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ESTAÇÃO DE TESTES E DE GERAÇÃO DE
RELATÓRIOS PARA USO EM LINHA DE
PRODUÇÃO DE FONTES CHAVEADAS
FAETE JACQUES TEIXEIRA FILHO
CAMPO GRANDE
2006
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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM ENGENHARIA ELÉTRICA
ESTAÇÃO DE TESTES E DE GERAÇÃO DE
RELATÓRIOS PARA USO EM LINHA DE
PRODUÇÃO DE FONTES CHAVEADAS
Dissertação submetida à
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
como parte dos requisitos para a obtenção
do grau de Mestre em Engenharia Elétrica.
FAETE JACQUES TEIXEIRA FILHO
Campo Grande, Dezembro de 2006.
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ESTAÇÃO DE TESTES E DE GERAÇÃO DE RELATÓRIOS
PARA USO EM LINHA DE PRODUÇÃO DE FONTES
CHAVEADAS
Faete Jacques Teixeira Filho
‘Esta Dissertação foi julgada adequada para obtenção do Título de Mestre em Engenharia
Elétrica, Área de Concentração em Energia Elétrica em que foi realizado o trabalho, e
aprovada em sua forma final pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.’
______________________________________
João Onofre Pereira Pinto, PhD
Orientador
______________________________________
João Onofre Pereira Pinto, PhD
Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica
Banca Examinadora:
______________________________________
João Onofre Pereira Pinto, PhD
Presidente
______________________________________
Valmir Machado Pereira, Doutor
Banca
______________________________________
Fausto Donizeti Dantas, Doutor
Banca
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, e aos meus familiares e amigos pelo amor e
dedicação em todos os momentos.
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao professor João Onofre pela orientação na realização deste trabalho e
pelas oportunidades oferecidas que serviram para o meu crescimento pessoal e profissional.
Também ao professor Gilberto que em muito me auxiliou durante este trabalho e aos colegas
de laboratório em cujas discussões de idéias serviram para nosso desenvolvimento.
Aos meus avós, Suamy e Rubens, sou muito grato por todo o apoio durante os anos
de graduação. Aos meus parentes e amigos que, durante esta jornada, de alguma forma
estiveram presentes e muito me apoiaram.
Aos meus pais, Faete e Eleanora, e irmãos, Rafael Larissa e Ariadne, pelo amor e
dedicação que me deram forças nos momentos difíceis no qual passei.
ii
Resumo da Dissertação apresentada à UFMS como parte dos requisitos necessários
para a obtenção do grau de Mestre em Engenharia Elétrica.
ESTAÇÃO DE TESTES E DE GERAÇÃO DE RELATÓRIOS
PARA USO EM LINHA DE PRODUÇÃO DE FONTES
CHAVEADAS
Faete Jacques Teixeira Filho
Dezembro/2006
Orientador: João Onofre Pereira Pinto, PhD.
Área de Concentração: Energia Elétrica.
Palavras-chave: Aquisição de Dados, Carga Eletrônica, Estação de Teste, Fonte Chaveada,
Geração de Relatórios.
Número de Páginas: 112.
RESUMO: Este trabalho mostra uma estação teste de fontes chaveadas de baixa potência,
controlado por um software que processa as informações coletadas através de placa de
aquisição de sinais, permitindo a geração de relatórios de teste e armazenamento de dados de
forma confiável. Esta estação permite aumentar o volume de equipamentos testados em uma
linha de produção, bem como proporcionar um controle eficiente dos resultados de teste pela
automatização do processo, aumentando a confiabilidade dos resultados e permitindo um
controle de qualidade mais efetivo. A estação é composta por dois blocos fundamentais: o
módulo de potência e o módulo de processamento de sinais. O módulo de potência é
composto por um circuito de variação de tensão de entrada e uma carga eletrônica. Por sua
vez o módulo de processamento de sinais é composto por uma placa de aquisição de dados,
um software de controle, uma interface gráfica e um software de geração de relatório. O
software foi desenvolvido no ambiente LabVIEW da National Instruments. Embora já
exista produto similar no mercado, este produto foi desenvolvido visando o objetivo
principal de baixo custo de implementação, conseguido pela adaptação do projeto à
aplicação, e com qualidade comparável aos sistemas já existentes.
iii
Abstract of Dissertation presented to UFMS as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Master in Electrical Engineering.
REPORT GENERATOR AND TEST STATION FOR
SWITCH-MODE POWER SUPPLY PRODUCTION LINE USE
Faete Jacques Teixeira Filho
December/2006
Advisor: João Onofre Pereira Pinto, PhD.
Area of Concentration: Electric Energy.
Keywords: Data Acquisition, Electronic Load, Report Generator, Switch-Mode Power
Supply, Test Station.
Number of Pages: 112.
ABSTRACT: This work shows a low power switch-mode power supply test station,
controlled by a software which process the collected information through the use of a data
acquisition board, allowing test report generation and data storage in a reliable way. One of
the objectives of this station is to increase the equipment tested volume in a production line,
as well as providing an efficient control of the test results by process automatization,
increasing results reliability and allowing a more effective quality control. The system is
composed by two fundamental blocks: the power module and the signal processing module.
The power module is composed by an input voltage variation circuit and an electronic load.
The signal processing module is composed by a data acquisition board, a control software, a
graphical interface and report generation software. The software was developed in a
LabVIEW environment from National Instruments. Although there is similar product in the
market, this product was developed with the main objective of low cost goal, achieved by
project customization, with the quality comparable to the existing systems.
iv
LISTA DE FIGURAS
Número Página
Figura 1.1 – Fontes chaveadas quanto às características de formas de onda de entrada e saída.
......................................................................................................................................2
Figura 1.2 – Diagrama de blocos de uma fonte chaveada ca-cc. ............................................3
Figura 1.3 – Teste de sustentação da tensão de saída..............................................................5
Figura 1.4 – Gráfico mostrando a obtenção do tempo de sustentação da tensão de saída. ....5
Figura 1.5 – Teste de regulação de linha. ................................................................................6
Figura 1.6 – Teste de regulação de carga.................................................................................7
Figura 1.7 – Teste de resposta dinâmica à variação de carga..................................................7
Figura 1.8 – testes de isolação..................................................................................................8
Figura 2.1 - Fluxograma de teste de fontes chaveadas. .........................................................13
Figura 2.2 – Topologia da Giga de testes...............................................................................16
Figura 2.3 - Atributo de geração de executáveis da licença Professional.............................18
Figura 2.4 - Diagrama de blocos da estação de testes de fontes chaveadas..........................19
Figura 3.1 - Módulo de alimentação em corrente alternada..................................................22
Figura 3.2 - Diagrama simplificado da carga eletrônica. ......................................................23
Figura 3.3 – Carga eletrônica com comando realizado em software. ...................................24
Figura 3.4 – Implementação em software da carga eletrônica. .............................................25
Figura 3.5 – Código desenvolvido para controle da carga eletrônica...................................26
Figura 3.6 - Circuito térmico como equivalente elétrico.......................................................27
Figura 3.7 – Circuito auxiliar para teste de curto-circuito.....................................................30
Figura 3.8 – Diagrama de blocos do isolador amplificador ISO 124P. ................................31
Figura 4.1 – Placa de aquisição de dados NI-6229 da série M. ............................................33
Figura 4.2 – Bloco conector para comunicação com a placa NI-6229. ................................33
Figura 4.3 – Condicionamento do sinal de tensão de saída adquirido. .................................34
Figura 4.4 – Rotina de aquisição da tensão de saída da fonte. ..............................................35
Figura 4.5 - Interface de usuário. ...........................................................................................36
Figura 4.6 – Diagrama de blocos do programa da interface de usuário................................37
Figura 4.7 - Fluxograma do programa. ..................................................................................38
Figura 4.8 – Diagrama de blocos com a rotina de geração de relatório................................39
Figura 5.1 – Protótipo da Giga de testes desenvolvida..........................................................40
v
Figura 5.2 – Vista superior da Giga de teste..........................................................................41
Figura 5.3 – Manual de instalação e uso do produto. ............................................................42
Figura 5.4 – Módulo de carga eletrônica. ..............................................................................43
Figura 5.5 – Esquema de ligação para testes com carga eletrônica. .....................................44
Figura 5.6 – Resposta da carga eletrônica para corrente de 2Amperes. ...............................45
Figura 5.7 – Resposta da carga eletrônica para corrente de 4 Amperes. ..............................45
Figura 5.8 - Resposta da carga eletrônica para corrente de 6 Amperes. ...............................46
Figura 5.9 - Resposta da carga eletrônica para corrente de 8 Amperes. ...............................46
Figura 5.10 - Resposta da carga eletrônica para corrente de 10 Amperes............................47
Figura 5.11 – Módulo de alimentação em corrente alternada. ..............................................48
Figura 5.12 – Regulação da fonte sob alimentação de tensão de 90 V
ca
. .............................49
Figura 5.13 – Chaveamento da tensão de entrada. ................................................................50
Figura 5.14 – Tensão de saída da fonte (canal 1 - 10V/div) e tensão de gatilho do interruptor
(canal 2 - 10V/div). ....................................................................................................50
Figura 5.15 – Tensão de saída da fonte (canal 1 – 10V/div) e corrente de curto-circuito (canal
2 – 10A/div)................................................................................................................51
Figura 5.16 – Tensão de saída da fonte (canal 1 – 10V/div) e tensão entre dreno e source do
interruptor chave de curto-circuito (Canal 2 – 5V/div).............................................51
Figura 5.17 – Fim dos testes da fonte chaveada. ...................................................................52
Figura 5.18 – Resultados mostrados na interface após os testes...........................................53
Figura 5.19 – Resultados mostrados na interface – erro no teste a vazio. ............................54
Figura 5.20 – Resultados mostrados na interface – erro no teste a plena carga. ..................55
Figura 5.21 – Resultados mostrados na interface – erro no teste de curto-circuito..............56
Figura 5.22 – Interface de usuário após testes de carga. .......................................................57
Figura 5.23 – Interface gráfica após testes a vazio e de curto-circuito. ................................58
Figura 5.24 – Simulação de erro na regulação.......................................................................59
Figura 5.25 – Simulação de erro durante teste de curto-circuito...........................................59
Figura 5.26 – Simulação de erro na regulação de tensão. .....................................................60
vi
LISTA DE TABELAS
Tabela 4.1 - Especificação do hardware DAQ PCI – 6229M. .............................................32
Tabela 4.2 - Exemplo de relatório para uma fonte. ...............................................................39
Tabela 5.1 – Resultados arquivados em relatório de testes. ..................................................53
Tabela 5.2 – Resultados arquivados em relatório – erro durante teste a vazio.....................54
Tabela 5.3 – Resultados arquivados em relatório – erro no teste a plena carga. ..................55
Tabela 5.4 – Resultados arquivados em relatório – erro no teste de curto-circuito..............56
Tabela 5.5 – Resultado armazenado em relatório..................................................................57
Tabela 5.6 – Resultados de teste a vazio e de curto-circuito.................................................58
Tabela 5.7 – Resultado arquivado da fonte - erro de regulação. ...........................................59
Tabela 5.8 – Resultado arquivado em relatório – falha durante curto-circuito. ...................60
Tabela 5.9 - Resultado arquivado em relatório – falha durante regulação de tensão. ..........61
Tabela 5.10 - Configuração mínima dos sistemas.................................................................62
vii
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1...........................................................................................................................1
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................1
1.1. Apresentação.........................................................................................................1
1.2. Dispositivos Conversores CA-CC........................................................................1
1.3. Processo Produtivo de Fontes Chaveadas ............................................................4
1.4. Requisitos de Qualidade em Fontes Chaveadas...................................................4
1.4.1. Tempo de Sustentação da Tensão de Saída ...............................................4
1.4.2. Regulação de Linha ....................................................................................5
1.4.3. Regulação de Carga....................................................................................6
1.4.4. Resposta Dinâmica .....................................................................................7
1.4.5. Teste de Isolação ........................................................................................8
1.4.6. Teste de Interferência Eletromagnética .....................................................8
1.5. Procedimento Manual de Teste de Fontes Chaveadas.........................................9
1.6. Objetivo do Trabalho..........................................................................................10
1.7. Estrutura do Trabalho .........................................................................................10
CAPÍTULO 2.........................................................................................................................12
DESCRIÇÃO DOS TESTES E CARACTERIZAÇÃO DA ESTAÇÃO...........................12
2.1. Testes Adaptados à Estação................................................................................12
2.1.1. Limites de Tensão de Entrada..................................................................13
2.1.2. Regulação de Carga..................................................................................14
2.1.3. Teste de Curto-Circuito............................................................................14
2.2. Caracterização da Estação de Testes de Fontes Chaveadas...............................15
2.2.1. Hardware...................................................................................................16
2.2.2. Software....................................................................................................17
2.3. Sistema Implementado........................................................................................18
CAPÍTULO 3.........................................................................................................................21
MÓDULO DE POTÊNCIA ..................................................................................................21
3.1. Circuito de Potência............................................................................................21
3.2. Módulo de Alimentação em Corrente Alternada. ..............................................21
viii
3.3. Carga Eletrônica..................................................................................................22
3.4. Módulo de Dissipação ........................................................................................27
3.5. Curto-Circuito .....................................................................................................29
3.6. Isolação dos Sinais..............................................................................................30
CAPÍTULO 4.........................................................................................................................32
PROCESSAMENTO DE SINAIS E CONTROLE .............................................................32
4.1. Placa de Aquisição de Dados..............................................................................32
4.2. Condicionamento de Sinais ................................................................................34
4.3. Software...............................................................................................................35
CAPÍTULO 5.........................................................................................................................40
PROTÓTIPO E RESULTADOS EXPERIMENTAIS ........................................................40
5.1. Protótipo Desenvolvido ......................................................................................40
5.2. Manual de Instalação e Uso do Produto.............................................................41
5.3. Carga Eletrônica..................................................................................................42
5.4. Módulo de Alimentação em Corrente Alternada ...............................................47
5.5. Estudo de Caso....................................................................................................48
5.5.1. Teste da Giga com Fonte Chaveada de 9 Volts e 2 Amperes .................48
5.5.2. Teste da Giga com Fonte Chaveada de 24 Volts e 2 Amperes...............56
5.6. Análise Comparativa...........................................................................................61
CAPÍTULO 6.........................................................................................................................63
CONCLUSÃO.......................................................................................................................63
6.1. Conclusão............................................................................................................63
6.2. Trabalhos Futuros ...............................................................................................64
6.3. Publicações Relacionadas ao Tema....................................................................65
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA......................................................................................66
Apêndice – A: Manual de instalação e uso do produto........................................................68
Anexo – A: Folha de dados do relé G2RL-1A-E .................................................................76
Anexo – B: Folha de dados do semicondutor IXFX 50N50 ................................................78
Anexo – C: Folha de dados do dissipador de calor ..............................................................81
Anexo – D: Folha de dados do ventilador 8500 N ...............................................................83
ix
Anexo – E: Folha de dados do semicondutor IRF1607........................................................85
Anexo – F: Folha de dados do opto transistor SFH618A-4 .................................................88
Anexo – G: Folha de dados do isolador amplificador ISO124P..........................................91
Anexo – H: Folha de dados placa de aquisição de dados NI-6229 série M.........................95
Anexo – I: Exemplo de relatório de testes gerado pelo software.........................................98
1
1. CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
Neste capítulo é apresentada uma introdução à estação automática de testes e geração
de relatórios para fontes chaveadas de baixa potência. São inicialmente discutidos os testes
utilizados para avaliar o desempenho de fontes chaveadas. O modo manual de testes de um
fabricante é apresentado, para em seguida definir as características da estação de teste
proposta.
1.1. Apresentação
A energia elétrica disponível hoje, seja ao usuário doméstico como para os demais
setores da indústria e comércio, não é necessariamente uma conseqüência da necessidade
real dos equipamentos, os quais usam interna ou externamente de conversores de potência
para alimentação de seus circuitos. Cita-se como exemplo os usuários domésticos, nos quais
a maioria dos equipamentos faz uso de conversores de energia. A grande parte dos
dispositivos em uma residência, que usufruem desta energia, inicialmente passa por um
estágio de conversão como é o caso, por exemplo, dos equipamentos eletrônicos. Os
circuitos eletrônicos operam com tensões contínuas de alimentação, havendo então a
necessidade de uso dos conversores de energia.
No Brasil, dependendo da região, o fornecimento de energia elétrica se dá nos níveis
de 127 V
ca
ou 220 V
ca
(tensão alternada), sendo que em ambos os casos a freqüência é de 60
Hz. No entanto, em outros países pode-se encontrar os mesmos níveis de tensão, porém com
uma freqüência fundamental de 50 Hz. A competitividade e a necessidade de se manter no
mercado força as empresas a atenderem tais requisitos de tensão e freqüência em seus
equipamentos conversores.
Tais dispositivos responsáveis por transformação da energia são conhecidos como
conversores de potência, fontes ou também popularmente como adaptadores de corrente
alternada (CA).
1.2. Dispositivos Conversores CA-CC
Na Figura 1.1 pode ser observada a classificação dos conversores em relação as
característica das formas de onda de entrada e saída. Conforme pode ser visto na figura, tais
2
dispositivos podem retificar uma forma de onda alternada, inverter uma forma de onda
contínua, converter uma forma de onda contínua de um nível para um outro nível desejável
ou mudar a freqüência de uma forma de onda alternada, como no processo de ciclo-
conversão.
CA
Retificação
CC
CC
Conversão
CA
Inversão
Ciclo
convero
(v
1
f
1
)
(v
2
f
2
)
vel 1
vel 2
Figura 1.1 – Fontes chaveadas quanto às características de formas de onda de entrada e saída.
Neste trabalho será dada maior ênfase as fontes chaveadas cuja saída esteja
fornecendo uma tensão contínua de alimentação sob tensão de entrada alternada. Tal fonte
chaveada é apresentada na forma de diagrama de blocos na Figura 1.2. Inicialmente um
estágio de retificação da tensão entrada é feito com posterior filtragem. Em seguida ocorre
um estágio de inversão, o qual passa por um transformador. Tal transformador pode ou não
promover um ganho através de sua relação de transformação. A saída do transformador é
então retificada e filtrada para fornecer a tensão de saída desejada. Tal tensão de saída é
então realimentada para comando do(s) interruptor(es) dentro do bloco de inversão.
3
Retificador
Filtro
Inversão
Transformador
Retificador
Filtro de
saída
Figura 1.2 – Diagrama de blocos de uma fonte chaveada CA-CC.
O avanço desde alguns anos da tecnologia de semicondutores, despertou interesse de
fabricantes para as fontes chaveadas de potência (switching-mode power supply - SMPS)
sobre as fontes lineares convencionais.
Fontes lineares fazem a conversão de energia, usando o princípio de dissipação da
energia o qual é necessária para se manter a regulação da saída. Isto é feito, por exemplo,
através de resistores e transistores. Isto torna o processo ineficiente devido ao seu princípio
que é dissipar a energia não necessária a custo de uma regulação da saída, o que afeta
diretamente a eficiência.
Uma fonte chaveada é um dispositivo eletrônico que possui em sua estrutura
reguladores baseados em interruptores, ou seja, um circuito de controle interno é responsável
por comandar um interruptor, tal como um MOSFET, nos estados de saturação e corte
rapidamente de forma a obter um valor médio da tensão ou corrente de saída estável.
Fontes chaveadas possuem maior eficiência, menor peso e tamanho reduzido se
comparado com as fontes lineares [1]. Isso se deve ao uso de componentes como capacitores,
indutores, transformadores e interruptores. Tais interruptores dissipam uma quantidade
pequena de potência em ambos os estados de condução e bloqueio, levando a uma conversão
de potência com perdas reduzidas e, consequentemente, maior eficiência no processo de
conversão. As perdas se devem basicamente as não idealidades dos componentes como a
resistência dos indutores, queda de tensão direta dos interruptores, perdas por comutação,
entre outras.
Tais fontes chaveadas, em aplicações domésticas, como por exemplo,
microcomputadores, normalmente possuem tensões de entrada alternada universais. Assim
estas podem aceitar tensões de alimentações alternadas ao redor do mundo com freqüências
de 50 ou 60Hz e níveis de 90V
ca
a 240V
ca
.
4
1.3. Processo Produtivo de Fontes Chaveadas
No processo produtivo que envolve a fabricação de fontes chaveadas em elevado
volume de produção, é de fundamental importância a adoção de um sistema de controle de
qualidade do produto, bem como a confiabilidade nos dados adquiridos durante a etapa de
testes. Assim, objetiva-se a manutenção de um padrão de qualidade ao usuário final, bem
como a rastreabilidade do produto em caso de necessidade, ou seja, permitir que, em caso de
defeito em algumas unidades, após certo período de operação, seja possível verificar a
conexão dos equipamentos defeituosos com algum lote específico. Nesse aspecto, a
adequada documentação e o acompanhamento do processo produtivo tornam-se
fundamentais para que, ao final da linha de produção, obtenha-se um equipamento de
qualidade [2 e 3], garantindo assim seu sucesso em um ambiente competitivo. Tais níveis de
qualidade e desempenho são discutidos em [4].
1.4. Requisitos de Qualidade em Fontes Chaveadas
Serão apresentados nos subitens que seguem os testes utilizados para caracterização
dos parâmetros de desempenho de fontes chaveadas. Normas do ieee (Institute of Electrical
and Electronics Engineers), principalmente a ieee std 446 [5] e a ieee std 399 [6], delimitam
condições na qualidade de energia suprida a sistemas elétricos. Tais sistemas elétricos podem
ser de emergência [5], comerciais ou industriais [6]. O desempenho exigido por cada sistema
faz-se pela adoção dos parâmetros de desempenho de alguns ou de todos os testes citados
nos itens de 1.4.1 a 1.4.6.
1.4.1. Tempo de Sustentação da Tensão de Saída
Este teste determina por quanto tempo a fonte é capaz de manter a sua corrente
nominal de saída frente a uma situação de interrupção da alimentação da tensão de entrada
do equipamento. Na Figura 1.3 é mostrado o diagrama de blocos para execução deste teste.
Para realização deste teste, uma interrupção da tensão de alimentação é simulada em uma
fonte operando com carga nominal. É analisado o tempo que a fonte permanece com sua
tensão acima de um valor mínimo V
omin
. Este parâmetro de tempo, também conhecido como
hold up time, é uma característica dos acumuladores de energia, tais como, os capacitores de
saída e de entrada e indutores.
5
Rede
Fonte
sob teste
CARGA
NOMINAL
V
o
+
-
Figura 1.3 – Teste de sustentação da tensão de saída.
Na Figura 1.4 pode ser observado como o tempo de sustentação de tensão de saída é
obtido. No instante t
i
indicado na figura, a tensão de alimentação é interrompida deixando a
cargo dos armazenadores de energia a manutenção da tensão de saída. No instante t
f
a tensão
de saída esta no valor mínimo V
omin
. A diferença entre t
f
e t
i
é o tempo de sustentação da
tensão de saída, ou seja, o tempo que fonte consegue manter sua tensão de saída em valores
admissíveis frente a uma interrupção da tensão de entrada.
Vonom
ti
Vo
min
tf t
V
o
(t)
Figura 1.4 – Gráfico mostrando a obtenção do tempo de sustentação da tensão de saída.
1.4.2. Regulação de Linha
Este teste mede a resposta da tensão de saída da fonte sob teste frente a diferentes
condições de alimentação, ou seja, mediante as tensões de alimentação mínima, nominal e
máxima, com a fonte sob carga nominal. Na Figura 1.5 é apresentado o esquema de teste de
regulação de linha, onde a carga nominal é representada pela resistência R
o
. Verifica-se a
tensão de saída sob diferentes situações de alimentação da fonte. Nestas condições é
verificada a regulação da tensão, ou tensões no caso de mais de uma saída, conforme
Equação 1.1.
6
100*%
minmax
nom
oo
V
VV
R
=
(1.1)
Onde,
R% é a regulação de linha em percentagem do valor nominal.
V
omax
é a máxima tensão de saída em volts.
V
omin
é a mínima tensão de saída em volts.
V
nom
é o valor nominal da tensão de saída em volts.
Alimentação
Osciloscópio
Ro
Fonte
sob teste
Figura 1.5 – Teste de regulação de linha.
1.4.3. Regulação de Carga
Neste teste, uma mudança de carga é aplicada e a tensão de saída é verificada. O
diagrama de blocos deste teste é apresentado na Figura 1.6. Inicia-se com uma carga de 50%
da carga nominal da fonte e em seguida aumenta-se o nível para 100% do valor nominal de
carga. Os Parâmetros usados neste teste são a tensão máxima e mínima de saída, obtidas
respectivamente a 50% e 100% do valor de carga nominal conforme Equação 1.2.
100*%
minmax
arg
nom
oo
ac
V
VV
R
=
(1.2)
Onde,
R
carga
é o valor de regulação de carga como variação percentual do valor nominal.
V
omax
é a tensão de saída em volts medida a 50% de carga.
V
omin
é a tensão de saída em volts medida a 100% de carga.
V
nom
é a tensão de saída nominal medida em volts.
7
Alimentação
(nominal )
Osciloscópio
Fonte
sob teste
50% carga
50% carga
Figura 1.6 – Teste de regulação de carga.
1.4.4. Resposta Dinâmica
A resposta dinâmica frente a uma variação de carga é um parâmetro usado
principalmente, para se analisar o desempenho do circuito de controle. Este teste consiste em
aplicar um degrau de carga para se analisar o tempo de resposta na regulação da saída. Tal
teste pode ser observado na Figura 1.7.
Vo
100%
50%
td
t
d
Vo(t )
t
t
Figura 1.7 – Teste de resposta dinâmica à variação de carga.
Na Figura 1.7, após aplicação de uma variação em degrau de 50% a 100% de carga,
existe um tempo (t
d
) necessário ao sistema de controle para que a saída seja regulada em seu
valor nominal. A fonte, devido ao aumento de carga, sofre uma queda em sua tensão de saída
nominal que passa por um transitório até estabilizar-se por atuação do sistema de controle.
8
Igualmente para uma variação em degrau de 100% a 50% é necessário um tempo de resposta
(t
d
) para que o circuito de controle volte a regular a saída em seu valor nominal. Esse tempo,
para ambos os casos também depende dos armazenadores de energia, como por exemplo, o
capacitor do filtro de saída o qual limita uma resposta rápida do sistema de controle durante a
mudança de carga.
1.4.5. Teste de Isolação
A isolação entre a entrada, a saída e a carcaça do equipamento é verificada neste teste.
Desta forma pretende-se verificar se tensões em níveis letais possam causar algum dano
maior ao usuário. Um nível de tensão alto, que pode ser contínua ou alternada, é aplicado a
fonte para verificar a isolação entre entrada saída e carcaça, e caso seja verificada alguma
corrente de fulga é acusado falha no teste. Na Figura 1.8 pode ser observado o esquema de
ligação para realização deste teste.
Fonte
V
Fonte
V
Carcaça/
terra
Figura 1.8 – testes de isolação.
Duas situações são apresentadas na Figura 1.8, isolação entre a entrada e a saída e a
isolação entre a entrada e a carcaça da fonte.
1.4.6. Teste de Interferência Eletromagnética
Basicamente existem dois tipos de interferências eletromagnéticas (Electro-magnetic
Interference - EMI), irradiada e conduzida. Existem várias normas tais como as provenientes
da FCC (Federal Communications Commission) e as européias da VDE (Association for
Electrical, Electronic & Information Technologies) que determinam os limites admissíveis
para o ruído eletromagnético, bem como normas específicas para certos tipos de
equipamentos mais sensíveis a ruído e ambientes de uso como em [7].
9
Os testes de EMI irradiada são feitos tipicamente na faixa de 30MHz a 1GHz. A
captação dos campos elétrico e magnético emitidos pelo equipamento é feita por meio de
antenas localizadas em posições normalizadas. Normalmente as fontes são colocadas dentro
de caixas metálicas, onde os campos magnéticos produzidos permanecem confinados. A
blindagem deve envolver todo o circuito que produz interferência, formando uma “esfera
gaussiana”.
A EMI conduzida pela rede pode afetar o funcionamento de outros equipamentos
razão pela qual é imposto limites para esse tipo de interferência. A medição deste tipo de
interferência pode ser feita através de uma impedância de linha, colocada entre a rede e o
equipamento sob teste. Com auxílio de um analisador de espectro são feitas as medições.
1.5. Procedimento Manual de Teste de Fontes Chaveadas
A metodologia aplicada aos procedimentos de testes desenvolvido neste trabalho foi
proposta por um fabricante de fontes chaveadas, a empresa MCM Controles Eletrônicos,
sendo baseada nos testes realizados de forma manual por este fabricante, e recebendo
melhorias para adequação a uma estação automática de testes de fontes chaveadas. No modo
manual, a tensão de entrada é comutada nos seus limites, ou seja, submetidas a tensões de
entrada de 90V
ca
e 240V
ca
, através de tomadas especiais e os testes de carga efetuados com
banco de resistores configurados manualmente.
Tanto a execução dos testes quanto a leitura dos instrumentos e o preenchimento das
planilhas com os resultados são realizados de forma manual, sendo susceptível a erros por
falha humana nas diversas etapas. Erros de falha humana podem acontecer tanto na leitura
dos instrumentos, como no preenchimento das planilhas, entre outros erros. A partir da
análise do procedimento manual e, com auxilio dos responsáveis pelo setor de testes deste
fabricante, identificou-se as especificações que deveriam ser atendidas pelo sistema
automatizado. Isto permitiu compatibilidade entre a forma de testes anterior e a presente
proposta. Assim, com este sistema desenvolvido, obtém-se um ganho com relação ao
aumento da quantidade de fontes chaveadas testadas no mesmo intervalo de tempo, maior
confiabilidade e controle de qualidade do produto, eliminando erros gerados devido a
possíveis falhas humanas no processo. Além disso, o sistema proposto possui a importante
funcionalidade de gerar relatórios automaticamente com todos os resultados de testes de cada
fonte chaveada. Desta forma, é possível relacionar os dados de teste com o número de série e
o modelo em um lote específico.
10
1.6. Objetivo do Trabalho
Pretende-se com este trabalho, o desenvolvimento de uma estação de testes
automatizada para execução e controle de testes em fontes chaveadas de saída única. Tal
estação deve atender aos seguintes requisitos:
Faixa de tensão de saída: 3V
cc
a 60V
cc
.
Máxima corrente de teste: 10A.
Potência mínima da fonte a ser testada: 5W.
Potência máxima da fonte a ser testada: 300W.
Tensão de alimentação universal: 90V
ca
a 240V
ca
em 60 Hz.
Executar testes a vazio, de carga e de curto-circuito, sendo os
mesmos configuráveis pelo usuário.
Geração de relatórios dos testes com situação da fonte
(aprovada ou reprovada).
Software executável para instalação da estação de teste em
qualquer outra máquina, sem necessidade de aquisição de nova
licença.
A abordagem adotada no desenvolvimento deste trabalho visando a atender os
requisitos supracitados será apresentada nos capítulos que seguem.
1.7. Estrutura do Trabalho
Os capítulos que seguem estão estruturados da seguinte forma:
Capítulo dois
: apresentação do diagrama geral da estação de testes proposta e
descrição dos testes a serem efetuados nas fontes chaveadas, bem como a
rotina elaborada para execução destes testes.
Capítulo três
: o módulo de potência é discutido em mais detalhes mostrando
as suas partes constituintes.
Capítulo quatro: o módulo de controle é detalhado, o software desenvolvido e
o módulo de comando e aquisição de dados é discutido detalhadamente.
Capítulo cinco: resultados experimentais são apresentados com dois estudos
de caso. Uma análise comparativa do sistema implementado é então
desenvolvida.
11
Capítulo seis: conclusões são apresentadas neste capítulo. Trabalhos futuros
são indicados na forma de melhorias que o sistema poderá receber.
12
2. CAPÍTULO 2
DESCRIÇÃO DOS TESTES E CARACTERIZAÇÃO DA
ESTAÇÃO
Neste Capítulo serão discutidos, com maiores detalhes, os testes objeto deste trabalho,
ou seja, limites de tensão de entrada, regulação de carga e teste de curto-circuito. Também
será apresentada a caracterização da estação de testes de fontes chaveadas detalhando o
hardware, o software e o sistema implementado.
2.1. Testes Adaptados à Estação
O procedimento de testes a ser implementado na estação desenvolvida, fundamental à
garantia do controle de qualidade, deverá seguir uma metodologia semelhante ao utilizado na
linha de produção de fontes chaveadas de baixa potência, no modo manual de avaliação, com
as devidas melhorias e adaptações necessárias à operação automatizada. A rotina de ensaios
foi obtida dos setores da empresa fabricante de fontes chaveadas de baixa potência
mencionada.
Existe uma infinidade de modelos de fontes chaveadas a serem submetidas aos testes.
Porém, uma característica comum a todos os modelos é a tensão de entrada universal, a qual
é admitida variar de 90V
ca
a 240V
ca
. Na saída, tais equipamentos fornecem tensões contínuas
com diferentes valores, os quais dependem do modelo da fonte. Na Figura 2.1 é mostrado
um fluxograma dos procedimentos de teste das fontes. O desenvolvimento do código fonte
do programa esta baseado no fluxograma da Figura 2.1. Inicialmente com as seleções do
usuário previamente preenchidas na interface, o programa inicia pelos testes de carga com
uma tensão de entrada de 90 V
ca.
Nesta etapa os níveis de carga selecionados são então
executados. Após os testes de carga aplica-se o curto-circuito. Em seguida a entrada é
chaveada para 240 V
ca
e os testes de carga e de curto-circuito são executados novamente,
nesta ordem. Durante os testes, aquisição e processamento dos resultados são feitos tanto
para indicação visual ao usuário na interface como para armazenamento em relatório de
testes.
13
Relé 1 : Ligado
Tensão 90 Vca
INÍCIO
Fazer Teste
Incrementar
Próxima
Seleção ?
Teste de carga
% Selecionada
Aquisição
Processamento
Aquisição
Processamento
FIM
Relatório
Relé 2: 240 Vac?
Curto Circuito?
Teste de Curto
Verificar Selecões
(0 10 50 90 100%)
Relé 2 : Ligado
Tensão 240 Vca
Sim
Sim
Sim
Não
Não
Não
Figura 2.1 - Fluxograma de teste de fontes chaveadas.
Nos itens 2.1.1 a 2.1.3 serão descritos os procedimentos de testes das fontes
chaveadas.
2.1.1. Limites de Tensão de Entrada
Nesta etapa pretende-se verificar o funcionamento do equipamento sob teste,
submetido aos valores limites de tensão ao qual o mesmo foi projetado. Desta forma,
aplicam-se à fonte os valores limites de tensão de entrada em operação. Inicialmente, uma
tensão de 90V
ca
é comutada para a entrada do equipamento através de relés. Assim é
14
verificado se a saída do equipamento está regulada em seu valor nominal. Em seguida,
executam-se então os testes de carga e de curto-circuito requeridos pelo usuário. A tensão é
então comutada para 240V
ca
através de relés e as avaliações são novamente executadas. Vale
ressaltar que, embora os testes sejam feitos somente nos limites da tensão de entrada, isto é
suficiente para garantir o funcionamento do equipamento por se tratar das condições limites
de operação.
2.1.2. Regulação de Carga
O teste de regulação de carga permite verificar a resposta da tensão de saída da fonte
chaveada sob teste frente a uma situação de variação de carga. Assim, com este teste
pretende-se verificar se a tensão de saída encontra-se dentro da faixa de tolerância admitida.
Embora os resultados analisados e arquivados para o relatório de testes sejam as tensões de
saída para as diversas condições de carga e a vazio inclusive, o índice de regulação de carga
calculado na equação 1.2 do item 1.4.3 pode ser facilmente calculado. No entanto, o que se
faz durante este teste é a verificação se a tensão de saída da fonte, nas diversas situações de
carga e a vazio, se encontra dentro dos limites impostos pelo usuário da estação de testes.
Faz-se assim concordância com os parâmetros de avaliação da empresa onde o sistema será
implantado.
Uma vez aplicado o limite inferior de tensão de entrada da fonte, são executados os
testes de carga. A escolha do nível de carga é selecionada pelo usuário, de acordo com o
modelo de fonte a ser testada, com as opções de 0% (vazio), 10%, 50%, 90% e 100% (plena
carga). Igualmente, a tolerância da tensão de saída para o limite inferior e superior também é
uma opção definida pelo usuário. Para cada valor limite de tensão de entrada, os testes são
executados e os valores de tensão de saída das fontes são armazenados em uma planilha,
informando em quais testes a tensão medida não permaneceu regulada, dentro da faixa de
tolerância. Assim, no relatório constarão os valores medidos de tensão de saída e se estes
valores estão dentro de sua tolerância para as condições de carga selecionadas.
2.1.3. Teste de Curto-Circuito
A reação do equipamento sob teste, frente a uma situação de curto-circuito é
necessária para se verificar a capacidade de proteção do dispositivo. Admiti-se desta forma
que após o curto-circuito o equipamento sob teste regule em sua tensão nominal ou
permaneça desligado.
15
Para realização deste procedimento, aplica-se o limite mínimo de tensão de entrada de
operação da fonte, 90V
ca
. A seguir, aplica-se na saída um curto-circuito por um período pré-
determinado. Depois de retirado o curto-circuito, a fonte deve permanecer desligada ou
regular novamente em sua tensão de saída nominal, de acordo com as características de
operação do modelo. Permanecer desligada ou regular é um parâmetro da estação de testes
que deve ser selecionado, de acordo com a fonte chaveada a ser testada, antes do início dos
testes.
2.2. Caracterização da Estação de Testes de Fontes Chaveadas
A estação de testes desenvolvida deve atender ao maior número de modelos de fontes
chaveadas possíveis. Tais equipamentos são fabricados nas mais diversas potências,
fornecendo tensões de saída nos valores de 5V
cc
, 9V
cc
, 12V
cc
, 19V
cc
, 24V
cc
e 30V
cc
entre
outros. Dada as características das fontes existentes no mercado, a estação de teste foi
desenvolvida permitindo a verificação de fontes chaveadas no intervalo de 3V
cc
a 60V
cc
e
potências de 5W a 300W para uma tensão de alimentação universal, ou seja, os limites de
tensão atendem à faixa de 90V
ca
a 240V
ca
.
Dentre as aplicações a que se destinam, estão incluídos computadores tipo notebooks,
impressoras, PABX's, modems, terminais de processamento de dados e voz, dentre outras.
Visando garantir maior simplicidade de operação deste sistema, a implementação dos
blocos fundamentais será desenvolvida com circuitos de eletrônica de potência e comando
via PC (microcomputador) como mostrado na Figura 2.2. A bancada de testes será provida
com a devida isolação dos circuitos de potência e controle por acopladores ópticos e
amplificadores isolados. Em termos gerais, trata-se de uma Giga de testes onde as fontes
serão testadas através de uma rotina de procedimentos, utilizando o software LabVIEW e
uma placa de aquisição de dados.
Além do termo estação de testes, também é utilizado o termo Giga de testes no
decorrer deste trabalho o qual é comumente utilizado no ambiente industrial.
16
HARDWARE SOFTWARE
ISOLAÇÃO
Figura 2.2 – Topologia da Giga de testes.
2.2.1. Hardware
A função do hardware será prover para a fonte sob teste, os níveis de tensão de
entrada limites, simular diferentes condições de carga e aplicar o curto-circuito. Para
fornecer as tensões limites um módulo de alimentação em tensão alternada foi projetado, e
visando fornecer a variação de carga necessária optou-se por uma carga eletrônica. Um
circuito auxiliar foi desenvolvido para execução do curto-circuito.
Uma carga eletrônica é um dispositivo eletrônico capaz de prover valores de carga
dentro de um intervalo para a saída de uma fonte. Ela possui em sua estrutura, componentes
ativos, tais como MOSFETs de potência, possibilitando obtenção de níveis de carga que
podem ser controlados/programados por meio de um sistema de controle, sem necessidade
de chaveamentos ou ajustes, como seria em um banco com resistores.
A variação de carga requerida nos testes pode ser feita de diversas maneiras [8-10].
Adicionalmente, a mesma pode prover diversas funções tais como resistência constante,
potência constante, corrente constante ou tensão constante. No entanto, pretende-se
desenvolver um sistema que atenda à maior variedade de fontes, dentro de um intervalo de
tensão de entrada. Assim, uma boa opção para esta aplicação é a utilização de uma carga
eletrônica do tipo corrente constante, ou seja, o controle é feito através da corrente. Desta
forma têm-se um intervalo contínuo de cargas que podem ser simuladas, em comparação, por
exemplo, com banco de resistores. Uma característica desta carga com controle por corrente
reside no fato da simulação apenas de cargas para fontes CC. Assim, este sistema não simula
dinâmicas de cargas R-L e R-C, por exemplo, como é proposto em [11]. Adicionalmente um
17
módulo de dissipação será dimensionado para a carga eletrônica visando proteção contra a
excessiva elevação de temperatura da junção do componente [12].
2.2.2. Software
O LabVIEW é uma linguagem de programação gráfica onde a ordem de execução das
rotinas é determinada pelo fluxo dos dados, visualizado através de ícones, lembrando a idéia
de um fluxograma. O software, que pode ser utilizado somente como um programa de
simulação, em aplicações práticas como este trabalho, deve ser integrado a um sistema de
hardware composto por transdutores, bloco conector e placa de aquisição de dados,
transformando-se assim, em um sistema completo para aquisição e análise [13-15].
Este software possui a funcionalidade de criação de uma interface gráfica de usuário,
permitindo que o computador, em associação à placa de aquisição de dados (DAQ), se
transforme em um sistema de aquisição de dados completo e configurável, de acordo com as
especificações, limitado somente pela capacidade e tempo de resposta do sistema de
aquisição de dados [16-18].
De modo a permitir a implementação das funcionalidades, foi adquirida a licença do
LabVIEW Professional. Esta licença permite ao proprietário criar programas executáveis,
que não demandam a necessidade de instalação de uma nova licença do LabVIEW para cada
PC, ou seja, com a licença do LabVIEW Professional, é possível gerar um programa
executável (stand alone) o qual é instalado em qualquer outro microcomputador sem a
necessidade de aquisição de uma nova licença como é representado na Figura 2.3. O PC deve
atender aos requisitos mínimos, tais como o sistema operacional Windows XP e possuir
barramento PCI (Peripheral Component Interconnect) para a instalação da placa de
aquisição de dados. Assim, o usuário final poderá instalar o programa no computador e usá-
lo plenamente, sem a necessidade de adquirir novas licenças [19].
18
Computador de
Desenvolvimeto
HARDWARE SOFTWARE
APLICAÇÃO 1 APLICAÇÃO 2 APLICAÇÃO N
(Executável)
HARDWARE SOFTWARE
(Executável )
HARDWARE SOFTWARE
(Executável)
Licença
Profes sional
Figura 2.3 - Atributo de geração de executáveis da licença Professional.
2.3. Sistema Implementado
Um diagrama de blocos da estação de testes de fontes chaveadas de baixa potência é
mostrado na Figura 2.4. Como pode ser observado, a estação de testes é dividida em dois
módulos: potência e processamento de sinais. O módulo de potência é composto pela fonte
de tensão alternada de duas amplitudes, 90V
ca
e 240V
ca
; um circuito de chaveamento,
baseado em relés, entre os dois níveis de tensão; e uma carga eletrônica, a qual emula
diferentes valores de carga tipo corrente constante. Por sua vez, o módulo de processamento
de sinais é composto pela placa DAQ e pelo processador, o qual é um microcomputador
(PC) onde está instalado o software LabVIEW. A placa de aquisição é responsável pela
interface entre o módulo de potência e o processador. Através dela, tanto é feito o controle da
tensão de entrada quanto o da corrente de saída, ou seja, da carga eletrônica. O processador é
responsável pelo controle do sistema, armazenamento e processamento dos dados de teste,
interface gráfica com o usuário e emissão de relatórios.
O software utilizado no processador foi desenvolvido em ambiente LabVIEW da
National Instruments.
Do ponto de vista funcional, o diagrama de blocos mostrado na Figura 2.4 pode ser
descrito como segue. Uma vez que um tipo de teste é selecionado pelo usuário através da
interface gráfica mostrada no PC, tanto a tensão de entrada (90/240V
ca
) quanto a carga
19
eletrônica são comandadas através de sinais enviados pela placa de aquisição de dados. Uma
vez comandados, inicia-se a aquisição dos valores de tensão e corrente para tratamento de
sinal, processamento, armazenamento e geração de relatório.
Na Figura 2.4 pode-se notar o sinal que é adquirido, ou seja, a tensão de saída da
fonte, e os três sinais que são enviados pela placa. Duas saídas digitais são utilizadas para
comando de cada um dos relés localizados após o estabilizador. Uma saída analógica é
utilizada para comando da carga eletrônica nos valores solicitados de corrente. Por fim, uma
saída digital é utilizada para comando do interruptor responsável pelo teste de curto-circuito.
Entre os módulos de potência e de controle é feita a isolação dos sinais, através de opto
acopladores, no caso das saídas digitais, e isoladores amplificadores, no caso de saídas
analógicas.
Fonte CA
Estabilizada
Fonte Chaveada
em teste
Carga
Eletrônica
Placa de
Aquisição de
Dados
Interface
Processamento
Teste
Curto-Circuito
Condicionamento/Isolação
Vo
Potência
Controle
Figura 2.4 - Diagrama de blocos da estação de testes de fontes chaveadas.
20
O diagrama de blocos mostrado na Figura 2.4 será então subdividido em duas partes,
potência e controle. No capítulo três será discutido o módulo de potência e no capítulo quatro
as partes constituintes do módulo de processamento de sinais.
21
3. CAPÍTULO 3
MÓDULO DE POTÊNCIA
Neste capítulo será proporcionada uma visão mais ampla do módulo de potência. Será
detalhado o funcionamento do módulo de alimentação em corrente alternada, o
desenvolvimento da carga eletrônica, bem como, o dimensionamento do dissipador, e
procedimentos para isolar os sinais entre os circuitos de controle e de potência.
3.1. Circuito de Potência
O módulo de potência foi projetado para ser compacto e apresentar padronização que
permita ao equipamento uma boa funcionalidade para a execução dos testes. Um grande
benefício obtido nesta alternativa é a simplificação do hardware. Comparado a um módulo
de carga eletrônica convencional, várias funções, tais como controle por corrente, potência
ou resistência constante e características de precisão das medidas e padrões de comunicação
(GPIB), estariam incrementando o seu preço. Desta forma, o projeto de uma carga eletrônica
otimizada, para a aplicação, se apresenta como uma solução robusta e com funções
direcionadas à aplicação exigida, além de reduzir o custo.
3.2. Módulo de Alimentação em Corrente Alternada.
O módulo de alimentação em corrente alternada projetado é mostrado na Figura 3.1.
O mesmo é responsável por fornecer na entrada do equipamento sob teste, as tensões limites
de operação. Basicamente, este módulo é composto por uma fonte estabilizada que fornece
uma tensão de 110V
ca
em sua saída, desta forma, evitando que flutuações de tensão na rede
afetem os testes. Um transformador é conectado com o estabilizador, a fim de fornecer os
níveis de tensão necessários para os testes, ou seja, 90 V
ca
e 240V
ca
. Um determinado valor
de tensão alimentará a fonte chaveada para o teste de aplicação dos limites de tensões de
entrada e verificação de regulação da tensão na saída, para determinados valores de carga. O
circuito de chaveamento é feito utilizando relés eletromagnéticos. Tal relé é comandado pela
placa de aquisição de dados que posiciona o mesmo para que seja fornecida à fonte a tensão
requerida no presente teste. Saídas digitais são usadas para executar o comando dos relés.
Estas saídas são isoladas através de opto acopladores.
22
Estabilizador
110 Vac
Rede
Comando
Placa DAQ
240 Vac
90 Vac
0 Vac
Fonte
em teste
Figura 3.1 - Módulo de alimentação em corrente alternada.
Foram utilizados relés da Omron, modelo G2RL-1A-E, de 16A 250V. Estes relés são
capazes de suportar os níveis de tensão e corrente aos quais serão submetidos. No Anexo A
encontra-se a folha de dados deste componente.
3.3. Carga Eletrônica
Os valores de carga a serem aplicados durante os testes da estação serão definidos de
acordo com a potência e tensão de saída da fonte, ou seja, o modelo da fonte. No início do
procedimento, com o conhecimento do modelo de fonte chaveada, os valores de carga a
serem aplicados durante os testes (0% a 100%) são carregados pelo software para comando
da carga eletrônica.
Na Figura 3.2 o circuito da carga eletrônica é mostrado. É empregado neste módulo
um MOSFET de potência como meio de variar a carga. O controle é feito em malha fechada
através da alimentação da tensão da resistência shunt que é proporcional ao valor da corrente
de saída da fonte sob teste.
23
Shunt
V
ref
Dissipador
FONTE CHAVEADA SOB TESTE
M
1...4
R
1
IC
1
IC
2
V
sh
I
o
(paralelo)
Figura 3.2 - Diagrama simplificado da carga eletrônica.
Inicialmente, com a carga desligada e com uma tensão de saída de uma fonte aplicada
na entrada da carga eletrônica (V
in
), não existe corrente fluindo através do resistor shunt R
1
e
a tensão aplicada em ambas as entradas do amplificador operacional IC
1
é nula. A saída do
amplificador operacional IC
2
também é igual a zero visto que, neste estado, a tensão de
referência (V
ref
) oriundo da placa de aquisição também é nula. Quando se dá o início de um
teste, um valor de tensão V
ref
é aplicado na entrada de IC
2
, fazendo com que a tensão de gate
aumente. Quando a tensão atinge o valor limite de saturação do componente, este começa o
processo de condução. Uma corrente I
o
começa a circular, passando pelo resistor R
1
que, por
sua vez, faz com que a tensão V
sh
na entrada de IC
1
cresça, conforme Equação 3.1.
osh
IRV
1
=
(3.1)
Onde,
V
sh
é a queda de tensão sobre a resistência R
1
R
1
é a resistência shunt
I
o
é a corrente da carga eletrônica.
A corrente I
o
continuará a aumentar, até que a tensão sobre a entrada inversora de IC
2
iguale a tensão de referência, conforme Equação 3.2.
24
GIRV
oref
=
1
(3.2)
Onde,
V
ref
é a tensão de comando vindo da placa de aquisição
R
1
é a resistência shunt
I
o
é a corrente que passa por R
1
G é o ganho proporcionado por IC
1
Assim, através do sinal de comando (V
ref
), oriundo da placa, é realizado o comando
da carga eletrônica para se alcançar o valor de corrente desejado.
Os interruptores M1 a M4, representada na Figura 3.2, é um conjunto de MOSFETs
de potência, em paralelo, dimensionados para suportar uma dissipação potência máxima de
300 watts, que é a potência entregue na saída da fonte de maior potência a ser testada. Os
interruptores utilizados são da
IXYS, modelo IXFX 50N50 e sua folha de dados é apresentada
no Anexo B.
Na Figura 3.3 é apresentada uma carga eletrônica usando o mesmo princípio
mostrado anteriormente. Neste caso todo o processamento que seria realizado pelos
componentes IC
1
e IC
2
agora é realizado em software.
Processamento em software
Shunt
V
ref
Dissipador
FONTE CHAVEADA SOB TESTE
M
1...4
R
1
IC
1
IC
2
V
sh
I
o
(paralelo)
Figura 3.3 – Carga eletrônica com comando realizado em software.
A implementação do circuito da Figura 3.3 em software é mostrado na Figura 3.4
onde a queda de tensão V
sh
na resistência shunt é adquirida e o erro em relação a tensão de
25
referência é calculada. Este erro é a entrada de um proporcional integral implementado com
uma discretização de 1 ms.
Kp
K
s
i
V
ref
V
gate
K
V
sh
Figura 3.4 – Implementação em software da carga eletrônica.
A tensão aplicada no gate do interruptor é então uma função do erro conforme
equação 3.3
=
+=
n
n
ipgate
nekneknV
0
)()()(
(3.3)
Onde,
V
gate
é a tensão aplicada no gate do interruptor
k
p
é o ganho proporcional
e é o erro em relação a tensão de referência
k
i
é o ganho do integrador
O erro da equação 3.3 é encontrado conforme equação 3.4
)()()( nVnVkne
refsh
=
(3.4)
Onde,
k é o ganho aplicado a queda de tensão da resistência
shunt
V
sh
é a queda de tensão através da resistência shunt
V
ref
é a tensão de referencia ou set point de corrente desejada
O código desenvolvido para o controle da carga eletrônica é mostrado na Figura 3.5.
26
Figura 3.5 – Código desenvolvido para controle da carga eletrônica.
Com esta modificação o valor de queda de tensão sobre R
1
passa a ser adquirido pela
placa que retorna o sinal de gatilho do interruptor. Com esta alteração obteve-se uma maior
precisão quando operando com valores de corrente abaixo de 1A, o qual era obtido como a
metodologia anterior com menos precisão podendo chegar a um erro de 50% com valores de
corrente inferiores a 300mA. A carga eletrônica desenvolvida utilizando a metodologia
apresentada na Figura 3.3 possui uma precisão de alguns milésimos de volts em todo o
intervalo desde 100mA até 10A, o que não era possível obter com a abordagem anterior.
Adicionalmente foi desenvolvida uma rotina para impedir que a tensão de gatilho do
interruptor chegue ao valor que resulte na plena condução do mesmo, evitando desta forma
danos ao interruptor. Isto pode acontecer, por exemplo, quando a fonte é desconectada,
fazendo com que a tensão de gatilho dos interruptores seja levado ao seu valor máximo, e
novamente conectada levando a uma corrente muito alta até que o sinal de gatilho, pela
atuação da malha fechada, chegue ao valor correspondente a corrente de carga desejada.
Devido a potência ser toda dissipada nos MOSFETs, uma desvantagem que surge é o
tamanho do módulo de dissipação necessário a garantir que o interruptor não seja danificado
pela alta temperatura de junção. Existe adicionalmente a necessidade de ventilação forçada
em conjunto com o módulo de dissipação como será mostrado no item 3.4.
27
3.4. Módulo de Dissipação
A função do módulo de dissipação é de diminuir a resistência térmica entre o
encapsulamento do componente e o ambiente. Desta forma, é possível trabalhar com o
interruptor na região de saturação, sem que haja danos para a mesma, evitando-se que a
temperatura ultrapasse o limite máximo do componente, causando danos ao mesmo.
A potência dissipada na pastilha semicondutora é transformada em calor, através de
efeito joule. Este calor produzido flui então para ambientes mais frios como o
encapsulamento e o ambiente. Se houver uma resistência muito grande entre encapsulamento
e ambiente, então haverá uma maior temperatura na junção do componente. Se a temperatura
for excessiva, ocorrerão danos a junção e consequentemente ao componente. O módulo de
dissipação trabalha de forma a reduzir a resistência térmica entre a cápsula e o ambiente,
reduzindo assim a temperatura da junção do componente.
Seja o circuito térmico mostrado na Figura 3.6 o qual é análogo a um circuito elétrico.
Neste equivalente elétrico a potência média é representada por uma fonte de corrente, as
temperaturas nos ambientes são representadas pelas tensões nos nós e as resistências
térmicas são análogas as resistências elétricas.
R
tjc
R
tc a
R
tcd
R
tda
P
dissipador
T
a
T
j T
c
Figura 3.6 - Circuito térmico como equivalente elétrico.
Neste circuito a temperatura do ambiente (T
a
) é conhecida e quer-se limitar a
temperatura da junção (T
j
) através do conjunto pasta térmica (R
tcd
) e dissipador (R
tda
). A
potência dissipada (P) no componente é conhecida, e a resistência térmica junção/cápsula
(R
tjc
) é um dado que pode ser encontrado na folha de dados do componente. Pode-se então
28
proceder aos cálculos para se obter a temperatura da junção em regime permanente,
conforme Equação 3.5.
PRRTT
teqtjcaj
)(
+
+
=
(3.5)
Onde,
T
j
é a temperatura na junção do interruptor
T
a
é a temperatura ambiente
R
tjc
é a resistência térmica entre a junção do componente e a cápsula
R
teq
é a resistência térmica equivalente entre cápsula e o ambiente
P é a potência dissipada no interruptor
A resistência térmica equivalente entre cápsula e ambiente após inclusão do módulo
de dissipação é encontrada através da Equação 3.6.
tcdatca
tcdatca
teq
RR
RR
R
+
= (3.6)
Onde,
R
teq
é a resistência térmica equivalente entre a cápsula e o ambiente
T
tca
é a resistência térmica entre a cápsula e o ambiente sem o dissipador
R
tcda
é a resistência térmica do conjunto pasta térmica e dissipador
Considerando a ventilação do dissipador, a resistência térmica do mesmo é de
aproximadamente 0,08 ºC/W. Valores típicos para a resistência térmica da pasta
desconsiderando utilização de isolação entre cápsula e dissipador está em torno de 0,1 ºC/W.
A resistência térmica resultante do conjunto (R
cda
) é de 0,18 ºC/W. Nos Anexos C e D
podem ser consultados as folha de dados do dissipador e do ventilador utilizados,
respectivamente.
A resistência térmica entre a junção do componente e a cápsula é de 0,055 ºC/W e
para a resistência térmica entre cápsula e ambiente têm-se o valor típico de 30 ºC/W,
conforme dados do componente constante no Anexo B. Se considerarmos o interruptor sem
29
o módulo de dissipação tem-se então conforme Equação 3.5 somente com a resistência
térmica entre cápsula e ambiente. Então conforme Equação 3.7:
CPRRTT
teqtjcaj
º5,9056300*)30055,0(40)(
=
+
+
=
++
=
(3.7)
A equação 3.7 mostra a necessidade do dissipador. Agora, adicionando o dissipador
ao interruptor tem-se conforme Equação 3.8:
WC
RR
RR
R
tcdatca
tcdatca
teq
/º179,0
18,30
18,0*30
==
+
= (3.8)
Isto nos leva segundo Equação 3.5 a uma temperatura na junção do componente de:
CPRRTT
teqtjcaj
º2,110300*)179,0055,0(40)(
=
+
+
=
++
=
(3.9)
Os cálculos feitos na Equação 3.9 levam em consideração uma temperatura ambiente
máxima de 40ºC com uma potência em regime permanente de 300W. O valor de temperatura
de junção do componente obtido neste calculo é inferior ao máximo valor suportável pelo
componente de 150 ºC, garantindo a integridade do mesmo diante a pior condição de teste de
uma fonte chaveada.
3.5. Curto-Circuito
O circuito auxiliar utilizado para simular o curto-circuito é mostrado na Figura 3.7. O
mesmo é constituído de um MOSFET de alta corrente em série com uma resistência, a fim
de limitar o valor de corrente ao seu valor nominal. Um pulso de largura pré-definida é
enviado ao interruptor e, em seguida, a tensão de saída é medida. Um MOSFET modelo
IRF1607 de 100A/75V foi utilizado neste circuito, o qual é acionado pelo sinal de controle
através do componente hclp-3180, um circuito integrado de gate driver. A folha de dados do
MOSFET utilizado pode ser consultada no Anexo E.
30
R
2
FONTE CHAVEADA SOB TESTE
M
2
I
o
CARGA
E LE T NI CA
GA TE
DRIV E R
Hcpl-3180
CONTROLE
Figura 3.7 – Circuito auxiliar para teste de curto-circuito.
Através de testes experimentais com fontes chaveadas disponíveis em laboratório, foi
constatado que mediante a uma situação de curto-circuito o sistema de controle atua em no
máximo 100ms, ou seja, sete ciclos da tensão de alimentação (60 Hz).
3.6. Isolação dos Sinais
Existem dois tipos de sinais para operação com circuitos de isolação: os sinais digitais
e os analógicos. Os comandos dos relés são sinais digitais que são isolados através de opto
acopladores de baixa corrente de entrada, sendo utilizados os modelos SFH618A-4 da
Vishay. Os dados deste componente encontram-se no Anexo F.
Para isolação dos sinais de comando da carga, aquisição da tensão de entrada e da
tensão da resistência shunt, foi utilizado o amplificador isolador de baixo custo ISO-124P, da
Texas instruments. A folha de dados deste componente pode ser consultada no Anexo G. O
diagrama de blocos deste componente é apresentado na Figura 3.8. Este componente usa
uma saída e uma entrada que são galvanicamente isoladas entre por meio de um capacitor
isolador de 1pF.
A entrada é modulada através de uma razão cíclica (duty-cycle) e transmitida através
da barreira. O amplificador A
1
mostrado na Figura 3.8 integra a diferença entre a corrente de
entrada e uma fonte de corrente que é comutada nos valores de 100uA ou -100uA. Para
entender o processo de modulação, assume-se que o sinal de entrada V
in
= 0V. Neste caso o
integrador irá produzir em sua saída uma rampa, visto que existe uma fonte de corrente de
100uA. Quando a saída deste integrador excede um limite, a corrente de comparação é
31
chaveada para -100uA fazendo com que a rampa de saída do integrador agora decresça.
Desta maneira, uma onda triangular com razão cíclica de 50% é gerada para ser transmitida
pela barreira.
Após transmissão pela barreira, do sinal modulado, o amplificador sensor detecta a
transição através da barreira capacitiva e comuta a fonte de corrente para o integrador A
2
com o processo similar mostrado anteriormente. No estágio de saída a corrente modulada é
proporcional a corrente pelo resistor de 200k, desta forma é produzida a tensão V
out
que é
igual a tensão V
in
. Como pode ser visto na Figura 3.8, este componente necessita de duas
fontes simétricas e isoladas entre si para sua operação. Tal componente mostrou-se uma
alternativa rápida e de segurada operação.
Figura 3.8 – Diagrama de blocos do isolador amplificador ISO 124P.
32
4. CAPÍTULO 4
PROCESSAMENTO DE SINAIS E CONTROLE
Neste capítulo será apresentado o hardware utilizado para o sistema de aquisição de
dados, bem como o software empregado para desenvolver a interface gráfica e comunicação
do hardware. A interface gráfica do usuário será apresentada e as opções disponíveis ao
usuário serão mostradas.
4.1. Placa de Aquisição de Dados
Foi utilizada neste trabalho uma placa de aquisição de dados PCI multi-função,
pertencente à família 6229 da série M, conforme especificado na Tabela 4.1. Trata-se de uma
placa de aquisição de 16 bits de resolução tanto para a saída como para entrada, a qual é
encaixada no barramento PCI do computador. Uma listagem mais detalha desta placa é
apresentada no Anexo H.
Tabela 4.1 - Especificação do hardware DAQ PCI – 6229M.
Quantidade Resolução Amostragem Intervalo (V)
Entradas
Analógicas
32 Simples
16
Diferenciais
16 Bits 200 kS/s [ -10 ... +10 ]
Saídas
Analógicas
4 16 Bits 10 kS/s [ -10 ... +10 ]
Portas
Digitais
48 - - -
Considerando-se o maior intervalo de aquisição de um sinal de tensão e com uma
resolução de 16 bits, obtêm-se uma resolução menor que 0,5mV na entrada da placa. Na
Figura 4.1 é apresentada a placa de aquisição utilizada neste trabalho.
33
Figura 4.1 – Placa de aquisição de dados NI-6229 da série M.
Um bloco conector é utilizado para disponibilizar as saídas disponíveis na placa ni-
6229 e pode ser examinado na Figura 4.2.
Figura 4.2 – Bloco conector para comunicação com a placa NI-6229.
34
4.2. Condicionamento de Sinais
Para a etapa de aquisição da tensão de saída da fonte deve-se ter o cuidado para não
exceder o limite de tensão de ±10V, evitando-se assim, a danificação das entradas analógicas
da placa. Visando esta proteção um divisor resistivo para a aquisição do sinal de tensão foi
implementado. Este divisor pode ser observado na Figura 4.3. Após a aquisição uma etapa de
filtragem, através da média, é feita no sinal visando eliminar ruído. Um ganho é aplicado ao
sinal com o objetivo de refletir o valor real da tensão de saída da fonte chaveada sob teste.
Com este procedimento os valores são então processados e armazenados pelo software.
FONTE CHAVEADA SOB TESTE
R
1
I
o
R
2
Filtro
(média)
Ganho
Taxa: 2kHz
Amostras: 1000
R1: 24k
R2: 3,3k
Ganho : 8,3525
Software
V
o
Figura 4.3 – Condicionamento do sinal de tensão de saída adquirido.
O código fonte da rotina de aquisição, filtragem e ganho desenvolvido para esta tarefa
de aquisição é apresentado na Figura 4.4.
35
Figura 4.4 – Rotina de aquisição da tensão de saída da fonte.
4.3. Software
O software LabVIEW foi escolhido pela sua praticidade de uso e, por ser um produto
com diversos recursos na área de aquisição de dados. Possui uma interface gráfica amigável
e de fácil programação.
Na Figura 4.5 é apresentada a interface do programa implementado. O usuário tem
controle total sobre os testes a serem executados, além da opção de configurar uma nova
fonte desde que a mesma respeite os limites do hardware. Os resultados são mostrados ao
usuário na forma de cores, indicando se uma fonte foi aprovada (verde claro), não testada
(verde escuro) ou reprovada (vermelho) em um determinado teste.
36
Figura 4.5 - Interface de usuário.
O programa desenvolvido em linguagem LabVIEW responsável pelo funcionamento
da interface da Figura 4.5 é apresentado na Figura 4.6.
37
Figura 4.6 – Diagrama de blocos do programa da interface de usuário.
Na Figura 4.7 é mostrado um fluxograma de execução do algoritmo do programa
desenvolvido.
É possível notar os sinais que são enviados ao hardware e os sinais adquiridos para
armazenamento e processamento em software. Após o término de um teste, todos os
resultados armazenados no banco de dados são processados, tanto para emissão dos
relatórios como para visualização dos resultados pelo usuário, através da interface gráfica.
Retorna-se então ao início do procedimento, aguardando que um novo teste seja iniciado.
38
Relé 1 : Ligado
Tensão 90 Vca
Curto Circuito?
Teste de Curto
Primeira Selecão
S
S
N
Especificações da fonte
Seleção de testes
Armazenar
Selecão
Marcada?
Próxima
Selecão?
Teste de carga
Armazenar
Ligar Relé 2?
Tensão 240 Vca
Gerar Relatório
S
N
Armazenar
Software Hardware
SN
N
Figura 4.7 - Fluxograma do programa.
Para gerar os relatórios a partir do conjunto de dados coletados, foi utilizado o
LabVIEW Report Generation. Trata-se de um conjunto de bibliotecas bastante flexíveis,
com ferramentas para criar e editar relatórios no ambiente LabVIEW. Esta ferramenta possui
um conjunto de blocos que possibilitam gerar arquivos nos formatos Microsoft Word e
Excel, e várias opções para formatação destes documentos. Na Tabela 4.2 são mostrados os
resultados dos testes em uma fonte chaveada.
39
Tabela 4.2 - Exemplo de relatório para uma fonte.
Nº. Série: 99911000550016
Código: FON192
Vazio 10% 50% 90% 100% Curto
90 Vac
24,11 24,02 23,66 23,30 23,21 Aprovado
240 Vac
24,11 24,03 23,68 23,34 23,26 Aprovado
______________________________APROVADA_____________________________
O código desenvolvido gera a cada teste completado uma tabela similar a Tabela 4.2,
que é uma tabela padrão onde somente serão preenchidos os campos referentes aos testes
solicitados. Os campos referentes aos testes não solicitados são preenchidos com zeros. Na
parte superior da Tabela 4.2 é escrito o modelo e o código da fonte e na parte inferior a
situação final da fonte chaveada sob teste, ou seja, aprovada ou reprovada.
A rotina do programa responsável por gerar os relatórios é mostrada na Figura 4.8.
Figura 4.8 – Diagrama de blocos com a rotina de geração de relatório.
40
5. CAPÍTULO 5
PROTÓTIPO E RESULTADOS EXPERIMENTAIS
Neste capítulo será apresentado o protótipo desenvolvido neste trabalho. Testes com a
carga eletrônica serão mostrados e posteriormente todos os testes serão executados com uma
fonte chaveada. Uma discussão será feita a respeito dos custos da estação desenvolvida.
5.1. Protótipo Desenvolvido
A estação de teste é mostrada na Figura 5.1. Nesta figura podemos notar o módulo de
ventilação bem como a maneira de se conectar uma fonte a ser testada. Também nesta figura
é possível notar o CD (compact disc) de instalação do software. Esta estação em conjunto
com a placa de aquisição de dados, que não está sendo mostrada nesta figura, está agora
pronta para ser instalada em qualquer computador para plena operação. Ressalva-se que o
computador onde a estação será instalada deve ter encaixe PCI e estar rodando o software
Windows.
Um manual de instalação e de uso do produto foi elaborado visando apresentar o
produto e mostrar a correta instalação e manuseio do mesmo, sendo apresentado no
Apêndice A. Neste manual também é utilizado o termo Giga de testes, o qual é um termo
comumente utilizado no ambiente industrial.
Figura 5.1 – Protótipo da Giga de testes desenvolvida.
Fonte
Instalador
Ventilação
A
C
DC
Cabo de Força
41
Na Figura 5.2 uma vista superior da Giga de teste é mostrada, onde pode-se notar no
canto inferior esquerdo instruções básicas de operação ao usuário.
Figura 5.2 – Vista superior da Giga de teste.
5.2. Manual de Instalação e Uso do Produto
Um manual de instalação e de uso do produto foi elaborado visando apresentar o
produto e mostrar a correta descrição, instalação e manuseio do mesmo. Na Figura 5.3 é
apresentada uma página do manual. O manual completo pode ser consultado no Apêndice A.
O objetivo deste manual é prover ao usuário os passos necessários para completa
configuração do sistema. Inicialmente, no primeiro capítulo deste manual, é apresentada a
composição da estação de testes. Posteriormente no segundo capítulo são dadas instruções
para instalação da placa de aquisição de dados e do software, bem como, os requisitos
42
mínimos do computador onde a estação será instalada. Por último é apresentada a interface
de usuário e opções de configuração dos testes a serem executados.
Figura 5.3 – Amostra de uma página do manual de instalação e uso do produto.
5.3. Carga Eletrônica
A carga eletrônica desenvolvida é mostrada na Figura 5.4, onde pode-se notar os
interruptores devidamente fixados ao dissipador com o ventilador logo atrás.
43
Figura 5.4 – Módulo de carga eletrônica.
Visando verificar a resposta dinâmica da carga eletrônica desenvolvida, para diversos
valores de corrente de carga, bem como, avaliar quanto a precisão nos valores solicitados,
foram feitos testes simulando diversos níveis de carga. Na Figura 5.5 é apresentado o
esquema de ligação para realização dos testes com a carga eletrônica. O uso de uma
resistência shunt implica em valores de tensão da ordem de milésimos de volts, o qual se
torna susceptível a ruídos. Para as medidas de corrente em regime permanente foi utilizado
um amperímetro, com o intuito de se obter nesta situação um valor mais preciso de corrente.
Interruptores
Ventilação
Dissipador
44
Osciloscópio
Fonte
DC
A
R47
CARGA
ELE TNI CA
Figura 5.5 – Esquema de ligação para testes com carga eletrônica.
Na Figura 5.6 é mostrada a dinâmica da carga eletrônica para uma solicitação de 2
ampères. Para medida do valor de corrente foi usada a medida do maior valor dentro da
janela do osciloscópio. Esta medida não reflete o valor exato mas foi utilizada, visto que,
medidas de valores médios ou eficazes ocasionariam em utilizar toda a janela do
osciloscópio levando a um valor incorreto. O valor médio, caso utilizado, deveria ser
analisado após a carga ter entrado em regime permanente em uma janela completa do
osciloscópio. Para tanto um amperímetro foi colocado em série como auxílio na medida de
corrente em regime permanente.
Na forma de onda da Figura 5.6 foi detectado um valor de 19,2 mV que,
considerando a escala de 106mA/mV, nos leva a uma corrente de 2,04A. No entanto, a
precisão vista no multímetro em regime permanente, na mesma situação, foi de alguns
milésimos de volts (menor que 5mV).
45
Figura 5.6 – Resposta da carga eletrônica para corrente de 2 ampères.
Na Figura 5.7 uma solicitação de 4 ampères foi comandada. Nota-se que a carga leva
em torno de 500 ms para completa regulação do valor solicitado de corrente (4A).
Figura 5.7 – Resposta da carga eletrônica para corrente de 4 ampères.
2,12A/div
2,12A/div
46
O comando da carga para um corrente de 6 amperes é mostrada na Figura 5.8 na qual
nota-se um tempo menor para se atingir o regime permanente em relação a Figura 5.7.
Figura 5.8 - Resposta da carga eletrônica para corrente de 6 ampères.
Correntes de 8 e 10 ampères são mostradas na Figura 5.9 e na Figura 5.10
respectivamente.
Figura 5.9 - Resposta da carga eletrônica para corrente de 8 ampères.
2,12A/div
2,12A/div
47
Figura 5.10 - Resposta da carga eletrônica para corrente de 10 ampères.
Em todos os casos de corrente solicitada pela carga, a precisão manteve-se na ordem
de alguns milésimos de volts, validando assim o hardware desenvolvido. Também para
correntes com valores variando desde 100mA a 1000mA, a precisão manteve-se na mesma
ordem de grandeza.
Em decorrência da amostragem na aquisição da tensão da resistência shunt surgem
degraus, que podem ser observados na Figura 5.10 de forma mais acentuada. Da mesma
forma para cargas maiores leva-se menos tempo para atingir o regime permanente.
5.4. Módulo de Alimentação em Corrente Alternada
Na Figura 5.11 pode ser observado o módulo de alimentação CA, onde observa-se o
estabilizador CA, conectado ao transformador. Após o transformador é possível notar os dois
relés utilizados, à direita do transformador, bem como, os opto acopladores em uma placa
própria desenvolvida para este propósito.
2,12A/mV
48
Figura 5.11 – Módulo de alimentação em corrente alternada.
5.5. Estudo de Caso
Nos subitens 5.5.1 e 5.5.2 serão apresentados dois casos onde será utilizado o
protótipo desenvolvido para executar todos os testes disponíveis na interface de usuário.
Serão utilizadas duas fontes chaveadas disponíveis no mercado visando validar o sistema.
Algumas formas de onda serão apresentadas, bem como o relatório gerado após os testes.
5.5.1. Teste da Giga: Fonte Chaveada de 9 Volts e 2 Amperes
Os testes se iniciam com o limite inferior de tensão aplicado na entrada da fonte como
mostrado na Figura 5.12. No canal 1 é mostrado o momento em que a tensão de saída regula
em seu valor nominal, já sob uma tensão de alimentação conforme mostrado no canal 2.
Estabilizador
T
ransformador
Relés
Opto acopladores
49
Desta forma é mostrado na Figura 5.12 o momento em que a tensão de saída da fonte regula
em seu valor nominal decorrido alguns segundo do início da alimentação de uma tensão de
90V
ca
. Nesta condição a saída leva alguns segundos até que se obtenha a regulação. Devido a
este detalhe, a programação em software foi melhorada no sentido de aguardar que a fonte
regule antes de se iniciar a aquisição da tensão de saída da fonte.
Figura 5.12 – Regulação da fonte sob alimentação de tensão de 90 V
ca
.
Após execução dos testes na tensão de 90V
ca
, a tensão é chaveada para 240V
ca
conforme pode ser visualizado na Figura 5.13, canal 2. No instante t
1
indicado, um ocorre o
desligamento da tensão de alimentação de 90V
ca
, enquanto que, no instante t
2
o chaveamento
dos relés aplica à entrada da fonte uma tensão de 240V
ca
, iniciando-se desta forma os testes
neste nível de tensão de entrada. No canal 1 pode-se observar a tensão de 9 volts que ainda
se mantém após desligamento da tensão de alimentação da fonte.
50
Figura 5.13 – Chaveamento da tensão de entrada.
Com a tensão de alimentação de 90 V
ca
o teste de curto-circuito implementado a e
forma de onda da tensão na saída da fonte, bem como, o pulso de tensão de gatilho é
mostrado na Figura 5.14. É possível notar no canal 2 o pulso enviado a o interruptor para o
curto-circuito com uma duração de 200ms. Durante aproximadamente 100ms ocorre uma
queda de tensão na saída até que o sistema de controle desligue a fonte por um tempo pouco
maior que 350ms, quando a fonte volta a regular sua tensão de saída para o valor nominal, ou
seja, para 9 volts.
Figura 5.14 – Tensão de saída da fonte (canal 1) e tensão de gatilho do interruptor (canal 2).
t
1
t
2
Canal 1
H – 100ms/div
V – 10V/div
Canal 2
H – 100ms/div
V – 10V/div
51
A Figura 5.15 apresenta a tensão de saída, bem como, a corrente de curto-circuito
(canal 2). Observa-se que a corrente de curto-circuito é de aproximadamente 10 A durante
100ms, o qual é interrompido por atuação do sistema de controle.
Figura 5.15 – Tensão de saída da fonte (canal 1) e corrente de curto-circuito (canal 2).
Na Figura 5.16 a tensão no interruptor é mostrada no canal 2 em comparação com a
tensão de saída da fonte no canal 1. Neste caso o desligamento do interruptor é comandado
sob tensão zero, visto que a fonte foi desligada pelo circuito de controle.
Figura 5.16 – Tensão de saída da fonte (canal 1) e tensão entre dreno e source do interruptor
de curto-circuito (Canal 2).
Canal 1
H – 100ms/div
V – 10V/div
Canal 2
H – 100ms/div
V – 10A/div
Canal 1
H – 100ms/div
V – 10V/div
Canal 2
H – 100ms/div
V – 15V/div
52
O fim dos testes de carga é indicado na Figura 5.17 quando a tensão de alimentação é
desligada.
Figura 5.17 – Tensão de saída (canal 2) e tensão de alimentação da fonte.
O tempo de duração para os testes de carga e de curto-circuito está em torno de 2
minutos. Ao final destes testes são disponibilizados ao usuário os resultados na interface
gráfica conforme Figura 5.18. É possível notar nesta interface, na aba de configuração, as
características da fonte testada. Na aba de resultados podem-se observar em verde claro os
testes que foram aprovados, com um indicador de andamento dos testes.
53
Figura 5.18 – Interface gráfica disponibilizada para o usuário após os testes.
Na Tabela 5.1 pode-se visualizar os resultados que foram armazenados no arquivo de
relatório gerado após finalização do procedimento. Pode ser observada a queda na tensão de
saída da fonte chaveada com o aumento da carga, e a aprovação nos testes de curto-circuito.
Tabela 5.1 – Resultados arquivados em relatório de testes.
Nº Série: 1
Código : 1
Vazio 10% 50% 90% 100% Curto
90 Vac
9,28 9,19 8,84 8,49 8,40 Aprovado
240 Vac
9,29 9,21 8,86 8,51 8,42 Aprovado
______________________________APROVADA_____________________________
Uma simulação de falha da fonte com uma tensão de saída abaixo da mínima
permitida é apresentada na Figura 5.19. Nesta situação a cor vermelha é o indicativo ao
usuário de falha neste teste, e a cor verde escuro é a cor indicativa de que o teste não foi
selecionado.
54
Figura 5.19 – Resultados mostrados na interface – erro no teste a vazio.
Os resultados arquivados para estes testes podem ser visualizados na Tabela 5.2.
Sendo somente o teste a vazio selecionado, enquanto que para as demais cargas são
preenchidos com zeros.
Tabela 5.2 – Resultados arquivados em relatório – erro durante teste a vazio.
Nº. Série: 999911000550002
Código: FON0099
Vazio 10% 50% 90% 100% Curto
90 Vac
0,13 0,00 0,00 0,00 0,00 XXXX
240 Vac
0,13 0,00 0,00 0,00 0,00 XXXX
______________________________REPROVADA_____________________________
Uma fonte com falha na regulação da tensão de saída, sob carga nominal, é
apresentada na Figura 5.20.
55
Figura 5.20 – Resultados mostrados na interface – erro no teste a plena carga.
Os resultados deste teste encontram-se na Tabela 5.3. Pode-se observar que a tensão
de saída foi de 7,31 V
cc
, muito abaixo do mínimo estipulado de 10% em relação a tensão
nominal de 9 V
cc
.
Tabela 5.3 – Resultados arquivados em relatório – erro no teste a plena carga.
Nº. Série: 999911000550002
Código: FON0099
Vazio 10% 50% 90% 100% Curto
90 Vac
9,27 0,00 0,00 0,00 7,31 XXXX
240 Vac
9,29 0,00 0,00 0,00 7,35 XXXX
______________________________REPROVADA_____________________________
Na situação da Figura 5.21 ocorre uma falha durante o teste de curto-circuito.
56
Figura 5.21 – Resultados mostrados na interface – erro no teste de curto-circuito.
A Tabela 5.4 mostra os resultados arquivados para esta falha. É possível notar nesta
tabela que a fonte é aprovada no teste a vazio, mas falha durante o teste de curto-circuito.
Tabela 5.4 – Resultados arquivados em relatório – erro no teste de curto-circuito.
Nº. Série: 999911000550002
Código: FON0099
Vazio 10% 50% 90% 100% Curto
90 Vac
9,28 0,00 0,00 0,00 0,00 Reprovado
240 Vac
9,29 0,00 0,00 0,00 0,00 Reprovado
______________________________REPROVADA_____________________________
5.5.2. Teste da Giga: Fonte Chaveada de 24 Volts e 2 Amperes
Embora tenha sido usado o mesmo procedimento de análise e validação dos testes
conforme mostrado no item 5.5.1, neste caso serão mostrados somente os resultados da
interface e do arquivo de saída gerado. Algumas situações de falha da fonte chaveada sob
teste serão apresentadas.
Na Figura 5.22 pode-se observar os resultados da interface após execução dos testes
em todos os níveis de carga. É possível notar na aba de configuração as características da
fonte sob teste, assim como o modelo e código da fonte.
57
Figura 5.22 – Interface de usuário após testes de carga.
Tais resultados são armazenados no relatório e estão apresentados na Tabela 5.5.
Tabela 5.5 – Resultado armazenado em relatório.
Nº. Série: 99911000550016
Código: FON192
Vazio 10% 50% 90% 100% Curto
90 Vac
24,11 24,03 23,68 23,28 23,21 XXXX
240 Vac
24,11 24,01 23,58 23,18 23,09 XXXX
______________________________APROVADA_____________________________
Resultados com execução dos testes a vazio e curto-circuito são mostrados na Figura
5.23 e na Tabela 5.6.
58
Figura 5.23 – Interface gráfica após testes a vazio e de curto-circuito.
Tabela 5.6 – Resultados de teste a vazio e de curto-circuito.
Nº. Série: 99911000550016
Código: FON192
Vazio 10% 50% 90% 100% Curto
90 Vac
24,11 0,00 0,00 0,00 0,00 Aprovado
240 Vac
24,11 0,00 0,00 0,00 0,00 Aprovado
______________________________APROVADA_____________________________
Foi simulada uma condição de regulação da tensão de saída fora do intervalo de
tolerância sob carga nominal, o qual é mostrado na Figura 5.24. Nesta figura pode se
observar a indicação em vermelho para o teste onde ocorreu falha. Na Tabela 5.7 é mostrado
o resultado arquivado no relatório.
59
Figura 5.24 – Simulação de erro na regulação.
Tabela 5.7 – Resultado arquivado da fonte - erro de regulação.
Nº Série: 99911000550016
Código : FON192
Vazio 10% 50% 90% 100% Curto
90 Vac
24,11 0,00 0,00 0,00 22,31 Aprovado
240 Vac
24,11 0,00 0,00 0,00 22,31 Aprovado
______________________________REPROVADA_____________________________
Uma condição de fonte com problema de regulação da tensão de saída após o teste de
curto-circuito é apresentada na Figura 5.25 e os resultados na Tabela 5.8.
Figura 5.25 – Simulação de erro durante teste de curto-circuito.
60
Tabela 5.8 – Resultado arquivado em relatório – falha durante curto-circuito.
Nº. Série: 99911000550016
Código: FON192
Vazio 10% 50% 90% 100% Curto
90 Vac
24,11 0,00 0,00 0,00 0,00 Reprovado
240 Vac
24,11 0,00 0,00 0,00 0,00 Reprovado
______________________________REPROVADA_____________________________
Por fim uma situação de regulação de tensão fora do limite de tolerância foi simulada.
Neste caso uma resistência série foi adicionada fazendo com que a tensão medida fosse
menor quanto maior a carga, causando falha durante os testes de 90% e 100% de carga.
Resultados da interface gráfica e do relatório são apresentados respectivamente na Figura
5.26 e na Tabela 5.9.
Figura 5.26 – Simulação de erro na regulação de tensão.
61
Tabela 5.9 - Resultado arquivado em relatório – falha durante regulação de tensão.
Nº. Série: 99911000550016
Código: FON192
Vazio 10% 50% 90% 100% Curto
90 Vac
24,11 23,93 23,21 22,50 22,32 XXXX
240 Vac
24,11 23,94 23,21 22,49 22,31 XXXX
______________________________REPROVADA_____________________________
5.6. Análise Comparativa
A Giga de testes desenvolvida apresenta algumas vantagens quando comparada a um
sistema configurado com instrumentos e equipamentos de mercado. Como exemplo, cita-se a
redução do custo de aquisição dos elementos necessários para compor um sistema que
desempenhe a mesma tarefa, tal como a redução na quantidade de elementos ativos no
sistema. Assim reduz-se a quantidade de conexões e simplifica-se a configuração e operação
do sistema.
Visando proporcionar uma comparação justa, foi escolhida a alternativa de mercado
que apresenta o menor custo de implementação e funcionalidades similares, dentre diversas
alternativas propostas por representantes dos fabricantes de instrumentos de medição e
equipamentos de teste.
A alternativa escolhida utiliza uma Fonte Geradora de Corrente Alternada, acrescida
de Mainframe para a Carga Eletrônica, Módulos de Carga Eletrônica e Placa GPIB para
conexão ao computador. Um software específico para esta aplicação foi desenvolvido.
Nesta alternativa, seriam necessárias duas placas GPIB para comunicação, sendo que
a primeira placa seria utilizada na comunicação com a carga eletrônica a ser adquirida. A
segunda placa seria responsável por comandar os relés de entrada, responsável por alternar a
tensão entre os limites inferior e superior das fontes CC. Na Tabela 5.10 é apresentado um
comparativo da configuração dos dois sistemas.
Na tabela comparativa, os itens indicados com "X" apresentam a necessidade de uso
em ambos os sistemas, podendo ser considerada a mesma configuração do equipamento.
62
Tabela 5.10 - Configuração mínima dos sistemas.
Convencional LabVIEW
CPU
X X
Placa GPIB
2 0
Placa NI
0 1
Carga Eletrônica
1 1
Licença Windows
X X
Toolkit for Office
0 1
Software
X X
O desenvolvimento deste projeto, o qual resultou em um equipamento que
desempenha a mesma função, será composto por uma Placa de Aquisição de Dados Multi-
função da National Instruments, Toolkit do Office e uma Carga Eletrônica totalmente
controlada e desenvolvida especificamente para o projeto. Tal sistema apresenta a vantagem
de utilizar uma carga eletrônica direcionada à aplicação, a qual tem custo reduzido se
comparado a uma carga eletrônica encontrada no mercado, a qual exige a aquisição do
Mainframe específico para garantir sua operabilidade. Além da eliminação do uso do
Mainframe, diversas funções presentes no módulo de Carga Eletrônica comercial não
apresentam aplicabilidade neste projeto e, portanto, não foram implementadas, o que justifica
a grande redução no custo deste componente.
63
6. CAPÍTULO 6
CONCLUSÃO
Neste capítulo conclusões serão apresentadas e indicações de futuros trabalhos,
acrescentando melhorias que podem ser incrementadas ao sistema, serão discutidas.
6.1. Conclusão
O presente trabalho mostrou uma estação para testes de fontes chaveadas e geração de
relatórios utilizando o ambiente LabVIEW. Tal ambiente de desenvolvimento possibilitou,
em conjunto com uma placa de aquisição de dados, a implementação de uma estação de
testes atendendo as necessidades de testes em fontes chaveadas. O módulo de potência foi
mostrado, e seu modo de funcionamento explicado. A eletrônica de potência relacionada ao
comando dos relés, da carga eletrônica e do circuito auxiliar de curto-circuito foi detalhada.
A carga eletrônica desenvolvida no decorrer deste trabalho foi desenvolvida de duas formas,
sendo que obteve-se maior precisão da mesma quando feito o controle por malha fechada em
software, conforme apresentado. Desta forma obteve-se um ganho em relação a precisão da
carga. Os principais componentes desta estação de teste, inclusive o manual do proprietário,
foram discutidos ao longo do trabalho e também nos anexos para consulta.
O módulo de controle foi desmembrado em suas partes constituintes e
detalhadamente explicado. A escolha da linguagem LabVIEW para desenvolvimento do
programa, possibilitou que para o usuário final não seja necessário a aquisição de uma nova
licença do software. Desta forma o computador onde será instalado o sistema, somente
necessita atender aos requisitos mínimos conforme consta no manual do proprietário que foi
elaborado.
Resultados experimentais foram apresentados visando validar o protótipo. Testes
completos foram feitos em dois modelos de fontes apresentando os resultados gráficos e o
resultado arquivado nos relatórios de testes. Algumas condições de falhas foram simuladas
para ambas as fontes e apresentadas na interface e no relatório. Resultados de testes com a
carga eletrônica até o valor de corrente nominal foram apresentados, e os mesmos mostraram
uma precisão satisfatória. Ao final uma análise comparativa com um sistema convencional
foi exemplificada, mostrando a viabilidade do sistema.
64
O protótipo desenvolvido apresenta um custo de implementação inferior, comparado
a um sistema desenvolvido com equipamentos de linha. Isso foi possível através da
eliminação de funcionalidades no protótipo apresentado, como por exemplo, a carga
eletrônica, em relação ao sistema convencional. Embora haja menos funcionalidades, elas
não prejudicam a qualidade dos testes.
Este protótipo pode receber melhorias para trabalhos futuros conforme será
mencionado no item 6.2.
6.2. Trabalhos Futuros
Algumas das funcionalidades que podem ser estudadas, para serem adicionadas em
futura versão deste protótipo, podem ou não requerer algumas alterações dentro do hardware
e/ou software. A seguir serão citadas algumas das alterações recomendadas para futuros
estudos e como estas modificações provavelmente seriam executadas:
Teste de Hold up time: Possivelmente não necessitaria de alterações no
circuito de potência já que se trata de uma aquisição de tensão que é iniciada a
partir do momento que cessa a alimentação da fonte. Uma alteração na
programação, e sincronismo do início da aquisição da tensão com o comando
da tensão de alimentação seria uma alternativa para inclusão deste teste.
Teste com múltiplas fontes: Necessitaria profunda alterações dependendo da
abordagem. Considerando o desenvolvimento de uma carga eletrônica para
cada fonte, o hardware deveria então ser projetado e a programação adaptada.
O caso de testes simultâneos seria então um desafio maior.
Resposta Dinâmica: A carga eletrônica desenvolvida não aplica degraus de
carga, como é usado no teste de dinâmica do item 1.4.4 devendo então ser
estudada uma outra abordagem para esse teste, possivelmente com inclusão de
um novo circuito de potência.
Teste de fontes com saída múltiplas: Neste caso um novo hardware deve ser
desenvolvido, tendo em vista que alguns testes devem ser feitos
simultaneamente em todas as saídas.
Teste de sobrecarga: Pode ser adicionado sem alterações em hardware,
devendo ser estudada antes a reação esperada da fonte diante a esta condição.
Interface de configuração de parâmetros: com alterações somente em
software pode-se permitir ao usuário configurar, por exemplo, o tempo de
65
curto-circuito, o tempo para inicio das aquisições de tensão e o tempo que se
espera que a fonte regule a saída depois de alimentada na entrada, entre outras
opções.
Teste de overshoot: Uma vez implementado o teste de resposta dinâmica este
teste poderia ser adicionado através de alterações somente em software.
6.3. Publicações Relacionadas ao Tema
No decorrer do desenvolvimento deste trabalho dois artigos foram aceitos para
publicação. Uma publicação foi apresentada na VII Conferência Internacional de Aplicações
Industriais (INDUSCON) e uma outra na revista da Associação Brasileira de Eletrônica de
Potência (SOBRAEP) e são listadas abaixo:
Teixeira Filho, F. J. ; Pereira Pinto, J. O. ; Tatibana, G. S.; LOW COST
AUTOMATIC TEST AND REPORT GENERATOR SYSTEM FOR SWITCH-
MODE POWER SUPPLY USING LABVIEW ENVIRONMENT. in: VII
INDUSCON, 2006, Recife.
Teixeira Filho, F. J. ; Pereira Pinto, J. O. ; Tatibana, G. S.; SISTEMA DE
TESTES E GERAÇÃO DE RELATÓRIOS PARA USO EM LINHA DE
PRODUÇÃO DE FONTES CHAVEADAS. Aprovado e em edição para
revista: Associação Brasileira de Eletrônica de Potência SOBRAEP, 2006.
66
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
[1] Abraham I., "Switching Power Supply Design", New York, McGraw-Hill, 1991.
[2] Krause, P.; Freimut, B.; Suryn, W., "New directions in measurement for software
quality control," Software Technology and Engineering Practice, 2002. STEP 2002.
Proceedings. 10th International Workshop on, pp. 129- 143, 6-8 Oct. 2002.
[3] Richard, C.; Helps, G.; Hawks, V.D., "Instrumentation technologies for improving
manufacturing quality," Electrical Insulation Conference and Electrical Manufacturing
& Coil Winding Conference, 1999. Proceedings , pp.567-571, 1999.
[4] Junfeng Li; Yong Long; Qinping Liu, "Advanced manufacturing technology, quality of
product and level of performance: empirical evidence from Chongqing," Services
Systems and Services Management, 2005. Proceedings of ICSSSM '05. 2005
International Conference on , vol.1, pp. 486- 490 Vol. 1, 13-15 June 2005.
[5] Institute of Electrical and Electronics Engineers, Recommended Practice for
Emergency and Standby Power Systems for Industrial and Commercial Applications,
ieee std 446, 1995.
[6] Institute of Electrical and Electronics Engineers, Recommended Practice for Industrial
and Commercial Power Systems Analysis, ieee std 399, 1990.
[7] International Electrotechnical Comission, International Special Committee on Radio
Interference, Limits and methods of measurement of radio disturbance characteristics
of electrical motor-operated and thermal appliances for household and similar
purposes, electric tools and electrical apparatus, CISPR 14, third edition, 1993.
[8] Park Jong-Yeon; Jung Dong-Youl, "Electronic ballast with constant power output
controller for 250 W MHD lamp," Industrial Electronics, 2001. Proceedings. ISIE
2001. IEEE International Symposium on , vol.1, pp.46-51 vol.1, 2001
[9] Meng-Yueh Chang; Jiann-Yow Lin; Shih-Liang Jung; Ying-Yu Tzou, "Design and
implementation of a real-time lossless dynamic electronic load simulator," Power
Electronics Specialists Conference, 1997. PESC '97 Record., 28th Annual IEEE , vol.1,
pp.734-739 vol.1, 22-27 Jun 1997
[10] Butler, P.; Moya, L.; Reichman, D.; Ripple, R.; Peterkin, F., "High power battery tester
development," Power Modulator Symposium, 2002 and 2002 High-Voltage Workshop.
Conference Record of the Twenty-Fifth International , pp. 257- 261, 30 June-3 July
2002
67
[11] Guan-Chyun Hsieh; Jung-Chien Li, "Design and implementation of an AC active load
simulator circuit ," Aerospace and Electronic Systems, IEEE Transactions on , vol.29,
no.1 pp.157-165, Jan 1993.
[12] D.S.Steinberg, “Cooling Techniques for Electronic Equipment”, John Wiley & Sons,
Inc., 1980.
[13] J. Rahman, L. Wenzel “The Applicability of the Visual Programming Language
LabView to Large Real-Word Applications”, IEEE, pp. 99-106, 1995.
[14] Swain, N.K.; Anderson, J.A.; Ajit Singh; Swain, M.; Fulton, M.; Garrett, J.; Tucker,
O., "Remote data acquisition, control and analysis using LabVIEW front panel and real
time engine," SoutheastCon, 2003. Proceedings. IEEE , pp. 1- 6, 4-6 April 2003.
[15] Korrapati, R.; Anderson, J.A.; Swain, N.K.; Swain, M., "System modeling using virtual
instruments," SoutheastCon, 2002. Proceedings IEEE , pp.121-126, 20.
[16] Parish, D.J.; Reeves-Hardcastle, P., "Rapid prototyping using the LabVIEW
environment," AUTOTESTCON '96, 'Test Technology and Commercialization'.
Conference Record , pp.235-238, 16-19 Sep 1996.
[17] Kang Jitao; Gan Yadong; Quan Qingquan, "The method of developing Virtual
Instrument Platform," Autonomous Decentralized Systems, 2000. Proceedings. 2000
International Workshop on , pp.64-67, 2000
[18] G. Gilder, “Data Flow Visual Languages”, IEEE Potentials, vol. 01, pp. 30-33, 1992.
[19] LabVIEW user manual, National Instruments, 2003.
[20] N. Mohan, T. M. Undeland, W. P. Robbins, Power Electronics: converters,
applications, and design, John Wiley & Sons, 2
nd
Edition, New York, USA, 1995.
[21] R. W. Erickson, D. Maksimovic, Fundamentals of Power Electronics, Second edition,
2001.
68
Apêndice – A:
Manual de instalação e uso do produto
69
70
71
72
73
74
75
76
Anexo – A:
Folha de dados do relé G2RL-1A-E
77
78
Anexo – B:
Folha de dados do semicondutor IXFX
50N50
79
80
81
Anexo – C: Folha de dados do dissipador de calor
82
83
Anexo – D:
Folha de dados do ventilador 8500 N
84
85
Anexo – E:
Folha de dados do semicondutor IRF1607
86
87
88
Anexo – F:
Folha de dados do opto transistor SFH618A-
4
89
90
91
Anexo – G:
Folha de dados do isolador amplificador
ISO124P
92
93
94
95
Anexo – H:
Folha de dados da placa de aquisição de
dados NI-6229 série M.
96
97
98
Anexo – I:
Exemplo de relatório de testes gerado pelo
software
99
Nº Série: 99911000550016
Código : FON192
Vazio 10% 50% 90% 100% Curto
90 Vac 24,11 23,93 23,21 22,50 22,32 XXXX
240 Vac 24,11 23,94 23,21 22,49 22,31 XXXX
______________________________REPROVADA_____________________________
Nº Série: 99911000550016
Código : FON192
Vazio 10% 50% 90% 100% Curto
90 Vac 24,11 24,02 23,66 23,30 23,21 Aprovado
240 Vac 24,11 24,03 23,68 23,34 23,26 Aprovado
______________________________APROVADA_____________________________
Nº Série: 99911000550016
Código : FON192
Vazio 10% 50% 90% 100% Curto
90 Vac 24,11 0,00 23,68 0,00 0,00 Aprovado
240 Vac 24,11 0,00 23,68 0,00 0,00 Aprovado
______________________________APROVADA_____________________________
Nº Série: 99911000550016
Código : FON192
Vazio 10% 50% 90% 100% Curto
90 Vac 24,11 0,00 23,68 0,00 0,00 Reprovado
240 Vac 24,11 0,00 23,68 0,00 0,00 Reprovado
______________________________REPROVADA_____________________________
Nº Série: 99911000550016
Código : FON192
Vazio 10% 50% 90% 100% Curto
90 Vac 24,11 0,00 0,00 0,00 0,00 Aprovado
240 Vac 24,11 0,00 0,00 0,00 0,00 Aprovado
______________________________APROVADA_____________________________
Nº Série: 99911000550016
Código : FON192
Vazio 10% 50% 90% 100% Curto
90 Vac 24,11 0,00 23,69 0,00 0,00 XXXX
240 Vac 24,12 0,00 23,69 0,00 0,00 XXXX
______________________________APROVADA_____________________________
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