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manufatura passa a evoluir, e há a expansão do consumo de bens duráveis. Durante este
período de desenvolvimento e industrialização, o crescimento do consumo de metálicos
ultrapassa o crescimento do PIB, causando um aumento na intensidade do uso do aço. Com
o prosseguimento do aumento do PIB per capita, há a redução da intensidade do aço,
através do desenvolvimento de setores de consumo de não metais, como setores de serviços
e de alta tecnologia. A observação e a análise do crescimento de determinados setores na
economia de um país, como indústrias de construção, de maquinários e de transportes, além
do estudo do consumo per capita de aço, pode levar este país a uma preparação muito mais
consistente no seu mercado de insumos, e no seu mercado de trocas internacionais.
Diversos outros estudos tratam deste mesmo assunto, consumo chinês de aço, produção,
importação e exportação de produtos siderúrgicos. Alguns deles são: Findlay e Xin (1985),
Zhang (1988), Chen et al (1991), Feng (1992), World Bank (1994), Labson et al (1995),
EAAU (1995), SAMI (1999), Wu (1998).
Outro estudo de estimação de demanda por aço bruto foi realizado por Crompton (1999)
“Forecasting Steel Demand in South - East Asia” no qual também é utilizado um BVAR
(Vetor Autoregressivo Bayesiano). Neste trabalho é feito um estudo do crescimento do
consumo de aço para Malásia, Singapura, Tailândia, Filipinas e Indonésia, utilizando
conceitos como intensidade de aço, além de uma análise do crescimento do PIB de cada um
desses países. O trabalho estima para os referidos países um modelo com correlações
históricas entre PIB, oferta de moeda, gastos com investimento e nível de preços com
previsões até o ano de 2005. O consumo de aço na região do leste Ásia cresceu
significativamente nos últimos anos, chegando a 294,5 milhões de toneladas em 1994, o
que representou naquele ano 41% da demanda mundial pelo produto. Este crescimento
torna-se ainda mais significativo quando comparado aos dados de consumo de aço em 1950
(apenas 2 milhões de toneladas) e 1970 (100 milhões de toneladas).
Um outro trabalho relevante na indústria siderúrgica é de Park, 1996 (Posco Research
Institute). O artigo estima demanda de fio máquina (um produto de aços longos
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) para a
Coréia, através de um modelo autoregressivo bayesiano. As variáveis utilizadas são:
demanda por fio máquina, produção industrial na indústria de metais e PIB de setores de
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Utilizado na indústria da construção civil, fabricação de outros produtos de metais (como pregos), equipamentos de
transporte, eletrônicos, etc.