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proliferação, maturação e apoptose das células maduras (Dennis & Charbord, 2002). Além
disso, o estroma da cavidade medular, constituído por células endoteliais, osteoblastos,
células adventícias, células reticulares e células
-tronco mesenquimais, fornece o suporte físico
necessário para a migração das células hematopoiéticas (CH) maduras até os sinusóides
(va
sos sangüíneos de parede fina) (Bianco 2000). Estes por sua vez, localizam-se próximos
aos sítios ativos de hematopoiese e transportam as células sangüíneas recém formadas para a
circulação periférica. Isto demonstra a importância do estroma na estimulação e regulação do
desenvolvimento das CH, bem como das próprias células do estroma da medula óssea
(CEMO), e da célula
-
tronco mesenquimal (Minguell
et al.
2000).
As células mesenquimais de medula óssea foram isoladas inicialmente por
Friedenstein e colaboradores (1974) e subseqüentemente por outros investigadores (Caplan
et
al.
1991, Clark et al. 1995, Pittinger et al. 1999), baseada na sua capacidade de aderência à
superfície da placa de cultivo do tecido e seu grande potencial de diferenciação. Estas célul
as
in vitro parecem capazes de se diferenciar em diversas linhagens celulares: osteoblastos,
condrócitos, adipócitos (Caplan et al. 1991, Prockop et al. 1997, Pittinger et al. 1999),
músculo esquelético (Ferrari
et al.
1998), músculo cardíaco (Makino
et al
.
1999, Tomita
et al.
1999, Wang
et al.
2000, Toma
et al.
2002, Hakuno
et al.
2002), células endoteliais (Jian
et al.
2002), hepatócitos (Petersen et al. 1999, Alison et al. 2000, Theise et al. 2000, Jian et al.
2002), neurônios, oligodendrócitos e astrócitos (Sanchez-
Ramos
et al. 2000, Woodbury et al.
2000, Jian
et al.
2002).
Baseando
-se nestes fatos, vários investigadores têm utilizado as células de medula
óssea como terapia alternativa no infarto do miocárdio experimental (Tomita et al. 1999,
Wang
et al. 2000, Orlic et al. 2001a, Orlic et al. 2001b, Jackson et al. 2001, Shake et al.
2002, Strauer et al. 2002, Hamano et al. 2002, Olivares et al. 2004; Olivares et al. 2007).
Destacando alguns destes trabalhos, Tomita e colaboradores (1999) implantaram