1. INTRODUÇÃO
Cem anos atrás, 1905, Albert Einstein publicou dois artigos que lançaram
no ambiente científico dois paradigmas revolucionários. Um deles foi a teoria
especial da Relatividade; que provocou transformações radicais nos conceitos,
até então concebidos, de espaço e tempo, assim, abalando as estruturas que
fundamentavam a cosmovisão newtoniana. O outro paradigma, foi a explicação
de Einstein para o efeito fotoelétrico, através de uma maneira inédita de
considerar a radiação eletromagnética. Esse tratamento inovador também esteve
presente na teoria dos fenômenos atômicos, nomeada de Teoria Quântica.
Einstein seguiu sua carreira não aplicando seus esforços na construção da
Teoria Quântica, se dedicando em trabalhar na sua Teoria da Relatividade. Pois
ele não aceitava a resposta probabilística da natureza no que se diz aos
fenômenos físicos no nível atômico e subatômico.
Com a investigação experimental dos átomos, os raios X e a
radioatividade, houve um enorme avanço na compreensão do mundo sub-
microscópico, abrindo o leque para novas indagações e conclusões acerca da
estrutura atômica e molecular. Tais conclusões se afastavam grandemente das
concepções anteriores baseadas na física clássica.
Estabeleceu-se então, um grande desafio: Como entender a natureza com
as bases científicas que tinham os físicos, quando estes, se deparavam com
paradoxos cada vez mais agudos em suas observações? Werner Heinsenberg
descreveu momentos de luta e reflexão quanto as respostas paradoxais que ele e
Neils Bohr obtinham quando depararam com experimentos atômicos:
Recordo as discussões com Bohr que se estendiam por horas a fio, até no
fim da discussão, eu saia sozinho para um passeio no parque vizinho, repetia
para mim, uma e outra vez, a pergunta: Será a natureza tão absurda quanto
parece nesses experimentos atômicos?. [1]
Nas primeiras três décadas do século XX um grupo internacional de físicos,
entre eles: Max Planck, Albert Einstein, Niels Bohr, Louis De Broglie, Erwin