No entanto, o que dizer sobre a eficacia se esta for medida dentro das di-
ferenças intra e inter Estados e regiões ("pluralidade na unidade")?
Com base no critério surge a questão: como aliar diretrizes de descentra-
lização tais como regionalização, constante avaliação de base, atitude prospectiva,
criatividade, flexibilidade, com uma operacionalização dos problemas nacionais de
recursos humanos na educação de 1o grau sob a forma de metas específicas e al-
ternativas de metas caracterizadas, identificadas, controladas e financiadas pelo ór-
gão central?
Ora, o ponto de partida da Sistemática Operacional é a centralização. Ela
decide, orienta, controla, financia e avalia, deixando aos Estados a execução. Assim,
a flexibilidade só pode ser atingida nos modos operacionais de execução dos proje-
tos.
Contrapondo-se à afirmativa abaixo, podem-se analisar os projetos de ca-
pacitação de recursos humanos quanto à eficácia: "as metas deverão apoiar-se em
certos indicadores econômico-sociais, a partir de comparações... Num país regional-
mente diversificado, como o Brasil, tal comparação não deve ser feita ao nivel
abstrato das médias nacionais, mas deve descer aum desdobramento dessas a nivel
regional e até local. Tais Metas deverão ser, evidentemente, flexíveis e ajustadas
com freqüência a situações cambiantes. A possibilidade do oferecimento de novas
alternativas e a redução, ou até eliminação, de algumas anteriores podem ser um im-
perativo da nova situação".
Ora, os Planos Qüinqüenais e os de Aplicação apresentam diagnósticos
com ênfase nos grandes problemas nacionais, identificando aqueles que lhes dizem
mais respeito sem evidenciar aspectos regionais, quiçá locais. Os diagnósticos são
baseados em números totais para o Estado, números que, por sua natureza, não po-
dem evidenciar as verdadeiras necessidades sociais. Nos Planos de Aplicação, a esco-
lha de solução sempre recai no conjunto de alternativas (e somente nessas) sugeri-
das pela S.O. Destaque-se o Estado do Piauí que reclama por alterações a par de
adotar as alternativas.
Comparado com o critério, este quadro evidencia um aumento da efici-
ência interna do sistema educacional, que pode ser traduzido num crescimento glo-
bal de treinados em função de determinados problemas nacionais. Entretanto, ao se
apreciarem os resultados para fora do sistema educacional, surge a questão: não
existem diferenças significativas entre os diversos Estados e entre as diferentes
regiões de cada Estado? Aceitamos que esses problemas realmente existem em todas
as regiões, soluções definidas culturalmente não aumentariam a eficiência intema e
ex tema do sisterna, com efeitos visíveis na eficácia?
O impasse que daí surge obriga a repensar, levantando-se hipóteses alter-
nativas de uma sistemática operacional.
Premissas:
— A existência de uma sistemática, na forma atual, traz eficiência ao
sistema e traz resultados numéricos, deixando dúvidas quanto à possi-