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PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
MAYRA VIEIRA PEREIRA
ESTUDO DAS EXIGÊNCIAS PROTÉICAS PARA JUVENIS
DE CAMARÕES MARINHOS DA ESPÉCIE Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931)
JOÃO PESSOA – PB
2007
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PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
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MAYRA VIEIRA PEREIRA
ESTUDO DAS EXIGÊNCIAS PROTÉICAS PARA JUVENIS
DE CAMARÕES MARINHOS DA ESPÉCIE Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931)
Orientador: Prof. Dr. José Marcelino Oliveira Cavalheiro
JOÃO PESSOA – PB
2007
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Ciência e Tecnologia de
Alimentos da Universidade Federal da Paraíba,
em cumprimento as exigências para obtenção
do grau de mestre em Ciências e Tecnologia
de Alimentos.
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PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
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MAYRA VIEIRA PEREIRA
ESTUDO DAS EXIGÊNCIAS PROTÉICAS PARA JUVENIS
DE CAMARÕES MARINHOS DA ESPÉCIE Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931)
Aprovada em _____/___________de 2007.
BANCA EXAMINADORA
:
Prof. Dr. José Marcelino Oliveira Cavalheiro
Orientador
Prof. Dr. Vicente Queiroga Neto
Examinador Externo
Prof. Dr. Pushkar Singh Bora
Examinador Interno
PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
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DEDICATÓRIA
À DEUS por seu grandioso amor e eterna compaixão.
Aos meus grandes amores AILTON e AYSSA LETÍCIA, por me fazer entender
o verdadeiro sentido da vida “o amor”.
“A essência da vida é aceitar e compreender o que a vida nos proporciona,
pois somos responsáveis pela colheita do que plantamos. Viva bem, viva a paz,
sejas ponderado com você mesmo, pois somente assim saberás colher o fruto da
sabedoria”.
PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
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AGRADECIMENTOS
A meu esposo AILTON, por estar sempre ao meu lado, incentivando e
apoiando para que pudesse concluir o presente trabalho;
À Universidade Federal da Paraíba (UFPB) pela oportunidade de realizar este
mestrado;
A minha mãe por sua sabedoria, sempre com palavras estas nas horas mais
difíceis;
As minhas irmãs, em especial Socorro e Jozinete pelo apoio, incentivo em
tudo que venha a colaborar com a minha formação profissional;
Às minhas amigas, JEANE, KASSIANE e FÁBIA, pelos momentos
compartilhados, pela amizade e compreensão adquiridas durante o período de
convívio;
Ao meu orientador MARCELINO, pelo apoio e dedicação, sempre a ajudar;
Aos membros que fazem parte da coordenação do Programa de s-
Graduação em Ciências e Tecnologia de Alimentos;
Ao Sr. Humberto Bandeira pela colaboração prestada durante o decorrer do
mestrado;
Ao proprietário da Fazenda Água Preta (Jô), no município de São Miguel do
Taípu, por ceder as amostras para realização do experimento biológico;
Ao Diretor do NUPPA (Núcleo de Pesquisa e Processamento de Alimentos -
UFPB) JOSÉ GOMES, por permitir, execução do experimento;
À técnica do laboratório de nutrição Elieidy e aluna Mayara, pela ajuda e
apoio durante as análises;
Agradeço a todos que colaboraram na realização deste trabalho.
PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
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LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE EQUAÇÕES
LISTA DE TABELAS
1INTRODUÇÃO...........................................................................................................
2 OBJETIVOS..............................................................................................................
2.1 GERAL....................................................................................................................
2.2 ESPECÍFICOS.........................................................................................................
3 REVISÃO DA LITERATURA...................................................................................
3.1 A CARCINICULTURA NO BRASIL.......................................................................
3.2 ASPECTOS BIOLÓGICOS E NUTRICIONAIS DOS CAMARÕES PENEÍDEOS.
3.3 QUALIDADE DA ÁGUA............................................................................................
3.4 A IMPORTÂNCIA DOS INSUMOS UTILIZADOS NA DIETA...................................
4. MATERIAL E MÉTODOS........................................................................................
4.1 MATÉRIAS PRIMAS................................................................................................
4.1.1 Obtenção das matérias primas..........................................................................
4.1.1.1 Farinha de sabugo de milho............................................................................
4.1.1.2 Farinha de sangue...........................................................................................
4.2 ANÁLISE DOS INSUMOS........................................................................................
4.3 FORMULAÇÕES DAS RAÇÕES.............................................................................
4.3.1 Processamento das rações................................................................................
4.4 EXPERIMENTO BIOLÓGICO..................................................................................
4.4.1 Instalações experimentais................................................................................
4.4.2 Povoamento e densidade de estocagem...........................................................
4.5 PARÂMETROS FÍSICOS E QUÍMICOS DA ÁGUA DE CULTIVO............................
4.6 Biometria...............................................................................................................
4.7 Tratamento estatístico...........................................................................................
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................
5.1 COMPOSIÇÃO CENTESIMAL DOS INSUMOS UILIZADOS NAS RAÇÕES..........
5.2 BALANCEAMENTO DAS RAÇÕES.........................................................................
5.3 COMPOSIÇÃO GERAL DAS RAÇÕES...................................................................
5.4 ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA DURANTE A
ALIMENTAÇÃO EXPERIMENTAL.............................................................................
SUMÁRIO
14
16
16
16
17
17
20
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32
32
32
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35
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40
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vannamei (Boone, 1931).
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5.4.1 Potencial hidrogeniônico (pH)...........................................................................
5.4.2 Temperatura.......................................................................................................
5.4.3 Salinidade...........................................................................................................
5.4.4 Oxigênio dissolvido............................................................................................
5.4.5 Amônia..............................................................................................................4
5.4.6 Nitrito e nitrato....................................................................................................
5.5 TAXA DE CRESCIMENTO, BIOMASSA E SOBREVIVÊNCIA................................
5.6 COMPORTAMENTO CO CRECIMENTO EM PESO E EM CRESCIMENTO.........
6 CONCLUSÕES........................................................................................................
7 REFERÊNCIAS.....................................................................................................
APÊNDICES
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02
03
04
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50
51
51
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PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Fluxograma da confecção da farinha de sangue e sabugo de
milho..............................................................................................................................
Figura 2. Sistema de aquários retangulares utilizados durante o
experimento
Figura 3. Sinfonamento dos aquários........................................................................
Figura 4. Aferição do peso (g) e comprimento (cm) dos animais
durante o experimento................................................................................................
Figura 5. Perfil de crescimento (g) x tempo...............................................................
Figura 6. Perfil de comprimento (cm) x tempo..........................................................
experimento biológico..................................................................................................
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PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Requerimento protéico de diferentes espécies de peneídeos..................23
PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
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LISTA DE EQUAÇÕES
Equação 1: Taxa de crescimento em peso (Pr) ..........................................................
Equação 2: Incremento em peso relativo diário da biomassa (Br) ..............................
Equação 3: Taxa de sobrevivência (TS) ......................................................................
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PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Composição centesimal e energia (Kcal) dos insumos a serem utilizados
na elaboração das dietas.................................................................................................
Tabela 2. Balanceamento da ração elaborada R
1
..........................................................
Tabela 3. Balanceamento da ração elaborada R
2
..........................................................
Tabela 4. Balanceamento da ração elaborada R
3
..........................................................
Tabela 5. Balanceamento da ração elaborada R
4
..........................................................
Tabela 6. Balanceamento da ração elaborada R
5
..........................................................
Tabela 7. Composição geral das rações elaboradas e da controle (comercial)............
Tabela 8. Resultado das análises de água durante o experimento................................
Tabela 9. Médias da taxa de crescimento de peso e comprimento e incremento
relativo diário da biomassa de L. vannamei alimentados com diferentes
rações..............................................................................................................................
Tabela 10. Médias semanais de crescimento dos animais alimentados com
rações formuladas e controle.........................................................................................
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PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
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Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da
espécie Litopenaeus vannamei (Boone, 1931).
RESUMO
Entre os demais segmentos da aqüicultura, a carcinicultura marinha
apresentou nos últimos anos uma velocidade de crescimento surpreendente em
termos de produção de alimentos e como sendo uma alternativa de grande
viabilidade sócio-econômica para a exploração de vastas áreas da Região Nordeste.
O estudo consistiu de cinco tratamentos, onde foram avaliadas cinco variações de
dietas com diferenças nos teores protéico, R
1
(39%), R
2
(42%), R
3
(45%), R
4
(48%), e
R
5
(51%). Foram realizadas cinco repetições, perfazendo no final da pesquisa um
total de 25 testes mais um tratamento controle, ofertando ração comercial. O
experimento foi realizado no período de 42 dias. A biometria foi realizada com o
objetivo de avaliar o ganho de peso e crescimento dos camarões. Durante o
experimento foram realizadas manutenções dos parâmetros de qualidade da água,
dentro de níveis pré-fixados, evitando que os mesmos interfiram no consumo
alimentar e no processo de crescimento dos animais. Foram utilizados insumos
protéicos regionais como farinha de peixe (53,75%), farinha de sangue (80,75%)
para confecção das dietas com valores de calorias fixos em 3.640 Kcal/Kg, obtendo
o equilíbrio de cada balanceamento. As taxas de sobrevivência foram maiores nas
dietas R
1
, R
2
e R
5
(100%). Os parâmetros físico-químicos se apresentaram
enquadrados dentro dos padrões exigidos pelo cultivo da espécie estudada. A
espécie é tolerante a uma larga faixa de salinidade e também desenvolve sob
condições de cultivo, principalmente em baixas densidades de estocagem, sob
presença marcante de alimentos naturais de origem animal. A taxa de crescimento
em peso foi maior na ração R
2
(290%). O incremento diário da biomassa foi menor
nos tratamentos com altos teores protéicos (R
4
e R
5
).
Palavras-chave: Exigência nutricional, Litopenaeus vannamei, proteína e rações
PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
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I study of the demands protein for juvenile of shrimps sea of the species
Litopenaeus vannamei (Boone, 1931).
ABSTRACT
Among the other segments of the aquaculture, the sea shrimp culture
presented in the last years a speed of surprising growth in terms of production of
victuals and as being an alternative of great socioeconomic viability for the
exploration of vast areas of the Northeast Area. The study consisted of five
treatments, where they were appraised five variations of diets with differences in the
tenor protein, R
1
(39%), R
2
(42%), R
3
(45%), R
4
(48%), and R
5
(51%). Five repetitions
were accomplished in the end of the research a total of 25 tests one more treatment
controls, presenting commercial ration. The experiment was accomplished in the
period of 42 days. The biometry was accomplished with the objective of evaluating
the weight earnings and growth of the shrimps. It is important that it is made the
maintenance of the parameters of quality of the water, inside of pré-fastened levels,
avoiding that the same ones interfere in the alimentary consumption and in the
process of growth of the animals. Inputs regional protein were used as fish flour
(53,75%), flour of blood (80,75%) for making of the diets with values of calories fixed
in 3.640 Kcal/Kg, obtaining the balance of each swinging. The physical-chemical
parameters came framed inside of the patterns demanded by the cultivation of the
studied species. The species is tolerant to a wide salinity strip and it also develops
under cultivation conditions, mainly in low stocking densitys, under outstanding
presence of natural victuals of animal origin. The growth rate in weight was larger in
the ration R
2
(290%). THE daily increment of the biomass was smaller in the
treatments with high tenors protein (R
4
and R
5
). The survival rates were larger in the
diets R
1
, R
2
and R
5
(100%).
Word-key: Demand nutritional, Litopenaeus vannamei, protein and rations
PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
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1 INTRODUÇÃO
Atualmente o camarão da espécie Litopenaeus vannamei, é o mais cultivado
no Brasil, respondendo por mais de 95% da produção nacional. Por se tratar de uma
espécie exótica, natural do Oceano Pacífico e distribuída naturalmente do litoral
Oeste do México ao Norte do Peru. A escolha desta espécie foi devido,
principalmente, a sua fácil adaptação às condições climáticas do Nordeste brasileiro,
tecnologia bem desenvolvida, boa produtividade, grande aceitação no mercado
internacional, como também maior adaptação em cativeiro (SIQUEIRA, CORREIA e
MOURA, 1999; BEZERRA, ALMEIDA, CÉZAR , 1999; ABCC, 2004; RODRIGUES,
2005).
Historicamente, este rápido avanço da carcinicultura deveu-se a introdução do
camarão branco Litopenaeus vannamei e a produção no país de uma ração
formulada de alta qualidade para camarões marinhos. Como também de uma
compreensão mais aprofundada sobre os requerimentos nutricionais dos camarões
cultivados e melhorias na tecnologia e de produções de rações balanceadas hoje
amplamente difundido em sistemas semi-intensivos e intensivos (NUNES, 2000;
ROCHA, 2000).
Nos últimos anos a espécie L. vannamei, representa um papel fundamental
no excelente desempenho da carcinicultura no Brasil, permitindo que o país se
destaque entre os principais exportadores produtores de crustáceos.
A introdução de espécies de camarões resistentes a enfermidades, com boas
taxas de crescimento e fácil maturação em cativeiro tem sido alvo em países das
regiões tropicais, inclusive o Brasil. O camarão L. vannamei apresenta
características favoráveis ao cultivo como rusticidade e tolerância aos fatores
ambientais, desenvolve rapidamente sob condições de cultivo, especialmente em
baixas densidades de estocagem, ou sob presença marcante de alimentos naturais
de origem animal. O L. vannamei tem se adaptado bem as dietas comerciais
disponíveis no Brasil, sobretudo que a variabilidade no comportamento e habito
alimentar dos camarões peneídeos em viveiros é ainda pouco compreendida. Nos
cultivos semi-intensivos, as rações formuladas são utilizadas para aumentar a
produção além dos níveis suportados pela produtividade natural do viveiro, que pode
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PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
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alcançar até 85% da dieta dos camarões (NUNES, GESTEIRA e GODDARD, 1997;
CARVALHO, 2004).
As práticas de manejo alimentar continuam impondo um enorme desafio na
carcinicultura marinha. Acredita-se que com o fracionamento alimentar, ou seja, a
distribuição da ração balanceada em múltiplas refeições ao dia, se consegue um
incremento nas taxas de crescimento do camarão cultivado (CARVALHO, 2004).
Contudo torna-se bastante relevante definir quando e quanto deste alimento deve
ser ofertado, para que os animais sejam supridos com quantidades adequadas de
alimento, para seu crescimento e manutenção, diminuindo a perdas econômicas e
os riscos de problemas de qualidade da água.
A administração de uma alimentação adequada é fundamental para a
larvicultura, e todos os outros momentos da produção, pois afetam diretamente a
sobrevivência e o tempo de desenvolvimento dos animais (CESTAROLLI,
PORTELLA e ROJAS, 1997; NEW, D’ABRAMO e VALENTI, 2000). É importante que
mais de um alimento da mesma natureza seja utilizado para que o nível de
aminoácidos, vitaminas e demais nutrientes requeridos sejam o mais completo
possível (VALENTI, 1991; BARROS e VALENTI, 2003). Portanto, uma dieta
alimentar é considerada adequada quando tem seus teores nutricionais de
proteínas, de lipídios, de carboidratos e demais nutrientes, estão balanceados.
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PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
29
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
O presente estudo teve como objetivo a formulação de dietas adequadas para
juvenis de camarões marinhos da espécie Litopenaeus vannamei
,
possibilitando o
seu crescimento em peso e comprimento.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1- Analisar todos os insumos utilizados nas formulações das rações através da
análise de composição centesimal (umidade, cinzas, proteínas, lipídios, fibra,
carboidrato) e energia;
2- Elaborar rações isocalóricas com 3.640Kcal utilizando diferentes veis protéicos
(39, 42, 45, 48 e 51%) afim de identificar o melhor crescimento dos camarões;
3- Monitorar a qualidade da água pela análise de parâmetros físico-químicos (pH,
salinidade, temperatura, amônia, nitrato, nitrito e oxigênio dissolvido) durante o
experimento de alimentação;
4- Avaliar o desempenho zootécnico dos animais em aquários, medindo peso e
comprimento;
5- Correlacionar as diferentes velocidades de crescimento entre as rações
elaboradas em função do tempo.
16
PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
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3 REVISÃO DA LITERATURA
3.1 A CARCINICULTURA NO BRASIL
Em meados dos anos 80, somente os produtores comprometidos com a
atividade permaneceram no setor, migraram para o cultivo de espécies nativas
como, F. subtilis e Penaeus schimitti. Estes animais eram capturados em mar aberto,
regiões costeiras e estuários para desova em laboratório e estocagem direta nos
viveiros de cultivo. Apesar dos camarões terem possibilitado uma continuidade da
atividade, o desempenho desta espécie era considerado insatisfatório, devido à
inexistência de alimentos balanceados e tecnologia apropriada para criação. Foi
durante este mesmo período 1987, iniciou-se o cultivo semi-intensivo do camarão
branco do Pacífico o L.vannamei. O cultivo semi-extensivo dos camarões nativos
deram lugar a métodos semi-intensivo com o camarão branco, o qual se adaptou
muito bem as rações elaboradas no Brasil (ROCHA, 2000).
No Brasil, predomina o cultivo semi-intensivo e intensivo do camarão branco
L. vannamei. Em 2002, a produção nacional em cativeiro com esta espécie
alcançou um volume de 60.128 toneladas, um incremento da ordem de 50% em
relação ao ano anterior. A produtividade média anual passou de 4.706 kg/ha/ciclo
para 5.458 kg kg/ha/ciclo no ano de 2003 (ROCHA e RODRIGUES, 2003). Estes
dados atestam o avançado crescimento da carcinicultura.
Entretanto, atualmente a aqüicultura de água salgada e salobra foi a que
apresentou o maior crescimento dos últimos anos e a espécie responsável por esse
crescimento foi o L. vannamei, colocando o Brasil como o sexto maior produtor no
mundo. Em 2003 o cultivo de camarão atingiu 90.190 toneladas tendo diminuído
cerca de 16% em 2004, quando a produção foi de 75.904 toneladas (IBAMA, 2005).
As causas dessa redução são diversas, mas sobressaem a ação anti-dumping
movida, nos Estados Unidos pela Southern Shrimp Alliance, problemas sanitários e
de enfermidades, em particular a infecção causada pelo vírus IMNV (Vírus da
Mionecrose Infecciosa) que apareceu no Brasil no último trimestre de 2003,
espalhando-se sobretudo no Nordeste. Essa infecção causou grande mortandade
nas fazendas contaminadas (JENSEN et al., 2004).
Em nosso país, a despeito da inexistência de ações governamentais, como
implemento do seu desenvolvimento no contexto mundial, a carcinicultura marinha,
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PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
31
demonstrando anteriormente avanços isolados, mediante a adequação de alguns
processos tecnológicos ou pela aquisição de conhecimentos externos, vislumbra no
presente excelentes perspectivas de crescimento (MAIA e NUNES, 2003). Tal
processo de evolução tem-se fundamentado principalmente, nos resultados da
introdução e cultura semi-intensiva de L. vannamei, bem como no empenho de
antigos e novos fabricantes de rações na consecução de alimentos apropriados,
para as espécies nativas de modo que, o cultivo semi-intensivo de espécie como:
F.subtilis, P. schimitti e P. paulensisé uma, inconteste.
As primeiras experiências com o cultivo de camarões marinhos foram
desenvolvidas durante a década de 1970. Inicialmente com espécies nativas e,
posteriormente com as exóticas (BARBIERI JÚNIOR e OSTRENSKY NETO, 2001).
Entretanto, apenas a partir da década de 1990 com a introdução do L. vannamei
(Boone, 1931), originário da Costa do Pacífico, é que se obtiveram bons resultados
em termos de índices zootécnicos, dada a sua rusticidade e adaptação às condições
brasileiras na atualidade é predominante na carcinicultura brasileira (ORMOND et al,
2004).
No Brasil, o litoral Nordestino é considerado ideal para o cultivo de camarões
marinhos devido a extensa área costeira com temperatura elevada, a que possibilita
a criação de camarão durante todo o ano. A carcinicultura marinha teve inicio no final
da década de 70 no Estado do Rio Grande do Norte, com a espécie nativa Penaeus
brasiliensis e o camarão exótico P. japonicus. Na década de 80, órgãos do Governo
Federal começaram a incentivar a exploração dos recursos marinhos (NUNES,
2001).
Os projetos pioneiros na Região Nordeste foram encorajados para incentivar
o uso alternativo para áreas costeiras abandonadas pela produção salineira. Foram
enfrentadas inúmeras dificuldades de ordem técnica e financeira, uma vez que
grande parte dos recursos governamentais não foram investidos de forma
apropriada, o que resultou no fracasso do cultivo; carentes de infra-estrutura básica
e suporte técnico especializado. Não existia uma oferta consistente de larvas de
camarões ou rações balanceadas apropriadas para engorda. A espécie P. Japonicus
não se adaptou aos altos teores de sal e temperaturas elevadas, em virtude de
escassez de tecnologias (RODRIGUES, 2001).
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PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
32
Um outro fator importante na queda da renda das exportações foi a contínua
desvalorização do dólar que perdeu quase um quarto do seu valor frente à moeda
local nos últimos dois anos. Essa razão desses fatores, os carcinocultores cuja
atividade está entre as mais lucrativas da economia brasileira entraram em crise,
agravada pela redução recente das importações pela União Européia em razão do
uso excessivo de antibióticos (FAO, 2004).
Diante dessa breve exposição pode-se inferir que o crescimento da
carcinicultura brasileira estaria na dependência do estabelecimento de indústrias e
da formulação de rações que possam considerar tanto o aspecto qualitativo da
produtividade primária, como as exigências nutricionais de cada espécie cultivada. O
controle do ciclo reprodutivo e o domínio das técnicas de larviculturas do L.
vannamei foram rapidamente alcançados, tendo como base à larga experiência
adquirida com as espécies nativas, resultando na auto-suficiência e regularização da
oferta de pós-larvas, já a partir de 1998 (ROCHA, 1999). Desde então, o
L.
vannamei
passou a predominar e, a partir do ano 2000, tornou-se a única espécie cultivada
pelos produtores brasileiros. Paralelamente, a qualidade do alimento balanceado,
que no passado tinha sido um fator limitante, passou a apresentar uma sensível
melhora, com reflexos positivos para o aumento da produtividade.
A indústria de rações para a aqüicultura é relativamente recente, além do
conhecimento das exigências nutricionais da maior parte das espécies aquáticas ser
limitado, comparado às aves e a outros animais domésticos (WALDIGE, 2003) O
maior custo da cadeia produtiva da carcinicultura é dependente da alimentação,
dessa forma, a adequada formulação e o balanceamento das rações são
indispensáveis para o sucesso dessa atividade (SAMPAIO, KLEMANN e SÁ, 2004).
No ano 2003, a produção mundial do camarão cultivado em mais de 50
países emergentes chegou a 1.630.000 toneladas, ou seja, 35,2% do total de
camarão produzido em todo o mundo, cujo volume anual envolvendo captura e
cultivo foi 4.630.000 toneladas, o que indica que o camarão extraído dos mares
continua sendo o principal responsável pela oferta global do produto 64,8%
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADOES DE CAMARÃO, 2004).
A produção mundial de camarão cultivado foi de 2,36 milhões de toneladas
em 2005, comparada a uma produção de 2,07 milhões de toneladas em 2004. Por
outro lado, produção de camarão por captura evoluiu de 3,1 milhões de toneladas
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PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
33
em 2000 para 3,6 milhões em 2006, um crescimento médio de 3,83% a.a.. Contudo,
entre 2003 e 2004, o crescimento foi de 2,0%, o que indica uma tendência à
saturação. Assim, a produção por captura ainda representa a maior parcela (63,56%
do volume bruto em 2004), mas se espera que a produção por cultivo supere a
produção por captura representando uma alternativa viável ao aumento da demanda
(RIECHE e MORAES, 2006).
A aqüicultura, definida como o “cultivo de organismos aquáticos, incluindo
peixes, moluscos, crustáceos, anfíbios e plantas aquáticas” (PRETO et al., 2005), é
atualmente a atividade de maior crescimento entre os setores de produção animal
(FAO, 2002). Dentre os produtos oriundos da aqüicultura, o camarão marinho
apresenta um alto valor econômico.
Os países asiáticos são os principais produtores mundiais deste crustáceo e o
Brasil, embora seja apenas o sexto colocado ao nível mundial, é atualmente o maior
produtor no hemisfério ocidental, com 90.000 toneladas produzidas em 2003
(ROCHA, RODRIGUES e AMORIM, 2004).
No Brasil, vários autores têm estudado diferentes formas de cultivo de
camarões em gaiolas. Apesar dos ótimos resultados obtidos com o camarão branco
L. vannamei (PAQUOTTE et al., 1998; OSTRENSKY e PILCHOWSKY, 2002), o
cultivo desta espécie, por ser exótica, enfrenta limitações legais (IBAMA, 1998) em
vista do impacto potencial ao ambiente no caso de escape. Por outro lado, o
camarão-rosa Farfantepenaeus paulensis, além de também ter apresentado
resultados satisfatórios quando cultivado em gaiolas (BALLESTER, WASIELESKY e
CAVALLI, 2003; LOMBARDI, 2003; CAVALLI e WASIELESKY, 2004; JENSEN et al.,
2004), não apresenta as mesmas limitações legais, uma vez que é endêmica na
costa sudeste.
3.2 ASPECTOS BIOLÓGICOS E NUTRICIONAIS DOS CAMARÕES PENEÍDEOS
Aspectos biológicos
Os camarões peneídeos consomem praticamente tudo que está presente no
ambiente. Sua dieta natural abrange três grupos principais: as algas, os dendritos e
as presas. A quantidade relativa de cada item consumido depende de sua
disponibilidade no ambiente, além do estágio de crescimento e espécie cio camarão
cultivado (PRETO et al., 2005).
20
PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
34
Os peneídeos são classificados como onívoros durante seus estágios iniciais
de desenvolvimento, alimentando-se de fitoplâncton e mudando para zooplâncton ao
atingir o estágio pós-larvas. Os juvenis são descritos como onívoros e os adultos
como onívoros, dentritivos, oportunistas, carnívoros ou predadores, alimentando-se
continuamente ou freqüentemente durante períodos de atividade alimentar (NUNES,
2002).
Apesar de algumas espécies terem desenvolvidos tendências mais carnívoras
como Penaeus stylirostris, Farfantepenaeus subtilis, outras possuem hábitos
alimentares mais herbívoros, tais como, Penaeus schimith, e Penaeus duorarum. Em
alguns peneídeos o comportamento alimentar herbívoro é mais pronunciado em
indivíduos jovens, como foi observado no Penaeus monodon e Penaeus
esculentos (NUNES, 2000).
Em viveiros, poliquetas, anfípodos, copépodos e restos de outros decápodos
e de diferentes crustáceos, entre outros são consumidos em grandes quantidades
durante toda a fase de crescimento. As poliquetas podem contabilizar a33% da
dieta de algumas espécies de peneídeos durante um ciclo de cultivo (NUNES,
GESTEIRA e GODDARD, 1997). O dentrito, composto de material orgânico em
decomposição, é uma importante fonte alimentar para os camarões, resulta da
associação de partículas orgânicas em decomposição com bactérias, o que
possibilita um aumento do seu valor nutricional. Juntamente com as sementes
macrofitas aquáticas e algas, estes alimentos podem compreender de 35% a 50%
do conteúdo estomacal dos camarões nos 30 dias iniciais da engorda. Os itens de
origem mineral, como areia e silte, constituem de 6% a 9% de todo alimento
consumido durante todo o ciclo de produção (CARVALHO, 2004).
O sistema alimentar destes animais engloba funções que vão da ingestão do
alimento, transporte, absorção e armazenamento de nutrientes até a digestão
mecânica, a hidrólise química e a excreção de dejetos. Anatomicamente o sistema
alimentar dos camarões é complexo. Localizados ventralmente encontra-se a boca e
os apêndices torácicos. Na boca estão várias estruturas como mandíbulas e maxilas,
as quais servem para dilacerar o alimento e permitir a ingestão. Próximo a boca,
existe três pares de maxilípedes. Os apêndices torácicos por cinco pares de
pereiópodos. Geralmente, somente o terceiro par de maxilípedes e os três primeiros
pares de pereiópodos participam da apreensão, manipulação e condução do
21
PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
35
alimento até a boca, os dois últimos pares permitem o equilíbrio do animal durante a
alimentação, funciona também na locomoção e detecção de alimentos enterrados
(NUNES, 2000).
Na parte interna os camarões peneídeos possuem um curto esôfago e um
pequeno estômago, também chamado de proventrículo, o qual é dividido em dois
compartimentos: o anterior denominado de estômago cardíaco ou saco alimentar, e
o posterior chamado de estômago pilórico. Pode-se observar no estômago um
espesso revestimento quitinoso com alimentos calcários, alguns dos quais formam
dentes constituindo o moinho gástrico. A glândula digestiva ativa a produção de
enzimas digestivas utilizadas na degradação química do alimento. Este é um dos
órgãos mais importantes, podendo representar de 2% a 6% do peso corporal de um
animal. Esta glândula funciona também na absorção e armazenamento de nutrientes
utilizados na construção de novos tecidos. No intestino o material fecal compactado
é transportado para o reto e ânus, onde ocorre a excreção (BARBIERI, 2001).
Aspectos Nutricionais
Seis classes importantes de nutrientes são encontradas em rações para
animais, incluindo aquelas para camarões. Estas incluem: proteínas, lipídeos,
carboidratos, vitaminas e minerais. Destas substâncias, algumas são utilizadas para
construção e manutenção de tecidos, enquanto outras, para o suprimento de
energia. Os carboidratos, lipídeos e proteínas podem ser oxidados para produzir
energia, enquanto os minerais e vitaminas solúveis na água funcionam como
componentes funcionais de coenzimas em sistemas bioquímicos (NUNES, 2000).
Nutrientes essenciais são aqueles que o camarão tem um requerimento
dietético absoluto e são incapazes de sintetizar de outros ingredientes. Os animais
cultivados em sistemas intensivos, alimentados com rações faltando ou contendo
níveis insuficientes de nutrientes essenciais, podem exibir um crescimento
deficiente, deformidades ou serem susceptíveis a doenças, esses nutrientes
essenciais incluem alguns aminoácidos e ácidos graxos, colesterol, fosfolipídeos,
vitaminas e alguns minerais. Em sistemas semi-intensivos, os camarões obtêm
muitos desses nutrientes essenciais, de organismos que ocorrem naturalmente em
viveiros (BOYD, 2001).
22
PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
36
A suplementação nutricional é de fundamental importância para uma
performance satisfatória da dieta de qualquer organismo aquático cultivado. Quando
oferecido adequadamente, possibilita um aumento na densidade de estocagem com
menos riscos, resultando em animais com bom desenvolvimento (BARROS e
VALENTI, 2003).
Proteínas
As proteínas apresentam uma incrível diversidade de funções, embora todas
compartilhem a característica estrutural comum de serem polímeros lineares de
aminoácidos. A proteína de suma importância na dieta do camarão, constituem de
enzimas e hormônios, representado um componente associado ao crescimento do
animal (RODRIGUES, 2001).
Muitas espécies de camarões peneídeos possuem um hábito alimentar
tipicamente carnívoro e tem um alto requerimento dietético por proteínas. Os
requerimentos protéicos variam entre as espécies, situando-se entre 30% e 60%.
Entretanto, os níveis recomendados de proteínas para rações utilizadas em sistemas
semi-intensivos estão entre 30 e 60%, conforme adaptação realizada por Guillaume,
(1997) no Quadro 1.
Quadro 1. Requerimento protéico de diferentes espécies de peneídeos
ESPÉCIE Requerimento protéico (%)
P. brasiliensis
45 - 55
P. indicus
40 – 43
P. japonicus
40 – 60
P. monodon
40 – 46
L. vannamei
30
F. subtilis
40 – 45
FONTE: GUILLAUME, (1997)
23
PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
37
A maioria dos alimentos comercialmente formulados para camarões em
sistema de cultura intensivo contêm entre 35 e 50% proteína. Se o nível de proteína
no alimento for muito baixo, as taxas de crescimento serão reduzidas. Deficiências
de proteína severas podem provocar a perda de peso se as proteínas no tecido
muscular de camarões o utilizados para manter outras funções vitais. A proteína
em excesso na dieta também pode inibir crescimento.
O alimento é o insumo de custo mais elevado dentro do cultivo semi-intensivo
de camarões. Esse alto custo se deve a utilização de fonte protéica a qual é utilizada
na elaboração da ração do animal (LIM, BEAMES e EALES, 1997).
A exigência de proteína dietética para camarões peneídeos é uma
consideração nutricional importante, visto que a proteína é freqüentemente o
nutriente limitado ao crescimento. Muitos estudos tem levado em consideração as
exigências diárias de proteínas para camarões marinho. Segundo Valesco et al.
(2000) a proteína é tipicamente o macronutriente mais caro na alimentação de
camarões marinhos, assim a determinação de níveis adequados dos requerimentos
protéicos são imprescindíveis para a formulação de rações, visando com isso
minimizar os custos da alimentação.
Carboidratos
Os carboidratos servem como fonte de energia de baixo custo em dietas para
camarões. Gomas, açúcares e fibras são os principais carboidratos utilizados. Os
organismos marinhos utilizam os carboidratos como fonte de energia, os camarões
peneídeos com hábito alimentar carnívoro, cujas dietas contêm níveis altos de
proteína, tendem a usar proteína como fonte de energia e freqüentemente não
podem metabolizar os carboidratos efetivamente (CEREDA, 2002).
Na formulação de uma dieta nutricionalmente completa e de menor custo, o
objetivo principal é utilizar os carboidratos como principal fonte de energia,
direcionando as proteínas para a formação de novos tecidos do animal (DEVLIN,
1998).
Quando o percentual de carboidrato na ração for inferior a 20%
recomendados podem ocorrer problemas, visto que um alimento formulado com uma
relação proteína / energia muito baixa, pode reduzir as taxas de alimentação do
animal e os níveis de digestibilidade do alimento. Da mesma forma, rações com
24
PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
38
níveis elevados de proteína, mas com baixos teores energéticos, resulta em um
crescimento e conversão alimentar reduzida. Neste caso, grande parte da fonte
protéica contida na ração é direcionada para suprir as necessidades de energia.
Portanto, uma ração poderá conter concentrações elevadas de proteínas, mas ser
pouco aproveitada no crescimento do animal (LIM, BEAMES e EALES, 1997;
VALESCO et al., 2000).
Lipídios
O nível adequado de lipídios a ser utilizado em dietas, demonstra estar
influenciado por uma variedade de fatores: qualidade e quantidade da dieta protéica;
a quantidade e qualidade e a disponibilidade e a qualidade do óleo. Dietas com
elevados níveis de gordura estão relacionadas com a redução de crescimento e
limitação do metabolismo, devido ao acréscimo nos níveis lipídicos no
hepatopâncreas (D'ABRAMO, 1997; ROCHA, 1999).
Os lipídios são formados basicamente pelos ácidos graxos e glicerol. Os
ácidos graxos essenciais são aqueles que não podem ser sintetizados pelo
organismo animal a partir de outro ácido graxo ou qualquer outra substância
precussora (FITZSIMMOS, 2001; NUNES, 2002).
Os lipídios além de exercerem papel fundamental no processo de produção
de energia, são também importante fonte de ácidos graxos, participando no
transporte de proteínas e componentes estruturas estruturais de células
responsáveis pela plasticidade e permeabilidade das membranas celulares, atuando
ainda como precursores das prostaglandinas e componentes de hormônios (SOUZA,
2002).
Rações para camarões contém geralmente entre 5% e 9% de lipídios. Apesar
dos requerimentos dos ácidos graxos essenciais o terem sido ainda totalmente
definidos, aparentemente existe um requerimento por ácidos graxos como ries
linoléicas e linolênicas. O colesterol um precursor vital dos hormônios do sexo e do
processo de muda (formação de um novo exoesqueleto permitindo a expansão
corporal), é requerido em níveis dietéticos entre 0,5% e 1,25% da dieta total
(FITZSIMMOS, 2001). Os óleos dos invertebrados marinhos (lula, camarão ou
molusco), são fontes ricas em colesterol, os quais os peneídeos são incapazes de
sintetizar. Rações para camarões são suplementadas com fosfolipídios, uma vez
25
PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
39
que, tem demonstrado melhora tanto no crescimento como na sobrevivência de
camarões cultivados (NUNES, 2002).
Vitaminas e minerais
As vitaminas e minerais desempenham papel importante na formação de
tecidos, crescimento muscular e em diversos processos metabólicos e fisiológicos
essenciais para o crescimento, saúde e reprodução do animal (RODRIGUES, 2001).
A suplementação vitamínica é de fundamental importância para uma
performance satisfatória da dieta de qualquer organismo aquático cultivado. Quando
oferecida adequadamente possibilita um aumento na densidade de estocagem com
menos riscos, resultando animais com bom desenvolvimento. Sabe-se que o ácido
ascórbico desempenha diversas funções no organismo, como: suporte no
crescimento, auxilia na formação do exoesqueleto, acelera a regeneração de tecidos
e fortalece o sistema imunológico. Um fornecedor importante de vitamina C é o
resíduo da acerola, estudado por Nunes, Rocha e Figueiredo (1998), os quais
demonstraram resultado satisfatório, de acordo com a concentração utilizada. A
acerola possui grande quantidade de vitaminas
A,
B1 e B2, é uma excelente fonte de
vitamina C, cálcio, fósforo e ferro, proporcionando um bom aporte de nutrientes
disponíveis.
Dentre os micronutrientes, a vitamina E é o mais importante antioxidante
metabólico presente na membrana celular, protegendo-a da oxidação de ácidos
graxos e do colesterol, além de diminuir ou inibir a produção e a ação dos radicais
livres; enquanto o selênio é o componente da metaloenzima glutationa peroxidase
(GSH-Px), a qual, no citosol, catalisa as reações de conversão do peróxido de
hidrogênio à água, destruindo os peróxidos formados (FRANCO, 2002). Como o
efeito da vitamina E sobre a formação de peróxidos é limitado primariamente
à
membrana, tanto o selênio quanto a vitamina E parecem ser necessários à
eliminação eficiente dos peróxidos. Esses dois nutrientes conjuntamente constituem
os principais agentes antioxidantes no organismo (DEVLIN, 1998).
O selênio não pode proteger os componentes teciduais ou celulares que
apresentem baixa concentração da enzima glutationa peroxidase. No entanto,
podem ser protegidos pela vitamina E, que atua como antioxidante por diferentes
mecanismos, o qual não necessita da glutationa peroxidase.
26
PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
40
Segundo Watanabe, Kion e Satoh (1997), o selênio também apresenta a
função de proteção contra a toxicidade de metais pesados, como o mercúrio e o
cádmio. A vitamina E é encontrada na dieta como uma mistura de vários compostos
estreitamente relacionados, chamados tocoferóis, sendo o α - tocoferol o mais
potente. O DL α - tocoferol acetato é a forma sintética de vitamina E mais
comumente utilizada na nutrição animal. Trabalho realizado por Sampaio, Klemann e
Sá, (2004), relacionado com a determinação dos melhores níveis dietários de
vitamina E de selênio em pós-larvas de camarões, observaram que 200mg de
vitamina E/kg e 0,50mg de selênio/Kg de ração, na alimentação de pós-larvas
apresentaram ganho de peso e uma maior taxa de sobrevivência.
A exigência de vitamina E para crustáceos é de aproximadamente 100mg/kg
de ração, valor significativamente menor que os 300mg de vitamina E/kg de ração
(LIM, BEAMES e EALES, 1997).
A aqüicultura em seu crescente desenvolvimento nos últimos anos vêm
utilizando diferentes espécies de animais aquáticos, na tentativa a uma demanda
global por alimentos, que a cada dia se acentua e os crustáceos, em especial aos
camarões peneídeos vem se destacando mundialmente. Dentre os demais
seguimentos da aqüicultura, a carcinicultura marinha apresentou nos últimos anos
uma velocidade de crescimento surpreendente em termos de produção de alimentos
e como sendo uma alternativa cio-econômica para a exploração de vastas áreas
da Região Nordeste. Sendo assim, é de grande importância a realização de
pesquisas voltadas ao estudo de espécies de camarões, monitorando o manejo
alimentar e nutricional, conhecendo as exigências nutricionais da espécie, visando
elaborar rações de custos reduzidos, priorizando a utilização de insumos regionais
de grande disponibilidade, permitindo assim contribuir para uma melhor performance
do animal e sua possível inclusão na escala industrial.
3.3 QUALIDADE DA ÁGUA
O controle dos parâmetros de qualidade de água é fundamental no cultivo de
camarões, principalmente à medida em que é intensificado, devido ao dinamismo
dos processos físicos, químicos e biológicos que ocorre no ecossistema.
A avaliação dos níveis de qualidade da água, incluindo oxigênio dissolvido,
temperatura, pH, amônia, nitrito, dureza e alcalinidade total, e transparência são
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PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
41
importantes para se prever como estão as condições ambientais para a vida dos
animais aquáticos (CANDIDO et al., 2005).
O oxigênio dissolvido é monitorado por ser o primeiro parâmetro de qualidade
da água que pode ser afetado através do aumento da alimentação e do metabolismo
dos animais. Assim como, a temperatura da água influencia fortemente no consumo
de oxigênio e também na capacidade de carregar oxigênio na água (GOLOMBIESKI
et al., 2003), pois a solubilidade do oxigênio depende do fator temperatura associado
a pressão, o nível ideal para temperatura superior a 25ºC é maior que 3,0mg/L
(ESTEVES, 1988).
O pH da água é um importante fator para assegurar uma boa produção de
camarões e peixes. A faixa de pH de 6,5 a 9,0 é usualmente sugerida para a criação
de camarões e peixes, mas a faixa ótima pode diferir para diferentes espécies.
Baixos níveis de pH reduzem o crescimento e a reprodução (LOPES, SILVA e
BALDISSEROTTO, 2001; MAIA e NUNES, 2003).
A amônia é o maior resíduo nitrogenado produzido através do catabolismo
dos aminoácidos, sendo, na água, reduzida a nitrito pela nitrificação bacteriana
antes de ser convertida a nitrato (COSTA et al., 2004). Ela é tóxica o apenas para
peixes, mas também para animais aquáticos, especialmente em tanques com baixas
concentrações de oxigênio dissolvido, e existe em ambas as formas: ionizada (NH
4
+
)
e não-ionizada (NH
3
), sendo sua toxicidade atribuída principalmente à última forma
(FOSS, VOLLEN e OIESTAD, 2003). Níveis xicos de amônia não-ionizada para
curtas exposições usualmente são reportados e ficam entre 0,6 e 2mg L
-1
. Dois
principais fatores afetam a concentração de amônia: a taxa de excreção pelos
camarões e a difusão pelos sedimentos que representa uma parte da amônia
externa. Algas utilizam amônia para o crescimento e produção de oxigênio, e a
presença de maiores cargas nitrogenadas em tanques aumenta a produtividade
primária dos tanques, com mais alimentos disponíveis para peixes para seu ximo
crescimento (EL-SHAFAI et al., 2004).
Candido, et al., (2005) cita que os níveis de amônia provém dos animais e da
decomposição do material orgânico, causando toxidez e diminuição da taxa de
crescimento, essas partículas quando dissolvidas na água do cultivo dos camarões
podem afetar no seu crescimento.
28
PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
42
A tolerância dos organismos aquáticos a amônia varia com as espécies, os
níveis de estresse e fatores ambientais. A toxidez para animais aquáticos é
usualmente manifestada para a redução da taxa de crescimento em vez de
mortalidade (BOYD, 2001).
O nitrito é um produto intermediário da transformação da amônia em nitrato, e
pode ser tóxico para peixes (FRANCES, ALA e NOWARK, 1998). Como resultado da
ação da nitrificação bacteriana, a amônia é reduzida a nitrito, e em sistemas
fechados, bem como tanques de terra, ambos podem acumular para níveis tóxicos.
O aumento nas concentrações de nitrito na água induz a acumulação deste no
sangue e tecidos, e via reações complexas produzindo derivados tóxicos com ação
deletéria em processos fisiológicos dos animais aquáticos (COSTA et al., 2004).
A dureza total é a concentração de todos os cátions divalentes na água,
sendo o cálcio (Ca
2+
) e o magnésio (Mg
2+
) os cátions mais comuns em quase todos
os sistemas de água doce. O valor recomendado de dureza total para a cultura de
peixes em tanques é acima de 20mg L
-1
CaCO
3
(BOYD e EGNA, 1997).
Quanto à alcalinidade total da água, segundo Esteves (1988), ela representa
a capacidade que um sistema aquoso tem de neutralizar ácidos, e esta capacidade
depende de alguns compostos, principalmente carbonatos, bicarbonatos e
hidróxidos, seus níveis podem variar 100-140mg/L.
A alcalinidade aumenta o pH e como conseqüência a amônia torna-se mais
tóxica. Dureza e alcalinidade são relativamente estáveis, mas podem mudar com o
tempo, geralmente semanas ou meses, dependendo do pH e do conteúdo mineral
da água e do solo (WURTS e DURBOROW, 1992).
3.4 A IMPORTÂNCIA DOS INSUMOS UTILIZADOS NA DIETA
Devido ao crescente desenvolvimento da carcinicultura, serviu de estímulo
para os produtores de camarões a utilizar rações devidamente balanceadas. Para
elaboração de uma ração eficiente, é importante que os ingredientes sejam
utilizados em proporções adequadas que atendam aos requerimentos nutricionais de
cada espécie.
Alguns ingredientes merecem destaque na alimentação de camarões como a
farinha de peixe, fonte rica não em proteínas como também em ácidos graxos
poliinsaturados, particularmente em ácido eicosapentaenóico (EPA), importantes na
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PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
43
manutenção das funções metabólicas, e lipídios que podem aumentar a resistência
ao estresse. Além disso possui em sua composição vitaminas e minerais que
desempenham um importante papel na nutrição animal (LAWRENCE e LEE, 1997;
ROCHA, 2000).
Com o notável crescimento e a intensificação da aqüicultura mundial a
demanda por ingredientes de alta qualidade para formulação de rações tem
aumentado consideravelmente. A disponibilidade de farinha de peixe tem diminuído
e seu é custo elevado, tornando necessária a busca por fontes protéicas alternativas
(BOSCOLO, HAYASID e MEURER, 2002).
A farinha de peixe é um subproduto desidratado e moído, obtido pela cocção
do peixe integral, do corte de órgãos ou de ambos, após extração parcial do óleo.
Apresentam equilíbrio ideal em aminoácidos essenciais e é importante fonte de
fósforo e micro minerais como o zinco, manganês, cobre, selênio e ferro, além de ser
utilizada como palatibilizante (SUZAKI, 2006).
A farinha de sangue é muito rica em proteína bruta e é uma excelente fonte
de lisina, porém deficiente em isoleucina; este desbalanço necessita correção, se
qualquer quantidade substancial é utilizada na dieta.
É
essencialmente composta de
sólidos de sangue de indústrias de processamento e consiste principalmente de
hemoglobina, membrana celular, eletrólitos celulares e baixa quantidade de lipídio. O
balanço de aminoácidos pode ser incrementado pela combinação com outros
ingredientes (SAMPAIO, HISANOL e YAMAKI, 2001).
O farelo de soja é utilizado por possuir um excelente aporte protéico,
essencial para a formação de novos tecidos do animal, tem sido usado
mundialmente como padrão se comparada com outras fontes protéicas. O nível de
proteína pode variar, e isto pode ser reflexo da variação de sementes e/ou as
condições de processamento envolvidas na extração de gordura (SUZAKI, 2006).
O milho e a farinha de mandioca são utilizados pelo alto teor de carboidratos,
o que proporciona um equilíbrio com a proteína, mantendo as taxas de alimentação
e digestibilidade do alimento. A raiz da mandioca, que é um produto basicamente
energético e de baixo custo, tem sido utilizada como o principal ingrediente
energético do concentrado em lugar do milho, conforme o estudo de Caldas Neto,
Zeoula e Branco (2000).
30
PEREIRA, M. V. Estudo das exigências protéicas para juvenis de camarões marinho da espécie Litopenaeus
vannamei (Boone, 1931).
44
A mandioca é uma fonte rica em energia e seus resíduos (casca de
mandioca, farinha de varredura fécula) podem ser utilizados na alimentação animal,
que é rica em amido. Um fator interessante do farelo de mandioca é o efeito
aglutinante que ele apresenta, sendo uma característica favorável às rações
aquícolas, reduzindo a dissolução da ração na água e conseqüente redução da
perda de nutrientes, propiciando melhor aproveitamento da ração pelo animal
(MARTINS, PRADO e ZEOULA, 2000; BOSCOLO, HAYASHI e MEURER, 2002;
LACERDA, HAYASID e SOARES, 2005).
Seixas, Rostagno e Queiroz (1997) observaram na fécula de mandioca
características aglutinantes; esses mesmos autores avaliaram esse efeito em dietas
para pós-larvas de camarão (Macrobrachium rosenbergii), constatando melhores
resultados de ganho de peso nos animais alimentados com rações contendo a
mandioca como aglutinante.
A suplementação vitamínica e mineral
é
de fundamental importância para
uma performance satisfatória da dieta de qualquer organismo aquático cultivado.
Quando oferecido adequadamente, possibilita um aumento na densidade de
estocagem com menos riscos, resultando em animais com boa saúde (SAMPAIO,
KLEEMANN e SÁ, 2004).
Recentemente, estudos vêm sendo realizados com algumas espécies de
camarões marinhos, no sentido de se definir as exigências nutricionais das larvas,
pós-larvas e dos juvenis (RIBEIRO, 2003). Segundo Pezzato et al. (2003), o nível de
energia digestível das rações dos crustáceos se apresentam entre 3.100 e 4.060
Kcal/Kg. O objetivo de se utilizar a ração com adequada relação Energia: Proteína
se deve ao fato de que o consumo de proteína em excesso limita o crescimento do
animal e piora a conversão alimentar, podendo sobrecarregar o metabolismo pelo
catabolismo protéico, para a obtenção de energia e /ou excreção de seu excesso no
seu ambiente. Por outro lado, o excesso de energia pode levar a resultados
zootécnicos ainda piores, uma vez que o animal pode saciar-se energeticamente
sem que sejam atendidas suas exigências dos demais nutrientes, fundamentais ao
desenvolvimento e a sua saúde (PEZZATO, 2002).
31
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
45
4 MATERIAL E MÉTODOS
O experimento biológico foi realizado no NUPPA (Núcleo de Pesquisa e
Processamento de Alimentos) / UFPB, situado no bairro de Mangabeira, João
Pessoa, PB.
4.1 MATÉRIAS PRIMAS
4.1.1 Obtenção das matérias primas
Para a formulação das rações experimentais, foram utilizados os seguintes
insumos: farinha de peixe, fécula de mandioca, farelo de soja, farinha de milho, óleo
de peixe e Premix (vitaminas e minerais), sendo estes adquiridos no comércio local;
farinha de sangue e sabugo de milho foram processados no Laboratório de
Desenvolvimento de Produtos Pesqueiros, Centro de Tecnologia, na Universidade
Federal da Paraíba.
4.1.1.1 Farinha de sabugo de milho
Para o processo de obtenção deste insumo seguiu-se o método descrito por
Souza (2002) e Gadelha (2005), onde foram coletados sabugos provenientes de
uma distribuidora de produtos de alimentos típicos, na cidade de João Pessoa, PB.
Dessa forma, os sabugos foram coletados ainda úmidos e partidos em tamanhos
correspondentes aproximadamente 3cm), facilitando o processo de secagem. A
matéria-prima foi submetida a 60hs em estufa a 65ºC 3ºC). Posteriormente foi
realizada a moagem em moinho tipo faca obtendo assim a farinha do sabugo de
milho, de acordo com o fluxograma apresentado na Figura 1.
4.1.1.2 – Farinha de sangue
A farinha foi obtida conforme o método descrito por Cavalheiro (2000), onde
foi coletado sangue de aves em abatedouros da cidade de João Pessoa - PB. O
sangue foi adquirido coagulado e posteriormente pré-cozido, submetendo-se à
secagem em estufa a temperatura de 65 3ºC), durante 72 horas, foi realizada sua
moagem em moinho tipo faca, de acordo com o fluxograma apresentado na Figura1.
32
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
46
FIGURA 1. Fluxograma da confecção da farinha de sangue e sabugo de milho.
Matéria – prima
Sangue
Matéria – prima
Sabugo de milho
Coleta
Coleta
Secagem 65ºC – 60h
Trituração
Moagem
Secagem 65ºC – 72h
Cozimento
Moagem
Obtenção da
Farinha de Sangue
Obtenção da Farinha
do Sabugo de Milho
33
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
47
4.2 ANÁLISE DOS INSUMOS
Foram realizadas as análises dos macronutrientes de todos os insumos,
(umidade, cinzas, proteínas, carboidrato, lipídio, energia, fósforo e cálcio), pelos
métodos descritos abaixo:
- Teor de Umidade - seguiu o método por aquecimento direto por secagem em
estufa (IAL, 2005);
- Determinação de Cinzas - o método foi realizado por incineração da amostra,
seguindo o principio gravimétrico (IAL, 2005);
- Teor de Fibra (método de Hennemberg) - baseado no principio que simula
in vitro
o processo de digestão
in vivo,
constando de uma digestão em meio ácido, seguida
por uma digestão em meio alcalino. O resíduo destas digestões representa a "fibra
bruta", e o resíduo da incineração desse material a "fração fibra" do produto
analisado (IAL, 2005);
- Determinação de Proteína (método Micro Kjeldahl) - baseado no principio do
nitrogênio total da amostra, que através de cálculo é transformado em nitrogênio
protéico (IAL, 2005);
- Teor de Lipídeos - o método adotado foi o de Soxhlet (IAL, 2005);
- Carboidratos - Calculado por diferença.
Para determinação de micronutrientes utilizou-se os seguintes métodos:
- Dosagem de Fósforo - Determinado através do todo colorimétrico, onde o
fósforo da solução mineral reagirá com o molibdato de amônio, produzindo o amônio
fosfomolibdato. A quantidade de sforo é determinada, medindo a intensidade de
cor azul, que foi produzida pela formação de fosfomolibdato a um comprimento de
onda de 650nm (RANGANA, 1979);
- Determinação de Cálcio - foi realizado através da precipitação dos íons de cálcio
na forma de oxalato de cálcio, seguindo de titulação com permanganato de potássio
(RANGANA, 1979);
- Determinação da Energia Bruta refere-se a quantidade de calor liberado
(Kcal/Kg ou Kcal/g) de determinada amostra, quando esta é oxidada em ambiente
rico de oxigênio (25 a 30 atm de oxigênio), utilizando a bomba calorimétrica
(calorímetro adiabático de Parr). Ocorrendo através da combustão de um circuito
elétrico, determinado pela queima de um fusível em contato com a amostra, sendo
feitas as correções para a energia liberada pela oxidação do fusível pela oxidação
de gases (MAYNARD et al., 1984).
33 34
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
48
4.3 FORMULAÇÕES DAS RAÇÕES
O balanceamento das rações foi feito através de cálculo matemático, a partir
das informações da composição centesimal de cada insumo utilizado. Para isto,
variou-se os teores de proteínas das rações (39%, 42%, 45%, 48% e 51%),
entretanto manteve-se o nível de Energia (3.640 Kcal) em todas as cincos diferentes
rações elaboradas.
4.3.1 Processamento das rações
Esta etapa seguiu o método descrito por Cavalheiro (2000), em que todos os
ingredientes a serem utilizados na elaboração das dietas, exceto o premix mineral e
vitamínico, serão misturados em batedeira convencional (doméstica) e em seguida,
ainda em agitação, adiciona-se o premix diluído em água. Esta massa será
umedecida lentamente com água quente (80°C) para fa vorecer a aglutinação da
ração. O volume de água da massa final não ultrapassará 50
%
(v/p) dos insumos
utilizados. A massa úmida foi introduzida num moedor de carne de fabricação
"Filizola," e obtidos os pelets com 1mm de diâmetro e secados em estufa com
circulação de ar forçada, a 64
±
C durante 24 horas. Os pelets secos foram
armazenados em sacos de papel e mantidos em temperatura ambiente.
4.4 EXPERIMENTO BIOLÓGICO
4.4.1 Instalações experimentais
Foram utilizados na pesquisa juvenis de camarões marinho da espécie
Litopenaeus vannamei, provenientes da Fazenda Água Preta, em São Miguel de
Taipu, Paraíba.
O experimento consistiu de seis tratamentos, onde foram testadas cinco tipos
de rações elaboradas com diferentes teores protéicos (39%, 42%, 45%, 48% e 51%)
e uma ração controle (comercial) com 42% de proteína. Foram realizadas 05
repetições perfazendo no final da pesquisa um total de 30 testes. O tempo do
experimento foi realizado no período de 42 dias (seis semanas).
Para a realização deste experimento foi realizado um sistema de aquários
retangulares de polietileno, com dimensões de 37 x 55,5 x 15cm e capacidade para
31L, com renovação da água em torno de 30%, a cada dia (Figura 2).
35
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
49
Figura 2. Sistema de aquários retangulares utilizados durante experimento biológico
A limpeza dos aquários eram feitas com auxilio de uma mangueira
(sinfonamento), com finalidade de retirar os restos dos alimentos não consumidos,
assim como material orgânico proveniente da digestão dos animais (Figura 3).
Figura 3. Sinfonamento dos aquários
4.4.2 Povoamento e densidade de estocagem
Os juvenis de L. vannamei foram adquiridos de uma fazenda de cultivo de
camarão de baixa salinidade 1,5 a 2,0%; sendo transportados para o NUPPA em
sacos plásticos com 1/3 de água do próprio local de coleta 2/3 de oxigênio. Os
camarões foram aclimatizados em água com a mesma salinidade de origem, sendo
36
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
50
ajustada com auxilio de um salinômetro (refratômetro) com variação de 0 a 100%,
em uma caixa d’água de 400 litros, com diluição gradativa da salinidade. Após a
aclimatização, os indivíduos foram pesados individualmente em uma balança
eletrônica ± 0,1g e estocados nos seus respectivos tratamentos, utilizou-se portanto
uma densidade de 5 camarões por aquário, o que representou 25 indivíduos/m
2
.
4.5 PARÂMETROS FÍSICOS E QUÍMICOS DA ÁGUA DE CULTIVO
Os parâmetros físicos (temperatura e pH) foram monitorados 3 vezes por
semana, enquanto os químicos (salinidade, amônia, nitrato, nitrito e oxigênio
dissolvido) foram analisados semanalmente conforme metodologia descrita abaixo:
- Analise físico-química da água
Temperatura - a temperatura da água foi aferida com termômetro de mercúrio com
precisão ± 1
0
C;
• pH - este parâmetro foi determinado com auxilio de um potenciômetro;
• Salinidade - a salinidade foi aferida com um refratômetro, com precisão
±
1, 0;
• Amônia - Método colorimétrico descrito por Mackereth, Heron e Talling (1978);
• Nitrito - Método descrito por Mackereth, Heron e Talling (1978);
• Nitrato - determinado de acordo com Rodier (1975);
Oxigênio dissolvido obtido por aparelho portátil (oxímetro), modelo Q-758p de
marca Quimis.
4.6 BIOMETRIA
A biometria foi realizada semanalmente com o objetivo de avaliar o ganho
de peso e crescimento dos animais, avaliando assim o desempenho nutricional
das rações durante esse período. Os camaes foram retirados de seus
aquários individualmente, em balança digital eletrônica com precisão de 0,01g
(Figura 4).
37
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
51
Figura 4. Aferição do peso (g) e comprimento (cm) dos animais durante o experimento.
As taxas de crescimento em peso (Pr), incremento em peso relativo diário da
biomassa (Br) e a taxa de sobrevivência (TS%), foram obtidas pelas seguintes
formulas, de acordo com Diaz – Iglesi, Brito Perz e Baez-Hidalgo (1991).
Eq.1:
_ _
Pr = ( P
fi
- P
in
) x 100 em que:
_
P
in
_
_
P
in
= peso médio final e P
in
= peso médio inicial
Eq.2:
_ _
Br = ( P
fi
x n ) - ( P
in
x n ) x 100 x 1 em que:
_ T
( P
in
x n )
n= número de sobreviventes e T= tempo de experimento (dias).
Para o cálculo da taxa de sobrevivência (TS%) dos animais foi utilizado a seguinte
fórmula:
Eq.3:
TS% = N
f
x 100 em que:
N
i
N
f
= número final de pós larvas ou animais adultos e N
i
= número inicial de larvas e
pós-larvas.
38
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
52
4.7 TRATAMENTO ESTATÍSTICO
Os resultados referentes ao monitoramento das propriedades físico-químicas
e químicas das águas, para cultivo dos juvenis de camarões marinhos, tratadas com
06 (seis) diferentes rações em conjunto com as avaliações do desempenho
zootécnico representado pelos índices de crescimento em gramas e centímetros, em
triplicata, inicialmente foram avaliados pelo teste estatístico de Kolmogorov-Sminorv
(K-S) para aferir as prerrogativas paramétricas de normalidade da distribuição de
freqüência, as variáveis que o apresentaram normalidade tiveram transformações
matemáticas e em seguida realizou-se a Análise Estatística de Variância. Com o
objetivo de constatar se houve influência entre os tratamentos sobre o crescimento
dos camarões, fez-se a análise de variância pelo teste ANOVA (Analysis of variance)
segundo Montgomery (1984), considerando p < 5%, pois a análise da variância
responde se, diante da variância entre as médias da amostras e se existe diferença
entre as populações de onde estas amostras foram extraídas. A ANOVA foi aplicada
para verificar se havia diferenças entre todos os tratamentos, havendo esta diferença
optamos pelo teste de comparação de Duncan com (p < 5%) de acordo com Gomes
(1981), buscando comparar as médias duas a duas.
Considerou-se o nível de probabilidade de erro (p) menor que 0,05 ou 5%
para definir a significância em todos os testes, os quais foram realizados através do
programa SPSS for Windows 11.0 (SPSS. INC, 2001). Para confecção dos
gráficos quanto a crescimento e comprimento foi utilizado o programa estatístico
GRAPHPAD INSTAT tm v2.01, 1990-1993.
39
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
53
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 COMPOSIÇÃO CENTESIMAL DOS INSUMOS UTILIZADOS NAS RAÇÕES
Na aquacultura, pesquisas relacionadas com alimentação e nutrição, mostra
que o benefício do desempenho do alimento, é obtido através dos suprimentos das
exigências nutricionais de cada espécie. A ração deve apresentar integridade na
água, boa palatibilidade, atender as recomendações para cada fase de cultivo,
padronização do tamanho dos pellets (tamanho e cor), buscando com isso o melhor
desenvolvimento zootécnico (PONTES e ARRUDA, 2005).
A utilização de alimentos de alta digestibilidade, melhora a assimilação do
alimento, promovendo uma redução na quantidade de material excretado, resultando
em uma menor degradação na água (SMITH et al., 2002).
Os resultados referentes às análises da composição centesimal e energia
(Kcal) estão expostas na Tabela 1.
Tabela 1. Composição Centesimal dos insumos a serem utilizados na elaboração
das dietas.
Insumos
Umidade
%
Cinzas
%
Proteína
%
Lipidios
%
Carboidratos*
%
Energia
Mcal/Kg
Farinha de peixe
11,35
± 0,11
18,40
± 0,10
53,75
± 0,04
8,74
± 0,04
7,79
3,14
± 0,04
Farinha de soja
11,24
± 0,04
3,43
± 0,03
33,47
± 0,06
1,45
± 0,03
50,37
3,72
± 0,03
Farinha de
sangue
3,50
± 0,02
2,75
± 0,13
80,75
± 0,15
0,25
± 0,02
12,75
3,12
± 0,02
Fécula de
mandioca
11,50
± 0,12
---
0,50
± 0,02
0,50
± 0,00
87,50
3,50
± 0,02
Sabugo de milho
12,00
± 0,03
2,00
± 0,15
4,00
± 0,00
2,00
± 0,09
80,00
4,00
± 0,01
Farinha de milho
9,50
± 0,03
2,50
± 0,02
8,50
± 0,02
10,5
± 0,26
69,00
3,50
± 0,02
Óleo de peixe
----
---
---
10,0
± 0,02
---
9,75
± 0,30
Premix
35,00
± 0,13
65,00
± 0,10
---
---
---
---
Sal comum
20,00
± 0,15
80,00
± 0,10
---
---
---
---
*Valor obtido por diferença
40
40
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
54
Foram introduzidos na ração a farinha de sangue, com teor de proteína de
80,75%. Haja vista, que a farinha de sangue é um subproduto de origem animal,
resultante da desidratação, cozimento e moagem de sangue fresco. Foi
estabelecido, pela legislação brasileira e indústrias de rações, um padrão mínimo de
80% de proteína bruta nesta farinha (SAMPAIO, HISANOL e YAMAKI, 2001;
BARROS, PEZZATO e HISANO, 2004), estando o resultado encontrado neste
trabalho de acordo com os referidos autores.
O resultado de proteínas obtido da farinha de peixe foi de 53,75%, portanto,
dentro de uma faixa recomendável para a utilização. Segundo Oetterer (2006) a
proteína bruta pode chegar a 70% nas farinhas de peixe, sendo a composição
variável em função do uso do pescado inteiro ou de partes descartadas residuais.
De forma simples e artesanal é possível se obter até 60% de proteína através da
secagem e moagem do pescado inteiro, ou dos resíduos da filetagem, na forma de
farinha, visando essencialmente a alimentação animal e participando como fonte
protéica, de 2% a 10% na formulação de rações
O teor de carboidratos na cula de mandioca encontrado neste trabalho foi
87,5%, conferindo assim com os outros insumos um bom aporte calórico. A análise
química da fécula de mandioca apresentou resultados conforme a literatura e com a
Resolução – CNNPA n° 12, de 1978, cujo teor mínimo é de 80%.
De acordo com Jorge, Monteiro e Lasserre (2002), as raízes da mandioca
apresentam teores que variam entre 20 e 45% de amido e 5% de açúcares
redutores, enquanto que, Zeoula, Martins e Alcalde (1999), relataram que os teores
de amido na matéria seca da raiz da mandioca variam de 76,20% a 91,39%.
Segundo Martins (1999), a composição bromatológica da raiz de mandioca,
bem como a de seus resíduos não possui uma padronização. Cereda (2002)
apresentou um valor de carboidrato de 98,20%.
Guimarães, Miranda e Fraga (2004) trabalhando com fécula de mandioca
como ingrediente energético em rações para tilápia do Nilo, concluiu que esta pode
substituir o milho em 50% nas dietas para tilápia do Nilo sem afetar o ganho de
peso, a conversão alimentar e o rendimento de filé. Eusébio e Coloso (1998) ao
utilizarem inclusão de 13% de cula de mandioca em dietas para camarão
(Penaeus indicus) não notaram prejuízo no desempenho dos animais.
41
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
55
Muitos tipos de milho contêm 3% a 4% de óleo. A proteína no milho ocorre
principalmente como prolamina. O balanço de aminoácidos e sua disponibilidade
precisam ser seriamente considerados quando dietas hipoprotéicas são formuladas,
porque nessas condições a prolamina pode contribuir com mais de 50% a 60 % de
proteína da dieta (SUZAKI, 2006).
Furuyal, Hayashi e Furuya (2004), obtiveram como resultado de teor protéico
para o farelo de soja 46,12%, entretanto obteve-se neste trabalho um valor de
33,47%, o que pode indicar diferença no processamento da obtenção da respectiva
farinha.
5.2 BALANCEAMENTO DAS RAÇÕES
O balanceamento das rações é imprescindível para o desenvolvimento da
carcinicultura, no entanto inúmeros estudos m sido realizados, com o objetivo de
adequar a utilização de insumos nas rações para camarões (JORGENSEN e
BEMVENUTI, 2001).
Os valores referentes ao balanceamento das rações elaboradas estão
apresentados nas Tabelas 2 a 6, respectivamente.
De acordo com Nunes (2002), muitos fatores podem afetar os resultados da
pesquisa em nutrição animal, o que incluem: a espécie, idade, estado fisiológico do
animal, condições experimentais, composição da dieta, a qualidade e
processamento. Acrescentando ainda que os animais aquáticos são mais sensíveis
a qualidade dos alimentos quando comparados aos animais terrestres.
A ração controle utilizada neste experimento apresentou valor protéico de
42%, valor semelhante a R
2
, que variaram em relação aos outros componentes.
Deve-se ressaltar que existem fatores que podem influenciar no crescimento do
animal, como: digestibilidade da ração, palatibiliade, granulometria e a integridade
da ração na água. Quantos aos insumos utilizados para confecção da ração controle
incluíram: proteína animal de origem marinha, cereais moídos, combinação de grãos
oleaginosos, subprodutos agrícolas e industriais, óleo de peixe, premix vitamínico e
mineral e atrativos químicos, os quais apresentavam no rótulo apenas a composição
centesimal geral dos nutrientes, não especificando o valor individual de cada
insumo.
Em contra partida as rações elaboradas neste ensaio apresentaram uma
grande variabilidade de insumos o que confere um balanceamento adequado, haja
42
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
56
vista o conhecimento da composição individual de cada insumo.
No entanto, a produção de alimentos de boa qualidade, irá depender da
disponibilidade dos ingredientes da dieta, do processamento da composição
nutricional a qual se baseia a formulação. Segundo Nunes (2000), a relação
proteína/ energia equilibrada permite maiores taxas de consumo alimentar,
garantindo a transformação da fração protéica da ração em tecido animal.
Tabela 2.
Balanceamento da ração elaborada
R
1
Insumos Quant.
(g)
Umid.
%
Cin.
%
Prot.
%
Lipid.
%
Carb.
%
Energia
Mcal/Kg
Farinha de peixe 43,44
4,92
8,00
23,35
3,80
3,38
1,36
Farinha de soja 24,20
2,72
0,83
8,10
0,35
12,19
0,90
Farinha de sangue
8,00
0,28
0,22
6,46
0,02
1,02
0,25
Fécula de
mandioca
7,30
0,85
0,01
0,03
0,03
6,38
0,24
Sabugo de milho 4,96
0,61
0,08
0,17
0,10
4,00
0,20
Farinha de milho 10,00
0,94
0,26
0,86
1,04
6,91
0,36
Óleo de peixe 0,03
--- --- --- 0,03
--- 0,33
Premix 1,00
0,35
0,65
--- --- --- ---
Sal comum 1,00
0,20
0,80
--- --- --- ---
Total 100g
10,80
10,85
39,00
5,37
33,88
3,64
43
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
57
Tabela 3
. Balanceamento da ração elaborada
R
2
Insumos Quant.
(g)
Umid.
%
Cin.
%
Prot.
%
Lipid.
%
Carb.
%
Energia
Mcal/Kg
Farinha de peixe 49,5
5,60
9,10
26,61
4,33
3,86
1,55
Farinha de soja 24,20
2,72
0,83
8,10
0,35
12,19
0,90
Farinha de sangue 8,00
0,28
0,22
6,46
0,02
1,02
0,25
Fécula de
mandioca
5,51
0,64
0,01
0,02
0,02
4,82
0,18
Sabugo de milho 2,91
0,36
0,05
0,10
0,06
2,34
0,12
Farinha de milho 8,00
0,75
0,21
0,68
0,83
5,53
0,30
Óleo de peixe 0,04
--- --- --- 0,04
--- 0,34
Premix 1,00
0,35
0,65
--- --- --- ---
Sal comum 0,84
0,16
0,67
--- --- --- ---
Total 100g
10,80
11,74
42,00
5,65
29,76
3,64
Tabela 4
. Balanceamento da ração elaborada
R
3
Insumos Quant.
(g)
Umid.
%
Cin.
%
Prot.
%
Lipid.
%
Carb.
%
Energia
Mcal/Kg
Farinha de peixe 55,74
6,31
10,25
29,96
4,88
4,34
1,75
Farinha de soja 24,20
2,72
0,83
8,10
0,35
12,19
0,90
Farinha de sangue 8,00
0,28
0,22
6,46
0,02
1,02
0,25
Fécula de
mandioca
4,00
0,45
0,01
0,02
0,01
3,50
0,13
Sabugo de milho 2,00
0,25
0,03
0,07
0,04
1,61
0,07
Farinha de milho 4,00
0,37
0,10
0,34
0,42
2,76
0,14
Óleo de peixe 0,04
--- --- --- 0,04
--- 0,40
Premix 1,00
0,35
0,65
--- --- --- ---
Sal comum 1,00
0,20
0,80
--- --- --- ---
Total 100g
10,90
12,90
45,00
5,76
3,64
44
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
58
Tabela 5
. Balanceamento da ração elaborada
R
4
Insumos Quant.
(g)
Umid.
%
Cin.
%
Prot.
%
Lipid.
%
Carb.
%
Energia
Mcal/Kg
Farinha de peixe 61,75
7,00
11,36
33,19
5,40
4,81
1,94
Farinha de soja 24,20
2,72
0,83
8,10
0,35
12,19
0,90
Farinha de sangue 8,00
0,28
0,22
6,46
0,02
1,02
0,25
Fécula de
mandioca
2,00
0,23
--- 0,01
0,01
1,75
0,07
Sabugo de milho 0,50
0,06
0,01
0,02
0,01
0,40
0,02
Farinha de milho 2,00
0,19
0,05
0,17
0,21
1,38
0,07
Óleo de peixe 0,04
--- --- --- 0,04
--- 0,39
Premix 1,00
0,35
0,65
--- --- --- ---
Sal comum 0,50
0,10
0,40
--- --- --- ---
Total 100g
10, 90
13,52
48,00
6,04
21,55
3,64
Tabela 6
. Balanceamento da ração elaborada
R
5
Insumos Quant.
(g)
Umid.
%
Cin.
%
Prot.
%
Lipid.
%
Carb.
%
Energia
Mcal/Kg
Farinha de peixe 67,80
7,67
12,47
36,44
5,93
5,28
2,08
Farinha de soja 22,70
2,55
0,77
8,00
0,33
11,40
0,85
Farinha de sangue
8,00
0,28
0,22
6,46
0,02
1,02
0,25
Fécula de
mandioca
---
--- --- --- --- --- ---
Sabugo de milho --- --- --- --- --- --- ---
Farinha de milho --- --- --- --- --- --- ---
Óleo de peixe 0,05
--- --- --- 0,05
--- 0,46
Premix 1,00
0,35
0,65
--- --- --- ---
Sal comum 0,50
0,10
0,40
--- --- --- ---
Total 100g
10,95
14,50
51,00
6,33
17,70
3,64
45
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
59
5.3 COMPOSIÇÃO GERAL DAS RAÇÕES
Muitos estudos têm levado em consideração as exigências diárias de
proteínas para camarões marinhos. Os dados referentes a composição geral das
rações estão demonstradas na Tabela 7.
Tabelas 7. Composição geral das rações elaboradas e da controle (comercial).
Nutrientes R
1
R
2
R
3
R
4
R
5
Ração
controle
Umidade % 10,80
10,80
10,90
10,90
10,95
10,80
Cinzas % 10,85
11,74
12,90
13,52
14,50
14,60
Fibras % 6,10
5,56
5,37
5,01
4,50
5,40
Proteínas % 39,00
42,00
45,00
48,00
51,00
42,00
Lipídios % 5,37
5,65
5,76
6,04
6,00
6,60
Carboidratos * 27,78
24,20
20,05
16,54
13,00
20,60
Fósforo mg/Kg 0,83
0,92
1,00
1,11
1,20
0,81
Cálcio mg/Kg 2,52
2,54
2,60
2,63
2,60
2,58
Energia Kcal/Kg 3.640
3.640
3.640
3.640
3.640
3.640
Total 100
100
100
100
100
100
*
Calculado por diferença
Valesco et al., (2000) relata que a proteína é o macronutriente mais caro na
alimentação de camarões marinhos, sendo dessa forma é importante os níveis
protéicos adequados, visando minimizar os custos da alimentação, o que estimula a
presente pesquisa, uma ração de boa qualidade e baixo custo.
No presente estudo o teor de proteínas variaram para cada tipo de ração para
R
1
(39%), R
2
(42%), R
3
(45%), R
4
(48%) e R
5
(51%), visando monitorar as taxas de
crescimento em peso (g) e comprimento (cm). De acordo com Tian X et al., (2001), a
46
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
60
relação proteína/energia muito baixa, pode reduzir as taxas de alimentação do
animal e os níveis de digestibilidade. Nunes (2000), Rodrigues (2001) e Candido
(2005) relataram que os requerimentos protéicos variam entre as espécies, situando-
se entre 30% - 60%.
O carboidrato é utilizado como principal fonte de energia, Maia e Nunes
(2003), acrescenta que deverá haver uma estreita relação com os outros
macronutrientes, garantido um balanceamento adequado, não permitindo que os
níveis ultrapassem 32%.
Com relação ao teor lipídico este deve estar entre 5 a 9% de acordo com
Fitzsimmons (2001), no policultivo de animais aquáticos, o mesmo acrescenta que
os lipídios aumentam a palatibilidade, resguardando a proteína e exerce um
importante papel na produção de energia. Nesta pesquisa os teores de lipídios
mantiveram-se entre 5,37 a 6,04%, o que proporciona um parâmetro adequado para
o cultivo destes animais.
Os níveis de energia nos cinco tratamentos foram de 3.640Kcal / Kg ração,
portanto, isocalóricas. A energia representa a quantidade de calorias que a ração
poderá ofertar para obter um bom desempenho. Rocha e Rodrigues (2003), relatam
que os níveis de energia apresentaram valores entre 3.400 a 3.840Kcal /Kg ração,
sendo estes favoráveis no desempenho do animal. Pezzato et al., (2003) relatam
que os níveis de energia bruta importante para o crescimento de camarões é de
3.600 Kcal/Kg.
As exigências da maioria dos minerais tornam-se ideais nas formulações de
dietas quando estas incluem alimentos de origem animal (NUNES, 2000). Os
minerais requeridos em concentrações maiores nas alimentações para camarão são
mais freqüentes; o cálcio e o fósforo, com exigência de 2,5% e 0,1-1%,
respectivamente (DAVIS, LAWRENCE e GATLIN III, 1993; NUNES, 2000;
GADELHA, 2005). Estes parâmetros estão de acordo com a elaboração da dieta
deste trabalho, os quais variam entre 2,52 a 2,60% para o cálcio e para o fósforo
variam entre 0,83 a 1,20%.
Os demais minerais como ferro, cobre, cobalto, manganês, zinco, selênio e
flúor entre outros poderão ser acrescentado às dietas em suplementação com
premix (DAVIS, LAWRENCE e GATLIN III, 1993).
Com relação ao teor de fibras nas dietas, estes não ultrapassaram os 8%
recomendados por Nunes, 2000. Segundo, Hayashi, Meurer e Boscolo (2000), a
47
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
61
influência da fibra no desempenho de animais aquáticos, estar relacionada com a
sua composição percentual em celulose, hemicelulose, lignina e sílica, entre outros.
Um dos pontos onde a fibra tem importância é a influência que esta apresenta sobre
a motilidade do trato digestivo e, conseqüentemente, sobre a velocidade de trânsito
do alimento pelo mesmo.
A velocidade de esvaziamento do trato digestivo depende do volume e da
distensão gástrica, os quais constituem o estímulo primário para aumentar a
motilidade gástrica. No entanto se a fonte de fibra utilizada contiver muita
hemicelulose e/ou pectina pode ocorrer uma situação contrária, pois estes
componentes da fração fibra bruta aumentam a viscosidade do bolo alimentar, que
por sua vez leva a uma resistência às contrações propulsivas do trato digestivo
(FERREIRA, 1994).
5.4 ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA DURANTE A ALIMENTAÇÃO
EXPERIMENTAL.
Os resultados referentes aos parâmetros a qualidade da água durante a
alimentação experimental estão apresentados na Tabela 8.
48
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
62
Tabela 8. Resultados das análises de água durante o experimento.
Tratamento
Parâmetros
Ração 1
Ração 2
Ração 3
Ração 4
Ração 5
Ração 6
pH
a
7,40
± 0,20
ab
7,60
± 0,20
ab
7,90
± 0,30
b
8,00
± 0,30
b
8,00
± 0,20
ab
7,70
± 0,36
Temperatura*
0
C
a
26,40
± 0,10
a
26,80
± 0,46
a
27,00
± 0,20
b
27,67
± 0,58
b
27,80
± 0,30
b
28,00
± 0,30
Salinidade
%
o
.
1,000
± 0,000
1,000
± 0,000
1,000
± 0,000
1,000
± 0,000
1,000
± 0,000
1,000
± 0,000
Oxigênio
mg/L
6,600
± 0,20
6,600
± 0,20
6,600
± 0,22
6,600
± 0,21
6,600
± 0,20
6,600
0,21
Amônia*
mg/L
a
0,024
± 0,001
b
0,027
± 0,001
c
0,033
± 0,002
d
0,040
± 0,001
d
0,041
± 0,001
e
0,045
± 0,003
Nitrito*
mg/L
a
0,021
± 0,002
c
0,038
± 0,001
d
0,047
± 0,002
b
0,035
± 0,001
e
0,073
± 0,001
f
0,087
± 0,000
Nitrato*
mg/L
a
0,017
± 0,002
b
0,023
± 0,001
c
0,034
± 0,000
d
0,046
± 0,001
d
0,046
± 0,007
e
0,070
± 0,000
(*) Representam diferença significativas (p < 5%) pela análise da variância - ANOVA
Letras diferentes representam diferenças significativas (p < 5%) pelo teste de Duncan
É
importante que seja feita a manutenção dos parâmetros de qualidade da
água, dentro de níveis pré-fixados, evitando que os mesmos interfiram no consumo
alimentar e no processo de crescimento dos animais. Por tanto, o manejo da troca
de água será realizado em dias alternados, mantendo a transparência da água e
impedindo o acúmulo de amônia (NUNES, 2000).
5.4.1 Potencial Hidrogeniônico (pH)
Nos ensaios com todas as rações valores médios de pH variaram de 7,4 a
8,0. Porém, houve diferença significativa, pelos testes ANOVA e Duncan a nível
de 5% de probabilidade entre os tratamentos R
1
e R
4
; R
1
e R
5
, ressaltando que estes
resultados estão dentro da faixa ótima de pH, que de acordo com Lopes, Silva e
Baldisserotto (2001) variam de 6,5 a 9,0, assegurando uma boa produção.
49
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
63
Os dados encontrados nesta pesquisa são concordantes com os de Gadelha,
(2005), que relatou variação no pH entre 7,0 a 8,4, quando cultivado o L. vannamei.
Santos, Rocha e Igarashi (2000) relatam valores de pH entre 7,9 a 8,7 na água de
cultivo de L. vannamei, expostos a baixa salinidade, em condições de laboratório.
Como o potencial hidrogeniônico é um importante parâmetro nos ambientes
aquáticos a sua relação com os animais do meio está diretamente ligada a efeitos
sobre o metabolismo e os processos fisiológicos (SANTOS, ROCHA e IGARASHI
2000; ROCHA e RODRIGUES, 2003). Verificamos que os resultados encontrados
não exerceram influência negativa sobre o crescimento dos camarões.
5.4.2 Temperatura
Como os camarões são animais pecilotérmicos, a temperatura da água
poderá influenciar diretamente na sua taxa metabólica, interferindo em processos
essenciais, como reprodução, crescimento e alimentação (IGARASHI, 1995;
NUNES, 2000).
De acordo com os resultados obtidos neste experimento, a temperatura
apresentou variação de 26,4ºC e 28,0ºC. Houveram variações significativas pelos
testes em R
1
, R
2
e R
3
com relação aos tratamentos R
4
, R
5
e R
6
. Porém, estes
valores não interferiram no desenvolvimento dos camarões.
Ostrensky (1998), obteve em seus trabalhos uma variação de temperatura
entre 19,5 e 24,3ºC, cultivando P. paulensis e P.schimitti em diferentes salinidades,
não interferindo no desenvolvimento do animal.
Candido et al., (2005), observaram temperaturas entre 27,2ºC a 27,8ºC ao
cultivarem o L. vannamei em sistema de policultivo, estando de acordo com o
desempenho zootécnico dos camarões. Mostrando-se que os resultados obtidos
neste estudo estão de acordo com os valores obtidos pelos demais autores, portanto
não exercendo influência negativa sobre o crescimento dos camarões.
5.4.3 Salinidade
Durante todo o período experimental a salinidade da água dos aquários de
cultivo permaneceu constante, com valores de 1
%
o
. O camarão L.vannamei
apresentou neste experimento boa tolerância á baixa salinidade da água, contudo,
50
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
64
Candido et al., (2005), afirma que condições de baixa salinidade pode contribuir
diretamente no desempenho do crescimento de camarões desta espécie.
Ostrensky (1998), afirma que o camarão branco L.vannamei corresponde ás
espécies que apresentam melhores tolerâncias a baixas salinidades. E de acordo
com Hernandéz (2000), a salinidade esrelacionada com o teor de sais dissolvidos
na água do mar, expressa como gramas de sais em partes por mil. Este ainda
acrescenta que os requerimentos de salinidade variam de acordo com a espécie de
camarão cultivada, sendo o L. vannamei uma das espécies com maior faixa de
tolerância.
5.4.4 Oxigênio dissolvido
Neste experimento os valores médios de oxigênio dissolvido mantiveram-se
fixos em 6,60 mg/L, o que não possibilitou a ocorrência de estresse pelos animais.
Pois, a aeração mecânica utilizada (soprador) é uma ferramenta de cultivo que
possibilita incrementar de forma eficiente as produtividades na engorda de camarões
marinhos.
Os aeradores geram turbulência e uma forte movimentação na água de
cultivo, causando sua oxigenação e mistura. Isto elimina as diferenças térmicas na
coluna d'água, diminui o acúmulo de compostos nitrogenados e aumenta as
concentrações de oxigênio dissolvido (BOYD, 2001; FOSS, VOLLEN e OIESTAD,
2003).
5.4.5 Amônia
É
reconhecido que o aumento nos valores de pH estejam relacionados com
aumento nas concentrações de NH
3
, o que é tóxico para os animais mantidos sob
cultivo. Os níveis de amônia durante o período de cultivo variaram entre 0,024 a
0,045mg/L, estando os mesmos na faixa ideal de crescimento para o camarão
cultivado (0,1 1,0mg/l), descrito por Hernandéz (2000) e Assis (2003), ou seja,
encontram-se bastante abaixo do valor máximo permitido.
Estatisticamente houveram diferenças significativas entre todos os pares de
tratamentos das rações, com exceção da R
4
com a R
5
, pois os valores encontrados
foram 0,040 e 0,041mg/L, respectivamente. Este parâmetro manteve controlado
devido a renovação da água e oxigenação dos aquários. O que não interferiu no
estresse ou mortalidade. Todavia, verificou-se que houve um discreto aumento dos
51
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
65
níveis de amônia em função do aumento do nível protéico da ração ofertada. O que
esta em acordo com as afirmações de Cândido et al., (2005), que relataram que a
amônia é proveniente dos resíduos do metabolismo dos animais e também da
degradação da matéria orgânica, o que causa toxidade e redução da taxa de
crescimento do animal.
5.4.6 Nitrito e nitrato
Os resultados obtidos quanto aos percentuais de nitrito e nitrato variaram
entre 0,021 a 0,087 e 0,017 a 0,070mg/L, respectivamente. Estes resultados se
mantiveram controlados, onde o nível de nitrito deve ser menor que 1,0mg/L e o
nível de nitrato esta entre 0,4 a 0,8mg/L (CLIFFORD,1994; EL-SHAFAI et al., 2004).
Houve diferença significativa do percentual de nitrito e nitrato na água para
todos os pares de rações, com exceção dos tratamentos R
4
e R
5
referente ao nitrato
que foi de 0,046 para ambos os tratamentos. Entretanto, de forma semelhante ao
obtido, estes nutrientes apresentaram resultados crescentes conforme o aumento do
teor protéico das rações elaboradas.
Nunes (2000); Russo e Thurston (1991) relatam que o nitrito (NO
2
¯ ) e nitrato
(NO
3
¯ ) o formas de nitrogênio presentes nos ambientes de cultivo, resultando da
transformação da amônia na presença de oxigênio. Primeiro a amônia transforma-se
em nitrito, e este em nitrato, processo chamado de nitrificação. Na falta do oxigênio
ocorrerá á reação inversa, o nitrato pode se transformar em nitrito e este em amônia
(desnitrificação), com liberação de uma molécula de O
2
na água. Pois com o sistema
de aeração utilizado, pode-se modificar que este mostrou-se eficiente não elevando
os níveis acima mencionados.
5.5 TAXA DE CRESCIMENTO, BIOMASSA E SOBREVIVÊNCIA
Levando-se em consideração as variáveis da taxa de crescimento em peso,
verificou-se que as médias gerais por tratamento se comportaram da seguinte forma:
durante o cultivo de 42 dias, para o tratamento R
1
, R
2
, R
3
, R
4
, R
5
e Ração controle
foram observadas médias de 270%, 290%, 200%, 180%, 170% e 250%,
respectivamente (Tabela 9).
52
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
66
Tabela 9. Médias da taxa de crescimento de peso, incremento relativo diário da
biomassa e sobrevivência do L. vannamei alimentados com diferentes rações.
TRATAMENTO /
RAÇÕES
Taxa de
crescimento em
peso(%)/ ganho
total (g)
Incremento
diário de
biomassa
Taxa de
sobrevivência
R
1
270 %
(2,7 ± 0,06)
6,42 % 100%
R
2
290 %
(2,9 ± 0,16)
6,90 % 100 %
R
3
200 %
(2,0 ± 0,18)
4,76 % 92%
R
4
180 %
(1,8 ± 0,16)
4,29 % 92%
R
5
170 %
(1,7 ± 0,18)
4,04 % 100 %
Ração controle 250 %
(2,5 ± 0,1)
5,95 %
92 %
A análise dos dados demonstra que as rações R
2
, R
1
, Ração controle e R
3
,
quando administradas apresentaram as maiores taxas de crescimento dos
camarões, estes dados o devido aos teores de proteínas inseridos nestas rações
variando entre 39 - 45% de proteína bruta o que juntamente associado ao teor de
carboidrato acima de 20%, demonstrou melhor eficácia no desenvolvimento dos
camarões durante o tempo de cultivo.
É importante salientar que, as rações com teor protéico de 48 e 51%, o teor
de carboidratos foi inferior a 20%, dessa forma a relação proteína / energia ficaram
diminuídas, proporcionando um menor incremento de biomassa.
Siqueira, Correia e Moura (1999), Carneiro et al (1999), Santos, Rocha e
Igarashi (2002), trabalhando com camarões L. vannamei alimentados com diferentes
rações obtiveram resultados entre 100,58% a 168,84% para taxa de crescimento em
peso. Cezar et al (2000) ao alimentarem com diferentes rações o L. vannamei e o P.
subtilis, obtiveram um incremento em peso de 23,38% e 92,29%, respectivamente.
53
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
67
Com relação a sobrevivência, obteve-se nesta pesquisa 100%, 100%, 92%,
92%, 100% e 92% para os tratamentos R
1
, R
2
,R
3
, R
4
, R
5
e Ração controle. Santos,
Rocha e Igarashi (2002), ao cultivarem camarões marinhos L. vannamei alimentados
com dietas naturais obtiveram sobrevivência que variaram de 80% a 100%. Vinatea
et al (1998), ao cultivar Penaeus paulensis, relatam que a taxa de sobrevivência da
espécie cultivada foram de 60,5 a 90,0%. Cezar et al., (2000) relataram uma taxa de
sobrevivência na faixa de 30 a 80% em diferentes salinidades.
De acordo com a classificação de Nunes e Martins (2002), os resultados de
sobrevivência podem ser considerados excepcionais, em decorrência de terem sido
superiores a 90%. Segundo Mendes (1992), a sobrevivência de camarões em
cultivos é influenciada por vários fatores, entre eles a densidade de estocagem, os
parâmetros físicos e químicos da água, a deficiência alimentar, a ação dos
predadores. Almeida et al., (1999), encontraram taxa de sobrevivência final de 67,5,
82,5 e 70% para as densidades de 10, 20 e 30 indivíduos por metro quadrado de
Litopenaeus vannamei, respectivamente.
Portanto, os dados encontrados nesta pesquisa são bastante promissores,
onde a taxa de sobrevivência variou entre 92 -100%, superando os dados relatados
em literaturas.
5.6 COMPORTAMENTO DO CRESCIMENTO EM PESO E EM COMPRIMENTO
Os resultados referentes ao peso (g) e comprimento (cm) estão apresentados
na tabela 10.
54
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
68
Tabela 10. Médias semanais de crescimento dos animais alimentados com rações
formuladas e controle
Rações
Biometria
Sem.
Sem.
Sem.
Sem.
Sem.
Sem.
Ração controle
(g)
(cm)
1,70
± 0,10
2,70
± 0,10
2,40
± 0,10
2,90
± 0,10
2,80
± 0,10
3,00
± 0,10
3,10
± 0,06
3,00
± 0,00
3,40
± 0,06
3,40
± 0,17
3,50
± 0,06
3,70
± 0,10
R1
(g)
(cm)
1,70
± 0,06
2,70
± 0,10
2,10
± 0,06
2,80
± 0,10
2,40
± 0,11
3,00
± 0,10
2,90
± 0,06
3,40
± 0,10
3,30
± 0,05
3,60
± 0,17
3,70
± 0,05
4,20
± 0,36
R2
(g)
(cm)
1,70
± 0,10
2,60
± 0,10
2,30
± 0,10
2,80
± 0,10
2,70
± 0,20
3,30
± 0,10
3,30
± 0,40
3,60
± 0,10
3,50
± 0,10
3,90
± 0,10
3,90
± 0,06
4,50
± 0,26
R3
(g)
(cm)
1,30
± 0,06
2,60
± 0,10
1,70
± 0,10
2,70
± 0,10
2,10
± 0,10
3,00
± 0,00
2,50
± 0,20
3,30
± 0,10
2,80
± 0,20
3,60
± 0,10
3,00
± 0,20
4,00
± 0,10
R4
(g)
(cm)
1,60
± 0,10
2,70
± 0,10
1,90
± 0,20
2,70
± 0,00
2,20
± 0,20
2,90
± 0,10
2,40
± 0,20
3,20
± 0,17
2,60
± 0,20
3,80
± 0,20
2,80
± 0,40
4,10
± 0,26
R5
(g)
(cm)
1,20
± 0,10
2,50
± 0,00
1,60
± 0,10
2,60
± 0,10
2,20
± 0,30
2,70
± 0,10
2,30
± 0,30
2,80
± 0,10
2,50
± 0,20
2,90
± 0,10
2,70
± 0,10
3,30
± 0,26
Foi verificado o maior crescimento (g) para as rações R
2
(2,90) e R
1
(2,70),
quando comparado com a ração controle (2,50). Quanto ao crescimento (cm), foi
observado variação de tratamento R
5
com relação a todas as outras rações. Dessa
forma a ração R
5
apresentou o menor crescimento tanto em gramas quanto em
peso, com valores 1,70g e 0,80cm, respectivamente. As figuras 5 e 6, mostram o
comportamento das curvas relacionadas ao peso e comprimento dos animais
durante o experimento (42 dias).
55
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
69
1 2 3 4 5 6
1 ,0
1 ,2
1 ,4
1 ,6
1 ,8
2 ,0
2 ,2
2 ,4
2 ,6
2 ,8
3 ,0
3 ,2
3 ,4
3 ,6
3 ,8
4 ,0
4 ,2
Peso / g
T e m p o / S e m
R C (r = 0 ,9 6 7 6 )
R 1 (r = 0 ,9 9 86 )
R 2 (r = 0 ,9 9 11 )
R 3 (r = 0 ,9 9 37 )
R 4 (r = 0 ,9 9 45 )
R 5 (r = 0 ,9 6 48 )
Figura 5. Perfil de peso (g) x tempo
1 2 3 4 5 6
2 ,4
2 ,6
2 ,8
3 ,0
3 ,2
3 ,4
3 ,6
3 ,8
4 ,0
4 ,2
4 ,4
4 ,6
4 ,8
5 ,0
Cresc. (cm)
T e m p o // S e m
R C (r = 0 ,9 50 3 )
R 1 (r = 0 ,9 70 7 )
R 2 (r = 0 ,9 91 3 )
R 3 (r = 0 ,9 92 6 )
R 4 (r = 0 ,9 56 8 )
R 5 (r = 0 ,9 44 9 )
Figura 6. Perfil de crescimento (cm) x tempo
56
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
70
Pode-se verificar nas figuras 5 e 6 que quanto maior a inclinação da reta
maior a rapidez no ganho de peso e comprimento. Dessa forma a R
2
apresentou o
melhor crescimento em peso e comprimento, pois a mesma obteve um ótimo
desempenho linear durante o decorrer do experimento, o que demonstrou o
coeficiente de correlação próximo a 1, em virtude de ganhos de pesos e
comprimentos.
57
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
71
6. CONCLUSÃO
De acordo com os dados obtidos no presente trabalho, pode-se concluir que:
- Os parâmetros físico-químicos o elevaram acima dos valores permitidos o que
não interferiu no crescimento dos animais, ressaltando que os nutrientes amônia,
nitrito e nitrato, elevaram-se em função do aumento do teor de proteínas nas rações;
- A taxa de crescimento em peso foi maior na ração R
2
(290%), podendo a mesma
ser utilizada para a engorda de camarões com exigências nutricionais protéicas de
42% como forma de reduzir o preço da mesma, que chega em alguns casos a
representar 60% dos custos de produção;
- O Incremento Diário da Biomassa seguiu a seguinte ordem de crescimento R
2
> R
1
> R
6
> R
3
> R
4
> R
5
;
- As rações R
2
, R
1
e R
5
apresentaram as maiores taxas de sobrevivência (100%);
- Para o monitoramento do manejo alimentar e nutricional, faz necessário conhecer a
exigências nutricionais da espécie visando colaborar a minimizar os custos com a
alimentação formulada, contribuindo na performance de crescimento dos animais.
58
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
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69
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
83
APÊNDICES
70
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
84
Apêndice A. Teste de Kolmogorv-Smirnov nas análises de água.
One-Sample Kolmogorov-Smirnov Test
18 18 18 18
7,76667 27,27778 ,03500 ,05022
,319926 ,669113 ,007963 ,023436
,100 ,138 ,192 ,204
,096 ,105 ,144 ,204
-,100 -,138 -,192 -,157
,426 ,584 ,816 ,867
,993 ,885 ,519 ,439
N
Mean
Std. Deviation
Normal Parameters
a,b
Absolute
Positive
Negative
Most Extreme
Differences
Kolmogorov-Smirnov Z
Asymp. Sig. (2-tailed)
pH Temperatura Amônia Nitrito
Test distribution is Normal.
a.
Calculated from data.
b.
Apêndice B. Resumo dos tratamentos processados.
Case Processing Summary
18 100,0% 0 ,0% 18 100,0%
18 100,0% 0 ,0% 18 100,0%
18 100,0% 0 ,0% 18 100,0%
18 100,0% 0 ,0% 18 100,0%
18 100,0% 0 ,0% 18 100,0%
18 100,0% 0 ,0% 18 100,0%
18 100,0% 0 ,0% 18 100,0%
pH * Tratamento
Temperatura *
Tratamento
Salinidade * Tratamento
Oxigênio * Tratamento
Amônia * Tratamento
Nitrito * Tratamento
Nitrato * Tratamento
N Percent N Percent N Percent
Included Excluded Total
Cases
71
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
85
Apêndice C. Análise dos tratamentos das rações elaboradas e controle.
Report
7,40 7,60 7,90 8,00 8,00 7,70
,20 ,20 ,30 ,30 ,20 ,36
26,40 26,80 27,00 27,67 27,80 28,00
,10 ,46 ,20 ,58 ,30 ,30
1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000
,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000
6,600 6,600 6,600 6,600 6,600 6,600
,000 ,000 ,000 ,000 ,000 ,000
,024 ,027 ,033 ,040 ,041 ,045
,001 ,001 ,002 ,001 ,001 ,003
,021 ,038 ,047 ,035 ,073 ,087
,002 ,001 ,002 ,001 ,001 ,000
,017 ,023 ,034 ,046 ,046 ,070
,002 ,001 ,000 ,001 ,007 ,000
Mean
Std. Deviation
Mean
Std. Deviation
Mean
Std. Deviation
Mean
Std. Deviation
Mean
Std. Deviation
Mean
Std. Deviation
Mean
Std. Deviation
pH
Temperatura
Salinidade
Oxigênio
Amônia
Nitrito
Nitrato
Trat. Ração 1 Trat. Ração 2 Trat. Ração 3 Trat. Ração 4 Trat. Ração 5 Trat. Ração 6
Tratamento
Apêndice D. Teste ANOVA.
ANOVA
,880 5 ,176 2,456 ,094
,860 12 ,072
1,740 17
6,064 5 1,213 9,410 ,001
1,547 12 ,129
7,611 17
,001 5 ,000 90,000 ,000
,000 12 ,000
,001 17
,009 5 ,002 1342,144 ,000
,000 12 ,000
,009 17
,005 5 ,001 123,849 ,000
,000 12 ,000
,006 17
Between Groups
Within Groups
Total
Between Groups
Within Groups
Total
Between Groups
Within Groups
Total
Between Groups
Within Groups
Total
Between Groups
Within Groups
Total
pH
Temperatura
Amônia
Nitrito
Nitrato
Sum of
Squares df Mean Square F Sig.
72
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
86
Apêndice E. Comparação das médias de pH (Teste de Duncan).
pH
Duncan
a
3 7,40000
3 7,60000 7,60000
3 7,70000 7,70000
3 7,90000 7,90000
3 8,00000
3 8,00000
,055 ,120
Tratamento
Trat. Ração 1
Trat. Ração 2
Trat. Ração 6
Trat. Ração 3
Trat. Ração 4
Trat. Ração 5
Sig.
N 1 2
Subset for alpha = .05
Means for groups in homogeneous subsets are displayed.
Uses Harmonic Mean Sample Size = 3,000.
a.
Apêndice F. Comparação das médias de Temperatura (Teste de Duncan).
Temperatura
Duncan
a
3 26,40000
3 26,80000
3 27,00000
3 27,66667
3 27,80000
3 28,00000
,074 ,301
Tratamento
Trat. Ração 1
Trat. Ração 2
Trat. Ração 3
Trat. Ração 4
Trat. Ração 5
Trat. Ração 6
Sig.
N 1 2
Subset for alpha = .05
Means for groups in homogeneous subsets are displayed.
Uses Harmonic Mean Sample Size = 3,000.
a.
73
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
87
Apêndice G. Comparação das médias de Amônia (Teste de Duncan).
Amônia
Duncan
a
3 ,02400
3 ,02700
3 ,03300
3 ,04000
3 ,04100
3 ,04500
1,000 1,000 1,000 ,438 1,000
Tratamento
Trat. Ração 1
Trat. Ração 2
Trat. Ração 3
Trat. Ração 4
Trat. Ração 5
Trat. Ração 6
Sig.
N 1 2 3 4 5
Subset for alpha = .05
Means for groups in homogeneous subsets are displayed.
Uses Harmonic Mean Sample Size = 3,000.
a.
Apêndice H. Comparação das médias de Nitrito (Teste de Duncan).
Nitrito
Duncan
a
3 ,02100
3 ,03533
3 ,03800
3 ,04700
3 ,07300
3 ,08700
1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000
Tratamento
Trat. Ração 1
Trat. Ração 4
Trat. Ração 2
Trat. Ração 3
Trat. Ração 5
Trat. Ração 6
Sig.
N 1 2 3 4 5 6
Subset for alpha = .05
Means for groups in homogeneous subsets are displayed.
Uses Harmonic Mean Sample Size = 3,000.
a.
74
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
88
Apêndice I. Comparação das médias de Nitrato (Teste de Duncan).
Nitrato
Duncan
a
3 ,01700
3 ,02300
3 ,03400
3 ,04600
3 ,04600
3 ,07000
1,000 1,000 1,000 1,000 1,000
Tratamento
Trat. Ração 1
Trat. Ração 2
Trat. Ração 3
Trat. Ração 4
Trat. Ração 5
Trat. Ração 6
Sig.
N 1 2 3 4 5
Subset for alpha = .05
Means for groups in homogeneous subsets are displayed.
Uses Harmonic Mean Sample Size = 3,000.
a.
Apêndice J. Teste de Kolmogorv-Smirnov nas análises de crescimento em (g) e
(cm).
One-Sample Kolmogorov-Smirnov Test
108 108 108
3,1806 2,5333 ,1065
,53660 ,69093 ,03144
,187 ,059 ,113
,187 ,059 ,092
-,102 -,052 -,113
1,947 ,611 1,177
,001 ,849 ,125
N
Mean
Std. Deviation
Normal Parameters
a,b
Absolute
Positive
Negative
Most Extreme
Differences
Kolmogorov-Smirnov Z
Asymp. Sig. (2-tailed)
Cres.
centímetros Cres.Gramas
Inv.Equa.
Quad.Cresc.
Centímetro
Test distribution is Normal.
a.
Calculated from data.
b.
75
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
89
Apêndice L. Resumo dos tratamentos processados quanto ao crescimento em
centímetros
Case Processing Summary
108 100,0% 0 ,0% 108 100,0%
Cres.centímetros *
Tratamentos.Ração
N Percent N Percent N Percent
Included Excluded Total
Cases
Apêndice M. Análise dos tratamentos das rações elaboradas e controle quanto ao
crescimento em centímetros.
Report
Cres.centímetros
3,12 3,45 3,20 3,25 2,80 3,27
,36 ,67 ,51 ,61 ,29 ,52
Mean
Std. Deviation
Ração 1 Ração 2 Ração 3 Ração 4 Ração 5 Ração 6
Tratamentos.Ração - Crescimento em Centímetros
Apêndice N. Resumo dos tratamentos processados de acordo com crescimento em
gramas.
Case Processing Summary
108 100,0% 0 ,0% 108 100,0%
Cres.Gramas *
Tratamentos.Ração
N Percent N Percent N Percent
Included Excluded Total
Cases
Apêndice O. Tratamentos das rações/crescimento em gramas.
Report
Cres.Gramas
2,82 2,97 2,23 2,40 2,08 2,70
,52 ,82 ,60 ,46 ,56 ,73
Mean
Std. Deviation
Ração 1 Ração 2 Ração 3 Ração 4 Ração 5 Ração 6
Tratamentos.Ração - Crescimentor em Gramas
76
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
90
Apêndice P. Comparação das médias de Nitrito (Teste de Duncan).
Nitrito
Duncan
a
3 ,02100
3 ,03533
3 ,03800
3 ,04700
3 ,07300
3 ,08700
1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000
Tratamento
Trat. Ração 1
Trat. Ração 4
Trat. Ração 2
Trat. Ração 3
Trat. Ração 5
Trat. Ração 6
Sig.
N 1 2 3 4 5 6
Subset for alpha = .05
Means for groups in homogeneous subsets are displayed.
Uses Harmonic Mean Sample Size = 3,000.
a.
Apêndice Q. Teste ANOVA (crescimento em gramas e crescimento em centímetros).
ANOVA
10,910 5 2,182 5,541 ,000
40,170 102 ,394
51,080 107
,015 5 ,003 3,325 ,008
,091 102 ,001
,106 107
Between Groups
Within Groups
Total
Between Groups
Within Groups
Total
Cres.Gramas
Inv.Equa.Quad.
Cresc.Centímetro
Sum of
Squares df Mean Square F Sig.
77
PEREIRA, M. V. Estudo das e
xigências protéicas para juvenis de camarões marinho da escie
Litopenaeus vannamei (Boone,1931).
91
Apêndice R. Comparação das médias do crescimento em gramas.
Cres.Gramas
Duncan
a
18 2,0833
18 2,2333
18 2,4000 2,4000
18 2,7000 2,7000
18 2,8167 2,8167
18 2,9667
,157 ,062 ,234
Tratamentos.Ração
Ração 5
Ração 3
Ração 4
Ração 6
Ração 1
Ração 2
Sig.
N 1 2 3
Subset for alpha = .05
Means for groups in homogeneous subsets are displayed.
Uses Harmonic Mean Sample Size = 18,000.
a.
Apêndice S. Comparação das médias do crescimento em centímetros.
Inv.Equa.Quad.Cresc.Centímetro
Duncan
a
18 ,0935
18 ,1002
18 ,1032
18 ,1048
18 ,1066
18 ,1310
,251 1,000
Tratamentos.Ração
Ração 2
Ração 6
Ração 4
Ração 3
Ração 1
Ração 5
Sig.
N 1 2
Subset for alpha = .05
Means for groups in homogeneous subsets are displayed.
Uses Harmonic Mean Sample Size = 18,000.
a.
78
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