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10,9% (CEMIG, 2005), atrás dos Setores Industrial (64,7%) e de Transportes (18,2%), e
retrata de forma direta o padrão de desenvolvimento econômico e social da população. É
importante conhecer e quantificar a concorrência entre as fontes de energia que servem a
este setor sócio-econômico uma vez que, utilizando previsões de crescimento para os
cenários de estudo, pode-se justificar o investimento em ações políticas e tecnológicas para
melhor eficiência da matriz energética.
O Brasil ainda não tem, mesmo em razão da recente crise energética de 2001, um
planejamento energético consolidado, há a necessidade da divulgação sistemática de dados
de suas atividades com suficiente clareza e confiabilidade para a elaboração de qualquer
trabalho de planejamento. A confiabilidade nos dados utilizados é vital para o sucesso do
trabalho de planejamento e o acesso a esses dados por entidades independentes para a
realização de estudos e análises é igualmente importante para que medidas adequadas
sejam adotadas para evitar prováveis prejuízos devido a blecautes ou racionamentos no
futuro.
Constata-se que, em 2004, o Estado de Minas Gerais utilizou 14,5% da energia do
Brasil, sendo 54,9% de fontes renováveis, valor superior à média nacional de 45,4%.
Carente de energéticos de origem fóssil, como petróleo, gás natural e carvão mineral, o
Estado tem nas fontes renováveis grandes oportunidades no desenvolvimento de novos
mercados, recuperando o dinamismo nas atividades florestais, buscando a auto-suficiência
na produção de álcool e explorando seu potencial hidráulico, solar e eólico (CEMIG,
2005).
O último estudo de planejamento energético conduzido pela CEMIG com a
participação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por intermédio do
Departamento de Engenharia Nuclear da Escola de Engenharia, e do Centro de
Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) da Comissão Nacional de Energia
Nuclear, foi realizado em 1995-1996 e apresentado no relatório “Estudo de Planejamento
Energético para o Estado de Minas Gerais” (CEMIG, 1997), para o horizonte de
planejamento 1995-2015, considerando todos os setores macroeconômicos do Estado.
Nesse estudo da CEMIG, o cenário de referência ou básico apontava uma queda na
participação do Setor Residencial no consumo de energia no Estado, passando de 15,5%
em 1995 para 10,1% em 2015. A principal tendência verificada estava na queda do
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