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Na Tabela 7 são apresentadas as estimativas de heterozigosidades e dos índices de
fixação (F) por locos isoenzimáticos. A heterozigosidade média observada foi 0.4966, as
heterozigosidades médias esperada nas populações (H
S
) e na população total (H
T
) foram,
respectivamente, 0.3581 e 0.3801. As estimativas das estatísticas F indicam ausência de
endogamia e excesso de heterozigotos dentro (F
IS
= -0.3866) e, no conjunto das populações
(F
IT
= -0.3065). Resultados similares foram observados em Caryocar brasiliense onde,
também, foi verificado excesso de heterozigotos dentro das populações e, no conjunto das
mesmas (f = 0,449 e F = -0,420) (de Melo Júnior et al., 2004). Nas populações de Eugenia
dysenterica, estudadas por Campos Telles et al. (2003), foi verificado certo grau de
endogamia (f = 0,243 e F = 0,442). Em Cryptocarya moschata (Moraes et al., 1999), apesar
de haver deficiência de heterozigotos, a maioria dos locos dentro das populações está nas
proporções genotípicas esperadas no equilíbrio de Hardy-Weinberg (f = -0,0207 e F =
0,0963). Em Machaerium villosum foi observado excesso de heterozigotos no conjunto das
populações F = -0.121 (Brotel & Carvalho, 2004).
Observou-se maior quantidade de heterozigotos no loco EST-1 (0.8440) e menor no
loco MDH-1 (0.2259). Na maioria dos locos analisados nas populações de Cryptocarya
moschata e Cryptocarya aschersoniana foi verificado déficit de heterozigotos (de Moraes
et al., 1999, 2002). Em Eugenia dysenteryca houve deficiência de heterozigotos em todos
os locos analisados (Campos Telles et al., 2003). Em Caryocar brasiliense foi verificado
excesso de heterozigotos na maioria dos locos (de Melo Júnior et al., 2004).
A divergência populacional (F
ST
)
não foi igualmente observada entre os locos.
Maior diferença nas freqüências alélicas entre as populações foi devida ao loco EST-2 (F
ST
= 0,1850), enquanto o loco EST-1 não contribuiu na divergência populacional (F
ST
= 0).
Considerando-se as quatro populações F
ST
= 0,0578, este valor é maior do que o observado
em Caryocar brasiliense (F
ST
= θ
P
= 0,0200) e, menor do que em Eugenia dysenteryca (F
ST
= θ
P
= 0,1540), ambas espécies típicas do cerrado stricto sensu. Em jacarandá-paulista F
ST
= θ
P
foi
0.061, em Cryptocarya aschersoniana 0,1146 e, em Trema micrantha 0,039.
A estatística F mede a correlação entre os gametas se unindo. A endogamia e a
deriva genética são fenômenos que se sobrepõem, pois, a deriva resulta no aumento da