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operários e o princípio da divisão do trabalho em uma manufatura de agulhas para
destacar a necessidade da racionalização da produção. Conforme CHIAVENATO
(1983, p.30), para Adam Smith, a origem da riqueza das nações reside na divisão do
trabalho e na especialização das tarefas, preconizando o estudo dos tempos e
movimentos, pensamento que, mais tarde, Frederick Winslow Taylor e o casal Frank
e Lilian Gilbreth viriam a desenvolver, fundamentando a Administração Científica.
“
Todo indivíduo necessariamente trabalha no sentido de fazer
com que o rendimento anual da sociedade seja o maior
possível. Na verdade, ele geralmente não tem intenção de
promover o interesse público, nem sabe o quanto o promove.
Ao preferir dar sustento mais à atividade doméstica que à
exterior, ele tem em vista apenas sua própria segurança; e, ao
dirigir essa atividade de maneira que sua produção seja de
maior valor possível, ele tem em vista apenas seu próprio
lucro, e neste caso, como em muitos outros, ele é guiado por
uma mão invisível a promover um fim que não fazia parte de
sua intenção. E o fato de este fim não fazer parte de sua
intenção nem sempre é o pior para a sociedade. Ao buscar seu
próprio interesse, freqüentemente ele promove o da sociedade
de maneira mais eficiente do que quando realmente tem a
intenção de promovê-lo. (“Adam Smith, A Riqueza das Nações,
Livro IV,capítulo 2 )
David Ricardo (1772 – 1823) economista britânico, em sua obra “Princípios de
Economia Política e Tributação”, publicada em 1817, tratava de teorias cujas bases
residiam nos seus estudos sobre a distribuição da riqueza a longo prazo. Segundo
David Ricardo o crescimento da população tenderia a provocar a escassez de terras
produtivas. Tal Como Adam Smith, Ricardo admitia que a qualidade do trabalho
contribuísse para o valor de um bem. O trabalho era visto como uma mercadoria.
Uma importante contribuição sua foi o princípio dos rendimentos decrescentes,
devido a renda das terras. Tentou deduzir uma teoria do valor a partir da aplicação
do trabalho. Ricardo tornou-se o clássico por excelência da Economia, apesar de se
inspirar em grande parte da sua análise na obra de Adam Smith acabou por criticá-
lo. Alterou o conceito de valor de uso de Adam Smith definindo-o como a Utilidade,