Download PDF
ads:
VLADIMIR MENEZES ALVES
ESTUDO HEMATOLÓGICO E BIOQUÍMICO DO SANGUE DE RATO
SOB AÇÃO DO CÁDMIO EM FUNÇÃO DO SEXO
Dissertação apresentada à Universidade
de Franca, como exigência parcial para a
obtenção do título de Mestre em
Promoção de Saúde.
Orientador: Prof. Dr. Ruberval Armando
Lopes
FRANCA
2006
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
VLADIMIR MENEZES ALVES
ESTUDO HEMATOLÓGICO E BIOQUÍMICO DO SANGUE DE RATO SOB AÇÃO
DO CÁDMIO EM FUNÇÃO DO SEXO
Presidente: ____________________________________________
Nome:
Instituição:
Titular 1: ____________________________________________
Nome:
Instituição:
Titular 2: ____________________________________________
Nome:
Instituição:
Franca, _____/_____/_____
ads:
DEDICO a Deus pela oportunidade de crescimento intelectual,
humano e espiritual.
à minha esposa Susane Guerra Alves, pelo exemplo de mulher,
mãe, esposa e profissional em suas atividades. Estímulo,
orgulho e amor ao entender os dias ausentes ao estudo;
aos meus pais, João e Anna, que sempre me ensinaram a
seguir o caminho do otimismo, lealdade, buscando sempre
coragem para enfrentar os obstáculos e vencer os desafios;
ao Prof. Dr. Ruberval Armando Lopes, mestre e amigo,
sempre muito sereno transmitindo seus conhecimentos com
tranqüilidade e dignidade de homem que nasceu para ser um
educador. Pelo crédito concedido à minha pessoa, e
capacidade de elaboração deste trabalho e muitos outros.
AGRADECIMENTOS
Aos técnicos do laboratório de Estomatologia Sr. Antonio de Campos, Sra.
Edna Aparecida dos Santos Moraes e Sr. Gilberto André e Silva da Universidade de
São Paulo (FORP-USP) pelo tratamento e manuseio dos animais, como também
pela colheita do sangue dos animais e processamento do material;
à Universidade de Franca pela oportunidade de aperfeiçoamento
profissional e intelectual;
ao Professor Dr. Dionísio Vinha, Pró-Reitor Adjunto de Pesquisa e de
Pós-Graduação da Universidade de Franca, pela amizade e demonstração de
confiança;
aos colegas do curso de Pós-Graduação, nível Mestrado em Promoção
de Saúde, em especial: Murilo, Sandra Cristina, Marcelo, Guilherme, Daniela,
Andréia, Karina, Ana Maria, Ana Paula Rocha, Ana Paula Pfister e Marcos.
“Quando subir na vida, suba com dignidade, não pise nas
pessoas pelo caminho, porque quando caíres elas vão apenas
observar sua queda.”
Anônimo
RESUMO
ALVES, Vladimir Menezes. Estudo hematológico e bioquímico do sangue de rato
sob ação do cádmio em função do sexo. 2006. 64 f. Dissertação (Mestrado em
Promoção de Saúde) – Universidade de Franca, Franca.
Ratos Wistar, machos e fêmeas, foram injetados subcutaneamente com CdCl
2
com
a finalidade de estudar hematológica e bioquimicamente os efeitos do cádmio no
sangue. Durante os oito dias após a administração de 0,4 mg/ml/dia de CdCl
2
,
ocorreram os seguintes eventos: 1) o peso corporal estava reduzido; 2) o cádmio
reduziu o número total de eritrócitos, o conteúdo de hemoglobina, o hematócrito e a
percentagem de linfócitos; por outro lado aumentou o número total de leucócitos e a
percentagem de neutrófilos nas fêmeas; 3) o CdCl
2
aumentou a percentagem de
neutrófilos e diminuição da percentagem de linfócitos nos machos; 4) houve um
aumento de aspartato aminotransferase e bilirrubina, além de diminuição da
creatinina nas fêmeas; 5) nos machos houve diminuição da fosfatase alcalina e do
colesterol. Nas condições deste trabalho, as alterações mais evidentes foram
observadas nas fêmeas tratadas com CdCl
2.
Palavras-chave: cádmio; sangue; rato; macho; fêmea.
ABSTRACT
ALVES, V. M. Haematological and biochemical studies on rat blood, according
to sex, after cadmium treatment. 2006. 64 f. Dissertation (Master Degree in Health
Promotion) – Universidade de Franca, Franca.
Male and female Wistar rats were injected with CdCl
2
subcutaneously to examine
haematologically and biochemically the effects of cadmium on blood. During the eight
days after administration of 0.4 mg/ml/day CdCl
2
, the following sequence of events
occurred: 1) body weight was reduced; 2) the cadmium decreased red blood count,
hemoglobin content, hematocrit, and percentage of lymphocytes; on the other hand
increased the while blood cell count and percentage of neutrophyls in female rat; 3)
the CdCl
2
increase percentage of neutrophyls and decrease the percentage of
lymphocytes in male rat; 4) aspartate aminotransferase and bilirrubin were
significantly increased due to the CdCl
2
administration, where as creatinine was
decreased in female rats; 5) alkaline phosphatase and cholesterol were decreased in
male rats. The more evident blood alterations were observed in female rat.
Key words: cadmium; blood; rat; male; female.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 9
1 REVISÃO DE LITERATURA.......................................................................... 11
1.1 O CÁDMIO...................................................................................................... 11
1.2 AÇÕES DO CÁDMIO...................................................................................... 12
1.3 AÇÕES DO CÁDMIO NO SANGUE ............................................................... 16
2 OBJETIVOS ................................................................................................... 21
3 MATERIAL E MÉTODOS............................................................................... 22
3.1 MATERIAL...................................................................................................... 22
3.1.1 Animais e tratamento...................................................................................... 22
3.2 MÉTODO........................................................................................................ 23
3.2.1 Parâmetros hematológicos ............................................................................. 23
3.2.2 Parâmetros bioquímicos ................................................................................. 23
3.3 TÉCNICA ESTATÍSTICA................................................................................ 24
4 RESULTADOS ............................................................................................... 26
4.1 PESO CORPORAL ......................................................................................... 26
4.2 RESULTADOS HEMATOLÓGICOS............................................................... 27
4.3 RESULTADOS BIOQUÍMICOS ...................................................................... 35
5 DISCUSSÃO .................................................................................................. 41
CONCLUSÕES......................................................................................................... 48
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 49
9
INTRODUÇÃO
A concentração de cádmio nas pessoas tem aumentado como
conseqüência da rápida expansão da tecnologia industrial que tem introduzido no
ambiente quantidades crescentes de cádmio (BRANCATO et al., 1976). Existem
evidências de que a exposição ocupacional e ambiental ao cádmio causa doenças
sérias, tais como: dano renal (POTTS, 1965), enfisema (FRIBERG, 1957;
KAZANTZIS et al., 1963), osteomalácia (TSUCHIYA, 1969), doença cardíaca
arteriosclerótica (SCHROEDER, 1965,1967), hipertensão (SCHROEDER, 1965),
proteinúria (KENDREY; ROE, 1969), amiloidose (BAUM; WORTHEN, 1967),
doenças cardiovasculares (CARROLL, 1966) e doença de Itai-itai, a qual se
manifestou endêmica numa área, pesadamente poluída com cádmio, da prefeitura
de Toyama-Japão (KASUYA et al., 1992; YASUDA et al., 1995), clinicamente
caracterizada por disfunção tubular proximal renal, osteomalácia com dor severa
devido a fraturas ósseas múltiplas e anemia.
A toxicidade do cádmio tem sido demonstrada experimentalmente em
numerosas espécies de animais. As manifestações da toxicidade incluem: anemia
(FOX et al., 1971), hipertensão (PERRY; ERLANGER, 1971), proteinúria
(AXELSSON; PISCATOR, 1966), necrose testicular (PARIZEK; ZAHOR, 1956;
POWELL et al.; 1964), descoramento dos dentes incisivos, hipertrofia ventricular
associada com anemia (WILSON et al., 1941), desenvolvimento de tumores no
interstício (GUNN et al., 1963; ROE et al., 1964), sarcoma (HADDON et al., 1964;
GUNN et al., 1968).
10
Ficou bem estabelecido que muitas dessas lesões no rato podem ser
prevenidas aplicando-se simultaneamente zinco, cobre, ferro ou selênio (PARIZEK,
1957; HILL et al., 1963; MASON; YOUNG, 1967; PARIZEK et al., 1969, POND;
WALKER, 1972).
11
1 REVISÃO DE LITERATURA
1.1 O CÁDMIO
O cádmio (Cd), juntamente com o zinco e o mercúrio, constituem o
grupo 2B da tabela periódica de elementos. Biologicamente, o zinco é um oligometal
essencial, ao passo que cádmio e mercúrio são metais tóxicos, não sendo dessa
forma essenciais para a vida (TANDON et al., 2001).
A concentração de cádmio na crosta terrestre é em torno de 0,1 a
0,2µg/g, sendo o 67º elemento em ordem de abundância (PETERSON; ALLOWAY,
1979). As concentrações de cádmio no solo estão em torno de 0,01 a 0,7µg/g,
(LINDSAY, 1979). O minério cádmio existente não é explorado comercialmente e
aproximadamente 95% da produção primária de cádmio advém da produção do
zinco (HISCOCK, 1983). A sua ocorrência na natureza é na forma de mineral raro, a
greemockita (CdS); também acompanha muitos minérios de zinco como blenda e
calamita. Contudo, a contaminação ambiental oriunda de erosões é insignificante, se
comparada com as atividades humanas como fonte de poluição (ARANHA et al.,
1994).
O cádmio ocupa um lugar próximo ao chumbo e arsênico em
importância toxicológica, já que seu nível no meio ambiente, resulta de atividades
industrial e agrícola (FRIBERG et al., 1986a). O cádmio é tido como um dos
elementos mais perigosos para a alimentação humana, particularmente pelo seu
12
caráter acumulativo (GARRIDO et al., 1991). Sua presença tende a aumentar dia a
dia em conseqüência da contaminação ambiental, pela manipulação e refinação do
metal, assim como por seus múltiplos usos industriais: em pigmentos, processos de
cadmiagem galvânica, elaboração de substâncias plásticas vinílicas, fertilizantes
(ARANHA et al., 1994), baterias de cádmio/níquel, semicondutores, estabilizadores,
ligas metálicas (HISCOCK, 1983), artigos escolares, corantes e pigmentos em
embalagens para alimentos (GARRIDO et al., 1990,1991).
Os compostos à base de cádmio têm sido largamente usados como
substância corante para diversos tipos de aplicação devido ao seu alto poder de
cobertura, baixo custo e excepcional estabilidade à luz e às altas temperaturas,
principalmente quando utilizado em plásticos. Entretanto, quando presentes em
embalagens para alimentos, estes compostos podem migrar para o conteúdo
apresentando riscos para a saúde (GARRIDO et al., 1991).
O cádmio é alterado no processo metabólico e possui elevado efeito
acumulativo no organismo, daí sua importância toxicológica fundamental (GARRIDO
et al., 1991). A toxicidade pelo cádmio é dependente da dose, via de administração e
duração da exposição.
O cádmio está incluído na lista de substâncias químicas e processos
considerados potencialmente perigosos pelas Nações Unidas em seu Programa
Ambiental (IRPTC, 1987).
1.2 AÇÕES DO CÁDMIO
O cádmio não é biodegradável e sua vida média é muito longa (10-30
13
anos) em humanos (FRIBERG et al., 1986b; GOYER et al., 1995). Kjellstrom e
Nordberg (1978) encontraram meias-vidas para o cádmio em torno de 8 a 14 anos,
dependendo do órgão.
A ingestão de cádmio através de alimentos e água potável é a via mais
comum de exposição em não fumantes e em pessoas não expostas
ocupacionalmente. O cádmio pode ser inalado, sendo dessa forma absorvido em
maior quantidade que o ingerido (FRIBERG et al., 1974). O cigarro e os alimentos
são os principais meios de exposição não ocupacional ao cádmio na população dos
EUA (WANG et al., 1994).
O cádmio se acumula no homem com a idade, sendo praticamente
inexistente em recém-nascidos, o que se deve provavelmente à barreira placentária
(ROSA; GOMES, 1988a). O acúmulo de cádmio atinge cerca de 30mg aos 50-60
anos (ARANHA et al., 1994), sendo maior em fumantes (ROSA; GOMES, 1988a). A
concentração de cádmio no sangue de mães fumantes é significantemente maior do
que no de não fumantes (HALLÉN et al., 1995). Em indivíduos fumantes, as
concentrações de cádmio no sangue eram de 4 a 5 vezes mais altas quando
comparadas a não fumantes (AKESSON et al., 2002).
Na gravidez, a captação do cádmio é aumentada (SVANBERG, 1975;
BHATTACHARYYA et al., 1986; WHELTON et al., 1993). Também há um aumento
no acúmulo de cádmio no tecido mamário durante a gestação (BHATTACHARYYA
et al., 1981, 1982).
O cádmio concentra-se preferencialmente nos rins e fígado, sendo a
função desses órgãos importante no acúmulo do metal por períodos prolongados. A
meia-vida biológica deste elemento no rim humano é acima de 10 anos (FRIBERG et
al., 1979; IPCS, 1992). Sua ação tóxica se deve ao efeito bloqueador sobre
14
oagrupamento sulfidrila (-SH) de proteínas, competindo com os metais essenciais,
tal como o zinco na ação enzimática (ARANHA et al., 1994). Sabe-se que a
hepatotoxicidade induzida pelo cádmio relaciona-se aos efeitos do metal sobre as
funções mitocondriais (AL NASSER, 2000).
Em animais de laboratório, a exposição aguda ao cádmio induz
primeiramente injúria hepática e testicular, enquanto que a exposição crônica resulta
em dano renal e osteotoxicidade (DUDLEY et al., 1982, 1984; GOYER et al., 1995).
O rim é o principal alvo da toxicidade do cádmio após a exposição
crônica ao metal (FRIBERG et al., 1986a; GOYER et al., 1995). Sabe-se que a
nefrotoxicidade induzida pelo cádmio é causada por um complexo cádmio-
metalotioneína (CdMT). O complexo cádmio-metalotioneína é sintetizado no fígado
em resposta à exposição ao cádmio, e é liberado na circulação quando o fígado é
danificado, ou quando a concentração hepática de cádmio-metalotioneína esteja
saturada (DUDLEY et al., 1984). O complexo cádmio-metalotioneína circulante é um
potente nefrotóxico (NORDBERG; NORDBERG, 1975; CHERIAN; GOYER, 1976),
sendo sequestrado pelos rins por endocitose (FOULKES, 1978) e rapidamente
degradado por enzimas lisossômicas (CAIN; HOLT, 1983; KLAASSEN et al., 1994;
TANG et al.; 1998), liberando dessa forma íons cádmio, e produzindo injúria renal
(KLAASSEN et al., 1994).
Outros órgãos comumente afetados são os pulmões e o cérebro
(MINNEMA, 1992; PROVIAS et al., 1994; BRUS et al., 1995). A inalação de cádmio
tem sido implicada com o desenvolvimento de enfisema e fibrose pulmonar
(DRISCOLL et al., 1992). De todos os órgãos (rins, fígado, pulmões), os do sistema
nervoso em desenvolvimento parecem ser os mais vulneráveis aos danos
ocasionados pelo cádmio (GILL et al., 1989; MINNEMA, 1992; PROVIAS et al.,
15
1994).
Animais intoxicados pelo cádmio no período pós-natal apresentam
distúrbios do sistema nervoso (encefalopatia) (WEBSTER; VALOIS, 1981). Estudos
experimentais têm mostrado que os danos histopatológicos aos tecidos nervosos
são mais extensos nos animais em desenvolvimento, quando comparados aos
animais adultos (GABBIANI et al., 1967). Esses estudos sugerem que a idade dos
animais é muito importante na determinação da suscetibilidade aos efeitos
neurotóxicos do cádmio, devido à imaturidade da barreira hemato-encefálica
(SKULA et al., 1996).
Em adição, estudos comprovam que as crianças excretam, pela via
renal, quantidades proporcionalmente menores de cádmio, quando comparadas aos
adultos (KOSTIAL et al., 1978), o que permitiria uma ação mais prolongada do metal.
Pela importância, há que se lembrar que o cádmio ocasiona diminuição
da fertilidade (CARMICHAEL et al., 1982; ELINDER, 1986), aumento de morte intra-
uterina (devido à má formações congênitas) e crescimento fetal insuficiente em
hamsters, ratos e camundongos (CARMICHAEL et al.; 1982; ELINDER, 1986;).
Foram observadas mal formações, tais como: palato fissurado, hidrocefalia e
ectodactilia, etc., após exposição experimental de ratos ao cádmio (FAUSTON;
SCOTT, 1985).
Os efeitos tóxicos do cádmio podem resultar, também em hipertensão
e anemia (ROSA; GOMES, 1988b). Sugere-se que a hipertensão esteja associada
com o prejuízo da homeostase intracelular do cálcio, induzida pelo cádmio
(ABDOLLAHI et al., 2000). A administração de cádmio induz a uma anemia por
deficiência de ferro. Crowe e Morgan (1997) observaram que esta anemia inicia-se
durante o período de lactação, retardando o crescimento dos filhotes. O cádmio
16
interfere diretamente com a absorção do ferro no intestino, competindo com este no
processo de absorção (SCHAFER; ELSENHANS, 1985; KJOLOWSKA et al., 1993;
ELSENHANS et al., 1994; SCHÜRMANN et al., 1996).
Trabalhos realizados no Laboratório de Estomatologia da FORP/USP,
utilizando fetos de ratos que receberam uma única dose não teratogênica de cloreto
de cádmio no 10º dia de prenhes, mostraram que o cádmio provocou alterações no
desenvolvimento do epitélio palatino (BRENTEGANI et al., 1994) e glândula
submandibular (PINTO et al., 1995, 1998).
A presença de cádmio na matriz do esmalte em desenvolvimento pode
prejudicar, também, a amelogênese (GERLACH, et al., 2000).
O cádmio pode ser encontrado em diversos materiais utilizados na
prática odontológica, entre eles pigmentos de resinas acrílicas (ROSSOW;
KOPPANG, 1973; KAABER et al., 1982), amálgama de cobre, ligas ortodônticas de
solda de prata (BRUNE, 1986). Devido à sua toxicidade, o uso do cádmio na prática
odontológica deveria ser evitado (GEBHARDT; GEIER, 1996).
1.3 AÇÃO DO CÁDMIO NO SANGUE
Ficou demonstrado que o cádmio causa alterações hematológicas nos
vertebrados superiores. Além de causar anemia, que foi observada tanto nas aves
(FREELAND, COUSINS, 1973) como nos mamíferos, incluindo o homem (FRIBERG
et al., 1971; NOMIYAMA et al., 1975), há uma tendência à eosinofilia observada em
ratos e coelhos tratados com cádmio (NILSSON, 1970). Os estudos em peixes são
17
pouco numerosos. Gardner e Yevich (1970) observaram um aumento dos
granulócitos eosinofílicos no sangue de Fundulus heteroclitus expostos a níveis altos
de cádmio. Outros estudos mostraram que a exposição ao cádmio não afetava os
valores do hematócrito ou o conteúdo de hemoglobina, quer no linguado
Pseudopleuronectes americanus (CALABRESE et al., 1975) ou no peixe-gato
Ictalurus punctatus (SMITH et al., 1976). Por outro lado, experimentos em três
espécies de teleósteos (enguia européia, perca e linguado) de águas salobras
evidenciaram que a exposição subaguda ao cádmio resultou em redução significante
no conteúdo de hemoglobina e no hematócrito (LARSSON, 1975).
Trabalhando com o linguado, Pleuronectes flesus, exposto ao cádmio,
Johansson-Sjöbeck e Larsson (1978) observaram uma diminuição marcante no
conteúdo de hemoglobina, no valor do hematócrito e no número de hemácias. Já
que o VCM, o HCM e o CHCM, como também o tamanho do núcleo dos eritrócitos e
os eritrócitos como um todo, não mostraram alterações durante o experimento, o
distúrbio cádmio induzido nos eritrócitos pode ser classificado como uma anemia
normocítica e normocrômica. Os autores observaram que os motivos possíveis
dessa anemia seriam o cádmio induzir um aumento no volume plasmático, um
aumento na perda ou destruição dos eritrócitos e/ou na diminuição do índice de
produção de eritrócitos. Estes autores observaram que o aumento no número de
leucócitos dependia do aumento do número de linfócitos (linfocitose). Por outro lado,
Calabrese et al. (1975) não observaram qualquer alteração significante no
hematócrito, hemoglobina ou contagem de eritrócitos no linguado,
Pseudopleuronectes americanus, exposto ao cádmio. Smith et al. (1976) notaram
valores similares inalterados para hematócrito e hemoglobina no peixe-gato,
Ictalurus punctatus.
18
Em suínos o cádmio provoca uma condição extrema de anemia
(ALBER, 1963), do tipo microcítica hipocrômica (OSUNA et al., 1979) relacionadas
com valor diminuído do VCM (microcítica) e valor diminuído para a hemoglobina
(hipocrômica) (OSUNA; EDDS, 1982). Os autores observaram contagem menor de
leucócitos nos animais tratados com cádmio.
Trabalhando com camundongos intoxicados com cádmio (300 mg/l
cloreto de cádmio no bebedouro, durante 12 meses), Hays e Margaretten (1985)
observaram hipoplasia da medula óssea com celularidade grandemente reduzida e
diminuição das células progenitoras resultando em anemia, reticulocitopenia e
neutropenia, combinado com uma deficiência de ferro e estoques reduzidos de ferro
na medula.
Kunimoto e Miura (1986) observaram no rato tratado com cádmio (1,0
mg/kg subcutaneamente) um quadro de anemia pelo aumento da densidade de
hemácias e pelo aumento do seqüestro destas células, provavelmente no baço.
Houve diminuição do hematócrito e aumento do número de leucócitos. Em 1984,
Lutton et al., observaram que o cádmio exerce efeitos tóxicos na eritropoiese in vitro,
no rato.
Além do mecanismo proposto na etiologia da anemia, induzida pelo
cádmio, onde a deficiência de ferro origina-se em parte da medula óssea ou então
de produto hemolítico (FRIBERG et al., 1986a), foi descrito como contribuidor à
anemia a hipoprodução de eritropoietina pelo rim do rato (HORIGUCHI et al., 1994,
1996, 2000).
Trabalhando com ratos adultos machos tratados com cádmio,
Theocharis et al. (1994) e Funakoshi et al. (1995) observaram níveis aumentados de
algumas enzimas séricas, tais como: alanina aminotransferase, aspartato
19
aminotransferase, fosfatase alcalina, lactato deidrogenase, sorbitol deidrogenase,
proteínas séricas totais e albumina sérica. Ainda mais, o cádmio estimula a delta-
ácido aminolevúlinico deidrogenase, que desempenha papel crucial na formação da
hemoglobina (HOGAN; RAZNIAK, 1992).
Guilhermino et al. (1998) verificaram que o tratamento agudo de ratos
adultos machos com cádmio (4, 6, 9 ou 13,5 mg cádmio/kg peso corporal) provocava
um aumento do número de leucócitos e plaquetas, além de diminuição na
percentagem de linfócitos na circulação. Fuciková et al. (1995) encontraram valores
maiores para a hemoglobina e diferenças no número de monócitos em ratos
expostos ao cádmio durante 28 dias.
No camundongo, o cádmio (2,5 mg/kg subcutaneamente) provocou
uma diminuição da hemoglobina, do número de eritrócitos e leucócitos e no
conteúdo de proteína plasmática, além de um quadro de linfopenia, neutrofilia,
monocitose e eosinófilia (KARMAKAR et al., 2000).
Administrando acetato de cádmio (50 mg de cádmio/l de água no
bebedouro) durante 12 semanas, Ktapcinska et al. (2000) o observaram no rato uma
diminuição significante na hemoglobina e no hematócrito. O VCM e o HCM também
estavam reduzidos e o CHCM estava inalterado, sendo que tais observações
caracterizaram uma anemia hipocromica.
El-Demerdash et al. (2004) administraram cloreto de cádmio (5mg/Kg
via sonda gástrica) e observaram atividades diminuídas de glutationa S-transferase,
fosfatase alcalina e acetilcolinesterase, enquanto que as atividades de aspartato
aminotransferase e alanina aminotransferase estavam aumentadas. Observaram
aumento da glicose, uréia, creatinina e bilirrubina no plasma. Por outro lado, o
cádmio diminuiu a proteína total plasmática, albumina, hemoglobina, o número de
20
eritrócitos; o número de leucócitos aumentou.
21
2 OBJETIVOS
Tendo-se em vista que o cádmio é transportado via corrente sangüínea
aos vários tecidos e que o metal está localizado principalmente nas hemácias, são
objetivos do presente trabalho:
a) Estudar os parâmetros hematológicos de ratos machos e fêmeas
no sangue total (EDTA); e
b) estudar parâmetros bioquímicos do soro, de ratos de ambos os
sexos que receberam cloreto de cádmio subcutaneamente
durante 8 dias.
22
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 MATERIAL
3.1.1 Animais e tratamento
Foram utilizados 20 Rattus norvegicus (albinus), variedade Wistar, de
ambos os sexos, sendo 10 machos e 10 fêmeas (5 machos controles e 5 machos
tratados com cádmio, 5 fêmeas controles e 5 fêmeas tratadas com cádmio). Os ratos
foram alimentados ad libitum com ração comercial peletizada para roedores e
tiveram acesso livre à água no bebedouro. Os animais foram mantidos em caixas
apropriadas em sala com temperatura ao redor de 22ºC, umidade ao redor de 60% e
ciclo dia-noite de 12 horas, tendo sido pesados no inicio e fim do experimento.
O cloreto de cádmio foi injetado na dosagem de 0,4 mg/ml/dia
subcutaneamente durante 8 dias. Ao final do período experimental, os animais foram
anestesiados (injeção de Hypnol 3%) e o sangue foi colhido por punção cardíaca.
Após a coleta o sangue foi colocado em tubos para a realização do preparo do
material: para exames hematológicos o sangue foi colocado em tubo com EDTA (3
ml de sangue para 100µl de EDTA), para os exames bioquímicos o sangue foi
colocado em tubo seco (sem anticoagulante), que após a retração do coagulo (20
23
minutos) foi centrifugado em uma centrifuga de tubos por 10 minutos a 2800 rpm.
Após a centrifugação é feita a separação do soro para as dosagens bioquímicas.
3.2 MÉTODOS
3.2.1 Parâmetros hematológicos
O sangue total obtido foi analisado em aparelho Cell-DIN 1700 ABBOT
para contagem de eritrócitos (milhões/mm
3
), determinação do hematócrito (%),
hemoglobina (g/dL), volume corpuscular médio (µm
3
), hemoglobina corpuscular
média (pg) e concentração de hemoglobina corpuscular média (g/dL).
A série branca foi estimada por meio da contagem global de leucócitos
(mm
3
), utilizando-se o mesmo aparelho. A contagem diferencial de leucócitos foi
avaliada em extensão sangüínea corada pelo Método de Leishman (corante MERK).
3.2.2 Parâmetros bioquímicos
Após colheita do sangue o soro foi separado e todas as determinações
bioquímicas foram realizadas em aparelho automatizado de alto desempenho –
COBAS-MIRA PLUS – ROCHE, com metodologia analítica de uso consolidado nas
24
análises químicas, por meio de Kits reagentes da marca LABTEST tradicional no
mercado brasileiro: glicose, pelo método da glicose-oxidase/peroxidase (TRINDER,
1969), colesterol total, pelo método da enzimático-trinder (ALLAIN et al., 1974);
triglicérides, pelo método da lipase/glicerol-oxidase/peroxidase (McGOWAN et al.,
1983); ácido úrico, pelo método enzimático trinder (FOSSATI et al., 1980); uréia,
pelo método UV/cinético acoplado (HALLET; COOK, 1971); creatinina, pelo método
cinético baseado na reação de Jaffé modificado (BARTTELS; BOHMER et al.,1973);
alanina-amino transferase, pelo método cinético otimizado segundo a IFCC
(BERGMEYER et al., 1986); aspartato-amino transferase, pelo método cinético
otimizado segundo a IFCC (BERGMEYER et al., 1986); fosfatase alcalina, pelo
método cinético (BOWERS et al., 1981); cálcio total, pelo método colorimetrico com
reação de ponto final em complexo cálcio-arsenazo III (LEARY et al., 1992); cálcio
ionizado , pelo método de eletrodo seletivo (MILLER et al., 1998) e a bilirrubina total
e bilirrubina direta, pelo método Sims-horn (BOWERS et al., 1981); a bilirrubina
indireta é obtida pela diferença entre as bilirrubinas total e a direta (BOWERS et al.,
1981).
3.3 TÉCNICA ESTATÍSTICA
Para o confronto estatístico dos resultados foi utilizado o teste não
paramétrico de Wilcoxon-Mann-Whitney. Para os diversos cálculos matemáticos
envolvidos nos estudos histométricos, foram utilizados diversos programas para
computador do tipo IBM-PC, em linguagem BASIC AVANÇADO (BASICA)
25
elaborados pelos Professores Doutores Geraldo Maia Campos e Miguel Angel Sala
Di Matteo, do Departamento de Estomatologia da FORP/USP, visando ao
processamento dos dados experimentais.
26
4 RESULTADOS
4.1 PESO CORPORAL
Analisando-se a Tabela 1, verifica-se que o peso corporal final das
fêmeas intoxicadas pelo cádmio era significantemente menor (266,6 g) quando
comparado ao da fêmea controle (298,4 g - p<0,01). O peso corporal dos ratos
machos tratados com cádmio (358,2g) era menor em função dos controles (401,0g -
p<0,05).
Tabela 1 – Pesos corporais (g) de machos e fêmeas controles (C) intoxicados pelo
cádmio (T). Teste de Wilcoxon - Mann-Whitney.
Machos Fêmeas
Peso inicial Peso final Peso inicial Peso final
C T C T C T C T
222 219 384 356 241 225 307 283
218 224 398 364 242 217 303 273
219 218 392 343 235 235 297 242
217 212 400 336 234 238 292 243
223 228 431 392 218 226 293 292
X
X
X
X
X
X
X
X
219,8 220,2 401,0 358,2 234,0 228,2 298,4 266,6
U calc = 12 U calc = 2
**
U calc = 8 U calc = 1
*
p|U| = 0,500 p|U| = 0,016 p|U| = 0,210 p|U| = 0,008
*
p<0,01;
**
p<0,05
27
4.2 RESULTADOS HEMATOLÓGICOS
Analisando-se a Tabela 2, observa-se que o número de hemácias das
fêmeas expostas ao cádmio era menor (3,60 milhões/ml) que o das fêmeas controles
(4,43 milhões/ml – p<0,05). Nos machos os valores deste parâmetro eram
semelhantes (4,76 milhões/ml para os controles e 4,59 milhões/ml para os
intoxicados), conforme está evidenciado na Tabela 5.
O conteúdo de hemoglobina do sangue das fêmeas intoxicadas era
menor (11, 11 g/dL) quando comparado ao da fêmea controle (12,74 g/dL - p<0,01).
Nos machos esses valores de hemoglobina eram semelhantes (13,05 g/dL para o
controle e 12,96 g/dL para o intoxicado) (Tabelas 2 e 5).
O valor do hematócrito da fêmea intoxicada era menor (41,40%)
quando comparado à fêmea controle (45,40% - p<0,05). Esses valores no macho
mostraram-se semelhantes (46,80% nos controles e 45,40% nos intoxicados)
(Tabelas 2 e 5).
Os valores para VCM (fl), HCM (pg) e CHCM (g/dL) mostraram-se
semelhantes nos grupos controles e tratados, tanto para as fêmeas quanto para os
machos (Tabelas 2 e 5).
O número total de leucócitos estava grandemente aumentado nas
fêmeas tratadas com cádmio (10240/mm
3
) em função das fêmeas controles (4500/
mm
3
- p<0,01). Os neutrófilos polimorfonucleares estavam aumentados nas fêmeas
intoxicadas (41,0%) em função das controles (25, 6% - p<0,05) (Tabela 3); já os
linfócitos estavam diminuídos (55,2% nas tratadas e 69,8% nas controles – p<0,05).
Os monócitos e os eosinófilos mostraram valores semelhantes nos dois grupos
28
estudados. Os basófilos, linfócitos atípicos, blastos, plaquetas, promielócitos,
mielócitos, metamielócitos e bastonetes estavam ausentes dos dois grupos de
animais (Tabelas 3 e 4).
Embora o número total de leucócitos seja maior nos machos tratados
com cádmio (9720/ mm
3
) quando comparado ao controle (6220/ mm
3
) tal diferença
não se mostrou significante. Os neutrófilos polimorfonucleares estavam aumentados
nos machos tratados (39,8%) quando comparados aos controles (25,8% – p<0,01);
os linfócitos estavam diminuídos nos animais tratados (54,6%) em função do
controle (69,8% – p<0,01). Os monócitos e eosinófilos evidenciaram valores
semelhantes nos dois grupos estudados. Os basófilos, linfócitos atípicos, blastos,
plaquetas, promielócitos, mielócitos, metamielócitos e bastonetes estavam ausentes
no sangue dos ratos de ambos os grupos estudados (Tabelas 6 e 7).
29
Tabela 2 – Hemograma (Serie Vermelha) de ratos do sexo feminino controles (C) e tratados com cádmio (T). Teste de Wilcoxon –
Mann-Whitney.
Nº hemácias
(milhões/ml)
Hemoglobina
(g/dL)
Hematócrito
(%)
VCM
(fl)
HCM
(pg)
CHCM
(g/dL)
C T
C T
C T
C T
C T
C T
4,35 2,45 12,41 11,84 44,00 40,00 101 163 29 48 28 30
4,65 4,40 12,33 11,50 45,00 43,00 97 98 27 26 27 27
4,35 3,80 12,70 11,00 49,00 40,00 113 105 29 29 26 28
4,70 3,95 12,90 9,30 43,00 40,00 91 101 27 24 30 23
4,10 3,40 13,36 11,89 46,00 44,00 112 129 33 35 29 27
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
4,43 3,60 12,74 11,11 45,40 41,40 102,8 119,2 29,0 32,4 28,0 27,0
U calc = 3
**
U calc = 0
*
U calc = 3
**
U calc = 8 U calc = 12 U calc = 10
p|U| = 0,028 p|U| = 0,004 p|U| = 0,028 p|U| = 0,210 p|U| = 0,500 p|U| = 0,345
*p<0,01; **p<0,05
30
Tabela 3 – Leucograma (%) de ratos do sexo feminino controles (C) e tratados com cádmio (T). Teste de Wilcoxon – Mann-
Whitney.
Neutrófilos(%)
Nº leucócitos
(mm
3
)
Promielócitos (%) Mielócitos (%) Metamielócitos (%) Bastonetes (%) Segmentado (%)
C T
C T
C T
C T C T C T
4.900 10.600 0 0 0 0 0 0 0 0 15 41
3.200 13.800 0 0 0 0 0 0 0 0 37 53
3.200 10.300 0 0 0 0 0 0 0 0 33 48
5.200 10.800 0 0 0 0 0 0 0 0 19 45
6.000 5.700 0 0 0 0 0 0 0 0 24 18
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
4.500 10.240 0 0 0 0 0 0 0 0 25,6 41,0
U calc = 1
*
- - - - U calc = 4
**
p|U| = 0,008 - - - - p|U| = 0,048
*p<0,01; **p<0,05
31
Tabela 4 – Leucograma (%) de ratos do sexo feminino controles (C) e tratados com cádmio (T). Teste de Wilcoxon – Mann-
Whitney.
Eosinófilos (%) Basófilos(%) Linfócitos (%) LinfócitosAtípicos(%) Monócitos (%) Blastos (%)
C T
C T
C T C T C T C T
2 1 0 0 82 57 0 0 1 1 0 0
1 0 0 0 60 42 0 0 2 5 0 0
3 2 0 0 61 47 0 0 3 3 0 0
4 1 0 0 74 51 0 0 3 3 0 0
1 0 0 0 72 79 0 0 3 3 0 0
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
2,2 0,8 0 0 69,8 55,2 0 0 2,4 3,0 0 0
U calc = 5 - U calc = 4
**
- U calc = 7 -
p|U| = 0,075 - p|U| = 0,048 - P|U| = 0,155 -
**p<0,05
32
Tabela 5 – Hemograma (Serie Vermelha) de ratos machos controles (C) e tratados com cádmio (T). Teste de Wilcoxon – Mann-
Whitney.
Nº hemácias
(milhões/ml)
Hemoglobina
(g/dL)
Hematócrito
(%)
VCM
(fl)
HCM
(pg)
CHCM
(g/dL)
C T
C T
C T
C T
C T
C T
3,90 4,90 10,89 14,78 44,00 49,00 113 100 28 30 25 30
5,60 4,65 13,47 13,56 46,00 45,00 82 97 24 29 29 30
6,55 5,35 13,03 12,24 48,00 46,00 73 86 20 23 27 27
4,35 4,25 13,00 12,18 50,00 45,00 115 106 30 29 26 27
3,40 3,80 14,84 12,03 46,00 42,00 135 111 44 32 32 29
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
4,76 4,59 13,05 12,96 46,80 45,40 103,6 100,0 29,2 28,6 27,8 28,6
U calc = 12 U calc = 11 U calc = 8 U calc = 10 U calc = 11 U calc = 8
p|U| = 0,500 p|U| = 0,421 p|U| = 0,210 p|U| = 0,345 p|U| = 0,421 p|U| = 0,210
33
Tabela 6 – Leucograma (%) de ratos machos controles (C) e tratados com cádmio (T). Teste de Wilcoxon – Mann-Whitney.
Neutrófilos (%)
Nº leucócitos
(mm
3
)
Promielócitos (%) Mielócitos (%) Metamielócitos(%) Bastonetes (%) Segmentado(%)
C T
C T
C T
C T C T C T
6.200 12.600 0 0 0 0 0 0 0 0 22 40
8.400 7.000 0 0 0 0 0 0 0 0 26 36
4.900 5.200 0 0 0 0 0 0 0 0 20 36
6.200 13.600 0 0 0 0 0 0 0 0 32 34
5.400 10.200 0 0 0 0 0 0 0 1 29 53
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
6.220 9.720 0 0 0 0 0 0 0 0,2 25,8 39,8
U calc = 5 - - - - U calc = 0
*
p|U| = 0,075 - - - - p|U| = 0,004
*p<0,01
34
Tabela 7 – Leucograma (%) de ratos machos controles (C) e tratados com cádmio (T). Teste de Wilcoxon – Mann-Whitney.
Eosinófilos(%) Basófilos (%) Linfócitos (%) LinfócitosAtípicos(%) Monócitos(%) Blastos (%)
C T C T C T C T C T C T
1 1 0 0 75 54 0 0 2 5 0 0
1 2 0 0 67 59 0 0 6 3 0 0
1 1 0 0 76 54 0 0 3 9 0 0
1 1 0 0 66 63 0 0 1 2 0 0
1 1 0 0 65 43 0 0 5 2 0 0
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
1,0 1,2 0 0 69,8 54,6 0 0 3,4 4,0 0 0
U calc = 10 - U calc = 0
*
- U calc = 10 -
p|U| = 0,345 - p|U| = 0,004 - p|U| = 0,345 -
*p<0,01
35
4.3 RESULTADOS BIOQUÍMICOS
Observando-se as Tabelas 8 e 10, verifica-se que os valores para
glicose eram semelhantes nas fêmeas (130,55 mg/dL para as controles e 141,33
mg/dL para as intoxicadas) como nos machos (137,74 mg/dL para os controles e
127,98 mg/dL para os tratados). Os valores para o cálcio ionizado (mmol/L) e o total
(mg/dL), do ácido úrico (mg/dL), triglicérides (mg/dL) e uréia (mg/dL) eram
semelhantes nas fêmeas e nos machos controles e tratados. Nas fêmeas os valores
para colesterol total (mg/dL) eram semelhantes nos animais controles e tratados;
entretanto, nos machos os valores eram menores (69,35 mg/dL) no tratado quando
comparados aos dos controles (102,74 mg/dL – p<0,01).
Analisando-se as Tabelas 9 e 11, observa-se que os valores para a
creatinina eram menores na fêmea intoxicada (0,48 mg/dL) quando comparados às
das fêmeas controles (0,62 mg/dL – p<0,05); os valores da creatinina dos machos
eram semelhantes em ambos os grupos de animais estudados. Os valores para o
aspartato amino-transferase eram maiores na fêmea tratada (163,20 U/l) em função
da controle (128,60 U/l – p<0,01); já nos machos os valores eram semelhantes nos
dois grupos estudados. Os valores para a alanina amino-transferase eram
semelhantes tanto para as fêmeas quanto para os machos. Os valores para a
bilirrubina (mg/dL) total, direta e indireta eram maiores na fêmea tratada (0,35, 0,07 e
0,28 respectivamente) em função da controle (0,16, 0,05 e 0,11 respectivamente –
p<0,01); nos machos observou-se que a bilirrubina direta era menor (0,06 mg/dL) no
animal tratado em função do controle (0,08 mg/dL), os valores para bilirrubina total
e indireta eram semelhantes nos animais de ambos grupos estudados. Os valores
36
para fosfatase alcalina (U/l) mostraram-se semelhantes nas fêmeas de ambos
grupos estudados; entretanto eram menores nos machos intoxicados (134) em
função dos controles (190 - p<0,05).
37
Tabela 8 – Valores bioquímicos médios do sangue de ratos do sexo feminino controles (C) e tratados com cádmio (T). Teste de
Wilcoxon – Mann-Whitney.
Cálcio
Glicose
(mg/dL)
Ionizado
(mmol/L)
Total
(mg/dL)
Ácido Úrico
(mg/dL)
Colesterol
(mg/dL)
Triglicérides
(mg/dL)
Uréia
(mg/dL)
C T
C T
C T
C T C T C T
C T
136,57 131,17 0,56 0,59 4,73 5,05 0,81 1,42 112,03 89,96 71,01 112,12 41,36 50,50
139,53 103,59 0,53 0,56 4,52 4,78 1,58 1,23 93,41 86,92 30,04 48,58 51,72 43,81
110,58 152,91 0,64 0,55 5,43 4,66 2,08 1,17 99,47 119,77 49,97 84,71 42,01 44,79
150,48 152,38 0,55 0,53 4,71 4,48 1,48 0,96 92,88 86,92 51,35 89,14 42,01 44,87
115,59 166,59 0,62 0,58 5,28 4,98 0,74 4,23 95,40 83,58 64,36 61,46 58,00 42,67
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
130,55 141,33 0,58 0,56 4,93 4,79 1,34 1,80 98,64 93,43 53,35 79,20 47,02 45,33
U calc = 8 U calç = 12 U calc = 10 U calc = 12 U calc = 5 U calc = 6 U calc = 5
p|U| = 0,210 p|U| = 0,500 p|U| = 0,345 p|U| = 0,500 p|U| = 0,075 p|U| = 0,111 p|U| = 0,075
38
Tabela 9 – Valores bioquímicos médios do sangue de ratos do sexo feminino controles (C) e tratados com cádmio (T). Teste de
Wilcoxon – Mann-Whitney.
Bilirrubina (mg/dL) Creatinina
(mg/dL)
Aspartato amino-
trasferase
(U/l)
Alanina amino-
transferase
(U/l)
Total Direta Indireta
Fosfatase
Alcalina
(U/L)
C T
C T
C T
C T C T C T
C T
0,60 0,60 127,00 192,00 46,00 59,00 0,16 0,34 0,05 0,07 0,11 0,27 85 107
0,60 0,60 109,00 137,00 47,00 38,00 0,15 0,34 0,04 0,08 0,11 0,26 52 101
0,70 0,40 145,00 154,00 52,00 52,00 0,18 0,35 0,05 0,07 0,13 0,28 75 57
0,60 0,40 130,00 159,00 46,00 45,00 0,17 0,32 0,05 0,05 0,12 0,27 90 63
0,60 0,40 132,00 174,00 46,00 51,00 0,16 0,42 0,06 0,08 0,10 0,34 96 91
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
0,62 0,48 128,60 163,20 47,40 49,00 0,16 0,35 0,05 0,07 0,11 0,28 79,6 83,8
U calc = 3
**
U calc = 1
*
U calc = 12
U calc = 0
*
U calc = 1
*
U calc = 0
*
U calc = 11
p|U| =0,028 p|U| = 0,008 p|U| = 0,500 p|U| = 0,004 p|U| = 0,008 p|U| = 0,004 P|U| = 0,421
*p<0,01; **p<0,05
39
Tabela 10 – Valores bioquímicos médios do sangue de ratos machos controles (C) e tratados com cádmio (T). Teste de Wilcoxon
– Mann-Whitney.
Cálcio
Glicose
(mg/dL)
Ionizado
(mmoL/L)
Total
(mg/dL)
Ácido Úrico
(mg/dL)
Colesterol
(mg/dL)
Triglicérides
(mg/dL)
Uréia
(mg/dL)
C T
C T
C T
C T C T C T
C T
168,55 120,08 0,65 0,69 5,52 5,86 2,05 2,35 107,63 94,14 68,79 70,73 51,97 46,09
140,83 130,26 0,60 0,64 5,11 5,44 0,69 2,23 104,29 17,26 93,29 45,82 50,74 41,00
139,09 128,82 0,60 0,66 5,12 5,60 1,17 2,66 82,22 71,23 74,88 113,78 50,17 49,68
127,30 124,33 0,61 0,62 5,19 5,26 0,86 0,39 120,50 81,90 79,73 79,04 46,75 39,00
112,93 136,42 0,62 0,56 5,29 4,30 1,30 1,82 99,06 82,22 73,50 38,02 45,52 47,64
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
137,74 127,98 0,62 0,63 5,25 5,29 1,21 1,89 102,74 96,35 78,04 69,51 49,03 44,68
U calc = 8 U calc = 7 U calc = 8 U calc = 6 U calc = 1
*
U calc = 9 U calc = 5
p|U| = 0,210 p|U| = 0,155 p|U| = 0,210 p|U| = 0,111 p|U| = 0,008 p|U| = 0,274 p|U| = 0,075
*p<0,01
40
Tabela 11 – Valores bioquímicos médios do sangue de ratos machos controles (C) e tratados com cádmio (T). Teste de Wilcoxon
– Mann-Whitney.
Bilirrubina (mg/dL) Creatinina
(mg/dL)
Aspartato amino-
trasferase
(U/l)
Alanina amino-
transferase
(U/l)
Total Direta Indireta
Fosfatase
Alcalina
(U/L)
C T
C T
C T
C T C T C T
C T
0,60 0,50 108,00 129,00 51,00 50,00 0,37 0,12 0,08 0,05 0,29 0,07 129 100
0,50 0,50 106,00 154,00 54,00 54,00 0,33 0,18 0,09 0,04 0,24 0,14 207 162
0,50 0,50 107,00 160,00 64,00 53,00 0,35 0,39 0,06 0,07 0,29 0,32 185 199
0,60 0,50 132,00 137,00 76,00 55,00 0,37 0,34 0,06 0,08 0,31 0,26 260 102
0,50 0,50 152,00 114,00 63,00 58,00 0,35 0,33 0,09 0,06 0,26 0,27 169 105
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
0,54 0,50 121,00 138,80 61,60 54,00 0,35 0,27 0,08 0,06 0,28 0,21 190 134
U calc = 9
U calc = 5
U calc = 6
U calc = 6
U calc = 5
U calc = 9
U calc = 4
**
p|U| =0,274 p|U| = 0,075 p|U| = 0,111 p|U| = 0,111 p|U| = 0,048 p|U| = 0,274 p|U| = 0,048
**p<0,05
41
5 DISCUSSÃO
A inibição do crescimento relacionada à ingestão de cádmio, conforme
observada em nosso material tanto nos machos como nas fêmeas, foi descrita em
várias espécies de animais incluindo ratos (WILSON; EDS, 1950; SANSI; POND,
1974; HORIGUCHI et al., 1996), camundongos (HAYS; MARGARETTEN, 1985),
coelho (NOMIYAMA et al., 1973), suínos (COUSINS et al., 1973; OSUNA; EDDS,
1982), galinha (HILL et al., 1963) e codorna (FOX et al., 1971). Por outro lado, não
foi observada alteração no peso corporal do rato por Kunimoto; Miura (1986) e do
camundongo por Karmakar et al. (2000).
É fato conhecido que a inibição do crescimento e a anemia são
causadas pela ingestão de cádmio (FOX et al., 1971; COUSINS et al., 1973; SANSI;
POND, 1974; MAJI; YOSHIDA, 1974; SUZUKI; YOSHIDA, 1978).
O crescimento parece estar relacionado ao nível de cádmio na dieta,
como também a quantidade de alimento consumido. Jacobs et al. (1956) e Mustafa;
Cross (1971) demonstraram, in vitro, a interferência do cádmio com o transporte de
elétrons e o metabolismo energético. Tal inibição se efetiva in vivo , poderia explicar
o retardo do crescimento, embora possam estar envolvidos numerosos processos
homeostáticos e endócrinos. Não está claro, entretanto, até onde o consumo
reduzido de dieta seria um fator na inibição do crescimento descrito. Powell et al.
(1964) observaram que bezerros alimentados com cádmio exibiram uma redução do
crescimento dose-dependente.
42
Os parâmetros hematológicos diminuídos (hemoglobina, hematócrito e
número total de eritrócitos) observados na fêmea tratada com cloreto de cádmio
(Tabela 2) está de acordo com os resultados de Satake et al. (1999), Ktapcinska et
al. (2000), Karwakar et al. (2000) e El-Demerdash et al. (2004), os quais mostraram
que o cloreto de cádmio ocasiona alterações nos índices sangüíneos de ratos. A
redução do conteúdo de hemoglobina pode ser devido ao aumento do índice de
destruição ou redução no índice de formação de eritrócitos. Esta premissa está
apoiada pelo número total de eritrócitos observado nos animais tratados (Tabela 2).
Ainda mais, a redução nos parâmetros sangüíneos número de eritrócitos e
hemoglobina podem ser atribuídas à hiperatividade da medula óssea que leva à
produção de hemácias com integridade prejudicada, as quais seriam facilmente
destruídas na circulação (TUNG et al., 1975). Os valores diminuídos da
hemoglobina, observados neste trabalho, é indicativo de anemia hipocrômica. O
aumento do número total de leucócitos (Tabela 3) nas fêmeas tratadas com cloreto
de cádmio está em acordo com os resultados de Yousef et al. (1998) na ovelha,
Satake et al. (1999) no gerbil, Yousef et al. (1999) no coelho, El-Demerdash et al.
(2004) no rato e Osuna e Edds (1982) em suínos. Este aumento no número de
leucócitos pode indicar uma ativação do sistema imune do animal. O número
diferencial dos leucócitos mostrou valores baixos para linfócitos e altos para
neutrófilos, tanto para as fêmeas como para os machos (Tabelas 3, 4, 6 e 7), e tais
fatos estão em acordo com os dados de Satake et al (1999) no gerbil e Karmakar et
al. (2000) no camundongo.
Neste trabalho os ratos machos não mostraram alterações nos
parâmetros hematológicos número total de hemácias, hemoglobina, hematócrito,
VCM, HCM e CHCM (Tabela 5).
43
Embora a contagem de células periféricas não seja suficiente para
indicar uma alteração na qualidade e quantidade de células precursoras, ela ainda é
o meio para se determinar a toxicidade nos índices hematológicos (SCHOFELD,
1986). A destruição das hemácias indica anormalidade nas funções hepatocelulares
e alterações morfológicas das células e indica também alterações na relação
colesterol/fosfolipídeos da membrana e no seu conteúdo (SHERLOCK; DOOLEY,
1993). O efeito adverso do cádmio tempo-dependente provavelmente influencia os
mecanismos de síntese da hemoglobina, como mostrado pelos níveis mais baixos
de hemoglobina e do número total de hemácias, e as alterações induzidas pelo
cádmio na contagem diferencial dos leucócitos, pode ser devida a alterações na
relação linfóide/mielóide. Neutrófilos ativados produzem espécies oxigênios reativos
durante as reações inflamatórias e se acumula nos neutrófilos, o tecido seria exposto
a grandes quantidades de conteúdos dos neutrófilos potencialmente injuriosos
(ROLLET-LABELLA et al., 1998).
O cádmio após administração oral ou parenteral aparece no sangue e
é transportado via sangue, aos vários tecidos (FRIBERG et al., 1974; KLAASSEN;
KOTSONIS, 1977). Estudos crônicos mostraram que o cádmio no sangue está
localizado principalmente nas hemácias (FRIBERG, 1952; TRUHAUT; BOUDENE,
1954; CARLSON; FRIBERG, 1957; HILDEBRAND; CRAM, 1979). Estudos utilizando
uma única dose confirmaram tais resultados (NORDBERG et al., 1971). Garty et al.
(1981) observou que o cádmio presente nos restos da membrana e citosol das
hemácias, estava aumentado no mesmo grau após administração intravenosa única.
O cádmio é transportado nas hemácias ligado a uma metalotioneína, e observa-se
na literatura a hipótese de que a fonte de metalotioneína está nas células
progenitoras precoces das hemácias (TANAKA et al., 1985; GRIDER et al., 1990;
44
HUBER; COUSINS, 1993a, b). Em estudo mais recente, Min et al. (1995) sugeriu
que o cádmio-metalotioneína (Cd-MT) do baço passa ser a fonte do Cd-MT nas
hemácias maduras. Dentre os tipos de células sangüíneas, os linfócitos tem
habilidade em sintetizar metalotioneína e esta síntese é induzida pelos metais
(ALEXANDER et al., 1982).
A administração de cádmio causa um rápido desaparecimento das
hemácias 3H-marcada da circulação (KUNIMOTO; MIURA, 1986). No
envelhecimento, as hemácias estão com densidade aumentada e estas células são
retiradas rapidamente da circulação (WINTERBOURN; BATT, 1970; COHEN et al.,
1976). Tomando os dois fenômenos em conjunto, é provável que as células mais
densas induzidas pelo cádmio sejam retiradas rapidamente da circulação de maneira
similar ao caso das células mais densas envelhecidas (KUNIMOTO; MIURA, 1986).
Neste trabalho, foi possível observar nas fêmeas um aumento na
atividade da aspartato amino-transferase (AST) no plasma, embora a alanino amino-
transferase (ALT) não tenha se alterado. Este aumento está em acordo com os
dados de El-Demerdash (2004). A atividade aumentada da AST e ALT no plasma,
indica uma transaminação ativa de aminoácidos e o funcionamento dos cetoácidos
os quais provavelmente são incorporados no ciclo do ácido tricarboxílico para a
oxidação (KNOX; GREENGARD, 1965). Ainda mais, o aumento da atividade de AST
e ALT no plasma é devido principalmente à liberação destas enzimas, a partir do
citosol do fígado, para a corrente sangüínea (NAVARRO et al., 1993), o que indica o
efeito hepatotóxico do cloreto de cádmio. Estas enzimas não estavam alteradas nos
machos utilizados neste trabalho.
A inibição da atividade da fosfatase alcalina nos ratos machos tratados
com cloreto de cádmio, utilizados neste trabalho, está em acordo com os achados de
45
Rana et al. (1996), El-Demerdash e Elagamy (1999) e El-Demerdash et al. (2004).
Ainda mais, El-Demerdash et al. (2001) revelaram que o cloreto de cádmio causava
in vitro uma inibição significante da atividade da fosfatase alcalina no plasma
humano. A diminuição na atividade da fosfatase alcalina pode ser devida a
alterações na permeabilidade da membrana plasmática somadas às alterações no
equilíbrio entre a síntese e a degradação da enzima (RANA et al., 1996). Também
Lakshmi et al. (1991) observaram que a inibição da fosfatase alcalina pode ser
devida ao colapso do sistema de transporte da membrana e um efeito inibitório no
crescimento e proliferação celulares. No presente trabalho, não se observou
alteração na atividade da fosfatase alcalina das fêmeas.
De um modo geral, o efeito tóxico do cádmio na atividade de diversas
enzimas e geração de radicais livres pode ser devido a um grande número de
processos celulares incluindo a substituição do zinco em muitas reações enzimáticas
vitais. Também, o cádmio substitui o cálcio nas proteínas ligadas ao cálcio
causando ruptura e parada da atividade que pode levar ao estresse oxidativo. O
cádmio ocasiona perda da habilidade da membrana plasmática em atuar como uma
barreira, levando à perda de enzimas catalíticas e substratos dos estoques
intracelulares (ALVAREZ; STOREY, 1984). Soma-se à hipótese de ação do cádmio
quer em substituir os co-fatores dos metais do sítio ativo ou ligar-se a um sítio que
desativa a própria enzima (CASALINO et al., 1997).
Os valores aumentados da bilirrubina total, direta e indireta,
observados nas fêmeas utilizadas no presente trabalho, devido ao tratamento com
cloreto de cádmio, estão em acordo com os achados de Massanyi et al. (1995),
Rana et al. (1996) e El-Demerdash et al. (2004) em coelhos e ratos. Rana et al.
(1996) afirmam que o aumento plasmático de bilirrubina (hiperbilirrubinemia) pode
46
ser resultante de uma diminuição da captação, conjunção ou hemólise aumentada
no fígado. Estes fatos são coincidentes com a diminuição do número total de
eritrócitos. Nos ratos machos, deste trabalho não houve alteração no conteúdo de
bilirrubina.
Embora Massanyi et al. (1995), Rana et al. (1996) e El-Demerdash et
al. (2004) tenham verificado no coelho e no rato glicose sangüínea aumentada, não
foram observadas no presente trabalho alterações na glicose de machos e fêmeas
utilizados. Massanyi et al. (1995) atribuem o aumento dos níveis de glicose a uma
utilização menor da glicose e/ou interrupção na insulina e glucagon.
El-Demerdash et al. (2004) observaram no rato tratado com cádmio um
aumento na uréia e creatinina do sangue; e tais valores estavam em acordo com os
observados por Rana et al. (1996), também no rato-macho. Sabe-se que a uréia
elevada no sangue está relacionada com o catabolismo protéico elevado nos
mamíferos e/ou com a conversão da amônia em uréia como resultado da síntese
aumentada da enzima arginase envolvida na produção de uréia (HARPER et al.,
1979). De acordo com estas observações, El-Demerdash et al. (2004) observaram
no rato que as concentrações de proteínas totais estavam diminuídas nos animais
tratados com cloreto de cádmio. Ainda mais, as concentrações aumentadas de uréia
e creatinina plasmáticas poderiam ser devidas a uma disfunção do rim como
sugerido pelo peso maior dos rins, segundo estes autores. No presente trabalho não
se observou alteração nos conteúdos de uréia nos plasmas dos ratos de ambos os
sexos; o conteúdo de creatinina estava diminuído nas fêmeas e inalterado nos
machos.
Observou-se, neste trabalho, que o colesterol total no plasma dos ratos
machos estava significantemente diminuído em função do seu controle. Nas fêmeas
47
não se observou diferença entre controles e tratadas. Há que se lembrar que o
colesterol é o precursor dos ácidos biliares e dos hormônios esteróides e um
constituinte-chave das membranas celulares, mediando a sua fluidez e
permeabilidade.
Os ratos machos e fêmeas utilizados neste trabalho, não mostraram
diferenças nos valores para cálcio, ácido úrico e triglicérides entre os grupos
controles e tratados.
48
CONCLUSÕES
Nas condições do presente trabalho, foi possível concluir que a
administração subcutânea de CdCl
2
provocou no rato:
1. redução do peso corporal em ambos os sexos;
2. redução do número total de eritrócitos, do conteúdo de
hemoglobina, hematócrito e percentagem de linfócitos, além de
aumento do número total de leucócitos e do percentual de
neutrófilos polimorfonucleares nas fêmeas. Os demais parâmetros
não se modificaram;
3. redução do percentual de linfócitos e aumento do percentual de
neutrófilos polimorfonucleares nos machos. Os demais
parâmetros não se modificaram;
4. aumento da atividade das aspartato amino-transferase e da
bilirrubina e redução da creatinina nas fêmeas. Os demais
parâmetros não se modificaram;
5. redução no colesterol e fosfatase alcalina nos machos. Os demais
parâmetros bioquímicos não se modificaram.
As alterações mais evidentes foram observadas nas fêmeas tratadas
com CdCl
2
.
49
REFERÊNCIAS
ABDOLLAHI, M.; DEHPOUR, A.; KAZEMIAN, P. Alteration by cadmium of rat
submandibular gland secretory function and the role of the 1-arginine/nitric oxide
pathway. Pharmacological Research, London, v. 42, n. 6, p. 591-597, 2000.
AKESSON, A.; BERGLUND, M.; SCHUTZ, A.; BJELLERUP, P. ; BREMME, K.;
VAHTER, M. Cadmium exposure in pregnancy and lactation in relation to iron status.
American Journal of Public Health, Washington, v. 92, n. 2, p. 284-287, 2002.
ALBER, C. L. Cadmium toxicity in swine. Veterinary Medicine, v. 58, p. 893-898,
1963.
ALEXANDER, J.; FORRE, O.; AASETH, J.; DOBLOUG, J.; OVREBO, S. Induction of
a metallothionein-like protein in human lymphocytes. Scandinavian Journal of
Immunology, Oxford, v. 15, n. 2, p. 217-220, 1982.
ALLAIN, C. C.; POON, L. S.; CHAN, C. S.; RICHMOND, W.; FU, P. C. Enzymatic
determination of total serum cholesterol. Clinical Chemistry, Washington, v. 20, n.
4, p. 470-475, 1974.
AL-NASSER, I. A. Cadmium hepatoxicity and alterations of the mitocondrial function.
Journal of Toxicology and Clinical Toxicology, New York, v. 38, n. 4, p. 407-413,
2000.
ALVAREZ, J. G.; STOREY, B. T. Assessment of cell damage caused by
spontaneous lipid peroxidation in rabbit spermatozoa. Biology of Reproduction,
Madison-M, v. 30, p. 323-331, 1984.
ARANHA, S.; NISHIKAWA, A. M.; TAKA, T.; SALIONI, E. M. C. Níveis de cádmio e
chumbo em fígado e rins de bovinos. Revista do Instituto Adolfo Lutz, Rio de
Janeiro, v. 54, n. 1, p. 16-20, 1994.
AXELSSON, B.; PISCATOR, M. Renal damage after prolonged exposure to
50
cadmium. An experimental study. Archives of Environmental Health, Washington,
v. 12, n. 3, p. 360-373, 1966.
BARTELS, H.; BOHMER, M. A. A kinetic method for measurement of creatinine in
serum. Medicine Laboratory, v. 26, n. 9, p. 209-215, 1973.
BAUM, J.; WORTHEN, H. G. Induction of amyloidosis by cadmium. Nature, London,
v. 213, n. 5080, p. 1040, 1967.
BERGMEYER, H. U.; HORDER, M.; REJ, R. International Federation od Clinical
Chemistry (IFCC) Scientific Committee, Analytical Section: approved
recommendation (1985) on IFCC methods for the measurement of catalytic
concentration of enzymes. Part 3. IFCC method for alanine aminotransferase (L-
alanine: 2-oxoglutarate aminotransferase, EC 2.6.1.2). Journal Clinical Chemistry
Clinical Biochemistry, v. 24, n. 7, p. 481-495, 1986.
BHATTACHARYYA, M. H.; SELLERS, D. A.; PETERSON, D. P. Postlactational
changes in cadmium retention in mice orally exposed to cadmium during pregnancy
and lactation. Environmental Research, New York, v. 40, n. 1, p. 145-154, 1986.
BHATTACHARYYA, M. H.; WHELTON, B. D.; PETERSON, D. P. Gastrointestinal
absorption of cadmium in mice during gestation and lactation. I. Short-term exposure
studies. Toxicology and Applied Pharmacology, New York, v. 61, n. 3, p. 335-342,
1981.
______. Gastrointestinal absorption of cadmium in mice during gestation and
lactation. II. Continuous exposure studies. Toxicology and Applied Pharmacology,
New York, v. 66, n. 3, p. 368-375, 1982.
BOWERS, G. N.; MACCOMB, R. B.; UPRETTI, A. 4-nitrophenyl phosphate-
characterization of high-purity materials for measuring alkaline phosphatase activity
in human serum. Clinical Chemistry, Washington, v. 27, p. 135-143, 1981.
BRANCATO, D. J.; PICHIONI, A. l.; CHIN, L. Cadmium levels in hair and other
tissues during continuous cadmium intake. Journal of Toxicology and
Environmental Health, New York, v. 2, p. 351-359, 1976.
BRENTEGANI, L. G.; MARTINS, M. P. ; VALLE, S. A. L.; SALA, M. A.; LOPES, R.
A.; WATANABE, I. Hard palate ephithelium alterations in rat fetuses induced by
maternal exposure to cadmium. Anais de Farmácia e Química, São Paulo, v. 33/34,
p. 86, 1993/1994.
51
BRUNE, D. Metal release from dental biomaterials. Biomateriais, Oxford, v. 7, n. 3,
p. 163-175, 1986.
BRUS, R.; KOSTRZEWA, R.; FELINSKA, W.; PLENCH, A.; SZKILNIK, R.;
FRYDRYCH, J. Ethanol inhibits cadmium accumulation in brains of offspring of
pregnant rats that consume cadmium. Toxicology Letters, Amsterdan, v. 76, n. 1, p.
57-62, 1995.
CAIN, K.; HOLT, D. E. Studies of cadmium-thionein induced nephropathy – time
course of cadmium-thionein uptake and degradation. Chemical-Biological
Interactions, Limerick, v. 43, n. 2, p. 223-237, 1983.
CALABRESE, A.; THURBERG, F. P.; DAWSON, M. A.; WENZLOFF, D. R. Sublethal
physiological stress induced by cadmium and mercury in the winter flounder,
Pseudopleuronectes americanus. In: KOEMAN, J. H.; STRIK, J. J. T. W. A. (Eds).
Sublethal effects of toxic chemicals on aguatic animals. Amsterdan: Elsevier
Scientific, 1975. p. 15-21.
CARLSON, L. A.; FRIBERG, L. The distribution of Cd in blood after repeated
exposure. Scandinavian Journal of Clinical and Laboratory Investigation, Oslo,
v. 9, n. 1, p. 67-70, 1957.
CARMICHAEL, N. G.; BACKHOUSE, B. L.; WINDER, C.; LEWIS, P. D.
Teratogenicity toxicity and perinatal effects of cadmium. Human Toxicology, v. 1, n.
2, p. 159-1986, 1982.
CARROLL, R. E. The relationship of cadmium in the air to cardiovascular disease
death rates. Journal of American Medical Association, Chicago, v. 198, n. 2, p.
177-179, 1966.
CASALINO, E.; SBLANO, S.; LANDRISCINA, C. Enzyme activity alteration by
cadmium administration to rats: the possibility of iron involvement in lipid
peroxidation. Archives of Biochemistry and Biophysics, New York, v. 346, n. 2, p.
171-179, 1997.
CHERIAN, M. G.; GOYER, R. A. Cadmium-metallothionein-induced nephropathy.
Toxicology and Appied Pharmacology, New York, v. 38, n. 2, p. 399-408, 1976.
COHEN, N. S.; EKHOLM, J. E.; LUTHRA, M. G.; HANAHAN, D. J. Biochemical
characterization of density-separated human erythrocytes. Biochimica et
Biophysica Acta, Amsterdam, v. 419, p. 229-242, 1976.
52
COUSINS, R. J.; BARBER, A. K.; TROUT, J. R. Cadmium toxicity in growing swine.
Journal of Nutrition, Bethesda, v. 103, p. 964-972, 1973.
CROWE, A.; MORGAN, E.H. Effect of dietary cadmium on iron metabolism in
growing rats. Toxicology and Applied Pharmacology, New York, v. 145, n. 1, p.
136-146, 1997.
DRISCOLL, K. E.; MAURER, J. K.; POYNTER, J.; HIGGINS, J.; ASQUITH, T.;
MILLER, N. S. Stimulation of rat alveolar macrophage fibronectin release in a
cadmium chloride model of lung injury and fibrosis. Toxicology and Applied
Pharmacology, New York, v. 116, n. 1, p. 30-37, 1992.
DUDLEY, R. E.; SVOBODA, D. J.; KLAASSEN, C. D. Acute exposure to cadmium
causes severe liver injury in rats. Toxicology and Applied Pharmacology, New
York, v. 65, n. 2, p. 303-313, 1982.
DUDLEY, R. E.; SVOBODA, D. J.; KLAASSEN, C. D. time course of cadmium-
induced ultrastructural changes in rat liver. Toxicology and Applied Pharmacology,
New York, v. 76, n. 1, p. 150-160, 1984.
DUNCAN, P. H.; GOCHMAN, N.; COOPER, T.; SMITH, E.; SAYZE, D. Clin Chem,
v. 28, p. 284-290, 1982.
EL-DEMERDASH, F. M.; ELAGAMY, E. I. Biological effects in Tilapia Milotica fish as
indicators of pollution by cadmium and mercury. International Journal of
Environmental Health Research, v. 9, p. 143-156, 1999.
EL-DEMERDASH, F. M.; YOUSEF, M. I.; ELAGAMY, E. I. Influence of paraquat,
glyphosate and cadmium on the activity of some serum enzymes and protein
electrophoretic behaviour (in vitro). Journal of Environmental Science and Health,
New York, v. B36, p. 29-42, 2001.
EL-DEMERDASH, F. M.; YOUSEF, M. I.; KEDWANY, F. S.; BAGHDADI, H. H.
Cadmium-induced changes in lipid peroxidation, blood hematology, biochemical
parameters and semen quality of male rats: protective role of vitamin E and β-
carotene. Food and Chemical Toxicology, Exeter, v. 42, n. 10, p. 1563-1571, 2004.
ELINDER, C. G. Other toxic effects. In: FRIBERG, L.; ELINDER, C. G.;
KJELLSTRÖM, T.; NORDBERG, G. F. Cadmium and health: a toxicological and
epidemiological appraisal. Boca Raton: CRC Press, 1986.
53
ELSENHANS, B.; KOLB, K.; SCHÜMANN, K.; FORTH, W. The longitudinal
distribution of cadmium, zinc, copper, iron and matallothionein in the small intestinal
mucosa of rats after administration of cadmium chloride. Biological Trace Element
Research, Clifton, v. 41, n. 1-2, p. 31-46, 1994.
FAUSTON, M. H.; SCOTT JUNIOR, W. J. Cadmium-induced fore limb ectrodactyly; a
proposed mechanism of teratogenesis. Teratology, New York, v. 32, p. 407-419,
1985.
FOULKES, E. C. Renal tubular transport of cadmium-metallothionein. Toxicology
and Applied Pharmacology, New York, v. 45, n. 2, p. 505-512, 1978.
FOX, M. R. S.; FRY, B. E.; HARLAND, B. F.; SCHERTEZ, M. E.; WEEKS, C. E.
Effect of ascorbic acid on cadmium toxicity in the young coturnix. Journal of
Nutrition, Bethesda, v. 101, p. 1295-1306, 1971.
FREELAND, J. H.; COUSINS, R. J. Effect of dietary cadmium on anemia, iron
absorption, and cadmium binding protein in the chick. Nutrition Reports
International, Los Altos-Ca, v. 8, n. 4, p. 337-347, 1973.
FRIBERG, L. Further investigations on chronic cadmium poisoning: study on rabbits
with radioactive cadmium. AMA Archives Ind Hyg., v. 5, n. 1, p. 30-36, 1952.
______. Proteinuria in chronic cadmium poisoning after comparatively short exposure
to cadmium dust. Archives of Industrial Health, Chicago, v. 16, n. 1, p. 30-33,
1957.
FRIBERG, L.; ELINDER, C. G.; KJELLSTRÖM, T.; NORDBERG, G. F. Cadmium
and health: a toxicological and epidemiological appraisal. Boca Raton: CRC Press,
1986a. v .2.
FRIBERG, L.; KJELLSTRÖM, T.; NORDBERG, G. F. Cadmium. In: FRIBERG, L.;
NORDBERG, G. F.; VOUK, V. B. (Eds). Handbook on the toxicology of metals.
Amsterdam: Elsevier, 1986b. p. 130-184.
FRIBERG, L.; KJELLSTRÖM, T.; NORDBERG, G. F.; PISCATOR, M. Handbook on
the toxicology of metals. Amsterdam: Elsevier, 1979. p. 355-381.
FRIBERG, L.; PISCATOR, M.; NORDBERG, G. F. Cadmium in the environment.
Cleveland: Chemical Rubber Company Press, 1971.
54
FRIBERG, L.; PISCATOR, M.; NORDBERG, G. F.; KJELLSTRÖM, T. Cadmium in
the environment. 2
nd
ed. Cleveland: Chemical Rubber Company Press, 1974.
FUCIKOVÁ, A.; SLAMOVA, A.; SZAKOVA, J.; CIBULKA, J.; HEGER, J. The
influence of dietary cadmium on hematologic parameters and phagocytic activity of
leukocytes in rats. Zivocisna Vyroba, v. 40, p. 15-18, 1995.
FUNAKOSHI, T.; OHTA, O.; SHIMADA, H.; KOJIMA, S. Effects of dithiocarbamates
and cadmium on the enzymatic activities in lives, kidney and blood of mice.
Toxicology Letters, Amsterdan, v. 78, p. 183-188, 1995.
GABBIANI, G.; BIAC, D.; DEZIEL, C. Toxicity of cadmium for the central nervous
system. Experimental Neurology, Orlando, v. 18, n. 2, p. 154-160, 1967.
GARDNER, G. R.; YEVICH, P. P. Histological and hematological responses of an
estuarine teleost to cadmium. Journal Fish Research Bd., Canadá, v. 27, p. 2185-
2196, 1970.
GARRIDO, N. S.; PREGNALATTO, N. P.; MURATA, L. T. F.; SILVA, M. R.; NUNES,
M. C. D.; ENGLER, V. M.; SAKUMA, A. M. Determinação de chumbo e cádmio em
artigos escolares. Revista do Instituto Adolfo Lutz, Rio de Janeiro, v. 50, n. 1-2, p.
291-296, 1990.
GARRIDO, N. S.; PREGNALATTO, N. P.; MURATA, L. T. F.; SILVA, M. R.; NUNES,
M. C. D.; ANTUNES, J. L. F.; TIGLEA, P. Avaliação dos níveis de arsênio, chumbo e
cádmio em corantes e pigmentos utilizados em embalagens para alimentos no
período de 1982 a 1989. Revista do Instituto Adolfo Lutz, Rio de Janeiro, v. 51, n.
1-2, p. 63-68, 1991.
GARTY, M.; WONG, K-L.; KLAASSEN, C. D. Redistribution of cadmium to blood of
rats. Toxicology and Applied Pharmacology, New York, v. 59, n. 3, p. 548-554,
1981.
GEBHARDT, M.; GEIER, J. Evaluation of path test results with denture material
series. Contact Dermatitis, Copenhagen, v. 34, n. 3, p. 191-195, 1996.
GERLACH, R. F.; SOUZA, A. P. de; CURY, J. A.; LINE, S. R. Effect of lead,
cadmium and zinc on the activity of enamel matrix proteinases in vitro. European
Journal of Oral Science, Copenhagen, v. 108, n. 4, p. 327-334, 2000.
55
GILL, K. D.; PAL, R.; NATH, R. Effect of cadmium on lipid peroxidation and
antioxidant enzymes in undernourished weanling rat brain. Pharmacology and
Toxicology, Copenhagen, v. 65, n. 1, p. 73-77, 1989.
GOYER, R. A.; CHERIAN, M. G.; JONES, M. M.; REIGART, J. R. Role of chelating
agents for prevention, intervention, and treatment of exposure to toxic metal.
Environmental Health Perspectives, Research Triangle Park-NC, v. 103, n. 11, p.
1048-1052, 1995.
GUILHERMINO, L.; SOARES, A. M. V. M.; CARVALHO, A. P.; LOPES, M. C. Effects
of cadmium and parathion exposure on hematology and blood biochemistry of adult
male ratas. Bulletin of Environmental Contamination and Toxicology, New York,
v. 60, n. 1, p. 52-59, 1998.
GUNN, S. A.; GOULD, T. C.; ANDERSON, W. A. D. Cadmium induced interstitial
tumors in rats. Journal of the National Cancer Institute, Cary-NC, v. 31, n. 4, p.
745, 1963.
______. Specific response of mesenchymal tissue to cancerigenesis by cadmium.
Archives of Pathology, Chicago, v. 83, n. 6, p. 493-499, 1968.
HADDON, A.; KOE, F. J. C.; DUKES, C. E.; MITCHLEY, B. C. V. Cadmium
neoplasia: sarcomata at the site of injection of cadmium sulphate in rats and mice.
British Journal of Cancer, Edinburgh, v. 18, n. 4, p. 667-673, 1964.
HALLÉN, I. P.; JORHEM, L.; LAGERKVIST, B. J.; OSKARSSON, A. Lead and
cadmium levels in human milk and blood. Science of Total Environment,
Amsterdan, v. 166, n. 1-3, p. 149-155, 1995.
HALLETT, C. J.; COOK, J. G. Reduced nicotinamide adenine dinucleotide-coupled
reaction for emergency blood urea estimation. Clinica Chimics Acta, Amsterdan, v.
35, n. 1, p. 33-37, 1971.
HAYS, E. F.; MARGARETTEN, N. Long-term oral cadmium produces bone marrow
hypoplasia in mice. Experimental Hematology, Charlottsville-VA, v. 13, n. 3, p. 229-
234, 1985.
HILDEBRAND, C. E.; CRAM, L. S. Distribution of cadmium in human blood culture in
low levels of CdCl
2
, accumulation of cadmium in lymphocytes and preferential
binding to metallothionein. Proceedings of the Society for Experimental Biology
and Medicine, Cambridge-MA, v. 161, n. 4, p. 438-443, 1979.
56
HILL, C. H.; MATRONE, G.; PAYNE, W. L.; BARBER, C. W. In vitro interactions of
cadmium with copper, zinc and iron. Journal of Nutrition, Bethesda, v. 80, p. 227-
235, 1963.
HISCOCK, S. A. Trends in the use of cadmium (1970-1979). Ecotoxicology and
Environmental Safety, Orlando, v. 7, n. 1, p. 25-32, 1983.
HOGAN, G. R.; RAZNIAK, S. L. Split dose studies on the erythropoietic effect of
cadmium. Bulletin of Environmental Contamination and Toxicology, New York,
v. 48, n. 6, p. 857-864, 1992.
HORIGUCHI, H.; KAYAMA, I.; OGUMA, E.; WILLMORE, W. G.; HRADECKY, P.;
BUNN, H. F. Cadmium and platinum suppression of erythropoietin production in cell
culture: clinical implications. Blood, Duluth-MN, v. 96, n. 12, p. 3743-3747, 2000.
HORIGUCHI, H.; SATO, M.; KONNO, N.; FUKUSHIMA, M. Long-term cadmium
exposure induces anemia in rats through hypoinduction of erythropoietin in the
kidneys. Archives of Toxicology, Berlin, v. 71, n. 1-2, p. 11-19, 1996.
HORIGUCHI, H.; TERANISHI, H.; NIIYA, K.; AOSHIMA, K.; KATOH, T.;
SAKURAGAWA, N.; KASUYA, M. Hypoproduction of erythropoietin contributes to
anemia in chronic study on Itai-itai disease in Japan. Archives of Toxicology,
Berlin, v. 68, n. 10, p. 632-636, 1994.
HUBER, K. L.; COUSINS, R. T. Metallothionein expression in rat bone marrow is
dependent on dietary zinc but not dependent on interleukin-1 or interleukin-6.
Journal of Nutrition, Bethesda, v. 123, p. 642-648, 1993b.
______. Zinc metabolism and metallothionein expression in bone marrow during
erythropoiesis. American Journal of Physiology, Bethesda-MD, v. 264, n. 5, p.
E770-E775, 1993a.
IPCS. World Health Organization. Environmental Health Criteria 134: Cadmium.
Geneve, Switzerland, n. 1, p. 1-280, 1992.
IRPTC. IRTPC Legal File. Geneve: International Register of Potencially Toxic
Chemicals, United Nations Environmental Programme, 1987. v. 1.
JACOBS, E. E.; JACOB, M.; SANADI, D. R.; BRADLEY, L. B. Uncoupling of
oxidative phosphorylation by cadmium ion. Journal of Biological Chemistry,
57
Baltimore-MD, v. 223, n. 1, p. 147-156, 1956.
JOHANSSON-SJÖBECK, M-L.; LARSSON, A. The effect of cadmium on the
hematology and on the activity of δ-aminolevulinic acid dehydratase (ALA-D) in blood
and hematopoietic tissue of the flounder, Pleuronectes flesus L. Environmental
Research, New York, v. 17, n. 2, p. 191-204, 1978.
KAABER, S.; CRAMERS, M.; JEPSEN, F. L. The role of cadmium as a skin
sensitizing in denture and non-denture wearers. Contact Dermatitis, Copenhagen,
v. 8, n. 5, p. 308-313, 1982.
KARMAKAR, R.; BHATTACHARYA, R.; CHATTERJEE, M. Biochemical,
haematological and histopathological study in relation to time-related cadmium-
induced hepatotoxicity in mice. BioMetals, Dordrecht, v. 13, n. 3, p. 231-239, 2000.
KASUYA, M.; TERANISHI, H.; AOSHIMA, K.; KATOH, T.; HORIGUCHI, H.;
MORIKAWA, Y.; NISHIJO, M.; IWATA, K. Water pollution by cadmium and the onset
of Itai-itai disease. Water Science and Technology, v. 25, p. 149-156, 1992.
KAZANTZIS, G.; FLYNN, F. U.; STOWAGE, J. S.; TROTT, D. G.; Renal tubular
malfunction and pulmonary emphysema in cadmium pigment workes. Quartely
Journal of Medicine, Oxford, v. 32, n. 126, p. 165-192, 1963.
KENDREY, G.; ROE, F. J. C. Cadmium toxicity. Lancet, London, v. 1, n. 7607, p.
1206-1207, 1969.
KJELLSTRÖM, T.; NORDBERG, G. F. A kinetic model of cadmium metabolism in the
human being. Environmental Research, New York, v. 16, n. 1-3, p. 248-269, 1978.
KJOLOWSKA, K.; BRZOWSKA, A.; SULKOWASKA, J.; ROSZKOWSKI, W. The
effect of cadmium on iron metabolism in rats. Nutrition Research, v. 39, p. 86-95,
1993.
KLAASSEN, C. D.; CHOUDHURI, S.; McKIM, J. M.; LEHMAN-McKEEMAN, L. D.;
KERSHAW, W. C. In vitro and in vivo studies on the degradation of metallothionein.
Environmental Health Perspectives, Research Triangle Park-NC, Suppl.3, p. 141-
146, 1994.
KLAASSEN, C. D.; KOTSONIS, F. N. Biliary excretion of cadmium in the rat, rabbit,
and dog. Toxicology and Applied Pharmacology, New York, v. 59, n. 3, p. 548-
58
554, 1977.
KNOX, W. E.; GREENGARD, O. The regulation of some enzymes of nitrogen
metabolism: an introduction to enzyme physiology. Advanced in Enzyme
Regulation, Oxford, v. 3, p. 247-313, 1965.
KOSTIAL, K.; KELLO, D.; JUGO, S.; RABAR, I.; MALJKOVIC, T. Influence of age on
metabolism and toxicity. Environmental Health Perspectives, Research Triangle
Park-NC, v. 25, p. 81-86, 1978.
KTAPCINSKA, B.; POPRZEQCKI, S.; DOLEZYCH, B.; KIMSA, E. Cadmium-induced
changes in hematology and 2,3-DPG levels in rats. Bulletin of Environmental
Contamination and Toxicology, New York, v. 64, n. 1, p. 93-99, 2000.
KUNIMOTO, M.; MIURA, T. Density increment and decreased survival of rat red
blood cells induced by cadmium. Environmental Research, New York, v. 39, n. 1, p.
86-95, 1986.
LAKSHMI, R.; KUNDU, R.; THOMAS, E.; MANSURI, A. P. Mercuric chloride induced
inhibition of acid and alkaline phosphatase activity in the kidney of Mudskipper,
Boleophthalmus dentatus. Acta Hydrochimica et Hydrobiologica, v. 3, n. 4, p. 341-
344, 1991.
LARSSON, A. Some biochemical effects of cadmium on fish. In: KOLMAN, J. H.;
STRIK, J. J. T. W. A. (Eds.). Sublethal effect of toxic chemicals on aquatic
animal. Amsterdan: Elsevier Scientific, 1975. p. 3-13.
LEARY, N. O.; PEMBROK, A.; DUGGAN, P. F. Clin Chem, p. 38, p. 904-908, 1992.
LINDSAY, W. L. Chemical equilibria in soils. New York: John Wiley & Sons, 1979.
LUTTON, J. D.; IBRAHAM, N. G.; FRIEDLAND, M.; LEVERE, R. D. The toxic effects
of heavy metals on rat bone marrow in vitro erythropoiesis: protective role of hemin
and zinc. Enverionmental Research, New York, v. 35, p. 97-103, 1984.
MAJI, T.; YOSHIDA, A. Therapeutic effects of dietary iron and ascorbic acid on
cadmium toxicity of rats. Nutrition Reports International, Los Altos-Ca, v. 10, n. 3,
p. 139-148, 1974.
MASON, K. E.; YOUNG, J. O. Effectiveness of selenium and zinc in protecting
59
against cadmium induced injury of a rat testis. In: SYMPOSIUM-SELENIUM IN
BIOMEDICINE (Muth, O.H. Ed). Connecticut: Avi. Westport, 1967. p. 383.
MCGOWAN, M. W.; ARTISS, J. D.; STRANDBERGH, D. R.; ZAK, B. A peroxidase-
coupled method for the colorimetric determination of serum triglycerides. Clinical
Chemistry, Washington, v. 29, n. 3, p. 538-542, 1983.
MILLER. Laboratório para o clínico. São Paulo, 1988. v. 8.
MIN, K-S.; OHYANAGI, N.; OHTA, M.; ONOSAKA, S.; TANAKA, K. Effect of
erythropoiesis on splenic cadmium-metallothionein level following an injection of
CdCl
2
in mice. Toxicology and Applied Pharmacology, New York, v. 134, n. 2, p.
235-240, 1995.
MINNEMA, D. Neurotoxic metals and neuronal signalling processes. Bull. Brain
Environmental Risks, v. 2, p. 83-109, 1992.
MUSTAFA, M. G.; CROSS, C. E. Pulmonary alveolar macrophage. Oxidative
metabolism of isolated cells and mitochonchia and effect of cadmium ion on electron-
and energy-transfer reactions. Biochemistry, Washington, v. 10, n. 23, p. 4176-
4185, 1971.
NAVARRO, C. M.; MONTILLA, P. M.; MARTIN, A.; JIMENEZ, J.; UTRILLA, P. M.
Free radicals scavenger and antihepatotoxic activity of Rosmarinus. Plant Medicin,
v. 59, n. 3, p. 312-314, 1993.
NILSSON, R. Aspects on the toxicity of cadmium and its compounds: a review.
Ecological Research Committee, Bulletin n. 7. Stockholm: Swedish Natural
Science Research Council, 1970.
NOMIYAMA, K.; SATO, C.; YAMAMOTO, A. Early signs of cadmium intoxication in
rabbit. Toxicology and Applied Pharmacology, New York, v. 24, n. 3, p. 625-635,
1973.
NOMIYAMA, K.; SUGATA, Y.; YAMAMOTO, A.; NOMIYAMA, H. Effects of dietary
cadmium on rabbits. I. Early signs of cadmium intoxication. Toxicology and Applied
Pharmacology, New York, v. 31, n. 1, p. 4-12, 1975.
NORDBERG, M.; NORDBERG, G. F. Distribution of metallothionein–bound cadmium
and cadmium chloride in mice. Preliminary studies. Environmental Health
60
Perspectives, Research Triangle Park-NC, v. 12, p. 103-108, 1975.
OSUNA, O.; EDDS, G. T. Toxicology of aflatoxin B1, warfarin, and cadmium in young
pigs: Performance and hematology. American Journal of Veterinary Research,
Schaumburg-IL, v. 43, n. 8, p. 1380-1386, 1982.
OSUNA, O.; EDDS, G. T.; POPP, J. A. Feeding trials of dried urban sludge and the
equivalent cadmium level in swine. In: NATIONAL CONFERENCE MUNICIPAL
SLUDGE MANAGEMENT, 8. Proceedings… Miami Beach-Fla, 1979. p. 201-213.
PARIZEK, J. The destructive effect of cadmium on testicular tissue and its prevention
by zinc. Journal of Endocrinology, London, v. 15, n. 1, p. 56-63, 1957.
PARIZEK, J.; BENES, I.; OSTADALOVA, I.; BABICKY, A.; BENES, J.; LENER, J.
Metabolic interrelations of trace elements. The effect of some inorganic and organic
compounds of selenium on the metabolism of cadmium and mercury in the rat.
Physiol. Bohemoslov., v. 18, n. 1, p. 95-102, 1969.
PARIZEK, J.; ZAHOR, Z. Effect of cadmium salts on testicular tissue. Nature,
London, v. 177, n. 4518, p. 1036-1037, 1956.
PERRY JUNIOR, H. M.; ERLANDER, M. Hypertension and tissue metal levels after
intraperitoneal cadmium, mercury and zinc. American Journal of Physiology,
Bethesda, v. 220, n. 3, p. 808-811, 1971.
PETERSON, P. J.; ALLOWAY, B. J. Cadmium in soils and vegetation. In: WEBB, M.
J. The chemistry, biochemistry and biology of cadmium, New York:
Elsevier/North-Holland Biomedical Press, 1979. p. 45-92.
PINTO, D. M. G.; LOPES, R. A.; BRENTEGANI, L. G.; VALLE, S. A. L.; SALA, M. A.;
SEMPRINI, M.; WATANABE, I. Estudo morfométrico das alterações nucleares da
glândula submandibular de fetos de ratas injetadas com cádmio. Revista da Escola
de Farmácia e Odontologia de Alfenas, Alfenas, v. 17, p. 67-72, 1995.
PINTO, D. M. G.; LOPES, R. A.; COSTA, I. R. V.; LACERDA, S. A.; SEMPRINI, M.;
SALA, M. A.; WATANABE, I. Ação do cádmio na glândula submandibular de fetos de
rata. Estudo estereológico. Revista da Escola de Farmácia e Odontologia de
Alfenas, Alfenas, v. 20, p. 13-15, 1998.
POND, W. G.; WALKER JUNIOR, E. F. Cadmium-induced anemia in growing rats:
61
prevention by oral or parenteral iron. Nutrion Reports International, Los Altos-Ca,
v. 5, n. 4, p. 365-376, 1972.
POTTS, C. L. Cadmium proteinuria: The health of battery workers exposed to
cadmium oxide dust. Annals of Occupational to Hygiene, Oxford, v. 8, n. 1, p. 55-
63, 1965.
POWELL, G. W.; MILLER, W. J.; MORTON, J. D.; CLIFTON, C. M. Influence of
dietary cadmium level and supplemental zinc on cadmium toxicity in the bovine.
Journal of Nutrition, Bethesda, v. 84, p. 205-214, 1964.
PROVIAS, J. P.; ACKERLEY, C. A.; SMITH, C.; BECKER, L. E. Cadmium
encephalopathy: A report with elemental analysis and pathological findings. Acta
Neuropathologica, Berlin, v. 88, n. 6, p. 583-586, 1994.
RANA, S. V.; REKHA, S.; SEEMA, V. Protective effects of few antioxidants on liver
function in rats treated with cadmium and mercury. Indian Journal of Experimental
Biology, New Delhi, v. 34, p. 177-179, 1996.
ROE, J. J. C.; DUKES, C. E.; CAMERON, K. M.; PUGH, R. C. B.; MITCHLEY, B. C.
V. Cadmium neoplasia: testicular atrophy and Leydig cell hyperplasia and neoplasia
in rats and mice following the subcutaneous injection of cadmium salts. British
Journal of Cancer, Edinburgh, v. 18, n. 4, p. 674-681, 1964.
ROLLET-LABELLA, E.; GRANGE, M-J.; ELBIM, C.; MAROUETTY, C.; GOUGEROT-
PICADALO, M-A.; PASQUIER, C. Hydroxyl radical as a intracellular mediator of
polymorphonuclear neutrophil apoptosis. Free Radical Biology and Medicine,
Tarrytown-NY, v. 24, n. 4, p. 563-572, 1998.
ROSA, H. D.; GOMES, J. R. Cádmio toxicocinética. Revista Brasileira de Saúde
Ocupacional, São Paulo, v. 16, n. 61, p. 39-42, 1988a.
______. Cádmio: efeitos patológicos. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional,
São Paulo, v. 16, n. 61, p. 43-48, 1988b.
ROSSOW, B.; KOPPANG, R. Elution of cadmium from dentures. Scandinavian
Journal of Dental Research, Copenhagen, v. 81, n. 4, p. 292-293, 1973.
SANSI, K. A. O.; POND, W. G. Pathology of dietary cadmium toxicity in growing rats
and the protective effect of injected iron. Nutrition Reports International, Los Altos-
62
Ca, v. 9, n. 6, p. 407-414, 1974.
SATAKE, T.; FALEIROS, S.; AFONSO, R. L.; LOPES, R. A.; PETENUSCI, S. O.;
SEMPRINI, M.; SALA, M. A. Os parâmetros hematológicos do gerbil Meriones
unguiculatus frente ao cádmio. In: JORNADA DE BIOMEDICINA DA
UNIVERSIDADE DE FRANCA, 3. Resumos... Franca-SP, 1999. v. 1. p. 20-21.
SATO, M.; NAGAI, Y. Mode of existence of cadmium in rat liver and kidney after
prolonged subcutaneous administration. Toxicology and Applied Pharmacology,
New York, v. 54, n. 1, p. 90-99, 1980.
SCHAFER, S.; ELSENHANS, B. Iron retention and distribution in the cadmium-
induced iron deficiency. Ecotoxicology and Environmental Safety, Orlando, v. 10,
n. 1, p. 128-141, 1985.
SCHOFELD, R. Assessment of cytotoxicity injury to bone marrow. British Journal of
Cancer, Edinburgh, v. 53, p. 115-125, 1986.
SCHROEDER, H. A. Cadmium as a factor in hypertension. Journal of Chronic
Disease, New York, v. 18, p. 647-657, 1965.
______. Cadmium, chromium and cardiovascular disease. Circulation, Baltimore, v.
35, n. 4, p. 570-578, 1967.
SCHÜRMANN, K.; FRIEBEL, P.; SCHUMOLKE, G.; ELSENHANS, B. State of iron
and cadmium tissue accumulation as a function of growth in young rats after oral
cadmium exposure. Archives of Environmental Contamination and Toxicology,
New York, v. 31, p. 483-487, 1996.
SHERLOCK, S.; DOOLEY, J. Disease of the liver and billiary system. 9
th
ed.
Oxford: Blackwell Scientific Publ., 1993.
SKULA, A.; SKULA, G. S.; SRIMAL, R. C. Cadmium-induced alterations in blood-
brain barrier permeability and its possible correlation with decreased microvessel
antioxidant potential in rat. Human and Experimental Toxicology, Basingstoke, v.
15, p. 400-405, 1996.
SMITH, B. P.; HEJTMANCIK, A.; CAMP, B. J. Acute effects of cadmium on Ictalurus
punctatus (catfish). Bulletin of Environmental Contaminant and Toxicology, New
York, v. 15, n. 3, p. 271-277, 1976.
63
SUZUKI, T.; YOSHIDA, A. Effects of administration route of cadmium and iron on
cadmium toxicity in rats. Nutrition Reports International, Los Altos-Ca, v. 18, n. 4,
p. 389-396, 1978.
SVANBERG, B. Absorption of iron in pregnancy. Acta Obstetricia et
Gynaecologica Scandinavica, Copenhagen, v. 48, p. 1-108, 1975.
TANAKA, K.; MIN, K.; ONOSAKA, S.; FUKUHARA, C.; UEDA, M. The origin of
metallothionein in red blood cells. Toxicology and Applied Pharmacology, New
York, v. 78, n. 1, p. 63-68, 1985.
TANDON, S. K.; SINGH, S.; PRASAD, S.; MATHUR, N. Hepatic and renal
metallothionein induction by an oral equimolar dose of zinc, cadmium or mercury in
mice. Food and Chemical Toxicology, Exeter, v. 39, n. 6, p. 571-577, 2001.
TANG, W.; SADOVIC, S.; SHAIKH, Z. A. Nefrotoxicity of cadmium-metallothionein:
protection by zinc and a role of glutathione. Toxicology and Applied
Pharmacology, New York, v. 151, n. 2, p. 276-282, 1998.
THEOCHARIS, S. E.; MARGELLI, A. P.; GIANNAKOU, N.; DRAKOPOULOS, D. S.;
MYKONIATIS, M. G. Cadmium-induced hepatotoxicity in three different rat strains.
Toxicology Letters, Amsterdan, v. 70, p. 39-48, 1994.
TRINDER, P. Determination of blood glucose using an oxidase-peroxidase system
with a non-carcinogenic chromogen. Journal of Clinical Pathology, London, v. 22,
n. 2, p. 158-161, 1969.
TRUHAUT, R.; BOUDENE, C. Recherches sur le sort du cadmium dans l’organisme
au cours de intoxications interest en medicine du travail. Archives Hyg. Rada
Toksikol, v. 5, n. 1, p. 19-48, 1954.
TSUCHIYA, K. Causation of ouch-ouch disease (Itai-itai byo). Keio Journal of
Medicine, Tokyo, v. 18, p. 181-211, 1969.
TUNG, H. T.; COOK, F. W.; WYATT, R. D.; HAMILTON, P. B. The anemia caused by
aflatoxin. Poultry Science, Champaign-IL, v. 54, p. 1962-1969, 1975.
WANG, C.; BROWN, S.; BHATTACHARYYA, M. H. Effect of cadmium on bone
calcium and
45
Ca in mouse dams on a calcium-deficient diet: evidence of Itai-Itai-like
Syndrome. Toxicology and Applied Pharmacology, New York, v. 127, n. 2, p. 320-
64
330, 1994.
WEBSTER, W. S.; VALOIS, A. A. The toxic effects of cadmium on the neonatal
mouse CNS. Journal of Neuropathology and Experimental Neurology, Lawrence,
v. 40, n. 3, p. 247-257, 1981.
WHELTON, B. D.; TOOMEY, J. M.; BHATTACHARYYA, M. H. Cadmium-109
metabolism in mice. IV. Diet versus maternal stores as a source of cadmium transfer
to mouse fetuses and pups during gestation and lactation. Journal of Toxicology
and Environmental Health, New York, v. 40, n. 4, p. 531-546, 1993.
WILSON, R. H.; EDS, F. de; COX, A. J. Effect of continued cadmium feeding.
Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics, Baltimore, v. 71, n. 1,
p. 222-242, 1941.
WILSON, R. H.; EDS, F. de. Importance of diet in studies of chronic toxicity.
Archives Indust Hyg., v. 1, n. 1, p. 173-177, 1950.
WINTERBOURN, C. C.; BATT, R. D. Lipid composition of human red cells of different
ages. Biochimica et Biophysica Acta, Amsterdan, v. 202, p. 1-8, 1970.
YASUDA, M.; MIWA, A.; KITAGAWA, M. Morphometric studies of renal lesions in
Itai-itai disease: chronic cadmium nephropathy. Nephron, Basel, v. 69, n. 1/2, p. 14-
19, 1995.
YOUSEF, M. I.; IBRAHIM, H. Z.; SALEM, H. M.; HASSAN, G. A.; HELMI, S.;
BERTHEUSSEN, K. Hematological and biochemical change induced by corbofuran
and glyphosate in rabbits. Environmental and Nutritional Interactions, v. 3, p. 179-
194, 1999.
YOUSEF, M. I.; IBRAHIM, H. Z.; YACOUT, H. M.; HASSAN, A. A. Effect of
cypermethrin and dimethoate on some physiological and biochemical parameters in
Barki sheep. Egyptian Journal of Nutrition and Feeds, Cairo, v. 1, n. 1, p. 41-52,
1998.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo