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incluem o osteossarcoma (Jeraj et al., 1981; Magne & Withrow, 1985;
Cullen & Popp, 2002; Chun, 2004), o fibrossarcoma (Strombeck, 1978;
Patnaik et al., 1980; Magne & Withrow, 1985; Thamm, 2001; Cullen &
Popp, 2002; Tostes et al., 2004), o leiomiossarcoma (Patnaik et al., 1980;
Magne & Withrow, 1985; Thamm, 2001; Chun, 2004), o
rabdomiossarcoma (Johnson, 1997; Thamm, 2001) e o plasmocitoma
(Aoki et al., 2004).
Nos humanos, os tumores hepáticos primários podem originar-se
de hepatites virais crônicas (hepatites do tipo B e C em mais de 85% dos
casos) que evoluem para cirrose e de exposição à aflatoxina, no entanto,
a etiologia dos tumores hepáticos primários em cães é desconhecida
(Tostes et al., 2004). Não há associação entre vírus, carcinógenos
químicos, micotoxinas e drogas (como os corticosteróides) e neoplasias
hepáticas espontâneas (Kelly, 1993), embora neoplasias hepáticas
fossem induzidas em cães pela exposição a várias formas de radiação e
diferentes agentes químicos, incluindo dietilnitrosamina, diclorobenzidina
e aramite (Hammer & Sikkema, 1995; Thamm, 2001).
Os sinais clínicos associados aos tumores hepáticos são vagos e
inespecíficos, e incluem anorexia, letargia, vômito, diarréia, dor e
distensão abdominal, polidipsia e poliúria (Crow, 1985; Hammer &
Sikkema, 1995; Johnson, 1997; Thamm, 2001). Sinais de insuficiência
hepática, como ascite (Patnaik et al., 1980; Crow, 1985; Chun, 2004),
icterícia e distúrbios neurológicos são observados somente em estágios
avançados, quando a neoplasia já atingiu uma proporção considerável do
parênquima hepático (Patnaik et al., 1980; Crow, 1985). Em um estudo,
icterícia e ascite foram relatadas em 18% a 30% dos cães com tumores
hepáticos primários (Hammer & Sikkema, 1995). Distúrbios neurológicos
podem estar associados à encefalopatia hepática ou a metástases para o
sistema nervoso central (Patnaik et al., 1980; Johnson, 1997).