como o br
eu
-vermelho e o matamatá amarelo (Higuchi et al
.,1997
; Lima, 2002; Carneiro, 2004) também
apareceram
com destaque em fragmentos
como o da UFAM e do AEROPORTO.
A análise da composição florística dos fragmentos encontrou a presença de
espécie
s, gêneros e
fa
mílias indicadores e caracterizadores de áreas com vegetação secundárias submetidas a diversas formas
de uso do solo. Assim, por exemplo, a presença de indivíduos da família Cecropiaceae (embaubarana,
embaúba)
, dos gêneros
Clusia
e
Vismia
(apuí e lacre)
e
das
espécie
s
dima e pau
-
pombo é um indicativo de
regeneração florestal recente. Tais indivíduos ocorreram de forma marcante em fragmentos como o do
CAMPOS ELÍSEOS, NÚCLEO 23, CASTANHEIRAS e SESI, e condizem com outros trabalhos
realizados em áreas de veget
ação secundária ou capoeiras (Nelson
et al
., 1999; Lima, 2002).
Em alguns fragmentos pô
de
-se notar a presença de espécies arbóreas reconhecidamente exóticas a
flora nativa regional: no PARQUE DO MINDU a castanhola (1 indivíduo), o jambo (1 indivíduo) e o
cacau (1 indivíduo); no CAMPOS ELÍSEOS a castanhola (3 indivíduos) e o cupuaçu (1 indivíduo); e no
NÚCLEO 23 a mangueira com dois indivíduos A presença dessas espécies é sinal de interferência
antrópica nos fragmentos, seja na forma do cultivo de espécies frutíferas no seu interior (jambo, cupuaçu,
cacau e mangueira), atestando também um histórico de uso mais remoto (PARQUE DO MINDU) ou m
ais
recente (CAMPOS ELÍSEOS e NÚCLEO 23), seja na forma de espécies utilizadas na arborização urbana
(castanhola, no caso) que acabam sendo dispersadas para o interior da mata. A castanhola,
particularmente, é muito comum nas regiões de bordas de fragmentos e na vegetação que margeia muitos
igarapés de Manaus, sendo também muito freqüente na arborização da
cidade
.
Os valores de diversidade de Shannon (H’), analisados isoladamente, condizem com os valores
encontra
dos para outras áreas de vegetação primária ou secundária na região de Manaus. Por exemplo,
Lima (2002), em trabalho realizado na região de Manaus, encontrou valores de 1,76, 2,93, 3,28 para
capoeiras com 6, 10 e 25 anos respectivamente, parecidos com os valores encontrados para os fragmentos
CAMPOS ELÍSEOS, NÚCLEO 23 e SESI; para amostras em florestas primárias, os valores de 4,51 e
4,38, próximos dos valores encontrados aqui para a área da UFAM, do AEROPORTO, SESC e
CASTANHEIRAS. Higuchi
et al. (1997
) trabalhando em área próxima ao local estudado por Lima (2002)
mas exclusivamente em floresta primária, encontrou os índices de diversidade de Shannon de 4,39 e 4,59.
Entre as
espécie
s que estiveram presentes em um maior número de fragmentos destacam-
se
: o
breu
-vermelho, presente nos dez fragmentos amostrados; o pau-pombo, o ingá vermelho, a muiratinga e a
ucuuba branca, todos presentes em nove fragmentos; dima, araçá-bravo, uxirana, embaubarana, cardeiro,
ucuuba vermelha e louro preto
,
prese
ntes em oito fragmentos
.
Quanto às famílias botânicas que ocorreram em um maior número de fragmentos destacam-
se
Anacardiaceae, Arecaceae, Burseraceae, Caesalpinaceae, Clusiaceae, Euphorbiaceae, Lauraceae,
Mimosaceae, Myristicaceae presentes em todos os fragmentos; já, Chrysobalanaceae, Flacourtiaceae,