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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Programa de Mestrado Acadêmico em Odontologia
Fernando Toledo Santos
ESTUDO DAS PROPRIEDADES ELÁSTICAS
DOS MATERIAIS DE MOLDAGEM
Belo Horizonte
2007
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2
Fernando Toledo Santos
ESTUDO DAS PROPRIEDADES ELÁSTICAS
DOS MATERIAIS DE MOLDAGEM
Dissertação apresentada ao Programa de
Mestrado Acadêmico em Odontologia, Área de
concentração em Clínicas odontológicas, subárea
de Prótese Dentária, da Faculdade de Odontologia
da Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais, como parte dos requisitos para a obtenção
do título de Mestre.
Orientador: Prof. Dr. Wellington Corrêa Jansen.
Co-orientador: Prof. Dr. Paulo Isaias Seraidarian
Belo Horizonte
2007
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FICHA CATALOGRÁFICA
Elaborada pela Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Santos, Fernando Toledo
S237e Estudo das propriedades elásticas dos materiais de moldagem / Fernando
Toledo Santos. Belo Horizonte, 2007.
49f. : il.
Orientador: Wellington Corrêa Jansen
Co-orientador: Paulo Isaias Seraidarian
Dissertação (Mestrado) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Programa de Pós-Graduação em Odontologia.
1. Moldagem dentária. 2. Materiais dentários. 3. Elastômeros. 4. Técnica de
moldagem odontológica. I. Jansen, Wellington Corrêa. II. Seraidarian, Paulo
Isaias. III. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Programa de Pós-
Graduação em Odontologia. III. Título.
CDU: 616.314-089.28
3
Trabalho apresentado ao Programa de Mestrado Acadêmico em Odontologia, Área
de concentração em Clínicas odontológicas, subárea de Prótese Dentária, da
Faculdade de Odontologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Belo Horizonte, 2007.
_______________________________________
Wellington Corrêa Jansen (orientador) – PUC Minas
_______________________________________
Walison Arthuso Vasconcellos – UNIMONTES
______________________________________
Dauro Douglas Oliveira – PUC Minas
4
A minha querida avó, IDA GARGIULO, por ser uma
pessoa possuidora da mais linda e iluminada alma que o
esplendor do desenvolvimento humano poderia criar, a
ela, agradeço o exemplo de amor, dedicação, luta,
caráter, honestidade e alegria. Dedico este trabalho a
mulher que é e sempre será o meu maior exemplo de
vida.
5
Aos meus queridos pais, Ângela Lavanhini Toledo Santos e Rui Pereira dos Santos
Junior, pelo grande incentivo, amor, abnegação, amizade e apoio. A eles, devo a
minha vida, formação e educação.
As minhas amadas irmãs, Ana Carolina Toledo Santos e Ana Beatriz Toledo
Santos, que por muitas vezes, dedicaram o seu tempo para resolver assuntos de meu
interesse, dessa forma permitindo a conclusão do meu trabalho.
Ao Professor Dr. Wellington Corrêa Jansen, possuidor de um saber privilegiado e
espírito científico, orientador competente, amigo e conselheiro, admiro a sua
perseverança e paciência, fico extremamente agradecido por ter sido a pessoa que me
guiou neste trabalho.
Ao Professor Dr. Paulo Isaias Seraidarian, mestre e amigo, a quem tanto me espelho.
Profissional notável que independente das dificuldades sempre busca a perfeição,
pesquisador, exemplar e inquieto, que vive em uma incansável luta pelo
desenvolvimento de nossa profissão. A ele agradeço todo o meu desenvolvimento,
tanto na vida profissional, quanto pessoal.
Ao Professor Dr. Roberval de Almeida Cruz, pelo excelente desempenho frente à
coordenação do Programa de Mestrado em Clínicas Odontológicas da PUC-MG, e
pelas fundamentais considerações e correções que foram aferidas a este estudo.
Ao Professor Dr. Bruno das Neves Cavalcanti, possuidor de inteligência e
conhecimentos admiráveis, sendo o primeiro mestre a me orientar e incentivar o meu
ingresso na carreira acadêmica desde a graduação.
Aos colegas da turma V do Mestrado em Clínicas Odontológicas da PUC-MG, que
muito me ensinaram. Com o convívio e as dificuldades que passamos juntos cultivamos
amizades e respeito. Feliz aquele que consegue ter tantos amigos e colaboradores, “o
prêmio por uma coisa bem-feita é tê-la feito”.
A todos os funcionários da Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais, pelo atendimento competente em todos os momentos.
À Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, instituição séria e conceituada que
contribuiu significantemente no meu desenvolvimento profissional e acadêmico.
Aos docentes dos diversos Departamentos envolvidos no elenco das disciplinas
componentes do curso.
Aos funcionários que compõem equipe da secretaria do Mestrado em Clínicas
Odontológicas da PUC-MG, que com muita paciência e compreensão, deram todo
suporte necessário para o desenvolvimento do curso.
Agradeço ainda:
A todos que de uma forma, direta ou indiretamente, contribuíram para esta pesquisa.
Meus sinceros agradecimentos
6
RESUMO
Os elastômeros para moldagem têm sido cada vez mais utilizados na
odontologia, devido sua excelente recuperação elástica, boa capacidade de
reprodução e pouca alteração dimensional. Entretanto, existem fatores que podem
provocar o fracasso do trabalho. Neste contexto a propriedade elástica do material,
em relação aos tempos de trabalho e de presa é fundamental na orientação do
profissional. Para determinação da capacidade de recuperação elástica dos
materiais, foi utilizado o Elasticímetro de Muench, que permitiu observar esta
característica em oito diferentes materiais, frente a dois valores de deformação e em
idades distintas. Foram estudados três grupos de elastômeros, sendo dois silicones
de adição, quatro de condensação e três poliéteres. Os materiais foram rastreados,
avaliando o grau de recuperação elástica e da ordem de deformação, em função do
tempo, desde o início da mistura. Frente o nível de deformação de 6%, oito dos
nove materiais estudados apresentaram resultados desejáveis na idade de seis
minutos, enquanto que no nível de 12% de deformação os mesmos alcançaram o
objetivo na idade de nove minutos. O material que apresentou melhor desempenho
foi o silicone de reação por adição. Todos apresentaram desempenho satisfatório na
idade de 9 minutos, sendo que com nível de 6% de deformação este tempo caiu
para 5 minutos. Não foi possível estudar um dos silicones de reação por
condensação.
Palavras-chave: Materiais de Moldagem, Elastômeros e Técnica de Moldagem.
7
ABSTRACT
The impression elastomers have been used in dentistry because of your low
dimensional change, excellent elastic recovery and reproduction capacity. However
there are many factors that can influence in the result of the material. In this context
the elastic properties of the material, in relation of the working time and setting is very
important to the professional orientation. To determinate the elastic recovery capacity
of the materials, was used the Muench´s elasticimeter, that showed this characteristic
in 8 different materials. In this study three groups of elastomers was rated: two
addition silicone, four condensation silicone and three polyethers. The materials were
traced, to observe the elastic recovery degree and the deformation order. All the
materials showed good results in six minutes, having considerate the level of
deformation of 6% of the nine materials that was in this study. In the level of 12% of
deformation the same material showed good results in 9 minutes. The polysiloxane
(addition silicone) was the material that show the best result. All the material showed
good result in 9 minutes, but in de level of 6% of deformation, this time fell to 5
minutes. It wasn’t possible evaluate one of the condensation silicone.
Keywords: Impression Materials, Elastomers and Technical Impression
8
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1: Desenho ilustrativo do Elasticímetro
de Muench, por Rodrigues Filho (2003). .............................28
FIGURA 2: Elasticímetro de Muench. ......................................28
FIGURA 3: Posição de deformação do ponteiro
(30.5
o
), usada nos Rastreamentos II e III. ..........................29
FIGURA 4: Posição do ponteiro, após o fenômeno
da recuperação elástica, apresentando 100%
de recuperação elástica. .................................................30
FIGURA 5: Desenho esquemático da projeção
horizontal do receptáculo de ensaio apresentado
por Jansen na tese de doutorado em 1994,
pela Faculdade de Odontologia da Universidade
de São Paulo. ................................................................30
FIGURA 6: Campânula desenvolvida pelo aluno
de mestrado Santos, F. T., doada ao departamento
de Prótese Dentária da Faculdade de Odontologia
PUC-MG, com temperatura previamente calibrada
em 35±1°C, contendo o elasticímetro de Muench. ................32
9
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1: Relação dos silicones por reação
de condensação. ............................................................26
QUADRO 2: Relação dos silicones por reação
de adição. .....................................................................26
QUADRO 3: Relação dos poliéteres........................................26
10
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 Médias de recuperação elástica (RE) (%) e desvio
padrão (DP) (%), em relação às idades ensaiadas no
Rastreamento I (deformação de 6%) dos poliéteres ............................34
TABELA 2 Médias de recuperação elástica (RE) (%) e desvio
padrão (DP) (%), em relação às idades ensaiadas no
Rastreamento I (deformação de 6%) dos silicones por reação
de condensação .................................................................35
TABELA 3 Médias de recuperação elástica (RE) (%) e desvio
padrão (DP) (%), em relação às idades ensaiadas no
Rastreamento I (deformação de 6%) dos silicones de reação
por adição .......................................................................36
TABELA 4 Médias de recuperação elástica (RE) (%) e desvio
padrão (DP) (%), em relação às idades ensaiadas no
Rastreamento II (deformação de 12%) dos poliéteres..........................37
TABELA 5 Médias de recuperação elástica (RE) (%) e desvio
padrão (DP) (%), em relação às idades ensaiadas no
Rastreamento II (deformação de 12%) dos silicones por
reação de adição.................................................................37
TABELA 6 Médias de recuperação elástica (RE) (%) e desvio
padrão (DP) (%), em relação às idades ensaiadas no
Rastreamento II (deformação de 12%) dos silicones por
reação de condensação .........................................................38
TABELA 7 Médias de recuperação elástica (RE) (%) e desvio
padrão (DP) (%), em relação às idades ensaiadas no
Rastreamento III (deformação de 12%) dos poliéteres .........................38
11
TABELA 8 Médias de recuperação elástica (RE) (%) e desvio
padrão(DP) (%),em relação às idades ensaiadas no
Rastreamento III (deformação de 12%) dos silicones por
reação de adição.................................................................39
TABELA 9 Médias de recuperação elástica (RE) (%) e desvio
padrão (DP) (%), em relação às idades ensaiadas no
Rastreamento III (deformação de 12%) dos silicones por
reação de condensação..........................................................39
12
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................13
2 REVISÃO DA LITERATURA ................................................16
3 OBJETIVOS .....................................................................25
4 MATERIAL E MÉTODO ......................................................26
4.1 Material .......................................................................26
4.2 Método ........................................................................31
4.2.1 Etapa 1 .....................................................................32
4.2.1.1 Rastreamento I ........................................................32
4.2.1.2 Rastreamento II .......................................................33
4.2.2 Etapa 2 .....................................................................33
4.2.2.1 Rastreamento III ......................................................33
5 RESULTADOS ..................................................................34
6 DISCUSSÃO ....................................................................40
7 CONCLUSÃO ...................................................................44
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................45
13
1 INTRODUÇÃO
Ao realizar o planejamento de um tratamento odontológico, que envolverá
a obtenção de modelos de estudo e de trabalho, o profissional deveria também
selecionar o material de moldagem mais adequada aos propósitos que se deseja
alcançar. Este deve ser definido pelas características clínicas do paciente, bem
como, o trabalho a ser realizado e apresentar os requisitos necessários, tais como,
grande escoamento, estabilidade e fidelidade de reprodução. Com vistas a isto,
Shillingburg et al. (1983) afirmaram que o modelo deve ser uma duplicação, a mais
exata possível, da condição bucal, o que significaria obter um molde preciso, isento
de distorções.
De acordo com Brown (2003), os materiais elásticos surgiram em 1930,
na forma de hidrocolóides reversíveis, a base de agar-agar. Mais tarde, durante a II
Guerra Mundial, com a falta da matéria prima, foi desenvolvido o hidrocolóide
irreversível, a base de ácido algínico. Ambos os materiais, hidrocolóides,
apresentavam características elásticas e hidrofílicas que, se por um lado tinha uma
vantagem, permitindo seu uso nas condições mais úmidas, também tinha uma
desvantagem importante, pois a evaporação da água, após a retirada do molde da
boca, poderia levar a mudanças dimensionais inaceitáveis.
De acordo com Bayindir et al. (2002), os hidrocolóides irreversíveis seriam
indicados para as primeiras moldagens de próteses, totais ou parciais removíveis,
modelos ortodônticos, modelos antagonistas e modelos de estudo.
Por volta dos meados do século XX, surgiram novos materiais também
elásticos, denominados elastômeros. De acordo com Jansen (1994), estes se
dividem, quimicamente, em quatro tipos: polissulfetos; os silicones de reação por
condensação; as por reação em adição e os poliéteres.
Os polissulfetos foram desenvolvidos para aplicações industriais, em 1929
e para uso na Odontologia, em 1950, segundo Bell e Fraunhofer (1975). A exemplo
dos polissulfetos, os silicones de condensação também foram desenvolvidos,
inicialmente, para aplicações industriais e introduzidas na Odontologia, por volta de
1950 (BELL e FRAUNHOFER, 1975). os silicones de reação por adição foram
desenvolvidos, inicialmente, pelo programa espacial Apollo da NASA, sendo
correntemente considerada o material de moldagem que possui a maior fidelidade
14
de cópia (HARCOURT, 1978; JOHNSON e CRAIG, 1985; OHSAWA e
JORGENSEN, 1983).
Brown (1981) relatou que o poliéter foi o único material de moldagem
elastomérico, desenvolvido com finalidade exclusivamente odontológica e foi
introduzido na Alemanha, na década de 1960.
Diante destas opções, a seleção de um material de moldagem, segundo
Wilson (1988), dependeria de uma combinação de propriedades, como facilidade de
manipulação, consistência, tempos de trabalho e presa, alteração dimensional,
recuperação elástica, rigidez e aceitabilidade pelo paciente. Sendo assim, os
elastômeros devem apresentar como característica, ser material fluido que se
transforme em sólido, elástico.
Mesmo diante de tais características, parece não haver clareza, para os
profissionais, de quais seriam os parâmetros para a seleção, uma vez que, em todas
as oportunidades, a pergunta clássica, não deixa nunca de ser realizada: “com que
material devo moldar?” Na realidade, tais indicativos são respondidos com o
conhecimento das propriedades físicas dos materiais de moldagem, tais como,
viscosidade, tensão superficial, reação de polimerização e elasticidade (BROWN,
2003). Lu et al. (2004) chamam a atenção, que os novos materiais de moldagem
elásticos, foram introduzidos com o objetivo de reduzir as possíveis distorções nas
moldagens melhorando a qualidade do modelo, mais ainda existem dados
insuficientes nas propriedades mecânicas destes materiais.
Dentre estas, Jansen (1994) considerou importante, o estudo da
elasticidade, que é fator fundamental na determinação dos tempos de trabalho e de
presa, tão importantes como parâmetros de orientação clínica. Afirmou ainda que
idealmente as propriedades elásticas só aparecessem ao final do tempo de trabalho,
uma vez que o aparecimento precoce, antes do completo assentamento da moldeira,
implica em distorção.
De uma forma genérica, os estudos monitoram o processo de presa dos
elastômeros, por medidas nas alterações de viscosidade, rigidez ou utilizando
ambas. (WILSON, 1966; HERFORD et al., 1977; VERMILYEA et al., 1980; ARAUJO
et al., 1985).
Segundo a norma ISO4823:2000 (Organização Internacional de
Padronização) o tempo de trabalho é definido como: o período de tempo, que vai do
15
início da mistura dos materiais até o surgimento das propriedades elásticas, de certa
forma, também consideram a viscosidade e rigidez dos materiais elastoméricos.
Acredita-se que, com o desenvolvimento e evolução de novos materiais
de moldagem, que recentemente estão à disposição do cirurgião-dentista, o estudo
das propriedades elásticas, bem como a comparação dessas são fatores
fundamentais para orientação clínica do profissional e por estas razões optamos por
desenvolver um trabalho, que viesse a contribuir com tais informações.
16
2 REVISÃO DA LITERATURA
Schnell e Phillips (1958) publicaram um artigo sobre a estabilidade
dimensional dos materiais de moldagem à base de borracha e o efeito de outras
variáveis que afetam e influenciam sua exatidão. Nenhum dos silicones testados foi,
dimensionalmente, estável e a distorção, provavelmente, estaria relacionada com a
reação de polimerização continuada do material. Porém a distorção, em qualquer
intervalo de tempo, foi menor, quando comparada aos hidrocolóides irreversíveis.
Herfort et al. (1978) estudaram a resistência ao rasgamento dos materiais
de moldagem elastoméricos, concluindo que: sob condições clínicas simuladas, o
máximo de resistência ao rasgamento dos materiais testados foi alcançado em 10 a
15 minutos.
O estudo das características de escoamento dos materiais de moldagem
elastoméricos que exibem uma variedade de viscosidade são um fator significante
na seleção de produtos aceitáveis para uso clínico. Assim, Herfort et al. (1978)
desenvolveram um estudo para prover dados de viscosidade de materiais de
moldagem elastoméricos, correlacionando estas informações com os procedimentos
clínicos. Algumas de suas conclusões foram: alguns materiais de moldagem exibem
uma extrema diminuição de resistência ao cisalhamento e esta propriedade foi
considerada útil para todos os propósitos, características de viscosidade dos
materiais de moldagem elastoméricos são ligadas ao volume do material de carga.
McCabe e Wilson (1978), num estudo comparativo entre os silicones de
reação por adição e por condensação com outros materiais de moldagem
elastoméricos, observaram que o grupo das primeiras apresentou vantagens sobre
os silicones de reação por condensação. Concluíram que os silicones de reação por
adição possuem um maior tempo de trabalho e uma superior estabilidade
dimensional em relação às silicones de reação por condensação.
Yeh et al. (1980) estudaram os silicones por reação de adição e esta
investigação propunha-se a determinar as características físicas, mecânicas e
viscoelástica de três marcas comerciais: Reprosil, President e Reflect, além do
que compararam os resultados obtidos com outros elastômeros, como o silicone de
condensação, poliéter e polissulfeto. Os fatores analisados foram: tempo de
trabalho, consistência, fluidez, resistência à compressão e alteração dimensional.
17
Como resultado, os silicones de adição apresentaram menor alteração dimensional,
se comparado aos outros elastômeros. As propriedades físicas e mecânicas dos
silicones de adição permitiram concluir que este material apresentou pequena
alteração dimensional, pequena deformação e, moderadamente, um curto tempo de
trabalho. Já, em relação as três marcas comerciais do silicone de adição avaliadas
neste estudo, ou seja, Reprosil, President e Reflect, apresentaram
propriedades físicas e mecânicas semelhantes entre si.
McCabe e Storer (1980) avaliaram as propriedades dos materiais de
moldagem elastoméricos e a conveniência da sua utilização para produção de
restaurações metálicas fundidas. Devido ao curto tempo de trabalho medido através
do reômetro oscilatório, sugerem que, para um resultado melhor, no caso do uso dos
silicones, estes materiais deveriam ser inseridos na cavidade oral o cedo quanto
possível, após a completada sua manipulação. Para preparos do tipo “inlay”, um
material com elasticidade maior é necessário. Nestas circunstâncias, as melhores
chances de sucesso ocorrem com os silicones. Poliéteres oferecem as melhores
combinações de propriedades, entretanto ele é muito rígido após a presa e isto pode
dificultar sua remoção, quando retenções severas estiverem presentes.
Sandrik e Sarna (1980) também testaram sete materiais de moldagem
elastoméricos para determinação da temperatura do material em função do tempo
necessário para atingir um grau de polimerização que possibilite sua remoção da
cavidade oral. Seus resultados mostraram que uma temperatura de 32
o
C é
encontrada 1,6 minuto após sua colocação na cavidade oral. Apesar de vários
materiais designados de presa rápida atingirem sua polimerização a 32
o
C, vários
materiais elastoméricos são incompletamente polimerizados quando testados a 32
o
C, devendo permanecer na cavidade oral pelo período de tempo recomendado pelo
fabricante. Estes materiais deveriam ser testados a uma temperatura mais alta que
32
o
C, preferivelmente a 37
o
C, quando a polimerização poderá atingir um alto
índice.
Marcinak e Draughn (1982) realizaram um estudo, com objetivo de avaliar
a alteração dimensional linear, provocada pela polimerização, dos silicones de
adição. Cinco diferentes marcas de silicone de adição foram analisadas, com o
intuito de padronizar o molde, Construiu-se um modelo mestre, com dois incisivos
centrais, unidos a um bloco de resina acrílica. Foram realizadas as moldagens,
aguardando-se 10 minutos, após a manipulação, para separar o modelo do molde.
18
De posse dos moldes esses foram preenchidos com gesso, em tempos diferentes, a
saber: 10 minutos após a separação entre molde e modelo, depois após 30 minutos,
2, 4, 8, 24, 48, 96 e 168 horas. Os modelos de gesso obtidos foram comparados ao
modelo padrão. Os resultados mostraram que, com exceção do material
Permagum, que até 48 horas após a moldagem, apresentou 0,3% de alteração
dimensional. Os demais materiais não apresentaram alterações dimensionais
significantes, independentemente do modelo ter sido preenchido 10 minutos ou 168
horas após a separação do modelo mestre.
Shillingburg et al. (1983) comentaram que o silicone de adição seria o
material menos afetado pelos prazos de vazamento. As primeiras apresentações
desse material liberavam gás hidrogênio, o que promovia a criação de bolhas no
modelo. Se o modelo o fosse vazado nos primeiros 15 minutos, seria possível
obter bons resultados após 24 horas. A modificação da fórmula, acrescentando-se
paládio para absorver o hidrogênio, resolveu esse problema. Ainda segundo os
autores, o vazamento, agora deveria ser realizado em um tempo de 15 a 20 minutos,
após a obtenção do molde, e que não seria aconselhável aguardar mais que um dia.
Araújo et al. (1985) fizeram um estudo sobre propriedades viscoelásticas
dos materiais de moldagem elastoméricos. As relações entre, a deformação induzida
e permanente dos materiais foram registradas. O equipamento usado foi um
reômetro baseado no princípio cone-placa, que permitiu registros eletrônicos do
deslizamento gradativo básico durante e após a polimerização dos materiais.
Através deste equipamento foi possível medir a recuperação elástica dos materiais
após a deformação, apresentando um método confiável para futuras pesquisas.
em 1986, Ohsawa e Finger pesquisaram o tempo de trabalho dos
materiais elastoméricos, utilizando os métodos da especificação n
o
19 da ADA,
reômetro oscilatório e avaliação da fidelidade das moldagens foram feitas. A
pesquisa mostrou que o tempo de trabalho dos materiais, determinado por diferentes
métodos, pode diferir consideravelmente. Entretanto, o teste da ADA mostrou
aceitação prática quando comparado com os resultados do teste de fidelidade.
Rode et al. (1987), através de uma revisão de literatura, buscaram
identificar os principais fatores clínicos que promoveriam alteração dimensional nos
elastômeros. Alguns dos aspectos abordados no trabalho foram: tipo de material,
técnica de moldagem, manipulação do material de moldagem e tempo de
vazamento. Os autores aconselharam o uso de moldeiras individualizadas,
19
considerando também na técnica de dupla moldagem, uma variação, na qual o
material denso e a moldeira de estoque substituíam a moldeira individual.
Ressaltaram que o modelo não deveria ser obtido imediatamente, após a moldagem
e sim, após 10 a 20 minutos, independentemente do material. Para esses autores, a
melhor moldagem seria obtida quando o profissional dominasse o material,
controlando, desta forma, todas estas possíveis causas de alteração dimensional.
Willians e Craig (1988) estudaram as propriedades físicas dos silicones de
reação por adição como uma função da composição. As propriedades estudadas
foram deformação sob compressão, deformação, escoamento e dulo de
elasticidade dinâmico. O peso molecular do silicone de base tinha a menor influência
nestas propriedades, embora um peso molecular baixo mostrasse melhores
propriedades. Cadeias estendidas foram prejudiciais às propriedades físicas de
escoamento, deformação sob compressão e módulo de elasticidade dinâmico.
Concentrações aumentadas de copolímeros diminuem a deformação sob
compressão e escoamento, mas aumentam o módulo de elasticidade dinâmico.
Segundo Wilson (1988), o tempo de trabalho em uma situação ideal consiste
no período durante no qual, mudanças de propriedades físicas, particularmente a
consistência, não ocorram. Entretanto, nos materiais atuais, a viscosidade começa a
aumentar tão logo os dois componentes são misturados. Um método para
determinar o tempo real de trabalho é quando ocorre um aumento a uma dada
viscosidade. Quando produtos são usados com valores menores que 2 minutos, uma
técnica rápida é requerida. Uma moldagem deve ser colocada e assentada antes do
término do tempo de trabalho, afim de assegurar bom escoamento e evitar
adaptação incompleta.
Tam e Bronw (1990) estudaram a resistência ao rasgamento de vários
materiais de moldagem elastoméricos com e sem modificadores. Uma marca de
polissulfeto demonstrou o mais alto valor de resistência para os materiais testados
sem modificadores. Os materiais testados com modificadores (quatro siliconas de
reação por adição e dois poliéteres) mostraram significante redução na resistência
ao rasgamento de cinco dos seis materiais testados.
McCabe e Carrick (1990) descreveram um método para a medida direta da
habilidade de recuperação elástica do material em vários estágios durante a presa.
Os materiais foram submetidos a um torque aplicado instantaneamente, a intervalos
curtos e regulares, durante a presa, seguidos de um período de relaxamento durante
20
o qual a recuperação é medida. O tempo para os materiais desenvolverem 5% a
20% de recuperação elástica corresponde ao tempo para alcançar um ângulo de
fase de 60
o
no teste oscilatório.
Chee e Donovan (1992) relataram que os silicones de reação por adição têm
a melhor recuperação elástica de todos os materiais de moldagem avaliados. O
número de bolhas incorporada na mistura é reduzido com o sistema de automistura.
Em geral materiais tem um adequado tempo de trabalho, especialmente quando
usado o sistema de automistura. Quando usado este sistema, para extensão do
tempo de trabalho, não é possível alterar a relação entre base e ativador. A
refrigeração do material de seringa pode aumentar o tempo de trabalho em
aproximadamente 1,5 minuto sem falar das características de precisão do material.
Muench (1992) utilizou um aparelho desenvolvido no Departamento de
Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo,
que possibilitava identificar o surgimento das características elásticas dos materiais
de moldagem, em função do tempo de presa, logo após a espatulação. Os
resultados obtidos com este aparelho foram comparados com ensaios preconizados
pela Especificação 19 da A.D.A. As deformações foram induzidas nos tempos de
1,0; 2,5; 4,5; 7,5 e 10,5 minutos após a manipulação e mantidas por 30 segundos,
com a leitura após 30 segundos. As deformações prévias executadas eram 10%
para o alginato e 12% para os elastômeros. Concluiu que o método proposto
permitiu detectar o surgimento da elasticidade, durante a presa do material de
moldagem, ainda bem fluido; permitiu avaliar os tempos de trabalho e presa, pela
deformação permanente ou recuperação elástica; os elastômeros apresentaram,
após a presa, melhor recuperação elástica que o alginato.
Phillips (1993) descreveu que os elastômeros, em sua maioria, polimerizam
através de reações que formam ligações cruzadas, o que é essencial para o
desenvolvimento das propriedades elásticas. Sendo assim, concluiu que o termo
“tempo de presa” não significa polimerização completa e sim, a quantidade de
ligações cruzadas, suficiente para a presa e que permitiria a remoção dos moldes,
sem apresentar deformação permanente. Ainda em relação à elasticidade, Phillips
mencionou que os materiais à base de borracha deveriam apresentar grandes
moléculas, com interações fracas entre elas e que essas se encontram unidas em
certos pontos, por uma rede tridimensional que, quando distendidas, estas cadeias
21
desenrolam-se e após a remoção da tensão, retornam ao estado emaranhado
anterior.
Chai et al. (1993) analisaram as propriedades reologicas dos silicones de
reação por adição, e com uso de um reômetro avaliaram, tempo de trabalho, tempo
de presa, viscosidade de acordo com a especificação 19 da A.D.A. Concluíram
em sua pesquisa que o conhecimento da mudança de viscosidade de um material
de impressão é benéfico na seleção de um material de moldagem e atentaram para
o fato de que o tempo de trabalho precisaria ser melhor estudado, tendo em vista a
discrepância dos resultados encontrados pelos mesmos.
Ainda em 1993, Motta estudou a recuperação elástica de um silicone, por
reação de adição. O aparelho usado foi o Elasticímetro de Muench, que permite a
determinação da elasticidade, desde a fase inicial até a sua completa polimerização.
As idades envolvidas no ensaio foram 1,5; 2,5; 8,0 e 12,0 minutos. A deformação
aplicada às amostras foram de 6, 12, 18, 24 e 30%, enquanto que o tempo de
duração da deformação oscilou em valores de 5, 30, 180, 300 segundos. Foi
possível concluir que o aparelho é conveniente para determinação da elasticidade,
desde o estágio mais fluido, e que os testes feitos em idades de 1,5 e 2,5 minutos
permitiram, com deformações maiores e por maior tempo de duração, avaliar os
tempos de trabalho, quando se constatou a recuperação elástica nula. Nas amostras
com idades de 5 minutos, a recuperação elástica foi pequena e aos 8 minutos de
idade, a recuperação elástica foi quase 100%, indicando o tempo de presa.
Utilizando-se de mesma metodologia, Barcelos (1994) relacionou a
determinação da elasticidade de alginatos ( hidrocolóides irreversíveis ), por meio de
um elasticímetro. Os resultados obtidos permitiram concluir que: as diferentes
marcas apresentaram diferentes comportamentos, quanto à velocidade do
desenvolvimento da elasticidade. O elasticímetro permitiu determinar a elasticidade,
de forma simples, desde logo após o início da espatulação até a geleificação ou
presa mais avançada.
Jansen (1994) investigou a recuperação elástica, após iniciada a
polimerização, desde a fase mais fluida, de onze elastômeros. Foi utilizado o
Elasticímetro de Muench, e os tipos de deformação foram: sucessivas de 6% por 5
segundos, a partir de 1 minuto; sucessivas de 12% por 90 segundos, a partir da
idade de 1 e 2 minutos; leitura única de cada corpo de prova, com deformação de
12% por 90 segundos, nas idades de 1 a 9 minutos. Quanto ao desenvolvimento da
22
elasticidade, dentro da conveniência clínica, os materiais ensaiados situaram-se em
ordem decrescente: silicones de adição, silicone de condensação, poliéter e
mercaptanas.
Todescan et al. (1996) mencionaram que os silicones são materiais indicados
para a maioria das moldagens e comentaram que a técnica ideal para se obter um
molde, evitando possíveis alterações dimensionais, seria com a realização de um
alívio, entre a superfície do molde e da área a ser moldada, para promover o
escoamento mais adequado do segundo material. Sobre o molde preliminar é
colocado um segundo material, mais fluido destinado a refinar o primeiro molde,
copiando com maior exatidão as estruturas moldadas. Desta forma, o primeiro molde
exerceria a função de moldeira individual, destinada a confinar o segundo material,
completando assim a moldagem.
Muench e Jansen (1997), com o propósito de determinar o grau de
recuperação elástica, em função do tempo, desde o início da mistura, e ainda
verificar a ordem de deformação para esta pesquisa, utilizaram os seguintes
elastômeros, como material de moldagem: polissulfeto, poliéter, silicones de
condensação e silicones de adição, que foram manipulados, conforme preconizavam
os fabricantes. Os resultados foram obtidos por meio do Elasticímetro, idealizado por
Muench e as deformações induzidas foram de 12% e mantidas por 90 segundos. As
deformações iniciais ocorreram desde a idade de 1 até 9 minutos (de minuto em
minuto) deformações subseqüentes nos mesmos corpos de prova ocorreram de 2
em 2 minutos. Os resultados obtidos mostraram que geralmente a recuperação
elástica não se manifestou em idades de 3 a 4 minutos e o polissulfeto apresentou
pior recuperação elástica. o silicone de adição apresentou a melhor recuperação
elástica entre os elastômeros estudados.
Valle (1998) mencionou que a formação do silicone de condensação
ocorreria através de uma reação cruzada, entre o polímero de silicone e um silicato
alquílico. O subproduto desta reação era o álcool etílico que conferia ao material
maior alteração dimensional. Por outro lado, os silicones de adição apresentavam
uma ligação cruzada, que ocorre através de uma reação equilibrada, de adição, sem
formação de subprodutos e por isso seria considerado um material que apresentaria
excelente estabilidade dimensional.
No mesmo ano, McCabe e Arikawa avaliaram as propriedades reológicas de
cinco elastômeros (Impregum F, President, Doric, Coltex e Permelastic) antes e
23
durante a presa dos materiais observando características de importância clínica
como a viscosidade, pseudoplasticidade e a taxa de desenvolvimento da
elasticidade, para o monitoramento destas propriedades foi utilizado um reômetro
(Carri-Med Ltda., Dorking, England). Nos resultados do estudo destaca-se a
diferença na taxa em que as características elásticas são desenvolvidas. Em
particular o silicone de adição desenvolve elasticidade rapidamente após a mistura e
deve ser usado assim que possível. o poliéter permanece plástico por algum
tempo sendo uma característica desejável para o clínico.
De acordo com a Organização Internacional de Padronização (ISO4823), em
2000, os elastômeros são classificados de acordo com a sua consistência, que é
obtida imediatamente após a completa manipulação do material e são classificadas
como: tipo I, consistência em massa; tipo II, consistência de alta viscosidade; tipo III,
consistência de média viscosidade; tipo IV, consistência de baixa viscosidade.
Um outro estudo realizado por Johnson, Lepe e Aw (2003) comparou as
técnicas de moldagem: monofase e dual, em condições úmida e seca, com objetivo
de determinar qual técnica possui melhor reprodutibilidade. A interpretação dos
resultados levou aos autores a conclusão que os sistemas monofásicos, melhor
reproduziram o modelo padrão utilizado na pesquisa, quando comparados ao
sistema dual. E mesmo na ausência de umidade os sistemas que utilizam a técnica
monofásica apresentaram bons resultados.
Também em 2003, Berg et al. apresentaram um estudo que tinha o propósito
de avaliar os efeitos da variação de temperatura nas propriedades viscoelásticas dos
silicones de adição e dos poliéteres. As temperaturas investigadas foram 25
o
, 29
o
,
33
o
e 37
o
C e o aparelho usado foi um reômetro oscilatório. Os estudos realizados
nas temperaturas de 25
o
e 37
o
, resultaram em uma grande sensibilidade a
temperatura dos materiais, nos aspectos, tempo de trabalho e tempo de presa.
Rodrigues Filho et al. (2003) avaliaram o comportamento da elasticidade em
função da manipulação de silicones de reação por adição, na consistência de massa
empregando-se luvas de procedimento de várias marcas comerciais. A
polimerização dos materiais foi avaliada por meio de um elasticímetro. Duas luvas,
de borracha natural, não conduziram a resultados satisfatórios com todos os
silicones.
Os autores concluíram que, em caso de dúvida, sobre a compatibilidade
entre tipo de luva e marca de silicone, o emprego de espátula, na mistura inicial,
contornaria o problema de maneira satisfatória.
24
Brown (2004), através de uma revisão literária, descreveu, resumidamente, a
história dos materiais de moldagem, assim como, suas características físicas,
químicas e biológicas, chamando a atenção para o fato de que, mesmo nos tempos
atuais, os materiais de moldagem permanecem sendo o maior vínculo entre o
cirurgião-dentista e o técnico em prótese dentária. Neste mesmo artigo há uma
tabela que apresenta os materiais de moldagem contemporâneos, alguns destes
são:
Silicones de adição; Aquasil, Elite H-D, Express, Imprint II e President.
Silicones de condensação; Optosil / Xantopren e Coltex.
Poliéteres; Impregun F e Impregun penta.
Hidrocolóides irreversíveis; Hydrogum e Orthoprint.
Afsharzand et al. (2006) elaboraram um questionário, que foi distribuído
aleatoriamente aos laboratórios em prótese dentária Norte Americanos,
credenciados a Associação Nacional dos Laboratórios em Prótese. Com relação aos
materiais de moldagem mais utilizados, em moldes finais em próteses fixas e
removíveis sobre implantes, o estudo apresentou uma superioridade na indicação do
silicone de adição. O material Aquasil (Dentsply) representou quase o dobro das
moldagens que o segundo material mais indicado, o poliéter, (Impregum 3M),
também é importante ressaltar, que a soma de ambos materiais representaram mais
de 90% dos materiais mais indicados nos laboratórios pesquisados.
25
3 OBJETIVOS
Objetivos Gerais
- investigar a recuperação elástica nos materiais de moldagem
denominados elastômeros
- desde a fase mais fluída até a presa mais avançada, de diversos tipos e
marcas de materiais elásticos.
Objetivo Específico
- obter informações que contribuíssem no controle das possíveis alterações
dimensionais, que são determinantes no ato da moldagem.
26
4 MATERIAL E MÉTODO
4.1 Material
Os materiais que foram ensaiados são do grupo genericamente denominados
de elastômeros (silicones de reação por adição, por condensação e poliéter).
Nos Quadros 1, 2 e 3 estão listados os tipos de materiais de moldagem que
foram testados.
Quadro 1: Relação dos silicones por reação de
condensação.
Quadro 2: Relação dos silicones por reação de adição.
Quadro 3: Relação dos poliéteres.
MATERIAL
FABRICANTE
LOTE TIPO
Speedex
Ligth Body
Coltène 112420 Fluído
Oaranwash
Light
Zermack 33012 Fluído
Perfil Vigodent 001/06 Fluído
Clonage DFL 07070911
Fluído
MATERIAL FABRICANTE
LOTE TIPO
Adisil Light
Body
vigodent 003/06 Fluído
Adisil Regular
Body
vigodent 009/06 Fluído
MATERIAL FABRICANTE
LOTE TIPO
Impregum Baixa
Viscosidade
3M 184932
Fluído
Impregum Média
Viscosidade
3M 234566
Fluído
Impregum Alta
Viscosidade
3M 340908
Fluído
27
Além dos materiais de moldagem foi necessário materiais e instrumentos
complementares listados a seguir:
Uma placa de vidro (10cm de comprimento, 5cm de largura e 2cm de
espessura).
Uma espátula de aço nº 36.
Um cronômetro, de marca KADIO, utilizado para marcar, tempo de
espatulação e a idade dos testes realizados.
Isolante a base de sabão líquido DOVE para os silicones e isolante a base de
óleo mineral para o poliéter.
Dispensador (pistola de injeção do material de moldagem).
Ponteira intra-oral.
Uma estufa marca HERAEUS fabricada por W. HERAEUS GMBH, HANAU.
Uma campânula com temperatura ambiente controlada por meio de
aquecimento de resistência elétrica, intercalada com um termostato,
construída no Mestrado Acadêmico em Odontologia, Área de concentração
em Clínicas Odontológicas, Subárea de Prótese Dentária, da Faculdade de
Odontologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
A determinação do aparecimento das propriedades físicas dos elastômeros foi
observada segundo as características do aparelho utilizado, o Elasticímetro de
Muench (FIG. 1 e 2). Este aparelho, idealizado e construído no Departamento de
Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, foi
previamente testado e utilizado nos trabalhos de Muench (1992), Motta (1993),
Jansen (1994), Barcelos (1994) e Rodrigues Filho (2003).
28
Figura 1: Desenho
ilustrativo do
Elasticímetro de
Muench, por Rodrigues
Filho (2003).
Figura 2: Elasticímetro de
Muench.
O aparato consiste em uma base de latão (A), em que uma barra vertical é
fixa (B). Um cilindro (C) com dois braços de aço que seguram o recipiente (D), que
29
hospeda o material de prova. O recipiente consiste em dois tubos de plástico, no
qual é ajustado um dentro do outro. O tubo interno tem várias perfurações para
segurar o material de moldagem, quando deformada pela rotação da haste vel
(F), por meio do botão cilíndrico (H). O fim da barra (F) submerso no recipiente (D)
apresenta sulcos axiais para propósitos de retenção. A rotação do botão (H) é
registrada pelo indicador (G) no transferidor, que registra o ângulo descrito. Este
ângulo corresponde ao grau de deformação do material dentro do recipiente (D)
(FIG. 3). A diferença entre a deformação induzida e a deformação residual, depois
de lançar a barra móvel (F) permite o cálculo da recuperação elástica, com 0,1% de
precisão. Se o indicador (G) permanecer imóvel, a recuperação elástica é zero. Se o
indicador retorna a posição inicial, a recuperação elástica é 100% (FIG. 4). Se o
indicador é mantido em uma posição intermediária, a recuperação elástica é
calculada baseada na deformação inicial.
Pela posição que o ponteiro da haste assumir, ao retornar da posição de
deformação será, determinada a deformação permanente ocorrida, em função do
ângulo de deformação registrado e das condições geométricas do anel interno do
receptáculo e da haste móvel. Por meio de gráficos, construídos para o aparelho e
através da leitura da posição do ponteiro da haste móvel, sobre o transferidor, pode-
se determinar as deformações, em porcentagem.
Figura 3: Posição de deformação
do ponteiro (30.5
o
), usada nos
Rastreamentos II e III.
30
Figura 4: Posição do ponteiro,
após o fenômeno da recuperação
elástica, apresentando 100% de
recuperação elástica.
Figura 5: Desenho esquemático da projeção horizontal do receptáculo de
ensaio apresentado por Jansen na tese de doutorado em 1994, pela
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.
Junto à Figura 5 encontram-se as distâncias envolvidas nas deformações dos
materiais de moldagem em teste. Assim, pelo giro da haste móvel, o material vai do
ponto A para o A’ e a distância AC passa a ser CA’, com um valor aumentado,
correspondente a deformação. Pela fórmula apresentada, é possível calcular-se
31
pares de valores de ângulos em B e correspondentes CA’que colocados em gráficos
convenientes, permitem a obtenção da deformação em porcentagem.
4.2 Método
Em todos os materiais estudados, foi utilizada a mesma metodologia. Tanto
os materiais de moldagem, tanto, os instrumentos utilizados foram armazenados em
estufa, a uma temperatura de 23±2°C, antes de qualquer teste, conforme
ISO4823:2000, procurando minimizar o efeito da temperatura na velocidade de
polimerização (PHILLIPS, 1993). A manipulação dos materiais foi realizada de
acordo com o preconizado pelos respectivos fabricantes. Um cronômetro é ativado
no momento do início da mistura dos materiais, para determinar seu tempo correto e
as idades do material para os testes. Previamente, a base do alojamento do
receptáculo de ensaio do aparelho foi isolada com sabão líquido ou óleo mineral, de
acordo com o material a ser utilizado. O receptáculo foi montado em posição e fixado
pelos braços de aço e, em seguida, preenchido totalmente com o material de
moldagem manipulado. Em seguida, o material foi imediatamente introduzido, a
extremidade inferior e ativa da haste vel do elasticímetro. O transferidor neste
momento foi zerado em relação à posição do ponteiro. Neste momento foi realizada
a transferência do elasticímetro carregado para a campânula (FIG. 6) com
temperatura, previamente calibrada em 35±1 °C, conforme a norma ISO4823:2000.
32
Figura 6: Campânula desenvolvida pelo aluno
de mestrado Santos, F. T., doada ao
departamento de Prótese Dentária da
Faculdade de Odontologia PUC-MG, com
temperatura previamente calibrada em 35±1°C,
contendo o elasticímetro de Muench.
No primeiro minuto após o início da manipulação iniciaram-se os testes para
todos materiais.
4.2.1 Etapa 1 (desenvolvimento das propriedades elásticas com a realização de
dois rastreamentos cada um feito no mesmo corpo de prova, e assim a cada
deformação provocada, foi determinada a deformação existente no material):
4.2.1.1 Rastreamento I
Deformação de 6% (21°) durante 5 segundos.
Leitura do aparelho 5 segundos após a haste móvel ser solta.
Rotação do transferidor, zerando-o.
Idades ensaiadas; 1;1,20; 1,40; 2; 2,20; 2,40; 3; 5; 6; 7; 8; 9; 10; 11 e 12
minutos.
33
4.2.1.2 Rastreamento II
Deformação de 12% (30,5°), durante 90 segundos.
Leitura do aparelho 20 segundos após a haste móvel ser solta.
Rotação do transferidor, zerando-o.
Idades ensaiadas 1; 3; 5; 7; 9; 11 minutos.
4.2.2 Etapa 2 (testes realizados uma única vez em cada corpo de prova)
4.2.2.1 Rastreamento III
Deformação de 12% (30,5°), durante 90 segundos.
Leitura do aparelho 20 segundos após a haste móvel ser solta.
Rotação do transferidor, zerando-o.
Idades ensaiadas; 3; 4; 5; 6; 7; 8; e 9 minutos.
A seqüência dos testes obedeceu a um sorteio aleatório prévio, em que foi
levado em consideração o material e o teste a ser realizado, determinando a ordem
de ensaio.
Para todas as condições experimentais, tanto na primeira quanto na segunda
etapa da metodologia, foram realizadas quatro repetições, cujas leituras em graus
foram transformados em porcentagem de deformação através de gráficos
elaborados para o aparelho. Neste momento, calculamos matematicamente a dia
da porcentagem de recuperação elástica, em relação à deformação provocada, com
seu respectivo desvio padrão, para melhor avaliar os resultados.
34
5 RESULTADOS
O presente trabalho teve por objetivo fazer um estudo do desenvolvimento
das propriedades elásticas dos elastômeros desde o início da espatulação até após
a presa, por meio de um elasticímetro.
Em cada material foi realizado o Rastreamento I, na qual, a média da sua
recuperação elástica e desvio padrão foram separados por idades e podem ser
verificados nas Tabelas 1, 2 e 3.
TABELA 1
Médias de recuperação elástica (RE) (%) e desvio padrão (DP) (%), em relação às
idades ensaiadas no Rastreamento I (deformação de 6%) dos poliéteres
Material
Tempo
Impregum Baixa
Viscosidade
Impegum Média
Viscosidade
Impegum Alta
Viscosidade
RE – DP RE – DP RE - DP
1
0.00 0.00
0.00 0.00 0.00 0.00
1,20
0.00 0.00
1.67 0.05 0.00 0.00
1,40
0.00 0.00
13.34 2.11 0.00 0.00
2
0.00 0.00
45.00 0.98 0.00 0.00
2,20
01.77 0.05
80.00 3.83 25.00 0.98
2,40
31.67 11.5
90.50 1.48 45.00 4.83
3
61.67 45.00
96,00 0.23 73.34 0.83
5
97.12 0.23
98.90 0.05 95.67 2.83
6
99.20 0.23
99.60 0.23 97.34 2.11
7
99.77 0.23
99.92 0.05 99.67 0.05
8
99.86 0.23
99.94 0.00 99.94 0.00
9
99.89 0.05
99.94 0.00 99.94 0.00
10
99.94 0,00
99.94 0.00 99.94 0.00
11
99.98 0.05
99.94 0.00 99.94 0.00
12
99.98 0.05
99.94 0.00 99.94 0.00
35
TABELA 2
Médias de recuperação elástica (RE) (%) e desvio padrão (DP) (%), em relação às idades
ensaiadas no Rastreamento I (deformação de 6%) dos silicones por reação de condensação
Material
Tempo
Speedex Light Body Oranwash Clonage Perfil Fuído
RE-DP RE-DP RE-DP RE-DP
1
0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00
1,20
0.00 0.00 0.00 0.00 3.34 0.05 0.00 0.00
1,40
0.00 0.00 0.00 0.00 38.34 0.53 90.00 1.48
2
7.17 0.23 7,20 0.23 88.50 0.23 26.67 5.83
2,20
16.67 1.48 10.00 0.98
92.67 0.23 51.67 0.23
2,40
48.34 8.50 10.00 0.98
96.17 0.23 68.34 5.83
3
68.34 0.98 25.00 7.00
98.10 0.05 53.34 11.5
5
99.72 0.05 97,45 4.83
99.89 0.05 79.17 58.33
6
99.86 0.05 99,2 0.05 99.95 0.00 58.34 86.66
7
99.94 0.00 99,77 0.00
99.99 0.05 66.67 90.00
8
99.99 0.05 99,88 0.05
100.00 0.00
66.67 90.00
9
100.00 0.00 99,94 0.00
100.00 0.00
68.34 95.00
10
100.00 0.00 99,94 0.00
100.00 0.00
64.17 95.00
11
100.00 0.00 99,94 0.00
100.00 0.00
56.67 95.00
12
100.00 0.00 99,94 0.00
100.00 0.00
0.00 0.00
36
Em cada material foi realizado o Rastreamento II, na qual, a média da sua
recuperação elástica e desvio padrão foi separada por idades e pode ser verificada
nas Tabelas 4, 5 e 6.
TABELA 3
Médias de recuperação elástica (RE) (%) e desvio padrão
(DP) (%), em relação às idades ensaiadas no Rastreamento I
(deformação de 6%) dos silicones de reação por adição
Material
Tempo
Adisil Light Body Adisil Regular
RE-DP RE-DP
1
0.00 0.00 16.67 1.48
1,20
7.17 0.23 36.67 0.53
1,40
30.00 3.83 63.34 4.83
2
53.34 18.33 68.34 4.83
2,20
65.00 13.33 78.34 1.48
2,40
83.34 0.98 83.34 0.53
3
90.00 0.23 98.67 0.98
5
99.94 0.00 100.00 0.00
6
100.00 0.00 100.00 0.00
7
100.00 0.00 100.00 0.00
8
100.00 0.00 100.00 0.00
9
100.00 0.00 100.00 0.00
10
100.00 0.00 100.00 0.00
11
100.00 0.00 100.00 0.00
12
100.00 0.00 100.00 0.00
37
TABELA 4
Médias de recuperação elástica (RE) (%) e desvio padrão (DP) (%), em relação às idades
ensaiadas no Rastreamento II (deformação de 12%) dos poliéteres
Material
Tempo
Impregum Baixa
Viscosidade
Impegum Média
Viscosidade
Impegum Alta
Viscosidade
RE - DP RE – DP RE – DP
1
0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00
3
9,17 0.11 10.84 0.11 0.00 0.00
5
75.84 0.70 37.50 2.41 48.34 0.70
7
98.92 0.70 96.33 7.58 90.59 0.26
9
97.92 0.49 99.60 0.11 98.8 0.11
11
99.91 0.26 99.84 0.02 99.46 0.26
TABELA 5
Médias de recuperação elástica (RE) (%) e desvio padrão
(DP) (%), em relação às idades ensaiadas no
Rastreamento II (deformação de 12%) dos silicones por
reação de adição
Material
Tempo
Adisil Light Body Adisil Regular
RE - DP RE - DP
1
0.00 0.00 0.00 0.00
3
5.00 0.02 0.96 0.02
5
99.74 0.11 100.00 0.00
7
99.93 0.02 100.00 0.00
9
100.00 0.02 100.00 0.00
11
100.00 0.00 100.00 0.00
38
Em cada material foi realizado o Rastreamento III, na qual, a média da sua
recuperação elástica e desvio padrão foi separada por idades e pode ser verificada
nas Tabelas 7, 8 e 9.
TABELA 6
Médias de recuperação elástica (RE) (%) e desvio padrão (DP) (%), em relação às idades
ensaiadas no Rastreamento II (deformação de 12%) dos silicones por reação de condensação
Material
Tempo
Speedex Light Body Oranwash Clonage Perfil Fuído
RE – DP RE – DP RE – DP RE – DP
1
0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.84 0.02
3
6.67 0.26 38,44 2.91 25.00 0.26
16.67 0.11
5
49.17 29.33 60.00 50.00
73.34 0.70
54.59 0.26
7
89.17 14.16 91,84 0.11 91.17 0.70
57.50 1.83
9
98.09 1.08 99,86 0.02 97.59 0.02
39.17 0.26
11
99.94 0.49 99,96 0.02 99.42 0.02
10.00 0.26
TABELA 7
Médias de recuperação elástica (RE) (%) e desvio padrão (DP) (%), em relação às idades
ensaiadas no Rastreamento III (deformação de 12%) dos poliéteres
Material
Tempo
Impregum Baixa
Viscosidade
Impegum Média
Viscosidade
Impegum Alta Viscosidade
RE – DP RE – DP RE – DP
3
25.25 0.70 10.84 0.26 7.50 0.02
4
66.67 0.49 46.67 0.26 29.17 0.02
5
83.34 4.90 53.34 0.70 50.00 0.02
6
90.00 0.70 90.84 0.11 63.34 0.26
7
94.25 0.49 95.84 0.02 86.67 0.26
8
96.34 0.49 97.00 1.08 94.92 0.49
9
97.92 0.02 97.92 0.02 95.90 0.11
39
TABELA 8
Médias de recuperação elástica (RE) (%) e desvio padrão (DP) (%),em relação às
idades ensaiadas no Rastreamento III (deformação de 12%) dos silicones por reação de
adição
Material
Tempo
Adisil Light Body Adisil Regular
RE – DP RE – DP
3
3.34 0.02 6.67 0.11
4
56.67 9.41 99.26 0.11
5
99.40 0.02 99.41 0.11
6
99.45 0.02 99.41 0.02
7
99.65 0.11 99.41 0.02
8
99.41 0.02 99.65 0.11
9
99.65 0.11 99.83 0.11
TABELA 9
Médias de recuperação elástica (RE) (%) e desvio padrão (DP) (%), em relação às idades
ensaiadas no Rastreamento III (deformação de 12%) dos silicones por reação de
condensação
Material
Tempo
Speedex Light Body
Oranwash Clonage Perfil Fuído
RE – DP RE – DP RE – DP RE – DP
3
0.00 0.00 63.34 0.11
45.00
1.83
34.59 3.50
4
42.50 2.41 85.17 2.41
63.34
2.91 18.34 1.08
5
58.34 19.16 88.09 0.49 82.5 1.08
43.34 1.83
6
96.34 0.70 90.84 0.49
88.34
1.30 50.00 7.50
7
94.17 2.91 95.09 0.11
93.34
0.49 70.00 1.83
8
96.17 0.49 98.09 0.11
94.25
0.11
80.00 10.41
9
99.00 0.11 98.86 0.49
96.34
0.70 85.9 12.50
40
6 DISCUSSÃO
Foi interessante observar durante este trabalho a quantidade de materiais de
moldagem denominados elastoméricos, que foram estudados nas duas últimas
décadas e que estão fora do mercado ou, são dificilmente encontrados. A
variação foi de tal monta que foi difícil realizar um estudo comparativo entre marcas
comerciais, uma vez que muitas delas não estão mais disponíveis, ao menos no
mercado brasileiro. No entanto, a base destes ainda é a mesma, ou seja, silicones
por reação de condensação, silicones por reação de adição e poliéteres. Entretanto,
parece o estar claro a diferença em seu desempenho. Este fato pôde ser
observado no trabalho de Brown (2004), que desenvolveu uma revisão de literatura
com objetivo de atualizar o clínico, quanto aos novos materiais encontrados no
mercado, assim como, suas principais propriedades reológicas.
No início desse trabalho, enfocou-se a relevância da obtenção de modelos
que reproduzissem o elemento, ou elementos, com fidelidade. Neste aspecto há, um
dito popular “a pressa é inimiga da perfeição”. Mais do nunca este ditado se aplica
aos resultados obtidos nesta pesquisa.
Foi grande o número de materiais estudados que, com menos de 5 minutos,
apresentaram capacidade de recuperação elástica muito abaixo do mínimo
desejado, pelo que se considera um bom material de moldagem, quando foram
realizados ensaios, com nível de deformação de 12%. Neste aspecto, julga-se
importante esclarecer que este valor de deformação foi estabelecido com a idéia de
simular uma situação, onde existe a possibilidade de maior retenção, no momento
de remoção do molde e, conseqüentemente, maior possibilidade de rasgamento.
Nessa condição, somente o silicone de adição Adisil Light Body e Adisil Regular
apresentaram resultados aceitáveis, como pode ser constatado nas Tabelas 2 e 3.
Quando foi aplicado o valor de 6%, conforme pode ser constatado na Tabela 1, o
mesmo não pôde ser afirmado, quando simulado a condição de baixa retentividade e
possibilidade de rasgamento, Deixa-se claro que esses valores, de 12% e 6%, foram
baseados nos trabalhos de Muench e Jansen (1997) e Motta (1993) .
Os dados acima foram interessantes em relação a um aspecto: alguns
trabalhos estudados nesta pesquisa, que foram realizados in vitro e apresentavam
troqueis fabricados artificialmente, com angulações precisas e expulsívidade
41
constante, o que leva a considerar melhor, os materiais com necessidade de baixa
recuperação elástica e resistência ao rasgamento, fato que nem sempre retrata a
condição clínica. Isso de ser observado no trabalho de Tam e Brown (1990), que
ao estudar, a resistência de rasgamento de vários materiais de moldagem,
concluíram que o polissulfeto apresentou valor de rasgamento mais alto e que
quatro silicones de reação por adição e dois poliéteres mostraram significante
redução na resistência ao rasgamento.
Optou-se por discutir estas duas condições pelo fato de que, o
comportamento de todos os materiais avaliados foi absolutamente adequado, ou
seja, acima de 95% de recuperação elástica, quando a deformação foi de 6%. No
entanto, quando submetidos a um valor de 12% de deformação, dos nove materiais
analisados, somente dois deles repetiram o valor desejado. Sendo assim,
considera-se que a possibilidade de maior retentividade do molde, em boca, pode
ser mais importante do que se considera e, parece aos autores deste trabalho, que
tais condições nem sempre são consideradas ao se determinar os tempos de
trabalho e presa. Este aspecto pode ter sido a razão da afirmação de Chai et al.
(1993), quando atentaram para o fato de que o tempo de trabalho precisaria ser
melhor estudado, tendo em vista a discrepância dos resultados encontrados pelos
mesmos.
Neste trabalho de pesquisa não houve a preocupação de aplicar dados
estatísticos aos resultados, uma vez que a intenção deste não foi comparar um
material com outro e sim, conhecer as características de cada um deles. Por um
lado, foi interessante observar que oito dos nove materiais estudados, alcançaram
níveis de recuperação elástica acima de 97% somente na idade de 9 minutos,
quando submetidos à um valor de deformação de 12%. Por outro lado, o mesmo
valor foi obtido na idade de 6 minutos, quando o valor de deformação aplicado foi de
6%. Acredita-se que a diferença de 3 minutos, em relação a idade dos materiais,
apresentou valores muito distintos, em relação ao valor de deformação aplicado e tal
fato pode, eventualmente, ser relevante no resultado clínico.
Um outro aspecto merece atenção. Em se tratando da relação
custo/benefício, julga-se ser digno de nota que, mais uma vez, oito dos nove
materiais estudados, apresentaram capacidade de recuperação elástica acima de
95,90%, nas três distintas situações estudadas, o que parece ser muito adequado.
Em vista desses resultados, aguardar-se 3 minutos a mais, com o material em boca,
42
pode eventualmente resultar em redução de custo significante, uma vez que, os
silicones de reação por condensação têm um preço de mercado bem abaixo dos
silicones de reação por adição e dos poliéteres.
Ainda neste aspecto, pode-se considerar que se a velocidade do trabalho for
mais importante do que o custo deve-se ressaltar que os silicones por reação de
adição atingem valores de recuperação elástica acima de 99,4%, na idade de
5minutos, em qualquer uma das condições submetidas a estudo.
Foi interessante observar que nas idades iniciais, quando submetido a um
valor de deformação de 6%, o material Clonage, apresentou maior capacidade de
recuperação elástica e, na mesma situação, os valores apresentados pelos demais
mostraram valores irrisórios.
Ainda neste aspecto, também chamou a atenção o fato de que os silicones de
reação por adição, nas idades entre 3 e 4 minutos, sempre apresentaram baixa
capacidade de recuperação elástica e este valor apresentou um salto, na idade
seguinte, muito próximo do valor máximo obtido. Tal ocorrência também foi
observada nos trabalhos de McCabe e Wilson (1978), Motta (1993), Jansen (1994),
Jansen e Muench (1997). Esses autores concluíram que os silicones de reação por
adição possuem um maior tempo de trabalho e superior estabilidade dimensional,
em relação aos silicones de reação por condensação.
Por um lado, Williams e Craig (1988) e Yeh et al. (1980) concordaram com o
trabalho de McCabe e Wilson (1978), no aspecto da estabilidade dimensional. Por
outro lado, em relação ao tempo de trabalho, os silicones de reação por adição
apresentaram curto tempo de trabalho, o que curiosamente, anos mais tarde, foi
também observado por McCabe e Arikawa (1998). Esses últimos também
constataram que o silicone de reação por adição desenvolve elasticidade
rapidamente após a mistura e deve ser usado o mais rápido possível. Para controlar
esta característica, Chee e Donovan (1992) afirmaram que o sistema de automistura
diminui o tempo de manipulação do material, podendo estender o tempo de trabalho
que ainda pode ser aumentado se houver a refrigeração da seringa resultando em
até 1,5 minuto a mais, o tempo de trabalho.
Em relação ao poliéter, McCabe e Arikawa (1998), concluíram que permanece
plástico por algum tempo, sendo esta, uma característica desejável para o clínico.
Uma observação, no mínimo inusitada, ocorreu com o material Perfil Fluído. Os
resultados apresentados por este foram tão díspares que se chegou a cogitar a
43
remoção do mesmo do trabalho. Ocorreu que este material, e somente este, quando
submetido a qualquer um dos valores de deformação aplicados, deslocava-se do
final da barra, que ficava submerso no recipiente, com sulcos axiais para retenção
do material estudado, conforme descrito na metodologia. Não se encontrou
justificativa plausível para tal fato.
Durante o desenvolvimento do Elasticímetro de Muench, houve por parte do
seu inventor, preocupação em relação à quantidade de deslocamento que ocorria no
final da barra e com a retenção do material no receptáculo de ensaio, de modo que
fosse compatível com os materiais, bem como, com o registro dos valores, no
transferidor. No entanto, pareceu ao pesquisador que realizou os experimentos que
este material tem uma tensão superficial diferente dos demais. Ao estudar a
composição do mesmo, chamou a atenção o fato de apresentar em sua composição,
vaselina, elemento que não consta da composição dos demais.
É de conhecimento que o Perfil Fluído tem menor valor de comercialização.
Infere-se que esta pode ser uma das razões para o fato. Sendo assim, ao invés de
removê-lo do trabalho, optou-se por mantê-lo, sem, no entanto, considerar nenhum
dos valores obtidos para efeito da pesquisa. Não foi possível estabelecer valores de
recuperação elástica, assim como o desvio padrão, nos três ensaios, não
demonstraram nenhuma confiabilidade. Ainda neste aspecto, sugere-se que outros
estudos sejam realizados com o mesmo, talvez em condições clínicas, para melhor
determinar a confiabilidade do material.
44
7 CONCLUSÃO
Ao final desta pesquisa, conclui-se que:
Foi possível investigar a recuperação elástica em oito dos nove materiais
de moldagem denominados elastômeros, durante sua reação de
polimerização. O único material que não foi possível investigar a
recuperação elástica foi, o material Perfil Fluído.
A investigação foi realizada desde a fase mais fluida, a partir de 1 minuto,
até a presa mais avançada, em 12 minutos e foi possível obter informações
que contribuíram no controle das alterações dimensionais decorrentes do
ato da moldagem.
Os materiais que apresentaram maior recuperação elástica, em valores
satisfatórios, na menor idade de ensaio, com um índice de deformação de
12%, foram o Adisil Light Body e o Adisil Regular.
Em todos os materiais que foi possível investigar a recuperação elástica,
verificou-se valores satisfatórios na idade de 9 minutos, com um índice de
12% de deformação.
Quando se aplicou o índice de deformação de 6%, todos os materiais
investigados atingiram valores satisfatórios na idade de 5 minutos.
45
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