VOLTA
POR
CIMA
Final de jogo em Brasília. O Pará
deu de 3x0 no Rio de Janeiro na final
do futebol de salão. Os cariocas eram
os favoritos e jogaram bem, mas a bola
não entrou no gol adversário.
Lágrimas nos olhos, os atletas
perdedores voltaram á quadra para
receber as medalhas de 2°. lugar. Mas,
eis que quando o secre-
tário de educação física e desportos
do MEC, Manoel Tubino, estava
premiando os campeões, um dos
cariocas se antecipa e diz:
"—Professor, posso ajudá-lo a
premiar os paraenses? É que, durante
os jogos, fiquei muito amigo
s deles."
Diante da permissão do secre-
o tário, o garoto começou a colocar as
medalhas no pescoço dos adver-
o sários, ao mesmo tempo em que os
abraçava afetuosamente, esta-
m belecendo um clima saudável entre
s vencido e vencedor. a
Co Gestão
Os jovens que co"nseguiram
participar da Comissão de Alunos
puderam se envolver com toda a
organização do JEB's, avaliando
a e reivindicando junto aos repre-
sentantes do Ministério da Educa-
o ção e das outras Comissões. As
conclusões da galera serviram co-
; mo idéia para a melhoria dos Jogos
no ano que vem.
e Pena que alguns técnicos não
s liberaram seus alunos para as reu-
niões na C.C.O.
IMFORMAÇÃO
Alguns alunos do judô não pu-
deram participar das competições no
JEB's porque não sabiam que a disputa
era por equipe. Esperamos que no
próximo ano todos cheguem aos
Jogos mais bem informados. A
SEED recomenda que alunos,
professores, árbitros e dirigentes
continuem se reunindo em seus
estados para discutir as questões
ligadas ao esporte na
escola.QUESTÃO DE
PRINCÍPIOS
As discussões sobre o Esporte
na Escola continuam, e a proposta
da Secretaria de Educação Física o
Desporto do MEC é fazer com que,
além de divertida e estimulante, esta
prática seja vista como meio de
educação. Entenda-se por educação
a formação de jovens enquanto
cidadãos capazes de criar, pensar,
votar, viver em grupo, sempre com
consciência e solidariedade.
Este foi o objetivo presente nos
XVIII Jogos Escolares Brasileiros,
que se basearam em cinco princípios
fundamentais. A fim de orientar
aqueles que não conseguiram
informações suficientes para
entender as reais mudanças que
ocorreram neste JEB's, aqui estão
exemplificados os princípios da
participação, cooperação, co-edu-
cação, co-gestão e integração:
- PARTICIPAÇÃO - Todos
os atletas que forem ao JEB's devem
participar das competições. É duro
viajar tanto para ficar no banco de
reservas. Você não acha?
- COOPERAÇÃO - Acaba-
ram as premiações individuais. Cada
delegação deve trabalhar em ritmo
de cooperação. O atleta, in-
dividualmente, soma pontos par: a
sua equipe. O estrelismo não ten
espaço na convivência em grupo.
- CO-EDUCAÇÃO - Não
existe mais separação entre equipe
masculina e feminina. Apesar de,
em alguns casos, as diferenças fí-
sicas não permitirem a formação de
times mistos, a pontuação e
premiação são únicas. Afinal, Clube
do Bolinha e da Luluzinha podem
participar juntos de um processo de
co-educação, ou seja . troca de
experiências.
- CO-GESTÃO - A organi-
zação do JEB's deve se processar
com a participação efetiva de co-
missões de alunos que interferirão
nas decisões e ajudarão os respon-
sáveis por cada área da Comissão
Central de Organização.
- INTEGRAÇÃO - E já que
participam do JEB 's cerca de 4 mil
estudantes de todo o Brasil, fica
terminantemente probido o isola-
mento , Cada JEB's deve promover
uma grande integração, deixando o
clima de amizade fluir. É de amor e
companheirismo que o Brasil
precisa e não deste individualismo
que ronda a vida da gente brasileira.
Jogando contra o time de fu-
tebol de campo do Paraná, a equi
e
da Nação Indígena ganhou no
placar, mas perdeu no regulamento.
Após o jogo, os dirigentes da equipe
erdedora observaram que três dos
atletas índios tinham inscrições
irregulares e recorreram à Comissão
de Ética.
Mesmo entendendo que a de-
legação indígena não havia agido de
má fé e que a intensão não era
ludibriar o regulamento, a Comissão
teve que desclassificar a equi
e
vencedora, computando os pontos
para os vencidos.
O curioso desta história é
que, se por um lado os paranaenses
sentiram-se culpados em desclas
sificar um time por má interpre
tação de regulamento, por outro
os índios sentiram-se agradecidos.
Segundo o dirigente da delegação
da Nação Indígena, Carlos Tere
na, "a desclassificação fez com
que nos sentíssemos iguais aos
brancos, vendo a lei ser cumprida
da forma como gostaríamos que
acontecesse com as invasões de
nossas terras"._________________
Juntos
Quando caminhava ao lado de uma
das pistas de atletismo onde estavam
acontecendo competições do JEB's,
o Professor Tubino foi interpelado
or um atleta deficiente físico. O
garoto agradeceu a oportunidade
que teve ao participar de um torneio,
no qual contou pontos juntamente
com os garotos normais.
EXPEDIENTE
JEBEDEU Um
jornal, uma TV,
uma equipe...
Realização do Núcleo
de Programas para
adolescentes da FUNTEVÊ
e Liceu de Artes e
Ofícios da Bahia
Apoio: Fundação Emilio
Odebrecht