de producción y las de trabajo.
76
Made in Brazil
M a d e i n B r a z i l
De olho nas amplas
potencialidades para
negócios com o
exterior, cooperativas
buscam ferramentas
para incrementar as
exportações
Em 2003, por ocaso das comemorações do Dia Internacio-
nal do Cooperativismo, em cerimônia no Palácio do Planalto, foi as-
sinado o Decreto que instituiu um Grupo de Trabalho Interministerial
(GTI), para tratar questões específicas do cooperativismo. E, então,
no âmbito do GTI, foram instituídos subgrupos, sendo um deles para
tratar sobre a questão das exportações envolvendo cooperativas.
A cada ano, os produtos das cooperativas brasileiras ganham
mais mercado externo, incrementando a receita dos cooperados. En-
tre 2000 e 2005, o volume de recursos que ingressou nas organiza-
ções agropecuárias em virtude do embarque de produtos para outros
países cresceu nada menos que 197%. O índice representa salto de
US$ 759 milhões anuais para US$ 2,25 bilhões em cinco anos, se-
gundo levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior (MDIC).
Como ações decorrentes do trabalho do subgrupo do GTI, foi
possível estabelecer parceria com o MDIC e com o Serviço Nacional
de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), objetivando capaci-
tar cooperativas para buscarem o mercado internacional.
Mas atender o exigente mercado internacional é um grande
desafio. Sem preparação, o que podia ser um o longo corre o risco
de não passar de um ensaio de decolagem. É preciso planejamento,
pesquisa de mercados e profissionalismo. Além disso, torna-se fun-
damental desmistificar a idéia de que somente empresas de grande
porte conseguem exportar, pois muitas pequenas têm qualidade para
isso. Precisam apenas de capacitação.
Para promover essa qualificação necessária, o DENACO-
OP implantou em 2003 o Programa de Cooperação Internacional
(Procin), buscando parceria com o MDIC. Desde então, são pro-
movidos treinamentos e palestras, que orientam as cooperativas
sobre formas de buscar espaços e se manter no mercado externo.
No período 2003/2006 foram beneficiadas cooperativas dos esta-
dos do Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amazonas, Pernam-
buco, Piauí, Bahia e Ceará.
O Procin também apoio financeiro para que associados,
por meio de suas cooperativas, possam realizar intercâmbios técnicos
e promover ou participar de eventos internacionais, como feiras e
rodadas de negócio.
Outra atividade que está em andamento no DENACOOP, em
parceria com o MDIC, é a prodão de um CD-ROM, inicialmente de-
nominado “Aprendendo a Exportar – Cooperativas”, que visa orientar
as cooperativas brasileiras para a exportação.
O “Aprendendo a Exportar” é um produto desenvolvido pela
Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC), com objetivo de ensi-
nar o passo-a-passo dos negócios com outros países.
O DENACOOP defende a criação de um pensamento estraté-
gico exportador, para fomentar a cultura exportadora de produtos e de
serviços cooperativos. A meta é abrir novos mercados e incrementar a
presença do cooperativismo brasileiro no exterior.
77
M a d e i n B r a z i l
In 2003, during a ceremony at the Planalto Palace mark-
ing the International Cooperativism Day, president Lula signed
a government Act instituting an Interministerial Working Group
(GTI) to deal with specific matters related to cooperativism. And
then, it was broken down into subgroups, and one of them was
given the responsibility to deal with matters related to exports
involving cooperatives.
Year after year, the products from the Brazilian cooperatives
increase their share in the foreign market, boosting the income of
their members. According to a survey by the Ministry of Devel-
opment, Industry and Foreign Trade (MDIC), from 2000 to 2005,
the volume of resources raked in by agricultural organizations from
shipments abroad went up 197%, jumping from US$ 759 million a
year to US$ 2.25 billion in five years.
Actions derived from the work of GTI’s subgroup made
it possible to partner with the MDIC and with the Cooperativism
Learning Service (Sescoop), with the aim to qualify the cooperatives
in their search for international markets.
However, to satisfy the discerning international market
is a challenge. Without any appropriate preparation, what could
be a long flight runs the risk of being nothing else than an at-
tempt to take off. What is needed is planning, market research and
professionalism. Furthermore, it is of fundamental importance to
demystify the idea that only big companies are able to export,
because many small ones also qualify for exports. They just need
to be given the capacity to export.
To promote this necessary qualification, in 2003, DENA-
COOP implanted the International Cooperation Program (Procin),
seeking partnership with the MDIC. Since then, a series of training
sessions and lectures have been going on, focused on how to find
the way into the international market and stay in it. Over the 2003-
2006 period, the benefits were extended to the cooperatives of the
states of Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amazonas, Pernam-
buco, Piauí, Bahia and Ceará.
Procin also lends financial support to associate members,
so as to make it possible for them, with the help of their coopera-
tives, to carry out technical interchanges, promote and take part in
international events, like fairs and business rounds.
Another activity now going on at DENACOOP, jointly with
the MDIC, is the production of a CD-ROM, initially called “Learning
to Export Cooperatives”, which gives directives to the Brazilian
cooperatives on exports.
The “Learning to Export” is a product developed by the Sec-
retariat of Foreign Trade (Secex/MDIC), with the goal to teach the
basics of businesses with other countries.
DENACOOP defends the building of strategic export think-
ing, in order to promote a real export culture of cooperative prod-
ucts and services. The target is to find new markets and boost the
presence of Brazilian cooperativism abroad.
With an eye on the great potential for foreign
trade, cooperatives are seeking instruments
to increase exports
78
M a d e i n
B r a z i l
Mirando las amplias potencialidades
para negocios con el exterior,
cooperativas buscan herramientas
para incrementar las exportaciones
En 2003, por ocasión de las conmemoraciones del Día Internacional del
Cooperativismo, en ceremonia en el Palacio del Planalto, fue firmado el Decre-
to que instituyó un Grupo de Trabajo Interministerial (GTI), para tratar cuestiones
específicas del cooperativismo. Y, entonces, en el ámbito del GTI, se instituyeron
subgrupos, siendo uno de ellos para tratar sobre la cuestión de las exportaciones
en las que participen las cooperativas.
Cada año, los productos de las cooperativas brasileñas ganan, más mer-
cado externo, incrementando el ingreso de sus miembros. Entre 2000 y 2005, el
volumen de recursos que ingresó a las organizaciones agropecuarias en virtud del
embarque de productos a otros países creció nada menos que un 197%. El índice
representa un salto de US$ 759 millones anuales a US$ 2,25 mil millones en cin
-
co años, según levantamiento del Ministerio del Desarrollo, Industria y Comercio
Exterior (MDIC).
Como acciones resultantes del trabajo del subgrupo del GTI, fue posible
establecer sociedad con el MDIC y con el Servicio de Aprendizaje del Cooperati-
vismo (Sescoop), cuyo objetivo es capacitar a las cooperativas para que busquen
el mercado internacional.
Pero atender el exigente mercado internacional es un gran desafío. Sin pre-
paración, lo que podía ser un vuelo largo, corre el riesgo de no pasar de un ensayo
de despegue. Es necesario planificación, investigación de mercados y profesiona-
lismo. Además, es fundamental desmitificar la idea de que solamente empresas de
gran tamaño consiguen exportar, pues muchas pequeñas tienen calidad para eso.
Necesitan solamente capacitación.
Para promover esta calificación necesaria, el DENACOOP implantó en 2003
el Programa de Cooperacn Internacional (Procin), buscando asociarse con el MDIC.
Desde entonces se promueven entrenamientos y conferencias, que orientan a las coo-
perativas sobre las formas de buscar espacios y mantenerse en el mercado externo. En
el período 2003/2006, se beneficiaron cooperativas de los Estados de Paraná, Río de
Janeiro, Minas Gerais, Amazonas, Pernambuco, Piauí, Bahia y Ceará.
El Procin también da apoyo financiero para que asociados, por medio de
sus cooperativas, puedan realizar intercambios técnicos y promover o participar de
eventos internacionales, como ferias y ruedas de negocios.
Otra actividad que está en marcha en el DENACOOP, en sociedad con el MDIC,
es la producción de un CD-ROM, inicialmente denominado “Aprendiendo a Exportar
– Cooperativas”, que busca orientar a las cooperativas brasileñas a exportar.
El “Aprendiendo a Exportar” es un producto desarrollado por la Secretaría
de Comercio Exterior (Secex/MDIC), con el objetivo de enseñar el paso a paso de
los negocios con otros países.
El DENACOOP defiende la creación de un pensamiento estratégico exporta-
dor, para fomentar la cultura exportadora de productos y de servicios cooperativos.
La meta es abrir nuevos mercados e incrementar la presencia del cooperativismo
brasileño en el exterior.
79
Divulgar o potencial do trabalho organizado de forma as-
sociativa e as oportunidades de capacitação na área faz parte das
linhas de atuação do DENACOOP. Por meio do Programa de Pro-
moção e Divulgação da Prática do Cooperativismo (Promocoope),
o Denacoop marca presença nos principais eventos do setor no
País e no mundo, como feiras, exposições e seminários.
Nessas ocases, o DENACOOP tem a oportunidade de
se relacionar de perto com o público que constitui a sua razão
de ser: os cooperados e os associados.
O Brasil participa da Organização das Cooperativas dos Po-
vos de Língua Portuguesa (OCPLP), criada em 1997 para fomentar a
integração entre os movimentos cooperativos. Além do Brasil, a OCPLP
é composta pelos seguintes países: Angola, Cabo Verde, Gui Bissau,
o Toe Príncipe, Moçambique, Portugal e Timor Leste.
Nessa parceria com os povos de ngua portuguesa, o
MAPA também está retomando o Programa de Integração Cul-
tural, Educacional e Tecnológica Brasil-África. Nesse trabalho, o
DENACOOP pode levar até os outros países a experiência brasi-
leira de cooperativismo, abrindo espaços para a comercialização
de produtos entre os países.
A alma do negócio
A a l m a d o n e g ó c i o
A promão do cooperativismo brasileiro motiva
a participação das entidades em eventos de
expreso nacional e internacional
80
T h e s o u l o f t r a d e
Promotion of the Brazilian cooperative
movement motivates entities to participate
in national and international events
Publicize the potential of associative organized work and
opportunities for capacity building courses are part of DENA-
COOP’s action lines. Through the Program for Promoting and
Publicizing Cooperative Practice (Promocoop), Denacoop is pres-
ent at the main events in the sector, such as fairs, exhibitions and
conferences at home and abroad.
On these occasions, DENACOOP has the opportunity to relate
closely with the public which is the real motive of its existence: the
cooperative members and associates.
Brazil is part of the Organization of Cooperatives of Por-
tuguese Speaking Peoples (OCPLP), consisting of Angola, Cape
Verde, Guinea Bissau, São Tomé e Príncipe, Mozambique, Portugal
and East Timor, created in 1997 to foment integration between
cooperative movements.
In this partnership with Portuguese speaking peoples,
MAPA is also returning to the Brazil-Africa Program for Cultural,
Educational and Technological Integration. In this work, DENACOOP
might take to other countries the Brazilian cooperative experience,
paving the way for product trading among the countries.
EVENTOS NO BRASIL
O Brasil promove eventos de destaque no cooperativismo.
Um dos mais importantes é a Feira Internacional das Cooperati-
vas, Fornecedores e Serviços (Fenacoop), que vem se consoli-
dando como um fórum de negócios do setor cooperativista com o
apoio do DENACOOP, da OCB/Sescoop e da ACI.
Outra iniciativa que dita rumos no País é o Seminário
Tendências do Cooperativismo Contemporâneo, realizado pela
OCB/Sescoop, com apoio do DENACOOP. O encontro ocorre anu-
almente, desde 2002, colocando em pauta exemplos de sucesso e
avaliando desafios do setor.
Nesses eventos, o DENACOOP divulga programas a fim de
que as entidades interessadas possam estabelecer parcerias com o
MAPA para fortalecimento de suas atividades.
EVENTS IN BRAZIL
Brazil organizes important events for cooperatives. One of the most important is the International Fair
for Cooperatives, Suppliers and Services (Fenacoop), which has become established as a forum for Brazilian
cooperative business, supported by DENACOOP, OCB/National Cooperative Learning Service (Sescoop) and
the International Cooperative Alliance.
Another initiative dictating the country’s direction is the Contemporary Cooperative Tendencies Confer-
ence, organized by OCB and Sescoop with the support of DENACOOP. This has been an annual event since
2002, discussing examples of the sector’s success and assessing its challenges.
By putting up stands, DENACOOP discloses programs for interested entities to establish partnerships
with MAPA in order to strengthen their activities.
81
E l a l m a d e l n e g o c i o
La promoción del cooperativismo brasilo
motiva la participación de las entidades en
eventos de expresión nacional e internacional
Divulgar el potencial del trabajo organizado de forma
asociativa y las oportunidades de capacitación en el área son
parte de las líneas de actuación del DENACOOP. A través del
Programa de Promoción y Divulgación de la Práctica del Coope-
rativismo (Promocoope), el DENACOOP marca presencia en los
principales eventos del sector en el país y en el mundo, como
ferias, exposiciones y seminarios.
En estas ocasiones, el departamento tiene la oportunidad de
relacionarse de cerca con el público que constituye su razón de ser:
los cooperados y los asociados.
Brasil participa de la Organización de las Cooperativas
de los Pueblos de Lengua Portuguesa (OCPLP), creada en 1997
para fomentar la integración entre los movimientos cooperativos y
está compuesta además por Angola, Cabo Verde, Guinea Bissau,
São Tomé y Príncipe, Mozambique, Portugal y Timor del Este.
En esta alianza con los pueblos de lengua portuguesa, el
MAPA también está retomando el Programa de Integración Cul-
tural, Educacional y Tecnológica Brasil - África. En este trabajo
el DENACOOP puede llevar hacia los otros países la experiencia
brasileña de cooperativismo, abriendo espacios para la comercia-
lización de productos entre los países.
EVENTOS EN BRASIL
Brasil promueve eventos de destaque en el cooperativismo.
Uno de los más importantes es la Feria Internacional de las Coopera-
tivas, Proveedores y Servicios (Fenacoop), que se viene consolidando
como un foro de negocios del sector cooperativista con el apoyo del
DENACOOP, de la OCB/Sescoop y de la ACI.
Otra iniciativa que dicta rumbos en el país es el Seminario
Tendencias del Cooperativismo Contemporáneo, realizado por la OCB/
Sescoop, con apoyo del DENACOOP. El encuentro se celebra anual-
mente, desde 2002, colocando en pauta ejemplos de éxito y evaluando
desafíos del sector.
En esos eventos, el DENACOOP divulga programas para que
las entidades interesadas puedan establecer alianzas con el MAPA para
el fortalecimiento de sus actividades.
82
Sem fronteiras
S e m f r o n t e i r a s
Aproximação entre
as cooperativas do
Mercosul amplia
as perspectivas de
integração, estendendo
os benefícios muito
além da questão
econômica
Entre as atividades realizadas pelo DENACOOP, com o
apoio do Programa Sul-Americano de Apoio às Atividades de
Cooperação em Ciência e Tecnologia (Prosul), estão: publicação
de trabalho do comitê jurídico sobre o regime legal das coope-
rativas do Mercosul; levantamento sobre o impacto da legislação
impositiva (tributária) nas cooperativas da região; realização de
encontros de fronteiras abrangendo os Estados-partes para avaliar
o potencial de integração do cooperativismo na região; realização
do Seminário Internacional de Políticas Públicas de Apoio ao Co-
operativismo e do Seminário Internacional de Integração Coope-
rativa Mercosul e Pacto Andino; estudo sobre políticas públicas
aplicadas ao cooperativismo; organização da rede agrária; orga-
nização da rede acadêmica; realização do seminário da Reunião
Especializada das Cooperativas do Mercosul (RECM) e Comissão
Parlamentar Conjunta (CPC) do Mercosul, com participação de
parlamentares da União Européia; Assinatura de Convênios com
organizações de fomento ao cooperativismo Confederação Em-
presarial Espanhola da Economia Social (Cepes), da Espanha; e
CCACES, órgão da União Européia que corresponde à RECM no
Mercosul; inclusão do texto em Declaração Presidencial da Cúpula
do Mercosul, onde se reconhece a importância do cooperativismo
no processo de desenvolvimento econômico e social da região; e
busca da ampliação do Mercosul cooperativo, com a inclusão de
Bolívia, Chile e Venezuela.
83
N o b o u n d a r i e s
Close relations between Mercosul coopera-
tives expands perspectives of integration,
extending benefits beyond economic issues
Among the activities carried out by DENACOOP, under the
umbrella of the South American Support Program for Science
and Technology Cooperation (Prosul), the following are of note:
publication of the paper by the juridical committee on the legal
status of the cooperatives in the Mercosur countries; a survey
of the impact caused by imposing legislation (taxation) upon the
region’s cooperatives; frontier meetings, including the States in
question in order to evaluate the potential integration of regional
cooperativism; the International Seminar on Public Policies Lend-
ing Support to Cooperativism and the International Seminar on
Mercosur Cooperative Integration and Andean Pact; study on pub-
lic policies applied to cooperativism; organization of the agrar-
ian network; organization of the academic network; seminar on
the Specialized Reunion of the Mercosur Cooperatives (RECM)
and the Joint Mercosur Parliamentary Committee (CPC), also
attended by parliament members from the European Union; Agree-
ments with fostering and cooperativism organizations Spanish
Entrepreneurial Confederation on Social Economy (Cepes), from
Spain; and CCACES, an organ of the European Union, which cor-
responds to the Mercosur RECM; the inclusion of the text in the
Mercosur Summit Presidential Declaration, which acknowledges
the importance of cooperativism in the social and economic de-
velopment process of a region; expansion of the cooperative Mer-
cosur, including Bolivia, Chile and Venezuela.
A VEZ DO BRASIL
A presidência da Reunião Especializada
de Cooperativas do Mercosul (RECM) é tem-
porária. A cada seis meses, assume a entidade
governamental do país que preside o Mercosul
no período. O Brasil deteve a responsabilidade
de julho a dezembro de 2006, o que constituiu
oportunidade para impor dinamismo e lançar
novas ações. Na gestão, a agenda englobou
também a busca por alternativas para solucio-
nar problemas de sanidade nas fronteiras, am-
pliar a participação das mulheres no cooperati-
vismo e ainda a promoção de um programa de
intercâmbios para jovens cooperados.
84
LA VEZ DE BRASIL
La presidencia de la Reunión Especializada de Cooperativas del Mercosur (RECM) es temporal. Cada seis meses, asume la entidad
gubernamental del país que preside el Mercosur en el período. Brasil detuvo la responsabilidad de julio a diciembre de 2006, lo que cons-
tituyó oportunidad para imponer dinamismo y lanzar nuevas acciones. En la gestión, la agenda abarcó también la búsqueda por alternativas
para solucionar problemas de sanidad en las fronteras, ampliar la participación de las mujeres en el cooperativismo y además la promoción
de un programa de intercambios para jóvenes cooperados.
BRAZIL’S TURN
Presidency of the Specialist Cooperative Union of Mercosul is temporary. Each six months it is held by the governmental body of
the country presiding over Mercosul at the time. Brazil held this responsibility from July to December 2006, which was an opportunity to
bring in some dynamism and launch new actions. During the administration, the agenda encompassed the search for alternatives for solving
the problem of foot and mouth disease at the borders, increasing women’s participation in cooperatives and also promoting an exchange
program for young members of cooperatives.
S i n f r o n t e r a s
Aproximación entre las cooperativas del
Mercosur amplia las perspectivas de inte-
gración, extendiendo los beneficios mucho
más allá de la cuestión económica
Entre las actividades realizadas por el DENACOOP, con el
apoyo del Programa Sudamericano de Apoyo a las Actividades de
Cooperación en Ciencia y Tecnología (Prosul), están: publicación
de trabajo del comité jurídico sobre el régimen legal de las coopera-
tivas del Mercosur; levantamiento sobre el impacto de la legislación
impositiva (tributaria) en las cooperativas de la región; realización
de encuentros de fronteras abarcando los Estados partes para eva-
luar el potencial de integración del cooperativismo en la región;
realización del Seminario Internacional de Políticas Públicas de
Apoyo al Cooperativismo y del Seminario Internacional de Integra-
ción Cooperativa Mercosur y Pacto Andino; estudio sobre políticas
públicas aplicadas al cooperativismo; organización de la red agraria;
organización de la red académica; realización del seminario de la
Reunión Especializada de las Cooperativas del Mercosur (RECM) y
Comisión Parlamentaria Conjunta (CPC) del Mercosur, con partici-
pación de parlamentarios de la Unión Europea; Firma de Convenios
con organizaciones de fomento al cooperativismo Confederación
Empresarial Española de la Economía Social (Cepes), de España; y
CCACES, órgano de la Unión Europea que corresponde a la RECM
en el Mercosur; inclusión del texto en Declaración Presidencial de
la Cúpula del Mercosur, donde se reconoce la importancia del coo-
perativismo en el proceso de desarrollo económico y social de la
región; busca de la ampliación del Mercosur cooperativo, con la
inclusión de Bolivia, Chile y Venezuela.
85
PONTES ENTRE PESSOAS: As áreas de fronteira, como a da Ponte
Getúlio Vargas, em Uruguaiana (RS), são vias para a integração
BRIDGES BETWEEN PEOPLE: Border areas, like the Getúlio Vargas
Bridge in Uruguaiana (RS), are routes for integration
PUENTES ENTRE PERSONAS: Las áreas de frontera, como la del Puente
Getúlio Vargas, en Uruguaiana (RS), son vías para la integración.
86
Garantia de futuro
G a r a n t i a d e f u t u r o
O acompanhamento constante e a avaliação
das condições de cada cooperativa
asseguram a continuidade dos trabalhos,
em ritmo normal
Todos os meses, as informações financeiras das
228 cooperativas paranaenses são detalhadas em um
programa de computador e enviadas posteriormente
para a Organização das Cooperativas do Paraná (Oce-
par). Dados como faturamento, margens de lucro e en-
dividamento são considerados um termetro para que
uma equipe de cnicos da organizão identifique difi-
culdades e projete cerios. Analisando os balanços, a
Ocepar pode acender o alerta amarelo para as coopera-
tivas, orientando-as a não cair no vermelho. O programa
chama-se Sistema de Análise e Acompanhamento das
Cooperativas (SAAC) e conta ainda com visitas técni-
cas, nas quais se aborda a situação das cooperativas e o
cenário paranaense, estimulando a busca constante por
melhores resultados.
O SAAC teve repercussão nacional, incentivan-
do o governo federal a criar o Programa de Revitalização
de Cooperativas de Produção Agropecria (Recoop),
em 1998. O Recoop contemplou, entre outras medidas, a
abertura de linha especial de crédito às cooperativas.
No ano 2000, o programa de autogestão passou
a incorporar atividades de capacitação, a partir da criação
do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo
(Sescoop). Mais de mil eventos, com 70 mil participações,
são realizados anualmente.
Mas como num mundo de constantes mudanças é
preciso estar sempre evoluindo, em breve o SAAC agregará
novidades no sistema de informática que recebe as informa-
ções das cooperativas. Do atual programa Acces, instalado
numa plataforma Windows, ele passará a ser realizado via
internet, dando mais agilidade e introduzindo projeções,
que vão auxiliar ainda mais o acompanhamento do setor.
Programas bem-sucedidos de apoio ao desenvol-
vimento do cooperativismo, como o da Ocepar, tem re-
cebido o apoio do DENACOOP para a sua divulgação e
para a sua implantação, principalmente nas regiões onde
o associativismo rural e o cooperativismo estão menos
desenvolvidos.
87
Each month the financial information from the 228 Para co-
operatives is detailed in a computer program and then sent to Paraná
Organization of Cooperatives (Ocepar). Data about income, profit mar-
gins and debt are considered as a thermometer for the organization’s
technical team to identify problems and project scenarios. By analyzing
the balance sheet, Ocepar can turn on a yellow light for cooperatives,
guiding them away from falling into the red. The program is called the
Cooperative Analysis and Monitoring System (SAAC) and includes
technical visits, which deal with the situation of the cooperatives and the
Parascenario, stimulating constant striving for better results.
SAAC has already had effects at national level, encourag-
ing the federal government to create the Agricultural Production
Cooperatives’ Revitalization Program (Recoop) in 1998. Among
other measures, Recoop considered opening a special credit line
for the cooperatives.
In 2000 the self-administration program started to incorpo-
rate training activities, following the creation of the National Coopera-
tive Learning Service (Sescoop). More than 1000 events with 70,000
participants are organized each year.
But as a world of constant change makes it necessary to always
be evolving, SAAC will soon be adding new items to the informatics
system that receives the information from the cooperatives. From the
present Access program installed on a Windows platform, it will move
to being done on the Internet, providing greater agility and introducing
projections that will further assist in monitoring the sector.
Successful programs supporting the development of coop-
erativism, like the Ocepar, have received support from DENACOOP
in their publicity and implementation efforts, particularly where rural
associativism and cooperativism are less developed.
Todos los meses, las informaciones financieras de las 228
cooperativas paranaenses se detallan en un programa de computadora
y se las ena posteriormente a la Organización de las Cooperativas de
Paraná (Ocepar). Datos como facturación, márgenes de lucro y endeu-
damiento son considerados un termómetro para que un equipo de téc-
nicos de la organización identifique dificultades y proyecte escenarios.
Analizando los balances, la Ocepar puede encender la alerta amarilla
para las cooperativas, orientándolas a no caer en la roja. El programa
se llama Sistema de Análisis y Acompañamiento de las Cooperativas
(SAAC) y cuenta ades con visitas cnicas, en las cuales se aborda la
situación de las cooperativas y el escenario paranaense, estimulando la
squeda constante por mejores resultados.
El SAAC ya tuvo repercusión nacional, incentivando al go-
bierno federal a crear el Programa de Revitalización de Cooperativas
de Producción Agropecuaria (Recoop), en 1998. El Recoop contem-
pló, entre otras medidas, la abertura de una línea especial de crédito
a las cooperativas.
En el año 2000, el programa de autogestión paa incorpo-
rar actividades de capacitación, a partir de la creación del Servicio
Nacional de Aprendizaje del Cooperativismo (SESCOOP). Más de
1.000 eventos, con 70.000 participaciones, se realizan anualmente.
Pero como en un mundo de constantes cambios es preciso
estar siempre evolucionando, en breve el SAAC agregará novedades
al sistema de informática que recibe las informaciones de las coo-
perativas. Del actual programa Acces, instalado en una plataforma
Windows, pasaa ser realizado vía Internet, dando más agilidad e
introduciendo proyecciones, que van a auxiliar aún más el acompa-
ñamiento del sector.
Programas bien desarrollados de apoyo al desenvolvimien-
to del cooperativismo, como el de la Ocepar, ha recibido el apoyo
del DENACOOP para su divulgación y para su implementación,
principalmente en las regiones donde el asociativismo rural y el
cooperativismo están menos desarrollados.
A g u a r a n t e e f o r t h e f u t u r e
Constant monitoring and evaluation of
the conditions of each cooperative ensure
continuity of work at a normal rhythm
G a r a n t í a d e f u t u r o
El acompañamiento constante y la evaluación de
las condiciones de cada cooperativa aseguran la
continuidad de los trabajos, en ritmo normal
88
Educar para crescer
E d u c a r p a r a c r e s c e r
As cooperativas
educacionais
contribuem
para a formão
humana e para o
desenvolvimento
social, como um
segmento bastante
promissor
O DENACOOP vem implementando, em parceria com o
Servo Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sesco-
op), várias atividades voltadas à formação de jovens cooperati-
vistas. A preocupão é estimular a formão de uma consciên-
cia inicial sobre o cooperativismo nos estudantes matriculados
no ensino fundamental e médio de escolas cooperativas e pú-
blicas que estão iniciando a cooperação, dentro de uma ação
chamadaPrograma Cooperjovem.
Este trabalho é seqüenciado pelos jovens de faixa etária
acima dos 18 anos, que são preparados para o mundo do trabalho,
a partir do desenvolvimento da visão e da prática empreendedora do
moderno associativismo. Lideraa, gerenciamento, gestão cooperati-
vista e empreendedorismo constituem pontos centrais na formação de
novas lideranças organizadas para terem sua representação junto ao
sistema brasileiro cooperativista e, assim, estarem preparados para,
no futuro, assumirem cargos de direção nas cooperativas.
O primeiro passo do Cooperjovem é capacitar professores
em oficinas, que duram 40 horas. Depois, os educadores traçam
seus caminhos, tornando-se multiplicadores do que aprenderam.
A primeira impressão do professor costuma ser a de que terá mais
uma carga de trabalho. No decorrer da oficina, ele começa a sen-
tir que ganha um instrumento prazeroso para ensinar. O Sescoop
fornece o material didático e as orientações para que o tema possa
ser tratado em sala de aula. As atividades recebem o apoio dos
Sescoop estaduais e de cooperativas locais, que são responsáveis
pela sustentabilidade do programa.
Os professores têm ainda a ajuda da “Turma da Coopera-
ção” para passar os ensinamentos. São personagens de histórias
em quadrinhos disponibilizadas pela Organização das Cooperativas
Brasileiras (OCB), detentora da marca Cooperjovem, que deixam
mais leve e divertida a parte teórica das lições.
No Mato Grosso do Sul, com o apoio da OCB/MS e do
Sescoop local, em parceria com o DENACOOP, a “Turma da Coo-
peração” entra também na era virtual e vira história em formato de
desenho animado, em CD-ROM, uma ferramenta alinhada com os
novos tempos. O material será distribuído aos Sescoops do País
e às escolas do Estado, onde 360 professores passaram pelas
oficinas do Cooperjovem.
Mas a multiplicação dos ensinamentos vai além. A intenção
é que os alunos das muitas escolas participantes do programa co-
mecem a formar suas cooperativas mirins e pratiquem e espalhem
o entendimento sobre os princípios e sobre os valores do coope-
rativismo por gerações de estudantes dos ensinos fundamental e
médio. Elas são mais do que um projeto pedagógico, pois projeto
tem começo, meio e fim, e a cooperativa mirim não tem fim.
A Divisão de Programas de Formação e Capacitação de Jo-
vens do DENACOOP veio para dinamizar ainda mais as atividades
desenvolvidas com os jovens. Ela apóia a formação de 12.260 pro-
fessores de 1.249 escolas do País, beneficiando mais de 194 mil
alunos, sendo alicerçada por 195 cooperativas.
89
E d u c a t i n g f o r g r o w t h
Educational cooperatives contribute towards
training the individual and social development,
in a very promising sector
DENACOOP has been implementing, jointly with the Na-
tional Service for Cooperativism Learning (Sescoop), several ac-
tivities geared toward forming young cooperativists. The idea is to
encourage the formation of an initial awareness of cooperativism
in fundamental and high school students of private and public co-
operatives now starting the cooperation process within a program
known as “Programa Cooperjovem”.
This work is sequenced by over 18-year olds, under
preparation for the job market, based on the development of
an entrepreneurial practice and vision of modern associativism.
Leadership, management, cooperative management and entre-
preneurship are kernel points in the formation of new leader-
ships, organized to have their representation in the Brazilian
cooperativistic system and, therefore, get prepared for future
leadership positions in cooperatives.
The first step of the Cooperjovem is to qualify schoolmas-
ters in up to 40-hour workshops. Then these schoolmasters shape
their paths, turning into multipliers of what they learned. A school-
master’s first impression normally points to an extra workload. As
the workshop sessions go by, he/she realizes that a new pleasurable
teaching instrument is now handy. Sescoop supplies didactic mate-
rials and the necessary assistance for the subjects to be covered in
class. All the activities are backed by the State Sescoops and local
cooperatives, responsible for keeping the program sustainable.
The schoolmasters also receive help from the “Coopera-
tion Group” to engage in the learning process. These are cartoon
characters made available by the Brazilian Cooperative Organization
(OCB), owner of the Cooperjovem trademark, making the theoretic
lessons more attractive and more amusing.
In Mato Grosso do Sul, with the support of OCB/MS and
the local Sescoop, in partnership with DENACOOP, the “Coopeation
Group” enters the virtual world and makes history in the shape of
cartoons and CD-/ROM, an instrument in line with the new times.
The material is to be distributed to the Country’s Sescoops and to
State Schools, where 360 schoolmasters previously attended the
Cooperjovem workshops.
The learning process does not stop there. The intention is
to encourage the students of participating schools to form their own
mini cooperatives thus practicing and spreading the knowledge on
the principles and values of cooperativism for generations of funda-
mental and high school students. They are more than just a peda-
gogical project, once a project has a beginning, a growing stage and
end, and mini cooperatives have no end.
The DENACOOP Capacity Building and Formation Division
for young people was created to make the activities developed by the
young even more dynamic. It backs the formation of 12,260 thou-
sand schoolmasters in 1,249 thousand schools across the Country,
benefiting 194 thousand students, backed by 195 cooperatives.
90
El DENACOOP viene implementando, en sociedad con el
Servicio Nacional de Aprendizaje del Cooperativismo (Sescoop),
varias actividades volcadas a la formación de jóvenes cooperativis-
tas. La preocupación es estimular la formación de una consciencia
inicial sobre el cooperativismo en los estudiantes matriculados en la
enseñanza fundamental y media de escuelas cooperativas y públicas
que están iniciando la cooperación, dentro de una acción llamada
“Programa Cooperjovem”.
Este trabajo es continuado para jóvenes de edad superior
a los 18 años, que son preparados para el mundo del trabajo, a
partir del desarrollo de la visión y de la práctica emprendedora del
moderno asociativismo. Liderazgo, dirección, gestión cooperativista
y emprendimiento constituyen puntos centrales en la formación de
nuevos liderazgos organizados para tener su representación junto al
sistema brasileño cooperativista y, así, prepararlos para que, en el
futuro, asuman cargos de dirección en las cooperativas.
El primer paso del Cooperjovem es capacitar a profesores
en talleres, que duran 40 horas. Después, los educadores trazan
sus caminos, haciéndose multiplicadores de lo que aprendieron. La
primera impresión del profesor suele ser la de que tendrá una carga
más de trabajo. En el transcurso del taller, él empieza a sentir que
gana un instrumento agradable para enseñar. El Sescoop proporcio-
na el material didáctico y las orientaciones para que el tema pueda
ser tratado en sala de aula. Las actividades reciben el apoyo de los
Sescoop estatales y de cooperativas locales, que son responsables
por la sostenibilidad del programa.
Los profesores tienen también la ayuda del “Grupo de la
Cooperación” para transmitir lo enseñado. Son personajes de his-
torias en cuadritos puestos a disposición por la Organización de las
Cooperativas Brasileñas (OCB), que detenta la marca Cooperjovem,
que dejan más liviana y divertida la parte teórica de las lecciones.
En Mato Grosso do Sul, con el apoyo de la OCB/MS y del
Sescoop local, en sociedad con el DENACOOP, el “Grupo de la
Cooperación” entra también en la era virtual y se vuelve historia en
formato de dibujo animado, en CD-ROM, una herramienta alineada
con los nuevos tiempos. El material será distribuido a los Sescoops
del país y las escuelas del Estado, donde 360 profesores ya pasaron
por los talleres del Cooperjovem.
Pero la multiplicación de lo enseñado va más allá. La inten-
ción es que los alumnos de las muchas escuelas participantes del
programa empiecen a formar sus pequeñas cooperativas y practi-
quen y esparzan el entendimiento sobre los principios y sobre los
valores del cooperativismo por generaciones de estudiantes de la
enseñanza fundamental y media. Ellas son más que un proyecto pe-
dagógico, pues el proyecto tiene inicio, medio y final, y la pequeña
cooperativa no tiene fin.
La División de Programas de Formación y Capacitación de
Jóvenes del DENACOOP vino para dinamizar todavía más las acti-
vidades desarrolladas con los jóvenes. Ella apoya la formación de
12.260 profesores de 1.249 escuelas del país, beneficiando a más
de 194.000 alumnos, siendo cimentada por 195 cooperativas.
E d u c a r p a r a c r e c e r
Las cooperativas educacionales contribuyen
a la formación humana y al desarrollo social,
como un sector bastante promisorio
Gente jovem reunida
Nas vizinhanças do Bairro Jardim Santa Marta, em Cara-
pó, no Mato Grosso do Sul, não quem não conheça a turma de
crianças que atua unida para melhorar a própria escola. Em todo
evento das redondezas, lá estão eles, devidamente uniformizados,
recolhendo o lixo seco, material que mais tarde será transforma-
do em recursos para a Escola Municipal Cândido Lemes dos
Santos. O valor arrecadado permitiu a compra de uma cama
elástica, de uma mesa de pingue-pongue, de brinquedos e de
jogos pedagógicos, que divertem o recreio da garotada.
Apesar da pouca idade (são alunos de a série de
Ensino Fundamental), eles estão conhecendo os resultados do
trabalho em cooperação. Os jovens integram uma cooperativa
mirim, a Coopercicla, criada em 2001 (antes com o nome de
Cooperlatas) para atuar como uma cooperativa de trabalho.
A motivação para atuar em equipe contribui para reduzir
os problemas de relacionamento e estimula a preocupação com
o ambiente e com os colegas. A mudança de comportamento é
um dos principais objetivos do estímulo à consciência cooperativa
desde a infância. O Mato Grosso do Sul é um dos Estados engaja-
dos num programa chamado Jovens Cooperativistas, ou Cooper-
jovem, promovido pela OCB/Sescoop nacional e pelo DENACOOP.
Paraná, Goiás, Espírito Santo, Pernambuco e Tocantins são outras
unidades da Federação em que esse trabalho tem sido desenvolvi-
do com muito destaque.
Desde 2000, quase 200 mil jovens de todo o País pas-
saram pelo Cooperjovem. No futuro, podem formar uma legião
de cooperados comprometidos e líderes. As crianças começam a
internalizar o espírito e a filosofia do cooperativismo e até mesmo
a praticá-los no dia-a-dia. Assim, é possível formar lideranças
prontas para gerir as cooperativas.
91
Young people come together
Everyone in the vicinity of Bairro Jardim Santa Marta,
in Carapó, Mato Grosso do Sul knows the group of children
who are working together to improve their own school. There
they are, duly uniformed, at every neighborhood event, collect-
ing recyclable waste, to be later transformed into resources for
the ndido Lemes dos Santos Municipal School. The value
collected has already enabled the purchase of a trampoline, a
ping-pong table, toys and educational games, which brighten
up the children’s break times.
Despite their youth (these are 1
st
to 8
th
grade Primary
School pupils) they are discovering the results of coopera-
tive work. The youngsters are part of a small cooperative called
Coopercicla, created in 2001 (previously called Cooperlatas) to
function as a work cooperative. This motivation for working as
a team contributes towards reducing relationship problems and
stimulates concern for the environment and their colleagues.
Changing behavior is one of the main aims of stimulating
cooperative awareness from childhood. The state is one of those
involved in a program called Young Cooperativists, or Cooperjo-
vem, organized by National Sescoop and DENACOOP.
Almost 200,000 young people throughout the country have
experienced Cooperjovem since 2000. In the future they could form
a legion of committed cooperative members and leaders. The chil-
dren start to absorb the spirit and philosophy of the cooperative
movement and even start to practice them in their daily lives. In this
way we can form leaders ready to run cooperatives.
Gente joven reunida
En las cercanías del Barrio Jardim Santa Marta, en Ca-
rapó, en Mato Grosso do Sul, no hay quien no conozca al grupo
de niños que actúa unido para mejorar la propia escuela. En
cualquier evento de los alrededores, allá están ellos, debidamente
uniformados, recogiendo la basura seca, material que más tarde
será transformado en recursos para la Escuela Municipal Cândido
Lemes dos Santos. El valor recaudado ya permitió la compra de
una cama elástica, de una mesa de ping pong, de juguetes y de
juegos pedagógicos, que divierten el recreo de la muchachada.
A pesar de la poca edad (son alumnos del al año
de Enseñanza Fundamental), están conociendo los resultados
del trabajo en cooperación. Los venes integran una coope-
rativa de niños, la Coopercicla, creada el 2001 (antes con el
nombre de Cooperlatas) para actuar como una cooperativa de
trabajo. Esta motivación para actuar en equipo contribuye para
reducir los problemas de relación y estimula la preocupación
con el ambiente y con los colegas.
El cambio de comportamiento es uno de los principales
objetivos del estímulo a la consciencia cooperativa desde la in-
fancia. El Estado es uno de los participantes de un programa lla-
mado Jóvenes Cooperativistas, o Cooperjovem, promovido por
el Sescoop nacional y por el DENACOOP.
Desde el 2000, casi 200.000 jóvenes de todo el País
pasaron por el Cooperjovem. En el futuro, pueden formar una
legión de cooperados comprometidos y líderes. Los niños co-
mienzan a entender el espíritu y la filosofía del cooperativismo e
incluso los practican en el día a día. Así, podemos formar lideres
listos para dirigir las cooperativas.
92
O Serviço Nacional de Aprendizagem do
Cooperativismo (Sescoop), vinculado à Organiza-
ção das Cooperativas do Brasil (OCB), foi a vira-
da de página no livro do sistema cooperativista
brasileiro. O setor passa de um capítulo de de-
pendência estatal para a busca do fortalecimento
e da autogestão, tendo o governo como apoia-
dor. O Serviço nasceu em 1998 com a função
de investir permanentemente na capacitação e na
promoção social dos associados, dos dirigentes
e dos funcionários do movimento cooperativis-
ta. Ele conta com recursos gerados pelo setor
cooperativista. Da folha de pagamento dos fun-
cionários das cooperativas brasileiras, 2,5% são
destinados ao Sescoop.
Está organizado em uma entidade nacio-
nal e em 27 estaduais, todas interligadas. Essas
unidades promovem cursos, treinamentos, pa-
lestras e monitoram a evolução das cooperativas
em suas regiões. As atividades visam uma pro-
fissionalização que caminhe junto com os princí-
pios cooperativistas. É importante formar pessoas
não apenas em busca de um diploma, mas de um
comportamento cooperativo.
Aprender a crescer
A p r e n d e r a c r e s c e r
Sescoop promove o ingresso em uma
nova geração do cooperativismo brasileiro,
voltado à capacitação e à formação
Cooperativa de mineração - Bahia
93
ESTÍMULO CAPIXABA
No Espírito Santo, o Sescoop acompanha de perto o de-
sempenho de suas cooperativas desde 2005. A entidade capixaba
implantou um programa de Certificação de Regularidade Técnica,
que avalia a conformidade das cooperativas do Estado com a
legislação brasileira e com a doutrina cooperativista. A iniciativa
envolve parceria com o DENACOOP.
O trabalho consiste em visitas de técnicos da OCB/Ses-
coop às cooperativas, nas quais são analisados documentos
administrativos e contábeis e feitos diagnósticos. Isso permite
identificar onde estão as falhas e onde estão os acertos.
A partir do diagnóstico, as cooperativas recebem pon-
tuação de acordo com o desempenho e são certificadas. As que
precisam de ajustes ganham certificação provisória e orienta-
ções para a adequação. Mais de 70 organizações passaram
pelo processo.
A intenção é que as 134 cooperativas registradas no Es-
pírito Santo participem da certificação até o final de 2007, reno-
vando-o anualmente, com nova visita e diagnóstico. Todas são
estimuladas a melhorarem a pontuação. A certificação é uma ini-
ciativa para profissionalizar a gestão por meio de uma educação
continuada, indo ao encontro da missão do Sescoop.
The National Cooperative Learning Service (Sescoop) has
turned the page in the Brazilian cooperative system. The sector is
moving from a chapter of state dependence towards reinforcement
and self-administration, with government support. The Service was
born in 1998 with a task of permanently investing in the training and
social promotion of the movement’s associates, directors and staff.
It relies on resources generated by the cooperative sector. 2.5% of
the staff payroll of Brazilian cooperatives goes to Sescoop.
It is organized into a national body and 27 state bodies, all
interlinked. These entities organize courses, training, lectures and
monitor the development of the cooperatives in their regions. The
activities are geared towards professionalization along the lines of
cooperative principles. It is important to train people not just in
pursuit of a diploma, but in a cooperative spirit.
STIMULATING ESPÍRITO SANTO
In Espiríto Santo, Sescoop has been following the per-
formance of its cooperatives more closely since 2005. It has im-
plemented a program of Technical Regularity Certification, which
assesses conformity with Brazilian legislation and the cooperative
doctrine of those cooperatives in the state registered with the Sys-
tem. The initiative involves partnership with the DENACOOP.
The work consists of visits by OCB/Sescoop technicians
to the cooperatives, where the administrative and accounting docu-
ments are analyzed and diagnoses made. This enables identifica-
tion of where things are going well, and where there are faults.
Based on the diagnosis, the cooperatives are awarded
points according to performance, and are certificated. Those
needing adjustments are given temporary certification and gui-
dance for adaptation. More than 70 organizations have gone
through the process.
The aim is for the 134 cooperatives registered in Espírito
Santo to take part in certification by the end of 2007, renewing
annually, with a new visit and diagnosis. There is stimulus for
everyone to improve their points. Certification is an initiative for
professionalizing administration through continuing education,
and goes towards meeting Sescoop’s mission.
L e a r n i n g t o g r o w
Focused on training and qualification, Ses-
coop is promoting the Brazilian cooperative
movement’s entry into a new generation
94
El Servicio Nacional de Aprendizaje del Cooperativismo
(Sescoop) fue la vuelta de la página en el libro del sistema coope-
rativista brasileño. El sector pasa de un capítulo de dependencia
estatal para la búsqueda del fortalecimiento y de la autogestión,
teniendo al gobierno como soporte.
El Servicio nació el 1998 con la función de invertir per-
manentemente en la capacitación y en la promoción social de los
asociados, de los dirigentes y de los funcionarios del movimiento
cooperativista. Él cuenta con recursos generados por el sector coo-
perativista. De la hoja de pago de los funcionarios de las cooperati-
vas brasileñas, el 2,5% se destina al Sescoop.
Está organizado en una entidad nacional y en 27 estatales,
todas interconectadas. Esas unidades promueven cursos, entrena-
mientos, conferencias y monitorean la evolución de las cooperati-
vas en sus regiones. Las actividades buscan una profesionalización
que camine junto con los principios cooperativistas. Es importante
formar personas no sólo en búsqueda de un diploma, sino de un
comportamiento cooperativo.
ESTÍMULO DESDE ESPÍRITO SANTO
En Espírito Santo, el SESCOOP viene acompañando
más de cerca el desempeño de sus cooperativas desde 2005.
La entidad capixaba implantó un programa de Certificación de
Regularidad Técnica, que evalúa la conformidad de las coope-
rativas del Estado registradas en el Sistema con la legislación
brasileña y con la doctrina cooperativista. La iniciativa involucra
alianza con el DENACOOP.
El trabajo consiste en visitas de técnicos de la OCB/Sescoop
a las cooperativas, en las cuales se analizan documentos adminis-
trativos y contables y se hacen diagsticos. Eso permite identificar
nde están las fallas ynde están los aciertos.
A partir del diagnóstico, las cooperativas reciben pun-
tuación de acuerdo con el desempeño y se certifican. Las que
necesitan de ajustes ganan certificación provisoria y orientacio-
nes para la adecuación. Mas de 70 organizaciones ya pasaron
por el proceso.
La intención es que las 134 cooperativas registradas
en Espírito Santo participen de la certificación hasta el final de
2007, renovándolo anualmente, con nueva visita y diagnóstico.
Hay estímulo para que todas mejoren la puntuación. La cer-
tificación es una iniciativa para profesionalizar la gestión por
medio de una educación continuada, yendo al encuentro de la
misión del Sescoop.
A p r e n d e r a c r e c e r
SESCOOP promueve el ingreso en una nueva
generación del cooperativismo brasileño,
volcado a la capacitación y a la formación
95
Para conhecer e para praticar a doutrina cooperativista
o há idade nima. Quanto mais cedo, melhor. Por isso, as
atividades cooperativas mais inovadoras e significativas de-
senvolvidas no ambiente escolar seo premiadas. O MAPA
e o Ministério da Educão e Cultura (MEC) projetam uma
premiação especial para alunos e professores de instituições
blicas e privadas. Trata-se de um projeto futuro dentro do
estímulo à produção acadêmica, no Ensino Fundamental, -
dio, Profissionalizante e Tecnológico, em etapas estaduais,
regionais e nacional. A cada fase, os responveis pelas ações
escolhidas receberão uma premiação. A iniciativa pretende es-
timular, divulgar e promover o reconhecimento de atividades
empreendedoras para o desenvolvimento da cultura coopera-
tivista desde a idade escolar.
Vale prêmio
V a l e p r ê m i o
Premiação estabelecida pelo governo
pretende estimular o desenvolvimento da
cultura cooperativista desde a idade escolar
96
There is no minimum age for finding out about
and practicing the cooperative doctrine. The earlier the
better. Therefore, the most innovative and significant co-
operative activities developed in schools will win prizes.
The MAPA and the Ministry of Education and Culture
(MEC) are planning special awards for students and
teachers in private and public institutions. It is future
project aimed at encouraging academic work at Elemen-
tary, Middle, Professional and Technological education,
at state, regional and national levels. Those responsi-
ble for the chosen actions at each level will receive an
award. The initiative intends to stimulate, divulge and
promote recognition of enterprising activities for the the
development of cooperative culture from school age.
Para conocer y para practicar la doctrina cooperativista no
hay edad mínima. Cuanto más temprano, mejor. Por eso, las activi-
dades cooperativas más innovadoras y significativas desarrolladas
en el ambiente escolar serán premiadas. El MAPA y el Ministerio
de Educación y Cultura (MEC) proyectan una premiación espe-
cial para alumnos y profesores de instituciones públicas y privadas.
Se trata de un proyecto futuro dentro del estímulo a la producción
académica, en la Enseñanza Fundamental, Media, Profesionalizante
y Tecnológica, en etapas estatales, regionales y nacional. En cada
fase, los responsables por las acciones escogidas recibirán una re-
compensa. La iniciativa pretende estimular, divulgar y promover el
reconocimiento de actividades emprendedoras para el desarrollo de
la cultura cooperativista desde la edad escolar.
W o r t h
p r i z e s
Awards established by the government
aim to stimulate the development of
cooperative culture from school age
V a l e p r e m i o
Premiación establecida por el gobierno
pretende estimular el desarrollo de la cultura
cooperativista desde la edad escolar
Elas abrem caminhos
97
Equilibrando sensibilidade e garra, as mulheres aos pou-
cos chegam a cargos de direção e, o mais importante, são reco-
nhecidas na capacidade de opinar, de gerenciar e de decidir. No
cooperativismo, o sexo feminino representa aproximadamente 25%
dos associados e 12% dos ocupantes de cargos de direção. Os
números ainda estão longe dos ideais, se comparados com a re-
presentatividade das mulheres na população brasileira, que chega a
51%. No mundo, 50% de toda a população ativa é de mulheres que
trabalham fora do lar.
Com o desafio de ampliar essa participação feminina, o
DENACOOP lançou em 2004 o Programa Gênero e Cooperativismo:
Integrando a Família (Coopergênero).
Através dele, o MAPA busca promover a igualdade e valo-
rizar a capacidade feminina para dinamizar o cooperativismo brasi-
leiro. Por isso, apóia atividades de qualificação e de integração da
família dos cooperados.
As ões apoiadas pelo Coopergênero m como primeiro pas-
so despertar nas próprias mulheres a consciência sobre a importância
do trabalho e da participação delas como cidas na vida da comuni-
dade. A causa da mulher é universal e exige o compromisso da tomada
de decisões. Ela precisa estar representada em todos os setores. E para
afiar as capacidades, o realizadas ainda atividades educativas, que en-
globam conteúdos importantes quanto ao entendimento de cidadania,
economia e produção num mundo globalizado.
Os resultados m sendo sentidos nas famílias, nas coope-
rativas e nas comunidades às quais estão ligadas as mais de 3 mil
mulheres que participaram de ões de capacitação financiadas pelo
programa, entre 2004 e 2006.
O objetivo é estimular a incorporação do componente gênero
como políticablica, apoiando ações de capacitação, divulgão, ge-
ração de renda e organização cooperativista e associativista com base
no desenvolvimento sustentável, com eqüidade entre mulheres e ho-
mens. Durante o peodo de 2003 a 2006, o programa Coopergênero
atendeu entidades por meio de convênios em 14 estados brasileiros e
apoiou institucionalmente mais dois estados. Todas as ações de apoio,
de estímulo e de fomento foram e são destinadas a:
* Sensibilização e capacitação de gestores (as), lideranças e
associados (as) na área de gênero;
* Divulgação de experiências produtivas das mulheres desde a
agricultura familiar até a produção acadêmica;
* Oportunizar o exercício da cidadania da mulher nos níveis
político, social, econômico e cultural;
* Inserir a mulher no agronegócio, na sociedade cooperativa
de contexto familiar;
* Redução das desigualdades;
* Construir modelo de desenvolvimento regional sustenvel.
Elas abrem caminhos
E l a s a b r e m c a m i n h o s
Através do
Coopergênero, o
Brasil estimula
e viabiliza a
participação mais
efetiva das mulheres
na condução dos
trabalhos em
comunidade
98
Balancing sensitivity and endeavor, the women are slowly
taking management posts and, more importantly, are recognized as
being very able to give opinions, administrate and take decisions.
Women represent approximately 25% of the associates in the co-
operative movement and occupy12% of management posts. These
figures are still far from ideal if compared with the 51% representa-
tion of women in the Brazilian population. In the world, 50% of the
entire active population are women who hold regular jobs.
With the challenge of expanding women’s participation,
DENACOOP launched he Gender and Cooperatives: Integrating the
family program (Coopergênero) in 2004.
This program intends to promote equality and value
female ability to energize the Brazilian cooperative movement.
It therefore supports activities for qualifying and integrating
members families.
The first step of the actions supported by Coopergênero is
to awaken the awareness of women themselves about the impor-
tance of the work and their participation as citizens in community
life. The woman’s cause is universal and requires the commitment
of decision taking. She must be represented in every sector. And to
sharpen the capacities, educational activities are carried out, which
comprise relevant contents as to the understanding of citizenship,
economy and production in a globalized world.
The results are being felt in the families, cooperatives and com-
munities linked to the more than 3000 women who have taken part in
the training activities funded by the program between 2004 and 2006.
The objective is to promote the incorporation of the gender
component as public policy, giving support to capacity building ini-
tiatives, generation of income and cooperativistic and associativistic
organizations on the ground of sustainable development, with equal
chances for men and women. From 2003 to 2006, the Coopergen-
der Program assisted entities through agreements in 14 Brazilian
states, and lent institutional support to two additional states. All
support, encouragement and promotion initiatives seek to:
* Sensitize and qualify managers, leaderships and associate
members in the area of the gender;
* Make publicity of the productive experiences of the wom-
en, from family farming to academic work;
* Give women the chance to exert their citizenship rights at
social, political, economic and cultural level;
* Insert the women into agribusiness, family-oriented co-
operative society;
* Reduce inequalities;
* Build a sustainable regional development model.
Through Coopergênero,
Brazil stimulates and
enables the more
effective participation of
women in directing work
in the community
T h e y o p e n t h e w a y
99
Equilibrando sensibilidad y garra, las mujeres poco a poco
llegan a cargos de dirección y, lo más importante, son reconocidas
en la su capacidad de opinar, de administrar y de decidir. En el
cooperativismo, el sexo femenino representa aproximadamente el
25% de los asociados y el 12% ocupantes de cargos de dirección.
Los números aún están lejos de los ideales, si se comparan con
la representatividad de las mujeres en la población brasileña, que
llega al 51%. En el mundo, el 50% de toda la población activa es de
mujeres que trabaja fuera del hogar.
Con el desafío de ampliar esta participación femenina, el
DENACOOP lanzó en 2004 el programa Género y Cooperativismo:
Integrando a la Familia (Coopergênero). El objetivo es promover la
igualdad y valorar la capacidad femenina para dinamizar el coope-
rativismo brasileño. Por esto, apoya actividades de calificación y de
integración de la familia de los cooperados.
Las acciones apoyadas por el Coopergênero tienen como
primer paso despertar en las propias mujeres la consciencia sobre
la importancia del trabajo y de la participación de ellas como ciu-
dadanas en la vida en comunidad. La causa de la mujer es universal
y exige el compromiso de la toma de decisiones. Ella necesita estar
representada en todos los sectores. Y para afinar sus capacidades,
se realizan también actividades educativas, que engloban conteni-
dos importantes en lo que se refiere al entendimiento de ciudada-
nía, economía y producción en un mundo globalizado.
Los resultados se vienen sintiendo en las familias, en las
cooperativas y en las comunidades las cuales esn unidas a lass
de 3.000 mujeres que participaron de acciones de capacitación finan-
ciadas por el programa, entre 2004 y 2006.
El objetivo es promover la incorporación del componente
género como política pública, apoyando acciones de capacitación,
divulgación, generación de renta y organización cooperativista y
asociativista con base en el desarrollo sostenible, con equidad entre
mujeres y hombres. Durante el período 2003 a 2006, el programa
Coopergénero atendió entidades por medio de convenios en 14
estados brasileños y apoyó institucionalmente dos Estados más.
Todas las acciones de apoyo, de estímulo y de fomento fueron y
están destinadas a:
* Sensibilización y capacitación de gestores (as), liderazgos
y asociados (as) en el área de género;
* Divulgación de experiencias productivas de las mujeres
desde la agricultura familiar hasta la producción académica;
* Dar oportunidad al ejercicio de la ciudadanía de la mujer
en los niveles político, social, económico y cultural;
* Insertar a la mujer en el agronegocio, en la sociedad coo-
perativa de contexto familiar;
* Reducción de las desigualdades;
* Construir modelo de desarrollo regional sostenible.
Ellas abren caminos
A través del Coopergênero,
Brasil estimula y viabiliza la
participación más efectiva de las
mujeres en la conducción de los
trabajos en comunidad
100
Lugar de mulher é na cooperativa
Uma iniciativa pioneira do Coopergênero foi desenvolvi-
da na região Noroeste do Rio Grande do Sul, entre 2004 e 2005,
pela Cooperativa Agro-Pecuária Alto Uruguai (Cotrimaio). Apro-
ximadamente 600 esposas e filhas de cooperados participaram
do Projeto de Desenvolvimento e Capacitação da Mulher Agricul-
tora para a Gestão da Propriedade e o Cooperativismo, financiado
pelo MAPA e pela Secretaria Especial de Políticas para Mulheres,
da Presidência da República.
Há quase 30 anos a Cotrimaio vinha promovendo cursos
voltados para as mulheres, iniciando por temas como culinária e
artesanato e passando para assuntos mais abrangentes, entre eles
auto-estima e medicina alternativa. Mas, entrando no século 21,
as mulheres queriam saber mais também sobre questões ligadas
à cidadania e à administração das propriedades rurais de suas
famílias, o que motivou uma capacitação diferente.
Com essa demanda e com o apoio do governo federal, a
Cotrimaio formou turmas em 13 municípios da região, reunindo
mulheres com diferentes níveis de escolaridade, mas com o mesmo
objetivo: aprender mais sobre o mundo à sua volta. As aulas foram
divididas nos módulos Fundamentos; Economia e Gestão da Pro-
priedade; Participação e Cidadania. Essa diversidade proporcionou
uma qualificação mais completa às participantes. Normalmente, os
programas de capacitação são pontuais e não dão a lógica do sis-
tema. Além de aprenderem teoria, as alunas visitaram indústrias da
região e o porto marítimo da cidade de Rio Grande, onde puderam
verificar como são levados para o exterior os produtos que saem
das lavouras. A maioria viu o mar de perto pela primeira vez.
Tantos ensinamentos estimularam as mulheres a serem
mais pró-ativas. Estima-se um aumento de 400% na participa-
ção delas em assembléias e reuniões de núcleos da cooperativa.
Nas atividades, como normalmente encaram os problemas de
uma forma diferente, as mulheres elevam o vel das discus-
sões na entidade.
101
Women belong in cooperatives
One of Coopergênero’s pioneering initiatives was devel-
oped in the Northeastern region of Rio Grande do Sul from 2004
to 2005, by the Upper Uruguay Agricultural Cooperative (Co-
trimaio). Approximately 600 wives and daughters of members
took part in the Project for Developing and Enabling Farming
Women in Property Management and Cooperatives, financed by
MAPA and the Presidency of The Republic’s Special Secretariat
for Women’s Policies.
Cotrimaio had been organizing courses for women for
almost 30 years, starting with subjects like cookery and handi-
craft, and moving on to wider matters, including self-esteem and
alternative medicine. But entering the 21
st
century, women want
to know more about issues connected to citizenship and running
their families’ rural properties, which has been the motivation for
different training.
With this demand, and with support from the federal gov-
ernment, Cotrimaio trained groups in 13 municipalities in the re-
gion, bringing together women with different levels of education,
but with the same aims: to learn more about the world around
them. Classes were divided into modules entitled Fundamentals;
Property Administration and Economy; Participation and Citizen-
ship. This diversity offered participants more complete qualifi-
cation. Training programs normally deal with points and dont
explain the logic of the system. In addition to learning theory,
students also visited industries in the region and the Rio Grande
seaport, where they could check how the products from the
fields are taken abroad. Most of them were seeing the sea for
the first time.
Such teaching stimulates women to be more proactivet. An
increase of 400% is estimated in their participation at cooperative
assemblies and core meetings. As they usually look at problems
differently, women raise the level of the entity’s discussions.
El lugar de la mujer es en la cooperativa
Una iniciativa pionera del Coopergênero fue desarrollada
en la región Noroeste de Rio Grande do Sul, entre 2004 y 2005,
por la Cooperativa Agropecuaria Alto Uruguay (Cotrimaio). Apro-
ximadamente 600 esposas e hijas de cooperados participaron del
Proyecto de Desarrollo y Capacitación de la Mujer Agricultora
para la Gestión de la Propiedad y el Cooperativismo, financiado
por el MAPA y por la Secretaría Especial de Políticas para Muje-
res, de la Presidencia de la República.
Hace casi 30 años la Cotrimaio venía promoviendo cursos
dirigidos a las mujeres, iniciando con temas culinarios y artesa-
nales y pasando a asuntos de más alcance, entre ellos autoestima
y medicina alternativa. Pero, entrando al siglo XXI, las mujeres
querían saber más sobre asuntos relacionados a la ciudadanía y
a la administración de las propiedades rurales de sus familias, lo
que motivó una capacitación diferente.
Con esta demanda y con el apoyo del gobierno federal, la
Cotrimaio formó grupos en 13 municipios de la región, reunien-
do a mujeres con diferentes niveles de escolaridad, pero con el
mismo objetivo: aprender más sobre el mundo a su alrededor. Las
aulas fueron divididas en los módulos Fundamentos; Economía y
Gestión de la Propiedad; Participación y Ciudadanía. Esta diversi-
dad proporcionó una calificación más completa a las participan-
tes. Normalmente, los programas de capacitación son puntuales
y no dan la lógica del sistema. Además de aprender teoría, las
alumnas visitaron industrias de la región y el puerto marítimo
de la ciudad de Rio Grande, donde pudieron verificar cómo se
llevan al extranjero los productos que salen de las plantaciones.
La mayoría vio el mar de cerca por primera vez.
Tantas enseñanzas estimularon a las mujeres a ser más
proactivas. Se estima un aumento del 400% en la participación
de ellas en asambleas y reuniones de núcleos de la cooperativa.
En las actividades, como normalmente encaran los problemas
de forma diferente, las mujeres elevan el nivel de las discusiones
en la entidad.
102
Empreendedoras
Em uma propriedade de o José do Inhacorá, no Rio
Grande do Sul, uma tecnologia simples dobrou a produção de
leite. As vacas, antes alimentadas com pasto, passaram a rece-
ber silagem: ao ins de 20 litros, começaram a dar 40 litros
de leite por dia. A melhoria foi obtida graças à sugestão que a
mulher deu ao marido, e resulta das aulas no Projeto de Desen-
volvimento e Capacitação da Mulher Agricultora para a Gestão
da Propriedade e o Cooperativismo, realizado na Cotrimaio, em
Ts de Maio (RS). Mas essa foi apenas uma das muitas coisas
que aprendeu esta mulher agricultora, que precisou deixar o
colégio na terceira série do Ensino Fundamental para ajudar a
família com o trabalho na lavoura. Hoje, ela já compreende até
como funciona a Bolsa de Chicago.
Mais uma inovação ocorreu em uma propriedade na
cidade de Três de Maio, onde outra agricultora, atenta às boas
perspectivas do biodiesel, agregou o girassol às plantações de
milho, soja, trigo e aveia. O marido aprovou a diversificação nas
atividades. O produtor, entusiasmado com as conquistas da mu-
lher, chegou a se emocionar na formatura do curso.
Outra agricultora de Três de Maio tirou ensinamentos di-
ferentes do projeto. Como o marido trabalha na cidade, há cinco
anos ela administra a propriedade do casal. E usa o que aprendeu
no curso técnico de Contabilidade como suporte para gerenciar
as produções de soja, milho, aveia e leite. A maior novidade para
ela foi desmistificar o movimento feminista, do qual só tinha ou-
vido boatos, nem sempre positivos. O estímulo foi tanto que em
2006 ela tornou-se presidente do Conselho Municipal dos Di-
reitos da Mulher de Três de Maio. Constatou que hoje a mulher
rural está mais organizada e que preocupação de mobilizar
também a urbana.
Mesmo tendo participação ativa na sociedade, o capricho
da casa e da propriedade comprovam que a mulher não deixou de
lado os afazeres do lar. Organizando as tarefas, é possível conci-
liar tudo. Depois do aprendizado, duas dessas mulheres foram em
busca de vôos mais altos, literalmente. Elas viajaram para o Rio
Grande do Norte, em maio de 2006, para participar, como pales-
trantes, do Encontro de Mulheres Cooperativistas do Estado,
mostrando os resultados do projeto gaúcho.
103
Entrepreneurs
A simple technique has doubled milk production
on a farm in o José do Inhacorá, Rio Grande do Sul.
Cows previously fed on pasture are now given silage: in-
stead of giving 20 liters, they now give 40 liters of milk per
day. The improvement was obtained thanks to the sugges-
tion of the wife to her husband, result from the classes in
the Project for Developing and Training Women Farmers
for Farm Administration and Cooperatives. But this was
just one of the things this woman farmer learned when
she had to leave school after the third grade of Elementary
Teaching to help her family working in the fields. Now she
even knows how the Chicago stock exchange works.
One more innovation occurred in the town of Ts
de Maio, where another woman farmer, alert to the good
prospects for biodiesel, added sunflowers to the corn, soy-
bean, wheat and oat plantations. Her husband approved.
Her husband gave his approval to activity diversification.
The producer, excited about his wife’s achievements, felt
very happy at the course graduation.
Another farmer from Três de Maio learnt
something different from the project. As her husband
works in the town, she has run the couple’s property
for five years. And she uses what she learnt on the
technical Accountancy course to support administra-
tion of soybean corn, oats and milk production. The
greatest new feature was demystifying the feminist
movement, which she had not always positive rumors
about. She was so encouraged that in 2006 she be
-
came president of the Ts de Maio Municipal Coun-
cil for Women’s Rights. She realized that rural women
are more organized today and there is great concern
in mobilizing urban women, too.
Even playing an active part in society, care for
the house and farm prove that they have not neglected
tasks at home. Organizing the chores, it’s possible to
do everything. Since the course the two women sought
to fly higher, literally. They traveled to Rio Grande do
Norte in May 2006 to speak at the 1
st
Cooperative
Women’s Meeting in the state, showing the results from
the project in Rio Grande do Sul.
Emprendedoras
En una propiedad de São José do Inhacorá, en Rio Grande do Sul, una
cnica simple duplila producción de leche. Las vacas, antes alimentadas con
pasto, pasaron a recibir forraje: en lugar de 20 litros, comenzaron a producir
40 litros de leche por día. La mejora se obtuvo gracias a la sugerencia que la
mujer le dio a su marido, producto de las clases en el Proyecto de Desarrollo y
Capacitación de la Mujer Agricultora para la Gestión de la Propiedad y el Coope-
rativismo, realizado en la Cotrimaio en la ciudad de Ts de Maio (RS). Pero esa
fue sólo una de las muchas cosas que esta mujer agricultora, que precisó dejar
el colegio en el tercer año de la Enseñanza Fundamental para ayudar a la familia
con el trabajo en la plantación, aprendió. Hoy, ella incluso ya sabe mo funciona
la Bolsa de Chicago.
Una innovación s se llea cabo en la ciudad de Ts de Maio, donde
otra agricultora, atenta a las buenas perspectivas del biodiesel, agregó el girasol a
las plantaciones de mz, soja, trigo y avena. El marido apro la diversificación
en las actividades. El productor, entusiasmado con las conquistas de su mujer,
llegó a emocionarse en la graduacn del curso.
Otra agricultora de Ts de Maio sa diferentes lecciones del proyecto.
Como su marido trabaja en la ciudad, hace cinco os ella administra la propiedad
de la pareja. Y ella usa lo que aprend en el curso técnico de Contabilidad como
soporte para administrar las producciones de soja, maíz, avena y leche. La mayor
novedad para ella fue desmitificar el movimiento feminista, del cual sólo había oído
rumores, no siempre positivos. El esmulo fue tanto que en 2006 a ella la eligieron
Presidente del Consejo Municipal de los Derechos de la Mujer de Três de Maio.
Constató que hoy la mujer rural está s organizada y que ya existe la preocupación
de movilizar tambn a la urbana.
Aunque teniendo participacn activa en la sociedad, el cuidado de la
casa y de la propiedad comprueban que la mujer no de de lado los quehace-
res del hogar. Organizando las tareas es posible conciliarlo todo. Después de lo
aprendido, las dos mujeres fueron en búsqueda de vuelos más altos, literalmente.
Ellas viajaron a Rio Grande do Norte, en mayo de 2006, para participar, como
conferencistas del 1º Encuentro de Mujeres Cooperativistas del Estado, mostran-
do los resultados del proyecto gaúcho.
104
Voluntários da cooperação
V o l u n t á r i o s d a c o o p e r a ç ã o
Centro de
Voluntários em
Cooperativismo
e Economia
Social
desencadeia
uma nova
proposta de
auxílio social
nas Américas
Uma legião de voluntários está sendo formada para aju-
dar o desenvolvimento de cooperativas em países americanos e
integrantes da Organização das Cooperativas dos Povos de Língua
Portuguesa (OCPLP). O Centro de Voluntários em Cooperativismo
e Economia Social para as Américas (Vocoopas) foi lançado no
final de 2005 no Brasil. Graças ao apoio do DENACOOP, em pouco
mais de seis meses, o Vocoopas cadastrou 270 voluntários, todos
brasileiros, interessados em colaborar. O voluntário número um foi
o líder cooperativista e ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abas-
tecimento (MAPA) do Brasil, Roberto Rodrigues.
A iniciativa da Vocoopas partiu da organização cooperati-
vista internacional ACDI/Voca, que tem matriz em Washington, nos
Estados Unidos, e atua no Brasil desde a década de 1970, numa
parceria com o DENACOOP. Nesses anos de experiência, a Voca
trouxe centenas de voluntários de outros países para auxiliar co-
operativas brasileiras. Pela experiência acumulada pelo Voca, será
possível criar um banco de dados próprio e fazer o voluntariado no
Brasil e em outros países.
O Vocoopas busca estimular brasileiros a participarem
como voluntários, mas aceitará também pessoas de outros países
interessadas em atuar com os povos americanos e de língua por-
tuguesa. Pode ser voluntário quem tem experiência cooperativa,
prática ou teórica, bem como disponibilidade para prestar con-
sultoria em entidades que precisam de apoio profissional e não
podem arcar com os custos de um consultor.
Este trabalho consegue profissionalizar e melhorar a com-
petitividade dos negócios cooperativos, dando condições de manu-
tenção e de crescimento mesmo num mercado competitivo.
105
BANCO DE DADOS Todos os segmen-
tos do cooperativismo e do associativismo podem ser
assistidos por voluntários, em atividades ligadas a con-
tabilidade, administração, marketing, desenvolvimento
de cooperativas, processamento de produtos agrícolas
e outras. O trabalho começa com um diagnóstico de
problemas e termina com uma orientação sobre manei-
ras de solucioná-los.
O banco de dados do Vocoopas é organizado
com um programa de informática denominado Stars,
desenvolvido pela ACDI/Voca internacional. Ele permi-
te identificar o voluntário com as características que
melhor atendam às necessidades da cooperativa que
precisa de apoio.
DATABASE All fields of cooperatives and asso-
ciations can be helped by volunteers, in activities related
to accounts, administration, marketing, cooperative develop-
ment, agricultural produce processing and others. The work
starts with diagnosing problems and ends with guidance on
how to solve them.
The Vocoopas database is organized with computer
program called Stars, developed by ACDI Voca international. It
enables identification of the volunteer with characteristics that
best meet the needs of the cooperative needing support.
V o l u n t e e r s f o r c o o p e r a t i o n
The Center for Volunteers in
Cooperatives and Social Economy
opens a new social assistance
project in the Americas
A legion of volunteers is being formed to help develop-
ment of cooperatives in American countries and members of the
Portuguese Speaking Peoples’ Organization of Cooperatives (OC-
PLP). The Center for Volunteers in Cooperatives and Social Economy
(Vocoopas) was launched in Brazil at the end of 2005. Thanks to DE-
NACOOP support, in a little less than six months it has registered 270
volunteers, all Brazilian, interested in collaborating. The first volunteer
was the cooperative leader and Brazilian ex-Minister of Agriculture,
Livestock and Food Supply (MAPA), Roberto Rodrigues.
The Vocoopas initiative started from the ACDI/Voca inter-
national cooperative organization, based in Washington, USA, and
working in Brazil since the 1970s, in partnership with DENACOOP.
During these years of experience Voca brought hundreds of vol-
unteers from other countries to assist Brazilian cooperatives. After
working for so long, it will be possible to create a database and
provide volunteers in the country and others.
Vocoopas seeks to encourage Brazilians to take part as vol-
unteers, but will also accept people from other countries interested
in working with American and Portuguese speaking peoples. The
volunteer can have practical or theoretical experience, and also be
available to provide consultancy to entities needing professional
support, and may not charge consultancy fees.
This work manages to professionalize and improve the
competitiveness of cooperative trade, giving conditions for continu-
ation and growth even in a competitive market.
106
Una legión de voluntarios se está formando para ayudar al
desarrollo de cooperativas en países americanos e integrantes de la
Organización de Cooperativas de los Pueblos de Lengua Portuguesa
(OCPLP). El Centro de Voluntarios en Cooperativismo y Economía
Social para las Américas (Vocoopas) fue lanzado al final de 2005
en Brasil. Gracias al apoyo del DENACOOP, en poco más de seis
meses, el Vocoopas registró a 270 voluntarios, todos brasileños,
interesados en colaborar. El voluntario número uno fue el líder coo-
perativista y ex ministro de Agricultura, Pecuaria y Abastecimiento
(MAPA) de Brasil, Roberto Rodrigues.
La iniciativa de la Vocoopas partió de la organización coo-
perativista internacional ACDI/Voca, que tiene matriz en Washington,
en los Estados Unidos, y actúa en Brasil desde la década de 1970,
en una alianza con el DENACOOP. En estos años de experiencia,
Voca trajo a centenas de voluntarios de otros países para auxiliar a
cooperativas brasileñas. Por la experiencia acumulada por el Voca,
será posible, crear un banco de datos propio y hacer el voluntariado
en Brasil y en otros países.
El Vocoopas busca estimular a brasilos a participar como vo-
luntarios, pero acepta tambn a personas de otros pses interesadas
en actuar con los pueblos americanos y de lengua portuguesa. Puede
ser voluntario quien tiene experiencia cooperativa, práctica o teórica, así
como disponibilidad para prestar consultoa en entidades que necesitan
de apoyo profesional y no pueden pagar los costos de un consultor.
Este trabajo consigue profesionalizar y mejorar la competi-
tividad de los negocios cooperativos, dando condiciones de mante-
nimiento y de crecimiento inclusive en el mercado competitivo.
Marcas na trajetória
Os primeiros técnicos voluntários que a ACDI/Voca trouxe para o
Brasil tiveram uma importante atuação no desenvolvimento tecnológico e
organizacional das cooperativas. Vindos principalmente dos Estados Uni-
dos, eles apresentaram novas tecnologias sobretudo para cooperativas
agropecrias, trabalhando diferentes elos das cadeias produtivas.
Os setores lácteo e de soja receberam melhoramentos a partir
das orientações dos técnicos internacionais. A primeira usina de trans-
formação da soja em óleo foi feita pela cooperativa Cotia, de São Paulo,
na cada de 1970, graças ao trabalho voluntário de transferência de
tecnologia das cooperativas americanas.
Para receber um voluntário, a cooperativa precisa se inscrever
junto à Organizão das Cooperativas Brasileiras (OCB), que faz uma
seleção observando a necessidade do apoio. o considerados ainda
outros requisitos, como contabilidade em dia, potencial de reação na
comunidade e condições de prestar apoio lostico aos voluntários.
A prioridade da parceria do DENACOOP com a ACDI/Voca no Brasil
é atender os estados situados no território da Floresta Amanica no
setor da agricultura, como as cadeias produtivas de cupuaçu, guaraná,
abacaxi, piscicultura e oleaginosas, entre outras.
No mundo, a entidade tem 15 mil voluntários cadastrados
e atua em aproximadamente 60 países, principalmente em regiões
de depressão econômica ou que passaram por algum problema am-
biental, político ou financeiro. Esse trabalho está dentro das linhas
da educação cooperativa, da capacitação gerencial, da exportação e
do intercâmbio internacional.
BANCO DE DATOS Todos los sectores del
cooperativismo y del asociativismo pueden ser asistidos por
voluntarios, en actividades relacionadas a contabilidad, admi-
nistración, marketing, desarrollo de cooperativas, proceso de
productos agrícolas y otras. El trabajo comienza con un diag-
nóstico de problemas y termina con una orientación sobre ma-
neras de cómo solucionarlos.
El banco de datos del Vocoopas está organizado con
un programa de infortica denominado Stars, desarrollado
por la ACDI/Voca internacional. El mismo permite identificar
al voluntario con las características que mejor atiendan a las
necesidades de la cooperativa que necesita apoyo.
Voluntarios de la cooperación
Centro de Voluntarios en Cooperativismo
y Economía Social desencadena una nueva
propuesta de auxilio social en las Américas
107
Marking the way
The first volunteer technicians brought to Brazil by
ACDI/Voca did important work in the technological and organi-
zational development of cooperatives. Coming mainly from the
United States, they introduced new technologies, especially for
agricultural cooperatives, working with the different links in the
chains of production.
The dairy and soybean sectors improved after receiving
guidance from international technicians. The first soya oil pro-
cessing plant was made by the Cotia cooperative in São Paulo
in the 70s thanks to voluntary work transferring technology from
American cooperatives.
A cooperative wishing to have a volunteer has to apply to
the Organization of Brazilian Cooperatives (OCB), which makes
the selection according to the need for support and inability to
pay a private consultant. Other features such as current accounts,
potential for community reaction and conditions for logistical
support for volunteers are also considered. DENACOOP and
ACDI/Voca’s partnership priority in Brazil is to provide services
to the agricultural sector in the Amazon states, with production
chains such as cupuaçu, guara, pineapples, fish farming and
oil crops, among others.
In the world, the entity has 15,000 volunteers registered
globally, and works in approximately 60 countries, particularly in
regions that are economically deprived or have undergone some
environmental, political or financial problem. This work complies
with cooperative education, management capacity building, exports
and international cooperation.
Marcas en la trayectoria
Los primeros técnicos voluntarios que ACDI/Voca trajo a
Brasil tuvieron una importante actuación en el desarrollo tecnoló-
gico y organizacional de las cooperativas. Venidos principalmente
de los Estados Unidos, ellos presentaron nuevas tecnologías sobre
todo para cooperativas agropecuarias, trabajando diferentes eslabo-
nes de las cadenas productivas.
Los sectores lácteo y de soja recibieron mejoras a partir de
las orientaciones de los técnicos internacionales. La primera planta
de transformación de soja en aceite la hizo la cooperativa Cotia, de
São Paulo, en la década de 1970, gracias al trabajo voluntario de
transferencia de tecnología de las cooperativas americanas.
Para recibir a un voluntario, la cooperativa necesita can-
didatearse junto a la Organización de las Cooperativas Brasileñas
(OCB), que hace una selección observando la necesidad del apoyo.
Se consideran aún otros requisitos, como contabilidad al día, po-
tencial de reacción en la comunidad y condiciones de prestar apoyo
logístico a los voluntarios. La prioridad de la alianza del DENACO-
OP con ACDI/Voca es atender los Estados situados en el territorio
de la Floresta Amazónica en el sector de la agricultura, como las
cadenas productivas de cupuaçu, guaraná, piña, piscicultura y ole-
aginosas, entre otras.
En el mundo, la entidad tiene 15.000 voluntarios registrados
y actúa en aproximadamente 60 países, principalmente en regiones
de depresión económica o que pasaron por algún problema am-
biental, político o financiero. Este trabajo está dentro de las líneas
de la educación cooperativa, de la capacitación de administración,
de la exportación y del intercambio internacional.
108
Gerenciar uma cooperativa não é tarefa fácil. Seguir os prin-
cípios do cooperativismo e conhecer o ramo de atuação são aspec-
tos imprescindíveis, mas é preciso ainda entender de administra-
ção, contabilidade, técnicas de liderança, tecnologia… Por isso, a
gestão é um desafio do cooperativismo brasileiro. Para buscar pro-
fissionalização, é necessário educação, informação, capacitação e
intercooperação. A preocupação se reflete nos investimentos. Quase
80% do orçamento do DENACOOP, que totaliza cerca de R$ 10
milhões por ano, é aplicado em programas e em ações destinados
a qualificar a gestão das cooperativas brasileiras.
Além disso, o DENACOOP começa a dar forma a um projeto
inovador, chamado, inicialmente, de Universidade do Cooperativis-
mo. A iniciativa vai estimular e organizar a oferta de cursos que
aliam prática e teoria em projetos de educação à distância, usando
as ferramentas da informática. A organização será virtual, contando
com a infra-estrutura física de instituições de ensino parceiras e
tendo um comitê gestor, com especialistas em cooperativismo.
Apesar de ser chamada de universidade, a estrutura teria
forma diversa daquela que tradicionalmente identifica uma institui-
ção de ensino superior. Os cursos oferecidos serão técnicos e um
requisito importante para os docentes será a vivência cooperativa.
A idéia do projeto nasceu a partir do Programa de Estímulo
ao Ensino e à Produção Acadêmica na Área do Cooperativismo,
criado no MAPA pela Portaria Ministerial 157, de 7 de julho
de 2004, para fomentar e para apoiar a educação no setor. Através
dele, também está sendo criado um
link
no portal do Ministério da
Educação e Cultura (MEC) e do MAPA com publicações de acesso
virtual e informações sobre o cooperativismo. Simultaneamente, é
realizado um estudo antropológico sobre a contribuição das coope-
rativas para as comunidades.
O programa também prevê a concessão de bolsas de
estudos para alunos de graduação e pós-graduação interessa-
dos em desenvolver projetos na área. O DENACOOP preocupa-
se especialmente em dar continuidade e apoio financeiro aos
projetos na graduação, na pós-graduação e na especialização
voltados ao cooperativismo.
Estímulo ao conhecimento
E s t í m u l o a o c o n h e c i m e n t o
Um projeto inovador vai estimular e organizar
a oferta de cursos que aliem a prática e a teoria
no ensino sobre cooperativismo
109
Administrating a cooperative is not an easy task. Following
cooperative principles and having knowledge of the field are essen-
tial aspects, but it is also necessary to understand administration,
accounting, leadership techniques, technology… Management is
therefore a challenge for Brazilian cooperatives. To seek profession-
alization, there is a need for education, information, skills and inter-
cooperation. This concern is reflected in investments. Almost 80%
of DENACOOP’s budget, which is around R$ 10 million per year, is
applied to programs and actions for qualifying the administration of
Brazilian cooperatives.
Furthermore, DENACOOP has started to give shape to an in-
novative project, initially called the University of Cooperativism. The
initiative will stimulate and organize the availability of courses linking
practice and theory, and can be followed without leaving home, using
information technology. Organization will be virtual, with a physical
infrastructure of partner teaching institutions, and an administrative
committee with specialists in the cooperative movement.
Although it is called a university, its structure will be different
from that traditionally associated with a higher education institution.
The courses offered will be technical and and a relevant requirement
for the faculty members is an experience of cooperative living.
The idea of the project came from the Program for Stimulat-
ing Teaching and Academic Production in the Area of Cooperatives,
created by MAPA in 2004 to foment and support education in the
sector. It will also create a link on the Ministry of Education and
Culture (MEC) and the MAPA portal to virtual books about coopera-
tives. There will simultaneously be an anthropological study into the
continuation of cooperatives for communities.
The program also foresees awarding study grants to un-
dergraduate and postgraduate students interested in developing
projects in the area. DENACOOP is particularly interested in giving
continuity and financial support to undergraduate, post graduation
and specialization projects geared toward cooperativism.
Knowledge-oriented
An innovative Denacoop project will stimu-
late and organize availability of courses
linking practice and theory in teaching
about cooperatives
Dirigir una cooperativa no es tarea fácil. Seguir los prin-
cipios del cooperativismo y conocer el ramo de actuación son as-
pectos imprescindibles, pero es preciso además entender de ad-
ministración, contabilidad, técnicas de liderazgo, tecnología… Por
esto, la gestión es un desafío del cooperativismo brasileño. Para
buscar profesionalización, se vuelven necesarios la educación, la
información, la capacitación y la intercooperación. La preocupación
se refleja en las inversiones. Casi el 80% del Presupuesto del DE-
NACOOP, que totaliza cerca de R$ 10 millones por año, se aplica
en programas y en acciones destinados a calificar la gestión de las
cooperativas brasileñas.
Además, el DENACOOP comienza a dar forma a un proyecto
innovador llamado inicialmente Universidad del Cooperativismo. La
iniciativa va a estimular y a organizar la oferta de cursos que unen
práctica y teoría en proyectos de educación a distancia, usando las
herramientas de la informática. La organización será virtual, contan-
do con la infraestructura física de instituciones de enseñanza aliadas
y teniendo un comité gestor, con especialistas en cooperativismo.
A pesar de ser llamada universidad, la estructura tenda for-
ma diferente de aquella que tradicionalmente identifica una institución
de enseñanza superior. Los cursos ofrecidos serán técnicos y un re-
quisito importante para los docentes será la vivencia cooperativa.
La idea del proyecto nació a partir del Programa de Es-
mulo a la Enseñanza y a la Produccn Académica en el Área
del Cooperativismo, creado en el MAPA a través del Decreto
Ministerial 157, del 07 de julio de 2004, para fomentar y para
apoyar la educación en el sector. A través de él, se está creando
también un enlace en el portal del Ministerio de Educacn y
Cultura (MEC) y del MAPA, con publicaciones de acceso virtual
e informaciones sobre cooperativismo. Simulneamente, se vie-
ne realizando un estudio antropológico sobre la contribucn de
las cooperativas para las comunidades.
El programa también prevé la concesión de becas de es-
tudios para alumnos de graduación y postgrado interesados en
desarrollar proyectos en el área. El DENACOOP se preocupa es-
pecialmente en dar continuidad y apoyo financiero a los proyectos
en los cursos de graduación, postgrado y especialización volca-
dos al cooperativismo.
Estímulo al conocimiento
Un proyecto innovador del Denacoop va
a estimular y organizar la oferta de cursos
que unan la práctica y la teoría en la
enseñanza sobre cooperativismo
110
Está comprovado cientificamente: as cooperativas são fortes
alavancas para o desenvolvimento das comunidades em que estão in-
seridas. Um estudo do Centro de Pesquisa Aplicada em Antropologia
(BARA, na sigla em inglês) da Universidade do Arizona, nos Estados
Unidos, apontou o quanto elas conseguem regular preços no mer-
cado, servir como exemplos de democracia e contribuir para o cres-
cimento econômico das comunidades e dos associados. A pesquisa
foi feita em cinco cooperativas brasileiras – quatro da região Norte e
uma do Sudeste (no caso, São Paulo) e com entidades paraguaias,
ligadas à agropecuária. O estudo contou com a parceria da entidade
ACDI/Voca Brasil e com o apoio do DENACOOP.
A cooperativa realmente é uma força na comunidade em
que está inserida. Para se chegar a essas conclusões, a equipe de
pesquisadores do BARA fez um trabalho bibliográfico; depois, os
integrantes passaram um tempo nas comunidades. A convivência
possibilitou entrevistar cooperados, líderes do setor, gerentes de
bancos das localidades, autoridades públicas, comerciantes e estu-
diosos. Os resultados foram semelhantes no Brasil e no Paraguai.
O estudo começou em 2004 e tem o prazo de cinco anos
para a conclusão, incluindo mais duas etapas, na Colômbia e na
Bolívia. O enfoque é identificar estratégias bem-sucedidas de coo-
perativas quanto à melhoria da qualidade de vida, usando os casos
em análise como exemplos a serem seguidos. No Brasil, constatou-
se que as cooperativas pesquisadas passaram por momentos de
crise e conseguiram superá-los buscando a profissionalização e a
diversificação de produtos. Porém, ainda desafios. O trabalho
apontou a necessidade de um melhor planejamento das ações das
cooperativas e de mais equilíbrio entre a gestão empresarial e a
preocupação social e educativa com os associados. É importante
ainda uma mudança de comportamento dos cooperados.
Faz bem à comunidade
F a z b e m à c o m u n i d a d e
Pesquisa
desenvolvida
junto a
cooperativas
do Brasil e do
Paraguai aponta
que as entidades
são uma grande
força nas regiões
em que atuam
Representantes ACI e ACDI/VOCA
111
It is scientifically proven: cooperatives are strong levers for
the development of the communities they work in. A study by the
Bureau of Applied Research in Anthropology (BARA) at the Uni-
versity of Arizona in the United States has indicated how they have
managed to control prices in the marketplace, serve as examples
of democracy and contribute to the economic growth of their com-
munities and associates. Research was carried out at five Brazilian
cooperatives – four in the Northern region, and one in the Southeast
(São Paulo) – and with Paraguayan organizations linked to agricul-
ture. BARA worked in partnership with ACDI/Voca Brasil and was
supported by the DENACOOP.
The cooperative really is a force in the community in which it
works. BARA’s research team came to these conclusions by carrying
out bibliographical work and then spending time in the communities.
The interaction enabled them to interview cooperative members, sec-
tor leaders, bank managers, public authorities, merchants and schol-
ars. Results from Brazil and Paraguay were similar.
The study began in 2004 and will take five years to com-
plete, including another two stages, in Colombia and Bolivia. It is
focused on identifying successful cooperative strategies in terms
of quality of life, using the analyzed cases as examples to be fol-
lowed. In Brazil, it was shown that the surveyed cooperatives had
gone through times of crisis, but had managed to overcome them
by becoming professional and through diversification of products.
Challenges remain, however. The study has indicated the need for
better planning of cooperative activities and greater balance be-
tween business management and social and educational concern
by the associates. What is also important is a change in behavior
of the associates.
INSPIRÃO NO TIO SAM
Buscando inspiração no trabalho da Universidade do Ari-
zona, o Brasil também reuniu pesquisadores para estudar o coo-
perativismo. Sob a coordenação da ACDI/Voca Brasil, as equipes
trabalharam com uma organização de São Paulo, na região Sudeste
do País, e outra do Amapá, no Norte. O diagstico indicou reco-
mendações para apoiar as cooperativas e para promover o desen-
volvimento do sistema.
O trabalho dos brasileiros identificou algumas dificulda-
des na forma de administração das cooperativas. É preciso ter
força organizacional para manter o quadro de cooperados em
ação. A cooperativa pode dar muito certo, desde que seja bem
planejada, direcionada, e com objetivos definidos. As conclusões
serão acrescentadas ao trabalho do BARA, da Universidade do
Arizona, nos Estados Unidos.
INSPIRED BY UNCLE SAM
Seeking inspiration from the work by the University of Arizona, Brazil has also assembled
researchers to study cooperatives. Coordinated by ACDI/Voca Brasil, teams are working with an
organization in São Paulo state in the southeast of the country and another in Ama in the north.
Based upon the diagnosis, recommendations are being prepared to support cooperatives and orga-
nize development of the system.
The work by the Brazilians has identified some difficulties in how cooperatives are adminis-
trated. There is a need for an organizational effort to keep the cooperative members in activity. The
cooperative can do very well, when it’s well planned, directed, with defined objectives. The conclu-
sions will be added to the work of the University of Arizona BARA.
Doing good for the community
Research developed with Brazilian and
Paraguayan cooperatives indicates that they are
a major force in the regions they work in
112
INSPIRACN EN EL TÍO SAM
Buscando inspiración en el trabajo de la Universidad de
Arizona, Brasil también reunió a investigadores para estudiar el
cooperativismo. Bajo la coordinación de ACDI/Voca Brasil, los
equipos trabajaron con una organización del Estado de São Paulo,
en la región Sudeste del país, y otra de Amapá, en el Norte. El
diagnóstico indicó recomendaciones para apoyar a las cooperati-
vas y para promover el desarrollo del sistema.
El trabajo de los brasileños identificó algunas dificultades
en la forma de administración de las cooperativas. Es necesario
tener fuerza organizacional para mantener el cuadro de coopera-
dos en acción. La cooperativa puede tener mucho éxito, siempre
que esté bien planeada, dirigida, con objetivos definidos. Las
conclusiones serán añadidas al trabajo del BARA, de la Universi-
dad de Arizona, en los Estados Unidos.
L e h a c e b i e n a l a c o m u n i d a d
Investigación desarrollada junto a
cooperativas de Brasil y de Paraguay
señala que las entidades son una gran
fuerza en las regiones en las que actúan
Está comprobado científicamente: las cooperativas son
fuertes incentivos para el desarrollo de las comunidades en las que
están insertadas. Un estudio del Centro de Investigación Aplicada
en Antropología (BARA, sigla en inglés) de la Universidad de Ari-
zona, en los Estados Unidos, mostró cuánto ellas consiguen regu-
lar precios en el mercado, servir como ejemplos de democracia y
contribuir al crecimiento económico de las comunidades y de los
asociados. La investigación se la hizo en cinco cooperativas brasi-
leñas – cuatro de la región Norte y una del Sudeste (en São Paulo)
– y con entidades paraguayas, ligadas a la agropecuaria. El estudio
contó con la cooperación de la entidad ACDI/Voca Brasil y con el
apoyo del DENACOOP.
La cooperativa realmente es una fuerza en la comunidad en
que esinsertada. Para llegar a estas conclusiones, el equipo de
investigadores del BARA hizo un trabajo bibliogfico; después, los
integrantes pasaron un tiempo en las comunidades. La convivencia
posibilientrevistar a cooperados, líderes del sector, gerentes de
bancos de las localidades, autoridades públicas, comerciantes y estu-
diosos. Los resultados fueron semejantes en Brasil y en Paraguay.
El estudio comenzó en 2004 y tiene el plazo de cinco años
para la conclusión, incluyendo otras dos etapas, en Colombia y en
Bolivia. El enfoque es identificar estrategias exitosas de cooperativas
en lo que se refiere a la mejora de la calidad de vida, usando los ca-
sos en alisis como ejemplos a ser seguidos. En Brasil, se consta
que las cooperativas investigadas pasaron por momentos de crisis y
consiguieron superarlos buscando la profesionización y la diversifi-
cación de productos. Sin embargo todavía hay desafíos. El trabajo
mostró la necesidad de un mejor planeamiento de las acciones de
las cooperativas y de más equilibrio entre la gestión empresarial y
la preocupación social y educativa con los asociados. Es importante
también un cambio de comportamiento de los cooperados.
113
Uma viagem à agropecuária brasileira do século XIX ou um
mergulho em tendências do
agribusiness
. Na Biblioteca Nacional
de Agricultura (Binagri), do MAPA, é possível ter acesso a cerca
de 400 mil volumes ligados à agropecuária. São livros, revistas,
vídeos, CD-ROM’s e legislações que datam do tempo do Brasil Im-
pério aos dias atuais, transformando a Binagri em uma das mais
completas do setor na América Latina.
Criada em 1909, ela desempenha os papéis de coletar, ar-
mazenar e disseminar informações da agricultura e de áreas corre-
latas. Além do acervo próprio, a Binagri abriga o acervo do Instituto
Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) no Brasil
e a Biblioteca Referencial da Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação (FAO). Os materiais estão organizados na
sede do MAPA, em Brasília, acessíveis a qualquer pessoa interes-
sada em pesquisar. A maior parte dos títulos pode ter referências
consultadas também pela internet (www.agricultura.gov.br).
O cooperativismo na estante
Biblioteca do MAPA tem acervo de mais de 400
mil volumes disponíveis para pesquisas, com
destaque para o cooperativismo
O c o o p e r a t i v i s m o n a e s t a n t e
114
COOPERATIVISMO NA REDE O cooperati-
vismo tem destaque entre os temas que compõem o acervo da
Binagri. Além das aproximadamente 5.400 publicações ligadas
ao setor, ele faz parte de um projeto-piloto que pretende abrir
os livros da Binagri para o mundo pela internet. Numa parceria
entre o MAPA e o Ministério da Educação e Cultura (MEC),
publicações de cooperativismo foram digitalizadas, incluindo
títulos muito antigos e raros, e estão sendo disponibilizadas na
íntegra no Portal Domínioblico do MEC (www.mec.gov.br).
A preocupão em respeitar os direitos autorais limi-
tou o volume inicial de documentos digitalizados, priorizando
as obras com cessão de direitos. A intenção é disponibilizar
tulos conforme as autorizações. No futuro, a digitalização
deverá abranger também outros temas da agropecuária, mas
o cooperativismo foi escolhido para começar o processo de-
vido à sua importância no Brasil e aos esfoos do MAPA em
divulgar informões sobre os princípios do cooperativismo
e sua atuão.
A voyage into 19
th
century Brazilian agriculture or a delve
into agribusiness trends. Around 400,000 volumes connected with
agriculture can be accessed in the MAPA National Agriculture Li-
brary (Binagri). It includes books, magazines, videos, CD-ROMs
and legislation dating from the Imperial period in Brazil to the pres-
ent, transforming Binagri into one of the most complete libraries in
the sector in Latin America.
Created in 1909, it performs the functions of collecting,
storing and disseminating information about agriculture and related
fields. In addition to its own collection, Binagri also houses the col-
lection of the Inter-American Cooperation for Agriculture Institute
(IICA) in Brazil and the United Nations Food and Agriculture Orga-
nization (FAO) Reference Library. The material is organized at the
MAPA headquarters in Brasília, and accessible to anyone interested
in research. Most of the titles have references consultable over the
Internet (www.agricultura.gov.br).
T h e
c o o p e r a t i v e s
o n t h e s h e l f
The MAPA Library has more than
400,000 volumes available for
research, with an emphasis on
cooperatives
COOPERATIVES ON THE WEB Cooperatives
stand out as one of the topics in the Binagri collection. In addition to
approximately 5,400 publications associated with the sector, it is also
part of a pilot project that aims to open the Binagri books to the world,
over the Internet. In a partnership between the MAPA and the Ministry
of Education and Culture (MEC), publications on cooperatives were
digitized, including very old and rare titles, now available in their en-
tirety on the Public Domain Portal of MEC (www.mec.gov.br).
Concern for respecting authors’ rights has restricted the
initial number of digitized documents, giving priority to works au-
thorized for publication. The intention is to make more titles avail-
able according to authorization. In the future, digitizing should
comprise other agriculture and livestock issues, but cooperativism
was chosen to start the process becuase of its importance in Bra-
zil and MAPA’s efforts in divulging information on the principles
of cooperativism and its field of action.
115
Un viaje a la agropecuaria brasileña del siglo XIX o una
zambullida en tendencias del
agribusiness
. En la Biblioteca Nacio-
nal de Agricultura (Binagri), del MAPA, es posible tener acceso a
cerca de 400.000 volúmenes relacionados a la agropecuaria. Son
libros, revistas, vídeos, CD-ROM’s y legislaciones que datan del
tiempo del Brasil Imperio a los días actuales, transformando Binagri
en una de las más completas del sector en la América Latina.
Creada en 1909, desempeña los papeles de colectar, al-
macenar y diseminar informaciones de la agricultura y de áreas
relacionadas. Además del acervo propio, Binagri abriga el acervo
del Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura
(IICA) en Brasil y la Biblioteca Referencial de la Organización de
las Naciones Unidas para Agricultura y Alimentación (FAO). Los
materiales están organizados en la sede del MAPA, en Brasilia,
accesibles a cualquier persona interesada en investigar, pero sólo
servidores del Ministerio y de otras bibliotecas están autorizados
a realizar préstamos.
La mayor parte de los títulos puede tener referencias
consultadas también por la Internet (www.agricultura.gov.br). El
ministerio no tiene registro de cuántos internautas o usuarios
la Biblioteca Binagri recibe, pero el mero es creciente, afirma
la coordinadora general, Neuza Arantes Silva. A la biblioteca la
utilizan mucho los estudiantes, investigadores y servidores del
Ejecutivo Federal”, justifica. Otra función que enorgullece a la co-
ordinadora es que desde julio de 1995 la Biblioteca ofrece tam-
bién un Servicio de teléfono 0800, transformado actualmente en
Central de Relaciones y Servicios del Mapa. Por esta herramienta
compuesta de oidor, Recursos Humanos y Help Desk, además
de la biblioteca se da el contacto entre el Ministerio y las soli-
citudes del servidor y de otros ciudadanos.
El cooperativismo en los estantes
La biblioteca del MAPA tiene más de
400.000 volúmenes disponibles para
investigaciones, con destaque para el
cooperativismo
COOPERATIVISMO EN LA RED El cooperati-
vismo tiene destaque entre los temas que componen el acervo
de Binagri. Además de las aproximadamente 5.400 publicacio-
nes relacionadas al sector, él es parte de un proyecto piloto que
pretende abrir los libros de Binagri al mundo por Internet. En
una sociedad entre el MAPA y el Ministerio de la Educación y
Cultura (MEC), publicaciones de cooperativismo fueron digita-
lizadas, incluyendo títulos muy antiguos y raros, y están siendo
colocados a disposicn íntegramente en el Portal Dominio -
blico del MEC (www.mec.gov.br).
La preocupación de respetar los derechos de autor limitó el
volumen inicial de documentos digitalizados, priorizando las obras
con cesión de derechos. La intención es disponer títulos conforme
a las autorizaciones. En el futuro, la digitalización deberá abarcar
también otros temas de la agropecuaria, pero el cooperativismo fue
escogido para comenzar el proceso debido a su importancia en
Brasil y a los esfuerzos del MAPA en divulgar informaciones sobre
los principios del cooperativismo y su actuación.
116
O futuro
Se o passado dita o futuro, o cooperativismo brasileiro tem o progresso pela frente. Os
investimentos na educação cooperativista e na gestão do sistema, que marcam o icio doculo
XXI, preparam o terreno para uma ótima colheita para o setor: profissionalização da gestão; in-
vestimento permanente em educação e comunicação; formação de redes de negócios; e respon-
sabilidade social.
A cooperativa é o braço econômico da organização social e tem que ser tratada com
profissionalismo, gerida como uma empresa, para dar resultado para o sócio-cooperado. Mas
como no setor o grande capital são as pessoas, é preciso valorizar os associados, o quadro
operacional e dirigente.
A tendência da formação de redes é, na verdade, um retorno às raízes do sistema para
encontrar a solidariedade. É necessário formar uma grande teia solidária, com negócios entre
cooperativas. Organizações agropecuárias podem movimentar seus recursos por cooperativas de
crédito e contratar serviços cooperados, por exemplo. As cooperativas também m que se relacio-
nar com as empresas. A responsabilidade social é vista como a prática do discurso cooperativo. Se
o sistema prega a justiça, nada mais correto do que se preocupar com a sociedade que o cerca.
Nesses primeiros anos do século XXI, o cooperativismo mundial promete uma forte onda
de desenvolvimento. Da mesma forma como as cooperativas tiveram um impulso no século XIX
com a Revolução Industrial, que causou exclusão e concentração, hoje, mais experientes e puxadas
pela globalização da economia, que gera os mesmos elementos, elas podem crescer ainda mais.
A expectativa é de uma vigorosa expansão, como resposta à democracia e à paz ameaçadas pela
concentração de riquezas.
C o m o s e r á o a m a n h ã ?
Um retorno às raízes do sistema cooperativo
para encontrar a solidariedade pode ditar os
rumos do movimento no século XXI
117
118
If the past dictates the future, the Brazilian cooperative move-
ment is heading for progress. Investments in cooperative education
and administration of the system, which mark the start of the 21
st
century, are preparing the ground for an excellent harvest for the
sector: professionalization of administration; permanent investment
in education and communication; formation of trading networks;
and social responsibility.
The cooperative is the economic wing of social organization and
has to be run with professionalism, managed like a company, to bring results
for the cooperative member. But as the major capital in the sector is people, it
needs to value its members, the operational team and management.
The trend for forming networks is, in fact, a return to the
roots of the system in pursuit of solidarity. It is necessary to form
a great web of solidarity of trade between cooperatives. Agricultural
organizations can move their resources through credit cooperatives
and contract cooperative doctors, for example. Cooperatives also
have to form relations with companies. Social responsibility is al-
ready seen as the practice of cooperative theory. If the system is
concerned with justice, nothing is more appropriate than it being
concerned with the society around it.
And at this start of the 21
st
century, worldwide cooperativ-
ism is geared toward a strong wave of development. Just as there
was a surge in cooperatives with the 19
th
century Industrial Revolu-
tion, which brought exclusion and concentration of wealth, today,
more experient and pulled by the globalization of the economy,
which generates the same elements, they can grow even further.
Vigorous growth is expected as a response to the threat posed to
democracy and peace by concentration of wealth.
W h a t w i l l t o m o r r o w b r i n g ?
A return to the roots of the
cooperative system in pursuit
of solidarity could dictate the
movement’s direction in
the 21
st
century
119
Si el pasado dicta el futuro, el cooperativismo brasileño
tiene el progreso por delante. Las inversiones en la educación coo-
perativista y en la gestión del sistema, que marcan el inicio del
siglo XXI, preparan el terreno para una excelente cosecha para el
sector: profesionalización de la gestión; inversión permanente en
educación y comunicación; formación de redes de negocios y res-
ponsabilidad social.
La cooperativa es el brazo económico de la organización
social y tiene que ser tratada con profesionalismo, dirigida como
una empresa, para dar resultado al socio-cooperado. Pero como en
el sector el gran capital son las personas, es preciso valorizar a los
asociados, el cuadro operacional y dirigente.
La tendencia de la formación de redes es, en verdad, un
retorno a las raíces del sistema para encontrar la solidaridad. Es ne-
cesario formar una gran malla solidaria, con negocios entre coope-
rativas. Organizaciones agropecuarias pueden mover sus recursos
por cooperativas de crédito y contratar servicios de cooperados, por
ejemplo. Las cooperativas también tienen que relacionarse con las
empresas. Si el sistema pregona la justicia, nada más correcto que
preocuparse con la sociedad que lo cerca.
En estos primeros años del siglo XXI, el cooperativismo
mundial promete una fuerte ola de desarrollo. De la misma forma
que las cooperativas tuvieron un impulso en el siglo XIX con la Re-
volución Industrial, que causó exclusión y concentración, hoy, con
mEas experiencia y empujadas por la globalización de la economía,
que genera los mismos elementos, ellas pueden crecer aún mas. La
expectativa es de un vigoroso crecimiento, como respuesta a la de-
mocracia y a la paz amenazadas por la concentración de riquezas.
¿ C ó m o s e r á e l m a ñ a n a ?
Un retorno a las raíces del
sistema cooperativo para
encontrar la solidariedad
puede dictar los rumbos del
movimiento en el siglo XXI
120
Conclusão
C o n c l u s ã o
O sentido geral das mudanças que m sendo promovidas pelo atual governo é a
inclusão dos excldos. Isto significa que os frutos da nova etapa de desenvolvimento devem ser
distribuídos para todos os cidaos, mas de forma tal que permita melhorar significativamente as
condições de vida dos menos favorecidos...fortalecer a estrutura do cooperativismo é parte
indissociável de uma política de desenvolvimento comprometida com a solidariedade e com a
justiça social.... (discurso do Presidente Lula no Dia Internacional do Cooperativismo, come-
morado no Palácio do Planalto em 4 de julho de 2003).
Para isso, o Departamento de Cooperatvismo e Associativismo DENACOOP,
no cumprimento do seu dever de Estado, busca definir políticas públicas consistentes, que
promovam o desenvolvimento econômico sustentado, a geração de trabalho e de renda, de
modo a eliminar a fome e combater a pobreza e a exclusão social.
Para o pleno cumprimento do seu papel, o DENACOOP estabeleceu diretrizes e
linhas de ação visando projetos de desenvolvimento regional e de fortalecimento do coo-
perativismo no Brasil.
No seu âmbito de atuação, o DENACOOP tem implementado ações de apoio ao desen-
volvimento das cooperativas, das cadeias produtivas e do agronegócio, da redução das desigual-
dades regionais, de gênero e de jovens, além de direcionar seus esforços, principalmente, para o
desenvolvimento humano e para a incluo social.
Dessa forma, o governo federal, por meio do DENACOOP, cumpre o seu papel nas
políticas de desenvolvimento sustentável das cooperativas e do crescimento do cooperativis-
mo nacional, à medida em que promove o estímulo à organização social e econômica, à gestão
social e cooperativada, à promoção do associativismo rural e do cooperativismo em geral, ao
desenvolvimento autogestionário, ao estímulo à competitividade e à promão institucional.
Ministério da Agricu ltura, Pecuária e Abastec imento
121
C o n c l u s i o n
The scope of the changes now being implemented by the government is the inclusion of the excluded. This means
that the fruits of the new development step should be shared by all citizens, but in a manner that allows for the improvement
of the living conditions of the less favored persons - strengthening the structure of cooperativism is an inseparable
part of a development policy committed to solidarity and social justice…” excerpt from President Lulas speech on the
National Cooperativism Day, celebrated at the Planalto Palace on 4 July 2003).
To this end, DENACOOP, in compliance with its State duty, seeks to define consistent public policies, that pro-
mote sustained economic development, the generation of jobs and income, so as to eliminate hunger and fight poverty
and social exclusion.
In order to fulfill its role fully, DENACOOP established directives and action lines aimed at regional development
projects whilst strengthening cooperativism in Brazil.
In its range of action, DENACOOP has implemented actions to support the development of cooperatives,
production chains and agribusiness, the reduction of regional, gender and age inequalities, besides directing its
efforts primarily toward human development and social inclusion.
Therefore, the federal government, through DENACOOP, fulfils its role in the sustainable cooperative de-
velopment policies and the growth of national cooperativism, while encouraging social and economic organization,
social and cooperative management, promotion of rural associativism and cooperativism in general, self manage-
ment development, encouragement to competitiveness and institutional promotion.
C o n c l u s i ó n
El sentido general de los cambios que vienen siendo promovidos por el actual gobierno es la inclusn de los
excluidos. Esto significa que los frutos de la nueva etapa de desarrollo deben ser distribuidos a todos los ciudadanos, pero
de forma tal que permita mejorar significativamente las condiciones de vida de los menos favorecidos...fortalecer la
estructura del cooperativismo es parte indisociable de una política de desarrollo comprometida con la solidaridad y con
la justicia social...(Discurso del Presidente Lula el a Internacional del Cooperativismo, conmemorado en el Palacio del
Planalto el 4 de julio de 2003).
Para esto, el DENACOOP, en cumplimiento de su deber de Estado, busca definir políticas públicas consistentes,
que promuevan el desarrollo económico sustentado, la generación de trabajo y de renta, de forma que se elimine el ham-
bre y se comba la pobreza y la exclusión social.
Para el pleno cumplimiento de su papel, el DENACOOP estableció directrices y líneas de acción buscando pro-
yectos de desarrollo regional y de fortalecimiento del cooperativismo en Brasil.
En su ámbito de acción, el DENACOOP ha implementado acciones de apoyo al desarrollo de las cooperativas,
de las cadenas productivas y del agronegocio, de la reducción de las desigualdades regionales, de género y de jóvenes,
ades de dirigir sus esfuerzos, principalmente, al desarrollo humano y para la inclusión social.
De esta forma, el gobierno federal, por medio del DENACOOP, cumple su papel en las políticas de desarrollo
sostenible de las cooperativas y del crecimiento del cooperativismo nacional, a medida que promueve el esmulo a la
organizacn social y económica, a la gestión social y cooperativizada, a la promocn del asociativismo rural y del coope-
rativismo en general, al desarrollo autogestionario, al estímulo a la competitividad y a la promoción institucional.
Ministry of A gricult ure, Li vestock and Food S uply
Ministerio de Agricu ltura, Pecuaria y Abastec imiento
122
Gestão DENACOOP
Departamento de Cooperativismo e Associativismo
Paulo Roberto da Silva
Coordenação-Geral de Apoio ao Agronegócio Cooperativo
Agamenon Leite Coutinho
Coordenação-Geral de Acompanhamento
Luiz Carlos Colturato
Coordenação-Geral de Autogestão Cooperativista
Vera Lucia Oliveira Daller
EQUIPE TÉCNICA DO DENACOOP
Aura de Lourdes Domingos Pereira
Carlos Juruna de Souza Castello Branco
Fernando Leite Magalhães
Geraldo Antonio de Queiroz Mauricio
Luiz Lesse Moura Santos
João Atílio Zardim
Marconi Lopes de Albuquerque
Marli Bianna do Nascimento Nunes
Maria Aparecida Castro Lima Santos
Sandra Mara de Morais Jardim
Wilson Aparecido Gomes Pickina
Agradecimento Especial
Ao ex-Ministro Roberto Rodrigues, que durante a gestão à frente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estimulou e
criou um novo cenário para as ações do Mapa em prol do cooperativismo brasileiro, ao mesmo tempo em que apoiou a construção do
desenvolvimento e da organização econômica e social do País.
Special Thanks
To former Minister Roberto Rodrigues, who during his tenure as Minister of Agriculture, Livestock and Food Supply encouraged and
created a new scenario for MAPA’s initiatives on behalf of Cooperativism in Brazil, while giving support
Agradecimiento Especial
Al ex Ministro Roberto Rodrigues, que durante la gestión al frente del Ministerio de la Agricultura, Pecuaria y Abastecimiento estimuló y
creó un nuevo escenario para las acciones del MAPA en pro del cooperativismo brasileño, al mismo tiempo en que apoyó la construcci-
ón del desarrollo y de la organización económica y social del País.
123
Abelardo Duarte de Melo Sobrinho
Alair Aparecido Zago
Aldo Brito
Anisia Trevisan
Antônio Wünsch
Carlos André Santos de Oliveira
Célia Gaudencio Martins
Celso Luiz Claro de Oliveira
Clemente Néri Muniz
Daniel Rubens Cenci
Daniel Silva
Denise Pinto Ribeiro
Diva Benevides Pinho
Edilson Urbano
Edinéia Ricci da Silva
Édio Spier
Egon Édio Hoerlle
Érico Feltrin
Evandro Ninaut
Franclin Nascimento
Geci Pungan
Gerson José Lauermann
Gilberto Kny
Guntolf Van Kaick
Ildegardo Rosa Santos
Ives Gandra
Jaime Callado
João Nunes Ramis
José Alberto Evaristo da Silva
José Apolônio de Castro Figueira
José Aroldo Gallassini
José Cauby Pita
José Fernandes Jardim Júnior
José Itamar Maracajá
José Norberto Kretzer
José Paulo Crisóstomo Ferreira
José Roberto Ricken
José Valdir Ribeiro dos Reis
Juarez Pereira
Lécio Lima Costa
Luiz Irineu Schenkel
Lurdes Gresele
Manoel Messias Gonçalves da Cruz
Manoel Waldemiro Francalino da Rocha
Marcio do Valle
Márcio Lopes de Freitas
Marco Antônio Rodrigues
Maria Alice Martins de Souza
Maria Thereza Rosália Teixeira Mendes
Mário De Conto
Marlise Fernandes
Neusa Arantes Silva
Neusa Rasche
Nilson Luiz May
Odacir Zonta
Paulo Ronaldo Pinheiro de Souza
Renato Urbano Seibt
Roberto Coelho da Silva
Roberto Marazi
Seno Dreyer
Sérgio Rodrigues José
Sigismundo Bialoskorki Neto
Tânia Moura
Timothy Finan
Trajano Raul Ladeira de Lima
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e o Departamento de Cooperativismo e Associativismo (DENACOOP)
agradecem a aqueles que concederam entrevistas, disponibilizaram informações, dados, fotografias ou ilustrações e que contribuíram de
alguma forma para a realização desta publicação. Agradecem, em especial, a:
Agradecimentos Acknowledgements Agradecimientos
The Ministry of Agriculture, Livestock and Food Supply (MAPA) and the Cooperativism and Associativism Department (DENACOOP) are
thankful to those people who gave interviews, provided information, data, photos and illustrations, giving their contribution, one way or
another, to this book. Special thanks to:
El Ministerio de Agricultura, Pecuaria y Abastecimiento (MAPA) y el Departamento de Cooperativismo y Asociativismo (DENACOOP)
agradecen a aquellos que concedieron entrevistas, colocaron a disposición informaciones, datos, fotografías o ilustraciones y que contri-
buyeron de alguna forma para la realización de este libro. Agradecen, en especial, a:
124
Ficha técnica
Coordenação Geral: Vera Lúcia Oliveira Daller
Coordenação Editorial: Scheila Maria Correa Fogaça
Projeto gráfico, pesquisa e edição: Editora Gazeta Santa Cruz
Tradução: Traduzca
Revisão: Vera Lúcia Oliveira Daller e Aura Domingos Pereira
Departamento de Cooperativismo e Associativismo
Esplanada dos Ministérios, Bloco D, Anexo Ala B, 1º andar- Brasília-DF, Brasil
CEP: 70043-900 – Tels: ++ (61) 32234392 – 32182787 – Fax: ++ (61) 3225 4386
Central de Relacionamento: 0800 61 1995
Site: www.agricultura.gov.br - e-mail: [email protected].br
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo