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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BÁSICAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROCIÊNCIAS
Estudo Comportamental Sobre os Efeitos do Tratamento
Crônico com Imipramina em Ratos Manipulados no
Período Neonatal
André Krumel Portella
Orientadora: Prof. Carla Dalmaz
Porto Alegre, Junho de 2005
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Dedicatória
À minha amada esposa...
...sem palavras, somente amor, carinho e paixão...
. II .
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Agradecimentos
Ao pessoal do Lab 32, a turma da Prof. Carla e do Prof Alex...
À minha orientadora;
À minha familia;
À falta de dinheiro, que me trouxe criatividade;
Ao café, que me manteve acordado e
a fome de saber, que ainda não saciei.
. III .
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Estudo Comportamental Sobre os Efeitos do Tratamento
Crônico com Imipramina em Ratos Manipulados no
Período Neonatal
. IV .
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Sumário
I. Resumo 02
II. Abstract 03
III. Introdução 08
IV. Objetivos 12
V. Material e Métodos 13
VI. Resultados 20
VII. Artigo a ser submetido para publicação 21
VIII. Resultados Adicionais 52
1. Dose de Imipramina Fêmeas 53
2. Efeito do tratamento crônico com Imipramina em ratas
fêmeas submetidas ou não à manipulação neonatal,
sobre o peso corporal, consumo de ração padrão e de água 56
3. Efeito do tratamento crônico com imipramina em ratas
fêmeas submetidas ou não à manipulação neonatal, sobre
o consumo de alimento palatável doce, basal e em resposta
a diferentes estímulos 60
4. Efeito do tratamento crônico com imipramina em
ratas fêmeas, submetidas ou não à manipulação neonatal,
sobre o desempenho na tarefas de labirinto em cruz elevado
e campo aberto 60
5. Efeito do tratamento crônico com imipramina em ratos
fêmeas e machos, submetidos ou não à manipulação
neonatal, sobre o desempenho na tarefa de preferência
condicionada de lugar (PCL) 64
IX. Discussão 68
X. Conclusões e Perspectivas 77
XI. Referências 80
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I. Resumo
Eventos precoces, particularmente diferentes tipos de estresse, como hipóxia-
isquemia, infecções, desnutrição/hipernutrição e negligência materna, podem trazer
conseqüências para toda a vida. Tais conseqüências variam conforme a qualidade, a
intensidade e a janela de tempo em que o agente agressor atuou, além da susceptibilidade
do organismo que o recebeu. Os mecanismos pelos quais estes eventos levam a tais
alterações ainda não estão totalmente esclarecidos, mas sabe-se que esta fase da vida
constitui-se ao mesmo tempo de um período de hiporresponsividade ao estresse, assim
como uma fase crítica para desenvolvimento de diversos órgãos e sistemas. Sabe-se que
desafiando a homeostasia do organismo nesse momento, ocorre uma programação de
diversos sistemas envolvidos na resposta ao estresse a um novo equilíbrio funcional, o que
pode alterar a relação saúde-doença na vida adulta.
Dentre os modelos para o estudo de intervenções precoces, temos a Manipulação
Neonatal, que consiste numa separação breve da mãe, durante o período hiporresponsivo ao
estresse. Nesse trabalho usou-se a separação por 10 min, nos primeiros 10 dias de vida. A
partir desta intervenção animais tornam-se menos reativos ao estresse, apresentam
comportamento menos ansioso frente a estressores e têm comportamento alimentar
caracterizado por um aumento no consumo de alimento palatáveis, sem alteração no
consumo de ração padrão.
O controle da alimentação envolve basicamente dois componentes, um homeostático e outro
hedônico. A preferência alimentar alterada dos animais manipulados no período neonatal
indica possivelmente uma alteração da percepção hedônica do alimento. As vias
dopaminérgicas mesolímbicas estão associadas a recompensas naturais ou biológicas como
alimentação, sexo, drogadição. Sabe-se que animais manipulados no período neonatal
apresentam redução de receptores D3 no núcleo acumbens.
A Imipramina é um antidepressivo tricíclico que age principalmente por inibição da
recaptação de serotonina e noradrenalina, e com ações indiretas sobre o sistema
dopaminérgico e eixo Hipotálamo – Pituitária - Adrenal. Seu uso crônico reforça a capacidade
do organismo de enfrentar o estresse e de sentir recompensas naturais como a da
alimentação.
O objetivo desse trabalho foi investigar se o tratamento crônico com Imipramina
reverteria o comportamento alimentar alterado de animais manipulados no periodo neonatal.
Adicionalmente investigou-se o efeito deste tratamento sobre outras alterações
comportamentais como a menor inibição exploratória no Labirinto em Cruz Elevado e menor
habituação no teste do Campo Aberto.
No consumo basal de alimento doce, houve aumento de consumo de alimento doce
apenas em machos manipulados, sendo que o tratamento com Imipramina diminui este
efeito. Os animais machos manipulados não tiveram aumento de consumo em resposta ao
estresse de contenção nem à exposição a um ambiente enriquecido, porém responderam à
novidade. Novamente aqui o tratamento com Imipramina reverteu o comportamento, pois os
animais tratados apresentaram maior reatividade aos estímulos, igualando seu modo de
reagir ao dos animais não manipulados. As fêmeas não apresentaram diferenças no
consumo de alimento doce no basal, porém o tratamento com Imipramina reduziu a
intensidade da resposta aos diferentes estímulos, levando-as a um menor consumo.
Nos testes comportamentais, de um modo geral, animais manipulados, tanto machos
(no Labirinto em Cruz Elevado), quanto fêmeas (no Campo Aberto), mostraram sinais de
menor ansiedade, sem efeito da Imipramina. Porém entre os não manipulados, a Imipramina
teve efeito ansiolítico apenas em fêmeas. Tanto o tratamento medicamentoso, quanto a
manipulação neonatal levaram a uma menor habituação ao Campo Aberto. Na Preferência
Condicionamada de Lugar houve igual desempenho de todos os animais.
O principal achado deste trabalho foi o fato dos animais manipulados não tratados com
Imipramina terem apresentado uma reduzida variabilidade nas respostas decorrentes de
mudanças ambientais, evidenciado tanto no comportamento alimentar persistentemente
mantido no mesmo patamar (independentemente das intervenções), quanto na resistência a
habituação ao Campo Aberto. A Imipramina foi eficaz em reverter apenas a alteração do
comportamento alimentar de ratos machos manipulados no período neonatal, permitindo-lhes
uma maior variabilidade de resposta, o que aproximou o seu comportamento ao dos animais
não manipulados.
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II. Abstract
Early life events, particularly different kinds of stress, like hypoxia-ischemia, infection,
over/under nutrition and maternal negligence, can leads to long lasting consequences.
These consequences vary as a matter of the quality, intensity and the window of time where
the aggressive agent acted, besides the susceptibility of the target organism. The mechanism
by which stress leads to such alterations are not well understood yet, but we know that the
neonatal period is, at the same time, a stress hyporresponsive period and a critical time for
the development of several organs and systems. By challenging the organism homeostasis in
this immature period, we program the several internal mechanism involved in the stress
response to a novel functional balance, which could alter the health/disease relationship in
the adulthood.
Among the models used for the study of early life experiences, we have the Neonatal
Handling procedure, that consists in repeated brief maternal separation during the stress
hyporresponsive period. Upon this intervention the animals become less reactive to stress,
present less anxiety behavior and have a feeding behavior characterized by an increased
consumption of palatable food, without alterations in the ingestion of standard lab chow. In
this work we used 10 minutes of maternal separation during the first 10 days of life.
Feeding control basically evolves two compounds, one homeostatic and another
hedonic. The changed feeding behavior of the handled animals possibly denotes an altered
perception of the hedonic compound of the food. The dopaminergic pathways in the
Mesolimbic system are related to natural or biological reward, such as feeding, drug addiction
and sex. We know that neonatal handled animals have an downregulation of the
Dopaminergic D3 receptors in the nucleus accumbems.
Imipramine is a triciclic antidepressive that acts mainly by inhibiting the reuptake of
Serotonin and Noradrenaline, and have indirect actions over the Dopaminergic system and
the Hypothalamus-Pituitary-Adrenal axis. Its chronic use strengths the capability of the
organism to faces the stress and to feel natural rewards like those from food.
The objective of this work was to investigate if a chronic Imipramine treatment could
reverse the altered feeding behavior of neonatal handled rats. Additionally we investigated the
effect of such treatment over another of their altered behavior, like the less exploratory
inhibition in the Plus Maze and their lesser habituation in the Open Field procedure.
Male neonataly handled rats had an increased sweet food consumption in the basal
test, that was reversed by Imipramine treatment. The manipulated male animals had not had
increase of consumption in reply to contention stress nor to the exposition to an enriched
environment, however they had answered to the novelty. Again the treatment with Imipramine
reverted the behavior, therefore the treated animals had presented greater reactivity to the
stimulus, equaling its way to react to the one of the não manipulad animals. The females had
not presented differences in the sweet food consumption in the basal test, however the
treatment with Imipramina seems to reduce the intensity of the reply to the different stimulus,
taking them to a lesser consumption.
In the behavorial tests, in a general way, manipulated animals, both male (in the Plus
Maze) and female (in the Open Field), had shown signals of lesser anxiety, without effect of
the Imipramine. However, between the não manipulads, the Imipramine had anxiolytic effect
only in females. Both the drug treatment and the neonatal manipulation had led to a lesser
habituation to the Open Field. In the Conditioned Place Preference we had equal
performance of all the animals.
What caught more attention in these experiments was the lack of modulation of reply of
the manipulated rats, evidente both in the feeding behavior as wel as in the Open Field.
Imipramine effectively reverted the alteration of the alimentary behavior of male rats
manipulated in the neonatal period, allowing them to have a bigger variability of reply, wich
approached its behavior to the one of the Non handled animals.
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III. Introdução
O termo “estresse” tem sido largamente usado em várias acepções.
Inicialmente foi usado na física, significando o somatório das forças internas
em um material, resultante da aplicação de uma carga externa. A partir de
1936, Hans Selye transpôs este termo para a Medicina e a Biologia, dando-
lhe o significado de esforço de adaptação do organismo para enfrentar
situações consideradas ameaçadoras à sua vida e a seu equilíbrio interno, ou
homeostase. “Estressor” seria então definido como um desafio ao indivíduo,
que perturba sua homeostase e requer uma resposta fisiológica. Pode
também ser apenas uma interpretação errônea da situação, percebida como
ameaça, que resulta numa resposta comportamental e/ou hormonal
(McEwen, 2002; Tsigos C, Chrousos GP, 2002).
Há três sistemas de resposta ao estresse classicamente descritos
(McEwen, 2002; Francis DD, Meaney MJ, 1999):
1) o Sistema Neurovegetativo, incluindo a liberação de noradrenalina
pelos terminais simpáticos e de adrenalina pela medula adrenal;
2) o Sistema Imunológico;
3) o Eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal (HPA).
A ativação aguda desses sistemas promove principalmente aumento da
disponibilidade de energia e melhora do fluxo sangüíneo para órgãos-alvo,
sendo altamente adaptativa (Tsigos C, Chrousos GP, 2002).
Estímulos externos têm grande impacto sobre o sistema límbico, que se
relaciona com o hipotálamo. O controle central do sistema de resposta ao
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estresse inclui os neurônios parvocelulares do núcleo paraventricular do
hipotálamo. Estas células secretam hormônio liberador de corticotrofina
(CRH) e vasopressina (AVP) de uma maneira pulsátil, com dois ou três picos
por hora (Engler et al., 1989). Durante o estresse agudo, a amplitude e a
freqüência desses pulsos aumenta, resultando na liberação de
adrenocorticotrofina (ACTH) pela hipófise e de cortisol pelo córtex da adrenal
(Tsigos C, Chrousos GP, 1994). Citocinas e outros mediadores da inflamação
são liberados e potencializam a ação dos vários componentes do eixo HPA.
O ACTH aumenta a síntese de glicocorticóides (em humanos,
principalmente o cortisol; em roedores, principalmente a corticosterona) pela
adrenal. Em situações críticas, os glicocorticóides têm ações de proteção e
manutenção da homeostase: mobilização de estoques energéticos através da
lipólise e do catabolismo protéico, este último fornecendo substratos para a
gliconeogênese, melhora da função cognitiva, inibição da função gonadal,
alteração da homeostase do cálcio (Buckingham JC, 2000). O cortisol tem
importância na sua própria regulação neuroendócrina, uma vez que atua em
receptores do sistema límbico (especialmente amígdala e hipocampo), do
hipotálamo e da hipófise por retroalimentação negativa, encerrando a
ativação do eixo (de Kloet et al., 1998). Esse hormônio também regula a
atividade do eixo HPA, inibindo as citocinas (Tsigos C, Chrousos GP., 1994).
A inibição causada pelos glicocorticóides limita sua própria ação, prevenindo
o organismo de seus efeitos catabólicos, antirreprodutivos e
imunossupressores (Tsigos C, Chrousos GP. 2002) (Figura 1).
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FIGURA 1: Esquema simplificado do eixo HPA, incluindo a alça de
retroalimentação negativa.
Entretanto, a exposição crônica ao estresse pode ser danosa ao
organismo (Kopp MS, Rethelyi J., 2004), levando a uma série de alterações
bioquímicas e comportamentais, que envolvem, entre outras, a sensibilização
da resposta locomotora e a alteração do comportamento alimentar
(Wunderlich et al., 2004; Nikulina et al., 2004; Holmes et al., 1997). Essas
alterações também estão relacionadas ao estresse neonatal (Iwasaki et al.,
2000, Silveira et al., 2004; Sanchez et al., 2005).
O eixo hipotálamo-hipófise-adrenal apresenta uma regulação peculiar no
período pré e pós-natal imediato, apresentando uma reduzida reatividade ao
estresse, caracterizada por níveis relativamente baixos e constantes de
glicocorticóides. Essa hiporresponsividade é considerada uma resposta
benéfica para o desenvolvimento do organismo, pois níveis inadequados de
HIPOTÁLAMO
CRH
ACTH
ADRENAIS
+
+
HIPÓFISE
-
-
-
-
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glicocorticóides (Neal et al., 2004; Leret et al., 2004), tanto baixos quanto
altos, têm efeitos prejudiciais sobre o desenvolvimento neural e podem levar
a conseqüências fisiológicas e comportamentais a curto e longo prazo. Essa
hiporresponsividade ocorre por meio de uma maior eficiência da retro-
alimentação negativa no hipotálamo (Sapolsky RM, Meaney MJ., 1986;
Meaney et al., 1989) e redução da resposta da glândula adrenal ao ACTH
(Yoshimura et al., 2003). Além disso, nesse período, os sistemas de resposta
ao estresse possuem alta plasticidade, pois ainda estão em desenvolvimento,
e distúrbios no padrão normal de secreção de glicocorticóides podem alterar
de forma definitiva as respostas do organismo ao estresse (Levine et al.,
1967). Desse modo, exigir uma resposta a um estressor num organismo
ainda imaturo pode levar a profundas e persistentes alterações fisiológicas e
bioquímicas, as quais levam a mudanças comportamentais, nociceptivas e
endócrinas na vida adulta (Hermel et al., 2001 ; Gomes et al., 1999 ; Smythe
et al., 1994(a) ; Stephan et al ., 2002 ; Schmidt et al., 2004).
Vários são os modelos de estresse precoce, que podem envolver, por
exemplo, separação materna, injeção de antígenos imunogênicos, exposição
a estressores físicos, como frio, calor, etc. Diferentes tipos de estressores
acionam diferentes componentes do sistema de resposta ao estresse,
portanto levam a resultados diversos. Dentro da intervenção baseada na
separação materna, encontramos na literatura vários modelos e também
grande variação de nomenclatura. A separação pode variar desde um breve
período de 1 a 15 minutos (chamado de manipulação breve) até períodos
mais extensos, como de 24 horas (privação materna / separação materna).
Atualmente, acredita-se que períodos mais breves de separação atuariam
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mais como um fator de perturbação da relação entre a mãe e a prole, tendo
pouca ação direta sobre o filhote (Caldji et al., 1998). Nessa dissertação de
mestrado o modelo adotado foi o de separação materna breve por 10
minutos nos primeiros 10 dias de vida (Silveira et al., 2004; 2005).
Vários trabalhos mostram que ratos submetidos a algum tipo de
estressor no período neonatal apresentam respostas de ACTH e
glicocorticóides alteradas frente a estressores na vida adulta (Gordon et al.,
2002; Ader R. e Grot LJ, 1969). Ratos adultos manipulados precocemente
têm uma maior densidade de receptores glicocorticóides no hipocampo
(Meaney MJ, Aitken DH, 1989) e apresentam reatividade ao estresse agudo
diferenciada, com pico de glicocorticóide semelhante a animais não
manipulados, mas um retorno mais rápido do hormônio aos níveis basais. No
entanto, a privação materna aumenta os níveis basais de ACTH, diminui os
sítios de ligação de CRH na adeno-hipófise e os aumenta no núcleo da rafe
(Plotsky PM, Meaney MJ, 1993). O mecanismo pelo qual o estresse neonatal
leva a essas alterações não está elucidado ainda. Sabe-se, porém, que a
manipulação aumenta a taxa de renovação da serotonina durante o período
neonatal somente em regiões cerebrais onde há expressão de receptores
glicocorticóides, e não em áreas onde não há este tipo de receptor (Smythe
et al., 1994 b).
Estudos revelam que intervenções feitas no período neonatal alteram a
relação mãe-filhote e que o comportamento da mãe afeta o desenvolvimento
do sistema nervoso dos filhotes (Levine S., 1994; Giovenardi et al., 1999).
Entre os efeitos comportamentais da manipulação neonatal, observados na
vida adulta, poderíamos citar uma diminuição em parâmetros relacionados à
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ansiedade (Levine et al., 1967; Silveira et al., 2005) e aumento no consumo
de alimento palatável doce e salgado (Silveira et al., 2004). Sabemos
também que esse aumento de consumo não é um comportamento
relacionado à ansiedade, uma vez que não é revertido pelo uso de
benzodiazepínicos (Silveira et al., 2005). Intervenções realizadas
precocemente na vida também têm sido modelo para adição a drogas
(Kosten et al., 2000).
Antidepressivos constituem uma classe heterogênea de medicações,
que são utilizadas para tratamento de transtornos alimentares, transtornos de
ansiedade, do humor e também em síndromes hiperalgésicas (Bacaltchuk J,
Hay P., 2003; Krueger et al., 2004). Esses transtornos estão relacionados a
alterações do eixo HPA (Heit et al., 1997; Putignano et al., 2001) e do
sistema monoaminérgico (Morilak DA, FrazerA., 2004). Há evidências de que
sua ação sobre o sistema nervoso central (SNC) reforce a capacidade do
organismo de enfrentar o estresse e aumente a efetividade da
retroalimentação negativa exercida pelos glicocorticóides, por meio do
aumento de receptores mineralocorticóides no hipotálamo (Barden N., 2004;
Reul et al., 1993) e da redução de ácido ribonucléico mensageiro (ARNm)
para o CRH no núcleo paraventricular do hipotálamo (Brady et al., 1991).
Pré-tratamento com imipramina também atenua o efeito do estresse agudo
por isolamento sobre o comportamento locomotor e exploratório (Plaznik et
al., 1993). A fluoxetina diminui a ingestão calórica em geral (proteínas,
gorduras e, com menos intensidade, carboidratos) (Heisler et al., 1997). Um
estudo também observou inibição do aumento de consumo de alimento doce
palatável (rico em carboidratos), induzido por privação alimentar (“binge
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eating”) (Hagan et al., 1997). Acredita-se que, em parte, o sucesso de
tratamentos de distúrbios alimentares com o uso de antidepressivos ocorra
devido a sua propriedade de aumentar a capacidade do indivíduo em sentir
prazer com a alimentação, reforçando a sensação de saciedade (Papp M.,
1989; Heal et al., 1998).
Poucos estudos têm usado antidepressivos na tentativa de reverter
efeitos do estresse neonatal. Um deles é o estudo de Huot et al (Huot et al,
2001), sobre dependência a drogas e ansiedade, que usou a paroxetina para
reverter dependência a drogas causada pela separação materna (Huot et al.,
2001). A imipramina foi eficaz em reverter a hiperalgesia encontrada em
ratos submetidos a privação materna no período neonatal (Stephan et al.,
2002). O estresse neonatal altera a nocicepção, mas essas alterações
variam muito conforme o modelo de estresse utilizado, levando a dados
diversos na literatura (Smythe et al., 1994 (b); Stephan et al., 2002).
A imipramina é um antidepressivo tricíclico, cujo mecanismo primário de
ação se dá por inibição da recaptação de serotonina e de noradrenalina
(Briley M., Moret C, 1993) e, em menor escala, tendo ação anti-
histaminérgica (Ookuma et al., 1990) e anticolinérgica (Gumilar et al., 2003).
Uma vantagem do uso da imipramina para estudos em modelos animais
envolvendo estresse é a possibilidade de sua administração ser efetuada por
via oral, o que evita injeções repetidas durante o tratamento. A injeção
repetida causa estresse crônico leve nos animais, levando a diversas
alterações comportamentais, como, por exemplo, redução do consumo de
alimentos palatáveis, e é usada como modelo de anedonia (Grippo et al.,
2004). A prevenção de tal efeito é conseguida exatamente pelo tratamento
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crônico com antidepressivo (Monleon et al., 1995). Em nosso desenho
experimental, as injeções poderiam levar a um falseamento importante dos
resultados (os injetados com salina poderiam ter seu comportamento
alimentar alterado pela indução de anedonia).
Nossa hipótese é que o tratamento crônico com imipramina, por
interferir com os mecanismos de resposta ao estresse e com o sistema
monoaminérgico, aumentando a capacidade de percepção da recompensa
pela alimentação, reverteria o aumento de consumo de alimentos palatáveis
em animais manipulados no período neonatal.
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IV. Objetivos
Esta dissertação tem por objetivo estudar o efeito do tratamento crônico
com um antidepressivo, administrado na idade adulta, sobre as alterações
comportamentais causadas pela manipulação no período neonatal. Embora
nossa hipótese se relacione aos efeitos sobre o comportamento alimentar e a
percepção de alimento como recompensa, também estudaremos efeitos
sobre ansiedade e atividade motora. Assim, mais especificamente,
pretendemos avaliar o efeito da imipramina em animais (ratos machos e
fêmeas) submetidos a manipulação breve no período neonatal nos seguintes
testes:
Comportamento alimentar: consumo de alimentos palatáveis salgados e
doces no estado alimentado (basal) e, no caso de alimento doce, em
resposta a diferentes estímulos (estresse agudo por contenção,
exposição à novidade e ambiente);
Comportamento no labirinto em cruz elevado;
Comportamento no campo aberto;
Comportamento desempenho em um teste de preferência condicionada
de lugar.
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V. Material e Métodos
1. Animais Experimentais
Ratas Wistar adultas prenhes, selecionadas ao acaso, durante a última
semana de gestação, foram obtidas do Biotério do Departamento de
Bioquímica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sendo mantidas
individualmente em caixa-moradia. Aguardou-se o nascimento dos filhotes,
sendo então padronizados num número de 8 filhotes por ninhada. O dia do
nascimento foi considerado dia zero (D0). Os filhotes foram mantidos com a
mãe até o 21
o
dia de vida, quando foram então desmamados e separados
entre machos e fêmeas, sendo randomizados, com o objetivo de não se
manter mais do que dois irmãos por caixa, e mantidos em grupos de não
mais do que 5 animais. As caixas-moradia eram confeccionadas em
"plexiglas", medindo 41 x 34 x 16 cm, com assoalho recoberto de serragem,
trocada pelo menos uma vez por semana. Os animais foram submetidos a
um ciclo diário claro/escuro de 12 por 12 horas, com ração padronizada e
água "ad libitum", luzes ligadas às 7:00 horas. Desde o nascimento e até o
desmame, as únicas intervenções permitidas foram a colocação de ração e a
troca da água; qualquer intervenção que envolvesse manipulação das
ninhadas, como a troca da serragem, não foi realizada.
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2. Manipulação Neonatal
As ninhadas foram divididas em dois grupos:
A. Ninhada não manipulada: os filhotes permanecem com suas mães nas
caixas-moradia, não sofrendo qualquer espécie de manipulação (tanto os
filhotes quanto as mães) até o 21
o
dia de vida.
B. Ninhada manipulada: os filhotes foram retirados da caixa e colocados em
conjunto em uma incubadora a 36 graus centígrados, onde
permaneceram por 10 minutos, sendo então devolvidos a sua caixa. Este
procedimento foi realizado do 1
o
ao 10
o
dia de vida.
Após a sexagem aos 21 dias de vida, os animais foram distribuídos
randomicamente em oito grupos, a saber:
Grupo machos não manipulados, recebendo água (MñMA);
Grupo machos manipulados, recebendo água (MMA);
Grupo machos não manipulados, recebendo imipramina (MñMI);
Grupo machos manipulados, recebendo imipramina (MMI);
Grupo fêmeas não manipuladas, recebendo água (FñMA);
Grupo fêmeas manipuladas, recebendo água (FMA);
Grupo rêmeas não manipuladas, recebendo imipramina (FñMI);
Grupo fêmeas manipuladas, recebendo imipramina (FMI).
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3. Tarefas Comportamentais
3.1 Tarefa de comportamento alimentar
O animal foi colocado em caixa retangular (corredor) com tampa de
vidro, por 3 min. No seu interior, havia um recipiente com 10 unidades de
alimento palatável doce. Como alimento doce foi usado o Froot Loops® da
Kellogs. Antes do dia do teste, o animal foi habituado a esse tipo de alimento
durante 5 dias, em restrição alimentar de 80% do consumo habitual. A
quantidade de alimento ingerido em restrição e no estado alimentado foi
medida (Ely et al., 1997).
3.2 Comportamento alimentar em resposta ao estresse agudo de
contenção
Os ratos foram submetidos a restrição de movimentos, em dispositivos
plásticos confeccionados com garrafas "PET" de COCA-COLA 600mL,
cortadas em seu bocal e fundo, e feito um corte transversal para permitir o
ajuste ao tamanho do animal. O rato foi colocado no interior das garrafas
cortadas, firmemente contido e mantido assim por um período de 1h. Após
esse período, os animais aguardaram em uma caixa semelhante à caixa-
moradia por 10 minutos, sendo a seguir testados para consumo de alimento
doce conforme item 3.1.
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3.3 Estresse por exposição à novidade e exposição a ambiente
enriquecido
Os ratos foram colocados em um ambiente novo e desconhecido para
eles, constituído de um aquário de vidro sem água, enriquecido com 4
brinquedos de plástico com cores e formas diversas, por um período de 5
minutos. Após este período, o rato foi colocado em um ambiente neutro,
composto por uma caixa de "plexiglas" individual, durante 2 minutos, sendo a
seguir testado o consumo de alimento palatável doce em corredor conforme
item 3.1.
O procedimento foi repetido como descrito acima por mais dois dias,
eliminando-se o efeito de novidade, para permitir a avaliação do componente
de estimulação ambiental.
3.5 Exposição ao labirinto em cruz elevado
O labirinto consiste em quatro braços dispostos perpendicularmente que
se cruzam centralmente. Dois braços são fechados lateralmente com
paredes de 40cm de altura. Os outros dois braços formam uma passarela
aberta. Existe, entre os braços, uma região intermediária de 10 x 10 cm.
Esse ponto de intersecção entre os braços delimita uma área central,
denominada quadrado central (10 X 10 cm). O labirinto permanece suspenso
do chão a uma altura de 50 cm.
Os animais foram expostos ao labirinto em cruz elevado (LCE) por um
período de cinco minutos. O comportamento dos animais foi observado e
foram registradas variáveis espaciais e temporais (porcentagem de entradas
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e tempo de permanência nos braços abertos e fechados).
3.6 Exposição ao campo aberto
O teste de campo aberto consiste de um caixa confeccionada em
madeira com a frente em acrílico (40 x 50 x 60 cm). É empregado para
avaliar as atividades exploratórias dos animais, sendo avaliados a
movimentação espontânea dos animais (número de cruzamentos, com as
quatro patas, entre as divisões do campo), o número de comportamentos de
levantar (“rearings”), assim como o tempo de latência para iniciar a
exploração, como índices de emocionalidade e atividade motora, registrados
durante um período de 5 minutos. A tendência natural do animal em um
ambiente novo é de explorá-lo, apesar do conflito com o medo provocado
pelo ambiente desconhecido. Neste trabalho de dissertação, realizamos duas
seções, aqui denominadas treino e teste, em dias consecutivos, sendo a
diferença entre um dia e outro (habituação) interpretada como índice de
memória, pois o animal tende a explorar menos um ambiente já conhecido.
3.7 Preferência Condicionada ao Lugar
Neste procedimento experimental, utilizamos uma caixa confeccionada
em madeira com 10 x 70 x 27,5 cm, dividida em dois ambientes distintos de
igual tamanho, um claro com chão liso, outro escuro com chão coberto por
uma tela de arame trançado. O aparato apresentava uma porta removível
dividindo os dois ambientes.
- 22 -
O experimento teve duração de 8 dias. No primeiro dia, realizou-se um
teste basal, medindo-se o número de entradas e tempo gasto no
compartimento claro e no compartimento escuro num período de 15 min, com
a finalidade de avaliarmos a preferência basal do animal. Esta primeira
exposição também fornece dados sobre a ansiedade gerada pela exposição à
novidade.
Do 2º ao 7º dia, os ratos foram expostos, em regime de restrição
alimentar, ao lado claro, considerado aversivo para o rato, onde foi colocado
alimento doce palatável, ou ao lado escuro, onde não havia alimento. Tais
seções tiveram duração de 30 minutos a cada dia e os animais foram
expostos alternadamente aos lados claro e escuro (Obs: os ratos foram
habituados previamente ao alimento doce palatável - Froot Loops).
No 8º dia foi realizado novo teste, nos mesmos moldes do primeiro dia.
Os resultados do 1º e do 8º dia foram então confrontados para avaliarmos se
houve alteração de preferência.
4. Tratamento Farmacológico
A imipramina (cloridrato de imipramina) foi diluída na água de beber
dos animais, numa concentração de 40 mg/dL, conforme descrição de
Stephan et al (Stephan et al, 2002). A droga foi administrada a partir do 60º
dia de vida (idade adulta) e foi mantida durante a execução de todos os
experimentos. Os ratos foram tratados por um período de 30 dias antes do
início das avaliações comportamentais. Durante todo o tempo de
- 23 -
administração do fármaco, foi monitorada a ingestão hídrica dos animais para
controle da dose.
5. Análise Estatística
Os dados (quantidade de alimento consumida, número de respostas de
orientação e cruzamentos no campo aberto, tempo e número de entradas
nos braços do labirinto em cruz elevado, tempo e cruzamentos no teste de
preferência condicionada de lugar) foram analisados por testes paramétricos
e foram expressos como média + erro padrão da média (E.P.M.). As
comparações entre os grupos experimentais foram realizadas por análise de
variância de uma via ou duas vias, com análise repetida quando era o caso,
seguidas essas análises de variância pelo teste de comparações múltiplas de
Student-Newman-Keuls, quando indicado, ou, quando entre dois grupos, pelo
teste t de Student para amostras dependentes ou independentes (Bliss,
1967; Zar, 1996).
- 24 -
VI. Resultados
Os resultados do presente trabalho de dissertação serão apresentados
na forma de um artigo, a ser encaminhado para publicação, e de resultados
adicionais, que foram obtidos mas não aparecerem no artigo.
- 25 -
VII. Artigo a ser submetido para publicação
Chronic Imipramine Treatment Reverses the Increased
Sweet Food Consumption of Neonatal Handled Rats
André K. Portella, Patrícia P. Silveira, Carla Dalmaz
PPG Neurociências e Departamento de Bioquímica, Instituto de Ciências
Básicas da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,
RS, Brasil.
Research supported by CNPq.
Correspondence :
AK Portella, Departamento de Bioquímica, ICBS, UFRGS
Ramiro Barcelos, 2600 (Anexo) Lab. 32.
90035-003, Porto Alegre, RS, Brasil
Fax: 51- 3316-5535.
Running title: Neonatal handling, imipramine and sweet food consumption
- 26 -
ABSTRACT
PORTELLA AK; SILVEIRA PP; DALMAZ C. Chronic Imipramine Treatment
Reverses the Increased Sweet Food Consumption of Neonatal Handled Rats
Introduction: Neonatal handling (Neo-H) permanently affects several aspects
of an individual's life. We had previously reported that Neo-H increases
ingestion of palatable food (PF) in adult rats. Antidepressives are used to treat
feeding behavior and mood disorders, probably through actions in the HPA
axis and monoaminergic system, which are also altered in the neonatal
handled rat. The aim of this study is to verify the effect of a chronic treatment
with imipramine on feeding behavior of animals subjected to neonatal
handling. Material and Methods: Litters of randonly selected pregnant Wistar
rats were divided into non handled (NH) and handled (H) groups. Handling
procedure was performed on days 1-10 after birth, 10 min/day. At 60 days of
life, the two groups were subdivided, receiving water(-Water) or imipramine (-
Imip), diluted in the tap water (mean dose of 4.3 mg/Kg/day). At 90 days of
life, we tested the consumption of sweet food at basal and after exposure to
acute restraint stress (ARS), novelty (Nov), and exposure to an enriched
environment (EE). We also evaluated the behavior of the animals in the plus
maze and open field tests. Results: H rats weighted less than NH rats, and
imipramine treated rats showed a reduction in weight gain after 30 days of
treatment. No differences were observed in standard lab chow and water
intake, but H-Water consumed more PF (basal measurement). Novelty
increased PF intake in all rats; ARS did not increase PF consumption in H-
Water and H-Imipramine rats, whereas EE increased PF consumption, except
in H-Water group. In the plus maze, handled rats showed less anxiety
- 27 -
behavior, which was not influenced by the drug. Both imipramine treated and
neonatal handled rats presented impaired habituation to the open field.
Conclusions: We concluded that Imipramine treatment: (1) reverses the
increased basal sweet food consumption of handled rats, (2) restores the
feeding behavior reactivity to the environment, (3) reduces weight gain,
probably by changing energy balance, (4) had no effect on the plus maze test,
and (5) leads to the same impairment of habituation in the open field found in
neonatally handled animals. We discuss these results in terms of stress,
mesolimbic monoaminergic reactivity and hedonic food consumption.
Key words: feeding behavior, neonatal handling, palatable food ingestion,
imipramine, antidepressive, open field, plus maze, anxiety, body weight
- 28 -
INTRODUCTION
Perinatal events have been implicated in several neuroendocrine and
behavioral alterations in adulthood. Several studies have documented the
impact of early life events, like maternal separation and neonatal handling, on
hypothalamic-pituitary-adrenocortical (HPA) axis function and on behavior (1,
2, 3, 4). The Central Nervous System (CNS) is very vulnerable in the neonatal
period, when a hyporesponsive, immature and yet very plastic neural system
can be permanently altered by different environmental challenges. During this
period, an efficient maternal care is critical for the neonate to develop
optimally (5, 6).
The HPA axis is the chief component activated in response to actual or
presumed challenges. It is intimately linked to the monoaminergic system, as
several of its dysfunctions also leads to alterations in the monoaminergic
system. Examples of these alterations are the sensitization of the
dopaminergic system (7, 8, 9, 10), and the dysregulation of the serotonergic
system (12) induced by chronic stress. Both systems are involved in the
etiopathogenesis of major psychoses and altered feeding behaviors (18, 19,
20, 21). Alterations of the HPA axis have also been reported to accompany
certain psychiatric diseases, such as major depression (24) and feeding
disorders (25).
Perinatal events are also related to similar alterations later in life (13, 14,
15). Neonatal handling is known to lead to permanent alterations in brain
dopaminergic and serotonergic systems (16, 17). It has been related to
decreased anxiety, reduced fear in a new environment (6, 22), and less
- 29 -
reactivity to stress, with lower HPA reactivity (1, 23). An increased number of
type 2 glucocorticoid receptors in hippocampus and reduced Corticotrofin
Releasing Hormone (CRH) in hypothalamus, locus ceruleus and median
eminence are some of the neurochemical alterations found in these animals
(3, 4).
Antidepressives are a heterogeneous group of drugs used for the
treatment of depression, anxiety and feeding disorders. Their mechanisms of
action have in common the modulation of neurochemical systems, including a
hyperactive HPA axis (24), and a disturbed monoaminergic system (27)
Imipramine is a reference tricyclic antidepressive, with primary actions in
blocking the reuptake of Serotonin (5HT) and Noradrenalin (NA) (28), and, in
a less extent, antihistaminergic (29) and anticholinergic effects (30). Chronic
antidepressive treatment has regulatory effects on HPA axis, increasing the
effectiveness of the negative feedback of cortisol (31). Chronic imipramine
treatment reverses the reduction in palatable food consumption observed in
rats exposed, during adulthood, to chronic mild stress, in a model of
anhedonia (32), probably by increasing the functions of the dopaminergic
system (33). Some of the succes in the treatmento of feeding disorders by
antidepressives are credited to their ability in increasing the rewarding aspect
of food, thus improving satiety (39, 40).
Previous studies from our group showed that neonatal handling alters
feeding behavior. Neonatal handled rats present an increased preference for
palatable foods (14), and this behavior is not related to anxiety, as it is not
reversed by diazepam, nor is accompanied by anxiety like behavior (26).
Feeding behavior is regulated by several homeostatic and hedonic factors.
- 30 -
The altered food preference of the neonatal handled rats is most probably due
to hedonic factors, since there is no change in standard lab chow consumption
(14). Changes in dopaminergic neurotransmission have been demonstrated in
these animals (34), and the dopaminergic system is known to be involved in
sensitivity to food reward (35). Since chronic use of imipramine can regulate
the monoaminergic system and HPA axis, we hypothesized that imipramine
could act restoring some of the alterations found in neonatal handled rats,
such as their altered feeding behavior. Our secondary aim was to observe the
effects of such treatment on behavioral tasks related to locomotion, anxiety,
reactivity to stress, novelty and an enriched environment.
MATERIAL AND METHODS
Subjects:
Pregnant Wistar rats from our breeding stock were randomly selected
and housed alone in home cages made of Plexiglas (65 x 25 x 15 cm), with
the floor covered with sawdust, and maintained in a controlled environment
(lights on between 07:00h and 19:00h, temperature of 22 +
2°C). Within 24 h
after birth, all litters were standardized to eight pups and they were maintained
undisturbed, with minimal care until weaning – there was no sawdust
exchange or any manipulations except for the handling procedure. Weaning
occurred on postnatal day 22. No more than two male pups were used per
litter per group. Rats were housed in groups of four to five per cage. A total of
78 (seventy eight) adult male rats were used. They had free access to food
(standard lab rat chow) and water. Tasks were performed between 13:00h
- 31 -
and 16:00h h in proper rooms with the same controlled environmental
conditions. Rats were first habituated to the room where the behavioral tasks
were performed for at least 20 minutes. After being exposed to the behavioral
tasks, animals were returned to their cages. When a group was exposed to
more than one subsequent task, we respected a minimum of three days of
resting. Drug treatment was not interrupted during the experiments. All animal
treatments were in accordance with the recommendations of the International
Council for Laboratory Animal Science (ICLAS) and received ethical approval
from the the Federal University of Rio Grande do Sul Ethical Committee.
Neonatal Handling procedure:
Non-handled group – Pups were left undisturbed with the dam until
weaning.
Handling – Pups were removed from their home cage and placed in a
clean cage lined with clean paper towels. This cage was placed in an
incubator at 34.0 ± 2.0 °C. After 10 minutes, pups were returned to their dams.
This procedure was performed during the first ten days of life, and the pups
were then left undisturbed until weaning.
Chronic imipramine treatment:
The two groups mentioned above [non-handled (NH) and handled (H)
groups] were subdivided into water and imipramine treated groups.
Imipramine chloridrate was dissolved in drinking water in a concentration of 40
mg/L, using light protected bottles (36), allowing a final mean ingestion of 4.24
± 0.25 mg/Kg in the NH group and 4.38 ± 0.11 mg/Kg in the H group
- 32 -
(Student’s t test, P=0.643). The chronic treatment was initiated at 60 days of
age, and behavioral tasks were applied at least 30 days later. Imipramine
treatment was maintained during all the period the experiments took place.
Standard lab chow ingestion, water consumption and weight measurement
The standard lab chow and water consumption were measured during
a period of six days, by leaving a determined amount of food in the cage and
water in the bottle and checking the remainder each day. The average
ingestion per day per cage was calculated. We used this approach to exclude
the effect of acute social isolation stress. Body weight was measured in three
different occasions, at 90 days of life (before the beginning of the behavioral
tasks; n=13-19/group), at 120 days of life (n=13-19/group), and, in a sample of
the animals in each group, at 150 days of life (n=5-8/group).
Behavioral tasks:
Sweet food ingestion
Rats were tested as adults (ninety days old). The animals were placed
in a lightened rectangular box (40 x 15 x 20 cm) with floor and side walls
made of wood and a semi-transparent glass ceiling. Ten Froot loops
(Kellogg's
®
- pellets of wheat and corn starch and sucrose) were placed in
one extremity of the box. Each animal was submitted to five habituation trials
of three minutes each, on subsequent days, under food restriction of 80% of
habitual ingestion. After being habituated, animals were left with ad libidun
food access for 24h, and were then put in the same apparatus for a 3 min test
session, when the number of ingested pellets was counted (14, 26, 36). A
- 33 -
protocol was established so that when the animals ate part of the Froot loops
(e.g.: 1/3 or 1/4), this fraction was considered. The counting was done always
by the same person to exclude interobserver bias.
Stress-Induced Feeding Test
Rats were put in an adjustable plastic cylinder (25.0 x 7.0 cm), and
restrained by adjusting the cylinder with plaster tape on the outside for a
period of 1 h. After this period, they were left in individual home-cages for 10
minutes and then tested for palatable food consumption in the same way as
described above.
Novelty- and enriched environment-induced feeding test
In the first day the animals were first presented to an empty glass
aquarium measuring 25 x 55 x 26 cm, that contained three small toys of
different shapes and colors. After a period of 5 minutes, the animals were
removed to a neutral environment (an individual cage) for 10 minutes, when
consumption of palatable food was evaluated. The consumption in this first
day was used to evaluate the effect of novelty on ingestion. During three
consecutives days, the same procedure was performed. The ingestion of
sweet food after exposure to this enriched environment (when no novelty was
present) was also evaluated.
Open field exposure
Open field consisted in an open wooden arena (53,5 x 35 cm) divided into
twelve equal squares, measuring 12.5 x 12.5 cm. Forty-five cm high walls
- 34 -
bordered the field. The animals were gently placed facing the left corner and
observed directly and continuously for 5 minutes. The following behavioral
components were measured: horizontal locomotion (the number of line
crossings), rearing (standing upright on the hind legs), and latency to leave
the first square (in seconds). These measurements were made in two
sequential days (training and test sessions). The difference in the values of
crossings, rearings and latency between the test (Day2) and the training
(Day1) trials was used as a measure of memory retention (habituation).
Elevated plus-maze test
The elevated plus maze apparatus was made of wood and consisted of two
opposed open arms (50 X 10 cm), two opposed enclosed arms with no roof
(50 X 10 X 40 cm), and an open square (10 X 10 cm) in the center. The maze
was elevated 80 cm above the floor. The behavioral test was conducted in the
observational room using red light illumination. The animal was placed into the
center of the plus-maze, facing one of the open arms, and remained in the
apparatus for five minutes. We analyzed the number of entries and the time
spent on open and enclosed arms. A rat was considered to have entered one
arm of the maze when all four feet were within the arm. During the 5-min test
period, conventional parameters of anxiety-like behavior were monitored, i.e.,
the number of entries into the closed arms, entries into the open arms, and the
total time spent in each arm. The ratio "time spent in the open arms/time spent
in all (i.e., open and closed) arms" was calculated and multiplied by 100, to
yield the percentage of time spent in open arms. This parameter is considered
- 35 -
to reflect fear-induced inhibition from entering the open arms and can be
related to the "anxiety" level experienced by the animal.
Statistical analysis:
Data were expressed as mean + standard error of the mean, and
analyzed by a one or two-way ANOVA followed by Duncan’s multiple range
test, or by repeated measures ANOVA (36). SPSS 8.0 statistical package
software was used. Results were considered statistically significant if p< 0.05.
RESULTS
Body weight
Two-way ANOVA showed an effect of handling at 90 days of life (Two-
way ANOVA; n=11-16 per group; F
(1, 54)
= 5.444; P = 0.023 for handling; F
(1, 54)
= 0.098; P = 0.755 for imipramine treatment; F
(1, 54)
= 0.105; P = 0.747 for the
interaction): H rats weighted less than NH. At 120 days of age, the effect of
handling was still evident, and we also observed an effect of the chronic
imipramine treatment, impairing the rate of weight gain in both H and NH
groups (Two-way ANOVA; 11-16 per group; F
(1, 54)
= 6.078; P = 0.017 for
handling; F
(3, 54)
= 4.099; P = 0.048 for imipramine; F
(1, 54)
= 0.006; P = 0.938
for the interaction). The same effects were still evident at 150 days (Two-way
ANOVA; n = 5-8 per group; F
(1, 19)
= 4.690; P = 0.043 for handling; F
(1, 19)
=
9.122; P = 0.007 for imipramine treatment; F
(1, 19)
= 0.192; P = 0.666 for the
interaction) (Figure 1).
- 36 -
Figure 1: Body weight at 90, 120 and 150 days of life in animals submitted to neonatal
handling and controls, and subjected or not to imipramine treatment when adults (data in
grams, Mean ± S.E.M.). (a) Statistical significant effect of handling in all ages measured. (b)
Statistical significant effect of Imipramine treatment at 120 and 150 days of age (60 and 90
days of treatment). S.E.M. = Standard Error of the Mean. NH = Non Handled; H = Handled. (Y
axis starts at 300g to better visualize the effects).
Standard lab chow ingestion and water consumption
As displayed in Table 1, there were no statistical differences between
the groups in mean standard lab chow consumption (Two-way ANOVA; n = 4-
7; F
(1, 16)
= 0.290; P = 0.598 for handling; F
(1, 16)
= 0.006; P = 0.937 for
imipramine; F
(1, 16)
= 0.847; P = 0.371 for the interaction). Adjusting for
consumption according to weight did not change the significance of the results
(data not show). There were no statistical differences between groups on
water consumption (Two-way ANOVA; n = 4-7; F
(1, 16)
= 0.019; P = 0.892 for
handling; F
(1, 16)
= 0.007; P = 0.935 for imipramine; F
(1, 16)
= 1.959; P = 0.181
for the interaction).
- 37 -
Table 1:
Groups
Mean daily consumption of
standard lab chow
(g±S.E.M.)
Mean daily intake of water
(mL±S.E.M.)
NH-Water 35.25 ±1.02 g 21.56 ±0.97 ml
H-Water 36.73 ±0.97 g 21.90 ±0.86 ml
NH-Imipramine 36.99 ±1.69 g 22.44 ±0.50 ml
H-Imipramine 35.18 ±0.87 g 21.16 ±0.61 ml
Table 1: Mean daily consumption of standard lab chow and mean daily intake of drinking
water in the cage per rat, values in g per animal and mL per animal, respectively. There are
no statistically significant differences (see text). S.E.M. = Standard Error of Mean. NH = Not
Handled; H = Handled.
Behavioral tasks:
Sweet food ingestion
Animals handled during the neonatal period presented increased consumption
of sweet food at three months of age (One-way ANOVA; n = 16-21; F
(3, 73)
=
2,768; P = 0.048), post hoc analysis (Duncan) showed that, while handled
animals ate more sweet food, the handled animals treated with imipramine
presented no such effect (Figure 2).
- 38 -
Figure 2: Basal sweet food ingestion (data in number of pellets, Mean ± S.E.M.). (*)
Statistical significant effect of handling only in rats not treated with Imipramine. NH =
Non Handled; H = Handled.
Sweet food ingestion after acute restraint stress
Almost every group increased their intake from basal, but this effect was
less evident in Handled rats, specially in the H-Water group (Repeated
Measures ANOVA, n= 8, F
(1,28)
= 8.475 , P = 0.07, overall, without
significative interactions). (Figure 3a).
Sweet food ingestion after exposure to novelty and to an enriched
environment
All groups presented increased sweet food intake after exposure to
novelty, when compared to the basal consumption (Repeated Measures
Sweet Food Ingestion
0
0,5
1
1,5
2
2,5
Groups
Number of Pellets
NH-Water
H-Water
NH-Imipramine
H-Imipramine
Fig. 2
*
- 39 -
ANOVA, Basal x Day1, n= 8-11 per group, F
(1,31)
= 28.129 , P < 0.001,
overall, with significative interaction for handling x drug treatment F
(1,31)
=
4,797 , P = 0.036).
During the second and third days of exposure to this enriched
environment, however, H-Water rats no more presented such increase in
sweet consumption from basal levels (Repeated Measures ANOVA, Basal x
Day2, n= 8-11 per group, F
(1,31)
= 21.096, P < 0.001, overall, with significative
interaction for drug treatment, F
(1,31)
= 4.115 , P = 0.051 and handling x drug
treatment F
(1,31)
= 11.152, P = 0.002; Basal x Day3: n= 8-11 per group, F
(1,31)
= 22.825, P < 0.001, overall, with almost significative interaction for handling x
drug treatment F
(1,31)
= 3.954, P = 0.056). Spreading the analysis to all days,
we saw the same result (Repeated Measures ANOVA, Basal x Day1 x Day2 X
Day3, n= 8-11 per group, F
(1,31)
= 18.740 , P < 0.001, overall, with significative
interaction for handling, F
(1,31)
= 4,415 , P = 0.044 and handling x drug
treatment F
(1,31)
= 5,385 , P = 0.027). (Figure 3b).
- 40 -
Figure 3: (a) Sweet food consumption after acute restraint stress. Only NH rats significantly
increased their sweet food consumption, but H-imipramine rats showed a higer increase tham
H-Water rats. (b) Sweet food consumption after novelty and enriched environment
expositions. H-Water rats increased their ingestion only after novelty. Data expressed as
number of pellets consumed, Mean ± S.E.M. NH = Non Handled; H = Handled.
Fig. 3a
Fig. 3b
- 41 -
Open Field Test
There were no differences in the number of crossings during the first or
the second days, but we observed an overall effect of habituation (Repeated
Measures ANOVA, n= 11-16 per group, F
(1,51)
= 14,400, P < 0.001, with an
almost significative interaction with handling x Imipramine, F
(1,51)
= 2,992, P =
0.090 that seens tobe due to the increased magnitude of the decrease in the
number of crossings in the NH-water group).
Concerning rearings, in the first day (training session), we observed a
decreased number of rearings in the handled groups, indicating an effect of
the handling procedure (Two-way ANOVA, n = 11-16; F
(1,51)
= 4.810; P =
0.033 for handling; F
(1, 51)
= 1.843; P = 0.181 for imipramine; F
(1, 51)
= 1.034; P
= 0.314 for the interaction). In the test session, there was an interaction
between handling and imipramine treatment, were NH-Imipramine rats still
presented an increased number of rearings (Two-way ANOVA, n = 11-16; F
(1,
51)
= 3.054; P = 0.087 for handling; F (1, 51) = 1.995; P = 0.164 for imipramine;
F
(1, 51)
= 3.893; P = 0.05 for the interaction, followed by post hoc (Duncan) ).
Repeated Measures ANOVA showed no effect of habituation (F
(1,51)
= 2.543,
P = 0.117).
Latency to leave the first square was not different between the groups,
in both first and second days. We observed an overal effect of habituation
(Repeated Measures ANOVA, n= 11-16 per group, F
(1,51)
= 4.632 , P = 0.036)
(Table 2).
- 42 -
Table 2:
Crossings Rearings Latency Open Field
Day1 Day2
%
Day1 Day2 Day1 Day2
%
NH – Water
57.82
±5.88
31.18
±5.71
7.18
±1.92
*
4.27
±1.77
3.26
±0.44
1.50
±0.19
H – Water
57.58
±5.78
51.08
±7.80
5.17
±1.23
4.67
±1.59
4.21
±0.83
2.21
±0.33
NH– Imipramine
50.06
±5.47
42.94
±6.21
11.25
±1.92
*
10.19
±2.16
*
3.06
±0.94
2.72
±0.44
H – Imipramine
56.38
±8.07
46.56
±7.00
5.75
±1.46
3.69
±1.08
4.44
±0.86
3.18
±1.41
Table 2: Open field results, values expressed as mean ±SEM.
%
significant difference from D1, p<0.05 (Repeated Measures ANOVA);
*
significant difference within the groups in the same day, with p<0.05 (One
Way ANOVA with post hoc when needed; Duncan);
Plus maze test
A two-way ANOVA showed an increased proportional time spent in the
open arms in the H-Water and H-Imipramine groups (n=11-16 per group; F
(1,
51)
= 4.022; P = 0.050 for handling; F
(1, 51)
= 0.104; P = 0.749 for imipramine;
F
(1, 51)
= 0.203; P = 0.654 for the interaction). There were no statistical
differences in the total number of entries and the number of entries in the
open or closed arms between groups (Table 3).
- 43 -
Table 3:
Plus
Maze
Time spent in
open arms
Time spent in
closed arms
% Time in
open arms
Number of
entries in
open
arms
Number of
entries in
closed
arms
Total
number of
entries
NH –
Water
122.91±7.34 170.45±7.63 41.92±2.52 6.64±0.70 5.73±0.60 12.36±1.16
H – Water 159.08±14.75* 130.50±14.95* 54.97±5.22* 8.08±0.68 6.67±0.89 14.75±1.13
NH –
Imipramine
119.25±17.31 163.88±18.82 42.60±6.17 6.38±0.85 5.73±0.60 13.44±1.02
H –
Imipramine
141.94±13.49* 138.44±14.52* 50.87±4.92* 6.69±0.79 6.19±0.52 12.88±0.81
Table 3: Performance in the elevated plus maze. Data expressed as Mean +
S.E.M. of the time and the percentage of time spent in the open arms, as well
as the number of entries during 5 minutes exposure to the elevated plus
maze. H-Water and H-Imipramine rats spent more time in the open arms. (*)
p<0.05 -Two Way ANOVA.
- 44 -
Discussion
In this study, we demonstrated that imipramine reversed the effects of
neonatal handled on feeding behavior in adulthood, reducing the increased
basal consumption of sweet food and increasing their reaction to
environmental challenges. We also observed an effect of the drug preventing
the weight gain without altering the normal feeding (standard lab chow
ingestion) in both groups.
Neonatal handling increased sweet food ingestion without alteration of
lab chow ingestion, as reported earlier (14, 26). Therefore, it is believed that
hedonic mechanisms are involved. We hypothesized that neonatally handled
rats experience less pleasure when eating a palatable food, seeking to eat
more to feel better. It is known, however, that imipramine can increase the
reward value of reinforcers. When using this antidepressive, these animals
presented the same feeding behavior as controls concerning ingestion of
sweet food. It is possible that they acquire an increased perception of the
rewarding value of the sweet food, and will eat and behave similarly to control
rats.
Nevertheless, we cannot totally discard the possibility of a “ceiling effect”,
impairing the sweet food test ability to present an increased consumption in
those animals with a high basal intake, although previous studies from our
laboratory showed that rats can frequently eat more than that (11).
Stress alters feeding behavior in several ways. Such modulation of the
appetite involves the release of stress hormones, like CRH and
glucocorticoids, concomitantly with the activation of the dopaminergic and
- 45 -
opioid mesocorticolimbic systems (43). Considering behavioral alterations
observed in rats submitted to handling in the neonatal period, Lucion and
coworkers (55) have suggested that this procedure could affect the
interpretation the animal makes of different environment stimuli. Since
handled animals respond in a lesser extend to an environmental challenge,
presenting a decreased stress response (1, 23), this could explain the
decreased response to stressors on sweet food ingestion in this group.
Imipramine-treated neonatally handled rats increased their ingestion in
relation to handled-water group in response to stressors, maybe due to a
different response to stress in these animals, which could be closer to the
response presented by control rats. Possibly, neonatally handled imipramine-
treated rats respond more efficiently to the external stimulus and this is
reflected in the sweet food consumption. Alternatively, we could explain this
effect as an increased sensitivity of the dopaminergic mesolimbic system, as
imipramine effectively upregulate this system (40).
Depending on stress nature, intensity and duration, it can either
increase, as it has been reported after chronic restraint and after acute tail
pinch stress (11, 43), or decrease feeding, like in psychological and restraint
stress (41, 42). Our results are in contrast with this last study, as our rats
increased their consumption after restraint stress. This probably is due to
methodological issues, especially regarding the time chose to evaluate
consumption, as we measured the intake of sweet food in a period of 3
minutes beginning just 10 min from the end of restraint.
Another interesting result was the weight difference at 90 days of life,
were H rats presented a higher body weight than NH ones. This observation
- 46 -
does not agree with some previous results, when differences between the
groups were not significant (14, 39, 44). Another interesting result was the
reduced weight gain in the imipramine treated rats after 30 days of treatment.
This effect coincides with the onset of the antidepressive effect of the drug,
and could be due to an alteration in the metabolic efficiency of the organism,
since there were no differences in the standard lab chow consumption. There
are evidences that antidepressive treatment increases thermogenesis in the
resting state and in reaction to glucose ingestion (45, 46). Another possible
explanation would be a diminished reaction to stress, leading to chronically
lower levels of glucocorticoids, and, consequently, less deposition of
abdominal fat (47); nevertheless, it should be noted that handled rats, which
also present decreased glucocorticoids levels, have more deposition of
intraperitonial fat (38).
Not all effects of neonatal handling were reversed by imipramine
treatment. Although sweet food consumption and the feeding behavior in
response to stress in handled animals treated with imipramine are similar to
control animals, the performance in the plus maze was not affected by this
drug, suggesting that the reduced anxiety levels observed in the adulthood in
neonatal handled rats is not affected by imipramine. This dissociation of
results further suggests that the effects of handling during the neonatal period
on sweet food ingestion are not related to a different anxiety level, which
agrees with a previous study (48).
Additionally, results from the exposure to the open field suggest that both
treatments, handling and chronic imipramine, impaired habituation in this task.
Reports concerning memory in animals handled during the neonatal period
- 47 -
shows that handling is protective to the deleterious effets of aging (49), mild
stressors (50) and neonatal hypoxia-ischemia (51) on spatial memory.
However, it is important to consider that handled animals could present
different levels of emotional reactivity interfering with memory. It has been
shown that the stress level induced by exposure to the behavioral task used to
evaluate memory may lead to different results in memory retention (54).
Memory is known to require some level of activation of stress hormones in
order to present adequate storage (52, 53). Here again, since handling
reduces the stress response (49), this could be involved in the impaired effect
observed in this group on habituation.
In conclusion, we believe that handled rats present a resistance to
change their behavior in response to environmental stimuli, as we have
observed in the exposure to the open field and in the consumption of sweet
food in response to external stimuli (restraint, changes in the environment).
Imipramime was able to reverse this pattern of behavior only regarding
feeding. These findings contribute to the study of neonatal interventions and
the posterior behavior alterations, and emphazise the necessity for additional
studies on the effects of neonatal interventions, particularly in relation to
eating disorders and drug addiction, and the possible reversion of such
findings with pharmacological treatment.
- 48 -
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.
- 56 -
VIII Resultados Adicionais
1. Dose de Imipramina - Fêmeas
A dose média de imipramina em fêmeas ficou cerca de 20% maior do
que em machos (ANOVA de Duas Vias; n = 4-6 caixas por grupo ; F
(1, 9)
=
0,15; P = 0,5 para manipulação; F
(1, 9)
= 14,132; P = 0,009 para gênero; F
(1, 9)
= 1,627; P = 0,249 para interação), devido ao fato de as fêmeas consumirem
mais água por kg de peso corporal, e a concentração da solução de
imipramina ser a mesma para ambos os sexos. Em função desse resultado,
os demais resultados serão analisados separadamente, para machos e
fêmeas (veja a Figura 2 para a dose de imipramina nas fêmeas).
Figura 2:
Figura 2: Dose de imipramina (mg/kg) para ratas fêmeas
manipuladas ou não manipuladas) no período neonatal. Não houve
diferença estatisticamente significativa entre os grupos (Teste t de
Student, t = 1,065; P = 0,399).
Dose de Imipramina - Fêmeas
0
1
2
3
4
5
6
7
Grupos
Dose em mg/kg por rato/dia
Não Manipuladas
Manipuladas
- 57 -
2. Efeito do tratamento crônico com Imipramina em ratas
fêmeas submetidas ou não à manipulação neonatal, sobre
o peso corporal, consumo de ração padrão e de água.
2.1 Peso aos 90 e 120 dias
Não houve diferença entre os pesos das fêmeas, quando comparados
os diferentes grupos (Figura 3; ANOVA de Duas Vias para 90 dias; n = 12-17
por grupo; F
(3, 56)
= 1,926; P = 0,171 para manipulação; F
(3, 56)
= 0,183; P =
0,671 para imipramina; F
(3, 56)
= 0,326; P = 0.570 para interação). O
tratamento com imipramina não influenciou o ganho de peso (ANOVA de
Medidas Repetidas; n = 12-17 por grupo; F
(1, 53)
= 0,64, P=0,427 para tempo;
F
(1, 53)
= 0,19; P = 0,662 para manipulação; F
(1, 53)
= 0,33; P = 0,568 para
imipramina; F
(1, 53)
= 1,04, P = 0,313 para interação).
Figura 3:
Figura 3
: Efeito da manipulação no período neonatal sobre o peso
de ratas fêmeas aos 90 e 120 dias de vida, tratadas ou não com
imipramina na idade adulta. Não houve diferença estatisticamente
significativa entre os grupos. (FÑMA: Fêmeas Não manipuladas -
Água; FMA: Fêmeas Manipuladas -Água; FÑMI: Fêmeas Não
manipuladas - Imipramina; FMI: Fêmeas Manipuladas -
Imipramina).
Peso aos 90 e 120 dias -meas
0.00
50.00
100.00
150.00
200.00
250.00
90 120
Dias de vida
Peso em gramas
MA
FMA
MI
FMI
- 58 -
2.2 Consumo de Ração Padrão
Observamos um efeito do tratamento crônico com imipramina sobre o
consumo de ração padrão em fêmeas, sem efeito da manipulação neonatal
(ANOVA de Duas Vias; n = 5 caixas por grupo; F
(1, 12)
= 0,282 ; P = 0,605 para
manipulação; F
(1, 12)
= 5,343 ; P = 0,039 para imipramina; F
(1, 12)
= 0,007 ; P =
0,934 para interação) (Figura 4).
Figura 4:
Figura 4:
Efeito da manipulação no período neonatal sobre o
consumo de ração padrão em ratas fêmeas tratadas ou não com
imipramina na idade adulta. Houve uma redução na ingestão,
causada pelo tratamento com imipramina (ANOVA de duas vias, P
< 0,05 para imipramina). (FÑMA: Fêmeas Não manipuladas -
Água; FMA: Fêmeas Manipuladas - Água; FÑMI: Fêmeas Não
manipuladas - Imipramina; FMI: Fêmeas Manipuladas -
Imipramina).
Consumo de Ração Padrão -meas
0
5
10
15
20
25
30
Grupos
Consumo em gramas por rato
MA
FMA
MI
FMI
- 59 -
2.3 Consumo de água
O consumo de água não foi diferente entre os grupos (ANOVA de Duas
Vias; n=3-4 caixas por grupo; F
(1, 13)
= 3,921; P = 0,076 para manipulação; F
(1
,13)
= 1,383; P = 0,267 para imipramina; F
(1, 13)
= 2,864; P = 0,121 para
interação), conforme mostrado na Figura 5.
Figura 5:
Figura 5
: Efeito da manipulação no período neonatal sobre o
consumo de água em ratas fêmeas tratadas ou não com
imipramina na idade adulta. Não houve diferença entre os grupos.
(FÑMA: Fêmeas Não manipuladas - Água; FMA: Fêmeas
Manipuladas - Água; FÑMI: Fêmeas Não manipuladas -
Imipramina; FMI: Fêmeas Manipuladas - Imipramina).
Consumo de Água - Fêmeas
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Grupos
Conumo em mL por rato
MA
FMA
MI
FMI
- 60 -
3. Efeito do tratamento crônico com imipramina em ratas
fêmeas submetidas ou não à manipulação neonatal, sobre
o consumo de alimento palatável doce, basal e em resposta
a diferentes estímulos.
3.1 Consumo de alimento doce no estado basal
Não houve diferença no consumo de alimento palatável doce
(ANOVA de Duas Vias; n = 17-21 por grupo; F
(1,74)
= 0,281; P = 0,598 para
manipulação; F
(1,74)
= 0,709; P = 0,402 para imipramina; F
(1,74)
= 0,752; P =
0,389 para interação) (Figura 6).
Figura 6
: Efeito da manipulação no período neonatal sobre o
consumo de alimento palatável doce em ratas fêmeas tratadas ou
não com imipramina na idade adulta. Não houve diferença entre os
grupos. (FÑMA: Fêmeas Não manipuladas - Água; FMA: Fêmeas
Manipuladas - Água; FÑMI: Fêmeas Não manipuladas -
Imipramina; FMI: Fêmeas Manipuladas - Imipramina).
Consumo de Alimento Palatável Doce - Fêmeas
0
0.5
1
1.5
2
Grupos
Número de Rosquinhas
FñMA
FMA
FñMI
FMI
- 61 -
3.2 Consumo de alimento doce após estresse de
contenção
Todos os grupos responderam ao estresse de contenção com aumento
do consumo (ANOVA de medidas repetidas F
(1,34)
= 24,167; P<0,001), sem
interação com imipramina (F
(1,34)
=0,375 ; P=0,544), manipulação (F
(1,34)
=
3,128 ; P = 0,086) ou imipramina e manipulação (F
(1,34)
= 0,290 ; P = 0,594).
Figura 7: Efeito da manipulação no período neonatal sobre o
consumo de alimento palatável doce em resposta ao estresse de
contenção em ratas fêmeas tratadas ou não com imipramina na
idade adulta. Anova de medidas repetidas mostrou efeito do
estresse de contenção em aumentar o consumo em todos os
grupos (p<0,001). (FÑMA: Fêmeas Não manipuladas - Água;
FMA: Fêmeas Manipuladas - Água; FÑMI: Fêmeas Não
manipuladas - Imipramina; FMI: Fêmeas Manipuladas -
Imipramina).
Consumo de Alimento Doce Pós Estresse de Contenção -
meas
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
FñMA FMA FñMI FMI
Número de Rosquinhas de Froot Loops
Basal
Contenção
- 62 -
3.3 Consumo de alimento doce após exposição à
novidade e ao ambiente enriquecido.
3.3.1 Efeito da Novidade
Todos os grupos responderam à exposição ao ambiente novo com
aumento do consumo em relação ao basal, porém o efeito é atenuado pelo
uso da imipramina (ANOVA de medidas repetidas, basal x novidade,
interação com Imipramina, F
(1,34)
=6,59 ; P = 0,015, sem interação com
manipulação, F
(1,34)
=1,95 ; P = 0,172) ou entre imipramina e manipulação,
F
(1,34)
= 0,61; P = 0,440).
3.3.2 Efeito exposição continuada ao ambiente enriquecido
O resultado é o mesmo na ausência de novidade, quando os animais
são expostos a este ambiente enriquecido, ou seja, todos aumentaram o
consumo em relação ao basal, mas as ratas tratadas com imipramina tiveram
atenuação do efeito (ANOVA de medidas repetidas, basal x novidade x dia 2
x F
(1,34)
=52,317 ; P < 0,001, F
(3,96)
=32,10 ; P < 0,001; interação com
imipramina, F
(3,96)
= 4,52 ; P = 0,005, sem interação com manipulação,
F
(3,96)
=1,22 ; P = 0,306) sem interação entre imipramina e manipulação, F
(3,96)
= 0,36; P = 0,781). Veja a Figura 8.
- 63 -
Figura 8:
Figura 8
: Efeito da manipulação no período neonatal sobre o consumo
de alimento palatável doce em resposta à novidade e ao ambiente
enriquecido em ratas fêmeas tratadas ou não com imipramina na idade
adulta. ANOVA de medidas repetidas mostrou aumento do consumo em
todos os grupos, tanto para novidade quando para ambiente enriquecido, p <
0,001, com atenuação do efeito nas ratas tratadas com imipramina (interação
p < 0,05). (FÑMA: Fêmeas Não manipuladas - Água; FMA: Fêmeas
Manipuladas - Água; FÑMI: Fêmeas Não manipuladas - Imipramina; FMI:
Fêmeas Manipuladas - Imipramina; AE: Ambiente Enriquecido).
Consumo de Alimento Doce Pós Novidade e Ambiente
Enriquecido - Fêmeas
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
4
4.5
FñMA FMA FñMI FMI
Número de Rosquinhas
Basal
Novidade -Dia1
AE - Dia2
AE - DIa3
- 64 -
4. Efeito do tratamento crônico com imipramina em ratas
fêmeas, submetidas ou não à manipulação neonatal, sobre
o desempenho na tarefas de labirinto em cruz elevado e
campo aberto.
4.1 Labirinto em cruz elevado
Na variável de tempo nos braços abertos houve interação manipulação
x imipramina (ANOVA de Duas Vias; n = 12-16 por grupo ; F
(1, 55)
= 0,416; P =
0,522 para manipulação; F
(1, 55)
= 2,012; P = 0,162 para imipramina; F
(1, 55)
=
6,042; P = 0,017 para interação), análise post-hoc (Duncan) mostrou efeito da
imipramina em aumentar o tempo no braço aberto apenas nas fêmeas não
manipuladas. Considerando-se a porcentagem de tempo despendida nos
braços abertos, o resultado é semelhante (ANOVA de Duas Vias; n = 12-16
por grupo; F
(3, 55)
= 0,195; P = 0,660 para manipulação; F
(3, 55)
= 2,130; P =
0,150 para imipramina; F
(3, 55)
= 5,993; P = 0,018 para interação).
No número de entradas nos braços abertos também houve interação
manipulação x tratamento (ANOVA de Duas Vias; n = 12-16 por grupo; F
(1, 55)
= 1,874 ; P = 0,177 para manipulação; F
(1, 55)
= 0,026 ; P = 0,873 para
imipramina; F
(1, 55)
= 9,218 ; P = 0,004 para interação); análise post-hoc
(Duncan) mostrou efeito da droga em aumentar o número de entradas no
aberto apenas nas fêmeas não manipuladas.
Não houve diferenças no número de entradas nos braços fechados
(ANOVA de Duas Vias; n = 12-16 por grupo; F
(1, 55)
= 0,536 ; P = 0,467 para
manipulação; F
(1, 55)
= 0,763 ; P = 0,386 para imipramina; F
(1, 55)
= 0,001 ; P =
0,975 para interação). Veja a tabela 2.
- 65 -
Tabela 2:
Labirinto
em Cruz
Elevado
Tempo nos
Braços Abertos
Tempo nos
Braços
Fechados
% Tempo
nos Braços
Abertos
Número de
Entradas
nos Braços
Abertos
Número de
Entradas
nos Braços
Fechados
FÑMA
118,25±14,57 172,00±14,47 40,72±4,95 8,00±1,04 8,42±0,92
FMA
141,40±11,62 143,73±11,62 49,58±4,04 9,47±0,84 8,93±0,78
FÑMI
167,75±11,12* 123,81±12,96* 57,99±4,13* 10,81±1,05* 7,75±0,61
FMI
128,13±13,61 153,81±14,28 45,21±4,50 6.94±0,51 8,31±0,66
Tabela2: Efeito da manipulação no período neonatal sobre o
comportamento na tarefa do Labirinto em Cruz Elevado em ratas
fêmeas tratadas ou não com imipramina na idade adulta. Anova de
duas vias mostrou menor inibição da exploração dos braços
abertos nas fêmeas não manipuladas tratadas com imipramina, p <
0,05. (FÑMA: Fêmeas Não manipuladas - Água; FMA: Fêmeas
Manipuladas - Água; FÑMI: Fêmeas Não manipuladas -
Imipramina; FMI: Fêmeas Manipuladas - Imipramina).
* p<0,05 - ANOVA de 1 ou 2 vias, seguida de post hoc – Duncan.
- 66 -
4.2 Campo aberto
4.2.1 Número de cruzamentos horizontais
Houve habituação para esta tarefa, representada por uma diferença no
comportamento entre as seções [ANOVA de medidas repetidas F
(1,54)
= 4,121;
P = 0,047), sem interação com imipramina (F
(1,54)
= 2,593; P=0,113), ou entre
imipramina e manipulação (F
(1,54)
= 0,001; P = 0,982), porém houve quase
efeito da manipulação (F
(1,54)
= 3,843; P = 0,055)].
A ANOVA de duas vias no Dia 2 mostra maior número de cruzamentos
nos grupos manipulados, sem efeito da imipramina (ANOVA de Duas Vias; n
= 12-16 por grupo; F
(1,52)
= 8,475; P = 0,005 para manipulação; F
(1,52)
=
0,025; P = 0,875 para imipramina; F
(1,52)
= 1,132; P = 0,292 para interação).
4.2.2 Número de respostas de orientação vertical ("Rearings")
Houve habituação, representada pela diferença de comportamento
entre as duas sessões, sem interação entre sessão e imipramina ou
manipulação [ANOVA de medidas repetidas F
(1,55)
=6,131; P=0,016), sem
interação com imipramina (F
(1,55)
= 0,50; P = 0,824), manipulação (F
(1,55)
=
0,139; P=0,711), ou imipramina e manipulação (F
(1,55)
= 0,208 ; P = 0,650)].
4.2.3 Latência para deixar o primeiro retângulo
Houve habituação, representada pela diferença de comportamento
entre as duas sessões, sem interação com imipramina ou manipulação
[ANOVA de medidas repetidas, F = 6,13; P = 0,016), sem interação com
- 67 -
imipramina (F = 0,05; P = 0,824), manipulação (F = 0,14; P = 0,711), ou
imipramina e manipulação (F = 0,21; P = 0,650)]. No entanto apenas as ratas
manipuladas ficam no segundo dia com uma latência menor (ANOVA de
Duas Vias; n = 12-16 por grupo; F
(3, 52)
= 5,122; P = 0,028 para manipulação;
F
(3, 52)
= 0,252; P = 0,618 para imipramina; F
(3, 52)
= 0,180; P = 0,673 para
interação). Veja a tabela 3).
Tabela 3:
Cruzamentos “Rearings” Latência Campo
Aberto
Dia1 Dia2
$
Dia1 Dia2
$
Dia1 Dia2
$
FÑMA 77,55
±6,73
52,00
±7,53
14,92
±3,15
9,67
±3,00
3,81
±0,85
2,38
±0.36
FMA 92,80
±6,35
86,33
±7,44*
18,33
±2,90
13,40
±2,90
2,81±0,
39
1,33
±0,21
*
FÑMI 72,69
±5,32
63,56
±7,28
17,94
±3,10
15,25
±3,94
2,61±0,
39
2,84
±0,78
FMI 73,56
±6,77
79,50
±7,98*
16,25
±4,51
10,44
±2,34
3,59±0,
73
1,61
±0,17*
Tabela 3: Efeito da manipulação no período neonatal sobre o
comportamento na tarefa de campo aberto em ratas fêmeas
tratadas ou não com imipramina na idade adulta. Anova de
Medidas Repetidas mostra um efeito geral de habituação em todas
as variáveis, p < 0,05, porém ela é mais evidente no grupo não
manipulado água. (FÑMA: Fêmeas Não manipuladas - Água;
FMA: Fêmeas Manipuladas - Água; FÑMI: Fêmeas Não
manipuladas - Imipramina; FMI: Fêmeas Manipuladas -
Imipramina).
$ - Dia1 difere do Dia2 – ANOVA de medidas repetidas, p < 0,05.
- Diferença entre os grupos no mesmo dia - ANOVA de Duas Vias, p <
0,05.
- 68 -
5. Efeito do tratamento crônico com imipramina em ratos
fêmeas e machos, submetidos ou não à manipulação
neonatal, sobre o desempenho na tarefa de preferência
condicionada de lugar (PCL).
5.1. Fêmeas
5.1.1 Tempo no compartimento claro
Houve habituação entre as seções [ANOVA de medidas repetidas F
(1,54)
= 35,374 P < 0,001, sem interação entre sessão e imipramina
(F
(1,54)
=0,342; P = 0,561), manipulação (F
(1,54)
=2,555; P = 0,116) ou entre
imipramina e manipulação (F
(1,54)
= 1,852; P = 0,179)].
A ANOVA de duas vias no dia 1 e no dia 8 mostra que as ratas tratadas
com imipramina passam menos tempo no lado claro (Dia 1; n = 12-16 por
grupo ; F
(3, 54)
= 0,479; P = 0,492 para manipulação; F
(3, 54)
= 4,192 ; P = 0,045
para imipramina; F
(3, 54)
= 0,251; P = 0,618 para interação / Dia8 : n = 12-16
por grupo; F
(3, 54)
= 0,908 ; P = 0,345 para manipulação; F
(3, 54)
= 5,495 ; P =
0,023 para imipramina; F
(3, 54)
= 0,788; P = 0,379 para interação).
5.1.2 Cruzamentos
Houve diferença entre as seções [ANOVA de medidas repetidas F
(1,54)
=
30,886; P < 0,001, sem interação com imipramina (F
(1,54)
=0,481; P = 0,491),
manipulação (F
(1,54)
=0,028; P = 0,869) ou imipramina e manipulação (F
(1,54)
=
0,004; P = 0,947)]. Veja a Tabela 4.
- 69 -
Tabela 4
Tempo no Claro Cruzamentos PCL
Dia1 Dia8
$
Dia1 Dia8
$
FÑMA
279,50±38,48 333,00±29,80 19,50±1,92 24,42±2,41
FMA
249,60±25,79 389,73±44,75 20,73±1,98 25,20±1,64
FÑMI
211,38±21,64* 288,13±19,05* 17,38±1,79 23,50±1,47
FMI
206,27±22,40* 290,13±22,87* 19,60±1,17 25,53±1,59
Tabela 4: Efeito da manipulação no período neonatal sobre o
comportamento na tarefa da Preferência Condicionada de Lugar
em ratas fêmeas tratadas ou não com imipramina na idade adulta.
Anova de Medidas Repetidas mostra um efeito geral de alteração
de preferência em todos os grupos, p<0,05. Ratas tratadas com
imipramina ficam menos tempo no lado claro, tanto no dia 1 quanto
no dia 2 (Anova de duas vias). (FÑMA: Fêmeas Não manipuladas -
Água; FMA: Fêmeas Manipuladas - Água; FÑMI: Fêmeas Não
manipuladas - Imipramina; FMI: Fêmeas Manipuladas -
Imipramina).
$ - Dia 1 difere de Dia 8 – ANOVA de medidas repetidas, p < 0,05.
* - Diferente dos grupos não tratados com imipramina no mesmo dia) -
ANOVA de Duas Vias, p < 0,05.
- 70 -
5.2 Machos
5.2.1
Tempo no Claro
Houve habituação entre as seções [ANOVA de medidas repetidas, F
(1,51)
= 76,107; P < 0,001, sem interação entre sessão e imipramina
(F
(1,51)
=2,566; P=0,115), manipulação (F
(1,51)
=0,150; P = 0,700) ou imipramina
e manipulação (F
(1,51)
= 0,319; P = 0,575)].
A ANOVA de duas vias no Dia 1 e no Dia 8 mostra que não há diferença
entre os grupos (Dia 1: n = 12-16 por grupo; F
(1, 51)
= 0,032; P = 0,859 para
manipulação; F
(1, 54)
= 2,056; P = 0,158 para imipramina; F
(1, 51)
= 0,367; P =
0,547 para interação / Dia 8: n = 12-16 por grupo; F
(1, 51)
= 0,093; P = 0,762
para manipulação; F
(1, 51)
= 0,727; P = 0,398 para imipramina; F
(1, 51)
= 0,907;
P = 0,345 para interação).
5.2.2 Cruzamentos
Houve diferença entre as seções [ANOVA de medidas repetidas, F
(1,51)
= 87,958; P < 0,001, sem interação entre sessão e imipramina (F
(1,51)
=0,637;
P=0,428), manipulação (F
(1,51)
=0,775; P = 0,383) ou imipramina e
manipulação (F
(1,51)
= 1,571; P = 0,216)].
A ANOVA de duas vias no Dia 1 e no Dia 8 mostra que também não há
diferença entre os grupos (Dia 1; n = 12-16 por grupo; F
(1, 51)
= 0,783; P =
0,380 para manipulação; F
(1, 54)
= 3,474; P = 0,068 para imipramina; F
(1, 51)
=
2,420; P = 0,126 para interação / Dia 8: n = 12-16 por grupo; F
(1, 51)
= 3,145; P
= 0,082 para manipulação; F
(1, 51)
= 1,967; P = 0,167 para imipramina; F
(1, 51)
=
0,428; P = 0,516 para interação). Veja a Tabela 5.
- 71 -
Tabela 5
Tempo no Claro Cruzamentos PCL
Dia1 Dia8
$
Dia1 Dia8
$
MÑMA
153,00±22,90 299,36±43,30 12,73±1,32 19,55±1,43
MMA
171,33±26,83 325,17±35,22 17,50±2,83 23,75±2,46
MÑMI
133,63±18,52 371,31±43,46 12,13±1,70 18,25±1,63
MMI
123,63±23,99 321,19±32,89 10,81±1,67 20,19±1,26
Tabela 5
: Efeito da manipulação no período neonatal sobre o
comportamento na tarefa da Preferência Condicionada de Lugar
em ratos machos tratadas ou não com imipramina na idade adulta.
Anova de Medidas Repetidas mostra um efeito geral de alteração
de preferência em todos os grupos, p < 0,05. (MÑMA: Machos Não
manipulados - Água; MMA: Machos Manipulados - Água; MÑMI:
Machos Não manipulados - Imipramina; MMI: Machos Manipulados
- Imipramina).
$ - Dia 1 difere do Dia 8 – ANOVA de medidas repetidas, p < 0,05.
- 72 -
IX Discussão
1. Consumo de alimento palatável: medidas basais e
em resposta a diferentes intervenções
A manipulação neonatal aumentou o consumo de alimento doce apenas
em machos, mas não em fêmeas. Essa diferença entre sexos pode ter
ocorrido devido a fatores hormonais relacionados ao ciclo estral, que não foi
controlado neste estudo. De fato há evidências de que os efeitos do estresse
neonatal apresentam dimorfismo sexual (Panagiotaropoulos et al., 2004; Park
et al., 2003). É importante, porém, ressaltarmos que, em nossa experiência,
em alguns trabalhos as fêmeas manipuladas apresentam efeitos semelhantes
aos observados para os machos no que se refere ao comportamento
alimentar (Silveira et al., 2004 e 2005).
O estrógeno tem efeitos conhecidos sobre o consumo alimentar,
aumentando o consumo de alimento doce (Gamaro et al., 2003; Boswell et
al., 2005), além de sensibilizar o funcionamento do sistema dopaminérgico
mesocorticolimbico, intimamente ligado ao consumo de alimentos palatáveis,
propensão a droga-adição e relacionado com a resposta ao estresse (Smith
et al., 2004; Hu et al., 2004).
O tratamento com imipramina teve efeito de atenuar o maior consumo
de alimento doce em ratos machos manipulados no período neonatal, no
estado alimentado e sem a influência de fatores ambientais (estressantes e /
ou agradáveis).
- 73 -
Em resposta ao estresse de contenção, observamos aqui que os
machos manipulados, especialmente aqueles não tratados com imipramina,
não aumentaram o consumo da mesma forma que os animais não
manipulados, após terem sido expostos a esse tipo de estressor. Novamente,
o tratamento com imipramina parece alterar o comportamento alimentar de
machos manipulados, ainda que não significativamente. No entanto, uma
ressalva a ser feita é sobre a possibilidade de um possível efeito teto ter
impossibilitado o aumento de consumo nos machos manipulados recebendo
água. A despeito de considerarmos essa possibilidade, temos observado, nas
mesmas condições experimentais, em nosso laboratório, que é comum ratos
apresentarem consumo maior que o observado aqui, seja no estado de jejum
ou alimentado (Ely et al., 1997). Além disso, os machos manipulados tratados
com imipramina, após serem expostos à novidade, mostraram ser possível
um consumo maior. As fêmeas reagiram uniformemente ao estresse de
contenção com aumento do consumo.
No teste de exposição à novidade, todos os animais apresentaram
aumento do consumo de alimento palatável, porém nota-se um efeito da
imipramina em diminuir a resposta de aumento do consumo alimentar nas
fêmeas, principalmente as não manipuladas. Na exposição continuada ao
ambiente enriquecido, apenas os machos manipulados, que receberam água,
voltaram a ter um consumo igual ao basal. A imipramina, neste caso, quando
administrada a machos manipulados, novamente torna o comportamento
desses animais mais parecido com o de ratos não manipulados.
A exposição à novidade pode ser considerada como estresse leve,
portanto gerando um resultado semelhante ao estresse de contenção agudo,
- 74 -
porém aqui fica mais evidente uma recuperação da reatividade ao ambiente,
pelos machos manipulados tratados com imipramina. Esses resultados
sugerem que a alteração do comportamento alimentar, relacionada a
alimentos palatáveis doces, encontrada em ratos machos foi, em grande
parte, revertida pela utilização crônica do antidepressivo imipramina.
O consumo alimentar em resposta ao estresse envolve a participação do
hormônio liberador de corticotrofina (CRH) no hipotálamo, que em níveis
baixos a moderados, correspondentes a estresse leve a moderado, leva ao
aumento do consumo alimentar, e também da concomitante liberação de
dopamina e opióides endógenos no sistema mesocorticolimbico
(Samarghandian et al., 2003). Esses resultados permitem supor que a
resposta alimentar a um estressor moderado e leve, impingido ao animal de
forma aguda, está preservada em todos os grupos, sendo menos evidente
nos machos manipulados e nas fêmeas, sejam não manipuladas ou
manipuladas, tratadas com imipramina. Esse caso é favorável ao fato já
conhecido de que a reatividade ao estresse agudo está preservada nos ratos
machos manipulados, com igual ou maior elevação inicial dos níveis de CRH,
ACTH e cortisol, porém com mais rápido retorno aos níveis basais, gerando
uma menor exposição total aos hormônios de reação ao estresse (Levine,
2000; Liu et al., 1997 e 2000; Panagiotaropoulos et al., 2004), semelhante ao
que ocorre com o uso crônico de imipramina em humanos sadios (Michelson
et al., 1997). Ao que se sabe, tanto o tratamento crônico com antidepressivo,
quanto a manipulação neonatal levam a níveis basais de CRH menores, não
alteram a resposta ao estresse agudo, mas tornam os animais mais
resistentes ao estresse crônico (Butterweck et al., 2001).
- 75 -
Os resultados em fêmeas notoriamente demonstram um dimorfismo
sexual importante no que tange ao comportamento em estudo. Observamos
uma falta de efeito da manipulação em fêmeas, que se comportam como não
manipuladas, sugerindo que possuem uma maior reatividade à novidade, fato
que concorda com o resultado do estudo de Park e colaboradores, onde a
manipulação neonatal levou a uma maior reatividade ao estresse em fêmeas
(Park et al., 2003). A reversão pelo uso do antidepressivo, evidente no teste
da novidade, corrobora esta hipótese.
Resta esclarecer o porquê dessa reversão do comportamento alimentar
em machos manipulados, uma vez que já possuem o eixo Hipotálamo
Pituitária Adrenal menos reativo (Plotsky PM, Meaney MJ 1992, Francis et al
1999). Neste caso, a imipramina poderia atuar alterando apenas os sistemas
monoaminérgicos, em especial as vias dopaminérgicas, tornando-as mais
reativas, ou sensibizadas. O estresse crônico é capaz de gerar anedonia em
ratos, e essa anedonia, caracterizada por um menor consumo de alimentos
doces, está associada a um menor número de receptores D2 no sistema
mesolímbico. A imipramina, em tratamento crônico, restaura o consumo de
alimento doce nesses ratos, e essa restauração também está associada a
uma recuperação no número de receptores D2. No entanto, em animais não
estressados, a imipramina reduz o receptores D1, tanto no sistema
mesolímbico quanto estriatal (Papp et al., 1994).
Van der Elst, estudando linhagens de ratos Wistar selecionadas
conforme a reatividade a apomorfina (agonista D1/D2), mostrou que ratos
hiper-responsivos à apomorfina, que também são mais responsivos ao
estresse, apresentam maior e mais duradoura liberação de dopamina no
- 76 -
Nucleo Acumbens em resposta à novidade (van der Elst et al., 2005). Sabe-
se também que esse mesmo tipo de animal, em condições basais, ingere
menos álcool, comparado a animais hipo-responsivos à apomorfina (Sluyter
et al., 2000), porém em resposta a um desafio estressor consomem mais
álcool que os hiper-responsivos (Van der Kam et al., 2005). Resultados
semelhantes aos encontrados aqui, onde em geral os ratos com maior
reatividade ao estresse apresentam menor consumo de alimento doce em
condições basais, porém possuem maior aumento de consumo quando
desafiados. Possivelmente, o sistema mesocorticolimbico, que é o
responsável pela intermediação de comportamentos relacionado a prazer e
recompensa, esteja alterado nestes animais. Evidências disso são os
achados recentes de que há redução nos receptores D3 de Dopamina no
núcleo acumbens em ratos machos manipulados (Brake, 2004).
- 77 -
2. Labirinto em cruz elevado, campo aberto e preferência
condicionada de lugar
Ratos machos manipulados passam mais tempo nos braços abertos do
labirinto em cruz elevado, não tendo diferenças significativas no número de
entradas, nos braços abertos e fechados. Este resultado mostra que a
manipulação neonatal resultou em uma menor inibição do comportamento
exploratório nestes ratos frente à exposição a um ambiente ansiogênico. Este
resultado concorda com estudos prévios de nosso e de outros laboratórios
(Silveira et al., 2005; Padoin et al., 2001, Kalinichev et al. 2002). Não houve
efeito da imipramina nestas variáveis estudadas em machos. No caso dos
ratos não manipulados, a ausência de efeito ansiolítico pode ser pela baixa
dose utilizada, em torno de 4,3 mg/kg/dia. Ainda, de acordo com a literatura,
já nâo se encontrou efeito ansiolítico da imipramina no labirinto em cruz
elevado, mesmo em doses maiores, de até 10 mg/kg (Griebel et al., 1997).
Nas fêmeas, na variável de tempo proporcional nos braços abertos, houve
interação entre manipulação e tratamento, onde se nota que o tratamento
com imipramina teve efeito de aumentar o tempo nos braços abertos apenas
em ratas não manipuladas. O número de entradas nos braços abertos
também foi maior nesse grupo. Juntos, estes dados nos permitem sugerir que
a imipramina teve efeito de reduzir a ansiedade apenas em fêmeas não
manipuladas, sugerindo uma maior sensibilidade ao tratamento com este
fármaco para a resposta ansiolítica em fêmeas não manipuladas. A ausência
de efeito da droga em fêmeas manipuladas talvez se deva a alterações
- 78 -
bioquímicas / fisiológicas destes animais, que estejam levando a uma maior
resistência à ação da droga.
No campo aberto, nota-se uma maior resposta locomotora das fêmeas
manipuladas, e também uma menor latência no segundo dia, sugerindo
também menor ansiedade e/ou uma maior atividade locomotora. No entanto,
o principal resultado, pela magnitude e consistência do achado entre os
grupos, é a menor habituação, tanto dos animais manipulados, fato já
constatado na literatura (Silveira et al 2005), mas também em animais
tratados com imipramina.
Uma possível explicação para essa menor habituação seria a de que
haveria um menor estímulo para a formação de memória pela menor
reatividade ao estresse desses animais, pois nesses encontra-se uma menor
reatividade à novidade com menor liberação de glicocorticoides e dopamina,
que são necessários para a consolidação de memória (Mele et al., 2004,
Ferretti et al., 2005). Também se sabe que a imipramina dificulta a formação
de memória não associativa através do “downregulation” de receptores
5TH2A e ações anticolinérgicas (Mogensen et al., 2003).
No teste de preferência condicionada de lugar houve igual alteração de
preferência dos animais, sem interação com sexo, intervenção neonatal ou
tratamento com imipramina, mostrando que os mecanismos de formação de
associação e recompensa estão preservados nestes animais. Sabe-se que a
integridade do sistema dopaminérgico é essencial para a realização desta
tarefa, porém o teste é pouco sensível para detecção de alterações mais
leves (Papp, 1989).
- 79 -
3. Ganho de peso e consumo alimentar de ração padrão
Um resultado chamativo foi a diferença de peso aos 90 dias de vida dos
ratos machos, porém uma limitação do estudo foi o fato de não se ter uma
medida de peso anterior, o que nos dificulta afirmar que este achado se deva
ao procedimento de manipulação neonatal. Além do mais, estudos prévios de
nosso laboratório não encontraram tal diferença, e na revisão da literatura há
estudos que mostram que os ratos manipulados pesam mais que os controles
não manipulados (Panagiotaropoulos et al., 2004; Young, 2000), porém em
porcos a manipulação neonatal também levou a uma diminuição de peso
(Weaver et al., 2000).
Também se encontrou uma redução da velocidade de ganho de peso
dos ratos machos tratados cronicamente com imipramina a partir dos 90 dias
de vida. Tomando este dado junto com o fato de que não houve diferença no
consumo de ração padrão, pode-se supor que o tratamento com imipramina,
de alguma forma, possa ter alterado o metabolismo energético e ganho de
peso nesses animais. De fato, na literatura encontram-se evidências de que
antidepressivos aumentam a termogênese em repouso e em resposta à
ingestão de glicose (Kudoh et al., 2003; Bondi et al., 2000). Outra possível
explicação para isso seria uma menor reatividade ao estresse induzida pelo
tratamento com imipramina, com menores concentrações de glicocorticóides
cronicamente, levando a uma menor deposição de gordura (Rosmond e
Bjorntorp, 2000).
Ao contrário dos machos, as fêmeas não apresentaram diferenças no
peso. No entanto, as ratas tratadas com imipramina apresentaram um menor
consumo alimentar de ração padrão. Esse dado favorece a hipótese de
- 80 -
alteração do metabolismo energético proposta para os machos, sendo que
nas fêmeas, possivelmente por não haver uma propensão para o crescimento
nas idades avaliadas, o efeito se manifeste por uma redução do consumo
alimentar, por um mecanismo de auto-regulação da ingestão de alimentos.
- 81 -
X. Conclusões
Assim sendo, considerando os resultados obtidos e discutidos acima,
chegamos às seguintes conclusões:
1) Confirmando estudos prévios, animais machos manipulados no
período neonatal ingerem mais alimento doce em condições sem estresse,
apresentam comportamento menos ansioso no Labirinto em Cruz Elevado e
menor habituação no Campo Aberto.
2) Machos e fêmeas responderam de maneira diversa à manipulação
neonatal, no que se refere ao comportamento alimentar.
3) Animais machos manipulados no período neonatal apresentam menor
modulação do consumo de alimento doce em resposta a estressores
ambientais.
4) Tratamento crônico com imipramina reverte os efeitos induzidos pela
manipulação neonatal sobre o comportamento alimentar de ratos machos.
5) Tratamento crônico com imipramina reduz o efeito da novidade e da
estimulação ambiental em fêmeas.
6) Tratamento crônico com imipramina altera o ganho de peso, sem
reduzir o consumo de ração padrão em animais machos, e reduz o consumo
de ração padrão sem alterar o ganho de peso em fêmeas.
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Perguntas que ficam (Perspectivas)
1. Porque fêmeas manipuladas são diferentes dos machos
manipulados?
Possíveis hipóteses seriam a interação com hormônios femininos,
fatores genéticos, sensibilização das vias dopaminérgicas pelo estrógeno e
um efeito diferente da manipulação neonatal (Panagiotaropoulos et al., 2004;
Park et a.,l 2003; Gamaro et al., 2003; Boswell et al., 2005).
2. Porque machos manipulados comem mais doce em condições
sem estresse?
Seria pelo fato de serem hipo-reatores ao estresse e à dopamina?
3. Quais as conseqüências metabólicas a longo prazo do maior
consumo de alimentos palatáveis em condições de pouco
estresse?
Provavelmente dependeria do meio. Se o ambiente for pouco
estressante e a oferta abundante na maior parte do tempo, a tendência seria
a de se ingerir mais alimentos ricos em açúcares, com conseqüências
metabólicas de indução de arterioesclerose, Hipertenção Arterial Sistêmica e
Síndrome Metabólica (Liu et al., 2001, Jeppesen et al., 1997, Coutinho et al,
1999). No entanto, em ambiente mais adverso, provavelmente os animais não
manipulados teriam mais problemas metabólicos, pois reagiriam mais, pelo
menos igualando a preferência por alimentos palatáveis, e ao mesmo tempo
estariam expostos a maior quantidade de glicocorticóides, uma combinação
- 83 -
metabolicamente mais danosa para o organismo. São possibilidades que
podem ser testadas futuramente.
- 84 -
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