países escandinavos e na Inglaterra, que possuem uma baixa soroprevalência
devido ao clima frio (11-28%) (Tenter et al., 2000). Taxas de prevalência
similares foram encontradas na França (71%), Panamá (90%), Nigéria (83%) e
regiões secas da Somália (44%) (Jones et al., 2001a), assim como em
populações da Croácia, Polônia, Eslovênia, Austrália e Nordeste da África. A
soroprevalência também é elevada em vários países da América Latina e
Central, incluindo a Argentina, Cuba, Jamaica e Venezuela (51-72%), e nos
países do Golfo da Guiné, Benin, Camarões, Congo e Togo (54-77%) (Tenter
et al., 2000).
As diferentes taxas de infecção em humanos, verificadas em diversos
países, estão relacionadas a fatores que envolvem localizações geográficas,
aspectos climáticos, condições ambientais, hábitos culturais, sendo os hábitos
alimentares e de higiene elos fundamentais e de grande importância na
epidemiologia da Toxoplasmose humana (Amendoeira et al., 2003).
No Brasil, existem estudos sobre prevalência de gestantes soropositivas
para IgG anti-Toxoplasma gondii em alguns estados como: Rio de Janeiro
(77,1%), Pernambuco (69,4%), Rio Grande do Sul (74,5%), Bahia (64,9%),
Paraná (67%) (Figueiró-Filho et al., 2005) e Porto Alegre (59,8%) (Reis et al.,
2006). A prevalência de IgG de 66,3% (126/190) encontrada neste estudo é
consistente com resultados de estudos em outros estados do Brasil em que 40-
80% de gestantes e mulheres no pós-parto são soropositivas para IgG para
Toxoplasmose (Varella et al., 2003).
A alta prevalência da infecção por Toxoplasma gondii, na população
estudada, foi semelhante a da América Latina que é de 50 a 60% (Spalding et
al., 2003). Foi observada uma proporção de 38,8% na Espanha (Cantos et al.,
2000), 43% na Grécia (Diza et al., 2005), 10,9% na Noruega, 14,0% em
Estocolmo, 18,8% em Londres, 20,3% na Finlândia e 32,0% em Nova Iorque
(Evengard et al., 2001) e de 57% (46-63%) em gestantes em Grenada, Leste
da Índia (Ashtana et al, 2006). Em Paris, esta proporção já atingiu 70,0% das
gestantes; após medidas de prevenção primária, ela foi reduzida para 40%
(Varella et al., 2003). Em estudo realizado em São Tomé e Príncipe obteve-se
a prevalência de 75,2% em gestantes (Hung et al., 2007). Em inquérito
sorológico no Reino Unido a prevalência em gestantes foi de 9,1% (Nash et al.,
2007). Na França, são estimadas por ano de 200.000 a 300.000 casos de