47
taxa intrínseca de crescimento populacional para os organismos coletados nos diferentes
locais, obtendo valores de r que variaram de 0,06 a 0,26 para esta espécie.
Sipaúba-Tavares (1988), ao realizar estudos sobre a utilização do plâncton na
alimentação de larvas e alevinos de peixes, estudou o crescimento populacional em
laboratório de algumas espécies zooplanctônicas, obtendo-se os seguintes valores de r:
0,15 para Daphnia similis, 0,36 para Daphnia laevis, 0,23 para Ceriodaphnia silvestrii,
0,25 para Moina micrura, 0,05 para Argyrodiaptomus furcatus, sendo que o maior valor
foi obtido para o rotífero Brachionus falcatus, de 0,54.
Fonseca (1991), ao estudar a biologia e o comportamento em testes de
toxicidade das espécies de Cladocera, Ceriodaphnia silvestrii e Daphnia laevis, as quais
foram cultivadas em laboratório a uma temperatura de 25 ± 2ºC e alimentadas com a
alga Monoraphidium dybowskii (10
5
céls./mL), observou o maior valor da taxa
intrínseca de crescimento populacional para a espécie C. silvestrii (r = 0,32), sendo que
para D. laevis o valor de r foi de 0,26. Esta mesma autora também estudou o
crescimento populacional da espécie de peixe Poecilia reticulata, cultivada em
condições padronizadas e alimentada com organismos zooplanctônicos, encontrando um
valor de r igual a 0,009.
Fonseca (1997), ao realizar testes de toxicidade crônica com amostras de água,
determinou a taxa intrínseca de crescimento populacional de espécies de cladóceros
cultivados em água coletada de alguns pontos da bacia do Rio Piracicaba e mantidos a
uma temperatura de 20 a 25ºC. A autora observou valores da taxa intrínseca de aumento
natural que variaram de 0,26 a 0,35 para Daphnia similis, 0,16 a 0,37 para
Ceriodaphnia silvestrii e 0,26 a 0,33 para Ceriodaphnia dubia.
A espécie Ceriodaphnia silvestrii também foi estudada por Rocha e Sipaúba –
Tavares (1994) e por Santos et al. (2005). As primeiras autoras encontraram um valor de
r igual a 0,28, em culturas mantidas a 24 ± 3ºC, enquanto que Santos et al. (2005)
encontraram um valor de r para esta espécie de 0,53, para organismos mantidos a 25 ±
1ºC.
Bohrer (1995) determinou a taxa intrínseca de crescimento populacional da
espécie Moina micrura, a qual foi cultivada a 25 ± 2ºC, pH 7,2 e alimentada com
Monoraphidium dybowskii (5 x 10
5
céls./mL), para sua utilização em testes de
toxicidade, obtendo-se um valor estimado de r igual a 0,65. Nascimento (1989), ao
estabelecer a taxa de crescimento para esta mesma espécie, cuja alimentação foi
realizada com Monoraphidium densus, obteve o valor de r igual a 0,32.