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constante, o que leva a considerar melhor, os materiais com necessidade de baixa
recuperação elástica e resistência ao rasgamento, fato que nem sempre retrata a
condição clínica. Isso pôde ser observado no trabalho de Tam e Brown (1990), que
ao estudar, a resistência de rasgamento de vários materiais de moldagem,
concluíram que o polissulfeto apresentou valor de rasgamento mais alto e que
quatro silicones de reação por adição e dois poliéteres mostraram significante
redução na resistência ao rasgamento.
Optou-se por discutir estas duas condições pelo fato de que, o
comportamento de todos os materiais avaliados foi absolutamente adequado, ou
seja, acima de 95% de recuperação elástica, quando a deformação foi de 6%. No
entanto, quando submetidos a um valor de 12% de deformação, dos nove materiais
analisados, somente dois deles repetiram o valor desejado. Sendo assim,
considera-se que a possibilidade de maior retentividade do molde, em boca, pode
ser mais importante do que se considera e, parece aos autores deste trabalho, que
tais condições nem sempre são consideradas ao se determinar os tempos de
trabalho e presa. Este aspecto pode ter sido a razão da afirmação de Chai et al.
(1993), quando atentaram para o fato de que o tempo de trabalho precisaria ser
melhor estudado, tendo em vista a discrepância dos resultados encontrados pelos
mesmos.
Neste trabalho de pesquisa não houve a preocupação de aplicar dados
estatísticos aos resultados, uma vez que a intenção deste não foi comparar um
material com outro e sim, conhecer as características de cada um deles. Por um
lado, foi interessante observar que oito dos nove materiais estudados, alcançaram
níveis de recuperação elástica acima de 97% somente na idade de 9 minutos,
quando submetidos à um valor de deformação de 12%. Por outro lado, o mesmo
valor foi obtido na idade de 6 minutos, quando o valor de deformação aplicado foi de
6%. Acredita-se que a diferença de 3 minutos, em relação a idade dos materiais,
apresentou valores muito distintos, em relação ao valor de deformação aplicado e tal
fato pode, eventualmente, ser relevante no resultado clínico.
Um outro aspecto merece atenção. Em se tratando da relação
custo/benefício, julga-se ser digno de nota que, mais uma vez, oito dos nove
materiais estudados, apresentaram capacidade de recuperação elástica acima de
95,90%, nas três distintas situações estudadas, o que parece ser muito adequado.
Em vista desses resultados, aguardar-se 3 minutos a mais, com o material em boca,