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I
ESTUDO COMPARATIVO DO DESEMPENHO ACÚSTICO DE
DIFERENTES TIPOS DE REVESTIMENTO DOS PAVIMENTOS
Vânia Luzia do Espírito Santo Tizo Láo.
TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS
PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS
NACESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS EM
ENGENHARIA CIVIL.
Aprovado por:
________________________________________________
Prof. Laura Maria Goretti da Motta, D. Sc.
________________________________________________
Prof. Jacques Medina, L.D.
________________________________________________
Prof. Jules Ghislain Slama, D. Sc.
_______________________________________________
Drª. Prepredigna Delmiro Elga Almeida da Silva, D. Sc.
RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL
MARÇO DE 2004
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II
LÁO, VÂNIA LUZIA DO ESPÍRITO SANTO TIZO
Estudo Comparativo do Desempenho Acústico de
Diferentes Tipos de Revestimento dos Pavimentos.
[Rio de Janeiro] 2004.
XI, 266 p. 29,7cm (COPPE/UFRJ, M. Sc.,
Engenharia Civil, 2004)
Tese – Universidade Federal do Rio de Janeiro,
COPPE
1.Emissão Ruído, 2. Propagação do Ruido,
3. Absorção do Ruído 4. Interação Pneu-Revestimento
I. COPPE/UFRJ II. Título (série)
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III
A : “Deus”
Aos Meus Pais: Ferdinando Tizo e
Elma Espírito Santo Tizo
Ao Meu Marido: Ricardo Pedrosa Láo
Aos Meus Irmãos: Hilza e Fernando
A minha eterna gratidão.
IV
AGRADECIMENTOS
À Administração atual da Prefeitura do Rio de Janeiro, em permitir o meu
aprimoramento técnico;
Aos meus amigos do Departamento de Apoio Técnicológico da Secretaria
Municipal do Rio de Janeiro pela cooperação, carinho e apoio;
Aos Amigos Celso, Guerreiro e Farah;
A minha orientadora Laura pelo carinho, apoio e dedicação;
Aos professores, colegas e funcionários da COPPE-UFERJ
A Leni Leite e ao CENPES pelo apoio na primeira medição de ruído interno a
cabina do veículo, oriundo da interação pneumático-revestimento, realizada no trecho
experimental de uma rodovia em São Paulo;
Ao CTPETRO pelo financiamento das medições realizadas pela empresa GROM
Acústica & Automação para este estudo;
A PCRJ, a INFRAERO e FUNDERJ pela liberação de trechos para a realização
dos ensaios.
V
Resumo da Tese apresentada a COPPE/UFRJ como parte dos requisitos necessários
para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.)
ESTUDO COMPARATIVO DO DESEMPENHO ACÚSTICO DE
DIFERENTES TIPOS DE REVESTIMENTO DOS PAVIMENTOS.
Vânia Luzia do Espírito Santo Tizo Láo.
Março/2004
Orientador: Laura Maria Goretti da Motta.
Programa: Engenharia Civil
A presente tese tem como objetivo verificar a contribuição de alguns tipos de
revestimentos de pavimentos na emissão, propagação e absorção do ruído proveniente
da interação de sua superfície com os pneumáticos dos veículos automotores que por ele
circulam. Para tanto foram realizadas campanhas de campo e de laboratório que
envolveram: medições do ruído no interior e exterior ao veículo de teste, estando este se
deslocando com o motor desligado; avaliações da textura dos revestimentos asfálticos e
da distribuição granulométrica dos agregados na mistura e sua disposição nos
revestimentos dos pavimentos e determinações do coeficiente de absorção acústico e da
percentagem de vazios em corpos de prova moldados ou extraídos das estações de teste.
VI
Abstract of Thesis presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Master of Science (M. Sc.)
COMPARATIVE STUDY OF ACOUSTIC PERFORMANCE OF
DIFFERENT TYPES ON PAVEMENTS SURFACING.
Vânia Luzia do Espírito Santo Tizo Láo.
March/2004
Advisor: Laura Maria Goretti da Motta
Departament: Civil Enginneering
The objective of this thesis is to verify the contribution of some types of
pavement surfacing considering emission, propagation and absorption of noise coming
from the interaction between its surface and pneumatic automotive vehicles that are on
transit. Field and laboratory tests were held involving noise measurements in interior
and exterior of the test vehicle with stopped motor displacement; texture valuations on
bituminous overlays and aggregate size distribution of the mixture and its disposition on
overlays pavements and establishment of acoustic absorption coefficient and percentage
air voids in pulled out specimens from test stations.
VII
ÍNDICE
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO ................................................................................. 1
CAPÍTULO 2 – FUNDAMENTOS DA ACÚSTICA ................................................. 5
2.1 Ondas Sonoras e o Som ........................................................................................ 5
2.1.1 Ondas Sonoras ..................................................................................................... 5
2.1.1.1 Classificação das Ondas Sonoras ........................................................................ 5
2.1.1.2 Parâmetros Físicos de Caracterização das Ondas Sonoras .................................. 7
2.1.2 Som ...................................................................................................................... 9
2.1.2.1 Qualidades Fisiológicas do Som .......................................................................... 9
2.1.2.2 Velocidade do Som ............................................................................................ 13
2.2 Fonte Sonora ...................................................................................................... 14
2.3 Campo Acústico ................................................................................................. 15
2.4 Grandezas Acústicas .......................................................................................... 16
2.4.1 Potência Sonora ou Acústica ............................................................................. 16
2.4.2 Pressão Sonora ou Acústica Instantânea ........................................................... 16
2.4.3 Pressão Média Quadrática ................................................................................. 16
2.4.4 Intensidade Sonora ou Acústica ........................................................................ 17
2.5 Níveis de Grandezas Acústicas .......................................................................... 17
2.5.1 Nível de Potência Sonora ou Acústica .............................................................. 18
2.5.2 Nível de Pressão Sonora ou Acústica ................................................................ 18
2.5.2.1 Adição e Subtração de Níveis de Pressão Sonora ............................................. 19
2.5.3 Nível de Intensidade Sonora Auditiva ou Acústica ........................................... 20
2.6 Ruído .................................................................................................................. 24
2.6.1 Tipos de Ruído ................................................................................................... 25
2.6.2 Índices de Medição de Ruído ............................................................................ 26
2.6.2.1 Clima de Ruído .................................................................................................. 27
2.6.2.2 Distribuição Estatística do Ruído no Tempo ..................................................... 28
2.6.2.3 Curvas de Avaliação do Ruído (Noise Rating Curves) ..................................... 28
2.6.2.4 Índice de Ruído de Tráfego ............................................................................... 29
2.6.2.5 Ruído Médio Ponderado no Tempo ................................................................... 29
2.6.2.6 Índice de Poluição Sonora ................................................................................. 30
2.6.3 Mascaramento .................................................................................................... 30
VIII
CAPÍTULO 3 – EFEITO DO RUÍDO NO HOMEM .............................................. 33
3.1 Métodos de Medição de Ruído (Segundo NBR 7731/83) .................................. 35
3.1.1 Métodos de Levantamento Acústico de Ruídos ................................................ 35
3.1.2 Método de Engenharia Acústica ........................................................................ 36
3.1.3 Método Acústico de Pressão .............................................................................. 36
3.2 Efeito do Ruído no Homem ............................................................................... 36
3.2.1 Classificação dos Distúrbios Causados pelo Ruído ........................................... 36
CAPÍTULO 4 – RUÍDO DE CIRCULAÇÃO ........................................................... 44
4.1 Fontes Geradoras do Ruído de Tráfego .............................................................. 45
4.1.1 Veículos Automotores ....................................................................................... 45
4.1.1.1 Motocicletas ....................................................................................................... 45
4.1.1.2 Veículos Leves e Pesados .................................................................................. 46
4.1.1.3 Mecanismos Envolvidos no Ruído Pneumático-Revestimento ......................... 49
4.1.2 Efeito da Textura do Revestimento dos Pavimentos na Geração e Propagação do
Ruído da Interação com o Pneumático ............................................................. 53
4.1.3 Efeito da Qualidade do Revestimento dos Pavimentos na Geração de Ruído da
Interação com o Pneumático .............................................................................. 62
4.1.4 Ação do Tráfego na Geração de Ruído de Circulação ...................................... 68
4.1.4.1 Intensidade ou Volume de Tráfego ................................................................... 68
4.1.4.2 Composição do Tráfego ..................................................................................... 68
4.1.4.3 Velocidade e o Tráfego ...................................................................................... 70
4.2 Influência da Distância da Fonte ao Receptor no Ruído de Circulação ............. 74
4.3 Influência do Espaço Sonoro Urbano no Ruído de Circulação .......................... 76
4.4 Influência das Características da Via ................................................................. 78
4.5 Influência da Absorção do Solo no Ruído de Circulação .................................. 78
4.6 Influência das Condições Atmosféricas no Ruído de Circulação ...................... 80
4.6.1 Atenuação do Ruído pela Dissipação no Ar ...................................................... 80
4.6.2 Ação do Gradiente de Temperatura ................................................................... 80
4.6.3 Ação do Gradiente de Velocidade do Vento ..................................................... 81
4.6.4 Ação do Nevoeiro .............................................................................................. 83
4.7 Influência da Vegetação ..................................................................................... 83
IX
CAPÍTULO 5 – MÉTODOS DE PREVISÃO E DE MEDIÇÃO DO RUÍDO DE
CIRCULAÇÃO ................................................................................ 84
5.1 Métodos de Previsão .......................................................................................... 85
5.1.1 Categorias dos Modelos de Previsão ............................................................... . 85
5.1.2 Exemplos de Modelos de Previsão Empregados em Alguns Países Membros da
OCDE ................................................................................................................ 87
5.1.3 Exemplos de Modelos de Previsão Desenvolvidos no Brasil ............................ 93
5.1.4 Comentários Sobre os Métodos de Previsão ..................................................... 94
5.2 Método de Medição ............................................................................................ 95
5.2.1 Tipos de Métodos de Medição ........................................................................... 95
5.2.2 Instrumentos de Medição de Nível de Pressão Sonora .......................................96
5.2.3 Classificação dos Medidores de Nível de Pressão Sonora ................................ 97
5.2.4 Elementos Fundamentais da Cadeia de Medição do Ruído ............................ 100
5.2.4.1 Microfones ....................................................................................................... 100
5.2.4.2 Calibradores Acústicos .................................................................................... 102
5.2.5 Métodos de Medição de Ruído de Circulação ................................................. 103
5.2.6 Métodos de Medição de Ruído Emitido pelo Veículo em Circulação ............ 104
5.2.6.1 Métodos de Medição de Ruído Interação Pneumático-Revestimento dos
Pavimentos ....................................................................................................... 105
CAPÍTULO 6 – MEDIDAS DE CONTROLE E CUSTO DO RUÍDO DE
CIRCULAÇÃO ............................................................................ 109
6.1 Redução do Ruído de Circulação-Intervenção na Fonte .................................. 110
6.1.1 Intervenção nos Veículos Automotores ........................................................... 110
6.1.2 Intervenção no Revestimento dos Pavimentos ................................................ 112
6.1.2.1 Tipos de Revestimentos Asfálticos Fonoabsorventes ..................................... 113
6.1.2.2 Exemplos de Revestimentos Empregados Visando a Redução do Ruído de
Circulação ........................................................................................................ 120
6.2 Redução do Ruído de Circulação – Intervenção na Via ................................... 127
6.2.1 Tipologia da Via em Relação ao Terreno ........................................................ 128
6.3 Redução do Ruído de Circulação – Intervenção no Entorno da Via ................ 132
6.3.1 Criação de Zonas de Atenuação ...................................................................... 132
6.3.2 Isolamento de Fachadas e Interiores ................................................................ 132
6.3.3 Implantação de Barreiras Acústicas ................................................................ 132
X
6.4 Redução do Ruído de Circulação – Intervenção na Organização e
Regulamentação de Tráfego ............................................................................. 135
6.5 Custo da Redução do Ruído de Circulação ...................................................... 135
CAPÍTULO 7 – ESTUDOS EXPERIMENTAIS DE CAMPO E DE
LABORATÓRIO ....................................................................... 137
7.1 Escolha das Estações de Teste e Obtenção de Amostras ................................. 137
7.2 Ensaio de Campo .............................................................................................. 142
7.2.1 Metodologias Aplicadas na Medição do Ruído Interno e Externo Proveniente da
Interação Pneumático-Revestimento do Pavimento ........................................ 143
7.2.2 O Veículo ......................................................................................................... 148
7.2.2.1 Características do Veículo de Teste ................................................................. 148
7.2.2.2 Condições Operacionais do Veículo de Teste ................................................. 150
7.2.3 Metodologia Aplicada na Determinação da Micro-textura do Revestimento dos
Pavimentos das Estações de Teste ................................................................... 151
7.2.4 Metodologia Aplicada na Determinação da Macro-Textura do Revestimento dos
Pavimentos das Estações de Teste ................................................................... 151
7.3 Ensaios de Laboratório ..................................................................................... 153
7.3.1 Determinação da Absorção Acústica em Tubo de Impedância ....................... 153
7.3.1.1 Equipamentos ...................................................................................................153
7.3.1.2 Determinação das Características Operacionais dos Tubos de
Impedância ....................................................................................................... 154
7.3.2 Determinação das Características das Misturas Asfálticas das Estações de
Testes ................................................................................................................ 156
7.4 Apresentação dos Resultados de Campo e de Laboratório .............................. 156
7.4.1 Resultado da Avaliação da Micro e Macro-textura dos Revestimentos dos
Pavimentos das Estações de Teste ................................................................... 156
7.4.2 Resultado da Avaliação do coeficiente de Absorção Acústico através de Corpos
de Prova Extraídos do Campo e Moldados em Laboratório ............................ 159
7.4.3 Resultado da Avaliação do Ruído Externo ao Veículo ................................... 167
7.4.4 Resultado da Avaliação do Ruído Interno da Cabina do Veículo ................... 176
7.4.4.1 Espectro do Nível Equivalente Captado pelos Microfones do Motorista e do
Passageiro, para Todas as Velocidades Pesquisadas nas Estações de
Teste ................................................................................................................. 176
XI
7.4.4.2 Espectros dos Níveis Equivalentes Captados pelos Microfones Internos e dos
Níveis Máximos Captados pelo Microfone Externo ................................................... 179
CAPÍTULO 8 – CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA FUTURAS
PESQUISAS ............................................................................... 183
8.1 Conclusões ....................................................................................................... 183
8.2 Sugestões para Pesquisas Futuras .................................................................... 185
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 187
ANEXOS .....................................................................................................................
Anexo 1. Planilha do Ensaio de Caracterização do Solo.
Anexo 2. Características da Areia Utilizada no Ensaio da Mancha de Areia.
Anexo 3. Planilhas do Ensaio da Mancha de Areia e da Determinação do Coeficiente
de atrito com o Pêndulo Britânico.
Anexo 4. Planilha e Gráficos da Determinação do Coeficiente de Absorção Acústico
Anexo 5. Planilha e Gráficos do Espectro do Nível e Correlações – Ruído Externo
Anexo 6. Planilha e Gráficos do Espectro do Nível Equivalente e Correlações – Ruído
Interno
1
CAPITULO 1
INTRODUÇÃO
A qualidade sonora de uma cidade tem a ver diretamente com a forma de
urbanização, as características do uso do solo, o zoneamento, a densidade demográfica,
a morfologia das edificações, o desenho urbano, as características do sistema viário e os
hábitos e educação da comunidade, (TEIXEIRA, 2000).
A evolução urbana brasileira, em sua grande maioria, está intimamente
relacionada às migrações internas atraídas pela perspectiva de aquisição de melhores
condições de trabalho e de sobrevivência, que deram origem ao crescimento
desordenado devido a necessidade de acomodação do acréscimo populacional, visto que
este foi superior à capacidade das cidades em gerir projetos de infra-estrutura que
suprissem as demandas, provocando modificações substanciais em sua paisagem
natural.
Somente um reduzido número de centros urbanos tiveram o seu crescimento,
direto ou indiretamente, induzido por decisões regionais tomadas pelo poder público
através de investimentos em infra-estrutura produtiva e em serviços básicos pela
concessão de incentivos, apesar de terem existido no país vários planos de
desenvolvimento, mas estes não foram implantados ou por falta de interesse ou de
recursos ou por descontinuidade administrativa.
Outro fator modificador da estrutura urbana brasileira foi a implantação da
indústria automobilística que alterou consideravelmente o grau de motorização da
população diminuindo a relação habitantes/automóveis pois os veículos, ao se tornarem
mais populares, alteraram os hábitos da população com relação ao uso do meio de
transporte, passando a predominar o transporte individual. O incremento do número de
veículos e da velocidade, em que estes passam a circular, são fatores responsáveis pela
elevação do nível de ruído.
A expansão do sistema viário não correspondeu de forma proporcional ao
aumento da frota, decaindo rapidamente a capacidade de vazão dos novos fluxos de
veículos que passaram a utilizar as vias das cidades. O efeito desta distorção se fez
sentir no aumento do tempo de viagem, na poluição sonora e atmosférica, no número de
acidentes, na repartição modal do transporte e na qualidade dos serviços prestados, que
contribuíram de forma decisiva para a perda da qualidade de vida dos principais centros
urbanos do país.
2
As distorções ocorridas em termos de impacto ambiental sonoro, quando visto
sob o enfoque urbano, foram originados de fatores como os ilustrados na figura 1,
segundo Gueiros e Lindgren (TEIXEIRA, 2000).
Figura 1.1 – Fatores que contribuíram com as distorções e com o comprometimento
da qualidade ambiental sonora nos centros brasileiros (TEIXEIRA, 2000).
Poucas considerações têm sido feitas em relação aos efeitos colaterais causados
pelo crescimento desordenado dos centros urbanos e pela circulação dos veículos
automotores na poluição sonora, que é um problema significativo que necessita de
avaliação e de priorização de estratégias de controle ou de amenização, visto que o
problema tende agravar-se com o passar do tempo acarretando problemas físico e
psíquico em seus habitantes.
Um dos instrumentos legais que uma cidade dispõe para o controle da qualidade
de vida em termos acústico urbanísticos é o controle do uso do solo, impedindo que
novas áreas incorporadas aos espaços urbanos se desenvolvam com as mesmas
deficiências que as áreas ocupadas no passado. Um dos aspectos mais importantes da
legislação sobre o uso do solo urbano deve ser a fixação das densidades ocupacionais de
forma a permitir uma movimentação rápida e segura por meio de transporte adequado.
Em termos da redução do ruído de circulação do tráfego em situações existentes,
pode-se atuar nos elementos que compõem a cadeia acústica de sua produção, como a
3
fonte geradora, a via e/ou o seu entorno e a organização e regulamentação do tráfego.
Nos processos de expansão de vias existentes ou na planificação de novas vias, nos
estudos de impacto ambiental deve-se considerar a contaminação sonora que tais vias
provocarão, de forma que minimize as conseqüências negativas provocadas pelo ruído
de tráfego aos seres humanos da localidade ou, pelo menos, que o projeto contemple
medidas de redução de ruído.
Foto 1.1 – O impacto ambiental na implantação e expansão de vias.
Recentemente a Organização Mundial de Saúde (OMS) vem incluindo a
contaminação sonora dentro da problemática ambiental em virtude do crescimento da
demanda social de limitar os níveis sonoros produzidos pela circulação do tráfego.
Com base no exposto resolveu-se estudar a contribuição dos diferentes tipos de
revestimento do pavimento na emissão, propagação e absorção do ruído proveniente da
interação pneumático-revestimento. Para este estudo foram desenvolvidos
4
levantamentos bibliográficos, de campo e de laboratório que estão descritos em 8
capítulos e 6 anexos a saber:
Capítulo 2 – Revisão de fundamentos básicos de acústica para melhor
compreensão e discussão do estudo desenvolvido;
Capítulo 3 – Relata como o ruído incide na degradação da qualidade ambiental e
alguns efeitos que este provoca na saúde do homem;
Capítulo 4 – Descreve as principais fontes geradoras do ruído de circulação dos
veículos automotores, explicando os mecanismos mais importantes que se
encontram envolvidos, bem como os fatores que influenciam na geração, na
propagação e na atenuação do ruído;
Capítulo 5 – Apresenta alguns métodos de previsão e de medição do ruído de
circulação dando ênfase ao ruído da interação do pneumático com os
revestimentos dos pavimentos empregados no Mundo e no Brasil e algumas das
características dos instrumentos utilizados nas medições;
Capítulo 6 – Apresenta medidas gerais de controle do ruído de circulação,
concentrando-se a atenção nos revestimentos asfálticos dos pavimentos;
Capítulo 7 – Apresenta o estudo desenvolvido nas campanhas de campo e de
laboratório e os resultados obtidos;
Capítulo 8 – Conclusões e Sugestões de Pesquisas Futuras
Os anexos constam de:
Anexo 1. Planilha do Ensaio de Caracterização do Solo.
Anexo 2. Características da Areia Utilizada no Ensaio da Mancha de Areia.
Anexo 3. Planilhas do Ensaio da Mancha de Areia e da Determinação do Coeficiente
de Atrito com o Pêndulo Britânico.
Anexo 4. Planilha e Gráficos da Determinação do Coeficiente de Absorção Acústica.
Anexo 5. Planilha e Gráficos do Espectro do Nível e Derivações – Ruído Externo.
Anexo 6. Planilha e Gráficos do Espectro do Nível Equivalente e Derivações – Ruído
Interno.
5
CAPÍTULO 2
FUNDAMENTOS DE ACÚSTICA
Este trabalho tem um cunho nitidamente interdisciplinar e como está sendo
apresentado em um fórum onde predomina o conhecimento do aspecto do problema
relacionado aos diferentes tipos de revestimentos de pavimentos, torna-se necessário a
apresentação de conceitos básicos de acústica para melhor compreensão do estudo
desenvolvido.
2.1 Ondas Sonoras e o Som
2.1.1 Ondas Sonoras
Onda é qualquer perturbação que se propaga transmitindo energia sem transmitir
matéria.
2.1.1.1 Classificação das Ondas Sonoras
As ondas podem ser classificadas, RAMALHO et al (1992), quanto a:
a. Natureza
Ondas Mecânicas – são as constituídas por impulsos mecânicos que se
transmitem através das vibrações das partículas que constituem o meio;
Ondas Eletromagnéticas – ondas compostas de dois campos, o elétrico e o
magnético, variáveis com o tempo e com a posição, um perpendicular ao outro, e
ambos perpendiculares à direção de propagação.
b. Direção de Propagação e Vibração
Ondas Longitudinais – são ondas em que a direção de vibração das moléculas
coincide com a direção de propagação;
Ondas Transversais – são ondas em que a direção de propagação é perpendicular
à direção do movimento vibratório das moléculas;
Ondas Mistas – são ondas em que as moléculas vibram longitudinalmente e
transversalmente, ao mesmo tempo.
c. Frente de Onda
Ondas Esféricas – a frente de onda é uma superfície de área igual a 4πx
2
, onde x
é a distância da fonte ao ponto considerado;
6
Ondas Circulares – a frente de onda é uma circunferência de comprimento igual
a 2πx, sendo x a distância da fonte ao ponto considerado;
Ondas Retas – a frente de onda é constituída por segmentos de retas.
d. Dimensão de Propagação da Onda
Unidimensional – a propagação ocorre em uma única direção;
Bidimensional – a propagação ocorre ao longo de um plano;
Tridimensional – a propagação ocorre em todas as direções.
Denominam-se ondas sonoras as ondas longitudinais de pressão que se
propagam em um meio elástico e apresentam as seguintes propriedades:
Reflexão – é o retorno da onda, ao meio onde se propagava, após ter incidido em
uma superfície;
Reverberação – é o som refletido que chega ao receptor antes do som direto estar
extinto;
Refração – é a passagem da onda de um meio para um outro após incidir em uma
superfície;
Difração – ocorre quando a onda sonora contorna um obstáculo ou encontra
aberturas menores que seu comprimento de onda, modificando sua direção e
magnitude. Dos vários elementos arquitetônicos que podem provocar a difração,
pode-se citar as janelas, os pilares, as vigas, etc;
Difusão é conseqüência das irregularidades das superfícies refletoras pois são
capazes de espalhar a onda sonora em todas as direções, promovendo uma
distribuição mais uniforme da pressão sonora;
Interferência – ocorre quando um ponto do meio recebe dois ou mais sons,
originados por várias fontes ou reflexões em obstáculos, podendo ser destrutiva
ou construtiva.
Então uma onda sonora ao incidir em uma superfície pode ser refletida,
absorvida, difratada, difundida ou transmitida. A distribuição da energia sonora entre
estes fenômenos é função dos coeficientes de reflexão (ρ), absorção (α), dissipação (δ)
e transmissão (τ) da superfície incidente.
A figura 2.1 (NIEMEYER, 1998) ilustra estes tipos de fenômenos.
7
Figura 2.1 – Distribuição da energia sonora após a incidência da onda em uma
superfície (Modificada de NIEMEYER, 1998).
O grau de absorção e de transmissão de uma superfície indicado por seus
coeficientes é obtido respectivamente pelas equações 2.1 e 2.2.
α = 1 - E
r
/E
i
(2.1)
τ = E
t
/E
i
(2.2)
onde:
α
– Coeficiente de absorção acústica;
τ
– Coeficiente de transmissão acústica;
E
r
– Energia refletida;
E
i
– Energia incidente;
E
t
– Energia transmitida.
As ondas que se propagam da fonte ao receptor sem sofrer qualquer
transformação em suas características ou mudança na direção por refração, reflexão ou
absorção, são denominadas diretas e as que sofrem uma ou mais reflexões são as
refletidas.
2.1.1.2 Parâmetros Físicos de Caracterização da Onda Sonora
Alguns dos parâmetros físicos que caracterizam a onda sonora são mostrados
esquematicamente na figura 2.2 (MASSARANI e HOLANDA, 2003) e os elementos
necessários para caracterização da onda sonora são definidos a seguir.
a. Amplitude (A)
Oscilação máxima atingida pela molécula em relação a sua posição de equilíbrio,
ou seja, é a magnitude da flutuação de pressão a partir da pressão estática
8
existente devido à perturbação sonora. Pode ser medida em frações de metro.
Figura 2.2 – Alguns dos parâmetros de avaliação do som (MASSARANI
e HOLANDA, 2003).
b. Período (T)
Intervalo de tempo decorrido em cada vibração completa.
c. Freqüência (f)
Número de vezes que um fenômeno periódico se repete na unidade de tempo. A
unidade de medida no Sistema Internacional, o Ciclo por Segundo, é
denominado de Hertz (Hz).
f = n/t (2.3)
onde:
n – Número de vezes que um fenômeno se repete, número de ciclo;
f – Freqüência;
t – Intervalo de tempo.
Relação entre período e freqüência:
f = 1/T (2.4)
d. Comprimento de Onda (λ)
Espaço percorrido por uma perturbação no intervalo de tempo igual a um
período.
Como f = 1/T, fazendo λ = T, tem-se que f = 1/λ, então se f aumenta λ diminui.
A figura 2.3 ilustra estas relações (MASSARANI e HOLANDA, 2003).
9
Figura 2.3 – Comprimento de onda em função da freqüência (MASSARANI
e HOLANDA, 2003).
e. Velocidade de Propagação da Onda Sonora
Velocidade com que a energia sonora é transmitida através do meio, expressa em
m/s, sendo função da temperatura, da densidade e da homogeneidade do meio de
propagação, podendo se obtida por:
c = f . λ (2.5)
onde:
c – Velocidade de propagação da onda sonora;
f – Freqüência da fonte que emite a onda sonora;
λ – Comprimento de onda.
f. Fase
É a relação de posição entre ondas de diferentes freqüências que compõe o som.
2.1.2 Som
Sob o ponto de vista psicofísico, o som é uma sensação percebida pelo aparelho
auditivo, resultante de vibrações mecânicas, cuja energia é transmitida pelo movimento
oscilatório das moléculas em torno de sua posição de equilíbrio, através de um meio
elástico, o ar, criando alternadamente zonas de compressão e rarefação que alteram a
pressão atmosférica, conforme ilustrado na figura 2.4 (TEIXEIRA, 2000).
2.1.2.1 Qualidades Fisiológicas do Som
O som pode ser caracterizado, segundo
RAMALHO et al, (1992), por suas
qualidades fisiológicas, que, são:
10
Figura 2.4 – Amplitude da energia sonora causada pela vibração de
um diapasão (TEIXEIRA, 2000).
a. Altura ou Tom – é a qualidade fisiológica do som que permite o ouvido humano
sadio distinguir o som grave (baixa freqüência) do som agudo (alta freqüência);
b. Intensidade – é a qualidade fisiológica do som que permite ao ouvido humano
sadio diferenciar os sons fracos (pequena intensidade) dos fortes (grande
intensidade); podendo ser obtida através da equação 2.6.
I = E/A . t (2.6)
onde:
I – Intensidade auditiva, J/m
2
s ou W/m
2
;
E – Energia que atravessa uma superfície perpendicular à direção de
propagação;
A – Área da superfície;
t – Intervalo de tempo que a energia leva para transpor a superfície.
A sensibilidade do ouvido varia com a freqüência do som. A menor intensidade
física que uma onda sonora pode ter, para que seja audível, é aproximadamente
de 10
-12
W/m
2
.
c. Timbre – é a qualidade fisiológica do som que permite ao ouvido diferenciar
sons de mesma freqüência e de mesma intensidade, emitidos por fontes
diferentes.
A análise da variação de intensidade do som em função da freqüência é
denominada de análise espectral e o intervalo entre dois sons de freqüência f
2
e f
1
, sendo
f
2
> f
1
é dado por:
i = f
2
/f
1
(2.7)
11
Quando “i” for igual a um, as freqüências serão iguais e os sons estarão em
uníssono, mas se “i” por igual a dois, as freqüências se encontram na razão de (2:1), ou
seja:
f
2
= 2.f
1
(2.8)
Este intervalo é denominado de oitava.
Excetuando-se o intervalo de uníssono, se o intervalo entre dois sons é um
número inteiro, o som de freqüência mais alta será denominado de harmônico do som
de freqüência mais baixa, sendo este denominado de som fundamental. Portanto, de
acordo com o intervalo entre dois sons pode-se ter, para cada som fundamental, vários
harmônicos.
O ouvido humano é excitado por ondas sonoras situadas no espectro de
freqüências entre 20 a 20.000Hz, sendo denominadas de áudio-freqüência, figura 2.5
(MASSARANI E HOLANDA, 2003). Abaixo ou acima desta faixa estão
respectivamente o infra-som e o ultra-som.
Figura 2.5 – Espectro de freqüência do ouvido humano
(MASSARANI e HOLANDA, 2003).
Como o ouvido não é sensível a pequenas variações de freqüência, o espectro
sonoro passou a ser dividido em bandas de oitavas. A região de audiofreqüência foi
dividida em 10 oitavas onde as freqüências centrais e as larguras das bandas são fixadas
por normas internacionais.
Para efeito de controle, a divisão da faixa de audiofreqüência em bandas de
oitava tem tido considerável aplicação prática por permitir uma descrição rápida e
correta de sons. O gráfico 2.1 representa as bandas centrais em oitavas descrita por
ARAÚJO e REGAZZI, (2002).
12
Gráfico 2.1 – Representação de bandas centradas em oitavas
(Modificada de ARAÚJO e REGAZZI, 2002).
Nos casos que demandam uma análise espectral mais precisa empregam-se
faixas menores, das quais a mais utilizada é a de um terço de oitava sendo definida
como:
f
s (terço de oitava)
= (2.f
i
)
1/3
(2.9)
As bandas de terço de oitava estão representadas no gráfico 2.2 (ARAÚJO e
REGAZZI, 2002).
Gráfico 2.2 – Representação de terço de oitava (ARAÚJO e REGAZZI, 2002).
13
A Figura 2.6 ilustra o espectro sonoro de diferentes ondas, onde a amplitude
encontra-se em função da freqüência (Modificada de NIEMEYER,1998).
Figura 2.6 – Espectro Sonoro de diferentes ondas
(Modificada de NIEMEYER, 1998).
O espectro de freqüência de um som, obtido através de equipamentos
denominados analisadores espectrais, permite quantificar a energia dos seus diferentes
componentes em função da freqüência, sendo denominado decomposição espectral.
A medição de ruído, empregando analisadores de freqüência, pode ser efetuada
em banda de oitava ou terço de oitava, através de recursos de filtragem eletrônica ou
numérica, que são de grande importância na determinação dos riscos que o ruído pode
ocasionar à saúde, mas comumente não são utilizados por serem equipamentos
complexos e caros.
2.1.2.2 Velocidade do Som
A velocidade do som no meio gasoso é relativamente pequena, visto que as
moléculas se encontram distantes uma das outras. Já nos meios líquido e sólido a
interação entre as moléculas é bem maior, pois encontram-se próximas umas das outras,
e conseqüentemente, a velocidade do som é mais elevada.
A tabela 2.1 ilustra, como exemplo, a dependência da velocidade com o meio e
com a temperatura.
14
Tabela 2.1 – Velocidade do som em função do meio e da temperatura
(Ramalho, Ferrano e Soares, 1992).
Meio Temperatura, º C Velocidade, m/s
Ar 15 340
Água do Mar 0 1.450
Ferro 0 4.480
A velocidade do som em função da temperatura do ar pode ser calculada pela
equação 2,10.
c = 343,2 (1 + T/293)
1/2
(2.10)
onde:
c – Velocidade do som, m/s;
T – Temperatura do ar em ºC.
A dependência da velocidade do som com a temperatura é uma das principais
causas da refração do som.
2.2 Fonte Sonora
É a responsável pela emissão de energia sonora, podendo ser classificada
quanto:
a. Mobilidade da Fonte
Fixa – Ex: Indústrias, bailes, construções, etc.
Móvel – Ex: Tráfego, etc.
b. Sensação Causada ao Ser Humano
Desejável
Indesejável
Incômoda
c. Direção da Emissão da Energia Sonora
Omnidirecional – a energia sonora emitida é distribuída de forma uniforme em
várias direções;
Direcional – a energia sonora emitida predomina em uma única direção. São as
mais freqüentemente encontradas.
d. Dimensões da Fonte
Dependendo do contexto onde se encontra envolvida a fonte, tem-se:
15
Fonte Pontual – quando as dimensões da fonte são pequenas em relação ao
comprimento de onda da vibração acústica emitida;
Fonte Linear – quando uma das dimensões da fonte é significativa em relação ao
receptor;
Fonte Maior – quando todas as dimensões da fonte são significativas em relação
ao receptor.
2.3 Campo Acústico
É a região do espaço onde ocorrem as vibrações mecânicas transmitidas pelas
moléculas. Para que se realize um levantamento adequado do ruído é necessário que se
conheça o campo sonoro existente no ambiente, podendo ser classificado conforme a
NBR 7731/1983 (ABNT, 1983):
a. Campo Livre ou Direto – se encontra numa área distante de superfícies refletoras
de modo que estas exercem efeito desprezível sobre a região de interesse. No
campo livre o nível cai de 6 dB quando a distância à fonte sonora duplica. Nos
espaços abertos o único plano refletor é representado pelo solo, sendo de grande
importância o conhecimento de seu poder de absorção;
b. Campo Semi-reverberante – campo no interior de uma câmara de grandes
dimensões com superfícies moderadamente refletoras;
c. Campo Hemisfericamente Divergente – campo acústico de uma fonte
unidirecional situada próxima de uma superfície plana, rígida e refletora
(usualmente o solo), porém livre de outras obstruções;
d. Campo Difuso – campo acústico de intensidade energética sonora uniforme em
que a potência acústica por unidade de área é a mesma em todas as direções;
e. Campo Reverberante – porção do campo acústico no qual a influência de som
emitido pela fonte não chega ao receptor de forma direta.
No estudo de ruídos ambientais os campos acústicos de maior relevância são os
campos livres e reverberantes.
16
2.4 Grandezas Acústicas
2.4.1 Potência Sonora ou Acústica
É a quantidade de energia acústica produzida ou emitida por uma fonte sonora,
por unidade de tempo em uma determinada banda, expressa em watt (W).
2.4.2 Pressão Sonora ou Acústica Instantânea
É a diferença entre as pressões sonoras instantâneas do ambiente na presença de
som e na sua ausência em qualquer ponto, podendo ser representada pela equação 2.11 e
pela figura 2.7, conforme ilustrado por BRAGA (1997).
P(t) = P (t) - P
0
(2.11)
onde:
P(t) – Pressão sonora instantânea na presença do som, N/m²;
P
0 –
Pressão sonora instantânea na ausência do som, também denominada de
pressão atmosférica ou estática ou de referência.
Figura 2.7 - Pressão Acústica (BRAGA, 1997)
2.4.3 Pressão Média Quadrática
É o valor médio quadrático do nível de pressão sonora instantânea emitida por
uma fonte pontual em um meio elástico para um intervalo de tempo determinado. Para
variações periódicas a média quadrática deverá ser obtida para mais de um período.
PMQ
=
2/
2/
t
t
P
2
(t) dt (2.12)
onde:
PMQ – Pressão média quadrática;
P(t) – Pressão instantânea.
Adota-se a média quadrática quando ocorre variação contínua de pressão, mas
em se tratando de sons impulsivos, ou seja, de curta duração, o seu emprego perde o
sentido, pois o que passa a interessar é o valor máximo e não o médio.
17
Considerando que o som produzido por uma fonte pontual se propaga segundo
ondas esféricas em um campo livre e em todas as direções, tem-se:
P
ef
= [(W ρ c) / 4 π r
2
]
½
(2.13)
onde:
P
ef
– Pressão acústica eficaz;
W – Potência da fonte;
ρ – Densidade do meio;
c – Velocidade de propagação;
r – Distância entre a fonte e o receptor.
2.4.4 Intensidade Sonora ou Acústica
Com já visto anteriormente é uma das qualidades fisiológicas do som e encontra-
se relacionada com a amplitude da onda sonora e com a quantidade de energia
transportada.
Como I = E/A.t e W = P
2
4 π r
2
/ ρ c, tem-se:
I = P
2
/ρ c (2.14)
onde:
I – Intensidade sonora;
P – Pressão sonora;
ρ – Densidade do meio;
c – Velocidade de propagação do som.
2.5 Níveis de Grandezas Acústicas
Os valores das grandezas no domínio da acústica, nomeadas como pressão,
potência e intensidade, são expressas em termos de níveis acústicos considerados
relativamente a valores de referência, adotando-se escalas logarítmicas, pois traduzem
melhor o poder resolvente do ouvido humano do que as escalas dos valores eficazes.
Sendo G o valor, expresso em unidades correntes, de uma grandeza com a
fórmula dimensional de potência, e o indicador L(G) denominado nível da grandeza
relativo a um valor de referência G
0
, define-se então:
L(G) = K logaritmo (G/G
0
); sendo este nível expresso em bel ou neper,
dependendo do emprego de logaritmo decimal ou neperiano, tomando-se para valores
de K o 1, para bel, e de 0,5, para o neper.
18
A definição de nível é aplicável à potência e à intensidade sonora sendo os
valores de referência, respectivamente, 10
-12
W e 10
-12
W/m
2
.
2.5.1 Nível de Potência Sonora ou Acústica
É expressa pela equação 2.15.
L
W
= 10 log (W/W
0
) (2.15)
onde:
L
w
– Nível de potência acústica;
W – Potência da fonte;
W
0
– Potência de referência - valor normalizado = 10
-12
W.
2.5.2 Nível de Pressão Sonora ou Acústica
A pressão sonora caracterizada pelo valor eficaz, é a grandeza que melhor
responde aos transdutores sensoriais, os ouvidos, e aos transdutores elétricos, os
microfones, sendo freqüentemente adotada nas medições.
A variação de pressão é de grande importância no estudo de acústica, visto que é
a partir desta variação que se identifica o comportamento da energia sonora dentro da
faixa audível. Para cada freqüência existe um conjunto de valores de pressão sonora
mínima, onde o ouvido começa a ser excitado, denominado de limiar inferior de
audibilidade, que foi obtido tomando como referência pessoas jovens e saudáveis, e
pressão sonora máxima, onde inicia o processo de dor, acarretando até mesmo a surdez.
Para a freqüência de 1000 Hz, a pressão audível encontra-se entre 2 x 10
-5
N/m
2
(Nível
de Pressão Acústica de Referência), que é o limite inferior de audibilidade, e 100 N/m
2
,
que é o limiar do surgimento da dor.
A unidade padrão para medir sons é o decibel (dB), que relaciona o nível de
pressão sonora eficaz com o grau de intensidade correspondente às sensações humanas,
que é determinado através da equação 2.16.
NPS = 10 log (P/P
0
)
2
= 20 log P/P
0
(2.16)
onde:
NPS ou L
p
– Nível de pressão sonora (valor eficaz) em dB;
P – Pressão do som medida;
P
0
– Pressão do som de referência.
O NPS nos limites inferior de audibilidade e de dor, em decibel, são
respectivamente, 0 dB e 130 dB, provocado por uma potência de 1 e 10 Watts.
19
Cabe ressaltar que o nível de potência acústica mede a potência emitida pela
fonte enquanto o nível de pressão acústica mede a pressão em qualquer ponto e é função
das características e da potência da fonte e da distância que separa o receptor da mesma.
Muitas vezes é necessário representar simultaneamente a variação de pressão
sonora e a freqüência da onda lançando mão de gráficos de espectros sonoros.
Os níveis de pressão sonora são alterados através de compensações realizadas
pelos filtros dos equipamentos de medida, para cada faixa de freqüência, obtendo-se
níveis de pressão sonora compensados ou simplesmente níveis sonoros, para que
expresse de maneira mais fiel possível a sensação humana.
2.5.2.1 Adição e Subtração de Níveis de Pressão Sonora
Por ser a escala de dB logarítmica o nível de pressão sonora não pode ser
somado nem subtraído de forma direta, existindo, então, algumas formas de efetuar
estes tipos de operações, tais como:
Através da definição, equação 2.16, definida anteriormente e expressa a seguir.
NPS = 10 log (P/P
0
)
2
Através da equação simplificada, 2.17.
NPS
Total
= 10 log [ 10
L
1
/10
± 10
L
2
/10
] (2.17)
Através dos ábacos das figuras 2.8 e 2.9 extraídos respectivamente de
MASSARANI e HOLANDA (2003) e de ARAÚJO e REGAZZI (2002).
Figura 2.8 – Ábaco para determinação da adição do Nível de Pressão Sonora
(MASSARANI e HOLANDA, 2003).
20
Figura 2.9 – Ábaco empregado na determinação da diferença do nível de pressão
sonora (ARAÚJO e REGAZZI, 2002).
A importância destas operações está na identificação de fontes e ou na
determinação do ruído de fundo.
2.5.3 Nível de Intensidade Sonora Auditiva ou Acústica
A intensidade audível pode ser definida como a sensação sonora em termos da
qual se avalia a intensidade física de um estímulo sonoro.
Como o ouvido humano não é excitado linearmente pela intensidade física do
som, a magnitude da sensação auditiva foi traduzida pela Lei de Weber-Fichner sendo
esta proporcional ao logaritmo da intensidade sonora do agente excitador, conforme
expresso na equação 2.18.
S - S
0
= k log (I/I
0
) (2.18)
onde:
S - S
0
– Magnitude da sensação auditiva;
I
0
– Intensidade sonora de referência;
I – Intensidade sonora do som considerado;
K – Constante arbitrária sendo dois os valores atribuídos a esta, o 1 e o 10.
Para:
K = 1 S - S
0
= log (I/I
0
) S - S
0
– é traduzido em bel
K = 10 S - S
0
= 10 log (I/I
0
) S - S
0
– é traduzido em decibel
Geralmente adota-se como referência S
0
= 0 quando I
0
= 10
-16
W/cm
2
, e diz-se
que a sonoridade de 1 decibel é de 1 fon.
Então: NIS = 10 log (I/I
0
) (2.19)
21
onde:
NIS ou L
I
– Nível de intensidade sonora;
I – Intensidade do som em W/m
2
;
I
0
– Intensidade sonora de referência, W/m
2
.
Vários estudos sobre a intensidade audível foram desenvolvidos, de onde
resultaram recomendações como a da ISO R 226 constante no gráfico 2.3
(MASSARANI E HOLANDA, 2003) que fornece a variação do nível de pressão de
sons puros com a freqüência, em níveis iguais de intensidade audível.
Gráfico 2.3 – Curvas de Loudness ou Isofônicas
(MASSARANI e HOLANDA, 2003)
.
Estas curvas, denominadas de curvas isofônicas, foram obtidas desde o limiar de
audibilidade (0 dB) ao limiar de dor (130 dB), tomando-se como referência o nível de
pressão ou a intensidade na freqüência de 1000 Hz, capaz de sensibilizar o ouvido
humano.
Cada curva tem como unidade o fone, que é numericamente igual ao nível de
pressão sonora, expressa em dB, de um som com freqüência de 1000 Hz, que ao
propagar-se livremente por ondas planas atinge frontalmente o receptor provocando
uma sensação de intensidade audível igual.
O sone é outra unidade, também recomendada internacionalmente, para a escala
de intensidade audível, sendo definido como a intensidade audível de um estímulo
sonoro na freqüência de 1000 Hz a um nível de pressão sonora de 40 dB.
22
A relação entre o fone (F) e o sone (S) é expressa pela equação 2.20 e se
encontra representada no gráfico 2.4 (NIEMEYER, 1998).
S = 2
[ (F – 40) / 10 ]
(2.20)
As curvas isofônicas estabelecem medidas subjetivas da sonoridade de tons
puros; já os tons complexos, em diversas freqüências, são fornecidos pelo sone e o
cálculo da intensidade audível por via analítica a partir da distribuição espectral. É uma
operação bastante trabalhosa mas passível de ser determinada automaticamente.
Gráfico 2.4 – Relação entre Sones e Fones (NIEMEYER, 1998).
Um processo indireto de se obter a intensidade audível é empregar equipamentos
que meçam o nível de pressão sonora, que são basicamente constituídos pela associação
de um voltímetro eletrônico com malhas filtrantes especiais denominadas de filtros de
nível de pressão sonora compensado ou circuito de compensação (Weighting Networks),
que independentemente da faixa de freqüência do som emitido, registram o nível de
pressão sonora efetivo que atinge o ouvido humano.
Estes filtros foram desenvolvidos através de simulações do comportamento do
ouvido humano em experimentos audiométricos, realizados em uma amostra de pessoas.
Muitos destes equipamentos são providos de mais de um tipo de malha filtrante,
denominada de ponderação ou circuito A, B, C e D que foram padronizados
internacionalmente, e cujas curvas de resposta encontram-se representadas no gráfico
2.5 (MASSARANI E HOLANDA, 2003).
23
Gráfico 2.5 – Curvas de Ponderação A, B, C e D
(MASSARANI E HOLANDA, 2003).
A escala de ponderação “A” baseia-se na atenuação do ouvido e representa a
curva de 40 fones. É mundialmente aceita como a forma mais adequada de exprimir a
intensidade do nível sonoro sob o ponto de vista do grau de incômodo que determina ao
ser humano, a que melhor ajusta o nível sonoro ao nível de intensidade audível e a mais
requerida pelas normas.
Este incômodo pode ser considerado sob dois pontos de vista:
O psíquico: é a sensibilidade do receptor relativa a uma intrusão no que
considera o domínio de privacidade; seu grau resulta de um processo complexo
de elaboração mental, não sendo possível mensurá-lo através de um medidor;
O físico: refere-se aos danos causados à saúde física, podendo ser empregado
como meio de aferição na determinação do grau da intensidade audível.
Através do gráfico 2.5 verifica-se que a 1000 Hz a atenuação chega a zero, só
voltando a atenuar a partir dos 5000 Hz. O intervalo entre 1000 e 5000 Hz se encontra
correlacionado com as tendências das curvas isofônicas.
A escala de ponderação “A” tem como característica amplificar de 0 a 1,5 dB
tons com freqüência de 1.000 a 6.000 Hz e atenuar de 60 a 0 dB e de 0 a 9 dB tons com
freqüência de 20 a 1.000 Hz e de 6.000 a 20.000 Hz, respectivamente.
Os valores dos níveis acústicos medidos através da ponderação A são
conhecidos como dB(A).
24
A conversão de dB para dB(A) pode ser efetuada adicionando ao valor em dB o
fator de correção para cada freqüência; tais fatores encontram-se expressos na tabela 2.2
(GERGES, 2000).
Tabela 2.2 – Fatores de conversão de dB para dB(A) (GERGES, 2000).
Freqüência,Hz
25,0 31,5 40,0 50,0 63,0 80,0 100 125
Fator de Correção
- 44,7 -39,4 -34,6 -30,2 -26,2 -22,5 -19,1 -16,1
Freqüência,Hz
160 200 250 315 400 500 630 800
Fator de Correção
-13,4 -10,9 -8,6 -6,6 -4,8 -3,2 -1,9 -0,8
Freqüência, KHz
1,00 1,25 1,60 2,00 2,50 3,15 4,00 5,00
Fator de Correção
0 0,6 1,0 1,2 1,3 1,2 1,0 0,5
Freqüência, KHz
6,30 8,00 10,00 12,5 16,00 20,00
Fator de Correção
-0,1 -1,1 -2,5 -4.3 -6,6 -9,3
A escala de ponderação “B” representa atenuação de níveis intermediários
médios, apresenta menor variação em freqüências baixas, não se verifica através do
espectro de freqüência nenhuma amplificação e não apresenta atenuações na faixa de
freqüência de 400 a 3.000 Hz.
A escala de ponderação “C” é utilizada para sons altos, é a que produz menor
atenuação, sendo que na faixa de 100 e 3.000 Hz sua incidência sobre o ruído emitido é
nula; é a menos usada e se assemelha à curva isofônica de 100 fones, porém é a mais
adequada no monitoramento de ruído de impacto.
A escala de ponderação D é empregada na medição de ruídos contínuos de alta
freqüência e nível de pressão sonoro elevado, ou seja, acima de 120 dB como o ruído
produzido por reatores e aeronaves.
2.6 Ruído
No sentido fisiológico, o som é o resultado das variações dos níveis de pressão
do ar no ouvido humano que os convertem em sinais elétricos, que são interpretados
pelo cérebro. Quando estas variações são indesejáveis ou desagradáveis passam a ser
denominadas de ruído, que na atualidade se encontra entre os contaminantes mais
nocivos ao homem, pois estão presentes nos grandes centros urbanos causando seqüelas
por ultrapassar os limites toleráveis e/ou exposição excessiva.
Já sob o ponto de vista físico o ruído pode ser definido como uma mistura de
tons puros cujas freqüências diferem entre si, não seguem nenhuma periodicidade e o
movimento resultante não é harmônico e sim aleatório. O estudo destas freqüências é
25
importante pois o ouvido humano tem reações adversas para cada faixa, diferenciando
as conseqüências fisiológicas (CAMAROTTO, 1993).
Medir quanto um som é desagradável para um individuo, tornando-se
indesejável, depende não só dos fenômenos físicos envolvidos mas também da
sensibilidade de cada um, sendo uma medida bastante subjetiva. A figura 2.10 ilustra a
diferença de comportamento entre tom puro e ruído (CAMAROTTO,1983).
Figura 2.10 – Nível de pressão sonora dos tons puros e do ruído em
função da freqüência (CAMAROTTO, 1983).
2.6.1 Tipos de Ruído
Quanto a Duração no Tempo, são:
a. Ruído Contínuo ou Permanente – são os que duram todo o intervalo de tempo de
observação (período superior a quinze minutos) com flutuações de nível de
pressão acústica pequenas que podem ser desprezadas dentro do período de
observação.
b. Ruídos Não-contínuos – são aqueles os quais o nível de pressão acústica muda
significativamente durante o período de observação, podendo ser:
Intermitente – o nível de pressão acústica cai bruscamente ao nível do ambiente
(ruído de fundo) várias vezes ao longo do período de observação, com variações
maiores que ± 3 dB, desde que o tempo de ocorrência seja superior a um
segundo;
Flutuante – o nível de pressão acústica varia continuamente e em grau apreciável
durante o período de observação.
26
c. Ruído Impulsivo ou de Impacto – consiste em uma ou mais elevações de energia
acústica, de duração inferior a um segundo, em intervalos de ocorrência
superiores a um segundo.
d. Ruído Impulsivo Quase Contínuo – consiste em uma série de elevações de
energia acústica com amplitude energética comparáveis, sendo que os intervalos
entre as explosões individuais são inferiores a 0,2 segundo.
Quanto ao meio de propagação
a. Impacto – produzido através do meio sólido e transmitido através do ar.
b. Aéreo – produzido e transmitido através do ar.
Quanto à composição espectral
a. Espectro Contínuo – energia sonora distribuída por grande parte das freqüências
audíveis.
b. Ruído Branco – em todas as freqüências o nível de pressão sonora é o mesmo, e
a energia contida em uma banda de oitava é sempre 3 dB maior que a energia
contida na banda intermediária inferior.
c. Ruído Rosa – som cuja densidade espectral é inversamente proporcional à
freqüência e a energia sonora é a mesma para todas as faixas de freqüência, por
oitava e terço de oitava.
d. Espectro com poucos sons audíveis podem ser:
Ruído de Banda Estreita – predominância de poucas freqüências podendo chegar
aos tons puros;
Ruídos com predominância de alta e baixa freqüências.
2.6.2 Índices de Medição de Ruído
São vários os índices empregados na medição do ruído em dB(A), desenvolvidos
através de estudos baseados em estatísticas, não havendo consenso sobre qual deles é o
mais apropriado. A seguir são descritos os índices mais utilizados.
27
2.6.2.1 Clima do Ruído (Noise Climate)
É o nível de ruído que predomina em oitenta por cento do tempo de observação.
Dos vinte por cento restantes, dez por cento encontra-se acima e os outros dez abaixo,
respectivamente, dos limites superior e inferior do clima do ruído.
2.6.2.2 Distribuição Estatística do Ruído no Tempo
a. L
10,
L
50
e L
90
São índices estatísticos onde os números subscritos definem o percentual do
tempo total de observação em que o nível é ultrapassado pelas medidas isoladas. São
eles: L
10,
L
50
L
90.
Por exemplo L
10
significa que este nível foi ultrapassado durante 10% do tempo
de observação, ficando as demais medidas abaixo deste. Da mesma forma defini-se o
L
50
e o L
90.
Estes níveis são aplicáveis apenas para ruídos contínuos, como os causados pelo
fluxo de tráfego. Destes, o que melhor caracteriza o incômodo e fornece a melhor
comparação e avaliação das condições do tráfego é o L
10
(COPPE/UFRJ/DENATRAN/
MJ, 1980).
Muitas vezes o L
90
é considerado como ruído de fundo do ambiente em questão.
A figura 2.11 (NIEMEYER, 1998) ilustra cada um destes índices em função do
período de avaliação.
Figura 2.11 – Representação esquemática dos índices estatísticos aplicados
na medição do ruído (NIEMEYER, 1998).
28
b. Nível de Equivalência de Energia
O L
eq
é a média real de energia de uma amostragem de ruído, que pode ser
calculada através da equação 2.21.
L
eq
= 10 log [(1/T)
T
0
10
(L (t) / 10)
dt] (2.21)
onde:
L
eq
– Nível de Equivalência de Energia (Equivalent Energy Level);
L(t) – Nível de pressão sonora obtido ao longo do período de observação;
T – Tempo de observação durante o qual a média é tomada.
É largamente empregado para avaliar o incômodo causado pelos ruídos
ferroviário e rodoviário. Foi criado com o objetivo de descrever o ruído ambiental,
sendo recomendado pela NBR 10151 (ABNT, 2000).
A maioria dos instrumentos de medição de nível de pressão sonora fornece
diretamente o L
eq
durante um segundo, seu cálculo é expresso pela equação 2.21 e está
representado no gráfico 2.6, conforme ARAÚJO e REGAZZI (2002).
Gráfico 2.6 – Exemplo de representação gráfica do L
eq
(ARAÚJO e REGAZZI, 2002).
2.6.2.3 Curvas de Avaliação do Ruído (Noise Rating Curves)
Curvas de avaliação de ruído são conjuntos de níveis de banda de oitava que
podem ser comparadas com o nível de pressão sonora do ambiente.
Para determinar o nível de ruído analisado (NR) traça-se no gráfico 2.7, das
curvas de avaliação do ruído, o espectro de freqüência do ruído. O NR será igual ao
número da curva inferior a traçada que não corta seu espectro. Estas curvas de avaliação
são mais empregadas em ruído aeronáutico e em projetos acústicos
(COPPE/UFRJ/DENATRAN/MJ, 1980).
29
Gráfico 2.7 – Curvas de Avaliação de Ruído
(COPPE/UFRJ/DENATRAN/MJ, 980).
2.6.2.4 Índice de Ruído de Tráfego
Baseia-se na hipótese de que os níveis de pico e a diferença entre o pico e o ruído
de fundo interferem na avaliação do distúrbio causado por um ruído. Quanto maior o
ruído de fundo menor será o incômodo. O TNI é obtido através da equação 2.22.
TNI = 4 (L
10
– L
90
) + L
90
– 30 (2.22)
onde:
TNI – Índice de Ruído de Tráfego (Traffic Noise Index);
4 (L
10
- L
90
) – Avaliação do nível sonoro do ruído;
L
90
– Ruído de fundo.
Este índice é aplicável somente para ruído proveniente do tráfego em vias
principais, apresentando como desvantagens a dificuldade de medir e prever o ruído de
fundo e de definir um único valor para descrever o perfil ao longo de 24 h.
2.6.2.5 Ruído Médio Ponderado no Tempo
É empregado para calcular a média, no tempo, do nível de pressão sonora
ponderado com base em diferentes parâmetros e intervalos de tempo, podendo ser
calculado pela equação 2.23.
TWA = (q/log 2) log [(1/T)
T
0
(P(t))/(P
0
)]
20 log 2/q
dt (2.23)
30
onde:
TWA – Ruído médio ponderado no tempo (Time Weighted Avarage);
q – Taxa de troca;
P(t) – Pressão instantânea em cada instante t;
T – Tempo total de observação;
P
0
– Pressão de referência.
A taxa de troca assume os seguintes valores: 3, 4 e 5 respectivamente, segundo
as normas americanas, quando se deseja converter o Leq, o LDOD e o LOSHA em
TWA (ARAÚJO e REGAZZI, 2002).
2.6.2.6 Índice de Poluição Sonora
Busca a avaliação do ruído de forma que independa da fonte. Em seu cálculo
envolve o nível de ruído equivalente e o nível que exprime a avaliação do ruído,
conforme expresso na equação 2.24.
LNP = L
Aeq
+ 2,56 σ (2.24)
Ou para ruído Gausiano, tem-se:
Lps = L
eq
+ L
10
– L
90
(2.25)
onde:
LNP ou Lps – Índice de poluição sonora (Noise Pollution Level);
σ - Desvio padrão do ruído.
Neste caso o que está sendo enfocado é o incomodo do ruído causado à
comunidade, por isso leva-se em consideração o ruído mais elevado (L
10
)
e o ruído de
fundo do ambiente (L
90
).
2.6.3 Mascaramento
O efeito máscara ou mascaramento ocorre quando um som se tornar inaudível na
presença de um outro, sendo estes emitidos simultaneamente por fontes diferentes, ou
seja será percebido o que apresentar maior nível de pressão sonora acrescido de um
determinado valor, que dependerá da freqüência em que está sendo emitido.
Tons de baixa freqüência com altos níveis mascaram tons de alta freqüência de
baixos níveis.
31
A origem do mascaramento espectral se dá na membrana basilar da orelha
interna quando atingida pela onda sonora. O tom puro estimula esta membrana em toda
sua extensão.
O mascaramento temporal ocorre entre a interrupção da fonte sonora e a
recuperação da sensibilidade normal do ouvido. O intervalo deste mascaramento
independe da duração da emissão do som.
A curva representativa da variação de intensidade em função da freqüência
denomina-se de Espectro de Mascaramento ou Ruído de Fundo.
O gráfico 2.8 representa o efeito do mascaramento de uma banda estreita de
ruído, centrada na freqüência de 1200 Hz tendo como parâmetro o nível global de
pressão sonora da banda de ruído (SILVA, 1975).
Gráfico 2.8 – Efeito do mascaramento de uma banda estreita de
ruído centrada na freqüência de 1200Hz. (SILVA, 1975).
A tabela 2.3 apresenta em banda de oitava, a diferença mínima entre os níveis de
pressão sonora para que um dos dois sons emitidos simultâneos e na mesma freqüência
seja mascarado (NIEMEYER, 1998).
Tabela 2.3 – Mascaramento em relação à freqüência (NIEMEYER, 1998)
Freqüência, Hz 125 250 500 1000 2000 4000
NPS
1
– NPS
2
2 6 9 12 131 13
32
O som de menor intensidade terá sua contribuição desprezível na sonoridade
final e o mascaramento ocorrerá com maior intensidade nas freqüências vizinhas do som
mascarador, incidindo mais acentuadamente na gama de freqüências superiores a deste
som.
33
CAPÍTULO 3
EFEITOS DO RUÍDO NO HOMEM
A Poluição Sonora que ocorre através de energia mecânica ou acústica causa
reflexo não só no aparelho auditivo do homem mas também em todo o seu organismo.
As pessoas que habitam as cidades vivem constantemente num meio agitado e,
na maioria dos casos, sujeitas a altos níveis de ruído que geralmente ultrapassam os
níveis recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Isto se deve ao
avanço tecnológico, ao crescimento desordenado das cidades, aos hábitos de vida e ao
lazer moderno.
Os efeitos causados pelo ruído não são suscetíveis de mensuração direta com
instrumentos físicos atualmente disponíveis, mas, sob certas condições, os métodos de
levantamentos acústicos fornecem dados valiosos na avaliação dos estímulos
provocados pelo ruído sobre o homem, através de correlações entre as propriedades
físicas do ruído e a escala de efeitos subjetivos, quando se tem conhecimento da
influência dos fatores fisiológicos, psicológicos e sociais.
O ruído de circulação pode ser considerado como um problema ambiental
importante, visto que o tráfego intenso e intermitente pode acarretar diversos distúrbios
às pessoas que com ele convivem.
Estudos e investigações realizados até o ano de 2003, têm mostrado que o ruído
de circulação não causa patologias definitivas de forma imediata, como a perda da
audição, mas provocam, quando o indivíduo é particularmente sensível ao ruído, efeitos
fisiológicos e psicológicos.
Os gráficos 3.1 e 3.2 mostram o resultado de uma pesquisa realizada na França e
outra na Itália que quantificaram o grau e o número de pessoas molestadas, em função
do nível de pressão sonora equivalente existente no local onde ficaram expostas,
segundo informações da OCDE (Organización de Cooperación Desarrollo Econômico)
de 1995.
O objetivo dos projetos de controle é de reduzir o ruído a um determinado nível
em que seus efeitos sejam toleráveis pelo homem. Portanto, muitos países vêm
realizando investigações nas áreas físico, psíquico e social acústica com a finalidade de
fixar limites a estes níveis, com base na correlação das perturbações e das moléstias
com os parâmetros medidos, de forma que obedeça aos seguintes critérios, como
descrito por WHO,1980 , apud SOUZA,( em data):
34
Limite diurno – este valor deve ser determinado de modo que a quantidade de
pessoas muito molestadas esteja na faixa de 20 e 25%;
Limite noturno – este valor não deve ser capaz de perturbar o sono, ficando
preferencialmente compreendido entre 35 e 40 dB (A).
Gráfico 3.1 – Resultado da pesquisa realizada na França sobre o incômodo
causado pelo ruído de circulação (OCDE, 1995).
Gráfico 3.2 – Resultado da pesquisa realizada na Itália sobre incômodo
causado pelo ruído de circulação (OCDE, 1995).
A tabela 3.1 apresenta, segundo a NBR 10151/2000 (ABNT, 2000), o nível de
critério de avaliação para ambientes externos, em dB(A), visando o conforto da
comunidade em função da área de ocupação, ou seja por zoneamento.
35
Tabela 3.1 – Nível de Critério de Avaliação (NCA) para ambientes externos, em dB(A)
(NBR 10151/2000).
Tipos de Áreas Diurno Noturno
Áreas de sítios e fazendas 40 35
Área estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas 50 45
Área mista, predominantemente residencial 55 50
Área mista, com vocação comercial e administrativa 60 55
Área mista, com vocação recreacional 65 55
Área predominantemente industrial 70 60
Entre as diversas quantidades que descrevem o efeito do ruído sobre o homem
tem-se segundo a NBR 7731/83 (ABNT, 1983):
o nível de audibilidade do ruído;
o grau do risco de dano ao mecanismo de audição causado pelo ruído;
o grau de incômodo de interferência verbal no trabalho, no descanso, no sono,
etc.
Estas quantidades são obtidas através dos métodos de medição do ruído utilizado
na avaliação dos efeitos sobre o homem, sendo que a escolha segundo a NBR 7731/83
(ABNT, 1983) depende:
do tipo do problema causado pelo ruído;
da categoria do ruído e do campo acústico;
do grau de precisão exigido para a solução do problema em foco.
3.1 Métodos de Medição de Ruído Segundo NBR 7731/83 (ABNT, 1983)
3.1.1 Método de Levantamento Acústico de Ruídos
Tem como objetivo comparar fontes de ruídos de características idênticas de um
campo acústico, através do levantamento do nível sonoro de um limitado número de
pontos, registrados pelo equipamento de medida, sem análise detalhada do meio
ambiente acústico.
Este método não pode ser empregado em determinação para correções de
redução de ruído. Na maioria dos casos é necessário avaliar a variação do ruído em
relação ao tempo, sendo recomendado o emprego dos circuitos de compensação de
freqüência “A” ou “C”, podendo ser também utilizados outros circuitos, como o linear.
O nível de som em “C” é uma aproximação satisfatória do nível de pressão acústica
global, sendo o “A” empregado na avaliação das reações humanas ao ruído.
Este método não se aplica a ruídos impulsivos.
36
3.1.2 Método de Engenharia Acústica
Empregado na análise da influência do meio ambiente sobre as medições,
fornecendo informações suficientes para a maioria dos casos de ações de engenharia,
como por exemplo, quando se aplica em conexão com programas de redução do ruído.
Não é aplicado na medição de ruídos impulsivos
Os pontos de medições e a faixa de freqüência são selecionados em função das
características das fontes e do meio ambiente em que se encontra, podendo ser gravada
a variação do nível de pressão sonora com o tempo durante o período de observação.
3.1.3 Método Acústico de Pressão
Fornece com precisão a descrição do problema causado pelo ruído através de
medições do nível de pressão acústica por faixa de freqüência, sendo a duração dos
registros realizados de acordo com a duração e a flutuação do ruído. Os pontos de
medição e as freqüências são escolhidos de acordo com as características da fonte de
ruído e do meio ambiente.
O meio ambiente é cuidadosamente analisado e, quando possível, o seu efeito
sobre as medições é quantificado procedendo-se avaliações em laboratório.
Este método é empregado na solução de problemas complexos onde se torna
necessário uma análise do campo acústico com precisão.
3.2 Efeitos do Ruído no Homem
Estudos têm demonstrado que os danos causados pelo ruído à saúde humana
encontram-se associados principalmente à intensidade sonora, à freqüência e ao tempo
de exposição do receptor que, associados à sua suscetibilidade, podem causar danos
irreparáveis.
3.2.1 Classificação dos Distúrbios Causados pelo Ruído
A exposição ao ruído intenso e intermitente pode acarretar uma série de
distúrbios que podem ser classificados como:
Distúrbios psicológicos: são os que levam a alterações significativas no sono, no
desempenho das atividades, no comportamento das pessoas, na inteligibilidade
das palavras, no trabalho e na concentração, perturbações na comunicação verbal
e moléstias psicossomáticas como o estresse e as desordens psiquiátricas, etc;
37
Distúrbios fisiológicos: são imediatamente constatados no homem a partir do
efeito causado pela fonte sonora (por exemplo ruído intenso), como alergia,
perda temporária da audição podendo atingir a surdez permanente, levar a certos
tipos de câncer, provoca disfunções digestivas, dores de cabeça, distúrbios
cardiovasculares e hormonais, etc;
Distúrbios prejudiciais ou patológicos são os que acarretam seqüelas
irreversíveis, como a perda definitiva da audição.
A tabela 3.2 apresenta de forma ilustrativa alguns dos distúrbios causados ao ser
humano por diferentes níveis de ruído, que foi extraída dos estudos desenvolvidos na
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, sem/data).
Tabela 3.2 – Exemplos do impacto do ruído à saúde humana (UFMG, sem/data).
NPS em dB Reação Efeitos Negativos Exemplo de
< 50 Confortável - Rua sem tráfego, etc
> 50 Organismo começa a sofrer impactos do ruído
De 50 a 65 O indivíduo fica em
estado de alerta e não
relaxa
Diminui o poder de
concentração prejudicando o
serviço intelectual
Agência Bancária,
etc
De 65 a 70 Reação do organismo em
se adequar ao ambiente,
diminuindo suas defesas.
Aumenta o nível de
cortisona no sangue
diminuindo a resistência
imunológica. Induz a
liberação de endorfina,
tornando o organismo
dependente do ruído.
Aumenta a concentração de
colesterol no sangue.
Bar ou restaurante
lotado, etc.
> 70 Organismo sujeito ao
estresse degenerativo além
de afetar a saúde mental
Aumento do risco de infarto,
infecções, etc.
Praças de
alimentação de
Shopping, vias de
alto tráfego, etc.
Esta tabela exemplifica ruídos inseridos no cotidiano das pessoas. Ruídos eventuais alcançam
NPS mais elevados, como por exemplo shows que podem chegar facilmente a 130 dB (A), o que
pode ocasionar a perda auditiva induzida, temporária ou permanente em pequenos intervalos de
tempo.
A seguir são discutidos os distúrbios mais evidentes
a. Efeito no Sono
Vários estudos (SOUZA, sem data) foram desenvolvidos com o objetivo de
verificar de que maneira diferentes níveis de ruído poderiam interferir durante o período
de descanso mas, devido a grande variedade de fatores envolvidos e característicos de
cada indivíduo, foi necessário utilizar indicadores fisiológicos como o
38
eletrocardiograma, eletroencefalograma e a observação do comportamento ou da
eficiência do indivíduo após este período.
Nestes estudos, as pessoas analisadas foram submetidas a diferentes níveis de
ruído branco durante o período de descanso. Como resultado mais evidente foram
reveladas a demora no adormecer e a interrupção involuntária do sono, com subtração
até mesmo de uma de suas fases, tendo como conseqüência a queda do rendimento nas
atividades desenvolvidas após este período.
Sem conseguir quantificar estes efeitos, as conclusões obtidas nas investigações
não podem ser empregadas no estabelecimento de critérios ou padrões para o controle
do ruído, embora pelas recomendações da OMS, o nível médio (L
eq
) num quarto de
dormir seja de 30 dB(A) para ruídos contínuo, e no máximo de 45dB (A) no caso de
pico, baseado no trabalho de Terzano et al (1990) apud (SOUZA, sem data).
b. Efeito no Desempenho das Atividades
O ruído pode afetar tanto de forma positiva como negativa o desempenho das
atividades dependendo da individualidade e do estado de cada indivíduo, da natureza do
ruído, do tipo de atividade a ser desenvolvida, etc, sendo difícil isolar seus efeitos dos
outros fatores ambientais, exceto quando dificulta a conversação, onde sons importantes
são mascarados prejudicando a compreensão e a reflexão.
O ruído gerado pelo tráfego causa alterações principalmente no comportamento e
no desenvolvimento das atividades exercidas pelas pessoas que, ao conviverem com
este tipo de incômodo, se tornam irritadas mudando sua atitude e humor, chegando até
mesmo ao estresse.
Com o crescimento do volume de tráfego nas cidades este panorama tende a se
agravar, pois atualmente o tráfego é responsável pela maior parcela do ruído urbano
total gerado, liderando as fontes de poluição sonora do meio ambiente.
c. Interferência na Comunicação Verbal
Encontra-se associada ao processo de mascaramento podendo atrapalhar o
desenvolvimento de atividades que dependem da comunicação oral ou da identificação
de avisos sonoros, tornando-se um agente causador de acidentes.
Uma ampliação do critério da ISO (International Organization Standardization)
apresenta uma identificação da provável interferência na conversação causada pelo
ruído de tráfego, tal como expresso por BRAGA (1997) através da equação 3.1:
39
NR dB(A) – 3 (3.1)
onde:
NR – Índice que representa a interferência na conversação.
O NR de 55 dB(A), indica o limite acima do qual qualquer conversa passaria a
sofrer interferência (BRAGA, 1997).
d. Efeito no Sistema Auditivo
O princípio básico da percepção do som é a transformação da energia acústica
que se propaga no meio em impulsos nervosos. Esta função é exercida pelo ouvido, cuja
suscetibilidade é maior para ruídos de freqüências altas.
A relação entre a freqüência e o nível de pressão define o campo auditivo que se
encontra limitado pelo limiar da audibilidade; abaixo deste estão os sons não audíveis e
acima os níveis de dor e de patologias, como já referido no capítulo 2 e exemplificado
na figura 3.1, extraído de CAMAROTTO (1983).
Figura 3.1 – Campo auditivo humano (CAMAROTTO, 1983).
d.1 Modalidades de Perda de Audição
Três são as modalidades de perda auditiva a saber (CAMAROTTO, 1983):
Presbiacusia é a perda natural da sensibilidade auditiva nas altas freqüências em
decorrência da idade, basicamente
por processos de calcificação e perda da
elasticidade das fibras do ouvido interno, este decréscimo pode ser acelerado por
40
exposições a ruídos como os do ambiente urbano, principalmente os que
apresentam maiores freqüências;
Socioacusia é a perda decorrente a exposição freqüente a sons intensos;
Nosoacusia é a perda causada por medicamentos ou acidentes.
A faixa de audibilidade de um indivíduo pode variar em função da idade, do
sexo, da etnia, do tempo de exposição e da intensidade do ruído (CAMAROTTO,
1983).
d.2 Tipos de Perda da Audição Causada pelo Ruído
Surdez Temporária
A surdez temporária também denominada de Deslocamento Temporário do
Limiar de Audição (DTL) é definida como a surdez reversível que ocorre quando o
indivíduo é exposto a ruídos/sons intensos durante um determinado intervalo de tempo.
A audibilidade é recuperada gradativamente após o cessar da fonte, sendo que
nas primeiras horas após a exposição ocorre a maior parte desta recuperação, que é mais
lenta para ruídos de alta freqüência. Se não houver um intervalo de descanso suficiente
para a recuperação total, este tipo de surdez pode se transformar em permanente.
O gráfico 3.3 mostra, de forma genérica, o aumento do DTL em função do nível
de pressão sonora e do tempo de exposição, e os gráficos 3.4 e 3.5 levam em
consideração o sexo do indivíduo neste efeito, segundo CAMAROTTO (1983).
Gráfico 3.3 – DTL em função do nível de pressão sonora e do tempo
de exposição (CAMAROTTO, 1983).
41
Gráfico 3.4 – Deslocamento do limiar da
audição no homem.(CAMAROTTO, 1983).
Gráfico 3.5 – Deslocamento do limiar da
audição na mulher. (CAMAROTTO, 1983).
Surdez Progressiva
A surdez progressiva depende basicamente do tempo e dos níveis de ruído aos
quais o indivíduo se encontra exposto, como apresentado por CAMAROTTO (1983),
que são: ruídos contínuos acima de 80dB(A), ruído de impacto acima de 120 dB (A),
exposição prolongada (anos) a ruídos acima de 80 dB (A) e ruídos de 4.000 Hz e nível
de pressão sonora de 70 dB (A).
Nos primeiros estágios da surdez progressiva, não é possível verificar nenhuma
evidência clara, como a dor ou mudanças fisiológica no aparelho auditivo, conforme
relatado por
CAMAROTTO (1983); apenas surgem algumas dificuldades como ouvir a
própria voz e, conseqüentemente, o indivíduo passa a falar mais alto e sem modulação;
distinguir sons em altas freqüências chegando a 10.000 Hz; interpretar conversações em
42
ambientes pouco ruidosos (até 50dB (A)) e, no caso da surdez na cóclea (parte anterior
do labirinto, ouvido interno), pode apresentar sintomas de origem nervosa.
Os gráficos de 3.6 a 3.8 mostram as perdas auditivas ao longo do tempo, causada
pela exposição ao ruído, já estando compensada as perdas por presbiacusia, que foram
extraído por CAMAROTTO (1983) da norma Z24-X-2 do Report Handbok of Noise
Control.
Gráficos 3.6 – Perda auditiva em dB em função do tempo de exposição
e do nível de pressão sonora para a freqüência de 1.000 CPS
(CAMAROTTO, 1983).
Gráficos 3.7 – Perda auditiva em dB em função do tempo de exposição
e do nível de pressão sonora para a freqüência de 2.000 CPS
(CAMAROTTO, 1983).
43
Gráfico 3.8 – Perda auditiva em dB em função do tempo de exposição
e do nível de pressão sonora para a freqüência de 4.000 CPS
(CAMAROTTO, 1983).
Surdez Permanente ou Total
A surdez permanente causada por traumas acústicos é derivada da destruição das
células auditivas que se encontram no ouvido interno tornando o indivíduo incapaz de
perceber qualquer excitação sonora, de forma irreversível. Os ruídos capazes de
provocar este tipo de patologia são, em geral, os de impacto ou impulsivo, ou seja,
ruídos acima de 120 dB (A).
Verifica-se que para freqüências baixas, a sensibilidade do ouvido é baixa, para
freqüências médias, da ordem de 1000 a 4000 Hz, o sistema auditivo é altamente
sensível, sendo que para altas freqüências a sensibilidade do ouvido volta a ser reduzida.
Os ruídos menos nocivos são os que apresentam uma gama de freqüências
fazendo parte de várias bandas, enquanto os ruídos com pouca freqüência, no limite do
tom puro, em uma banda, concentram a energia num pequeno grupo de células, sendo
assim mais lesivos.
Freqüências altas são mais lesivas que as baixas mas geralmente são mais fáceis
de controlar.
e. Efeitos Neurológicos e Psicológicos do Ruído
Como patologias principais pode-se citar ação sobre o sistema neurovegetativo e
o sistema endócrino; inibição endócrina, abalos no sistema nervoso central, e os efeitos
psicológicos.
A ocorrência destas alterações mostra que o ruído interfere no processo
fisiológico do ser humano podendo até mesmo acarretar sérias patologias.
44
CAPÍTULO 4
RUÍDO DE CIRCULAÇÃO
Do ponto de vista de contaminação ambiental o ruído é o fator mais importante
por ser onipresente em todos os espaços e por ser facilmente detectado pelo ouvido
humano.
Nos grandes centros urbanos 70 a 85% do ruído aos quais os seus habitantes
ficam submetidos provém do tráfego, sendo uma das principais causas de incômodo
social e de queixas realizadas.
O aumento do número de veículos em circulação associado a certos fatores como
aceleração, horários, características dos logradouros, densidade demográfica, educação,
aspectos culturais, etc, são de extrema importância no estudo do impacto ambiental
sonoro de uma região.
O problema do crescente nível de ruído dos grandes centros urbanos não advém
apenas do incremento do nível de ruído proveniente do tráfego mas também da política
de transporte adotada e da educação ambiental sonora, que é ainda escassa na grande
maioria das comunidades que habitam os grandes centros urbanos.
Não existe na atualidade, no Brasil, uma referência legal que limite
exclusivamente os níveis máximos de ruído devido ao tráfego. Entretanto existem, na
legislação, limites máximos de ruído admissíveis por zoneamento, por distintos tipos de
ambiente e por veículos, visando assegurar o conforto da comunidade.
Os níveis de ruído percebidos pela população podem ser reduzidos mediante a
ação sobre as fontes, a propagação acústica e o receptor.
No caso do ruído oriundo dos veículos automotores têm-se somado esforços, por
parte da indústria automobilística e pneumática, para reduzi-lo em sua origem, mas estas
soluções técnicas até o momento não têm sido suficientemente satisfatórias.
A aplicação de revestimentos porosos em pavimentação tem sido uma medida
bastante empregada em vários países, como França, Espanha, Estados Unidos, Japão,
etc, com o objetivo de reduzir o ruído na fonte, de garantir um rolamento seguro ao
tráfego e de proteger das moléstias provocadas pelo ruído, aqueles que vivem em seu
entorno, conforme relatos da OCDE (1995).
A instalação de janelas anti-ruído e o isolamento acústico das edificações são
soluções bastante eficazes na redução do nível de pressão sonora de qualquer tipo de
ruído, porém se limitam a um pequeno grupo de pessoas que se encontram no interior
45
do local protegido por estes recursos, não tendo nenhuma melhora no entorno da via.
Além do mais as condições climáticas, associadas às financeiras de muitos países,
tornam estas soluções proibitivas.
Uma das ações preventivas possíveis consiste em planificar melhor o uso do solo
evitando a incidência do ruído em zonas mais habitadas. Infelizmente a maioria das
cidades não foi planejada ou é herança de um planejamento que não levou em conta o
crescimento acelerado do tráfego.
Em algumas situações as alternativas citadas anteriormente não são suficientes
ou não são passíveis de serem aplicadas, necessitando como complementação o
emprego de medidas corretivas implementadas entre a fonte e o receptor, como a
instalação de elementos isolantes que se interpõem no caminho das ondas sonoras
criando uma zona protegida como por exemplo, as barreiras acústicas e as coberturas
anti-ruído.
Quando se visa reduzir efetivamente os níveis de ruído do entorno de uma via é
de grande valia que se conheçam, dentre outros parâmetros, os que contribuem
diretamente na geração, na propagação e/ou na atenuação da energia sonora. Portanto
faz-se necessário relatar alguns destes parâmetros e suas contribuições.
4.1 Fontes Geradoras do Ruído de Tráfego
4.1.1 Veículos Automotores
O ruído de tráfego ou de circulação tem como origem o acúmulo dos níveis
sonoros produzidos pelos veículos automotores em funcionamento (ruído da mecânica
do veículo) e/ou em movimento (ruído aerodinâmico, ruído da interação pneumático-
revestimento e o efeito da velocidade e da aceleração dos veículos).
Nestas condições, os ruídos emitidos têm como procedência um grande número
de fontes geradoras necessitando diferenciá-las. As mais importantes são descritas a
seguir.
4.1.1.1 Motocicletas
A velocidade, a potência do motor, a regulagem da válvula de escape e a
exaustão são parâmetros importantes que contribuem na geração do ruído.
Por exemplo, uma válvula de regulagem na condições totalmente aberta resulta
na emissão máxima de ruído, que independe da velocidade, do carregamento ou da
marcha, e para uma motocicleta de porte médio encontra-se na faixa de 77 a 95 dB (A).
46
4.1.1.2 Veículos Leves e Pesados
Os veículos leves e pesados são capazes de emitir ruídos que podem ser
classificados em dois blocos: funcionamento do veículo e movimentação, ambos sendo
compostos por vários itens, conforme apresentado a seguir.
a. Ruído de Funcionamento do Veículo
Estrutura e Tamanho do Motor
A intensidade do ruído resultante do motor é função de sua estrutura e de sua
potência mecânica.
Pesquisas realizadas na Inglaterra, pelo Institute of Sound and Vibration
Research, diferenciaram os níveis de pressão sonora produzidos por veículos com motor
a gasolina e a diesel em função da estrutura e do tamanho do motor, para freqüências
entre 500 e 1000Hz, conforme expresso pelas equações 4.1 a 4.4,
(COPPE/UFRJ/DENATRAN/MJ,1980).
Estrutura do Motor
Motor a Gasolina Motor a Diesel
NPS = 50 log N + c (4.1) NPS = 30 log N + c’ . (4.2)
onde:
NPS – Nível de pressão sonora
N – Velocidade de rotação do motor
c e c’ – Constantes experimentais
Tamanho do Motor
Motor a Gasolina Motor a Diesel
NPS = 50 log N + 17,5 log V + C (4.3) NPS = 30 log N + 17,5 log V + C’ (4.4)
onde:
N – Velocidade do motor
V – Velocidade de deslocamento
C e C’ – Constantes experimentais
Na prática os motores a diesel são mais ruidosos que os a gasolina e, em
velocidades reduzidas e com baixo carregamento, a diferença em média é de 6dB(A)
(COPPE/UFRJ/DENATRAN/MJ,1980).
O gráfico 4.1 representa a distribuição dos níveis de pressão sonora emitidos, em
função da revolução do motor a diesel e a gasolina, (TARRIÓ, 1992).
47
Gráfico 4.1 – Variação do ruído em função do tipo do motor
(
TARRIÓ, 1992).
Entrada de Ar e Escape
A entrada de ar e a exaustão de gases são fontes predominantes de ruído quando
não é usado o silenciador, pois este reduz as flutuações de pressão e permite a
comunicação do ar com a atmosfera através de deflectores equipados com absorvente de
ruído. Este tipo de ruído aumenta com o aumento da velocidade do motor.
Influência da Idade do Veículo
É de se esperar que ocorra o aumento do ruído emitido pelos veículos com
acréscimo da idade devido a sua deterioração.
SILVA (1975) alertou que o trabalho apresentado por F. Bruckmayer revelou
que o nível de pressão sonora aumenta na ordem de 2 a 3 dB(A) para uma diferença de
três anos entre os veículos. Posteriormente, medições foram realizadas em veículos de
diferentes idades e potências. Dos valores médios obtidos na análise espectral foi
concluído que o acréscimo da idade não correspondia a um aumento significativo do
nível de ruído; a explicação do fato encontrava-se na maior potência dos motores,
comprovando a necessidade de melhorar a tecnologia utilizada no isolamento destes,
que nos dias de hoje se encontram mais eficazes.
b. Ruído de Movimentação do Veículo
São os ruídos dependentes da velocidade do veículo.
48
Efeito da Velocidade e da Marcha
O ruído produzido pela movimentação do veículo é constituído por dois efeitos:
o da velocidade e o da marcha, cujas contribuições no nível de pressão sonora podem
ser observados no gráfico 4.2 (TARRIÓ, 1992).
Gráfico 4.2 Influência da velocidade e da marcha no ruído emitido
por um veículo (
TARRIÓ, 1992).
O ruído máximo emitido por um veículo se deslocando a velocidade constante
em uma determinada marcha é proporcional ao logaritmo da velocidade do veículo,
conseqüentemente se a velocidade aumentar e a marcha for mantida o ruído aumentará
de 10 dB (A).
Ruído Aerodinâmico
Pode ser considerado desprezível em relação aos demais ruídos, mas sua maior
contribuição ocorre quando o veículo se encontra em alta velocidade.
Ruído da Interação Pneumático-Revestimento do Pavimento
Com a evolução tecnológica no ramo automobilístico visando a redução do ruído
mecânico a partir da década de 80, o ruído da interação pneumático-revestimento
passou a ser preponderante, fazendo-se necessário atuar sobretudo nos pneumático e nas
superfícies dos revestimentos dos pavimentos, pois a interação entre estas superfícies
contribui significativamente para o ruído total do tráfego, sendo função do tipo de
textura e das condições superficiais dos revestimentos dos pavimentos, das
características dos pneumáticos, da aceleração e da velocidade de circulação dos
veículos e das condições ambientais.
49
A percepção do ruído oriundo desta interação está fortemente influenciada pelas
características do veículo, pela banda de rodagem dos pneumáticos e pelo tipo de
revestimento que constitui o pavimento.
A banda de rodagem é a parte do pneumático que fica em contato direto com o
revestimento do pavimento, sendo constituída de partes cheias chamadas de biscoitos e
as vazias conhecidas como sulcos, que devem garantir aderência, tração, estabilidade,
conforto e atenuação do ruído. Dependendo da tipologia dos sulcos da banda de
rodagem consegue-se reduzir o efeito da aquaplanagem e a geração do ruído da
interação pneumático-revestimento. Para reduzir o ruído, a banda de rodagem deve ser
constituída por blocos em seqüências de tamanhos distintos que distribuem o som em
diferentes freqüências.
A interação pneumático-revestimento passa a ser a principal fonte geradora de
ruído quando os veículos ultrapassam um determinado limite de velocidade de
circulação, chegando atingir 2 a 4 dB (A) acima do ruído produzido pelas demais fontes.
A velocidade que limita a contribuição do funcionamento dos diferentes tipos
veículos e da interação pneumático-revestimento no ruído de circulação tem tido valores
bastante divergentes, variando de 50 a 80 Km/h.
4.1.1.3 Mecanismos Envolvidos no Ruído Pneumático-Revestimento
O fluxograma apresentado na figura 4.1 apresenta os principais mecanismos e os
fatores envolvidos no ruído oriundo da interação pneumático-revestimento (OCDE,
1995).
Teoricamente as fontes geradoras do ruído da interação veículo-revestimento
são:
a. Vibrações Radiais da Carcaça do Pneumático – são devido aos choques dos
biscoitos da banda de rolagem do pneumático com a superfície do revestimento
do pavimento.
b. Bombeamento do Ar – é a sucção e a expulsão do ar dos sulcos dos pneumáticos
que ocorre anteriormente e posteriormente à zona de contanto pneumático-
revestimento.
Este fenômeno é provocado pelas vibrações radiais oriundas do impacto mútuo
da banda de rodagem dos pneumáticos com a superfície da camada de rolamento,
desenvolvendo um mecanismo brusco de compressão e descompressão do ar
50
devido à abertura e fechamento dos sulcos dos pneumáticos; o ruído produzido é
refletido várias vezes entre estas superfícies e na parte inferior do veículo, antes
de propagar-se no entorno da via. Este fenômeno é também denominado de
efeito de sucção ou “air pumping”, que provoca a ressonância do ar no interior
dos sulcos do pneumático, cujo nível de pressão sonora pode ser estimado
segundo a equação 4.5 (COPPE/UFRJ/DENATRAN/MJ,1980).
NPS = 40 log S + c (4.5)
onde:
NPS – Nível de Pressão Sonora;
S – Velocidade do pneumático (rotação/min);
c – Constante experimental.
O nível de pressão sonora aumenta em função da largura da banda de rodagem.
Figura 4.1 – Fluxograma representativo da composição do ruído de contato pneumático-
revestimento (OCDE, 1995).
51
c. Mecanismo de Aderência-Ruptura Pneumático-Revestimento do pavimento –
este mecanismo é constituído por uma seqüência de ciclos de contato e de
separação entre a superfície do revestimento e a borracha do pneumático
(aderência efetiva) gerando as vibrações tangenciais. A borracha ao entrar em
contato com o revestimento deforma-se aumentando a área de contato. Este
mecanismo é denominado de Ruído de Adesão ou “Slip and Stick” que é
percebido pelos receptores situados ao redor da via.
Com base na figura 4.2 (OCDE, 1995) identifica-se S
1
como o ponto de contato
pneumático-revestimento onde é gerado o ruído e em S
2
a sua propagação, que se
processa através do efeito HORN ou diedro, resultante da reflexão das ondas
sobre as faces do diedro formado entre as superfícies do pneumático e do
revestimento do pavimento; posteriormente estas ondas sofrem várias reflexões
até atingir o receptor.
Figura 4.2 – Mecanismos envolvidos na propagação do ruído da interação
pneumático-revestimento (OCDE, 1995).
O efeito conjunto das ondas diretas e refletidas origina o ruído S
3
que chega ao
receptor.
Em síntese são identificados três mecanismos de propagação do ruído de
circulação, a saber:
Amplificação por diedro;
Reflexões múltiplas de ondas na parte inferior do veículo;
Reflexões múltiplas no espaço existente entre a fonte e o receptor.
52
d. Ruído do Fluxo de Ar sobre os Pneumáticos – é gerado pelo ar proveniente do
bombeamento dos pneumáticos e do movimento do veículo, que passa entre o
pneumático e a carroceria do veículo;
e. Ruídos da Vibração da Carroceria e das Cargas – este tipo de ruído depende da
suspensão dos veículos e das características das superfícies das camadas de
rolamento.
Todos estes mecanismos sofrem influência das características dos pneumáticos e
de seu estado de conservação, bem como da irregularidade longitudinal, do tipo e do
nível de serventia dos revestimentos dos pavimentos e da impedância mecânica do
contato pneumático-revestimento.
Alguns destes mecanismos estão sintetizados nas figuras 4.3 (TARRIÓ, 1992).
Figura 4.3 – Mecanismos envolvidos na geração de ruído pneumático-revestimento
do pavimento (
TARRIÓ, 1992).
Quando se objetiva diminuir o nível de ruído em função de alterações realizadas
na banda de rodagem do pneumático e no tipo de revestimento a ser aplicado é
fundamental que se estabeleça o equilíbrio entre a segurança e o ruído gerado.
53
4.1.2 Efeito da Textura do Revestimento dos Pavimentos na Geração e Propagação do
Ruído da Interação com o Pneumático
Em relação à serventia o pavimento deverá ser capaz de propiciar ao usuário:
Conforto e segurança ao rolamento, que se traduz por suas condições estruturais
e funcionais;
Conforto acústico obtido através da redução das vibrações da carcaça dos
pneumáticos e das partes interna e externa do veículo;
Economia através da redução do tempo de viagem, do consumo de combustível,
do desgaste dos pneumáticos e do próprio veículo.
Como já exposto, do ponto de vista acústico existem dois fenômenos opostos
envolvidos na interação pneumático-revestimento que são a geração e a absorção do
ruído, que se encontram intimamente relacionados com a condição funcional e com o
tipo de textura superficial apresentada pelo revestimento do pavimento, com o tipo de
pavimento implantado, com os materiais empregados em sua fabricação, com a
percentagem de vazios e com o posicionamento dos agregados do revestimento na pista,
etc.
Existem alguns tipos de revestimento que são capazes de diminuir a geração do
ruído através da redução da amplitude do efeito diedro e da reflexão das ondas sonoras
que se propagam entre sua superfície e a parte inferior dos veículos, também absorvem
os ruídos emitidos por fontes mecânicas e as ondas sonoras geradas da interação
pneumático-revestimento oriundas das vibrações induzidas no pneumático causadas
pelas irregularidades superficiais dos revestimentos.
Segundo a ASTM – E 867-92B a textura da superfície dos revestimentos pode
ser definida por quatro tipologias conforme apresentada na tabela 4.1 e ilustradas pela
figura 4.4
(Modificada de BIANCHETTO, 1996).
Tabela 4.1 – Classificação da textura superficial dos revestimentos (Modificada da
ASTM – E 867 – 92B).
Domínio
Horizontal (λ)
Vertical (Amplitude)
Micro-textura 0 – 0,5 mm 0 – 0,2 mm
Macro-textura 0,5 – 50 mm 0,2 – 10 mm
Mega-textura 5 – 50 cm 1 – 50 mm
Curta 0,5 – 5 cm 1 – 20mm
Média 5 – 15m 0,5 – 5cm
Irregularidade
(Defeitos Superficiais)
Longa 15 – 50m 1 – 20cm
54
Figura 4.4 – Diferença visual entre irregularidades superficiais de um
revestimento asfáltico (Modificada de BIANCHETTO, 1996).
A figura 4.5 apresenta de forma esquemática a classificação da irregularidade
superficial dos revestimentos dos pavimentos e o seu desempenho em função do
comprimento de onda de sua superfície, segundo pesquisas realizadas por Descornet na
Bélgica em 1980 (FERNANDES, 1998).
Figura 4.5 – Classificação da irregularidade e do desempenho dos revestimentos dos pavimentos em
função do comprimento de onda de sua superfície, segundo Descornet (FERNANDES, 1998).
55
Esta pesquisa possibilitou que Descornet demonstrasse através do estudo do
espectro da textura superficial do revestimento de um pavimento e do espectro do ruído
emitido por um veículo se deslocando com o motor desligado que o ruído da interação
pneumático-revestimento está relacionado a dois comprimentos de onda críticos da
textura do revestimento (BIANCHETTO, 1996), a saber:
Comprimento de onda aproximadamente de 80mm – o aumento da amplitude
implica no incremento do ruído (mega-textura);
Comprimento de onda aproximadamente de 3mm – o aumento na amplitude
diminui o ruído (macro-textura), fazendo-se sentir principalmente em
freqüências elevadas (> 1000Hz) do espectro acústico.
Então, os efeitos indesejáveis da textura devem-se a modalidade da
irregularidade longitudinal, tendo como limite das texturas desejáveis, a micro e macro-
textura, e indesejáveis, a mega-textura e a rugosidade (irregularidade), o comprimento
de onda de aproximadamente 50 mm, conforme apresentado de forma esquemática na
figura 4.5.
As texturas denominadas como indesejáveis são as que mais contribuem com a
geração do ruído.
Apesar da micro-textura ser relacionada essencialmente à segurança, ou seja, a
resistência à derrapagem, sendo classificada em micro-textura lisa ou áspera, em função
da rugosidade da superfície dos agregados e das características dos ligantes que os
envolvem, também contribui nos mecanismos envolvidos na geração do ruído da
interação pneumático-revestimento. A figura 4.6, obtida de ARAUJO (1994) com
modificações, ilustra a diferença entre estes dois tipos de textura.
Figura 4.6 – Tipo de textura da superfície do agregado
(Modificada de ARAUJO, 1994).
56
Em superfícies molhadas a contribuição da micro-textura lisa é ínfima na
aderência, podendo ocorrer o fenômeno da aquaplanagem que é a perda do contato seco
entre a superfície dos pneumáticos e do revestimento devido à formação de uma
película de água de espessura finita. Já a micro-textura áspera proporciona contatos
secos em grande parte das áreas de interação, diminuindo o efeito da aquaplanagem.
como pode ser verificado nos gráficos da figura 4.7, modificada de ARAUJO (1994).
Figura 4.7 – Aderência em função da textura da superfície do agregado em pista
seca e molhada (Modificada de ARAUJO, 1994).
O fenômeno da aquaplanagem vem sendo representado desde 1976 pelo modelo
apresentado por W.B. Horne da NASA (National Aeronautics and Space Administation)
e mais recentemente pelo ponto de vista da tribologia, que são descritos a seguir.
a. Modelo de W.B. Horne da NASA, 1976 (ARAÚJO, 1994)
A figura 4.8
(ARAUJO, 1994) ilustra o modelo proposto por Horne para explicar a
aquaplanagem, como um fenômeno que pode ser dividido em três zonas de
comportamento distinto, denominadas de Z
1
, Z
2
e Z
3
.
As zonas Z
1
, Z
2
e Z
3
de contato pneumático-revestimento são assim descritas:
Z
1
– Região da área de contato em que a água é deslocada para frente, em forma
de onda, pelo pneumático em movimento, com pressão muitas vezes superior à
exercida pelos pneumáticos impedindo-o de interagir com o revestimento.
Z
2
– Região em que ainda existe uma película d’água entre o pneumático e o
revestimento, capaz de criar um deslizamento relativo entre estes no domínio da
viscosidade da água, sendo denominada de viscoplanagem.
57
Z
3
– Região em que a película de água é rompida pela ação da micro-textura dos
agregados retornando o contato íntimo entre a banda de rodagem do pneumático
e a superfície do revestimento.
Figura 4.8 – Modelo das três zonas para aquaplanagem combinada
(ARAUJO, 1994).
Estas zonas podem coexistir dinamicamente e suas extensões dependem, entre
outros fatores, da velocidade de deslocamento, da espessura da lâmina d’água, da
drenabilidade e da textura da superfície dos revestimentos dos pavimentos, do
tipo de banda de rodagem, etc.
A eliminação da água da área de contato entre pneumático e o revestimento do
pavimento requer um determinado tempo e é função da drenabilidade, da macro
e micro-textura de sua superfície. A macro-textura em conjunto com os sulcos da
banda de rodagem dos pneumáticos permite que grande parte da água da zona Z
1
seja drenada.
Já a micro-textura é responsável pelo rompimento da película de água
remanescente em Z
2
, permitindo o restabelecimento do contato entre o
pneumático e o revestimento do pavimento.
Tribologia
Segundo definição apresentada por APS et al (2003) a tribologia é a ciência que
estuda o atrito, a lubrificação e o desgaste de superfícies em movimento relativo.
58
Seguindo este conceito o pavimento pode ser considerado como corpo e o
pneumático o contra-corpo, sendo a lubrificação realizada por meio do ar ou da
água. A figura 4.9 apresentada por APS et al (2003) mostra a freqüência em que
a borracha do pneumático é excitada por deformações cíclicas induzidas pela
textura ou pela irregularidade da superfície do revestimento do pavimento, que
depende da velocidade de deslocamento e da distância média entre as
protuberâncias existentes na superfície do revestimento, sendo que em (a) a
distância entre protuberâncias são maiores que nas demais, não sendo
preenchidos os vazios existentes entre elas em função da adesão da borracha do
pneumático conforme, ocorre em (b). Em (c) mostra-se a deformação do
pneumático ao transpor um objeto presente na superfície do revestimento e em
(d) o comportamento do pneumático em presença de água durante o
deslocamento em baixa velocidade, onde o fluido interposto entre as superfícies
impede a deformação cíclica de sua superfície, diminuindo a interação
pneumático-revestimento.
Figura 4.9 – Contato da borracha do pneumático com a
superfície do revestimento do pavimento (Modificada
de APS et al, 2003).
É possível que a micro-textura contribua com a redução do ruído externo ao
veículo produzido pela interação pneumático-revestimento do pavimento em virtude da
redução da aquaplanagem.
59
O gráfico 4.3 exemplifica a contribuição no nível sonoro de um revestimento não
drenante nas condições seca e molhada, estando o veículo se deslocando com o motor
desligado no momento da medição, (TARRIÓ, 1992).
Gráfico 4.3 – Nível sonoro máximo emitido pela interação do
pneumático de um caminhão com o revestimento do pavimento,
em função da velocidade de deslocamento, nas condições seca e
molhada (
TARRIÓ, 1992).
O potencial da aquaplanagem e o ruído oriundo da interação pneumático-
revestimento podem ser reduzidos através do aumento da macro-textura superficial do
revestimento, que é função da faixa granulométrica empregada, do tamanho máximo do
agregado e de sua distribuição espacial na mistura.
A figura 4.10, modificada de ARAUJO (1994), representa esquematicamente
tipos de macro-texturas aberta e fechada.
Figura 4.10 – Tipos de macro-textura
(Modificada de ARAUJO, 1994).
60
A macro-textura também pode ser classificada em positiva e negativa, conforme
ilustrado na figura 4.11 e apresentada por BIANCHETTO (1996).
Figura 4.11 – Representação esquemática das macro-texturas positiva
e negativa (BIANCHETTO, 1996).
A superfície do revestimento que apresenta macro-textura positiva apresenta
pontos singulares onde os pneumáticos se apóiam; já na macro-textura negativa, estes
pontos se encontram voltados para o interior do revestimento tornando-se a superfície
menos irregular, pois os vazios se manifestam em profundidade. Este tipo de textura
reduz consideravelmente o ruído de circulação dos veículos e é encontrada
principalmente nos revestimentos drenantes.
A degradação da micro-textura se verifica quase que exclusivamente pelo
polimento da face dos agregados, que é um fenômeno de degradação mecânica da
superfície exposta ao ambiente, em escala microscópica; já o comprometimento da
macro-textura ao longo do tempo ocorre devido à ruptura de agregados, à desagregação,
à densificação e ao desgaste superficial do revestimento.
A micro e macro-textura podem ser avaliadas de forma indireta (sem contato) ou
direta (com contato) conforme apresentado nas tabelas 4.2 e 4.3, modificadas de
FERNANDES (1998).
Tabela 4.2 – Métodos de avaliação indireta da micro e macro-textura da superfície do
revestimento do pavimento (Modificada de FERNANDES, 1998).
Métodos Denominação Medida de
Textura
Medida de
Coef. Atrito
Grandeza
Característica
Unidade Emprego
Perfilometro a
Laser
Rugolaser Micro e
Macro
CAL + CAT D
*
= altura
média
mm Lab. e
Campo
Estereofoto-
gramétrico
Estereofoto-
grafia
Caract. de
Micro e
Macro
Via modelo
de previsão
Nº Código
Adimen-
sional
Lab. e
Campo
Legenda: CAL – Coeficiente de Atrito Longitudinal
CAT – Coeficiente de Atrito Transversal
61
Tabela 4.3 – Métodos de avaliação direta da micro e macro-textura da superfície do
revestimento dos pavimentos (Modificada de FERNANDES, 1998).
A figura 4.12 (OCDE, 1995) apresenta a comparação entre dois tipos de
revestimentos asfálticos que se diferenciam pelo coeficiente de absorção acústica e pela
macro-textura de suas superfícies.
62
Figura 4.12 – Exemplo da contribuição de dois tipos diferentes de revestimentos
na absorção do ruído oriundo da interação pneumático-revestimento (OCDE, 1995).
Os componentes espectrais do ruído emitido em S
1
se encontram em baixas e
altas freqüências do espectro, sendo que as energias de altas freqüências são superiores
e decrescem em função das irregularidades dos revestimentos.
As vibrações radiais predominantes em baixa freqüência, apresentam
comprimento de onda próximo ao raio principal da zona de contato e são altamente
influenciadas pela textura dos revestimentos, conforme pode ser observado na figura
4.13 (OCDE, 1995).
O mecanismo de propagação é o que recebe maior contribuição da tipologia do
revestimento.
4.1.3 Efeito da Qualidade do Revestimento dos Pavimentos na Geração do Ruído na
Interação com o Pneumático
Do ponto de vista funcional a qualidade de rolamento depende do nível de
serventia, que pode ser avaliado subjetivamente ou por medidas físicas correlacionáveis
63
com a avaliação subjetiva, segundo o Manual de Reabilitação de Pavimentos Asfálticos
(DNER,1998).
Figura 4.13 – Características dos revestimentos quanto à porosidade
(OCDE, 1995).
Na pista Experimental da AASHO foi possível concluir que a característica do
pavimento que mais afetava a avaliação do usuário era a irregularidade longitudinal,
definida como o conjunto de desvios da superfície do revestimento em relação a um
plano de referência, que afeta a qualidade do rolamento, a dinâmica das cargas dos
veículos sobre a via e dos veículos em movimento, elevando o nível de ruído, o
desempenho da via, e a drenagem superficial, que contribui de forma negativa na
segurança e na geração de ruído.
A irregularidade longitudinal da superfície de um revestimento se apresenta em
diversas freqüências e em vários comprimentos de onda e podem estar relacionadas a
vários fatores de natureza aleatória, tais como:
Solo de fundação de baixo suporte, associado a projetos inadequados;
Imperfeições no processo executivo;
Excesso de cargas não previstas.
64
O ruído proveniente da circulação do veículo em superfícies irregulares
apresenta níveis de pressão sonora mais elevados em freqüências médias e baixas, que
resulta da maior emissão do ruído por parte do pneumático e da carroceria.
O tipo e as condições funcionais dos revestimentos dos pavimentos determinarão
o nível de ruído por eles emitidos. superfícies em boas condições funcionais emitirão
menor nível de ruído quando comparadas às de condições ruins, pois o tipo e o estado
de regularização do pavimento determinarão a forma de solicitação a que estarão
sujeitos os pneumáticos, sendo responsáveis pelas vibrações dos corpos dos veículos em
circulação, influenciando de forma perceptível na elevação do nível de ruído de tráfego.
Uma vez que a irregularidade do revestimento de um pavimento interfere na
interação entre o revestimento e o pneumático, aumentando o ruído, cabe uma descrição
sobre o comportamento de um veículo ao se deslocar sobre a superfície danificada.
Os veículos, ao se deslocarem sobre um pavimento apresentando irregularidade,
têm seus pneumáticos comprimidos e sucessivamente tamm as molas e os
amortecedores, de forma gradual, até atingir o valor máximo de compressão da mola, no
pico da irregularidade. Posteriormente inicia-se a distensão da mola, controlada pelo
amortecedor até atingir seu valor máximo que ocorre após a transposição da
irregularidade, conforme ilustrado na figura 4.14, modificada de VASCONCELOS
(1990).
Figura 4.14 – Movimento oscilatório do sistema de suspensão de um veículo
na transposição da irregularidade (Modificada de VASCONCELOS, 1990).
A figura 4.15, modificada de VASCONCELOS (1990), apresenta de forma
esquemática o sistema de suspensão de um veículo cuja finalidade é manter a sua
estabilidade, e a figura 4.16, modificada de ARAUJO (1994), mostra detalhes do
deslocamento vertical do eixo do veículo ao transpor uma superfície irregular.
65
.
Figura 4.15 – Representação esquemática Figura 4.16 – Detalhe do deslocamento vertical
da suspensão de um veículo (Modificada de do eixo de um veículo ao transpor um defeito
VASCONCELOS, 1990). (Modificada de ARAUJO, 1994).
A compressão e distensão do sistema de suspensão ocorrem em virtude dos
efeitos sucessivos de compressão e descompressão do pneumático na tentativa de
moldar-se e desmoldar-se à geometria das irregularidades de modo a transpô-las sem a
ocorrência de choques, conforme representado no gráfico 4.4. Estes movimentos são de
natureza oscilatória, com maior ou menor amplitude em função do grau de severidade
das irregularidades e pelo fato dos pneumáticos se comportarem como molas de ar
(VASCONCELOS, 1990).
Os choques sucessivos dos pneumáticos com a superfície do revestimento
acarretam a elevação das vibrações radiais no seu interior e o aumento do efeito de
ressonância do ar nos sulcos da sua banda de rodagem, elevando o nível de ruído.
Gráfico 4.4 – Representação do movimento oscilatório devido
à deformação dos pneumáticos (VASCONCELOS, 1990).
66
No gráfico 4.5 estão representadas oito regiões oriundas do movimento
oscilatório que ocorre durante a transposição da irregularidade, VASCONCELOS
(1990), são elas:
1. Região antes do início da oscilação dos pneumáticos;
2. Oscilação provocada pelos pneumáticos;
3. Região de compressão provocada pela passagem sobre o pico da irregularidade;
4. Região de descompressão, com o máximo de distensão ocorrendo no final da
irregularidade;
5. Região de fortes compressões que ocorrem após a distensão máxima provocada
pelo próprio sistema na tentativa de retornar ao equilíbrio;
6. Região de oscilações naturais decrescentes causadas pela energia de deformação
remanescente, onde a tendência de retorno ao equilíbrio se acentua com a
redução da amplitude das oscilações;
7. Região de oscilações devido às deformações dos pneumáticos, que ocorrem até o
retorno do sistema ao equilíbrio;
8. Região com oscilações naturais.
Gráfico 4.5 – Representação esquemática do movimento oscilatório
na transposição da irregularidade (VASCONCELOS, 1990).
Segundo VASCONCELOS (1990) os picos que surgem na amplitude do
movimento oscilatório durante uma avaliação, conforme ilustrado no gráfico 4.5,
caracterizam a interação do veículo com o pavimento. As irregularidades sucedem em
picos e vales continuamente, cujos perfis da amplitude das oscilações podem ser obtidos
quase que ponto a ponto, uma vez que a área de contato pneumático-revestimento é
pequena e que as dimensões das estruturas envolvidas podem ser consideradas como um
67
ponto. Estas medidas deveriam ser realizadas de forma instantânea para que fosse
medido cada máximo da amplitude de oscilação isoladamente das demais, evitando
superposições de medidas em virtude da pequena distância entre dois picos sucessivos.
Os equipamentos que realizam a medida da Irregularidade Longitudinal
quantificam as distorções existentes na superfície do pavimento. De forma sucinta, os
métodos e tipos de equipamentos empregados na avaliação da irregularidade
longitudinal do pavimento, podem ser enquadrados nos seguintes grupos, conforme
descrito no Manual de Reabilitação de Pavimentos Asfálticos (DNER, 1998):
Sistemas de medida direta de perfil
Envolvem medidas diretas ou manuais da geometria vertical do pavimento
mediante equipamentos topográficos. Os resultados obtidos são processados de
forma a fornecer valores estatísticos indicativos de irregularidades. São eles:
Método de Nível e Mira e Viga Abay do TRRL.
Sistema de medida indireta do perfil
Executam medidas mecanizadas do perfil da via. Os dados obtidos são
processados fornecendo a amplitude de onda, o coeficiente de irregularidade, etc.
São eles: Perfilômetro Dinâmico de Superfície (GMR), Perfilômetro AASHTO,
Analisador de Perfil Longitudinal (APL), Perfilômetro CHLOE e Merlin do
TRRL.
Sistema baseado na reação do veículo ou tipo-resposta (SMITR)
O instrumento determina acumulativamente os movimentos relativos entre o eixo
traseiro do veículo e sua carroceria, a partir da qual, estatisticamente, caracteriza-
se a irregularidade, sendo que os mais difundidos, internacionalmente e no
Brasil, são Rugosímetro BPR, Maysmeter, Bump Integrator, Integrador de
Deslocamentos Lineares Sul-Africano (LDI), Sistema Integrador IPR/USP.
Sistemas de medida com som sem contato
Baseia-se na reflexão de uma onda sonora ou raio laser emitido por um
dispositivo situado sob o veículo. São eles: Perfilômetro “Laser” do TRRL,
Perfilômetro “Acústico” da Universidade FELT, Perfilômetro PRIMAL e
Perfilômetro K.J.Law Inc.
68
4.1.4 Ação do Tráfego na Geração do Ruído de Circulação
Um veículo em posição estática pode ser considerado como uma fonte pontual
omnidirecional mas, à medida que se desloca, vai ocupando sucessivamente novas
posições do percurso, deixando de ser uma única fonte e sim uma seqüência de fontes.
O espectro do ruído de tráfego é uma mistura de todos os espectros
característicos de cada fonte, que depende do meio de propagação. A análise por
freqüência permite identificar as contribuições ao ruído total de determinadas fontes
sonoras, o que é fundamental no estudo da propagação e em medidas corretivas.
Os veículos automotores apresentam uma grande riqueza espectral com o
máximo de pressão sonora nas freqüências baixas, com exceção dos veículos de
cilindrada reduzida, os de motor de dois tempos, os de motor a diesel e os de carga.
(SILVA, 1975). Por exemplo, os automóveis têm sua energia sonora concentrada em
baixas freqüências de 63 e 125 Hz e as motocicletas em 250 Hz, em relação ao motor.
Em uma via a circulação de veículo pode ser modelada como uma fonte sonora
linear extensa, onde a potência sonora passa a ser dependente de vários fatores como os
descritos a seguir.
4.1.4.1 Intensidade ou Volume do Tráfego
É o número de veículos que circulam em uma seção da via por um período de
tempo determinado. Quanto maior a intensidade de tráfego, maior será o nível sonoro
equivalente; na prática, o aumento do nível de ruído para uma duplicação do volume de
tráfego é da ordem de 2,3 dB(A) nas rodovias e de 2,7 a 3,0 dB(A) nas vias urbanas
(COPPE/UFRJ/DENATRAN/MJ,1980), como ilustrado na figura 4.17 modificada de
BIANCHETO (1996).
4.1.4.2 Composição do Tráfego
É importante que se conheça cada tipo de veículo que circula na via,
classificando-os, se possível, em categorias. De um modo geral, admite-se três
categorias de veículos, os leves, os pesados e as motocicletas, cujos níveis de pressão
sonora emitidos são diferentes.
Como exemplo, o gráfico 4.6 representa a distribuição estatística dos níveis de
ruído emitidos por veículos leves e pesados em função da banda de freqüência
(TARRIÓ, 1992) e o gráfico 4.7 (SILVA, 1975) expressa a influência da quantidade de
veículos pesados no enriquecimento do nível sonoro nas freqüências médias e baixas.
69
O efeito da composição do tráfego varia em função do tipo de via, com menor
importância nas rodovias que nas vias urbanas pois, geralmente, as velocidades médias
em rodovias são elevadas e a diferença de ruído entre os veículos leves e pesados se
torna menor.
Figura 4.17 – Influência da intensidade do tráfego no ruído
(Modificada de BIANCHETO, 1996).
Gráfico 4.6 – Espectro sonoro do ruído emitido por veículos leves e
pesados (
TARRIÓ, 1992).
70
Gráfico 4.7 – Influência da densidade de veículos pesados no nível
de ruído
(SILVA, 1975).
O gráfico 4.8 (TARRIÓ, 1992) apresenta, como exemplo, a distribuição
estatística de níveis sonoros de pico em dB (A) produzido por veículos de diferentes
categorias em condições de tráfego urbano.
Gráfico 4.8 – Níveis sonoros emitidos para diferentes tipos de
veículos em determinada velocidade
(TARRIÓ, 1992).
4.1.4.3 A Velocidade e o Tráfego
A velocidade de deslocamento de um veículo é um parâmetro que influencia de
forma acentuada as características do ruído produzido pelo funcionamento do motor e
71
com o tipo de solicitação dos pneumáticos, que se encontra intimamente ligado a sua
interação com a superfície do revestimento do pavimento.
A elevação da velocidade em vias expressas corresponde a um aumento do nível
de pressão sonora percebido pelo receptor, em virtude da interação pneumático-
revestimento, que é identificado no espectro do domínio das freqüências médias e altas.
Em vias urbanas o aumento da velocidade em conseqüência da redução do
número de paradas e partidas, que torna o fluxo mais livre, reduz a contribuição do
ruído do motor no nível de pressão sonora, porém aumenta com o ruído da interação
pneumático-revestimento.a influência
O gráfico 4.9 (TARRIÓ, 1992) ilustra a influência da velocidade e da
composição do tráfego no nível de ruído.
Gráfico 4.9 – Influência da velocidade no ruído emitido por distintas categorias de
veículos
(TARRIÓ, 1992).
As expressões obtidas através de pesquisas experimentais determinam o nível de
ruído, a três metros da via, em função do fluxo, da velocidade e da composição do
tráfego para vias expressas, segundo COPPE/UFRJ/DENATRAN/MJ (1980) são:
a. Para vias expressas fluxo livre e tráfego leve, medição a 3m da calçada.
L
10
= 8 log Q + 20,4 log V +13 (4.6)
b. Para vias expressas fluxo livre e pouco tráfego pesado, medição a 3m da calçada.
L
eq
= 10 log Q + 20 log V (4.7)
72
onde:
L
10
– Nível sonoro ultrapassado em dez por cento do tempo de observação
(dB (A))
L
eq
– Nível sonoro equivalente (dB (A))
Q – Volume do tráfego (veículo/hora)
V – Velocidade média (km/hora)
A expressão 4.7 se baseia na hipótese de que o nível de ruído de um veículo em
velocidade elevada aumenta na proporção de 30 log V.
c. Fluxo baixo com tráfego pesado
Quando o volume de tráfego é baixo, a presença de veículos pesados não altera
significativamente a velocidade média da via, mas se o volume é elevado a presença
destes veículos se faz sentir com a redução da velocidade.
São vários os métodos empregados na determinação do nível de ruído, talvez
pela existência de diferentes definições para veículos pesados. Alguns dos métodos
utilizados para este tipo de medição são (COPPE/UFRJ/DENATRAN/MJ,1980):
c.1 Consiste em acrescentar ao L
eq
, calculado pela expressão 4.7 os valores abaixo
apresentados, que foram determinados em função da percentagem de caminhões
circulando.
0 dB (A) – para 10 a 15% de caminhões
2 dB (A) – para 20% de caminhões
3 dB (A) – para 30% de caminhões
4 dB (A) – para 40% de caminhões
5 dB (A) – para 50% de caminhões
c.2 Consiste no emprego do gráfico 4.10, que foi definido para receptores a 10 m do
meio-fio e para um fluxo de tráfego com velocidade média de 96,5 km/h, na
determinação do L
10
para um volume de tráfego entre 250 a 4.000 veículos/hora
(COPPE/UFRJ/DENATRAN/MJ,1980), utilizado para rodovias rurais.
c.3 Consiste em determinar o L
eq
admitindo-se que os veículos pesados emitam uma
potência acústica K vezes maior que as emitidas pelos veículos leves, estando ambos a
mesma velocidade. Alguns valores de K geralmente empregados são:
K = 20, para velocidade de 80Km/h
73
K = 5 , para tráfego pouco congestionado
K = 10, para tráfego em subida
Então:
Q’ = KQ (veículo/hora) L
eq
= 10 log Q’ + 20 log V (4.8)
onde:
Q – Volume real de veículos
V – Velocidade (km/h)
Gráfico 4.10 –L
10
em função da percentagem de veículos pesados
(COPPE/UFRJ/DENATRAN/MJ,1980).
d. Tráfego Pesado em Aclive
Para volume de tráfego elevado com grande quantidade de caminhões trafegando
em vias em aclive, a velocidade média decai e o L
eq
aumenta. Como exemplo as tabelas
4.4 e 4.5 apresentam alguns valores de L
eq
em função da inclinação da via, do volume
de tráfego e da percentagem de veículos pesados (COPPE/UFRJ/DENATRAN/MJ,
1980).
Tabela 4.4 – Exemplo da variação de L
eq
em função da percentagem de veículos pesados
em uma via com 0% de inclinação (COPPE/UFRJ/DENATRAN/MJ, 1980).
Quantidade de
Veículos
1000 4000
% de Caminhões 0 25 50 100 0 25 50 100
L
eq
67 68,8 70 72 72,5 74,3 75,6 76,7
Tabela 4.5 – Exemplo da variação de L
eq
em função da percentagem de veículos pesados
em uma via com 7% de inclinação (COPPE/UFRJ/DENATRAN/MJ, 1980).
Quantidade de
Veículos
1000 4500
% de Caminhões 0 25 50 100 0 25 50 100
L
eq
67,3 72,7 75 77,5 73,3 78,8 81 83,5
74
Quando a percentagem de veículos pesados é muito elevada, alguns autores
estimam o L
eq
como se fosse independente da velocidade média do tráfego.
4.2 Influência da Distância da Fonte ao Receptor no Ruído de Circulação
Quando a distância entre a fonte e o receptor é grande, a propagação sonora
através da atmosfera é influenciada, entre outros fatores, pela temperatura, pela umidade
relativa do ar, pela presença de partículas em suspensão no ar, pela topografia e pela
intensidade e direção do vento, mas se a distância é pequena, estes fatores podem ser
desconsiderados nos cálculos, visto que suas influências são desprezíveis.
A percepção do som pelo receptor depende da distância entre este e a fonte, da
potência da fonte e de possíveis atenuações durante a propagação do som. A atenuação
sonora, pode ser expressa por (NIEMEYER, 1998):
N = ln (I
f
/I
r
) (4.9)
onde:
N – Atenuação sonora (dependente do tipo de propagação);
I
f
– Intensidade sonora da fonte no ponto f;
I
r
– Intensidade sonora que chega ao receptor no ponto r.
A intensidade sonora que chega ao receptor proveniente da propagação esférica e
semicilíndrica, características das fontes pontuais e lineares, respectivamente, pode ser
calculada pelas expressões 4.10 e 4.11, segundo NIEMEYER (1998)
NIS = NWS – 11 dB – 20 log r (4.10)
NIS = NWS – 8 dB – 10 log r (4.11)
onde:
NIS – Nível de intensidade sonora do local de recepção;
NWS – Potência sonora da fonte;
r – Distância da fonte ao receptor.
Com base nestas expressões, verifica-se que o nível sonoro para fontes pontuais
e lineares sofre uma redução, respectivamente, de 6 dB(A) e de 3 dB(A), cada vez que a
distância entre a fonte e o receptor é duplicada.
75
Estudos desenvolvidos possibilitaram comprovar que para fontes lineares, como
tráfego, cada vez que a distância entre a fonte e o receptor dobra, ocorre um decréscimo
de 3 dB (A) no nível de pressão sonora. A figura 4.18 ilustra esta relação (LOWRY, s/d).
Figura 4.18 – Ilustração da atenuação do ruído com a distância
(LOWRY, sem data).
Xiaotu, apud NIEMEYER,(1998) propôs a adoção de equação 4.12 que
determina a distância mínima preventiva em relação ao receptor que uma via de tráfego
poderia ser implantada de modo que não comprometa o seu bem estar:
L
d
= L
0
– 13 log d/D
0
(4.12)
onde:
L
d
– Nível sonoro recomendado por norma, em dB(A);
L
0
– Nível sonoro à distância D
0;
D
0
– Distância correspondente a 10 m;
d – Distância preventiva entre a fonte e o receptor.
Seria de grande valia, quando possível, que as distâncias entre as fontes e os
receptores fossem grandes mas, devido à urbanização desordenada de muitas cidades, é
quase sempre impossível modificar o tecido urbano já consolidado; então muitas vezes
são adotadas alternativas diversas, como a implantação de barreiras, a redistribuição do
tráfego, a instalação de pedágios, etc.
76
4.3 Influência do Espaço Sonoro Urbano no Ruído de Circulação
A atenuação do nível sonoro emitido por uma fonte se encontra relacionada com
a distância entre a fonte e o receptor, com a tipologia das superfícies e das construções
laterais envolvidas no tecido urbano.
Uma via situada em um campo aberto sem construções laterais, ou com
construções que não interfiram na propagação das ondas sonoras, ou em locais onde
ocorre apenas uma reflexão simples em um único obstáculo que a reflete uma única vez,
podem ser considerados como um espaço acusticamente aberto. Neste caso as ondas
sonoras se propagam através de um caminho aberto entre a fonte e o receptor, e o nível
sonoro diminui em função da dispersão ocorrida na atmosfera durante este percurso e
devido ao não retorno das ondas.
Já o espaço acústico fechado estabelece um campo sonoro difuso, onde a onda
sonora é refletida inúmeras vezes ao entrar em contato com diferentes superfícies. O
nível sonoro decai lentamente devido à perda de energia ocorrida em cada reflexão ou
quando a onda sonora encontra um ângulo de escape.
No espaço aberto o nível sonoro depende apenas da potência da fonte e da
distância que a separa do receptor, ao contrário do espaço fechado, no qual o nível
sonoro depende, entre outros fatores, da potência da fonte e da capacidade de absorção
das superfícies refletoras.
Do ponto de vista estritamente acústico, admite-se que um tecido urbano fechado
é constituído por um espaço cercado de edificações de grandes alturas e pouco
permeáveis ao ruído ou por ruas em U margeadas também por edificações coladas umas
às outras nos dois lados da via.
Já o tecido urbano aberto é constituído por edificações com espaços
intermediários muito permeáveis ao ruído, ou por construções apenas em um dos lados
da via ou de baixa altura, ou então quando o espaço entre as fachadas é grande, o que
faz com que a presença das fachadas das construções não mais influencie no ruído.
As equações 4.13 e 4.14 podem ser empregadas para avaliar o nível sonoro
produzido por uma via, em um tecido aberto ou fechado, respectivamente, conforme
descrito por NIEMEYER (1998).
a. Tecido Aberto
L
eq
= 20 + log (Q
VP
+ EQ
VP
) + 20 log V–12 log (d + I
C
/3) + 10 log θ/180 (4.13)
77
b. Tecido Fechado
L
eq
= 55 + 10 log (Q
VL
+ EQ
VP
) – 10 log I + K
H
+ K
V
+ K
D
+ K
C
(4.14)
onde:
Q
VL
– Quantidade de veículos leves, por hora;
Q
VP
– Quantidade de veículos pesados, por hora;
E – Fator de equivalência entre veículos leves e pesados;
d – Distância entre o ponto de recepção e a margem da via em questão;
I
C
– Largura da faixa de rolamento;
θ – Ângulo entre o ponto de recepção e a via;
K
H
– Fator de correção de altura = - 2 (h – 4)/I, onde h é a altura do ponto de
recepção em relação à via;
K
V
– Fator de correção de velocidade;
K
D
– Fator de correção de declividade (tabela 4.4);
K
C
– Fator de correção de cruzamento.
O K
V
pode assumir valores de acordo as condições a seguir, tomando como
referência a velocidade de 60Km/h:
Se a velocidade velocidade de referência, K
V
será igual a zero;
Se a velocidade > velocidade de referência, acrescenta-se 1 dB(A) para cada 10
km/h acima do valor de referência.
Em vias que apresentam cruzamento, o nível sonoro resultante será obtido por:
L
total
= L
1
+ L
2
[ L
2
– (3 + 10 x)]
12
(4.15)
onde:
L
1
– Nível sonoro da via em estudo;
L
2
– Nível sonoro da via transversal;
x – Distância entre o ponto de recepção e o cruzamento, conforme ilustrado na
figura 4.19 (NIEMEYER, 1998).
A permeabilidade do espaço urbano está relacionada com a disposição e com as
características das edificações em relação à fonte de ruído, que podem facilitar ou
dificultar a sua penetração e propagação, sendo um dos fatores determinantes do
aumento do nível sonoro de uma localidade.
78
Figura 4.19 – Posicionamento do receptor em relação ao
cruzamento (NIEMEYER, 1998).
4.4 Influência das Características da Via
Uma adequada planificação dos corredores rodoviários e a ordenação urbanística
racional são, sem dúvida, a melhor atuação contra o ruído urbano proveniente do
tráfego. Os aspectos das vias e entorno que tem influência na questão sonora são:
a. Seção Transversal da via
O entorno e a seção transversal da via influenciam de forma notável a
propagação do ruído a grandes distâncias.
b. Perfil Longitudinal da Via
A emissão de ruído é maior em vias em aclive por determinar menor velocidade
de deslocamento e maior força ao regime do motor que funciona em rotação elevada,
emitindo ruídos de alta freqüência, principalmente os veículos pesados, sendo um
regime mais ruidoso que os perfis longitudinais horizontais.
4.5 Influência da Absorção do Solo no Ruído de Circulação
O som emitido por uma fonte linear, como o tráfego, pode ser total ou
parcialmente refletido por uma superfície.
Se a superfície for perfeitamente refletora a impedância acústica seria infinita, ou
seja, o fator de reflexão correspondente seria igual à unidade. Nestas condições, o
receptor (R) receberia o ruído emitido pela fonte F situada à distância (r) acrescida do
ruído da fonte virtual (F’), simétrica a (F), em relação ao plano refletor (P), conforme
representado na figura 4.20 (SILVA, 1975).
Porém, um solo natural normalmente apresenta uma porosidade acentuada e,
nestas condições, sua impedância característica pode, em muitas das circunstâncias, ser
da ordem de grandeza da impedância característica do ar.
79
Conseqüentemente, as ondas sonoras ao atingí-lo são parcialmente refletidas e
uma porção apreciável de energia penetra pelos seus poros e se propaga através dos
vazios existentes em seu interior sofrendo sucessivas reflexões que dissipam a energia
sonora transformando-a em calor.
Figura 4.20 – Representação esquemática da reflexão total da onda
sonora (SILVA, 1975).
O fator de perda, responsável pelo acréscimo da atenuação ao fato do solo
natural não ser um refletor perfeito, pode ser determinado através do ábaco da figura
4.21 que permite determinar este parâmetro para qualquer superfície porosa, a
freqüências baixas (SILVA, 1975).
Figura 4.21 – Ábaco empregado na determinação do Fator de
Perda (SILVA, 1975).
O fator de perda pode ser obtido pela equação 4.16.
m
0
= (Z
1
2
S
1
r
2
) / (2 Z
2
2
) (4.16)
80
onde:
m
0
– Fator de perda;
S
1
– Constante de propagação do meio;
r
2
– Distância entre a fonte real e o plano refletor;
Z
1
– Impedância acústica do ar;
Z
2
– Impedância acústica do solo.
O poder de absorção sonora do solo natural, como de outros tipos de materiais, é
determinado pela relação entre a quantidade de energia sonora absorvida e a incidente,
que varia para cada faixa de freqüência, conforme já expresso no capítulo 2.
4.6 Influência das Condições Atmosféricas no Ruído de Circulação
As condições atmosféricas freqüentemente não são levadas em conta no cálculo
da propagação do ruído de tráfego; seus efeitos são sensíveis à longa distância, mas sem
muita importância em uma área de 100 a 150 m do eixo da infra-estrutura em questão.
4.6.1 Atenuação do Ruído pela Dissipação no ar
A atenuação do ruído por dissipação no ar é verificada em certas condições de
temperatura e umidade; tal dissipação varia de 0,3 a 1 dB(A) para cada 100 m
percorridos em diferentes freqüências.
4.6.2 Ação do Gradiente de Temperatura
A temperatura do ar varia ao longo do dia e da noite. Durante a noite, nota-se que
a temperatura do ar nas camadas mais próximas ao solo encontra-se mais baixa que as
camadas situadas mais acima. À medida que o sol se eleva, a radiação solar passa a
predominar sobre a radiação térmica do solo, e a lei de variação da temperatura inverte
seu sentido.
Como a velocidade de propagação do som no ar cresce com a temperatura, os
gradientes de temperatura acarretam gradientes de velocidade de propagação, dando
origem ao fenômeno de refração, que obedece a Lei de Snell da refração, conforme
expressa pela equação 4.17.
c (h
1
) / cos θ
1
= c(h
2
) / cos θ
2
(4.17)
onde:
c (h
1
) e c (h
2
) – Velocidade de propagação do som em dois pontos de cotas h
1
e
h
2,
por onde passa o raio sonoro;
81
θ
1
e θ
2
– Ângulo que a tangente do raio sonoro, nestes pontos, faz com a
horizontal.
A figura 4.22 representa esquematicamente o trajeto de um raio sonoro na
quando a distribuição da temperatura correspende a situação típica da madrugada
(SILVA, 1975).
Figura 4.22 – Representação esquemática do encurvamento
do raio sonoro de acordo com a Lei de Snell. (SILVA, 1975
).
Devido ao encurvamento dos raios sonoros ocorre um aumento em seu percurso
e, conseqüentemente, a atenuação se torna mais elevada.
Para gradientes de temperatura negativos, podem ocorrer zonas de sombra, como
ilustrada na figura 4.23, onde se verificam atenuações bastante elevadas (SILVA, 1975).
Figura 4.23 – Representação esquemática da formação da zona de
sombra (SILVA, 1975).
As normas brasileiras de medição de ruído recomendam que as medições sejam
realizadas quando a temperatura ambiente estiver entre 0 e 40 ºC, e que esta seja
informada na planilha de ensaio.
4.6.3 Ação do Gradiente de Velocidade do Vento
O deslocamento da massa de ar se processa em função das diferenças de pressão
atmosférica resultante do aquecimento diferenciado da terra pela radiação solar. Na
82
zona mais próxima ao solo se processa de forma turbulenta. Considerando unicamente o
valor médio da componente horizontal da velocidade, tem-se uma distribuição regular
desta grandeza, que pode ser traduzida pela equação 4.18 (SILVA, 1975):
V (h) = (V
L
/ h
L
α
) h
α
(4.18)
onde:
V (h) – Velocidade do vento na cota h;
V
L
– Velocidade do vento na fronteira da camada limite;
h
L
– Altura da fronteira da camada limite;
α – Rugosidade do solo.
Neste caso α também influência a camada a altura da camada limite. Para
centros urbanos o valor de α é igual a 0,4 e h
L
= 550m, conforme relatado por SILVA
(1975).
Em uma atmosfera em repouso, a energia sonora em um dado ponto é normal à
superfície da onda no ponto considerado mas, se estiver em movimento, a direção de
propagação é alterada, pois a velocidade de propagação passará a ser a resultante da
velocidade de translação do meio e da velocidade de propagação, perpendicular à
superfície de onda, podendo resultar no encurvamento dos raios sonoros.
Na figura 4.24 estão representados esquematicamente, alguns raios sonoros
existentes em um plano vertical que contém a fonte e é paralela à direção do vento. É
valido para o gradiente da velocidade do vento o que foi dito sobre os efeitos dos
gradientes da temperatura (SILVA, 1975).
Figura 4.24 – Representação esquemática da ação do gradiente da
velocidade do vento
(SILVA, 1975).
As normas recomendam que as medições de nível de pressão sonora não sejam
realizadas se a velocidade do vento, incluindo rajadas, exceder de 5m/s, e que a
velocidade durante o período de medição conste do boletim.
83
As variações de temperatura associada com o vento podem ocasionar alterações
da ordem de 5 dB (A) ou mais, dependendo das condições de referência.
4.6.4 Ação do Nevoeiro
Em aplicações práticas, as ocorrências de nevoeiro ou de precipitação de chuva
não introduzem alterações sensíveis na propagação do som.
4.7 Influência da Vegetação no Ruído de Circulação
Tem pouca influência na propagação sonora quando empregada como barreira
acústica, visto que uma densa vegetação de 10 m de espessura reduz nível sonoro em
apenas 1 dB (A). Porém, tem um efeito significativo na ambiência sonora de um espaço
urbano devido aos efeitos da absorção de ondas sonoras principalmente de alta
freqüência e de mascaramento.
84
CAPÍTULO 5
MÉTODOS DE PREVISÃO E DE MEDIÇÃO DO RUÍDO DE CIRCULAÇÃO
Os métodos de previsão e de medição têm como objetivo quantificar o nível de
ruído, sendo de fundamental importância na avaliação do impacto ambiental no
processo de planificação e de expansão de vias e na tomada de decisões em relação a
medidas anti-ruído. Freqüentemente estes métodos são combinados de forma que
proporcionem uma melhor avaliação.
Um método de previsão se baseia nas teorias de emissão e propagação do som,
que permitem calcular os níveis de ruído através de simulações de situações reais
mediante o emprego de modelos matemáticos e físicos, sendo aplicado em situações
existentes ou em expansão e em processos de planificação de novas vias.
Do ponto de vista técnico, os métodos de previsão são mais versáteis na
determinação do nível de ruído derivado de fontes sonoras conhecidas, como por
exemplo o tráfego. Os menores custos envolvidos e sua confiabilidade são fatores
determinantes na sua utilização.
Quando se aplica um modelo de previsão, existe uma série de restrições
relacionadas com sua capacidade em simular com precisão as características da fonte e
em considerar todas as possibilidades de propagação do ruído. Portanto, para conseguir
uma adequada avaliação deve-se considerar a validade de cada modelo de previsão,
levando em consideração os tipos de cenário de simulação e o limite de confiabilidade
de cada variável.
Como conseqüência da redução do ruído produzido pelos veículos em virtude da
implantação de novas tecnologias e de políticas de controle ambiental, os modelos de
previsão devem sofrer modificações periódicas para que haja uma correlação o mais
próxima possível entre os níveis teóricos de emissão e os reais.
Os métodos de medição de ruído em geral constam da tomada direta de medidas
através de instrumentos acústicos especiais, visando avaliar os métodos de previsão,
situações existentes, o impacto ambiental devido à implantação de infra-estruturas, a
eficácia das medidas anti-ruído e o ruído quando se encontra envolvido em
procedimentos legais.
85
5.1 Métodos de Previsão
5.1.1 Categorias de Modelos de Previsão
Os métodos de previsão podem ser agrupados, segundo suas características, em
uma das três categorias:
a. Modelo Manual ou Simplificado
Encontra-se baseado em ábacos, fatores de correção obtidos em tabelas e
equações analíticas simples capazes de determinar o nível de ruído produzido pelo
tráfego. É aplicado a situações simples e válido para situações típicas; geralmente são
versões simplificadas de modelos matemáticos mais complexos. As equações aplicadas
apresentam a seguinte forma:
L = L
0
A (5.1)
onde:
L – Nível de pressão sonora calculado;
L
0
– Nível de pressão sonora de referência, que depende das características da
infra-estrutura, da intensidade de tráfego, da categoria dos veículos e da
velocidade média de circulação;
A – Atenuação devido à propagação, tais como: efeito da distância, absorção das
ondas sonoras pelo ar, o efeito do solo, a presença de obstáculos e o efeito das
eventuais reflexões.
b. Modelo Matemático ou de Simulação Numérica Mediante Cálculo Automático
Aplica programas informatizados que são capazes de avaliar os fenômenos
acústicos de propagação, de reflexão e de absorção. A precisão dos resultados depende
da complexidade do modelo e da qualidade dos dados de entrada.
Obtém-se experimentalmente um nível de ruído de referência que corresponde ao
nível de ruído produzido por um veículo circulando em condições normalizadas a uma
distância de referência. Estes dados são incorporados à fórmula como constantes e são
corrigidos através de fatores de correção que levam em consideração a influência dos
tipos de veículos, condições topográficas, tipo de via, pontos receptores, atenuações do
solo e do ar, influência das condições meteorológicas e os efeitos produzidos pelos
obstáculos. Estes variam de modelo para modelo. Os modelos matemáticos podem ser
representados esquematicamente conforme apresentado no fluxograma indicado na
figura 5.1 (OCDE, 1995).
86
Figura 5.1 – Fluxograma esquemático das etapas do modelo de previsão (OCDE, 1995).
c. Modelo Físico Reduzido
Requer a construção de maquetes capazes de reproduzirem com grandes detalhes
situações espaciais muito complexas e o emprego de instrumentos de medição altamente
sofisticados. Estes tipos de modelos são bastante onerosos. A figura 5.2 representa de
forma esquemática este tipo de modelo (OCDE, 1995) e a foto 5.1 mostra sua
montagem (SEGUÉS, sem data).
Figura 5.2 – Representação esquemática do Modelo Físico
Reduzido de Previsão do Ruído
(OCDE, 1995).
87
Foto 5.1 – Montagem de um Modelo Físico de Previsão de Ruído
(SEGUÉS, sem data).
5.1.2 Exemplos de Modelos de Previsão Empregados em Alguns Países Membros da
OCDE.
Os exemplos apresentados a seguir foram obtidos da publicação do Ministério de
Obras Públicas, Transporte e Meio Ambiente da Espanha, que tem como origem os
informes de 1995 elaborado pelo grupo científico de peritos que compõem a OCDE.
Austrália
Método CoRTN (Department of Transport Welsh Office Calculation of Road
Traffic Noise, 1988) prevê o ruído de tráfego na fase de planificação das vias e na
determinação das características de barreiras acústicas.
Outro modelo também desenvolvido na Austrália é o ARRB (Australian Road
Research Board) que avalia o nível de ruído em interseções com semáforo, sendo de uso
bastante limitado.
Áustria
O método tem caráter oficial e foi desenvolvido em 1983, onde o nível sonoro
equivalente é determinado pela equação 5.2.
L
eq
= L
g
+ 10 Log MSV
L
+ K
R
+ K
S
+ K
F
+ K
L
+ K
G
+ K
K
- K
E
– K
W -
K
H
(5.2)
onde:
L
eq
– Nível sonoro equivalente em dB
88
L
g
– 32dB (Valor básico para regiões sem nenhum tipo de construção a 25m de
distância da linha de referência)
MSV
L
– Intensidade horária de veículo
K
R
– Fator de correção em função das reflexões
K
S
– Fator de correção em função da freqüência de tráfego pesado
K
F
– Fator de correção em função do tipo de pavimento
K
L
– Fator de correção em função do trecho longitudinal considerado
K
G
– Fator de correção em função da velocidade padrão
K
K
– Fator de correção em função de cruzamentos
K
E
– Fator de correção em função da distância ao eixo da via
K
W
– Fator de correção em função da extensão do trecho avaliado
K
H
– Fator de correção em função da existência de barreiras acústicas
Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia
Estes países empregam o modelo de previsão na planificação do uso do solo, na
ordenação e regulamentação do tráfego e em projetos de amortização do ruído.
O modelo é representado pela equação 5.3.
L
Aeq
= L
Aeq10m
+ L(I) (5.3)
onde:
L
Aeq
– Nível sonoro equivalente;
L
Aeq10m
– Nível sonoro de referência médio a 10m do centro da via;
L(I) – Fatores de correção em função dos ângulos de incidência menores de 180º,
das barreiras, da inclinação da via, das pequenas distâncias, das reflexões simples
e múltiplas e das atenuações devido às edificações de baixa densidade.
O modelo inclui regras de comparação na determinação do nível de ruído
máximo L
Amáx,
que independe da velocidade dos veículos e da intensidade do tráfego.
Baseado neste modelo, em 1990 foi criado o programa NBSTÖY que foi adotado
por todos os países nórdicos. Este programa somente avalia um ponto de cada vez. O
modelo norueguês difere dos outros métodos nórdicos por adicionar 3dB(A) ao nível de
ruído obtido em fachadas; o valor obtido serve como referência normativa. Já na
Dinamarca, o que serve de referencia normativa são os obtidos em campo aberto.
Em geral o modelo NBSTÖY origina valores médios que, em alguns casos, são
superiores aos reais, não refletindo com total exatidão a adoção de medidas técnicas de
89
atenuação de ruído como a influência dos revestimentos dos pavimentos, as baixas
velocidades de circulação das áreas urbanas, 50km/h, ou o emprego de estruturas que
servem como barreiras acústicas.
O cálculo do nível máximo tem sido objeto de críticas por não ser representativo
dos níveis máximos reais.
Alemanha
O método R.L.S. permite calcular o nível equivalente, expresso em dB(A), em
função dos dados de circulação e da metodologia da zona estudada. É composto por
dois procedimentos designado por “A” e o “B”.
O procedimento “A” se aplica apenas aos trechos retos desprezando qualquer
efeito proveniente dos obstáculos ou divisores presentes na via; já o “B” se aplica às
demais situações. Os níveis calculados são geralmente superiores aos obtidos
experimentalmente, mas são utilizados em estudos de impacto ambiental e no pré-
dimensionamento de barreiras acústicas.
Itália
A Itália não possui modelo de previsão oficial na determinação do nível de ruído
causado pelo tráfego. Geralmente utiliza métodos oficiais de outros países ou alguns
modelos desenvolvidos no próprio país, por equipes de investigação, como os
apresentados a seguir.
a. Modelo M.I.R.A.(Modello Inquinamento Rumore Austostrade)
Elaborado em 1990 com o propósito de medir os níveis de ruído em áreas
adjacentes às autopistas pedagiadas ou aos desvios urbanos. É um modelo semi-
empírico baseado no modelo americano, que determina o nível de referência que
posteriormente é correlacionado com a intensidade de tráfego e a difusão
acústica no receptor. O modelo tem sido adaptado para incluir emissões geradas
pela frota de veículos circulante e pelos tipos específicos de pavimentos
italianos.
O nível de ruído equivalente é calculado separadamente para cada categoria de
veículo (leve, médio e pesado) e posteriormente estes valores são somados,
obtendo-se o nível de ruído total. A equação 5.4 é a expressão genérica deste
modelo.
(L
eq
)
i
= (L
0
) E
i
+ 10log [(N
i
π d
0
) / (TV
i
)] + fatores de correção (5.4)
90
onde:
(L
eq
)
i
– Nível sonoro equivalente para cada classe de veículo;
(L
0
) E
i
– Nível sonoro de referência médio para cada classe de veículo;
N
i
– Número de veículo de cada classe “i” (Veículos por hora);
d
0
– Distância referente a que se determina (L
0
) E
i;
T – Tempo de referência (1 hora);
V
i
– Velocidade média de cada classe de veículo “i”.
Fatores de correção – são função da forma e da distância da via ao observador,
da absorção do solo, do efeito de reflexão nos obstáculos e do efeito das barreiras
acústicas.
b. Modelo IPSE
É um modelo de previsão de ruído de circulação derivado do modelo ambiental
austríaco E.N.M. (Environmet Noise Model) que se baseia nas condições da via
e no banco de dados do tráfego italiano, levando em consideração o efeito do
vento e do solo, a difração sobre os obstáculos e as propriedades de absorção do
som pelos revestimentos dos pavimentos. Este modelo pode ser conectado a
programas gráficos como o Autocad.
c. Modelo COSA & NICOLI
É aplicado a situações de circulação em meio urbano. O elemento de cálculo é o
SEL (Single Event Level) e o L
eq
é calculado de acordo com os valores do SEL
para cinco categorias de veículos.
Japão
O modelo de previsão do ruído de tráfego se baseia no cálculo do nível de
pressão sonora médio (L
50
), conforme a equação 5.5.
L
50
= L
W
8 – 20 log l + l0 log (π l /d – tg 2π l / d) + α
d
+ α
I
(5.5)
onde:
L
50
– Nível de pressão sonora média no ponto determinado;
L
W
– Nível médio de energia gerado por um veículo;
l – Distância mínima da fonte sonora ao ponto de cálculo;
d – Distância média (d =1.000 V/N);
α
d
– Fator de correção em função da redução da difração;
91
α
i
– Fator de correção em função dos demais fatores.
O L
W
é obtido por:
L
W
= 86 + 0,2 V + 10 log (a
1
+ 5 a
2
) (5.6)
onde:
V – Velocidade média (km/h);
N – Volume médio de tráfego (Veículo/hora);
a
1
– Percentagem de veículos pequenos;
a
2
– Percentagem de veículos grandes.
Este modelo se aplica a vias planas sem elevações laterais, com os veículos
apresentando velocidade média quase que constante.
Holanda
Os modelos empregados são o SCM 1 (Standard Calculation Method 1) e SCM 2
(Standard Calculation Method 2).
O SCM 1 se aplica em casos específicos onde a via e o tráfego não apresentam
grandes variações em suas características e existe algum tipo de isolamento acústico.
São poucos os pontos de observação e é usado freqüentemente na elaboração de estudos
onde se deseja obter o impacto ambiental do nível sonoro de um determinado local.
O SCM 2 é mais sofisticado que o SCM 1, sendo empregado em trabalhos de
maior envergadura ou quando se deseja obter a eficácia de um isolamento. O nível
sonoro equivalente é obtido somando-se, energeticamente, os valores obtidos em cada
banda de oitava.
Espanha
Na Espanha não existem modelos matemáticos de previsão de ruído originado
pelo tráfego de aplicação generalizada; para cada caso estudado é selecionada uma
metodologia, sendo o mais utilizado o expresso pela equação seguinte:
L
eq
= 20 + 10log (Q
vl
+ EQ
vp
)
+ 20logV – 12log (d + l
c
/ 3) + 10log (θ/180) (5.7)
onde:
L
eq
– Nível de pressão sonora equivalente em dB(A);
Q
vl
e Q
vp
– Quantidade de veículos leves e pesados;
E – Fator de correlação por equivalência entre veículos leves e pesados, depende
da inclinação da via, conforme apresentado na tabela 5.1;
92
V – Velocidade média durante o período de observação, km/h, ou seja
velocidade superada por 50% de todos os veículos durante o período de
observação;
d – Distância da fonte a margem da via;
l
c
– Extensão do trecho;
θ – Ângulo de visão.
Tabela 5.1 – Fator de Equivalência em função da inclinação da via (OCDE, 1995).
Inclinação
r 2%
r = 3% r = 4% r = 5%
r 3%
Autovias 4 5 5 6 6
Vias 7 7 10 11 12
Em vias muito largas obtém-se o L
eq
para cada metade da via e o resultado final
será a soma acústica dos resultados parciais.
Em relação aos modelos de programas matemáticos, o Ministério de Obras
Públicas, Transporte e Meio Ambiente através do Centro de Estudios y
Experimentación de Obras Públicas (CEDEX) tem aplicado desde de 1992, os modelos
franceses MICROBRUIT (CETUR) e MITHRA (C.S.T.B.).
Suíça
Emprega o SrL – 86 que é informatizado que envolve modelos topográficos e
acústicos.
Estados Unidos
O modelo oficial de previsão do ruído produzido pela circulação de veículos é o
“FHWA Highway Traffic Noise Prediction Model”, mas é permitida a utilização de
outros métodos de previsão, desde que a metodologia esteja em consonância com o
modelo da FHWA.
O nível de ruído é calculado para cada classe de veículo (leve, médio e pesado) e
o nível total é obtido pela soma das distintas classes. Este modelo não leva em
consideração as atenuações devido às condições atmosféricas, como também não levam
em consideração as reflexões múltiplas das ondas sonoras.
Um dos softwares desenvolvidos com base neste modelo é o “STAMINA 2.0”
para previsão de ruído de circulação e o “OPTIMA”, que é um programa complementar
empregado para projetar barreiras acústicas. No resultado é indicado o nível sonoro que
chega a cada receptor e o ruído em cada ponto da via.
93
Inglaterra
O C.R.T.N. (Calculation of Traffic Noise), desenvolvido em 1975, permite a
determinação do nível estatístico L
10
tanto para períodos entre 6 e 24 h quanto para uma
hora especificada, chamada de base. Este modelo é composto por numerosas equações e
gráficos, podendo ser aplicado a vários receptores a menos de 300 m da fonte desde que
a velocidade do vento seja inferior a 2 m/s.
O L
10
pode ser transformado em L
Aeq
por quaisquer dos métodos sugeridos por
vários autores,
mas na maioria dos casos subtrai-se 3 dB (A) ao L
10
, sendo a margem de
erro inferior a 2 dB (A) em 95% dos casos.
O método vem passando por modificações a fim de atender a vias de baixo fluxo
de veículos ou em trincheira ou com barreiras acústicas em ambos os lados.
As correções são realizadas em função da tipologia da camada de rolamento, da
atenuação acústica devido a distância, a absorção acústica do solo e o ângulo visual
entre a fonte ao receptor.
Comissão da União Européia
O método empregado estima o nível de ruído produzido pelo tráfego, tanto para
zonas urbanas como para campo aberto, através do L
eq
ou do L
10
mediante a utilização
de gráficos e nomogramas de entradas múltiplas.
5.1.3 Exemplos de Modelos de Previsão Desenvolvidos no Brasil
No Brasil não existem modelos de previsão normalizados. Como exemplo de
modelos já desenvolvido citam-se:
Modelos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo)
(BRAGA, 1997)
O IPT desenvolveu dois modelos voltados para a previsão do ruído de tráfego
urbano baseado em observações realizadas em vias arteriais, coletoras e locais de São
Paulo, sendo expresso pelos índices L
eq
e L
10
que são função do fluxo do tráfego, da
percentagem de veículos pesados e da distância do observador à linha mediana da via e
são dados por:
L
eq
= 53 + 7,9 log Q + 0,22 T – 5,7 log d (5.8)
L
10
= 55 + 9 log Q + 0,24 T – 80 log d (5.9)
94
onde:
Q – Fluxo do tráfego (veículo/hora);
T – Percentagem de veículos pesados;
d – Distância do observador à via.
Modelo de Previsão de Louredo do IME (Instituto Militar de Engenharia)
(BRAGA, 1997)
O modelo foi desenvolvido com base em medições realizadas pela FEEMA em
diferentes pontos da malha urbana do Rio de Janeiro. O nível de ruído é expresso
através do L
eq
conforme demonstrado na equação seguinte:
L
eq
= 10,2 log VO + 2 log (% PES) + 1,1 log VE + 40 (5.10)
onde:
VO – Volume de tráfego;
% PES – Percentagem de veículos pesados;
VE – Velocidade média do tráfego.
5.1.4 Comentários Sobre os Métodos de Previsão
Como desvantagens dos modelos de previsão pode-se citar:
Não consideram a antiguidade e o estado de conservação dos veículos;
Oferecem pouca confiabilidade quando se considera a perda de energia acústica
produzida pelo efeito do solo e pela presença de obstáculos;
Não leva em consideração o efeito de isolamento gerado pela circulação dos
veículos ao longo das demais faixas de tráfego;
As complexas condições topográficas produzem desvios apreciáveis nos níveis
calculados.
As equações dos modelos de previsão são similares, diferenciando apenas
quando se consideram correções para efeito de atenuações. São modelos semi-empíricos
pois combinam fórmulas teóricas com dados experimentais relacionados com a fonte
sonora, as características de absorção em função da tipologia da camada de rolamento
do pavimento, os materiais, o terreno, a difração do som sobre os obstáculos, a
influência das condições atmosféricas, a localização dos pontos de recepção, as
condições topográficas, as atenuações causadas pelo ar e pelo solo, etc.
Na maioria destes modelos não se consideram as influências meteorológicas.
95
Com exceção do modelo reduzido, a previsão do ruído produzido pelo tráfego se
realiza mediante fórmulas matemáticas que resultam tanto de considerações teóricas
como empíricas que envolvem a potência acústica de emissão e certas condições e
atenuações. A complexidade do processo de cálculo requer o emprego de programas
informatizados a fim de reduzir o tempo empregado nestes cálculos.
5.2 Métodos de Medição
5.2.1 Tipos de Métodos de Medição
Podem ser empregados os seguintes métodos (COPPE/UFRJ/DENATRAN/MJ,
1980):
a. Método Manual – Consiste em tomar a leitura instantânea no medidor de nível
sonoro a cada quatro segundos, com aproximação de 1 dB(A). Posteriormente
conta-se o número de vezes que cada valor foi atingido e plota-se no gráfico a
distribuição acumulativa com intervalo de 1 dB(A). As desvantagens do método
são os erros de leitura e o fato de ser bastante trabalhoso.
b. Método Mecânico ou Automático – O sinal vindo do medidor é passado ao
registrador gráfico de nível, que possui um contador mecânico onde é realizada a
medida do nível de ruído a cada segundo. Posteriormente é realizada a
distribuição dos níveis de ruído através dos registros do contador.
c. Método Semi-automático – Os equipamentos são semi-automáticos onde a
distribuição do nível de som é efetuada eletronicamente e o resultado pode ser
lido no registrador mecânico.
d. Método Totalmente Automático – Os equipamentos são totalmente
automatizados, apresentando analisador estatístico e registrador. Fornece
diretamente os índices de ruído avaliados.
Outra forma de medição automatizada é acoplar um medidor de nível sonoro a
um gravador com sinais pré-gravados em laboratório. Os dados gravados no
campo são reproduzidos em laboratório de forma a permitir o mapeamento dos
níveis obtidos. A análise do mapeamento é feita manualmente ou por analisador
de distribuição estatística.
96
5.2.2 Instrumentos de Medição de Nível de Pressão Sonora
A definição do equipamento a ser empregado é função do uso final dos dados a
serem obtidos, a natureza do ruído e da largura de faixa que determinam a resolução da
análise de freqüência obtida. As medições podem ser realizadas pelos seguintes
equipamentos:
a. Medidor de Nível Sonoro (MNS) – Existe no mercado uma gama de tipos e de
marcas de instrumentos capazes de registrar diretamente, na forma analógica ou
digital, o nível de pressão sonora emitido por uma fonte acústica, cujos
resultados são expressos em dB, tendo com pressão sonora de referência a de 2 x
10
-5
Pa. Estes equipamentos são dotados de filtros de ponderação ou
compensação de freqüência e de circuitos de resposta, que foram desenvolvidos
tecnologicamente para possuir características definidas e essenciais para cada
finalidade, tais como a reprodutibilidade, a exatidão, a sensibilidade, o tempo de
resposta, a estabilidade, o intervalo dinâmico, a durabilidade, a portabilidade, a
simplicidade, entre outras funções.
b. Analisadores de Freqüência ou de Espectro – São equipamentos que se
diferenciam dos MNS pela presença de “n” filtros de 1/1 e 1/3 de oitavas em
paralelo com o circuito detector RMS (intervalo de média quadrática) que
possibilita determinar os valores de pressão acústica discriminada em cada
freqüência, fornecendo de forma detalhada as características do campo sonoro. É
de grande valia na especificação de equipamentos de proteção individual, nos
projetos de medidas de controle de ruído de máquinas, na identificação de fontes,
em medidas de controle ambiental, da análise da inteligibilidade do ambiente,
etc.
A utilização dos analisadores de freqüência não é muito comum por serem, como
já dito anteriormente, equipamentos complexos e de custo elevado.
As figuras 5.3 e 5.4 (MASSARANI e HOLANDA, 2003) apresentam os
esquemas simplificados do funcionamento do medidor de nível de pressão sonora e do
analisador de freqüência, a figura 5.5 ilustra a relação entre os filtros de oitava e terço
de oitava (MASSARANI e HOLANDA, 2003), foto 5.2 (tirada pela autora) e figura 5.6
(ARAÚJO e REGAZZI, 2002) ilustram alguns destes equipamentos.
97
Figura 5.3 – Representação esquemática do medidor
NPS (MASSARANI E HOLANDA, 2003).
Figura 5.4 – Representação esquemática do Analisador
de Freqüência (MASSARANI E HOLANDA, 2003).
Figura 5.5 – Representação esquemática da relação
entre os filtros de 1/1 e 1/3 oitava
(MASSARANI e HOLANDA, 2003).
98
Foto 5.2 Exemplo de medidor de Figura 5.6 – Exemplo de Analisador de Freqüência
NPS. (ARAÚJO e REGAZZI, 2002).
c.
Dosímetros Acústicos – São monitores de exposição que acumulam o ruído
constante, possui microfone e circuito interno similares aos dos medidores de
nível de pressão sonora.
Geralmente são empregados no monitoramento de níveis sonoros elevados em
que se encontram expostos os funcionários durante a jornada de trabalho.
Dependendo do equipamento, a faixa de medição varia de 65 a 140 dB(A), não
sendo recomendado no monitoramento de ruídos mais baixos.
O sistema integrador dos dosímetros converte informações binárias armazenadas
(NPS e tempo) em quantidade acumulada durante o tempo de monitoramento. Os
mais modernos fornecem também o L
eq
, o TWA, os valores máximos por
intervalos, a curva de distribuição estatística do ruído e calcula a projeção da
quantidade de ruído para a jornada de trabalho, segundo o critério estabelecido
pela legislação, além de poder rejeitar dados.
A figura 5.7 ilustra este tipo de instrumento, (ARAÚJO e RAGAZZI, 2002).
Figura 5.7 – Exemplo Dosímetro
(ARAÚJO e RAGAZZI, 2002).
99
5.2.3 Classificação dos Medidores de Nível de Pressão Sonora
a. Quanto ao tempo de resposta
Circuito “Fast” ou rápido (tempo de detecção de 125ms) são utilizados na
primeira análise da medição, a fim de identificar a faixa da amplitude do nível de
ruído a ser medido.
Circuito “Slow” ou lento (tempo de detecção de 1s) são empregados em
situações de grandes flutuações de amplitude no tempo, pois suaviza estas
variações, expressando valores que tendem para a média. São indicados pela
legislação para realização de laudos periciais.
Tanto o tempo de resposta “Slow” como o “Fast” podem ser empregados em
medições de ruído permanentes, quase-permanentes e não permanentes.
Circuito impulso ou impulsivo (tempo de detecção < 35ms) apresenta maior
velocidade de detecção e, por isso, são usados em medições de ruído de impacto.
b. Quanto às características das medições
Convencionais – especificados pela norma IEC 651/79, medem o nível de
pressão sonora instantâneo, apresentam circuito de resposta lenta e rápida, tem a
capacidade de integrar eletronicamente a pressão sonora em tempo reduzido,
quase instantâneo;
Integradores – especificados pelas normas IEC 804/85 e IEC 65/79, medem tanto
os níveis instantâneos quanto o L
eq
, são capazes de registrar a pressão sonora em
um tempo maior e expressam o resultado refletindo a integração dos diversos
valores instantâneos medidos.
Tanto os equipamentos convencionais como os integradores apresentam medidas
que são médias do nível de pressão sonora.
c. Quanto à precisão
Os medidores, tanto convencionais como os integradores, são classificados em
classe ou tipo 0, 1 e 2, sendo algumas de suas características apresentadas na
tabela 5.2 (ARAÚJO e REGAZZI, 2002 ).
Existe também o tipo 3, porém este, não está sendo mais utilizado devido aos
erros de medições inerentes ao equipamento, que torna sua aplicação efetiva sem
fundamento técnico e legal.
100
Alguns equipamentos apresentam a tabela de distribuição estatística do NPS no
tempo (L
n
) como dados adicionais.
A precisão destes tipos de medidores para a ponderação “A” estão apresentadas
na tabela 5.3 (MASSARANI e HOLANDA, 2003).
Tabela 5.2 – Características dos medidores de NPS – ANSI 1.4/1983
(ARAÚJO e REGAZZI, 2002).
Tipos de Medidores
Características
0 1 2
Aplicação Padrão de referência
laboratório de ensaio.
Estudos de campo e
laboratório, controle
de ambiente.
Uso geral.
Ponderação de Freqüência Uma ou mais ponderação: A,B,C, D opcional e linear.
Tempo de Resposta Um ou mais: Fast, Slow e impacto.
Opção de Pico
Freqüência de Calibração Entre 200 e 1000Hz.
Preferencialmente 1000Hz.
Nível de Calibração Preferencialmente 94dB, se não permitir escolhe-se entre 114dB ou
124dB.
Precisão sob Condição de
Referência
± 0,41dB ± 0,7 dB ± 1,0 dB
Tabela 5.3 – Precisão dos medidores de NPS
(MASSARANI e HOLANDA, 2003).
Classe/Tipo Precisão, dB (A)
0 0,9
1 1,2
2 2,8
5.2.4 Elementos Fundamentais da Cadeia de Medição do Ruído
5.2.4.1 Microfones
O microfone é o elemento principal da cadeia de medição do ruído sendo capaz
de converter sinais mecânicos e onda de pressão em sinais elétricos, com sensibilidade
adequada a cada tipo de medição de forma estável e na faixa de resposta linear.
A seleção do microfone depende do tipo de campo sonoro e das características
de montagem; são eles (ARAÚJO e REGAZZI, 2002):
Incidência aleatória (incômodo) – utilizado em ambientes internos ou com vários
obstáculos com bastante reverberação;
Campo livre (free field) – usado em ambientes externos sem reverberação;
Pressão – empregado em incidência tangenciando a 90º, perfazendo o efeito da
membrana. Não há ajuste para resposta linear de sons incidentes de várias
direções.
101
A exatidão das medições depende do tipo de microfone selecionado. Os
microfones capacitivo e eletreto são os que apresentam grande precisão, já os
eletrodinâmicos e os piezoelétricos são poucos precisos e praticamente não são
utilizados.
Os microfones capacitivos podem ser diferenciados segundo:
Aplicação - LS – padrão de laboratório e WS – padrão de trabalho;
Diâmetro - 1 polegada – LS1 e WS1; ½ polegada – LS2; ¼ polegada – LS3 e
WS3;
Campo Sonoro - Campo Livre LS1F; Campo de Pressão – LS1P, WS2P, WS3P,
Campo Difuso – LS1D, WS2D, WS3D;
Localização da abertura do seu invólucro – “Side Vent” – abertura lateral e
“Back Vent” – abertura atrás. A diferença entre estes tipos está no equilíbrio da
pressão do diafragma do microfone, através da localização da abertura
A figura 5.8 (MASSARANI e HOLANDA, 2003) apresenta de forma
esquemática detalhes internos do microfone capacitivo e a foto 5.3 vários modelos de
microfones.
Figura 5.8 – Representação esquemática de um microfone
Capacitivo (MASSARANI e HOLANDA, 2003).
102
Foto 5.3 – Diferentes tipos de microfones.
5.2.4.2 Calibradores Acústicos
Os calibradores verificam a resposta dos instrumentos de medição a fim de
possibilitar a correção de desvios na curva do equipamento provenientes de várias
causas, tais como altitude, umidade, temperatura, mau uso, substituição do microfone
por outro, etc.
Os calibradores emitem um sinal estabelecido a uma determinada freqüência e a
correção é realizada através de ajustes do ganho na cadeia de medição (off set).
a. Modelos de Calibradores Acústicos
Pistofone – produz um sinal fixo, geralmente de 124dB, nas freqüências de 125,
250, 500, 1.000 e 2.000 Hz, são mais precisos com variação de ± 0,1 dB, operam
com curva de ponderação A, B, C e linear. No caso de calibração na freqüência
de 250 Hz esta deve ser realizada com o equipamento sem curva de ponderação,
ou seja no modo linear. A figura 5.9 ilustra este tipo de calibrador e a forma de
utilização (MASSARANI e HOLANDA, 2003);
Tipo alto-falante – emite um ou mais níveis de pressão sonora em decibeis,
geralmente na freqüência de 1.000 Hz. Na maioria destes calibradores a emissão
é de 94 e/ou 114 dB. A figura 5.10 ilustra este tipo de calibrador e a forma de
utilização
(MASSARANI e HOLANDA, 2003).
103
Deve-se verificar periodicamente a amplitude (dB), a freqüência (Hz) e a THD
(Distorção Harmônica Total) dos calibradores, cuja classe da exatidão constam
na tabela 5.4, segundo o IEC 60942 (MASSARANI e HOLANDA, 2003).
Tabela 5.4 – Classe de exatidão dos calibradores segundo IEC 60942
(MASSARANI e HOLANDA, 2003).
Classe / Tipo NPS (dB) Freqüência (%) THD (%)
0
± 0,15 ± 1 3
1
± 0,30 ± 2 3
2
± 0,50 ± 4 3
Figura 5.9 – Exemplo de calibrador acústico tipo Pistofone
(MASSARANI e HOLANDA, 2003).
Figura 5.10 – Exemplo de calibrador acústico tipo Alto-falante
(MASSARANI e HOLANDA, 2003).
5.2.5 Métodos de Medição de Ruído de Circulação
Na medição deste tipo de ruído são empregados equipamentos capazes de avaliar
os níveis de pressão sonora equivalentes, durante um período de tempo, e situados em
104
diferentes posições. A figura 5.11 (DAMIÁN, 2002) apresenta na forma esquemática o
posicionamento do medidor do nível de pressão sonora emitido pelo tráfego.
Figura 5.11 – Forma esquemática de medição de ruído de circulação
(DAMIÁN, 2002).
Cabe ressaltar que na norma brasileira a altura do microfone ao solo é de 1,20m.
A quantidade e a localização dos pontos a serem avaliados é função do tipo de
medição a ser realizada, do estudo a ser desenvolvido, e das condições de emissão e
propagação do som na região.
Os métodos requerem tempo e cuidados na obtenção dos dados, de forma que os
resultados sejam precisos e confiáveis. O intervalo mínimo de medição para caracterizar
o ruído de circulação é normalmente 15 minutos e quando não se tem conhecimento da
distribuição este intervalo deve ser longo, necessitando muitas vezes mais de 24 horas.
Os resultados obtidos nas medições proporcionam informações para uma
determinada situação em um dado instante. Como o tráfego, as condições atmosféricas e
outros fatores envolvidos na medição variam ao longo do tempo, somente pode-se
comparar medições simultâneas ou aquelas nas quais se realizaram correções
pertinentes.
O parâmetro freqüentemente utilizado nas medições é o L
eq
expresso em dB(A)
que pode ser obtido em diferentes intervalos de tempo, em função das normas vigentes
de cada país, das características de circulação e dos objetivos da avaliação.
5.2.6 Método de Medição de Ruído Emitido pelo Veículo em Circulação
O método de medição de ruído global emitido por um veículo em circulação
segue as normas da ISO 362 (1981) e 7188 (1985) que tem em sua estrutura as
definições das condições máximas de emissão de ruído para o meio urbano.
105
As medidas baseadas na ISO 7188/85 têm possibilitado às indústrias
automobilísticas efetuarem alterações em seus veículos diminuindo as contribuições na
contaminação sonora e respeitando as regulamentações da CEE/ONU.
A seguir são descritos alguns métodos que vêm sendo empregados em alguns
países para avaliar o ruído da interação pneumático-revestimento do pavimento.
5.2.6.1 Método de Medição de Ruído Interação Pneumático-Revestimento do
Pavimento
O objetivo dos estudos e de investigações em curso no mundo é de desenvolver
métodos que permitam mensurar a componente do ruído imputável exclusivamente ao
pavimento que venha possibilitar o controle de sua qualidade acústica.
Entre os numerosos métodos utilizados pelos países da OCDE para medir o ruído
da interação pneumático-revestimento destacam-se como exemplo:
Método do Tambor (OCDE, 1995 e TARRIÓ, 1992)
Este método foi desenvolvido em laboratório, onde uma roda equipada por um
pneumático de referência gira sobre a superfície interna ou externa de um tambor, em
rotação, que é recoberta por um revestimento similar ao que se quer analisar. O
microfone se situa próximo à zona de contato.
As condições de ensaio são perfeitamente controladas e os resultados são
bastante precisos, mas é um método pouco realista e de alto custo. (OCDE, 1995).
Método Compatível ao da ISO – 362 (OCDE, 1995 e TARRIÓ, 1992)
Um veículo equipado com pneumático de referência é lançado, com o motor
desligado e as rodas livres, sobre a superfície a ser analisada estando o microfone
situado a 7,5 m do eixo do veículo e a 1,2 m acima da superfície do pavimento. É um
método mais realista e de baixo custo, mas que tem caráter pontual necessitando a
repetição das medições para que se tenha maior confiabilidade nos dados obtidos.
Método do Reboque Combinado com Medida de Absorção Acústica Global
(OCDE, 1995 e TARRIÓ, 1992).
Empregam esta metodologia vários países tais como: Alemanha, Áustria,
Espanha, Finlândia, Itália, Portugal, Suécia, Estados Unidos, etc.
É um procedimento móvel que quantifica apenas o ruído da interação pneumático-
revestimento do pavimento. É constituído por um reboque especialmente construído
com uma ou mais rodas dotadas de pneumáticos de referência estando este isolado
106
acusticamente do ambiente através de uma câmara, com o propósito de eliminar o ruído
de fundo e o ruído do veículo que puxa o reboque à velocidade constante sobre o
revestimento a ser investigado. No interior da câmara anecoica (em seu interior não
ocorre reflexão das ondas sonoras, conseqüentemente, possibilita a medição apenas de
ondas diretas) são instalados os microfones próximos à região de contato do
pneumático-revestimento, conforme esquema da figura 5.12 (TARRIÓ, 1992) e a foto
5.4 apresenta a saída dos dados obtidos na medição (SITE GEOCISA, 2003).
Figura 5.12 – Representação esquemática do Reboque empregado na quantificação
do ruído da interação pneumático-revestimento
(TARRIÓ, 1992).
Foto 5.4 – Detalhe da saída dos dados
(SITE GEOCISA, 2003).
O emprego de uma única roda permite evitar a influência do ruído eventual das
demais rodas. Com este dispositivo é possível analisar e comparar tipos diferentes de
revestimento, de textura e de pneumáticos em relação aos diferentes desenhos, estrutura
e processo de fabricação.
107
É importante que se conheça o grau de absorção acústica dos revestimentos dos
pavimentos, que pode ser determinada através de medidas in situ e/ou em laboratório,
com o objetivo de se conhecer o grau de reflexão do ruído.
A partir destes elementos, tem sido possível a aproximação da otimização das
propriedades acústicas dos revestimentos porosos na construção de revestimentos
absorventes de ruído.
Método Estatístico do “Veículo Isolado” (OCDE,1995 e TARRIÓ, 1992)
Países: Inglaterra, Alemanha, França, Dinamarca, Noruega, Suécia e Itália,
A medida é realizada com um número estatisticamente significativo de veículos
em circulação, separados por categorias pré-estabelecidas (leves, médio e pesado) ou
em função das condições de circulação ou das diferentes velocidades.
O equipamento de medida é posicionado lateralmente à via. Este procedimento
necessita de um período de análise grande para que seja medido o nível de ruído e/ou o
espectro de freqüência, que são relacionados com o tipo e as velocidades desenvolvidas
pelos veículos e as condições de fluxo.
Método do “Veículo Controlado” (OCDE,1995 e TARRIÓ, 1992)
Países: França e Alemanha
A medição é efetuada empregando veículos testes equipados com pneumáticos
selecionados que se deslocam à velocidade determinada, ou em ponto morto ou em
aceleração, ficando a via fechada ao tráfego. O equipamento de medida se posiciona
lateralmente a via
R.I.M.A (OCDE,1995 e TARRIÓ, 1992)
Países: Itália e França.
A Itália desenvolveu recentemente um equipamento denominado de R.I.M.A.
Esta técnica consiste em gerar um sinal de curta duração, a partir de uma fonte
específica, e captar, por meio de microfones, os sinais das ondas diretas, refletidas e
refratadas, após a incidência da onda sonora sobre os objetos encontrados.
O método se baseia em uma série de medidas pontuais incluindo a presença do
tráfego, de maneira simples e rápida, permitindo assim comparar os resultados obtidos
de diferentes lugares. Este método não é capaz de medir o efeito diedro formado entre o
pneumático e o revestimento.
A foto 5.5 ilustra este tipo de equipamento.
108
Foto 5.5 – Equipamento R.I.M.A (OCDE, 1995).
Atualmente o INMETRO vem estudando esta metodologia,(Autora, 2003).
109
CAPÍTULO 6
MEDIDAS DE CONTROLE E CUSTO DO RUÍDO DE CIRCULAÇÃO
As zonas habitadas ao longo das vias são as que necessitam de maior proteção
em relação ao ruído de circulação, devendo ser estudadas as diferentes atividades nelas
desenvolvidas, de forma a proporcionar uma base sólida na seleção das prioridades.
O conhecimento das características do tráfego, dos modelos de previsão e de
medição é importante para que se trace o diagnóstico da situação real do tráfego e dos
níveis de ruído por ele emitido, devendo estes ser comparados com os padrões
determinados pelas legislações.
A intervenção sobre a problemática do ruído do tráfego se faz na adoção de
medidas que permitam eliminar o ruído ou, pelo menos, minimizar a agressão causada
por este ao meio ambiente, apesar de serem apenas soluções paliativas, deixando de
atacar realmente a origem do problema.
Quando se deseja implementar medidas técnicas de proteção contra o ruído deve-
se pensar em três tipos de ação: Diminuir o ruído na fonte através da modificação de
projetos e do enclausuramento da mesma, dificultar sua transmissão interagindo na via e
em seu entorno e proteger o receptor enclausurando-o ou obrigando-o a utilizar
equipamentos de proteção.
A figura 6.1 indica que é possível atuar sobre os elementos que compõem a
cadeia acústica de produção do ruído de circulação e apresenta as diferentes partes
envolvidas (OCDE, 1995).
Figura 6.1 – Representação esquemática da Cadeia Acústica
(OCDE, 1995).
110
Não existem regras internacionais que fixem critérios de decisões e de
prioridades, visto que se baseiam essencialmente na situação física do ambiente, na
possibilidade financeira, na aceitação política e nos valores culturais de cada local.
Em geral as medidas que vêem sendo adotadas na redução do ruído de circulação
atuam diretamente na fonte geradora (veículo automotor e revestimento dos
pavimentos) que é a melhor maneira de combatê-lo: na via e/ou no seu entorno e na
organização e/ou regulamentação do tráfego.
A seguir são descritas diferentes linhas de ação no controle do ruído gerado pela
circulação do tráfego.
6.1 Redução do Ruído de Circulação – Intervenção na Fonte
6.1.1 Intervenção nos Veículos Automotores
A redução do ruído proveniente do funcionamento e da aerodinâmica dos
veículos automotores e da interação pneumático-revestimento dos pavimentos está
relacionada a modernização e a modificação de projetos que demandam, na maioria das
vezes, grandes investimentos em tecnologia, tempo de pesquisa e de aprovação, de
forma a atender as necessidades do consumidor e aos limites fixados pela
Administração Pública para que possam ser homologados e liberados para o mercado.
No Brasil, o CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) é quem
estabelece, através de resoluções, as normas e os padrões nacionais de controle da
poluição causada por veículos automotores, aeronaves e embarcações. A seguir estão
listados os tópicos principais destas resoluções em relação a poluição sonora, estando
incluído os veículos automotores.
Resolução Nº 001/1990 do CONAMA remete ao Conselho Nacional de Trânsito,
CONTRAN, a responsabilidade pelo ruído emitido pelos veículos automotores;
regulamenta o uso da norma brasileira NBR – 10151 (ABNT, 2000) para a
fiscalização dos níveis de ruído em áreas habitadas; estabelece que todas as
legislações sobre poluição sonora deverão ser compatibilizadas com a Resolução
Federal; estabelece que nenhuma Legislação Estadual ou Municipal pode ser
menos restritiva que a Federal;
Resolução Nº 002/1990 do CONAMA cria o Programa Silêncio coordenado pelo
IBAMA, incentiva a fabricação e uso de máquinas, motores, equipamentos e
111
dispositivos com menor intensidade de ruído quando de sua utilização na
indústria, veículos em geral, construção civil, utilidades domésticas, etc.
Resolução Nº 001/1993 do CONAMA institui limites de ruído para homologação
de veículos novos e para a fiscalização de veículos em uso;
Resolução Nº 008/1993 do CONAMA estabelece a compatibilização dos
cronogramas de implantação dos limites de emissão de gases do escapamento
com os ruídos dos veículos pesados no ciclo Diesel, estabelecido na Resolução
Nº 001/1993 do CONAMA.
Resolução Nº 017/1995 do CONAMA ratifica os limites máximos de ruído e o
cronograma para seu atendimento determinado no artigo 2º da resolução
CONAMA nº 08/1993.
Resolução CONAMA Nº 020/1994 e institui o “Selo Ruído” para
eletrodoméstico, estando atualmente em projeto sua extensão para veículos
automotores (ruído interno).
Os limites máximos de emissão de ruído por tipo de veículo são estabelecidos
em vários países. No Brasil estes limites foram instituídos pelo CONAMA e fixados
pelo CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) para todo o Território Nacional.
A norma utilizada na obtenção dos níveis de ruído produzidos por veículo em
condição de teste é a ISO R 362 aceita no âmbito internacional, sendo a correspondente
no Brasil a NBR ISO 362/02 (Acústica – Medição do Ruído Emitido por Veículo
Rodoviários Automotores em Aceleração – Método de Engenharia, ABNT 2002), na
determinação do ruído interno a NBR 9079/85 (Veículo Automotor – Determinação do
Ruído Interno, ABNT, 1985), na avaliação do ruído emitido pelo escapamento NBR
9714-01 (Veículo Rodoviário Automotor, Ruído Emitido na Condição Parado, ABNT,
2000 ) e NBR ISO 1585 (Potência Líquida Efetiva, ABNT,1996).
Para os veículos usados ainda não existe um sistema implantado em nível de
fiscalização e sim em nível de teste, como é o caso de medições realizadas em alguns
postos do DETRAN.
No caso dos pneumáticos não existe uma legislação que limite o nível de ruído
emitido pela interação do pneumático com o revestimento do pavimento, mas os
112
fabricantes vêm investindo em estudos para melhorar suas características, modificando
a composição e o desenho dos sulcos e dos biscoitos da banda de rodagem, de forma a
possibilitar a redução da aquaplanagem e do ruído, e que pode também vir a contribuir
de forma indireta na redução de alguns ruídos mecânicos proveniente de vibrações.
Pesquisas comprovaram que os pneumáticos de sulco longitudinais produzem
ruídos inferiores aos de sulcos transversais (COPPE/UFRJ/DENATRAN/MJ, 1980) mas
ainda há muito a ser realizado nesta área.
Muitos dos incômodos provocados pelas motocicletas são provenientes do
próprio usuário, seja na forma de dirigir ou por adulterações, a fim de obter maior
potência, aumentando o nível de ruído emitido.
6.1.2 Intervenção no Revestimento dos Pavimentos
A partir da década de setenta, como resultado do desenvolvimento dos métodos
de medição acústica, do conhecimento dos fenômenos que produzem o ruído da
interação pneumático-revestimento e da comparação do desempenho acústico entre os
diferentes tipos de revestimentos dos pavimentos, têm-se incrementado regularmente a
adoção de medidas voltadas à redução deste tipo de ruído, como as relacionadas ao
projeto da via a ser implantada, aos materiais constituintes dos revestimentos e às
técnicas de execução.
O desempenho acústico de diferentes tipos de revestimento do pavimento foi
verificado pelos países membros da OCDE através de medições dos níveis de ruído
realizadas tanto no interior como no exterior do veículo, ou seja a 7,5 m de seu eixo,
cuja velocidade de deslocamento era constante e de 80km/h. A figura 6.2 mostra de
forma ilustrativa os resultados obtidos.
Com base nestes resultados, pode-se verificar que o revestimento poroso é o que
apresenta melhor rendimento acústico e que o CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a
Quente) tradicional, também contribui minimizando o ruído de rodagem devido a
redução do ruído induzido das deformações localizadas dos pneumáticos, embora
apresente valores elevados oriundos do mecanismo aderência-ruptura entre a borracha
dos pneumáticos e o ligante do revestimento. Quando este apresentou água em sua
superfície o nível de ruído foi bem superior ao do poroso (drenante), em virtude do
deslocamento da lâmina d’água de sua superfície.
113
Figura 6.2 – Níveis de ruído oriundos da interação pneumático-revestimento em função do
tipo do revestimento do pavimento e da velocidade de deslocamento do veículo
(OCDE, 1995).
6.1.2.1 Tipos de Revestimentos Asfálticos Fonoabsorventes
Os revestimentos asfálticos fonoabsorventes são capazes de reduzir o ruído
produzido pela circulação do tráfego, tanto na geração (S
1
) como na propagação (S2 e
S3), sem comprometer a segurança e o conforto ao rolamento.
A porosidade superficial é capaz de limitar o efeito de ressonância do ar entre os
sulcos dos pneumáticos e o revestimento do pavimento e, pela teoria de Descornet, se a
macro-textura possuir um comprimento de onda e uma amplitude próxima da ótima, a
superfície com estas características será capaz de minimizar as vibrações dos
pneumáticos; além disso, os vazios superficiais e internos irão conferir a esta superfície
propriedades absorventes, pois as ondas acústicas, ao refletirem em seu interior, são
transformadas em calor.
Estes tipos de revestimento vêm sendo aplicados desde os anos oitenta por países
membros da OCDE (1995), a saber:
114
a. Faixa Granulométrica Descontínuos ou Revestimento do Tipo A
Existem dois tipos de misturas betuminosas nesta categoria: as finas e os
tratamentos superficiais.
As finas ou ultrafinas são constituídas por misturas contendo agregados porosos
com pequenas dimensões, porém de grande resistência e de baixa angulosidade, e tendo
como material coesivo a resina epóxi. Este tipo de revestimento são conhecidos como
“Shell-grip”, “Griproad” e “Spray Grip”.
Os tratamentos superficiais são constituídos por camada de pequena espessura de
dois a três centímetros podendo ser aplicada sobre qualquer tipo de revestimento
existente, desde que este apresente boa regularidade superficial, possui granulometria
aberta e descontínua cujo tamanho máximo dos agregados está compreendido entre 6 e
8 milímetros, com porosidade nula ou reduzida e a percentagem de vazios deve estar
preferencialmente entre 6 a 8 %. (BIANCHETTO, 1996, e OCDE, 1995).
Estes tipos de revestimento reduzem o ruído na fonte por diminuir as
deformações localizadas dos pneumáticos, mas não são eficazes quanto a absorção
acústica produzindo ruído de baixa freqüência cujos coeficientes de absorção são
respectivamente 0,0; 0,1 e 0,1 para os intervalos de freqüência de 0 – 700 Hz, 700 –
1250 Hz e 1250 – 2000 Hz, porém ao se empregar agregados porosos e faixas
granulométricas bem abertas, estes valores passam para 0,0; 0,2 e 0,35.
(BIANCHETTO, 1996, OCDE, 1995).
Este tipo de revestimento surgiu na Alemanha sendo conhecido como “Stone
Mastic Asphalt” (SMA), tem semelhança com a mistura francesa conhecida como Béton
Bitumineux Très Mince – BBTM e Béton Betumineux Ultra-Mince – BBUM e na Itália
como concreto asfáltico ultradelgado.
b. Revestimento Drenante ou do Tipo B
O revestimento asfáltico drenante também denominado de absorvente ou
Camada Porosa de Atrito (CPA), foi o primeiro a ser identificado como superfície com
poder de absorção acústica, estando sua eficácia fortemente influenciada por sua macro-
textura negativa, resultante do tamanho máximo dos agregados, da distribuição
granulométrica descontínua e do processo construtivo.
Sua aplicação inicial na Europa foi como tratamento superficial, com dois
centímetros de espessura, com o objetivo de melhorar a resistência à derrapagem
posteriormente passaram a ter espessuras superiores e com alta porosidade.
115
É o mais aplicado em vários países com finalidades diversas, tais como
(BIANCHETTO, 1996 e OCDE, 1995):
minimizar a geração de ruído de rodagem graças à redução do fenômeno
vibratório, devido ao posicionamento dos agregados na superfície resultante da
aplicação da mistura, e o fenômeno da ressonância do ar, devido a macro-
porosidade elevada e a macro-textura negativa que impedem a pressurização do
ar retido;
reduzir a amplificação do ruído originado do contato pneumático-revestimento;
eliminar substancialmente os efeitos negativos da presença d’água na superfície
do revestimento, como a aquaplanagem, a projeção de água por ação do tráfego,
a reflexão dos raios luminosos dos faróis dos veículos e o aumento do ruído
proveniente do deslocamento da água;
aumentar a aderência pneumático-revestimento reduzindo a derrapagem pela
elevada macro-textura negativa associada à micro-textura áspera, a velocidade
elevada em pista seca, e em qualquer velocidade em pista molhada;
corrigir pequenas deformações superficiais visto seu bom comportamento ante a
deformação plástica;
retardar as reflexões de trincas moderadas;
funcionar como reforço estrutural, apesar da contribuição ser inferior, entorno de
vinte e cinco por cento em relação aos revestimentos constituídos por misturas
asfálticas densas.
Segundo estudos realizados na Bélgica, a redução total do ruído de circulação
para este tipo de revestimento pode ser obtida pela equação 6.1 (BIANCHETTO, 1996):
L = 0,005 n . e (6.1)
onde:
L – Redução do nível equivalente do ruído, dB(A);
n – Porosidade, %;
e – Espessura, mm.
Com base neste critério os franceses experimentaram camadas com maiores
espessuras, chegando a conclusão que os melhores resultados foram os obtidos para a
espessura variando de 6 a 8 cm em vias de tráfego rápido, porém em vias urbanas,
espessuras maiores poderiam apresentar melhores resultados; entretanto, estes tipos de
revestimentos apresentam como inconveniência a colmatação dos vazios num período
116
curto de tempo levando a redução da capacidade de absorção acústica e da
drenabilidade (BIANCHETTO, 1996).
O coeficiente de absorção acústica deste tipo de revestimento, nos intervalos
0-700, 700-1250 e 1250-2000 Hz, alcança, respectivamente, os valores mínimos de
0,00; 0,20 e 0,55 que podem atingir 0,20; 0,45 e 0,6 em função da espessura adotada, da
quantidade e da distribuição dos vazios comunicantes e da disposição dos agregados na
superfície, que são os fatores que influenciam na geração do ruído, S
1
.
A absorção acústica dos revestimentos drenantes está ligada a conservação da
porosidade, cuja manutenção depende do rendimento dos materiais (granulometria, tipo
e percentagem de ligante), da permeabilidade, das condições de circulação (velocidade,
tipo e percentagem de veículos diário), e das operações de manutenção (processo de
descolmatação dos vazios e melhora da drenagem lateral). De um modo geral a
absorção acústica se mantém mais tempo que a função drenante.
Estudos têm mostrado que os revestimentos drenantes de melhor rendimento
acústico são os que contêm percentagem de vazios na ordem de 20 a 23% e diâmetro
máximo dos agregados entre dez e doze milímetros, a fim de manter as condições
hidráulicas e de aumentar seu poder de absorção acústica. A percentagem de vazios
intercomunicáveis não deve ultrapassar os vinte e cinco por cento (OCDE,1995).
No início do emprego dos revestimentos porosos, existia a tendência para
atenuação do ruído com o emprego de agregados com micro-textura lisa; atualmente
tende-se a otimizar a absorção acústica, devido ao efeito diedro, sem interferir com a
micro-textura áspera dos agregados, pois é esta propriedade que manterá a aderência
pneumático-revestimento na condição molhada, quando este perder eventualmente a
função drenante ao longo do tempo.
Com a circulação do tráfego, os poros deste tipo de revestimento se colmatam
reduzindo significativamente a drenabilidade e o rendimento acústico.
Com o objetivo de aumentar o tempo de vida útil dos revestimentos drenantes
em relação à drenabilidade e à absorção acústica, foram desenvolvidas algumas medidas
de gestão que implicam na conservação dos vazios comunicantes, conforme indicado
como exemplo no fluxograma da figura 6.3 (OCDE, 1995).
A conservação da porosidade é mantida inicialmente pelo processo de lavagem
realizada pelo próprio tráfego quando circulando na via molhada e posteriormente
através da aplicação de alguns dos procedimentos corretivos que constituem o sistema
de gestão, conservação e manutenção.
117
Figura 6.3 – Exemplo de fluxograma para gestão dos revestimentos porosos
(OCDE, 1995).
Na limpeza dos vazios dos revestimentos drenantes é costume empregar
equipamentos capazes de promover simultaneamente a lavagem com água quente
pressurizada, a varredura e a aspiração dos materiais soltos. A figura 6.4 apresenta de
forma esquemática o equipamento que promove este tipo de limpeza (TARRIÓ, 1992).
Figura 6.4 –Equipamento utilizado na limpeza dos vazios das camadas
porosas (
TARRIÓ, 1992).
Quando os vazios dos revestimentos drenantes se encontram em processo de
colmatação, é necessário verificar o grau de comprometimento da drenabilidade para
que seja selecionado o tipo de intervenção a ser implantada, podendo ser realizada
através da aplicação de processos mecânicos para aumentar a micro-rugosidade dos
118
agregados e a macro-textura da superfície, ou aplicação de micro-capas de grande
aderência que aumentam a micro-textura sem comprometer a absorção acústica.
No final da vida útil sob o ponto de vista de drenagem e de porosidade, pode-se
adotar soluções como a reciclagem a quente in situ.
c. Revestimentos Porosos com Grandes Espessuras ou Tipo C
Este tipo de revestimento vem sendo empregado na Alemanha e na França, e
consiste em se aplicar uma única camada ou várias camadas com espessuras variadas,
cuja porosidade cresce de cima para baixo. São constituídas de concreto betuminoso ou
de cimento com forte macro-porosidade, que são responsáveis pela redução do ruído e
pela drenabilidade. A espessura total é aproximadamente de 50 cm.
A atenuação do ruído se deve tanto à redução da emissão por contato
pneumático-revestimento quanto à absorção acústica. O coeficiente de absorção é
diretamente proporcional ao aumento da espessura no intervalo de freqüência 100 a
5000 Hz. Este tipo de revestimento pode ser aplicado sobre quaisquer tipos de
revestimentos.
Nos revestimentos constituídos por misturas porosas, a atenuação do ruído de
contato pneumático-revestimento se deve a disposição dos agregados na camada
superficial. Esta condição depende do emprego de agregados de baixa rugosidade,
orientados longitudinalmente e cujo tamanho máximo não deve ultrapassar os 8 mm
mas, em certos casos, podem chegar até 11 mm, caso contrário os vazios não serão
capazes de absorver grande parte do ruído gerado.
d. Revestimento Eufônico ou Tipo D
É uma versão melhorada do revestimento composto polifuncional desenvolvido e
aplicado nas autopistas da Itália.
É constituído por uma camada de mistura asfáltica porosa fonoabsorvente de 40
a 60 mm de espessura, aplicada sobre uma camada de concreto com armadura contínua
contendo ressonadores distribuídos em toda a sua superfície, que são capazes de
absorver o ruído especialmente os de baixas freqüências, conforme representado figura
6.5 (OCDE, 1995).
A camada porosa absorve os ruídos de média e alta freqüência enquanto os
ressonadores absorvem as de baixa freqüência.
119
Figura 6.5 – Seção transversal dos revestimentos dos pavimentos eufônicos
(OCDE, 1995).
O gráfico 6.1 apresenta os coeficientes de absorção acústica dos ressonadores, da
camada porosa e do conjunto porosa-ressonadores que constitui este tipo de
revestimento.
Gráfico 6.1 – Coeficiente de absorção acústica dos constituintes dos revestimentos
eufônicos (OCDE, 1995).
Como pode ser observado no gráfico 6.1, o coeficiente de absorção acústico para
este tipo de revestimento para os intervalos de freqüência 0 – 700, 750 – 1250 e 1250 –
2000 Hz são, respectivamente, 0,6; 0,4 e 0,7, obtidos graças a superposição dos efeitos
produzidos.
120
e. Revestimentos Bicapa
São revestimentos que apresentam bom rendimento acústico e são constituídos
por duas camadas porosas: a superior e a inferior, cujas espessuras são respectivamente
de 2 a 3 cm e de 3 a 5 cm.
A camada superior é constituída por agregados menores com a finalidade de
minimizar a geração do ruído e de reduzir o efeito da colmatação de seus vazios,
mantendo por um intervalo de tempo maior as propriedades drenante e fonoabsorvente.
Já a camada inferior é constituída por agregados maiores que os da camada superior,
que possibilita aproveitar melhor as propriedades fonoabsorvente e drenante dos
revestimentos porosos.
6.1.2.2 Exemplos de Revestimentos Empregados Visando a Redução do Ruído de
Circulação
A seguir são apresentadas algumas experiências de alguns paises membros da
OCDE no campo de controle do ruído produzido pelo tráfego (OCDE, 1995).
Austrália
As investigações neste país têm se concentrado em revestimentos constituídos de
tratamento superficial à quente, com agregados cujo tamanho máximo é de 14 mm,
micro-revestimento asfáltico a frio, misturas porosas, concretos betuminoso e de
concreto de cimento Portland.
Diferentes tipos de ligantes asfálticos foram empregados na fabricação das
misturas asfálticas porosas com o objetivo de melhorar o seu desempenho acústico. Em
1987 houve revisão das especificações, que possibilitou a fabricação de misturas
asfálticas menos ruidosas.
Áustria
As investigações têm demonstrado a necessidade de otimizar o tamanho máximo
dos agregados em função da amplitude, do comprimento de onda e da textura
superficial dos revestimentos freqüentemente empregados neste país, como as misturas
drenantes, o concreto asfáltico ultradelgado, o tratamento superficial e o concreto com
agregados aparentes.
Destes revestimentos, os porosos com tamanho máximo de agregados de 8 mm,
foram os que apresentam maior eficácia na atenuação do ruído, apesar de terem
121
apresentado problema de durabilidade. A norma austríaca permite que o diâmetro
máximo dos agregados cheguem até 11 mm.
O concreto asfáltico ultradelgado (espessura < 25 mm) com tamanho máximo de
agregados compreendido entre 4 e 8 mm e aplicado em zonas urbanas, proporciona a
redução dos ruídos de alta freqüência. Já os tratamentos superficiais a base de resina
epóxi, cimento e agregado com tamanho máximo de 3 a 4 mm, vêm sendo aplicados
sobre revestimentos rígidos preexistentes tanto em vias urbanas como em rodovias.
Outra metodologia que permite conseguir redução substancial do ruído em
relação aos revestimentos asfálticos tradicionais consiste em aplicar uma camada de 3 a
4 cm de espessura do revestimento tipo A, constituído por agregados de dimensões
reduzidas de 4 a 8 mm. Após 24 h de sua aplicação, a argamassa fina existente na
superfície e entre os agregados é varrida ficando os agregados aparentes.
Bélgica
Investigações em revestimentos porosos em trechos experimentais têm permitido
comprovar que o nível de ruído é maior em espessuras menores.
Dinamarca
Com o objetivo de avaliar o rendimento acústico e a resistência à colmatação dos
vazios residuais ao longo do tempo de vida das misturas porosas, neste país foram
construídos trechos experimentais, tanto em via urbana como em rodovias, com este
tipo de mistura e de referência.
As experiências realizadas em meio urbano, empregando agregados com
tamanho máximo de 8 a 12 mm e vazios de 20 a 24 %, demonstraram que a redução do
ruído é maior para vazios de 24 %, mas a durabilidade dos revestimentos ao longo do
tempo diminui.
Finlândia
Neste país os estudos estão concentrados na comparação entre o rendimento
acústico dos revestimentos asfálticos porosos e tradicionais, dos pavimentos rígidos e
dos tratamentos superficiais compostos por agregados de grandes dimensões.
Após cada inverno, devido à utilização dos pneumáticos equipados para andar na
neve, tem-se verificado que ocorre um crescimento no nível de emissão sonora devido à
redução da capacidade de absorção dos revestimentos porosos.
122
França
A fim de justificar a redução da emissão sonora promovida pelos revestimentos
asfálticos porosos, a França tem estudado o bombeamento do ar, o efeito diedro e a
forma de propagação espacial do ruído em função do tipo do pneumático, bem como um
algoritmo concebido para descrever e predizer os fenômenos do efeito diedro através de
modelos de cálculo.
Várias são as experiências realizadas com o objetivo de verificar as diferentes
hipóteses relativas à otimização dos revestimentos porosos. Entre os parâmetros
investigados estão as espessuras (faixa investigada de 3 a 50 cm), as camadas isolantes,
as multicamadas, os tipos de agregados, os ligantes, os aditivos, etc, em seções situadas
em vias de alta velocidade e urbanas.
Os revestimentos drenantes com elevado teor de vazios têm sido empregados em
vias de alto tráfego situadas em regiões onde a quantidade de partículas que possam vir
colmatar os vazios seja reduzida.
Em vias urbanas os revestimentos asfálticos com micro-textura fina e ultrafina
têm apresentado bom desempenho acústico.
A finalidade é de reduzir o ruído em termos de L
eq
, de 3 a 4 dB (A), por um
período longo com a utilização de misturas asfáticas porosas em lugar dos concretos
asfálticos de 0 a 14 mm.
Alemanha
Os revestimentos que apresentaram melhor rendimento em relação à redução do
ruído de rodagem, no estudo de diferentes tipos de macro-textura, foram os que
empregam agregados com tamanho máximo de 11 mm.
Em ensaios de absorção acústica em misturas asfálticas realizados em
laboratório, onde apenas se variou o tipo de ligante asfáltico, foi possível observar que
as curvas de absorção são praticamente idênticas, para os tipos de ligantes empregados..
Constataram que a redução global das emissões do ruído de tráfego em dB (A) é
praticamente independente da espessura da camada de rolamento quando esta estiver
entre 1 e 3 cm, que existe uma relação de estreita dependência entre a energia absorvida
e a percentagem de vazios presentes nos revestimentos e que 25 % de vazios não é
suficiente para aportar uma redução de mais de 2 dB (A) de ruído qualquer produzido
radialmente à via. Estas investigações foram realizadas seguindo a metodologia do
veículo teste se deslocando com o motor desligado e a velocidade constante.
123
Os resultados obtidos nas análises das superfícies constituídas de misturas
porosas com tamanho máximo de agregado elevado e de misturas asfálticas tradicionais
aplicadas neste país, indicaram que as misturas drenantes apresentam nível de pressão
sonora baixo no espectro, para freqüências superiores a 1000 Hz, e que inferior a esta
estão os ruídos oriundos das vibrações do pneumático sobre a superfície da via.
Outros trechos experimentais foram construídos e analisados através da
metodologia do “Reboque”, onde se pode também constatar que o ruído emitido é
função do tamanho máximo dos agregados, sendo menor quando se empregam
agregados com tamanho máximo variando de 11 a 16 mm e que, para revestimentos
porosos com tamanho máximo compreendido entre 3,5 e 8 mm, o ruído aumenta de
forma mais branda e após um intervalo de tempo bastante longo.
Japão
É favorável ao emprego dos revestimentos drenantes em substituição às barreiras
acústicas devido ao seu alto custo e a poluição visual.
Experiências têm confirmado que o aumento da velocidade de circulação dos
veículos aumenta o ruído, mas em virtude do emprego de revestimentos com elevada
quantidade de vazios, a atenuação do ruído é maior quando comparado com os
revestimentos tradicionais.
A utilização de ligantes asfálticos modificados, em misturas com mais de 20 %
de vazios, tem favorecido na manutenção das propriedades fonoabsorventes destes tipos
de revestimentos.
Itália
As investigações visando à otimização do ruído de rodagem através dos
revestimentos dos pavimentos tiveram início em 1987; nesta mesma época foi aplicado
o primeiro revestimento asfáltico poroso. Segundo dados da OCDE (1995), 10 milhões
de metros quadrados dos revestimentos das autopistas foram construídos com misturas
drenantes fonoabsorventes.
Tem-se tentado implantar uma metodologia o mais próximo do problema,
primeiro por meio da análise separada dos diferentes mecanismos e fenômenos que
intervém na geração do ruído de rodagem, tal como o percebido no bordo de uma via,
através da caracterização das fontes de ruído por métodos de medições existentes para
este fim, de forma que estes também sejam avaliados; segundo pelo desenvolvimento de
124
experimentos em nível de laboratório e de campo que possibilitem a avaliação das
propriedades acústicas dos revestimentos aplicados através de metodologias especiais
de medição do coeficiente de absorção acústica dos revestimentos drenantes e porosos;
e terceiro pela otimização das características que mais influem no ruído de rodagem,
após a avaliação da eficácia dos revestimentos ensaiados em câmara semi-anecóica.
Após estas etapas é selecionado o revestimento mais apropriado, sendo submetidos
continuamente a ensaios de laboratório por meio de modelos em escala.
Noruega
Em 1988 diversos trechos experimentais foram construídos a fim de comprovar
o comportamento acústico de alguns tipos de revestimento perante o ruído de tráfego.
Os que apresentaram melhores rendimentos foram os revestimentos drenantes
constituídos por uma granulometria cujo tamanho máximo dos agregados não
ultrapassaram 11 mm e os vazios variaram entre 22 e 23 %. A este projeto foi
adicionada borracha moída de pneumático como agregado sendo obtidos resultados
bastante promissores do ponto de vista acústico.
Os processos de limpeza também foram estudados para estes tipos de
revestimentos.
Este país não recomenda a utilização de revestimentos drenantes devido a sua
rápida deterioração em virtude do uso de pneumáticos equipados para andar na neve
durante o período de inverno, pois experiências realizadas simultaneamente com
diferentes métodos de limpeza têm demonstrado que é impossível, em razão dos danos
provocados pelos equipamentos de neve restaurar a absorção acústica inicial destes
revestimentos.
Holanda
Os revestimentos drenantes foram inicialmente introduzidos visando à segurança
do usuário. Posteriormente, estes tipos de revestimentos passaram a ser aplicadas em
duas camadas distintas, a inferior com 45 mm de espessura contendo agregados de 11 a
16 mm e a superior de 25 mm contendo agregados de 4 a 8 mm, com vazios residuais de
26 %. O ligante asfáltico empregado nesta mistura é modificado por borracha moída
de pneumático de 0,15 a 1 mm, na proporção de 16 % em peso do ligante.
Quando estes revestimentos drenantes foram comparados com os
tradicionalmente aplicados constataram que seu rendimento acústico é maior, ou seja de
125
4 a 5 dB (A) para as velocidades de 60 a 120 km/h, podendo ser ainda mais eficientes
quando se utiliza pneumático mais adequado.
Espanha
Utilizam com freqüência os revestimentos porosos, desde a década de 80, com o
objetivo de reduzir o ruído. Segundo dados de 1995 da OCDE, este país já tinha
aplicado trinta milhões de metros quadrados de revestimento poroso sobre diferentes
tipos de revestimentos.
A espessura da camada de rolamento normalmente aplicada é de 40 mm de
espessura contendo agregados com tamanho máximo de 12mm e vazios de 20 %.
Dos ligantes utilizados 70 a 75 % são modificados, empregados nas autopistas e
nas principais vias, e os 30 a 25 % restantes empregam ligantes que apresentam
normalmente penetração de 60/70 mm.
Suécia
Os métodos do motor desligado, do tambor e do reboque foram empregados no
estudo do ruído oriundo da interação pneumático-revestimento, a fim de quantificar as
propriedades acústicas de vários tipos de revestimentos de forma que possibilitassem
identificar as diferentes operações capazes de limitar a emissão do ruído desta interação
e de minimizar no futuro os efeitos do aumento do número de veículos.
Os revestimentos drenantes aplicados com o objetivo de reduzir o ruído são
constituídos de agregados com tamanho máximo de 12 mm e com vazios variando de 20
a 30 %.
No final de quatro anos, por efeito das estações frias, foi possível comprovar que
a eficiência acústica destes revestimentos foi reduzida em 3 dB (A), sendo sentida
principalmente no nível equivalente médio.
Foi também constatada que a redução do ruído é função da espessura dos
revestimentos porosos, ou seja, quanto maior a espessura melhor será o seu desempenho
acústico, mas que diminui com o passar do tempo, razão pela qual a percentagem de
vazios deve ser sempre superior a 20 %.
Suíça
Vários são os experimentos desenvolvidos com o objetivo de estudar a atenuação
do ruído de tráfego através do revestimento do pavimento, com atenção especial para os
que contém elevados teores de vazios, estando em curso experimentos que apontem a
126
otimização dos parâmetros relevantes com o objetivo de identificar uma gama mais
ampla de revestimentos silenciosos.
No caso dos revestimentos drenantes os estudos tem como finalidade aumentar a
sua durabilidade.
Inglaterra
Os revestimentos porosos neste país foram aplicados primeiramente em pistas de
aeroportos, onde foram realizados diversos monitoramentos, sendo também realizadas
avaliações do comportamento acústico.
Os resultados obtidos em relação ao rendimento acústico mostram que estes tipos
de revestimentos proporcionam uma redução de 3 a 6 dB (A) no primeiro ano de
utilização, mas ao término de 4 anos esta redução passou para 4 dB (A) e em 5 a 6 anos
para 3 dB (A). Estes valores foram obtidos em vias onde transitam tanto veículos leves
como pesados.
Estados Unidos
Dados de 1995 da OCDE mostram que os Estados Unidos inicialmente não tinha
prioridade em estudos relativos a interação pneumático-revestimento sob o ponto de
vista acústico em razão do caráter ambíguo e não permanente da influência do tipo e da
textura dos revestimentos sobre o ruído emitido.
A escolha técnico-econômica do pavimento a ser implantado não levava em
conta o desempenho acústico dos revestimentos devido à dificuldade de se prever o
estado acústico da superfície com o passar do tempo, além da ausência de
homogeneidade dos resultados relativos à influência do tipo de revestimento sobre o
controle da emissão de ruído.
Segundo DONAVAN E RYMER (2003), em janeiro de 2002 deram início a
pesquisas visando desenvolver revestimentos asfálticos mais silenciosos e duráveis,
tendo como primeiro passo o desenvolvimento de métodos cientificamente seguros que
possibilitasse a medição das características acústicas de tais revestimentos. Os métodos
desenvolvidos tiveram como base a ISO 11819-1, medição externa ao veículo, e 11819-
2, medição através do reboque, sendo este último empregado com o objetivo de
determinar a relação entre a textura da superfície do revestimento do pavimento e o
ruído gerado, para tanto foram construídos trechos testes e oito tipos diferentes de
pneumáticos foram utilizados.
127
Investigações demonstraram que os revestimentos asfálticos convencionais são
menos ruidosos que os de concreto de cimento Portland nos cinco ou seis primeiros
anos, mas com o passar do tempo a atenuação do ruído diminui passando a ser, algumas
vezes, mais ruidosos que os de concreto de cimento após oito a doze anos de serviço;
que os pneumáticos equipados para andar na neve aumentam o nível de ruído de 2 a 4
dB (A) e que revestimentos com alto conteúdo de mástique oferecem atenuação de
ruído inferior aos drenantes, em freqüências elevadas (1000 a 5000 Hz)
Ensaios desenvolvidos em revestimentos porosos produzidos com ligantes
asfálticos modificados com borracha de pneumático têm confirmado a absorção acústica
destes revestimentos, já comprovada nas experiências européias. Muitos estudos
também reconheceram o benefício de tratamentos superficial.
Atualmente vários estudos e projetos estão sendo desenvolvidos e aplicados com
o objetivo de reduzir o ruído da interação pneumático-revestimento.
6.2 Redução do Ruído de Circulação – Intervenção na Via
A determinação do local de implantação de uma via tem como principal objetivo
otimizar distâncias a percorrer, bem como o custo com a obra, porém nem sempre é
possível atender tais objetivos devido aos impactos ambientais que acarretariam à
região.
O aumento do nível sonoro que poderá acarretar a implantação de uma via não é
fator determinante na mudança do local da implantação mas, na fase de planejamento,
estes níveis devem ser estimados através dos métodos de previsão em função dos
possíveis traçados e considerados de forma que as soluções sejam estabelecidas e
venham fazer parte do projeto, evitando desta forma que o ruído atinja níveis de
incômodo, visto que o acréscimo do nível de ruído ambiente é perceptível a partir do
momento em que ultrapasse 5 dB (A).
Na elaboração do projeto geométrico é deve-se evitar aclives e declives
reduzindo desta forma a utilização dos freios e excesso de aceleração. A figura 6.6
(OCDE, 1995) ilustra a influência que exercem alguns tipos de via no nível de ruído
para determinada condição de tráfego. Pode-se observar que vias na mesma cota do
terreno não constituem uma boa solução para a redução do nível de ruído, possuindo
melhor eficácia as construídas nas demais formas, que serão explanadas de maneira
resumida a seguir:
128
Figura 6.6 – Níveis de ruído em função da tipologia da via (OCDE, 1995).
6.2.1 Tipologia da Via em Relação ao Terreno
Vias em Trincheira ou em Corte
A literatura relata que vias em trincheira promovem uma redução de 5 a 10
dB (A) no nível de pressão sonora, sendo esta redução em função da altura do corte. A
utilização de barreiras acústicas em trincheiras contribui ainda mais com esta redução.
(OCDE , 1995)
A figura 6.7 representa a influência de vias construídas em forma de trincheira
com e sem tratamento em sua lateral e a foto 6.1 ilustra, como exemplo, este tipo de via.
Vias em Desmonte ou Terraplanagem
A altura da via implantada deve ser superior a 2,5 m e o talude deve ser
absorvente. Estes tipos de vias são mais eficazes em zonas rurais que em urbanas,
podendo ser também implantadas barreiras acústicas sobre os taludes, mas não são
esteticamente viáveis.
129
Figura 6.7 – Contribuição de vias em trincheiras na redução do ruído (OCDE , 1995).
Foto 6.1 – Exemplo de via em trincheira.
Vias em Elevado ou Viaduto
Os viadutos constituem um eficaz meio na redução do ruído de tráfego,
funcionando como uma espécie de barreira entre a fonte e o receptor, desde que os
receptores estejam na zona de sombra, mas sob o ponto de vista estético, são
construções de difícil integração no paisagismo urbano.
A eficácia deste tipo de via sob o ponto de vista acústico depende do seu perfil
transversal, do tipo de junta de expansão utilizada, do tipo de revestimento selecionado
130
para a pavimentação, da altura de suas paredes, da distância e da altura em que se
encontra o receptor.
Podem ser integrados aos elevados e viadutos, barreiras acústicas e materiais
absorventes sobre as paredes laterais em toda sua extensão, os quais são capazes de
controlar as reflexões reduzindo o ruído. A foto 6.2 ilustra este tipo de via.
Foto 6.2 – Exemplo de via em elevado associada à barreira
acústica.
Vias em Túnel
As soluções mais eficazes sob o ponto de vista acústico em zonas urbanas de alta
densidade demográfica são os falsos túneis e os túneis propriamente dito, apesar de
serem soluções de custo bastante elevado. O problema do alto nível de ruído nos
primeiros 50 a 100 metros, pode ser solucionado revestindo as laterais da entrada com
material absorvente e aplicando uma capa de rolamento fonoabsorvente como a
drenante.
A figura 6.8 ilustra diferentes tipos de coberturas dos túneis capazes de reduzir o
ruído do tráfego (OCDE , 1995) e a foto 6.3 otúnel perfurado em rocha.
Os falsos túneis além de diminuir consideravelmente o número de pessoas
expostas ao ruído do tráfego, servem para reduzir os custos ambientais que a construção
de uma via traz consigo, como por exemplo: a poluição atmosférica, a segurança vial,
etc. Esta alternativa vem sendo adotada em diversas cidades do mundo. Como por
exemplo, os da Linha Amarela (foto 6.4) e da Estrada Lagoa-Barra no Rio de Janeiro.
131
Figura 6.8 – Diferentes tipos de cobertura de túneis redutora do ruído de
circulação (OCDE, 1995).
Foto 6.3 – Exemplo de via em túnel.
Foto 6.4 – Túneis falso.
132
6.3 Redução do Ruído de Circulação – Intervenção no Entorno da Via
6.3.1 Criação de Zonas de Atenuação
Como o aumento da distância entre a fonte e o receptor contribui na atenuação
do nível de ruído, apesar de ser uma técnica de difícil aplicação em áreas densamente
ocupadas, alguns países obrigam que hajam zonas de atenuação em toda a extensão das
vias, sendo proibida a construção de novas moradias nestes locais e, caso haja a
necessidade da criação de novas áreas de atenuação, os moradores são indenizados e
suas moradias demolidas.
É possível reduzir a zona de atenuação através da disposição das edificações que
funcionam como barreiras acústicas, como é mostrado na figura 6.9 (OCDE, 1995). Em
áreas urbanas de alguns países é comum a construção de fileiras de garagens à frente
das moradias, que funcionam como zonas de atenuação de ruído, e as áreas de lazer e de
descanso ficarem situadas nos fundos das edificações.
Figura 6.9 – Influência da disposição das edificações na
redução do ruído de circulação (OCDE,1995).
6.3.2 Isolamento de Fachadas e Interiores
Este tipo de solução deve ser o último recurso a ser adotado devido ao elevado
custo que representa.
6.3.3 Implantação de Barreiras Acústicas
O termo perda por inserção significa a redução do ruído devido à introdução da
barreira acústica pois esta aumenta o trajeto seguido pela onda de ruído difratado,
promove o isolamento da zona de sombra e a absorção parcial do ruído.
133
Este tipo de proteção acústica deve ser adaptável a cada caso de forma que a
região a ser protegida fique situada sempre na zona de sombra criada pela barreira,
conforme exemplificado na figura 6.10.
Figura 6.10 – Redução do ruído pela inserção da barreira acústica,
devido a criação de zona de sombra (Modificada da OCDE, 1995).
Ao implantar a barreira acústica a propagação do ruído ocorre através de
distintos percursos, como mostrado na figura 6.11 (OCDE , 1995), cujos números
representam:
1 – Onda direta inserção
2 – Onda difratada na barreira acústica
3 – Onda transmitida através da barreira
4 – Onda refletida no solo e depois difratada
5 – Onda difratada e depois refletida no solo
6 – Onda absorvida pela barreira acústica
7 – Onda refletida na barreira acústica
8 – Onda que após múltiplas reflexões entre a barreira acústica e a fonte, passa
sobre a barreira.
Figura 6.11 – Propagação do ruído de circulação na presença de uma
barreira acústica (OCDE , 1995).
134
Para otimizar a função da barreira deve-se minimizar cada uma destas
contribuições com exceção do item 6.
As barreiras acústicas podem ser classificadas em:
Naturais: são constituídas por uma faixa de vegetação com profundidade
variável, superior a 10 m, e plantadas conforme as especificações, figura 6.12
(OCDE, 1995).
Figura 6.12 – Representação esquemática de barreiras acústicas naturais (OCDE, 1995).
A escolha da vegetação para constituir as barreiras naturais é função da altura, do
tipo de folhas e da compatibilidade com o clima.
O nível de ruído do tráfego é reduzido através da absorção e da difusão promovida
pela vegetação. A difusão aumenta a zona de propagação do ruído e uma parte da
energia sonora é absorvida pelo solo e pelo ar e a outra parte é dissipada em calor ao
entrar em contato com as folhas.
A vegetação tem de ser muito alta e densa para que se consiga uma redução
mensurável do ruído; muitas vezes a vegetação não é capaz de reduzir o ruído, apenas
promove um efeito psicológico nas pessoas quando as protege da visão permanente dos
veículos em circulação.
Artificiais: são as barreiras típicas anti-ruído que podem ser classificadas quanto
a geometria e morfologia, sem levar em conta o tipo de material constituinte;
Mistas: são os taludes onde barreiras artificiais são implantadas ou estruturas
artificiais construídas de forma a permitir o crescimento da vegetação.
Em campo aberto apenas o aumento da distância à fonte é que será capaz de
reduzir o nível de ruído recebido.
135
6.4 Redução do Ruído de Circulação – Intervenção na Organização e
Regulamentação do Tráfego
A regulamentação do tráfego com o objetivo de reduzir o ruído de circulação
pode ser realizada através de diferentes intervenções baseadas em técnicas de
engenharia de tráfego, como por exemplo (OCDE, 1995 e COPPE/UFRJ/DENATRAN/
MJ, 1980):
Determinar um único sentido de movimentação dos veículos;
Hierarquizar as vias, utilizando-as segundo as funções às quais se destinam;
Reduzir o número de interseções e a largura da via;
Estabelecer e implantar limites de velocidade sem comprometer o fluxo;
Tornar o fluxo mais fluido, ou seja, regular e lento, podendo chegar a redução de
2 a 5 dB(A), do L
eq
(24 h), em vias urbanas;
Pré-estabelecer horários e itinerários para o tráfego de veículos pesados, a fim de
reduzir o fluxo de veículos nas regiões afetadas;
Criar um sistema de transporte coletivo mais eficiente e seguro de forma a
permitir a restrição do uso do transporte individual;
Remanejar de forma consciente o tráfego a fim de reduzir o fluxo em vias
problemáticas sem causar prejuízo a outras regiões, visto que o remanejamento
do tráfego de vias com fluxo de 1000 e 5000 veículos/hora tendem a ser
semelhante em termos de distúrbios provocado pelo ruído, sendo preferível
concentrá-lo do que distribuí-lo em outras áreas; além do mais esta distribuição
pode levar a reivindicação da implantação de novas vias, que é inviável nos
grandes centros urbanos;
Implantar pedágio em áreas com altos níveis de ruído visando a redução do
número de veículos transitando por estas áreas; etc.
Efetuar campanhas públicas de forma a informar e sensibilizar a população; etc.
Estes tipos de interação devem fazer parte do plano geral de circulação, de forma
a evitar impactos inesperados na população das áreas modificadas.
6.5 Custo da Redução do Ruído de Circulação
O custo para a redução do ruído de circulação é composto por:
Custos de previsão e de intervenção que têm como objetivo reduzir o nível de
contaminação sonora a níveis aceitáveis;
136
Custo social que está relacionado ao preço suportado pela população, como
conseqüência de políticas de intervenção, sendo de difícil avaliação tanto em
relação ao bem material (desvalorização de imóveis, de parques, zonas
edificadas, etc) e ao bem estar pessoal (estresse, enfermidades, redução da
produtividade no trabalho, etc).
Estes são avaliados através de diferentes métodos sendo os mais freqüentes:
Avaliação eventual ou a análise obtida do estudo estatístico sobre o número de
indivíduos dispostos a pagar para que possa desfrutar de um meio ambiente de
melhor qualidade do ponto de vista acústico;
Análise da influência da contaminação acústica sobre alguns indicadores de
mercado, baseado essencialmente nos valores obtidos no mercado imobiliário
(compra, venda e aluguel);
Análise do prejuízo com indenizações a pessoas que tenham adquirido moléstias
ou danos definitivos causados pelo ruído;
Análise dos custos da população na proteção acústica de suas moradias;
Análise dos custos do governo na proteção acústica de vias de tecido aberto ou
fechado.
137
CAPÍTULO 7
ESTUDOS EXPERIMENTAIS DE CAMPO E DE LABORATÓRIO
Com o objetivo de se verificar o desempenho acústico de alguns tipos de
revestimento dos pavimentos na emissão, propagação e absorção do ruído proveniente
da interação pneumático-revestimento foram realizadas avaliações em campo e em
laboratório, cujas metodologias empregadas e os resultados obtidos encontram-se neste
capítulo.
7.1 Escolha das Estações de Teste e Obtenção de Amostras
Houve alguma dificuldade para selecionar as estações de teste, visto a
necessidade de se reduzir ao máximo a influência do ruído de fundo do espaço acústico
local, das características das seções transversal e longitudinal da via e de seu entorno, e
do ruído do motor do veículo. Além de ter que atender estas necessidades, o
revestimento dos pavimentos das estações de teste deveria ser de tipo diferente e os
trechos de aproximação destas estações teriam que ser relativamente extensos para que
as velocidades selecionadas para os testes pudessem ser atingidas.
As estações de testes, onde foram realizadas medições acústica interna e externa
ao veículo de teste e avaliações da macro e micro-textura, foram situadas:
Autódromo Internacional de Jacarepaguá, RJ – Retão das arquibancadas;
Pista paralela à saída da Linha Vermelha, acesso aos fundos do bloco I, Ilha do
Fundão, RJ;
Pista 18 LH do Aeroporto Santos Dumont, RJ;
Via litorânea da Praia de Grumari, RJ.
Os revestimentos dos pavimentos destes trechos são constuidos, com exceção o
do último trecho, que é em pedras poliédricas (paralelepípedo), por Concreto Asfáltico,
diferenciando-se uns dos outros fundamentalmente por sua composição e aplicação.
As fotos 7.1 a 7.4 mostram a localização das estações de teste.
Nos trechos do Autódromo e Fundão foram extraídos, com auxílio da sonda
rotativa, corpos de prova de 50 mm e 102,5 mm diâmetros, que possibilitaram
determinar, em laboratório, o coeficiente de absorção acústica, a percentagem de vazios,
e a distribuição granulométrica dos agregados nas misturas que compunham tais
revestimentos.
138
Foto 7.1 – Autódromo Internacional de Jacarepaguá.
Foto 7.2 – Fundão.
Foto 7.3 – Via litorânea a praia de Grumari.
139
Foto 7.4 – Aeroporto Santos Dumont.
No caso do Aeroporto não foi possível extrair corpos de prova da pista. Os
ensaios de laboratório foram efetuados em corpos de prova de 102,5 mm de diâmetro
cedidos pela empresa Masterpav, que foram moldados durante o controle da fabricação
e aplicação da mistura asfáltica no aeroporto, porém tornava-se necessário a obtenção
de corpos de prova de diâmetro 50 mm para o ensaio de absorção acústica. Tais corpos
de prova foram extraídos dos de maior diâmetro moldados pela autora. Para tanto a
empresa Masterpav forneceu os agregados e a cal e o CENPES o ligante asfáltico, com
características idênticas aos empregados na produção da mistura aplicada na pista do
Aeroporto. A seqüência de fotos apresentada a seguir ilustra esta metodologia de
moldagem e a extração dos corpos de prova.
Foto 7.5 – Preparação da CPA. Foto 7.6 – Vista dos corpos de prova de 102,5 mm
diâmetro moldados em laboratório.
140
Foto 7.7 – Extração dos corpos de prova de Foto 7.8 – Vista dos corpos de prova nos
50 mm de diâmetro. moldes após e antes da extração dos corpos
de prova de menor diâmetro.
O trecho em CPA da Linha Vermelha, Manguinhos, RJ, seria mais uma estação
de teste de campo, mas tornou-se inviável pois seria necessária a interdição das demais
faixas tráfego e por estar situada em uma região em aclive sobre um viaduto, onde
vibrações naturais são desenvolvidas, foto 7.9. Porém avaliações de macro e micro-
textura foram efetuadas e corpos de prova extraídos através da sonda rotativa, o que
possibilitou a realização dos mesmos ensaios realizada nos corpos de prova das demais
estações de teste.
Foto 7.9 – Trecho em CPA da Linha Vermelha.
Como na Cidade do Rio de Janeiro não se tem trechos de vias em SMA nem
Concreto de Cimento Portland em condições de realização dos ensaios acústicos in situ,
utilizaram-se os corpos de prova de SMA do estudo desenvolvido por MOURÃO
(2003) e os corpos de prova de concreto extraídos, após o ensaio de tração, de
141
testemunhos prismáticos moldados na obra da Avenida Brasil, fotos 7.10 e 7.11, que
possibilitaram a realização do ensaio de absorção acústica em laboratório.
Foto 7.10 – Ensaio de tração em testemunhos Foto 7.11 – Extração de corpos de prova.
Com o intuito de se verificar o poder de absorção acústica de um solo qualquer
foram moldados em laboratório corpos de prova de um solo argiloso disponível no
laboratório geotécnico da PCRJ, cuja seleção foi realizada de forma aleatória.
A compactação foi realizada no laboratório de geotecnia da COPPE cujas
metodologias aplicadas foram: Proctor Normal, para os corpos de prova de 102,5 mm
diâmetro, e do MCT, para os de 50 mm diâmetro, foto 7.12 e 7.13.
Proctor Normal (PN) MCT
Foto 7.12 – Preparo dos corpos de prova de solo.
7.13 – Vista dos Corpos de prova de solo moldados.
142
Os ensaios de caracterização, de granulometria e de Índice de Suporte Califórnia
de tal solo encontram-se no anexo 1.
Foi de grande importância na realização das avaliações de campo, o apoio
recebido da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro (PCRJ), da Empresa Brasileira de
Infra-estrutura Aeroportuária (INFRAERO) e Fundação do Departamento de Estrada de
Rodagem do Rio de Janeiro (FUNDERJ).
7.2 Ensaios de Campo
A primeira medição do nível de ruído da interação pneumático-revestimento,
realizada pela autora, foi no interior de um veículo, no trecho experimental da Petrobrás
situado na Rodovia Anhanguera em Limeira, SP, foto 7.14, com a utilização de um
medidor tipo dosímetro do CENPES, que possibilitou verificar a variação do nível de
ruído com a velocidade.
Foto 7.14 – Trecho experimental da Rodovia Anhanguera, Limeira, SP.
Os dados preliminares destas medições estão relatados por LEITE et al, 2003.
Em função das necessidades dos estudos e por não se dispor de instrumentação
adequada no laboratório de Geotecnia da COPPE, a Empresa Grom Acústica &
Automação foi contratada pela COPPE para realizar as medições acústicas, que foram
acompanhadas em todas as fases pela autora deste trabalho. Os demais ensaios foram
realizados pela autora deste trabalho.
A seguir são apresentadas as metodologias empregadas.
143
7.2.1 Metodologias Aplicadas na Medição do Ruído Interno e Externo Proveniente da
Interação Pneumático-revestimento do Pavimento
Com o objetivo de mensurar e comparar o ruído emitido da interação
pneumático-revestimento, nas diferentes estações de teste selecionadas, desenvolveu-se
uma metodologia que teve como base a NBR 9079/1995 (Veículo Automotor –
Determinação do Ruído Interno, ABNT, 1985) e a NBR ISO 362/2002 (Acústica do
Ruído Emitido por Veículos Rodoviários Automotores em Aceleração – Método de
Engenharia, ABNT 2002), a saber:
O veículo de teste equipado para medir ruído interno se deslocava na velocidade
selecionada sobre a superfície da estação de teste, estando com o motor desligado e as
rodas livres ao transpô-la, e distando o seu eixo do microfone externo de 7,50 m, que
se encontrava a 1,20 m da superfície do pavimento.
Detalhes da estação de teste estão ilustrados de forma esquemática na figura 7.1,
m
odificada da NBR ISO 362 (ABNT, 2002).
Figura – 7.1 – Estação de ensaio (Modificada da NBR ISO 362 (ABNT, 2002).
onde:
CC – Trajetória percorrida pelo veículo de teste;
'
A
A a '
B
B – Estação de teste ou de medição;
F a 'AA – Trecho de aproximação;
D – Posicionamento do microfone;
E – Veículo de teste.
Para que o veículo de teste atingisse as velocidades selecionadas teve que
percorrer trechos de aproximação cada vez maiores em função do acréscimo das
144
velocidades, e a 5m do segmento 'AA seu motor era desligado e assim permanecendo
até a ultrapassagem do segmento '
B
B . A velocidade de passagem na estação de teste foi
verificada através do GPS, foto 7.15.
Foto 7.15 – Instrumento empregado na
verificação da velocidade do veículo ao
transpor a estação de teste.
O objetivo inicial dos testes era que fosse coberta a faixa de velocidades
compreendida no intervalo de 60 a 120 km/h com variação de 10 km/h entre
velocidades consecutivas, a fim de comprovar dados obtidos nos levantamentos
bibliográficos, porém por motivo de segurança e porque as extensões de alguns dos
trechos de aproximação eram pequenas as velocidades mais elevadas não foram
cobertas em todas as estações de teste.
Para cada velocidade foram realizadas três passagens do veículo teste na estação
de medição, a fim de se obter maior confiabilidade nos valores obtidos, visto que as
medições são de caráter pontual, como visto anteriormente.
Apesar do tempo de medição mínimo, determinado pela NBR 9079/985 ser de
5s, neste estudo os tempos foram menores em decorrência da pequena extensão da
estação de medição para as velocidades desenvolvidas. Segundo informação da GROM
Acústica & Automação a aquisição dos dados foi realizada a cada 0,030s. As medições
internas foram gravadas com duração aproximada a das medições externas.
Os instrumentos de medição foram acionados e desligados, respectivamente,
quando a parte dianteira do veículo atingia o segmento
'AA e a traseira ultrapassava do
segmento
'
B
B .
145
Como determinam as normas, foram verificadas a direção e a velocidade do
vento, foto 7.16, a temperatura e a umidade relativa do ar e a pressão barométrica em
todas as campanhas.
Foto 7.16 – Verificação da direção e velocidade do
vento.
Os dispositivos empregados nas medições acústicas externas e internas, segundo
informações da empresa GROM Acústica & Automação, foram:
a.
Medição Externa
Microfone modelo 2540 s/n 3968 Larson Davis, capacitivo para campo livre
(Free Field);
Medidor de Nível de Pressão Sonora tipo 1 Larson Davis Modelo 2900 s/n 0961
(analisador de freqüência);
Pré-amplificador PRM 900B/Larson Davis;.
Calibrador Acústico Larson Davis modelo CAL200 s/n 3231.
b.
Medição Interna
Microfone modelo 2559 s/n 2560 para incidência aleatória
Microfone modelo 2559s/n 2448 para incidência aleatória
Gravador digital com 8 canais SON, modelo PC 208 Ax, s/n U 3734
Condicionador de sinais Larson Davis, modelo 2204-8, n/s 112;
Pré-amplificador PRM 900B/ Larson Davis;
146
Calibrador Acústico Larson Davis modelo CAL200 s/n 3231.
Todos os instrumentos empregados, segundo informações da empresa GROM,
possuem certificados de calibração rastreáveis ao NIST ou de acordo com os pré-
requisitos do INMETRO.
Nas medições externas os microfones, o pré-amplificador e o analisador de
freqüência foram calibrados antes e após cada campanha de medição. Todas as leituras
apresentaram valores dentro da faixa de 114 dB
± 0,2 dB.
Nas medições internas no gravador foram gravados sinais de calibração para
cada canal, antes e após cada campanha, que foram empregados para calibrar a
conversão dos níveis de tensão gravados para níveis de pressão sonora calculado pelo
software ArtemiS.
A foto 7.17 mostra o analisador de freqüência em operação durante a medição
externa ao veículo.
Foto 7.17 – Analisador de freqüência em operação.
Durante as medições externas ao veículo não foi permitida a presença de
qualquer tipo de objetos próximo ao microfone, ficando também o operador situado de
forma que não influenciasse o campo acústico de seu entorno, conforme ilustrado na
foto 7.18.
Como o nível de ruído no interior do veículo pode variar, foram selecionadas
duas posições para a localização dos microfones de modo que a distribuição do ruído no
interior do veículo fosse adequadamente representada em relação ao ouvido da
motorista e ao ouvido do passageiro situado no banco traseiro e em posição oposta a do
motorista.
147
Foto 7.18 – Posicionamento do microfone.
Com relação ao motorista o microfone foi posicionado a 70 cm de altura em
relação acento ao seu banco e a 20 cm de seu ouvido esquerdo e fixado através de
ventosa no vidro da porta, conforme ilustrado na foto 7.19.
Foto 7.19 – Microfone do motorista sendo posicionado.
O microfone do passageiro foi fixado no local onde se encontrava o encosto de
cabeça do banco traseiro, obedecendo a mesma altura empregada para o microfone do
motorista, conforme foto 7.20.
Após a fixação procedeu-se calibração, através de uma fonte padrão emitida pelo
calibrador, e em seguida colocados os protetores de vento, conforme ilustrado na foto
7.21.
148
Foto 7.20 – Calibração do microfone.
Foto 7.21 – Microfone fixado no vidro da porta com proteção
contra o vento.
7.2.2 Veículo de Teste
7.2.2.1
Características do Veículo
O veículo de teste foi um Santana 1.8, ano 2004 da marca Volkswagen cujas
características dimensionais estão apresentadas na figura 7.2, cujas dimensões e figura
foram obtidas, respectivamente nos sites da VOLKSWAGEN DO BRASIL (2004) e do
CLUBE DO SANTANA (2004).
149
Figura 7.2 – Características dimensionais do veículo de teste (Sites do
CLUBE DO SANTANA, 2004 e
da VOLKSWAGEN, 2004).
As quilometragens do veículo de teste no início e no término das campanhas de
ensaios foram, respectivamente, 1500 e 1800 km.
O peso do veículo, incluindo o combustível, os equipamentos de medição de
ruído interno, o motorista e o operador, variou entre 1175 e 1180 kg. A pesagem do
veículo foi realizada antes de cada campanha de ensaio, nas Usinas da Prefeitura do Rio
de janeiro.
Os pneumáticos utilizados nos testes foram os originais do veículo, modelo GPS 3 Sport
185/65 R14 86T da GOODYER, cujos números e letras, segundo informações do SITE DA
GOODYEAR, indicam:
185 – Largura nominal da seção do pneumático em milímetros;
65 – Série do pneumático: relação percentual entre a altura e a largura da seção do
pneumático;
R – Pneumático de construção radial: os cordéis das lonas se estendem de talão a talão
no sentido radial, formando um ângulo reto em relação a linha central da banda de
rodagem; possuem também cordéis de aço que circundam o pneumático, logo abaixo da
banda de rodagem; este tipo de pneumático reduz os movimentos de retração e de
expansão da banda de rodagem;
14 – Diâmetro em polegadas do aro em que o pneumático é montado;
86 – Índice de Carga: indica a capacidade de carga máxima que o pneumático pode
suportar;
T – Símbolo de Velocidade: indica a velocidade máxima a que o pneumático pode ser
submetido para transportar a carga correspondente ao Índice de Carga. Para um índice
150
de carga de 86, que corresponde à carga máxima de 530 kg, a velocidade máxima
indicada por T será de 190 km/h.
As medidas médias dos biscoitos e sulcos dos pneumáticos, obtidas pela autora, são
apresentadas na tabela 7.1 e os d
etalhes de banda de rodagem do pneumático podem ser
observados na foto 7.22.
Tabela 7.1 – Características dimensionais da banda de
Rodagem (Obtidas pela autora)
Componentes da Banda
de Rodagem
Medidas Aproximadas
mm
Biscoitos externos 42,0 x 32,0
Biscoitos internos 52,0 x 25,0
Sulcos 4,0
Foto 7.22 – Detalhe da banda de rodagem do
pneumático dianteiro.
A pressão média interna dos pneumáticos dianteiro e traseiro durante as
campanhas de ensaio foram mantidas, respectivamente, em 26 e 28 lb, seguindo as
recomendações do fabricante do veículo.
7.2.2.2
Condições Operacionais do Veículo de Teste
Antes de dar início às medições o veículo de teste era colocado em condições
operacionais em relação a regulagem e a temperatura, mantendo-se sempre as janelas
fechadas e qualquer tipo de instrumento desligado neste período, bem como, durante
todas as medições.
O veículo operou sem carga útil em seu interior, a não ser a do motorista, dos
equipamentos de medição e do operador. Estas condições foram mantidas até a
finalização dos testes em todos os trechos.
151
7.2.3
Metodologia Aplicada na Determinação da Micro-textura dos Revestimentos dos
Pavimentos das Estações de Teste
A avaliação da micro-textura do revestimento foi realizada através do Pêndulo
Britânico, segundo a ASTM E-303/93, que consiste em medir a perda de energia na
interação da borracha da sapata situada na extremidade do braço do pêndulo, que simula
a superfície de um pneumático de um veículo automotor, com a superfície molhada do
revestimento do pavimento, logo após de ter sido liberado em queda livre e de ter
descrito um arco circular. A foto 7.23 mostra este tipo de equipamento em operação.
Foto 7.23 – Determinação da micro-textura através do
Pêndulo Britânico.
O valor médio obtido é corrigido em função da temperatura e da correção média
do zero, e corresponde ao Valor de Resistência a Derrapagem (VRD) que traduz o
desempenho de um pneumático padrão durante o processo de frenagem estando o
veículo se deslocando a velocidade de 50 km/h (Pereira, 1998).
7.2.4 Metodologia Aplicada na Determinação da Macro-textura dos Revestimentos
dos Pavimentos das Estações de Teste
A macro-textura superficial do revestimento de um pavimento pode ser avaliada,
quantitativamente, através de processos volumétricos como o Método da Mancha de
Graxa e o da Mancha de Areia.
No estudo ora desenvolvido empregou-se o Método da Mancha de Areia
segundo as recomendações da ASTM E-965/96, que consiste no preenchimento dos
vazios presentes na superfície do revestimento do pavimento com um volume conhecido
de areia natural lavada e seca e com granulometria padronizada, conforme apresentado
no anexo 2 .
152
O espalhamento da areia é realizado através de movimentos circulares e
uniformes de modo que o diâmetro final da mancha seja função da altura média obtida,
e conseqüentemente, do volume consumido, sendo o resultado expresso em milímetros.
O diâmetro médio da mancha é a média dos diâmetros obtidos em quatro
direções diferentes e a altura da mancha de areia (Height Sand) encontra-se associada à
profundidade média da macro-textura do revestimento do pavimento, podendo ser
positiva ou negativa. É obtida dividindo-se o volume conhecido ocupado pela areia pela
área coberta no ensaio, ou seja:
HS
m
= 4 V/ π D
m
2
(7.1)
onde:
HS
m
– Altura média da mancha de areia, cm;
V – Volume padrão de areia = 25 cm
3
;
D
m
– Diâmetro médio da mancha obtido do espalhamento da areia.
A foto 7.24 apresenta o dispositivo contendo o volume padrão de areia, o
espalhamento da areia na superfície a ser avaliada e a medição do diâmetro da mancha
formada.
Foto 7.24 – Dispositivo empregado no espalhamento da areia e detalhe do ensaio de
Mancha de Areia.
A classificação da macro-textura do revestimento do pavimento em função da
resistência à derrapagem, segundo o Manual de Reabilitação de Pavimentos Asfálticos
(DNER,1998), cujos valores são praticamente os mesmos apresentados pela Circular
Francesa Nº 69-72 (PEREIRA, 1998) são apresentados na tabela 7.2.
Segundo o Manual de Reabilitação de Pavimentos Asfálticos (DNER, 1998), o
ensaio da Mancha de Areia também pode caracterizar a superfície quanto a sua
capacidade de drenar a água confinada entre o pneumático e a superfície do
153
revestimento do pavimento, e de quantificar a distância média entre os grânulos
individuais dos agregados aflorados na superfície do revestimento.
Tabela 7.2 – Classificação da macro-textura superficial do revestimento
do pavimento em função da resistência a derrapagem (DNER, 1998).
Profundidade Média Textura Superficial
HS < 0,20 mm Muito fina ou muito fechada
0,20 mm < HS < 0,40 mm Fina ou fechada
0,40 mm < HS < 0,80 mm Média
0,80 mm < HS < 1,20 mm Grosseira ou aberta
HS > 1,20 mm Muito grosseira ou muito aberta
7.3
Ensaios de Laboratório
7.3.1
Determinação da Absorção Acústica em Tubo de Impedância
O coeficiente de absorção acústica foi determinado através de ensaios realizados
em tubos de impedância, de acordo com o procedimento especificado na ISO 10534-
2:1998 E, em corpos de prova extraídos dos diferentes tipos de revestimentos dos
pavimentos, das estações de teste, ou em corpos de prova moldados em laboratório.
A figura 7.3 apresenta de forma esquemática o princípio deste ensaio segundo a
norma citada.
Figura 7.3 – Representação esquemática do ensaio de absorção acústica
em tubo de impedância (Modificada da ISO 10534-4:1998 E).
7.3.1.1 Equipamentos
Tubo de impedância de altas freqüências – Diâmetro de 50 mm;
Tubo de impedância de baixas freqüências – Diâmetro de 102,5 mm;
154
Microfone capacitivo Larson Davis modelo 2551 n/s 0535 e 2551 n/s 0537;
Sistema de aquisição de análise de dados Dactron modelo photon PHO – 100 n/s
735/609;
Pré-amplificador Larson Davis modelo PRM 426 n/s 0249;
Pré-amplificador Larson Davis modelo PRM 426 n/s 0250.
7.3.1.2
Determinação das Características Operacionais dos Tubos de Impedância
a. Escolha dos tubos
Os tubos de impedância foram confeccionados em função do diâmetro das
brocas da sonda rotativa e dos moldes de corpos de prova disponíveis em laboratório, de
forma que atendessem a faixa de freqüências do ruído emitido na interação pneumático-
revestimento, obtido no levantamento bibliográfico, sendo estes construídos em PVC.
b. Determinação da Gama de Freqüência
Para que fosse determinada a faixa de freqüência no interior de cada tubo,
obedeceu-se às condições determinadas na ISO 10534-2:1998(E), a saber:
b.1 Limites da freqüência operacional no tubo
f
l
< f < f
u
onde:
f – Freqüência operacional;
f
l
– Freqüência mais baixa no interior do tubo;
f
u
– Freqüência mais alta no interior do tubo;
Determinação da freqüência mais baixa no interior do tubo de impedância para
as posições A e B.
f
l
= c
0
. 0,05/S (7.2)
onde:
c
0
– Velocidade do som, m/s;
S – Distância entre microfones.
Determinação da freqüência mais alta no interior do tubo de impedância para as
posições A e B.
Em função do diâmetro
d < 0,58
λ
u
como
c
0
= λ . f λ = c
0
/ f
f
u
. d < 0,58 . c
0
(7.3)
155
Em função da distância entre os microfones
f
u .
S < 0,45 . c
0
(7.4)
onde:
d – Diâmetro interno do tubo;
c
0
– Velocidade do som, m/s.
A figura 7.4 apresenta, de forma esquemática, detalhes do tubo de impedância
com os microfones nas posições A e B, para o tubo de maior diâmetro, e, detalhe do
encaixe do microfone (modificada da ISO 10534-2:1998 (E)).
c. Determinação das freqüências no tubo de impedância de diâmetro de 102,5 mm
Para a Posição A
Para a Posição B
S = 69,8 mm S = 401 mm
X
l
= 220,2 mm X
l
= 550 mm
f
l
= 343,37 . 0,05/0,401 f
l
= 343,37 . 0,05/0,069
f
l
= 42,81 Hz f
l
= 248,82 Hz
f
u
. 0,401 < 0,45 . 343,37 f
u
. 0,10 < 0,58. 343,37
f
u
< 385,33 f
u
< 1993,46 Hz
Para estas condições a faixa de freqüência para o tubo de 102,5mm de diâmetro
deve variar de 50 a 1900 Hz.
Figura 7.4 – Detalhes do posicionamento dos microfones no tubo de impedância de 102,5 mm
de diâmetro nas posições A e B (Modificada da ISO 10534-2:1998 E).
d. Determinação das freqüências para o tubo de impedância de diâmetro de 50 mm
Apenas uma Posição
S = 35,3 mm
X
= 110,4 mm
f
l
= 343,37 . 0,05/0,035 f
u
. 0,05 < 0,58. 343,37
f
l
= 490,52 Hz f
u
< 3983,09 Hz
156
Para esta condição de ensaio aplica-se a faixa de freqüência para o tubo de 50
mm diâmetro variou de 400 a 4000 Hz..
7.3.2
Determinação das Características das Misturas Asfálticas das Estações de Teste
A percentagem de vazios, a extração do ligante asfáltico e distribuição
granulométrica das misturas asfálticas dos revestimentos dos pavimentos das estações
de testes foram obtidas aplicando as seguintes metodologias:
DNER ME 117/94 – Determinação da Densidade Aparente de Mistura Asfáltica,
estandos os corpos de prova envoltos por um filme plástico;
DNER ME 053/94 – Determinação da Percentagem de Betume em Misturas
Asfálticas;
DNER ME 083/94 – Análise Granulométrica de Agregados.
7.4
Apresentação dos Resultados de Campo e de Laboratório
Como foi visto, são vários os fatores que influenciam na geração do ruído
oriundo da interação pneumático-revestimento dos pavimentos: a velocidade de
deslocamento do veículo, a largura, o desenho e a distribuição dos biscoitos e sulcos da
banda de rodagem, o estado de conservação dos pneumáticos, o tipo e o estado
funcional da superfície do revestimento dos pavimentos e a presença de água em sua
superfície.
Com a finalidade de se verificar algumas destas influências na geração,
propagação e absorção do ruído, foram realizadas campanhas de laboratório e de campo,
envolvendo vários tipos de amostras e estações de teste que apresentam tipos de
revestimentos diferentes, onde o veículo de teste se deslocou em diferentes velocidades.
Apenas na estação de teste do autódromo foram realizadas medições em que o
revestimento do pavimento se encontrava nas condições seca e molhada.
A seguir são apresentados os resultados obtidos e a análise dos mesmos. Na
maioria das vezes os resultados são apresentados em forma gráfica por favorecer a
visualização das comparações realizadas e nos anexos 3 ao 5 estão os dados detalhados.
7.4.1
Resultado da Avaliação da Macro e Micro-textura dos Revestimentos dos
Pavimentos das Estações de Teste
Como os mecanismos envolvidos no ruído da interação pneumático-
revestimento encontram-se relacionados com a irregularidade longitudinal dos
revestimentos dos pavimentos, realizou-se a caracterização das superfícies dos
157
revestimentos dos pavimentos das estações de teste quanto à micro-textura, em função
do VRD medido
com o Pêndulo Britânico e quanto à macro-textura, em função do H
Sm
,
medidas através dos ensaios da mancha de areia,
cujos resultados estão apresentados nas
tabelas 7.3 e 7.4 e as planilhas de ensaio constam do anexo 3.
A foto 7.25 mostra as manchas de areia formadas nos ensaios de avaliação da
macro-textura das superfícies dos revestimentos dos pavimentos analisados.
Tabela 7.3 – Determinação de forma indireta da micro-textura das estações de teste.
Determinação do Coeficiente de Atrito
Estações de Teste Aeroporto
Santos Dumont
Autódromo
Internacional de
Jacarepaguá
Fundão Linha
Vermelha
Data do Ensaio 23/12/2003 15/12/2003 19/12/2003 07/02/2004
Hora, h 01:45 17:45 11:30 15:00
Tipo de Revestimento
Faixa Granulométrica
CPA
DIRENG
CBUQ
Gran. IV C do IA
CBUQ
-
CPA
PA 12
Espanhola
VRD 79 76 66 62 63 74 71 47 45
Tabela 7.4 – Determinação da textura das estações de teste através do ensaio de Mancha de
Areia.
Estações de Teste Aeroporto Santos
Dumont
Autódromo
Internacional de
Jacarepaguá
Fundão Linha
Vermelha
Data do Ensaio 23/12/2003 15/12/2003 19/12/2003 07/02/2004
Hora, h 01:45 17:45 11:30 15:00
H
sm
, cm
0,17 0,18 0,06 0,07 0,08 0,10 0,09 0,10
H
Sm
, mm 1,75 1,79 0,64 0,67 0,84 1,04 0,93 0,98
Foto 7.25 – Vista do diâmetro das manchas obtidas nos trechos analisados.
158
Com base na classificação da macro-textura apresentada no Manual de
Reabilitação de Pavimentos Asfálticos (DNER,1998) em relação à derrapagem, a t
extura
dos revestimentos
das superfícies das estações de teste, foram classificadas em:
Aeroporto – Macro-textura muito grosseira ou muito aberta
Autódromo –
Macro-textura média
Fundão –
Macro-textura Grosseira ou aberta
Linha Vermelha –
Macro-textura Grosseira ou aberta
Como a macro-textura se relaciona com a faixa granulométrica empregada na
elaboração do projeto utilizado na fabricação da mistura asfáltica e com o tamanho e a
distribuição espacial dos agregados no revestimento, determinou-se, após o ensaio de
absorção acústica nos corpos de prova extraídos das estações de teste e moldados em
laboratório, a percentagem de vazios e a análise a granulometria dos agregados, depois
de extraído o ligante asfáltico, cujos resultados estão na tabela 7.5 e no gráfico 7.1.
Pode-se observar no gráfico 7.1 que as misturas aplicadas no Aeroporto Santos
Dumont e na Linha Vermelha apresentam descontinuidade granulométrica que as
distinguem do CBUQ convencional, mas se diferenciam entre si pela composição e
tamanho dos agregados.
Tabela 7.5 – Determinação dos vazios dos corpos de prova extraídos das estações de teste.
Ensaio Aeroporto
Santos
Dumont
Autódromo
Internacional de
Jacarepaguá
Fundão Linha
Vermelha
Tipo de Revestimento
Faixa Granulométrica
CPA
DIRENG
CBUQ
IV do IA
CBUQ
-
CPA
PA-12
Espanhola
Densidade Aparente, g/cm³ 2,00 2,37 2,26 2,02
Densidade Teórica, g/cm³ 2,514 2,51 - 2,45
% de Vazios 20,44 5,58 - 17,38
Em função da distribuição granulométrica, da disposição dos agregados na pista,
da percentagem de vazios e do consumo de areia em função do H
Sm
obtidos nas estações
de teste, apenas as do Aeroporto e da Linha Vermelha apresentam revestimentos com
macro-textura negativa, sendo em menor escala o da Linha Vermelha, em virtude do
processo de colmatação que vem se processando em sua superfície reduzindo a
capacidade de drenar a água e de absorver o ruído pneumático-revestimento. Este tipo
de textura, em função da amplitude e do comprimento de onda de sua superfície, na
condição seca, confere ao revestimento do pavimento o poder de redução do ruído da
159
interação pneumático-revestimento, pois minimizam o efeito de ressonância do ar entre
os sulcos da banda de rodagem e o revestimento do pavimento, as vibrações tangenciais
oriunda do efeito de aderência-descolamento e o de absorção parcial da energia sonora,
pois apresentam elevado percentual de vazios superficiais e internos, por onde as ondas
acústicas se propagam e refletem em suas paredes dissipando energia sonora em forma
de calor.
Distribuição Granulométrica das Misturas Asfálticas
das Estações de Teste
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0,01 0,1 1 10 100
Diâmentro dos Grãos, mm
% Passante
Aeroporto Autódromo Fundão Linha Vermelha
Gráfico 7.1 – Distribuição granulométrica dos agregados nas misturas asfálticas
das estações de teste.
Na condição molhada provavelmente a pista do Aeroporto Santos Dumont
apresente melhor rendimento acústico externo ao veículo em comparação com as
demais estações de teste devido a sua capacidade em drenar a água de sua superfície.
As demais superfícies apresentam macro-textura positiva.
Apesar da superfície do Fundão apresentar uma macro-textura aberta esta é
positiva, pois seus vazios são superficiais, ou seja, não se propagam para o interior da
camada do revestimento, como ocorre na CPA, isto pode ser explicada por sua faixa
granulométrica não apresentar descontinuidade.
7.4.2
Resultado da Avaliação do Coeficiente de Absorção Acústica de Corpos de
Prova Extraídos do Campo ou Moldados em Laboratório
Para possibilitar a comparação da capacidade de absorção acústica dos diferentes
tipos de amostras e a associação dos coeficientes de absorção acústica das amostras de
campo com o nível de ruído medido no interior e no exterior do veículo de teste, foram
160
extraídos das estações de teste e moldados em laboratório corpos de prova com o
mesmo diâmetro dos tubos de impedância confeccionados nesta pesquisa, de forma a
atender às faixas de freqüências de operacionalidade de tais tubos.
Foram realizadas cinco determinações no tubo de impedância de 50 mm e dez no
de 102,5 mm, sendo cinco determinações com os microfones posicionados na posição
“A” e cinco na posição “B”, figura 7.4, perfazendo um total de dez corpos de prova por
amostra ensaiada. A quantidade de corpos de prova empregados por ensaio é função da
dispersão dos resultados.
Os dois tubos de impedância foram utilizados nos ensaios de todas as amostras
com exceção dos ensaios das amostras de mistura asfáltica tipo SMA e a de concreto de
cimento Portland, que foram ensaiadas, respectivamente, nos tubos de 102,5 mm e de
50 mm.
A seqüência de fotos, apresentada a seguir, ilustra detalhes dos equipamentos e
posicionamento dos microfones e da amostra no ensaio da determinação da absorção
acústica no Tubo de Impedância de 50 mm.
A tabela 7.6 apresenta as dimensões dos corpos de prova e o tipo de amostras
que foram ensaiadas.
Como foi visto o coeficiente de absorção acústica expressa a relação entre a
quantidade de energia sonora absorvida e a incidente, que são captadas como sinais
mecânicos e convertidas em elétricos pelos microfones.
Foto 7.26 – Vista dos equipamentos empregados na determinação do coeficiente
de absorção acústica em Tubo de Impedância.
161
Foto 7.27 – Detalhe dos Microfones no Foto 7.28 – Detalhe do posicionamento
tubo de Impedância. da a
mostra no interior do tubo de
Impedância
.
Tabela 7.6 – Dimensões dos corpos de prova das amostras ensaiadas nos tubos de impedância
desta pesquisa.
Diâmetro dos
Corpos de Prova
50 mm 102,5 mm
Espessura dos Corpos de Prova, mm Amostras
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5
Aeroporto 75,0 71,1 72,2 74,3 72,9 21,5 21,0 20,0 22,0 20,0
Aeroporto - - - - - 55,1 54,0 - - -
Autódromo 52,5 52,7 52,3 52,5 71,3 55,0 53,0 53,0 51,0 5,10
Fundão 63,4 70,2 69,5 71,5 107,3 67,0 71,7 66,8 67,2 69,0
Solo 50,2 50,0 49,8 50,2 49,7 53,7 53,8 53,9 54,4 53,5
Concreto 155,0 153,2 155,0 155,0 155,1 - - - - -
Linha Vermelha 58,3 58,7 57,3 66,2 49,7 73,3 75,7 71,2 65,7 64,6
SMA 50/60 - - - - - 63,9 61,9 62,6 63,5 60,9
SMA CAPFLEX - - - - - 63,3 62,8 63,5 63,2 63,9
Legenda: CP – Corpo de prova
O gráfico 7.2 mostra variação dos coeficientes de absorção acústicos dos corpos
de prova extraídos da estação de teste do Fundão, para as faixas de freqüência
selecionadas para a análise.
Para que se pudesse verificar com maior detalhe o comportamento dos
coeficientes de absorção acústica de cada corpo de prova em função das freqüências, de
se identificar à região da mudança do microfone, da posição A para a B no tubo de
impedância de 102,5 mm, e a troca dos tubos de 102,5 mm para o de 50 mm, expandiu-
se a escala do coeficiente de absorção acústica, conforme observado no gráfico 7.3.
162
Funo
Coeficientes de Absoão Acústica, Obtidos em Tubos Impedância,
dos Corpos de Prova de 50 e 102,5 mm de Diâmetro
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
50 80 125 200 315 500 800 1250 2000 3150
Freqüência [Hz]
Coef. Ab. Acústica
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5
CP 1 \ Pos. A CP 1 \ Pos. B CP 2 \ Pos. A CP 2 \ Pos. B CP 3 \ Pos. A
CP 3 \ Pos. B CP 4 \ Pos. A CP 4 \ Pos. B CP 5 \ Pos. A CP 5 \ Pos. B
Gráfico 7.2 – Coeficientes de absorção acústica, em função da freqüência, das amostras
extraídas da estação de teste do
Fundão.
Fundão
Detalhes dos Valores dos Coeficientes de Absorção Acústica
dos Corpos de Prova de 50 e 102,5 mm de Diâmetro
0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,1
0,12
0,14
0,16
50 80 125 200 315 500 800 1250 2000 3150
Freqüência [Hz]
Coef. Ab. Astico
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5
CP 1 \ Pos. A CP 1 \ Pos. B CP 2 \ Pos. A CP 2 \ Pos. B CP 3 \ Pos. A
CP 3 \ Pos. B CP 4 \ Pos. A CP 4 \ Pos. B CP 5 \ Pos. A CP 5 \ Pos. B
Gráfico 7.3 – Expansão da escala do coeficiente de absorção acústica para as
amostras do Fundão, estudadas nesta pesquisa.
O gráfico 7.4 apresenta a dispersão destes valores, onde a escala também foi
expandida para melhor visualização.
Estes três tipos de gráficos também foram construídos para as demais amostras
ensaiadas neste estudo e constam do anexo 4.
163
Fundão
Detalhes da Dispersão dos Valores dos Coeficientes de
Absorção Acústica Obtidos
0,00
0,02
0,04
0,06
0,08
0,10
0,12
0,14
0,16
50 80 125 200 315 500 800 1250 2000 3150
Freqüência [Hz]
Coef. Ab. Acústico
dia dia + Desvio dia - Desvio
Gráfico 7.4 – Dispersão dos valores do coeficiente de absorção acústica das
amostras do Fundão, estudadas nesta pesquisa.
Na tabela 7.7 são apresentados os valores médios dos coeficientes de absorção
acústicas obtidos na faixa de freqüência de 50 a 4000 Hz.
Tabela 7.7 – Valores médios obtidos dos coeficientes de absorção acústica na faixa de
freqüência de 50 a 4000 Hz, para todas as amostras estudadas nesta pesquisa.
Freqüência Aeroporto Autódromo Fundão Linha Vermelha Solo GP
Hz Tubo P/G Tubos P/G Tubos P/G Tubos P/G Tubos P/G
50
0,203 0,0349 0,024 0,064 0,0230
63
0,1967 0,0309 0,017 0,072 0,0240
80
0,1971 0,0349 0,023 0,072 0,0120
100
0,1883 0,0382 0,023 0,081 0,0210
125
0,1701 0,0436 0,025 0,091 0,0220
160
0,1539 0,0457 0,028 0,098 0,0240
200
0,132 0,0395 0,021 0,118 0,0190
250
0,1112 0,056 0,034 0,148 0,0260
315
0,0916 0,0572 0,041 0,193 0,0270
400
0,0845 0,0455 0,027 0,244 0,0190
500
0,1061 0,0609 0,03 0,295 0,0240
630
0,1172 0,0658 0,033 0,199 0,0330
800
0,1896 0,0644 0,03 0,151 0,0340
1000
0,2934 0,0738 0,039 0,155 0,0430
1250
0,3856 0,0718 0,037 0,128 0,0370
1600
0,2637 0,0646 0,029 0,102 0,0360
2000
0,1854 0,0786 0,031 0,107 0,0390
2500
0,2812 0,0911 0,039 0,116 0,0490
3150
0,2022 0,1051 0,054 0,132 0,0610
4000
0,2903 0,1122 0,069 0,124 0,0670
164
Já na tabela 7.8 os valores são obtidos nas faixas de freqüência de 50 a 1600 Hz
e de 630 a 4000 Hz.
Cabe ressaltar que nos ensaios em que se empregaram os dois tubos de
impedância existem dois valores para o coeficiente de absorção acústico para a faixa de
freqüência de 630 a 1600 Hz, visto que existem freqüências comuns nestes tubos. Ao se
obter os valores médios dos coeficientes de absorção acústica, nesta faixa de freqüência,
foi obtido através da média entre estes valores, o mesmo não ocorrendo para ensaios
realizados em um único tubo, que é o caso das amostras da tabela 7.8.
Tabela 7.8 – Valores médios obtidos dos coeficientes de absorção acústica na faixa de
freqüência de 50 a 1600 Hz e de 630 a 4000 Hz, para todas as amostras estudadas nesta
pesquisa.
Freqüência Aeroporto SMA CAP 50/60 SMA CAPFLEX Concreto
Hz Tubo G Tubos G Tubo G Tubo P
50
0,1180 0,0850 0,0730 -
63
0,1440 0,0820 0,0760 -
80
0,1700 0,0700 0,0760 -
100
0,1810 0,0740 0,0820 -
125
0,1690 0,0670 0,0780 -
160
0,1530 0,0650 0,0810 -
200
0,1400 0,0630 0,0810 -
250
0,1340 0,0670 0,0830 -
315
0,1440 0,0690 0,0770 -
400
0,1930 0,0680 0,0800 -
500
0,3980 0,0800 0,0920 -
630
0,5910 0,0660 0,0830 0,0310
800
0,4020 0,0640 0,0780 0,0360
1000
0,1880 0,0660 0,0800 0,0230
1250
0,1660 0,0780 0,1030 0,0350
1600
0,2290 0,0810 0,1160 0,0300
2000
- - - 0,0330
2500
- - - 0,0410
3150
- - - 0,0540
4000
- - - 0,0640
Legenda: (-) Ensaio não realizado em função do diâmetro das amostras obtidas
Com base nos valores das tabelas 7.7 e 7.8 construiu-se a seqüência de gráficos
apresentada a seguir, que possibilitou observar a variação do coeficiente de absorção
acústica com a freqüência, com a textura da superfície das amostras e com a espessura
dos corpos de prova analisados, e de comparar a capacidade absorvente dos diferentes
165
tipos de revestimentos estudados. Acompanhando estes gráficos estão as fotos de alguns
dos corpos de prova empregados nas análises.
Figura 7.5 – Comparação dos coeficientes de absorção acústica e das texturas de diferentes
tipos de amostra.
Figura 7.6 – Comparação dos coeficientes de absorção acústica e das texturas entre dois tipos
diferentes de CPA.
166
Figura 7.7 – Comparação dos coeficientes de absorção acústica obtidos em corpos de
prova de espessuras diferentes, da mistura tipo CPA do Aeroporto Santos Dumont.
Valores Médios dos Coeficientes de Absoão Acústica de
Todas as Amostras Pesquisadas
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
5
0
8
0
1
2
5
2
0
0
3
1
5
5
0
0
8
0
0
1
2
5
0
2
0
0
0
3
1
5
0
Freqüência, Hz
Coef. Abs. Acústica
Aeroporto G 1 Aeroporto G 2 Aeroporto P
Autódromo PG Concreto P Fundão GP
Linha Vermelha GP SMA CAP 50/60 G SMA CAPFLEX G
Solo GP
Gráfico 7.5 – Valores médio dos coeficientes de absorção acústica das amostras
obtidas das estações de teste ou moldadas em laboratório.
Com base no apresentado nas figuras 7.5 a 7.7 e no gráfico 7.5 conclui-se que:
As amostras de solo, de concreto, as do Autódromo, Fundão e do tipo SMA
apresentam baixo coeficiente de absorção. No caso do solo seria interessante que
realizasse este ensaio em amostras indeformadas, pois o grau de compactação dos
corpos de prova moldados difere dos corpos de prova extraídos diretamente do solo
natural;
167
As SMA, como visto, apresentaram baixo poder de absorção, porém as amostras
moldadas com polímero mostraram uma pequena melhora na absorção em relação às
moldadas com CAP convencional;
As CPA apresentaram valores médios máximos dos coeficientes de absorção
acústica em diferentes faixas de freqüência, podendo este fato estar ligado a
diferentes fatores, como as características dos agregado e do ligante asfáltico
empregados, a distribuição e disposição dos agregados no corpo de prova, a espessura
da amostra analisada, etc. É importante que a pesquisa prossiga com maior
quantidade de ensaios de forma que possibilite a identificação da contribuição de cada
um destes fatores;
A CPA do Aeroporto Santos Dumont apresentou uma capacidade de absorção
acústica superior a da Linha Vermelha, apesar de seus corpos de prova apresentarem
espessuras menores aos da linha vermelha. Este fato pode estar ligado à macro-
textura, à percentagem de vazios, à composição e distribuição granulométrica, a
disposição dos agregados, a idade e ao processo de colmatação, que vem ocorrendo
progressivamente no revestimento da Linha Vermelha.
Estas constatações foram bastante importantes porém não definitivas,
necessitando um maior número de experimentos para conclusões definitivas.
7.4.3
Resultado da Avaliação do Ruído Externo ao Veículo
Os resultados das medições externas foram apresentados pela empresa GROM
Acústica & Automação em planilhas, onde constam os espectros médios obtidos a cada
0,030 s. Uma destas planilhas é apresentada, como exemplo, no anexo 5.
Nas medições efetuadas para cada passada do veículo de teste nos trechos
analisados tomou-se como base o espectro no momento em que o nível medido com o
detector fast atingiu o seu valor máximo. Com estes dados foram construídos vários
gráficos que serviram na análise comparativa do desempenho acústico dos
revestimentos dos pavimentos das estações de teste. Para tanto foram plotados
inicialmente três gráficos para cada passagem do veículo nas estações de teste, que
serviram para verificar se algum valor seria descartado no cálculo da média dos níveis
máximos.
A seguir apresenta-se uma breve descrição destes gráficos.
168
a. Espectro do nível máximo em dB (L) das três passadas para cada velocidade em
cada estação de teste.
Estes gráficos possibilitaram visualizar o espectro do ruído gerado e a dispersão
dos valores medidos para cada velocidade de passagem do veículo de teste, como
apresentado no gráfico 7.6.
Gráfico 7.6 – Espectros do nível máximo em dB (L) das três passadas a velocidade
de 60 km/h obtidas da estação de teste do Autódromo Internacional de Jacarepaguá.
b. Espectro do nível máximo em dB (L) das três passadas e a média destes valores
medidos.
Construiu-se num mesmo gráfico os espectros das três passagens e a média
destes espectros. Nos casos em que ocorreram ruídos impulsivos, estes não foram
considerados no cálculo do espectro médio, pois comprometem o cálculo do L
eq
. O
espectro médio passou a ser considerado como o espectro do nível máximo como
apresentado no gráfico 7.7, sendo empregada tanto no cálculo do L
eq
e como em todas
as comparações realizadas;
c. Espectro do nível máximo médio em dB (L) e o ruído de fundo de cada estação
A construção destes gráficos teve como objetivo ilustrar a influência do campo
acústico das estações de teste em mascarar as medições realizadas.
No gráfico 7.8 algumas medições sofreram a influência do mascaramento.
169
Gráfico 7.7 – Espectros do nível máximo e médio em dB (L) das três passadas
a velocidade de 60 km/h na estação de teste do Autódromo Internacional
de Jacarepaguá.
Gráfico 7.8 – Espectros do nível máximo e de fundo em dB (L) obtidas na estação
de teste do Autódromo Internacional de Jacarepaguá, para a velocidade de 60 km/h.
No caso do Aeroporto Santos Dumont o mascaramento ocorreu com maior
freqüência em virtude das aeronaves estacionadas no pátio do aeroporto permanecerem
em funcionamento durante todo o intervalo de tempo das medições.
O conjunto de todos os gráficos, para cada estação de teste constam do anexo 5.
Após o tratamento dos dados das medições, conforme descrito anteriormente,
foram construídos os gráficos dos espectros das médias dos níveis máximos para todas
as velocidades pesquisadas em cada trecho, que estão apresentados a seguir, com o
170
objetivo de se verificar como o espectro do ruído é influenciado pelo aumento da
velocidade de deslocamento do veículo de teste, pelo tipo de revestimento do pavimento
e pelas condições seca ou molhada.
A estação de teste do Autódromo foi à única onde se
realizou a avaliação acústica na condição seca e molha, em virtude da disponibilidade do
caminhão pipa.
Gráfico 7.9 – Espectros máximos do ruído para a faixa de velocidade de 60 a
120 km/h obtidos nas medições realizadas no Aeroporto Santos Dumont.
Gráfico 7.10 – Espectros máximos do ruído para a faixa de velocidade de 60
a 120 km/h obtidos nas medições realizadas no Autódromo Internacional de
Jacarepaguá, Pista Seca.
171
Autódromo Internacional de Jacarepaguá
Espectro Médio dos Níveis Máximos de Todas
as Velocidades Pesquisadas, Pista Molhada
20
30
40
50
60
70
80
2
5
.
0
4
0
.
0
6
3
.
0
1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
3
0
1
0
0
0
1
6
0
0
2
5
0
0
4
0
0
0
6
3
0
0
1
0
0
0
0
1
6
0
0
0
Freqüência, Hz
Lmáximo, dB (L)
60 km/h 70 km/h 80 km/h 90 km/h 100 km/h 110 km/h 120 km/h
Gráfico 7.11 – Espectros máximos do ruído para a faixa de velocidade de 60 a
120 km/h obtidos nas medições realizadas no Autódromo Internacional de Jacarepaguá,
Pista Molhada.
Fundão
Espectro Médio dos Níveis Máximos de Todas as
Velocidades Pesquisadas, Pista Seca
20
30
40
50
60
70
80
2
5
4
0
6
3
1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
3
0
1
0
0
0
1
6
0
0
2
5
0
0
4
0
0
0
6
3
0
0
1
0
0
0
0
1
6
0
0
0
Freência, Hz
L máximo, dB (L)
60 km/h 70 km/h 80 km/h 90 km/h
Gráfico 7.12 – Espectros máximos do ruído para a faixa de velocidade de 60 a
90 km/h obtidos nas medições realizadas no Fundão.
172
Grumari
Espectro Médio dos Níveis Máximos de Todas as
Velocidades Pesquisadas, Pista Seca
20
30
40
50
60
70
80
90
2
5
4
0
6
3
1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
3
0
1
0
0
0
1
6
0
0
2
5
0
0
4
0
0
0
6
3
0
0
1
0
0
0
0
1
6
0
0
0
Freqüência, Hz
Lmáximo, dB (L)
60 km/h 70 km/h 80 km/h 90 km/h
Gráfico 7.13 – Espectros máximos do ruído para a faixa de velocidade de 60 a 90 km/h
obtidos nas medições realizadas em Grumari.
Com base nos levantamentos bibliográficos e nos gráficos obtidos pela autora
desta pesquisa, podem ser feitas algumas conclusões preliminares, face o banco de
dados obtido ser relativamente pequeno, que são:
Observa-se que na faixa de freqüência de 25 Hz a 400 Hz ocorre uma variação
no nível máximo do ruído, o que provavelmente está relacionada com os choques
entre a banda de rodagem dos pneumáticos e a irregularidade dos revestimentos
dos pavimentos, que são responsáveis pelas vibrações radias no interior do
pneumático;
A partir de 500 Hz, aproximadamente, nota-se o início da influência da
velocidade no nível máximo de ruído, com exceção da estação de teste de
Grumari;
A estação de teste de Grumari, gráfico 7.13, apresenta o nível de ruído elevado
nas freqüências baixas e médias, mantendo-se praticamente constante sem sofrer
influência significativa com o aumento da velocidade. Isto pode ser explicado em
função do tipo do revestimento do pavimento da estação de teste, que é em
paralelepípedo, onde a irregularidade da superfície é bastante elevada, devido à
elevada quantidade de juntas, à variação das dimensões dos paralelepípedos e à
sua disposição na camada de assentamento, que ocasionam vibrações oscilatórias
173
elevadas no pneumático, apesar do desempenho dos amortecedores dos veículos,
elevam o nível de ruído;
Comparando o gráfico 7.10 com o 7.11, cujas medições foram realizadas na
mesma estação de teste do Autódromo, diferindo apenas pela presença de água
na superfície do revestimento do pavimento. A água foi espargida antes de cada
passagem do veículo de teste através de um carro pipa, conforme ilustrado na
foto 7.29.
Foto 7.29 – Carro pipa espargindo água na estação de
teste do Autódromo.
Observa-se que a intensidade e a altura do nível ruído, na condição molhada, é
superior ao da seca, causado pelo deslocamento da lâmina de água presente entre
a superfície do revestimento do pavimento e os sulcos do pneumático,
provocando um maior incômodo no receptor, situado externamente ao veículo;
O comportamento acústico da estação de teste do Fundão, principalmente a baixa
freqüência, esteja relacionado com a macro-textura positiva da superfície do
revestimento de seu pavimento;
Na construção de todos os gráficos não foi subtraído o ruído de fundo dos níveis
máximos medidos, tal fato pode ter mascarado alguns valores principalmente na
estação de teste do Aeroporto. Caberia uma nova avaliação, mas se pudessem
manter as aeronaves desligadas, ou se fosse escolhida uma nova estação de teste
com as mesmas características apresentadas pelo revestimento da estação de teste
do Aeroporto.
174
Para melhor visualização da influência do tipo de revestimento e das condições
seca e molhada no nível de ruído máximo, foram construídos os gráficos 7.14 a 7.17,
onde os espectros médios do nível máximo para cada velocidade de deslocamento do
veículo, de todas as estações de testes se encontram em um mesmo gráfico.
Espectros Médios dos Níveis Máximos de
Todas as Estações de Teste - Velocidade de 60 km/h
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
2
5
.
0
4
0
.
0
6
3
.
0
1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
3
0
1
0
0
0
1
6
0
0
2
5
0
0
4
0
0
0
6
3
0
0
1
0
0
0
0
1
6
0
0
0
Freqüência, Hz
L máximo, dB (L)
Aeroporto PS Autódromo PS Autódromo PM Fundão PS Grumari PS
Gráfico 7.14 – Espectros máximos de todas as estações de teste para a velocidade
de 60 km/h.
Espectros Médios dos Níveis Máximos de
Todas as Estações de Teste - Velocidade de 70 km/h
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
2
5
.
0
4
0
.
0
6
3
.
0
1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
3
0
1
0
0
0
1
6
0
0
2
5
0
0
4
0
0
0
6
3
0
0
1
0
0
0
0
1
6
0
0
0
Freqüência, Hz
Lmáx, dB (L)
Aeroporto PS Autódromo PS Autódromo PM Fundão PS Grumari PS
Gráfico 7.15 – Espectros máximos de todas as estações de teste para a velocidade
de 70 km/h.
175
Espectros Médios dos Níveis Máximos de
Todas as Estações de Teste - Velocidade de 80 km/h
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
2
5
.
0
4
0
.
0
6
3
.
0
1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
3
0
1
0
0
0
1
6
0
0
2
5
0
0
4
0
0
0
6
3
0
0
1
0
0
0
0
1
6
0
0
0
Freqüência, Hz
L máximo, dB(
L
Aeroporto PS Autódromo PS Autódromo PM Fundão PS Grumari PS
Gráfico 7.16 – Espectros máximos de todas as estações de teste para a velocidade
de 80 km/h.
Espectros Médios dos Níveis Máximos de
Todas as Estações de Teste - Velocidade de 90 km/h
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
90
2
5
.
0
4
0
.
0
6
3
.
0
1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
3
0
1
0
0
0
1
6
0
0
2
5
0
0
4
0
0
0
6
3
0
0
1
0
0
0
0
1
6
0
0
0
Freqüência, Hz
L, máx, dB (L)
Aeroporto PS Autódromo PS Autódromo PM Fundão PS Grumari PS
Gráfico 7.17 – Espectros máximo de todas as estações de teste para a velocidade
de 90 km/h.
Observa-se nos gráficos 7.14 a 7.17 que os revestimentos tipo CPA e o CBUQ
do Fundão, onde se obteve um dos maiores valores de altura média de mancha de areia
(macro-textura) a redução do nível máximo de ruído da interação pneumático-
revestimento ocorre em freqüências mais elevadas causando maior desconforto ao
receptor.
Pode-se afirmar que os revestimentos tipo CPA em bom estado funcional e na
condição molhada apresentarão níveis máximo de ruído, da interação pneumático-
176
revestimento em freqüências elevadas, inferiores aos demais tipos de revestimentos, em
virtude de sua capacidade em drenar a água de sua superfície.
7.4.4
Resultado da Avaliação do Ruído Interno da Cabina do Veículo
Os resultados das medições internas foram apresentados pela empresa GROM
Acústica & Automação em planilhas, onde se encontram os níveis equivalentes
captados pelos microfones do motorista e do passageiro. Uma destas planilhas é
apresentada como exemplo no anexo 6. Com os dados obtidos foram construídos vários
gráficos, que são analisados a seguir.
7.4.4.1
Espectro do Nível Equivalente Captado pelos Microfones do Motorista e do
Passageiro, para Todas as Velocidades Pesquisadas nas Estações de Teste.
Com os mesmos objetivos das medições externas, em verificar o comportamento
do nível ruído com o aumento da velocidade do veículo de teste e com o tipo de
revestimento do pavimento, na condição seca, para todas as estações de teste e molhada
apenas para a do autódromo, construiu-se os gráficos dos espectros dos níveis
equivalentes captados pelos microfones do motorista.
Nos gráficos 7.17 a 7.22 são apresentados os espectros do nível de ruído
equivalente captado pelo microfone do motorista e os do microfone do passageiro
constam no anexo 6, visto que, não ocorreram mudanças significativas em relação o
posicionamento dos microfones no interior do veículo que justificassem a colocação
destes gráficos no corpo da tese.
Aeroporto Santos Dumont
Espectros dos Níveis de Rdo Inte rno Captados
pelo Microfone do Motorista, Pista Seca
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2
0
3
1
,
5
5
0
8
0
1
2
5
2
0
0
3
1
5
5
0
0
8
0
0
1
2
5
0
2
0
0
0
3
1
5
0
5
0
0
0
8
0
0
0
1
25
0
0
Freqüência, Hz
Leq, dB(A)
60 Km/h 70 km/h 80 km/h 90 km/h
100 km/h 110 km/h 120 km/h
Gráfico 7.18 – Espectros dos níveis de ruído equivalentes para a faixa de
velocidade de 60 a 120 km/h, obtidos na estação do Aeroporto Santos Dumont.
177
Autódromo Internacional de Jacarepag
Espectros dos Níveis de Ruído Interno Captados
pelo Microfone do Motorista, Pista Seca
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2
0
4
0
8
0
1
6
0
3
1
5
6
3
0
1
2
5
0
2
5
0
0
5
0
0
0
1
0
0
0
0
2
0
0
0
0
Freqüência, Hz
L, dB (A)
60 km/h 70 km/h 80 km/h 90 km/h
100 km/h 110 km/h 120 km/h
Gráfico 7.19 – Espectros dos níveis de ruído equivalentes para a faixa de velocidade
de 60 a 120 km/h, obtidos na estação do Autódromo Internacional de Jacarepaguá,
Pista Seca.
Autódromo Internacional de Jacarepaguá
Espe ctros dos Níveis de Rdo Interno Captados
pelo Microfone do Motorista, Pista Molhada
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2
0
4
0
8
0
1
6
0
3
1
5
6
3
0
1
2
5
0
2
5
0
0
5
0
0
0
1
0
0
0
0
2
0
0
0
0
Freqüência, Hz
L, dB (A)
60 km/h 70 km/h 80 km/h 90 km/h
100 km/h 110 km/h 120 km/h
Gráfico 7.20 – Espectros dos níveis de ruído equivalentes para a faixa de velocidade
de 60 a 120 km/h, obtidos na estação do Autódromo Internacional de Jacarepaguá,
Pista Molhada.
178
Fundão
Espectros dos Níveis de Ruído Interno Captados
pelo Microfone do Motorista, Pista Seca
30
40
50
60
70
80
90
2
0
3
1
,
5
5
0
8
0
1
2
5
2
0
0
3
1
5
5
0
0
8
0
0
1
2
5
0
2
0
0
0
3
1
5
0
5
0
0
0
8
0
0
0
1
2
5
0
0
Freqüência, Hz
Leq, dB (A)
60 km/h 70 km/h 80 km/h 90 km/h
Gráfico 7.21 – Espectros dos níveis de ruído equivalentes para a faixa de velocidade
de 60 a 90 km/h, obtidos na estação do Fundão, Pista Seca.
Grumari
Espectros dos Níveis de Rdo Interno Captados
pelo Microfone do Motorista, Pista Seca
30
40
50
60
70
80
90
100
2
0
3
1
,
5
5
0
8
0
1
2
5
2
0
0
3
1
5
5
0
0
8
0
0
1
2
5
0
2
0
0
0
3
1
5
0
5
0
0
0
8
0
0
0
1
2
5
0
0
2
0
0
0
0
Freqüência, Hz
Leq, dB (A)
60 km/h 70 km/h 80 km/h 90 km/h
Gráfico 7.22 – Espectros dos níveis de ruído equivalentes para a faixa de velocidade
de 60 a 90 km/h, obtidos na estação de Grumari, Pista Seca.
Com base nos gráficos 7.18 a 7.22 e na bibliografia lida são feitas algumas
conclusões também preliminares, que seguem.
A geração e a absorção acústica das misturas tipo CPA se encontra relacionado
com à macro-textura, à percentagem de vazios, à distribuição granulométrica, o
179
tamanho, à angulosidade e à disposição dos agregados em sua superfície, à idade
e o processo de colmatação.
Os níveis equivalentes dos ruídos medidos no interior do veículo ocorrem em
freqüências baixas, ao contrário dos níveis máximos dos ruídos externos que
ocorrem em freqüências médias e altas. Isto pode se explicado pelas vibrações
mecânicas que são transferidas para o interior do veículo, apesar da existência
dos amortecedores. As vibrações são geradas devido aos choques sucessivos do
pneumático com a superfície do revestimento dos pavimentos. Estes valores são
mais elevados na estação de teste de Grumari, que como visto, apresenta uma
superfície bastante irregular, característica deste tipo de revestimento;
Em todos os gráficos verifica-se a influência da velocidade no aumento do nível
de ruído, sendo mais evidente em algumas estações de teste, em virtude da
textura da superfície do revestimento do pavimento;
Ao comparar o gráfico 7.19 com o 7.20, cujas medições foram realizadas na
estação de teste do Autódromo, diferindo apenas pela presença de água na
superfície do revestimento do pavimento, observa-se que a intensidade e a altura
do nível ruído, na condição molhada e seca praticamente não diferem uma da
outra, sendo algumas vezes menor quando a superfície se encontra molhada,
comprovando que o ruído interno está intimamente relacionado com as
características funcionais e com o tipo da superfície apresentada pelos
revestimentos.
Provavelmente em revestimentos com macro-textura positiva elevada, o ruído
interno seja menor na condição molhada que na seca, estando o veículo se
deslocando a velocidade baixa, visto que, a presença da água levaria à redução
dos choques entre a
superfície do pneumático e a do revestimento, em concordância
com a
teoria da tribologia apresentada por APS et al (2003).
7.4.4.2 Espectros dos Níveis Equivalentes Captados pelos Microfones Internos e dos
Níveis Máximos Captados pelo Microfone Externo
Os gráficos dos espectros internos e externos dos ruídos gerados pela interação
pneumático-revestimento foram plotados para todas as velocidades pesquisadas nas
180
estações de testes, de forma que possibilitou a comparação da intensidade e da altura de
tais níveis. Para tanto os valores em dB (L) dos níveis máximos externos foram
convertidos em dB (A) empregando-se os fatores de conversão da tabela 2.2.
A seguir serão apresentados apenas os gráficos para a velocidade de 90 Km/h de
cada estação de teste, os demais constam do anexo 6.
Aeroporto Santos Dumont
Espectros dos Níveis de Rdo Captados pelos
Microfones Internos e Externo ao Veículo
Velocidade 90 km/h, Pista Seca
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2
5
4
0
6
3
1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
3
0
1
0
0
0
1
6
0
0
2
5
0
0
4
0
0
0
6
3
0
0
1
0
0
0
0
Freqüência, Hz
Leq, dB (A)
Microfone Motorista Microfone Passageiro Microfone Externo
Gráfico 7.23 – Comparação dos espectros dos níveis de ruído captados internamente
e externamente ao veículo de teste a velocidade de 90 km/h, Pista Seca, para a estação
do Aeroporto Santos Dumont.
Autódromo Internacional de Jacarepaguá
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos
Microfones Internos e Externo ao Veículo
Velocidade de 90 Km/h, Pista Seca x Molhada
10
20
30
40
50
60
70
80
2
5
4
0
6
3
1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
3
0
1
0
0
0
1
6
0
0
2
5
0
0
4
0
0
0
6
3
0
0
1
0
0
0
0
1
6
0
0
0
Freqüência, Hz
L, dB (A)
MM - PS MP - PS ME - PS
MM - P
M
MP - P
M
ME - P
M
Gráfico 7.24 Comparação dos espectros dos níveis de ruído captados internamente
e externamente ao veículo de teste a velocidade de 90 km/h, Pista Seca e Molhada
para a estação do Autódromo Internacional de Jacarepaguá.
181
Fundão
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos
Microfones Internos e Externo ao Veículo
Velocidade 90 km/h, Pista Seca
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2
5
4
0
6
3
1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
3
0
1
0
0
0
1
6
0
0
2
5
0
0
4
0
0
0
6
3
0
0
1
0
0
0
0
Freqüência, Hz
L, dB(A)
Microfone Motorista Microfone Passageiro Microfone Externo
Gráfico 7.25 – Comparação dos espectros dos níveis de ruído captados internamente
e externamente ao veículo de teste a velocidade de 90 km/h, Pista Seca, para a estação
do Fundão.
Grumari
Espectros dos Níveis de Rdo Captados pelos
Microfones Internos e Externo ao Veículo
Velocidade 90 km/h, Pista Seca
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2
5
4
0
6
3
1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
3
0
1
0
0
0
1
6
0
0
2
5
0
0
4
0
0
0
6
3
0
0
1
0
0
0
0
1
6
0
0
0
Freqüência, Hz
L, dB(A)
Microfone Motorista Microfone Passageiro Microfone Externo
Gráfico 7.26 – Comparação dos espectros dos níveis de ruído captados internamente
e externamente ao veículo de teste a velocidade de 90 km/h, Pista Seca, para a estação
de Grumari.
Ao plotar o gráfico 7.23 do Aeroporto esperava-se que o seu comportamento
fosse igual ao da estação de teste do Autódromo, ou seja, que o ruído interno a baixas
freqüências fossem superiores ao externo, devido aos choques entre o pneumático e o
182
revestimento, e que à média e à alta freqüência o externo superasse o interno, porém isto
não ocorreu. Caberia realizar novas campanhas nesta estação de teste a fim de se
constatar a veracidade dos valores obtidos e as suas causas. Atualmente não se pode
fazer nenhuma conclusão definitiva nem se descartar qualquer resultados, visto que o
acervo de dados ainda é bastante reduzido.
Nos trechos de teste do Fundão e de Grumari o ruído interno foi superior ao
externo, podendo ser explicado pela macro-textura positiva da estação do Fundão e pela
alta irregularidade superficial do revestimento de Grumari.
183
CAPÍTULO 8
CONCLUSÃO E SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS
8.1 Conclusões
A proposição de se estudar o nível de ruído emitido pela interação pneumático-
revestimento do pavimento visou:
Conhecer alguns dos mecanismos e parâmetros envolvidos na geração,
propagação e absorção do ruído oriundo da interação pneumático-revestimento do
pavimento, de modo que viessem contribuir na avaliação das técnicas de pavimentação
existentes e no desenvolvimento de novas técnicas mais favoráveis na redução do ruído
urbano;
Verificar o desempenho acústico de alguns tipos de revestimentos dos
pavimentos empregados em vias urbanas do Rio de Janeiro em função da micro-textura,
da macro-textura positiva e negativa, do coeficiente de absorção acústica, da
distribuição granulométrica e da disposição dos agregados na superfície do revestimento
dos pavimentos, através de ensaios de campo e de laboratório.
Com base nos estudos realizados foi possível obter as seguintes conclusões:
Os níveis máximos do ruído externo e os níveis equivalentes internos oriundos
da interação pneumático-revestimento, para cada estação de teste analisada,
cresceram com o aumento da velocidade;
O nível máximo do ruído externo obtido em pista seca para os revestimentos dos
pavimentos do tipo denso ocorre geralmente em freqüências médias e altas,
sendo que em baixas freqüências sua intensidade é inferior aos dos demais tipos ;
Nos revestimentos dos pavimentos não drenantes com presença de água em sua
superfície, o nível máximo de ruído externo, oriundo da interação pneumático-
revestimento, ocorre em freqüências elevadas, devido ao deslocamento da
lâmina de água presente entre a superfície do revestimento do pavimento e os
sulcos do pneumático. Neste estudo este nível ficou em torno de 4.000 Hz,
causando um grande incômodo ao receptor situado externamente ao veículo;
A intensidade dos níveis equivalentes do ruído medido no interior da cabina do
veículo é maior em freqüências baixas, em virtude das vibrações mecânicas
transferidas para o interior do veículo, que tem como origem os choques
184
sucessivos dos pneumáticos com as irregularidades longitudinais das superfícies
dos diferentes tipos de revestimentos dos pavimentos;
Em pistas molhadas com camada de rolamento do tipo densa e em boas
condições funcionais, a intensidade dos níveis equivalentes do ruído no interior a
cabina do veículo praticamente não sofre alteração, quando comparada com a
condição seca. No caso desta pesquisa a intensidade do ruído foi até menor.
Provavelmente a presença da água entre o pneumático e o revestimento
proporcione a redução dos choques entre estas superfícies;
O ruído no interior da cabina do veículo não teve grandes variações em função
do posicionamento dos microfones;
Os mecanismos envolvidos no ruído da interação pneumático-revestimento
encontram-se relacionados com a textura dos revestimentos, ou seja, a maior
amplitude e comprimento de onda destas superfícies acarretarão maior nível de
ruído emitido, conforme verificado na avaliação das estações de testes;
Os revestimentos dos pavimentos constituídos por CPA geraram ruídos de baixa
freqüência, provavelmente em função dos choques entre os pneumáticos e a sua
superfície. Já em média e altas freqüências estes são menores em comparação
com os produzidos pelos demais tipos de revestimentos estudados, ou seja, este
tipo de mistura é capaz de reduzir o ruído da interação pneumático-revestimento
do pavimento;
A capacidade da CPA em drenar água de sua superfície reduz a intensidade do
nível máximo de ruído e, conseqüentemente, o incômodo que causaria as pessoas
no em torno da via;
A capacidade de reduzir o nível de ruído da interação pneumático-revestimento
das misturas tipo CPA está relacionada com a macro-textura negativa, a
percentagem de vazios, a distribuição granulométrica, a disposição dos
agregados em sua superfície, as características dos agregados (diâmetro máximo,
angulosidade, índice de forma, desgaste, porosidade, etc), a idade, o processo de
colmatação, etc;
As misturas tipo SMA analisadas apresentaram baixo poder de absorção
acústica, porém, foi verificada que na composta com ligante asfáltico modificado
com polímero a absorção foi um pouco melhor em comparação às constituídas
com ligantes asfálticos tradicionais.
185
O emprego de técnicas de pavimentação capazes de contribuir com a redução do
ruído oriundo das vias de alta velocidade e tráfego, que cada vez mais cortam os
grandes centros urbanos, traz benefício econômico ao poder público, pois poderá
reduzir gastos com isolamentos das edificações que apresentam fragilidade
acústica de suas fachadas em clima tropical, e benefício a saúde da população,
além de reduzir o gasto energético devido a possibilidade de se manter as janelas
abertas.
8.2
Sugestões para Pesquisas Futuras
Estender este tipo de estudo a outros tipos de revestimentos de pavimento como
os micro-revestimentos, aos tratamentos superficiais, aos diferentes tipos de
SMA e CPA, aos de concreto de cimento Portland, aos intertravados, entre
outros;
Avaliar os diferentes tipos de revestimentos dos pavimentos ao longo dos anos
de uso, de forma periódica, a fim de determinar a vida útil em termos de
desempenho acústico;
Verificar a contribuição dos ligantes asfálticos modificado com polímeros na
redução do ruído pneumático-revestimento, variando o tipo de polímero e o seu
percentual empregado na modificação;
Verificar a contribuição da borracha moída de pneumático incorporada à mistura
asfáltica, tanto por via seca e como por via úmida, no rendimento acústico dos
revestimentos
Estudar a relação da emissão e absorção do ruído com o diâmetro grãos dos
agregados e as demais propriedades físico-químicas dos materiais presentes nas
misturas;
Verificar a contribuição da angulosidade dos agregados na geração do ruído
proveniente do choque do pneumático com a superfície do revestimento;
Verificar a contribuição dos agregados porosos na redução do ruído da interação
pneumático-revestimento;
Correlacionar as espessuras das camadas e as condições funcionais apresentadas
pelos diferentes tipos de revestimentos dos pavimentos com o desempenho
acústico;
186
Avaliar o ruído da interação pneumático-revestimento do pavimento através de
outras metodologias, como a do reboque, que vem sendo aplicada em vários
países, por excluir as fontes que não estão envolvidas neste mecanismo;
Associar o ruído interno da cabina do veículo com as vibrações causadas pelos
choques sucessivos dos pneumáticos em diferentes tipos de revestimentos,
através de medições simultâneas do ruído no interior do veículo, seguindo a
metodologia aplicada nesta pesquisa, e das vibrações dos eixos do veículo e do
seu interior;
Associar o ruído interno da cabina do veículo com a irregularidade longitudinal,
medida de forma direta ou indireta, de modo que permita correlacionar o
comprimento de ondas destas irregularidades com o ruído produzido;
Analisar se a variação da temperatura dos revestimentos asfálticos contribui na
geração do ruído da interação pneumático-revestimento, devido ao mecanismo
aderência-ruptura;
Estudar o bombeamento do ar, o efeito diedro e a forma de propagação espacial
do ruído em função do tipo de pneumático;
Elaborar projetos de misturas asfálticas levando também em consideração a
capacidade de absorção acústica e o grau de porosidade;
Avaliar o rendimento acústico em função dos vazios das misturas;
Correlacionar a disposição dos agregados, através da tomografia, com o
desempenho acústico das misturas asfálticas;
Etc.
187
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Brasília, Dezembro.
ANEXO 1
PLANILHA DE EANSAIO DE CARACTERIZAÇÃO SOLO
EMPREGADO NESTA PEQUISA
Ensaio de Caracterização e CBR do Solo Empregado nesta Pesquisa.
Procedência do Material: Jazida Vila Real Registro: 7582
Limetes de Consistência
Descrição Método
Valores Obtidos
Limite de Plasticidade DNER ME - 122/94 48,2
Limite de Liquidez DNER ME - 082/94 30,2
Índice de Plastisidade DNER ME - 082/95
18,0
Análise Granulométrica de Solo por Peneiramento - DNER - ME 80/94
Peneiras Abertura, mm
Valores Obtidos
1” 25,400
-
3/4” 19,100
100,0
3/ 8” 9,520
100,0
Nº 4 4,750
99,9
Nº 10 2,000
99.2
Nº 40 0,425
82,7
Nº 200 0,075
68,9
Índice de Grupo (IG) 11
Classificação HRB
A 7 6
DNER ME 162/94
Energia de Compactação PN
Umidade Ótima (%) 22.5
Massa Esp. Ap. Máx.do Solo Seco (g/cm³) 1519,000
Índice de Suporte Califórnia de Amostra Não Trabalhada de Solo - DNER ME - 49/94
ISC (%) 4,5
Expansão (%) 0,62
Compactação Utilizando Amostra Trabalhada de Solo -
ANEXO 2
CARACTERÍSTICAS DA AREIA UTILIZADA NO ENSAIO DA
MANCHA DE AREIA
ANEXO 3
PLANILHAS DOS ENSAIOS DA MANCHA DE AREIA E DA DETERMINAÇÃO
DO COEFICIENTE DE ATRITO ATRAVÉS DO
PÊNDULO BRITÂNICO
HS
m
= 4 V/ π D
m
2
ENSAIO DE MANCHA DE AREIA
LOCAL Aeroporto Santos Dumont
DATA 23/12/2003
HORA 1:45 h
OPERADOR (A) Vânia Láo
TIPO DE REVESTIMENTO CPA
POSICIONAMENTO NA Pista 18 LH
TEMPERATURA DO AR, º c 25
VOLUME DE AREIA, cm³ 25
PONTOS 1 2 3 4
D1 14,00 12,00 - -
D2 13,50 13,80 - -
D3 14,00 13,50 - -
D4 12,50 14,00 - -
Dmédio 13,50 13,33 - -
HSm, cm 0,17 0,18 - -
HSm, mm 1,75 1,79 - -
ENSAIO DE MANCHA DE AREIA
LOCAL Autódromo Internacional de Jacarepaguá
DATA 15/12/2003
HORA 17:45 h
OPERADOR (A) Vânia Láo
TIPO DE REVESTIMENTO CBUQ - Faixa Granulométrica IV C do Instituto do Asfalto
POSICIONAMENTO NA Pista Retão - Sentido Curva 1 do Circuito Emerson Fittpaldi - em frente
a administração - BE
TEMPERATURA DO AR, º c -
VOLUME DE AREIA, cm³ 25
PONTOS AVALIADOS 1 2 3 4
D1 23,00 21,00 - -
D2 21,00 22,50 - -
D3 22,00 22,00 - -
D4 23,00 22,00 - -
Dmédio 22,25 21,88 - -
HSm, cm 0,06 0,07 - -
HSm, mm 0,64 0,67 - -
Segundo a circular Francesa Nº 69-72 relativa ao combate a derrapagem, os revestimentos asfáticos podem ser classificados
em cinco categorias em função de sua macro textura obtida através da do ensio da mancha de areia, a saber:
ENSAIO DE MANCHA DE AREIA
LOCAL Acesso os fundos do bloco I - Fundão
DATA 19/12/2003
HORA 11:30
OPERADOR (A) Vânia Láo
TIPO DE REVESTIMENTO CBUQ
POSICIONAMENTO NA Pista BD - Sentido CENPES
TEMPERATURA DO AR, º c -
VOLUME DE AREIA, cm³ 25
PONTOS 1 2 3 4
D1 19,40 17,00 - -
D2 19,50 18,00 - -
D3 19,40 17,50 - -
D4 19,60 17,60 - -
Dmédio 19,48 17,53 - -
HSm, cm 0,08 0,10 - -
HSm, mm 0,84 1,04 - -
ENSAIO DE MANCHA DE AREIA
LOCAL Linha Vermelha
DATA 07/02/2004
HORA 15:00 h
OPERADOR (A) Vânia Láo
TIPO DE REVESTIMENTO CPA
POSICIONAMENTO NA Pista BD - Sentido Baixada - Centro/ Manquinhos
TEMPERATURA DO AR, º c -
VOLUME DE AREIA, cm³ 25
PONTOS AVALIADOS 1 2 3 4
D1 19,00 19,00 - -
D2 19,00 17,00 - -
D3 18,00 18,00 - -
D4 18,00 18,00 - -
Dmédio 18,50 18,00 - -
HSm, cm 0,09 0,10 - -
HSm, mm 0,93 0,98 - -
RESISTÊNCIA À DERRAPAGEM
P
Ê
NDULO BRIT
Â
NIC
O
LOCAL Aeroporto Santos Dumont
DATA 22/12/03
HORA 02:00
OPERADOR (A) Vânia Láo
TIPO DE REVESTIMENTO CPA - Camada Porosa de Atrito - Especificações da DIRENG
POSICIONAMENTO NA PISTA 18 LH
TEMPERATURA DO AR, º c 22
CORREÇÃO DO ZERO
Leituras Antes do Ensaio
33443
10ª
43433
Leituras Após o Ensaio
34433
10ª
34333
Média das Leituras do Zero 3
LEITURAS Valores Fator de Correção em Função da Temperatura
Obtidos
85
84
84
85
80
Média dos valores Obtidos 84
Temperatura da Água, º c 27
Valor Médio do Coeficiente de Atrito 0,84
Correção Média do Zero 0,03
Fator de Correção em Função da Temperatura 0,025
COEFICIENTE DE ATRITO MEDIDO 79
-7
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Temperatura, º c
Fator de Correção
RESISTÊNCIA À DERRAPAGEM
PÊNDULO BRITÂNICO
LOCAL Aeroporto Santos Dumont
DATA 22/12/03
HORA 02:00
OPERADOR (A) Vânia Láo
TIPO DE REVESTIMENTO CPA - Camada Porosa de Atrito - Especificações da DIRENG
POSICIONAMENTO NA PISTA 18 LH
TEMPERATURA DO AR, º c 27
CORREÇÃO DO ZERO
Leituras Antes do Ensaio
34433
10ª
34333
Leituras Após o Ensaio
55555
10ª
55555
Média das Leituras do Zero 4
LEITURAS Valores Fator de Correção em Função da Temperatura
Obtidos
85
84
82
80
80
Média dos valores Obtidos 82
Temperatura da Água, º c 27
Valor Médio do Coeficiente de Atrito 0,82
Correção Média do Zero 0,04
Fator de Correção em Função da Temperatura 0,018
COEFICIENTE DE ATRITO MEDIDO 76
-7
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Temperatura, º c
Fator de Correção
RESISTÊNCIA À DERRAPAGEM
PÊNDULO BRITÂNICO
LOCAL Autódromo Internacional de Jacarepaguá
DATA 15/12/03
HORA 18:30 h
OPERADOR (A) Vânia Láo
TIPO DE REVESTIMENTO CBUQ - Faixa IV C do Instituto do Asfalto
POSICIONAMENTO NA PISTA Retão - Sentido Curva 1 do Circuito Emerson Fittpaldi - em frente a administração - BE
TEMPERATURA DO AR, º c
39
CORREÇÃO DO ZERO
Leituras Antes do Ensaio
00 0 0 0
10ª
00 0 0 0
Leituras Após o Ensaio
00 0 0 0
10ª
00 0 0 0
Média das Leituras do Zero 0
LEITURAS Valores Fator de Correção em Função da Temperatura
Obtidos
70
66
65
65
65
Média dos valores Obtidos 66
Temperatura da Água, º c 35
Valor Médio do Coeficiente de Atrito 0,66
Correção Média do Zero 0,00
Fator de Correção em Função da Temperatura 0,0025
COEFICIENTE DE ATRITO MEDIDO 66
-7
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Temperatura, º c
Fator de Correção
RESISTÊNCIA À DERRAPAGEM
PÊNDULO BRITÂNICO
LOCAL Autódromo Internacional de Jacarepaguá
DATA 15/12/03
HORA 18:30 h
OPERADOR (A) Vânia Láo
TIPO DE REVESTIMENTO CBUQ - Faixa IV C do Instituto do Asfalto
POSICIONAMENTO NA PISTA Retão - Sentido Curva 1 do Circuito Emerson Fittpaldi - em frente a administração - BE
TEMPERATURA DO AR, º c
39
CORREÇÃO DO ZERO
Leituras Antes do Ensaio
00 00 0
10ª
00 00 0
Leituras Após o Ensaio
00 00 0
10ª
00 00 0
Média das Leituras do Zero 0
LEITURAS Valores Fator de Correção em Função da Temperatura
Obtidos
64
62
65
60
60
Média dos valores Obtidos 62
Temperatura da Água, º c 35
Valor Médio do Coeficiente de Atrito 0,62
Correção Média do Zero 0,00
Fator de Correção em Função da Temperatura 0,0025
COEFICIENTE DE ATRITO MEDIDO 62
-7
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Temperatura, º c
Fator de Correção
RESISTÊNCIA À DERRAPAGEM
PÊNDULO BRITÂNICO
LOCAL Autódromo Internacional de Jacarepaguá
DATA 15/12/03
HORA 18:30 h
OPERADOR (A) Vânia Láo
TIPO DE REVESTIMENTO CBUQ - Faixa IV C do Instituto do Asfalto
POSICIONAMENTO NA PISTA Retão - Sentido Curva 1 do Circuito Emerson Fittpaldi - em frente a administração - BE
TEMPERATURA DO AR, º c 39ºC
CORREÇÃO DO ZERO
Leituras Antes do Ensaio
00 0 0 0
10ª
00 0 0 0
Leituras Após o Ensaio
00 0 0 0
10ª
00 0 0 0
Média das Leituras do Zero 0
LEITURAS Valores Fator de Correção em Função da Temperatura
Obtidos
70
66
65
65
65
Valor Médio 66
Temperatura da Água, º c 35
Valor Médio do Coeficiente de Atrito 0,66
Correção Média do Zero 0,00
Fator de Correção em Função da Temperatura 0,029
COEFICIENTE DE ATRITO MEDIDO 63
(valor corrigido)
-7
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Temperatura, º c
Fator de Correção
RESISTÊNCIA À DERRAPAGEM
PÊNDULO BRITÂNICO
LOCAL Acesso os fundos do bloco I - Fundão
DATA 19/12/2003
HORA 11:30
OPERADOR (A) Vânia Láo
TIPO DE REVESTIMENTO CBUQ
POSICIONAMENTO NA PISTA BD - Sentido CENPES
TEMPERATURA DO AR, º c
-
CORREÇÃO DO ZERO
Leituras Antes do Ensaio
22111
10ª
10222
Leituras Após o Ensaio
11211
10ª
13222
Média das Leituras do Zero 2
LEITURAS Valores Fator de Correção em Função da Temperatura
Obtidos
82
80
76
79
75
Média dos valores Obtidos 78
Temperatura da Água, º c 35
Valor Médio do Coeficiente de Atrito 0,78
Correção Média do Zero 0,02
Fator de Correção em Função da Temperatura 0,025
COEFICIENTE DE ATRITO MEDIDO 74
(valor corrigido)
-7
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Temperatura, º c
Fator de Correção
RESISTÊNCIA À DERRAPAGEM
PÊNDULO BRITÂNICO
LOCAL Acesso os fundos do bloco I - Fundão
DATA 19/12/2003
HORA 11:30:00
OPERADOR (A) Vânia Láo
TIPO DE REVESTIMENTO CBUQ
POSICIONAMENTO NA PISTA BD - Sentido CENPES
TEMPERATURA DO AR, º c -
CORREÇÃO DO ZERO
Leituras Antes do Ensaio
21222
10ª
02210
Leituras Após o Ensaio
10111
10ª
11111
Média das Leituras do Zero 1
LEITURAS Valores Fator de Correção em Função da Temperatura
Obtidos
74
73
73
70
70
Média dos valores Obtidos 72
Temperatura da Água, º c 35
Valor Médio do Coeficiente de Atrito 0,72
Correção Média do Zero 0,01
Fator de Correção em Função da Temperatura 0,0025
COEFICIENTE DE ATRITO MEDIDO 71
(valor corrigido)
-7
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Temperatura, º c
Fator de Correção
RESISTÊNCIA À DERRAPAGEM
PÊNDULO BRITÂNICO
LOCAL Linha Vermelha
DATA 7/2/2004
HORA 15:00 h
OPERADOR (A) Vânia Láo
TIPO DE REVESTIMENTO CPA
POSICIONAMENTO NA PISTA BD - Sentido Baixada - Centro/ Manquinhos
TEMPERATURA DO AR, º c
-
CORREÇÃO DO ZERO
Leituras Antes do Ensaio
22222
10ª
22222
Leituras Após o Ensaio
22221
10ª
12221
Média das Leituras do Zero 2
LEITURAS Valores Fator de Correção em Função da Temperatura
Obtidos
55
50
50
49
50
Média dos valores Obtidos 51
Temperatura da Água, º c 35
Valor Médio do Coeficiente de Atrito 0,51
Correção Média do Zero 0,02
Fator de Correção em Função da Temperatura 0,016
COEFICIENTE DE ATRITO MEDIDO 47
-7
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Temperatura, º c
Fator de Correção
RESISTÊNCIA À DERRAPAGEM
PÊNDULO BRITÂNICO
LOCAL Linha Vermelha
DATA 7/2/2004
HORA 15:00 h
OPERADOR (A) Vânia Láo
TIPO DE REVESTIMENTO CPA
POSICIONAMENTO NA PISTA BD - Sentido Baixada - Centro/ Manquinhos
TEMPERATURA DO AR, º c -
CORREÇÃO DO ZERO
Leituras Antes do Ensaio
22221
10ª
12222
Leituras Após o Ensaio
12221
1
22222
Média das Leituras Zero 2
LEITURAS Valores Fator de Correção em Função da Temperatura
Obtidos
50
50
50
50
46
Média dos valores Obtidos 49
Temperatura da Água, º c 27
Valor Médio do Coeficiente de Atrito 0,49
Correção Média do Zero 0,02
Fator de Correção em Função da Temperatura 0,016
COEFICIENTE DE ATRITO MEDIDO 45
-7
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Temperatura, º c
Fator de Correção
ANEXO 4
GRÁFICOS DOS COEFICIENTES DE ABSORÇÃO ACÚSTICA
DAS AMOSTRAS ESTUDADAS
Aeroporto Santos Dumont
Coeficientes de Absorção Acústica, Obtidos em Tubo de Im
p
edância,
dos Corpos de Prova de 102,5 mm de Diâmetro e com Espessura
Média de 54,55 mm
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1000 1250 1600
Freqüência, Hz
Coef. Ab. Acústica
CP 1 \ Pos. A CP 1 \ Pos. B CP 2 \ Pos. A CP 2 \ Pos. B
Aeroporto Santos Dumont
Detalhes da Dis
p
ersão dos Valores dos Coeficientes de Absorção
Acústica Obtidos
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1000 1250 1600
Freqüência [Hz]
Coef. Ab. Acústica
Média Média + Desvio Média - Desvio
Aeroporto Santos Dumont
Coeficientes de Absorção Acústica, Obtidos, em Tubo de Im
p
edância,
dos Corpos de Prova de 102,5 mm de Diâmetro e com Espessura
média de 20,90 mm
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1000 1250 1600
Freqüência [Hz]
Coef. Ab. Acústica
CP 1 \ Pos. A CP 1 \ Pos. B CP 2 \ Pos. A CP 2 \ Pos. B CP 3 \ Pos. A
CP 3 \ Pos. B CP 4 \ Pos. A CP 4 \ Pos. B CP 5 \ Pos. A CP 5 \ Pos. B
Aeroporto Santos Dumont
Detalhes da Dis
p
ersão dos Valores dos Coeficientes de Absorção
Acústica Obtidos
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1000 1250 1600
Freqüência [Hz]
Coef. Ab. Acústica
Média Média + Desvio Média - Desvio
Aeroporto Santos Dumont
Coeficientes de Absorção Acústica, Obtidos, em Tubo de Im
p
edância, dos
Corpos de Prova de 50 mm Diâmetro
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
630 800 1000 1250 1600 2000 2500 3150 4000
Freqüência [Hz]
Coef. Ab. Acústica
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5
Aeroporto Santos Dumont
Detalhes da Dis
p
ersão dos Valores dos Coeficientes de Absorção Acústica
Obtidos
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
630 800 1000 1250 1600 2000 2500 3150 4000
Freqüência [Hz]
Coef. Ab. Acústica
Média Média + Desvio Média - Desvio
Autódromo Internacional de Jacarepaguá
Coeficientes de Absorção Acústica, Obtidos em Tubos Im
p
edância, dos
Corpos de Prova de 50 e 102,5 mm de Diâmetro
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1000 1250 1600 2000 2500 3150 4000
Freqüência [Hz]
Coef. Ab. Acústica
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4
CP 5 CP 1 \ Pos. A CP 1 \ Pos. B CP 2 \ Pos. A
CP 2 \ Pos. B CP 3 \ Pos. A CP 3 \ Pos. B CP 4 \ Pos. A
CP 4 \ Pos. B CP 5 \ Pos. A CP 5 \ Pos. B
Autódromo Internacional de Jacrepaguá
Detalhes dos Valores dos Coeficientes de Absorção Acústica
dos Corpos de Prova de 50 e 102,5 mm de Diâmetro
0,00
0,02
0,04
0,06
0,08
0,10
0,12
0,14
0,16
5
0
6
3
8
0
1
0
0
1
2
5
1
6
0
2
0
0
2
5
0
3
1
5
4
0
0
5
0
0
6
3
0
8
0
0
1
0
0
0
1
2
5
0
1
6
0
0
2
0
0
0
2
5
0
0
3
1
5
0
4
0
0
0
Freqüência, Hz
Coef. Ab. Acústica
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5
CP 1 \ Pos. A CP 1 \ Pos. B CP 2 \ Pos. A CP 2 \ Pos. B CP 3 \ Pos. A
CP 3 \ Pos. B CP 4 \ Pos. A CP 4 \ Pos. B CP 5 \ Pos. A CP 5 \ Pos. B
Autódromo Internacional de Jacarepaguá
Detalhes da Dis
p
ersão dos Valores dos Coeficientes de Absorção Acústica
Obtidos
0,00
0,02
0,04
0,06
0,08
0,10
0,12
0,14
0,16
50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1000 1250 1600 2000 2500 3150 4000
Freqüência [Hz]
Coef. Ab. Acústica
Média Média + Desvio Média - Desvio
Fundão
Coeficientes de Absorção Acústica, Obtidos em Tubos Im
p
edância, dos
Corpos de Prova de 50 e 102,5 mm de Diâmetro
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1000 1250 1600 2000 2500 3150 4000
Freqüência [Hz]
Coef. Ab. Acústica
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5
CP 1 \ Pos. A CP 1 \ Pos. B CP 2 \ Pos. A CP 2 \ Pos. B CP 3 \ Pos. A
CP 3 \ Pos. B CP 4 \ Pos. A CP 4 \ Pos. B CP 5 \ Pos. A CP 5 \ Pos. B
Fundão
Detalhes dos Valores dos Coeficientes de Absorção Acústica
dos Corpos de Prova de 50 e 102,5 mm de Diâmetro
0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,1
0,12
0,14
0,16
50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1000 1250 1600 2000 2500 3150 4000
Freqüência [Hz]
Coef. Ab. Acústico
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5
CP 1 \ Pos. A CP 1 \ Pos. B CP 2 \ Pos. A CP 2 \ Pos. B CP 3 \ Pos. A
CP 3 \ Pos. B CP 4 \ Pos. A CP 4 \ Pos. B CP 5 \ Pos. A CP 5 \ Pos. B
Fundão
Detalhes da Dispersão dos Valores dos Coeficientes de
Absorção Acústica Obtidos
0,00
0,02
0,04
0,06
0,08
0,10
0,12
0,14
0,16
50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1000 1250 1600 2000 2500 3150 4000
Freqüência [Hz]
Coef. Ab. Acústico
Média Média + Desvio Média - Desvio
Pista da Linha Vermelha Sentido Baixada - Centro / Manguinhos
Coeficientes de Absorção Acústica, Obtidos em Tubos Im
p
edância, dos
Corpos de Prova de 50 e 102,5 mm de Diâmetro
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1000 1250 1600 2000 2500 3150 4000
Freqüência [Hz]
Coef. Ab. Acústico
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5
CP 1 \ Pos. A CP 1 \ Pos. B CP 2 \ Pos. A CP 2 \ Pos. B CP 3 \ Pos. A
CP 3 \ Pos. B CP 4 \ Pos. A CP 4 \ Pos. B CP 5 \ Pos. A CP 5 \ Pos. B
Pista da Linha Vermelha Sentido Baixada - Centro / Manguinhos
Detalhes dos Valores dos Coeficientes de Absorção Acústica
dos Corpos de Prova de 50 e 102,5 mm de Diâmetro
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1000 1250 1600 2000 2500 3150 4000
Freqüência [Hz]
Coef. Ab. Acústico
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5
CP 1 \ Pos. A CP 1 \ Pos. B CP 2 \ Pos. A CP 2 \ Pos. B CP 3 \ Pos. A
CP 3 \ Pos. B CP 4 \ Pos. A CP 4 \ Pos. B CP 5 \ Pos. A CP 5 \ Pos. B
Pista da Linha Vermelha Sentido Baixada - Centro / Manguinhos
Detalhes da Dis
p
ersão dos Valores dos Coeficientes de Absorção Acústica
Obtidos
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1000 1250 1600 2000 2500 3150 4000
Freqüência [Hz]
Coef. Ab. Acústico
Média Média + Desvio Média - Desvio
Corpos de Prova de Mistura Asfáltica do Tipo SMA com CAP 50/60
Coeficientes de Absorção Acústica, Obtidos em Tubos Im
p
edância, dos
Corpos de Prova de 102,5 mm de Diâmetro
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1000 1250 1600
Freqüência [Hz]
Coef. de Ab. Acústico
CP 1 \ Pos. A CP 1 \ Pos. B CP 2 \ Pos. A CP 2 \ Pos. B CP 3 \ Pos. A
CP 3 \ Pos. B CP 4 \ Pos. A CP 4 \ Pos. B CP 5 \ Pos. A CP 5 \ Pos. B
Corpos de Prova de Mistura Asfáltica do Tipo SMA com CAP 50/60
Detalhes dos Valores dos Coeficientes de Absorção Acústica
dos Corpos de Prova de 102,5 mm de Diâmetro
0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,1
0,12
0,14
0,16
50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1000 1250 1600
Freqüência [Hz]
Coef. de Ab. Acústico
CP 1 \ Pos. A CP 1 \ Pos. B CP 2 \ Pos. A CP 2 \ Pos. B CP 3 \ Pos. A
CP 3 \ Pos. B CP 4 \ Pos. A CP 4 \ Pos. B CP 5 \ Pos. A CP 5 \ Pos. B
Corpos de Prova de Mistura Asfáltica do Tipo SMA com CAP 50/60
Detalhes da Dis
p
ersão dos Valores dos Coeficientes de Absorção Acústica
Obtidos
0,00
0,02
0,04
0,06
0,08
0,10
0,12
0,14
0,16
50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1000 1250 1600
Freqüência [Hz]
Coef. de Ab. Acústico
Média Média + Desvio Média - Desvio
Corpos de Prova de Mistura Asfáltica do Tipo SMA com CAPFLEX
Coeficientes de Absorção Acústica, Obtidos em Tubos Im
p
edância, dos
Corpos de Prova de 102,5 mm de Diâmetro
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1000 1250 1600
Freqüência [Hz]
Coef. de Ab. Acústico
CP 1 \ Pos. A CP 1 \ Pos. B CP 2 \ Pos. A CP 2 \ Pos. B CP 3 \ Pos. A
CP 3 \ Pos. B CP 4 \ Pos. A CP 4 \ Pos. B CP 5 \ Pos. A CP 5 \ Pos. B
Cor
p
os de Prova de Mistura Asfáltica do Ti
p
o SMA com CAPFLEX
Detalhes dos Valores dos Coeficientes de Absorção Acústica
dos Corpos de Prova de 102,5 mm de Diâmetro
0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,1
0,12
0,14
0,16
0,18
0,2
50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1000 1250 1600
Freqüência [Hz]
Coef. de Ab. Acústico
CP 1 \ Pos. A CP 1 \ Pos. B CP 2 \ Pos. A CP 2 \ Pos. B CP 3 \ Pos. A
CP 3 \ Pos. B CP 4 \ Pos. A CP 4 \ Pos. B CP 5 \ Pos. A CP 5 \ Pos. B
Corpos de Prova de Mistura Asfáltica do Tipo SMA com CAPFLEX
Detalhes da Dis
p
ersão dos Valores dos Coeficientes de Absorção Acústica
Obtidos
0,00
0,02
0,04
0,06
0,08
0,10
0,12
0,14
0,16
0,18
0,20
50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1000 1250 1600
Freqüência [Hz]
Coef. de Ab. Acústico
Média Média + Desvio Média - Desvio
Corpos de Prova em Concreto de Cimento Portland
Coeficientes de Absorção Acústica, Obtidos em Tubos Im
p
edância, dos
Corpos de Prova de 50 mm de Diâmetro
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
630 800 1000 1250 1600 2000 2500 3150 4000
Freqüência [Hz]
Coef. Ab. Acústico
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5
Corpos de Prova em Concreto de Cimento Portland
Detalhes dos Valores dos Coeficientes de Absorção Acústica
dos Corpos de Prova de 50 mm de Diâmetro
0,00
0,02
0,04
0,06
0,08
0,10
0,12
0,14
0,16
630 800 1000 1250 1600 2000 2500 3150 4000
Freqüência, Hz
Coef. Ab. Acústico
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5
Corpos de Prova em Concreto de Cimento Portland
Detalhes da Dis
p
ersão dos Valores dos Coeficientes de Absorção Acústica
Obtidos
0,00
0,02
0,04
0,06
0,08
0,10
0,12
0,14
0,16
630 800 1000 1250 1600 2000 2500 3150 4000
Freqüência [Hz]
Coef. Ab. Acústico
Média Média + Desvio Média - Desvio
ANEXO 5
PLANILHA E GRÁFICOS DOS ESPECTROS DOS NÍVEIS MÁXIMOS
E CORRELAÇÕES – RUÍDO EXTERNO
Espectros médios obtidos a cada 0,030 s através do analisador de freqüência e fornecido pela empresa
Grom Acústica & Automação - Estacão de Teste do Aeroporo - Velocidade de 60 km/h - 1ª Passada
A
eroport By Time + SLM
1
Time Overload(EU
)
25.0H
z
31.5H
z
40.0H
z
50.0H
z
63.0H
z
80.0H
z
0,03 NO 60,60 59,60 54,70 59,50 55,80 60,50
0,06 NO 61,10 63,20 49,80 58,20 54,70 55,30
0,09 NO 62,20 64,30 50,40 57,00 50,90 63,00
0,12 NO 63,30 63,00 59,10 54,20 53,80 61,90
0,15 NO 64,00 60,40 61,50 50,10 59,50 50,20
0,18 NO 64,50 53,40 61,80 49,50 58,10 59,80
0,21 NO 64,30 44,60 58,80 57,00 54,70 57,20
0,24 NO 63,50 53,20 52,00 60,20 56,00 59,30
0,27 NO 61,50 56,80 53,10 59,00 53,80 65,50
0,3 NO 58,90 58,00 58,40 52,60 53,60 64,00
0,33 NO 57,40 58,30 59,20 55,90 61,30 49,50
0,36 NO 58,20 57,90 57,40 59,70 61,90 53,50
0,39 NO 60,50 56,10 51,50 60,00 63,30 52,70
0,42 NO 61,90 54,40 44,90 60,90 66,00 59,20
0,45 NO 63,00 54,80 55,70 61,70 65,50 60,60
0,48 NO 63,90 56,60 60,50 61,10 62,80 60,50
0,51 NO 64,40 56,70 61,80 59,90 60,60 59,00
0,54 NO 64,80 54,30 60,60 60,00 57,10 59,50
0,57 NO 65,00 48,90 55,40 61,00 54,60 61,50
0,6 NO 64,70 52,50 49,00 59,50 51,10 56,70
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1,47 NO 63,60 61,30 60,20 80,00 66,70 61,00
1,5 NO 64,20 61,70 59,60 83,60 59,70 68,50
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Continuação do Espectros médio obtido a cada 0,03 s
Estação de Teste do Aeroporto - Velocidade - 60 km/h - 1ª Passada
100H
z
125H
z
160H
z
200H
z
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z
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z
400H
z
500H
z
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52,0
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Continuação do Espectros médio obtido a cada 0,03 s
Estação de Teste do Aeroporto - Velocidade - 60 km/h - 1ª Passada
630H
z
800H
z
1.00kH
z
1.25kH
z
1.60kH
z
2.00kH
z
2.50kH
z
3.15kH
z
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Continuação do Espectros médio obtido a cada 0,03 s
Estação de Teste do Aeroporto - Velocidade - 60 km/h - 1ª Passada
4.00kH
z
5.00kH
z
6.30kH
z
8.00kH
z
10.0kH
z
12.5kH
z
16.0kH
z
20.0kH
z
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42,10 38,50 35,30 32,60 30,20 30,00 28,30 28,90
42,30 38,40 34,10 33,40 30,20 28,90 28,30 29,40
43,20 37,30 36,10 33,70 29,90 29,80 28,80 29,40
42,50 38,30 35,40 31,90 30,30 29,40 28,60 29,50
42,40 39,90 34,60 33,00 31,90 31,20 29,80 29,70
44,70 40,10 35,40 33,10 30,20 30,90 29,60 30,20
40,80 40,50 35,40 32,40 30,50 30,80 28,80 29,80
41,70 41,60 37,60 33,70 31,50 31,10 30,00 30,20
42,20 38,90 35,80 34,00 32,50 31,60 30,20 29,50
42,30 42,00 37,10 34,70 32,10 31,30 29,90 29,80
43,60 41,30 38,40 38,10 35,80 33,40 32,00 33,20
43,80 41,70 37,90 35,10 33,10 32,50 30,70 30,50
42,00 42,60 36,80 35,20 32,40 32,30 31,60 30,30
43,50 43,50 37,40 35,80 35,00 34,60 32,80 30,80
42,70 43,20 37,90 36,10 35,00 34,10 32,30 31,20
43,30 42,10 37,20 35,30 34,80 32,90 31,70 31,10
44,40 42,90 37,70 36,20 34,00 32,30 32,00 31,90
44,60 43,80 38,60 36,00 34,90 33,80 32,00 30,60
43,20 43,60 37,20 36,10 35,50 33,80 32,60 32,20
43,90 42,00 38,70 36,80 36,30 37,50 34,90 33,70
45,00 43,50 38,90 38,20 42,70 39,70 35,00 32,00
44,80 42,00 35,70 35,50 34,50 32,70 31,70 31,60
43,70 43,20 37,80 34,70 34,00 34,20 31,90 30,30
44,90 41,80 36,50 35,30 34,50 32,70 31,30 31,00
46,20 42,30 36,70 36,80 38,20 34,80 32,40 30,90
45,10 41,00 36,80 34,60 35,10 33,10 31,40 31,20
42,40 41,00 35,80 34,90 32,90 30,50 30,00 30,50
42,80 42,50 37,30 34,90 37,30 36,40 33,60 31,50
44,90 42,20 35,50 35,00 34,80 30,90 29,30 29,80
44,00 40,40 37,30 36,40 33,20 32,60 34,10 38,90
45,20 40,00 36,70 35,10 33,20 30,80 30,80 30,90
41,80 40,10 35,10 34,10 34,10 32,30 31,90 29,90
43,70 39,60 35,20 33,70 30,70 30,10 28,90 29,80
44,00 38,10 34,50 34,30 31,30 29,10 28,70 29,00
42,50 40,20 33,80 33,90 30,50 31,30 29,30 30,20
44,80 40,20 35,50 33,00 30,80 28,80 28,00 29,60
41,80 38,40 34,60 33,20 30,40 30,00 28,10 29,70
42,50 38,90 34,00 30,80 30,00 28,40 27,70 30,00
42,10 38,60 34,30 31,90 30,20 28,50 27,70 29,20
43,90 39,10 33,30 31,40 29,50 29,10 27,90 29,60
43,60 37,80 33,80 30,50 29,60 28,20 27,60 28,80
43,6
0
37,4
0
33,2
0
29,5
0
29,8
0
28,9
0
27,4
0
29,1
0
Continuação do Espectros médio obtido a cada 0,03 s
Estação de Teste do Aeroporto - Velocidade - 60 km/h - 1ª Passada
SUM(LIN)(dB) SUM(A)(dB) Slow(dB
)
SlowMin(dB) SlowMax(dB) Fast(dB
)
FastMin(dB)
69,60 62,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
69,60 63,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
71,50 63,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
71,40 63,00 0,00 0,00 0,00 71,90 71,90
72,10 62,40 0,00 0,00 0,00 72,20 71,80
71,80 62,90 0,00 0,00 0,00 71,70 71,70
69,70 62,70 0,00 0,00 0,00 71,60 71,50
70,80 64,20 0,00 0,00 0,00 71,40 71,30
71,60 63,60 0,00 0,00 0,00 71,90 71,30
70,00 62,50 0,00 0,00 0,00 72,50 71,30
72,30 65,00 0,00 0,00 0,00 72,60 71,30
72,20 65,00 0,00 0,00 0,00 72,80 71,30
70,90 63,00 0,00 0,00 0,00 73,40 71,30
72,60 65,70 0,00 0,00 0,00 74,00 71,30
73,00 65,10 0,00 0,00 0,00 74,00 71,30
74,20 67,20 0,00 0,00 0,00 74,00 71,30
74,50 66,80 0,00 0,00 0,00 74,40 71,30
74,30 67,10 0,00 0,00 0,00 74,90 71,30
75,00 68,40 0,00 0,00 0,00 75,30 71,30
75,20 69,40 0,00 0,00 0,00 75,40 71,30
75,20 67,80 0,00 0,00 0,00 75,80 71,30
74,10 67,80 0,00 0,00 0,00 75,70 71,30
72,10 66,80 0,00 0,00 0,00 75,90 71,30
72,70 67,20 0,00 0,00 0,00 76,50 71,30
73,40 67,40 0,00 0,00 0,00 76,70 71,30
74,60 67,80 0,00 0,00 0,00 76,60 71,30
75,80 67,80 0,00 0,00 0,00 76,90 71,30
76,50 67,80 0,00 0,00 0,00 77,90 71,30
76,80 68,00 0,00 0,00 0,00 78,40 71,30
77,10 68,80 0,00 0,00 0,00 78,70 71,30
76,60 67,20 0,00 0,00 0,00 79,90 71,30
76,70 69,30 0,00 0,00 0,00 80,50 71,30
77,50 68,30 0,00 0,00 0,00 81,00 71,30
76,90 68,40 77,20 77,10 77,20 81,30 71,30
74,70 70,50 77,50 77,10 77,50 81,40 71,30
75,50 70,50 77,80 77,10 77,80 81,80 71,30
74,90 70,00 78,10 77,10 78,10 82,10 71,30
77,30 70,50 78,30 77,10 78,30 82,10 71,30
79,90 69,30 78,60 77,10 78,60 82,30 71,30
79,90 67,90 78,90 77,10 78,90 82,70 71,30
81,40 69,20 79,00 77,10 79,00 82,70 71,30
82,20 70,10 79,10 77,10 79,10 82,40 71,30
81,70 68,70 79,30 77,10 79,30 82,60 71,30
80,70 68,30 79,50 77,10 79,50 82,70 71,30
79,70 68,40 79,50 77,10 79,50 82,40 71,30
78,50 65,90 79,60 77,10 79,60 82,10 71,30
77,70 67,70 79,60 77,10 79,70 81,80 71,30
78,10 67,80 79,60 77,10 79,70 81,50 71,30
80,70 66,70 79,60 77,10 79,70 81,10 71,30
84,00 67,40 79,60 77,10 79,70 80,50 71,30
84,50 65,50 79,50 77,10 79,70 79,80 71,30
82,60 65,10 79,40 77,10 79,70 79,40 71,30
80,50 66,10 79,40 77,10 79,70 79,20 71,30
78,6
0
65,1
0
79,3
0
77,1
0
79,7
0
78,4
0
71,3
0
Continuação do Espectros médio obtido a cada 0,03 s
Estação de Teste do Aeroporto - Velocidade - 60 km/h - 1ª Passada
FastMax(dB) Impulse(dB
)
ImplMin(dB) ImplMax(dB) LEQ(dB
)
SEL(dB) Peak(dB
)
0,00 72,00 72,00 72,00 71,30 57,90 81,60
0,00 71,90 71,90 72,00 71,20 60,00 81,60
0,00 71,80 71,80 72,00 71,20 61,40 81,60
71,90 73,10 71,80 73,10 71,90 63,20 81,60
72,20 73,20 71,80 73,30 72,10 64,30 81,60
72,20 73,20 71,80 73,30 71,80 64,70 81,60
72,20 73,10 71,80 73,30 71,70 65,20 81,60
72,20 73,00 71,80 73,30 71,60 65,70 81,60
72,20 72,90 71,80 73,30 71,80 66,40 81,60
72,50 73,50 71,80 73,50 72,10 67,00 81,60
72,60 73,40 71,80 73,50 72,20 67,50 81,60
73,00 74,10 71,80 74,20 72,30 68,10 81,60
73,50 74,80 71,80 74,80 72,60 68,60 83,20
74,00 75,50 71,80 75,50 72,90 69,30 83,60
74,10 75,40 71,80 75,50 73,00 69,70 83,60
74,20 75,40 71,80 75,50 73,00 70,00 83,60
74,40 75,30 71,80 75,50 73,20 70,40 83,80
75,00 76,20 71,80 76,30 73,40 70,90 84,50
75,30 76,40 71,80 76,40 73,70 71,30 85,30
75,60 76,60 71,80 76,70 73,80 71,70 85,30
75,90 76,80 71,80 76,80 74,10 72,10 85,30
75,90 76,70 71,80 76,80 74,10 72,40 85,30
76,00 76,80 71,80 76,80 74,30 72,70 85,30
76,60 77,80 71,80 77,80 74,50 73,10 85,30
77,00 78,40 71,80 78,50 74,60 73,50 85,30
77,00 78,30 71,80 78,50 74,70 73,70 85,30
77,00 78,30 71,80 78,50 74,90 74,00 85,60
77,90 79,50 71,80 79,60 75,30 74,60 87,70
78,40 79,60 71,80 79,60 75,50 75,00 87,70
78,90 80,30 71,80 80,30 75,80 75,40 87,70
79,90 81,90 71,80 81,90 76,20 76,00 89,30
80,50 82,30 71,80 82,30 76,60 76,50 89,60
81,00 82,50 71,80 82,50 77,00 77,00 89,60
81,30 82,50 71,80 82,50 77,20 77,40 89,60
81,60 82,60 71,80 82,60 77,50 77,80 89,60
81,90 83,00 71,80 83,00 77,80 78,20 90,10
82,20 83,20 71,80 83,20 78,10 78,60 90,10
82,20 83,10 71,80 83,20 78,20 78,80 90,10
82,40 83,10 71,80 83,20 78,50 79,20 90,10
82,70 83,70 71,80 83,70 78,70 79,50 90,10
82,80 83,60 71,80 83,70 78,90 79,80 90,10
82,80 83,50 71,80 83,70 78,90 80,00 90,10
82,80 83,40 71,80 83,70 79,10 80,30 90,10
82,80 83,30 71,80 83,70 79,30 80,50 90,10
82,80 83,20 71,80 83,70 79,30 80,60 90,10
82,80 83,10 71,80 83,70 79,40 80,80 90,10
82,80 83,00 71,80 83,70 79,40 80,90 90,10
82,80 82,90 71,80 83,70 79,40 81,00 90,10
82,80 82,90 71,80 83,70 79,40 81,10 90,10
82,80 82,80 71,80 83,70 79,40 81,20 90,10
82,80 82,70 71,80 83,70 79,30 81,20 90,10
82,80 82,60 71,80 83,70 79,30 81,30 90,10
82,80 82,50 71,80 83,70 79,30 81,30 90,10
82,8
0
82,4
0
71,8
0
83,7
0
79,2
0
81,3
0
90,1
0
Aeroporto Santos Dumont
Espectros Máximo das Medições
Velocidade de 60 km/h - Pista Seca
20
30
40
50
60
70
80
90
2
5
.
0
4
0
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0
6
3
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0
1
0
0
1
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0
2
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0
6
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0
1
.
0
0
1
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6
2
.
5
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0
6
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3
1
0
.
0
1
6
.
0
Freqüência,Hz
Lmáximo, dB
1ª Medição 2ª Medição 3ª Medição
Aeroporto Santos Dumont
Espectros Máximo e Médio das Medições
Velocidade de 60 km/h - Pista Seca
20
30
40
50
60
70
80
90
2
5
.
0
4
0
.
0
6
3
.
0
1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
3
0
1
.
0
0
1
.
6
2
.
5
4
.
0
6
.
3
1
0
.
0
1
6
.
0
Freqüência, Hz
Lmáximo, dB
1ª Medição 2ª Medição 3ª Medição Média das Medições
Aeroporto Santos Dumont
Espectros do Ruído de Fundo e Médio das Medições
Velocidade de 60 km/h - Pista Seca
20
30
40
50
60
70
80
90
2
5
.
0
4
0
.
0
6
3
.
0
1
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0
1
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2
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4
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0
6
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1
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0
0
1
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6
2
.
5
4
.
0
6
.
3
1
0
.
0
1
6
.
0
Freqüência, Hz
L, dB
Média das Medições Ruído de Fundo
Aeroporto Santos Dumont
Espectro Máximo das Medições
Velocidade de 70 km/h - Pista Seca
20
30
40
50
60
70
80
90
2
5
.
0
4
0
.
0
6
3
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0
1
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0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
3
0
1
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0
0
1
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6
2
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5
4
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0
6
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3
1
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0
1
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Lmáximo, dB
1ª Medição 2ª Medição 3ª Medição Média das Medições
Aeroporto Santos Dumont
Espectros do Ruído de Fundo e Médio das Medições
Velocidade de 70 km/h - Pista Seca
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Média das Medições Ruído de Fundo
Aeroporto Santos Dumont
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Lmáximo, dB
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Aeroporto Santos Dumont
Espectro Máximo e Médio das Medições
Velocidade de 80 km/h - Pista Seca
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Aeroporto Santos Dumont
Espectros do Ruído de Fundo e Médio das Medições
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Aeroporto Santos Dumont
Espectro Máximo das Medições
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Lmáximo, dB
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Aeroporto Santos Dumont
Espectro Máximo e Médio das Medições
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Lmáximo, dB
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Espectros do Ruído de Fundo e Médio das Medições
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Autódromo Internacional de Jacarepaguá
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Autódromo Internacional de Jacarepaguá
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Autódromo Internacional de Jacarepaguá
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B
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Fundão
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Grumari
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Grumari
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Freqüência, Hz
Lmáximo, dB
1ª Medição 2ª Medição 3ª Medição Média das Medições
Grumari
Es
p
ectros do Ruído de Fundo e Médio das Medições
Velocidade de 80 km/h - Pista Seca
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2
5
4
0
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3
1
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0
1
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0
6
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0
0
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0
0
0
0
1
6
0
0
0
Freqüência, Hz
L, dB
Média das Medições Ruido de Fundo
Grumari
Espectros Máximo das Medições
Velocidade de 90 km/h - Pista Seca
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2
5
4
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6
3
1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
3
0
1
0
0
0
1
6
0
0
2
5
0
0
4
0
0
0
6
3
0
0
1
0
0
0
0
1
6
0
0
0
Freqüência, Hz
Lmámimo, dB
1ª Medição 2ª Medição 3ª Medição
Grumari
Es
p
ectros Máximo e Médio das Medições
Velocidade de 90 km/h - Pista Seca
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2
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0
6
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1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
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0
6
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0
1
0
0
0
1
6
0
0
2
5
0
0
4
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0
0
6
3
0
0
1
0
0
0
0
1
6
0
0
0
Freqüência, Hz
Lmáximo, dB
1ª Medição 2ª Medição 3ª Medição Média das Medições
Grumari
Es
p
ectros do Ruído de Fundo e Médio das Medições
Velocidade de 90 km/h - Pista Seca
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2
5
4
0
6
3
1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
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0
1
0
0
0
1
6
0
0
2
5
0
0
4
0
0
0
6
3
0
0
1
0
0
0
0
1
6
0
0
0
Freqüência, Hz
L, dB
Média das Medições Ruído de Fundo
ANEXO 6
PLANILHA E GRÁFICOS DOS ESPECTROS DOS NÍVEIS EQUIVALENTES
RUÍDO INTERNO E CORRELAÇÕES
RUÍDO EXTERNO E INTERNO
Estação de Teste: Aeroporto - Dados de Saída
First row: 15 Comment: Imported from SONY MK II/III data file format.
Data rows: 40
Data cols: 2 New calibration 01-27-04 09:56
Time file: T:\Projetos\VDTP_UFRJ\Medições\Medições_Sony\Aeroporto\ Ch 01: changed from 101.43dB to 139.60dB
ID_123_60km.dat
Mark: ID_123_60km ( 0.00- 0.25 s) Ch 02: changed from 101.43dB to 141.48dB
Filter:
Analysis: 3rdOctave(16384,50.0%)
Statistic: Avg (ID_123_60km,4_60km,5_60km)
Kind: 3rd Octave B
frequency pressure pressure
fp p
Hz dB(A)[SPL] dB(A)[SPL]
ch-02- Microfone do Motorista ch-04 - Microfone do Passageiro
1,60000002 -0,131495565 -1,902373791
2 0,58500737 -1,340539932
2,5 1,361494184 -2,509446621
3,1500001 2,630227566 -1,240714073
4 4,636291981 3,29808712
5 6,030707836 5,865584373
6,30000019 8,936815262 9,826385498
8 14,07993031 15,10648251
10 19,95503998 21,44036484
12,5 26,68242455 29,25938225
16 44,41298676 43,7094841
20 55,63717651 54,83128357
25 59,60458374 55,3827858
31,5 63,05574036 57,67559814
40 65,49841309 69,57810211
50 72,72509766 74,21270752
63 66,14828491 73,13583374
80 68,45175934 77,03315735
100 74,86768341 78,25202942
125 71,95430756 76,52508545
160 74,47076416 72,40989685
200 73,57357788 71,42772675
250 73,53440857 68,96021271
315 75,18820953 72,12852478
400 72,47644043 68,96227264
500 69,34142303 67,01234436
630 68,24629974 67,80415344
800 68,68270111 68,83522034
1000 68,07080841 66,89001465
1250 62,24222183 62,47238159
1600 61,74956894 58,58488846
2000 55,12761307 53,83153915
2500 52,48959732 51,25128555
3150 51,87548065 51,2721138
4000 50,94488144 51,18309402
5000 49,68041992 50,79859924
6300 49,4072876 50,67932892
8000 48,50507736 50,56736755
10000 47,50086975 49,90195465
12500 44,32186508 46,14996719
Aerporto Santos Dumont
Espectros dos Níveis de Ruído Interno Captadso pelo Microfone do
Passageiro para Todas as Velocidades de Teste - Pista Seca
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2
0
3
1
,
5
5
0
8
0
1
2
5
2
0
0
3
1
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5
0
0
8
0
0
1
2
5
0
2
0
0
0
3
1
5
0
5
0
0
0
8
0
0
0
1
2
5
0
0
Freqüência, Hz
Leq, dB(A)
60 km/h 70 km/h 80 km/h 90 km/h 100 km/h 110 km/h 120 km/h
Autódromo Internacional de Jacarepaguá
Espectros dos Níveis de Ruído Interno Captadso pelo Microfone do
Passageiro para Todas as Velocidades de Teste - Pista Seca
10
20
30
40
50
60
70
2
0
3
1
,
5
5
0
8
0
1
2
5
2
0
0
3
1
5
5
0
0
8
0
0
1
2
5
0
2
0
0
0
3
1
5
0
5
0
0
0
8
0
0
0
1
2
5
0
0
2
0
0
0
0
Freqüência, Hz
L, dB(A)
60 km/h 70 km/h 80 km/h 90 km/h 100 km/h 110 km/h 120 km/h
Autódromo Internacional de Jacarepaguá
Espectros dos Níveis de Ruído Interno Captadso pelo Microfone do
Passageiro para Todas as Velocidades de Teste - Pista Molhada
10
20
30
40
50
60
70
2
0
3
1
,
5
5
0
8
0
1
2
5
2
0
0
3
1
5
5
0
0
8
0
0
1
2
5
0
2
0
0
0
3
1
5
0
5
0
0
0
8
0
0
0
1
2
5
0
0
2
0
0
0
0
Freqüência, Hz
L, dB(A)
60 km/h 70 km/h 80 km/h 90 km/h 100 km/h 110 km/h 120 km/h
Fundão
Espectros dos Níveis de Ruído Interno Captadso pelo Microfone do
Passageiro para Todas as Velocidades de Teste - Pista Seca
30
40
50
60
70
80
90
100
110
2
0
3
1
,
5
5
0
8
0
1
2
5
2
0
0
3
1
5
5
0
0
8
0
0
1
2
5
0
2
0
0
0
3
1
5
0
5
0
0
0
8
0
0
0
1
2
5
0
0
Freqüência, Hz
Leq, dB(A)
60 Km/h 70 km/h 80 km/h 90 km/h
Grumari
NEspectros dos Níveis de Ruído Interno Captadso pelo Microfone do
Passageiro para Todas as Velocidades de Teste - Pista Seca
30
40
50
60
70
80
90
100
110
2
0
4
0
8
0
1
6
0
3
1
5
6
3
0
1
2
5
0
2
5
0
0
5
0
0
0
1
0
0
0
0
2
0
0
0
0
Freqüência, Hz
Leq, dB(A)
60 km/h 70 km/h 80 km/h 90 km/h
Aeroporto Santos Dumont
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 70 km/h - Pista Seca
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2
5
4
0
6
3
1
0
0
1
6
0
2
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0
4
0
0
6
3
0
1
0
0
0
1
6
0
0
2
5
0
0
4
0
0
0
6
3
0
0
1
0
0
0
0
Freqüência, Hz
L, dB(A)
Microfone Moterista Microfone Passageiro Microfone Externo
Aeroporto Santos Dumont
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 80 km/h - Pista Seca
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2
5
4
0
6
3
1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
3
0
1
0
0
0
1
6
0
0
2
5
0
0
4
0
0
0
6
3
0
0
1
0
0
0
0
Freqüência, Hz
L, dB(A)
Microfone Motorista Microfone Passageiro Microfone Externo
Aeroporto Santos Dumont
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 60 km/h - Pista Seca
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2
5
4
0
6
3
1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
3
0
1
0
0
0
1
6
0
0
2
5
0
0
4
0
0
0
6
3
0
0
1
0
0
0
0
Freqüência, Hz
L, dB(A)
Microfone Motorista Microfone Passageiro Microfone Externo
Aeroporto Santos Dumont
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 90 km/h - Pista Seca
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2
5
4
0
6
3
1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
3
0
1
0
0
0
1
6
0
0
2
5
0
0
4
0
0
0
6
3
0
0
1
0
0
0
0
Freqüência, Hz
Leq, dB (A)
Microfone Motorista Microfone Passageiro Microfone Externo
Aeroporto Santos Dumont
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 100 km/h - Pista Seca
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2
5
4
0
6
3
1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
3
0
1
0
0
0
1
6
0
0
2
5
0
0
4
0
0
0
6
3
0
0
1
0
0
0
0
Freqüência, Hz
L, dB(A)
Microfone Motorista Microfoene Passageiro Microfone Externo
Aeroporto Santos Dumont
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 110 km/h - Pista Seca
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2
5
4
0
6
3
1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
3
0
1
0
0
0
1
6
0
0
2
5
0
0
4
0
0
0
6
3
0
0
1
0
0
0
0
Freqüência, Hz
L, dB(A)
Microfone Motorista Microfone Passageiro Microfone Externo
Aeroporto Santos Dumont
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 120 km/h - Pista Seca
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2
5
4
0
6
3
1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
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0
1
0
0
0
1
6
0
0
2
5
0
0
4
0
0
0
6
3
0
0
1
0
0
0
0
Freqüência, Hz
L, dB (A)
Microfone Motorista Microfone Passageiro Microfone Externo
Autódromo Internacional de Jacarepaguá
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 60 km/h - Pista Seca
10
20
30
40
50
60
70
80
2
5
4
0
6
3
1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
3
0
1
0
0
0
1
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0
0
2
5
0
0
4
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0
0
6
3
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0
1
0
0
0
0
1
6
0
0
0
Freqüência, Hz
L, dB(A)
Microfone Motorista Microfone Passageiro Microfone Externo
Autódromo Internacional de Jacarepaguá
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 70 km/h - Pista Seca
10
20
30
40
50
60
70
80
2
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4
0
6
3
1
0
0
1
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0
2
5
0
4
0
0
6
3
0
1
0
0
0
1
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0
0
2
5
0
0
4
0
0
0
6
3
0
0
1
0
0
0
0
1
6
0
0
0
Freqüência, Hz
L, dB(A)
Microfone Moterista Microfone Passageiro Microfone Externo
Autódromo Internacional de Jacarepaguá
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 80 km/h - Pista Seca
10
20
30
40
50
60
70
80
2
5
4
0
6
3
1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
3
0
1
0
0
0
1
6
0
0
2
5
0
0
4
0
0
0
6
3
0
0
1
0
0
0
0
1
6
0
0
0
Freqüência, Hz
L, dB(A)
Microfone Motorista Microfone Passageiro Microfone Externo
Autódromo Internacional de Jacarepaguá
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 90 km/h - Pista Seca
10
20
30
40
50
60
70
80
2
5
4
0
6
3
1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
3
0
1
0
0
0
1
6
0
0
2
5
0
0
4
0
0
0
6
3
0
0
1
0
0
0
0
1
6
0
0
0
Freqüência, Hz
L, dB(A)
Microfone Motorista Microfone Passageiro Microfone Externo
Autódromo Internacional de Jacarepaguá
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 100 km/h - Pista Seca
10
20
30
40
50
60
70
80
2
5
4
0
6
3
1
0
0
1
6
0
2
5
0
4
0
0
6
3
0
1
0
0
0
1
6
0
0
2
5
0
0
4
0
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Autódromo Internacional de Jacarepaguá
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 110 km/h - Pista Seca
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L, dB(A)
Microfone Motorista Microfone Passageiro Microfone Externo
Autódromo Internacional de Jacarepaguá
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 120 km/h - Pista Seca
10
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Microfone Motorista Microfone Passageiro Microfone Externo
Autódromo Internacional de Jacarepaguá
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 60 km/h - Pista Molhada
10
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Microfone Motorista Microfone Passageiro Microfone Externo
Autódromo Internacional de Jacarepaguá
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 70 km/h - Pista Molhada
10
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Microfone Motorista Microfone Passageiro Microfone Esterno
Autódromo Internacional de Jacarepaguá
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 80 km/h - Pista Molhada
10
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Microfone Motorista Microfone Passageiro Microfone Externo
Autódromo Internacional de Jacarepaguá
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 90 km/h - Pista Molhada
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Microfone Motorista Microfone Passageiro Microfone Externo
Autódromo Internacional de Jacarepaguá
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 100 km/h - Pista Molhada
10
20
30
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L, dB(A)
Microfone Motorista Microfone Passageiro Microfone Externo
Autódromo Internacional de Jacarepaguá
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 110 km/h - Pista Seca
10
20
30
40
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Freqüência, Hz
L, dB(A)
Microfone Motorista Microfone Passageiro Microfone Externo
Autódromo Internacional de Jacarepaguá
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 120 km/h - Pista Seca
10
20
30
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Microfone Motorista Microfone Passageiro Microfone Externo
Fundão
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
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L, dB(A)
Microfone Motorista Microfone Passageiro Microfone Externo
Fundão
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 70 km/h - Pista Seca
5
15
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55
65
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Microfone Motorista Microfone Passageiro
Microfone Externo
Fundão
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 80 km/h - Pista Seca
5
15
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Freqüência, Hz
L, dB(A)
Microfone Motorista Microfone Passageiro Microfone Externo
Fundão
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 90 km/h - Pista Seca
10
20
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Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
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10
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Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 70 km/h - Pista Seca
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Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 80 km/h - Pista Seca
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Microfone Motorista Microfone Passageiro Microfone Externo
Grumari
Espectros dos Níveis de Ruído Captados pelos Microfones
Internos e Externo - Velocidade 90 km/h - Pista Seca
10
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