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escleromorfia foliar e pela suberificação caulinar de seus componentes florísticos,
onde ocorre o padrão florestal, representado pelo Cerradão, e o padrão savânico,
co
nhecido pela designação de Cerrado (Fernandes, 1998). Segundo Coutinho (2002),
o cerrado sensu lato não possui uma fisionomia única em toda a sua extensão,
apresentando formas campestres bem abertas, como os campos limpos de cerrado,
até formas relativamente densas, florestais, como os cerradões. Entre esses dois
extremos fisionômicos, encontra-se toda uma gama de formas intermediárias, com
fisionomia de savana como o campo sujo, o campo cerrado e o cerrado sensu stricto
(s.s), apresentando-se como um mosaico de formas fisionômicas. A vegetação do
Cerrado é geralmente caracterizada pela mistura de dois estratos bem distintos:
estrato lenhoso (árvores e grandes arbustos) e o estrato herbáceo (subarbustos e
ervas) (Furley, 1999; Castro et. al. 1999; Filgueiras, 2002; Oliveira-Filho & Ratter,
2002), que são floristicamente distintas (Batalha
et
. al., 2001) e concor
rentes
(Coutinho, 1978 e 2002). Segundo Filgueiras (2002), a comunidade herbácea é
dominada por caméfitos, hemicriptófitos, geófitos, terófitos, lianas e epífitas, onde o
número de espécies (riqueza) do estrato herbáceo versus estrato lenhoso é estimado
por variar de 3 a 4,5:1, para Ratter (2003) esta relação é de 4 a 6:1, no entanto este
último estrato é bastante carente de estudos (Castro et. al. 1999
; Ratter et. al., 2003).
Floresta de galeria é a vegetação florestal que acompanha os riachos e
córregos de pequeno porte nos planaltos do Brasil Central, formando corredores
fechados (galerias) sobre o curso de água. Essas florestas são encontradas no fun
do
de vales e nas cabeceiras de drenagem, onde os cursos de água ainda não escavaram
canal definitivo. Em função da florística e características de solo, a
f
loresta de
g
aleria
pode ser tipificada como não inundável ou inundável (Ribeiro & Walter, 2006).