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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
ESCÓRIA DE SIDERURGIA NA CULTURA DO ARROZ: FONTE
DE SILÍCIO E A INTERAÇÃO COM O NITROGÊNIO
Anelisa de Aquino Vidal
Engenheira Agrônoma
JABOTICABAL SÃO PAULO BRASIL
Dezembro de 2008
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
ESCÓRIA DE SIDERURGIA NA CULTURA DO ARROZ: FONTE
DE SILÍCIO E A INTERAÇÃO COM O NITROGÊNIO
Anelisa de Aquino Vidal
Orientador: Prof. Dr. Renato de Mello Prado
Co-orientador: Prof. Dr. William Natale
Tese apresentada à Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias Unesp, mpus de Jaboticabal, como
parte das exigências para a obtenção do título de
Doutor em Agronomia (Ciência do Solo).
JABOTICABAL SÃO PAULO BRASIL
Dezembro de 2008
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Vidal, Anelisa de Aquino
V648e
Escória de siderurgia na cultura do arroz e interação com o
nitrogênio / Anelisa de Aquino Vidal. Jaboticabal, 2008
xiii, 110 f. ; 28 cm
Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de
Ciências Agrárias e Veterinárias, 2008
Orientador: Renato de Mello Prado
Banca examinadora: Gaspar Henrique Korndörfer, Dirceu
Maximino Fernandes, Jairo Osvaldo Cazetta, Arthur Bernardes Cecílio
Filho
Bibliografia
1. Silício. 2. Arroz-cultura. 3. Escória. I. Título. II. Jaboticabal-
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias.
CDU 631.86:633.18
Ficha catalográfica elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação
Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação - UNESP, Câmpus de Jaboticabal.
DADOS CURRICULARES DO AUTOR
ANELISA DE AQUINO VIDAL, nascida em Uberlândia MG no dia 11 de março
de 1980, possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Uberlândia
(2003). Iniciou em março 2003 mestrado em Agronomia (Ciência do Solo) pela
Universidade Federal de Uberlândia (2005). Em agosto de 2005 iniciou o curso de
doutorado pelo Programa de Ciência do Solo na Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Campus de
Jaboticabal. Desenvolveu pesquisas na área de Fertilidade do Solo e Nutrição de
Plantas. Obteve seu título de Doutora em Agronomia “Ciência do Solo” em 22 de
dezembro de 2008. Atualmente, ocupa o cargo de Pesquisadora Científica na Agência
Paulista de Tecnologia do Agronegócio (APTA Centro Oeste/Unidade Marília).
“Não há nada na natureza mais
importante ou que mereça maior
atenção do que o solo. Na verdade, é o
solo que faz do mundo um ambiente
agradável para a humanidade. É o solo
que fornece provisão para toda a
natureza; toda a criação depende do
solo, que afinal, é a base de nossa
existência”.
Friedrich Albert Fallou, 1862
Aos meus queridos pais, Edivaldo Celso Vidal e
Iza Maria Fernandes de Aquino Vidal, pelo
incentivo, ensinamentos, amor, exemplo de vida e
dedicação, em todas as fases da minha vida.
Aos meus lindos irmãos, Cassiano e Maria
Juliana, pelo companheirismo, amor e amizade.
OFEREÇO
Ao Lucas pelo amor, dedicação,
companheirismo e por estar presente em
minha vida.
DEDICO
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela minha vida e pela oportunidade de tentar compreender elementos
de Sua criação.
À minha família, pelo apoio dedicação e incentivo à minha formação.
Ao professor Renato, meu orientador, por ter me aceitado como aluna de pós-
graduação, pelos ensinamentos, pelas horas dedicadas ao acompanhamento do meu
trabalho e pela amizade.
Ao professor William, pelos ensinamentos e orientações.
Ao professor Gaspar Henrique Korndörfer, pelo incentivo, amizade e contribuição
constante com o meu trabalho.
Ao Prof. Dr. David Ariovaldo Banzatto, pela disponibilidade e ensinamentos
estatísticos que muito contribuíram neste trabalho.
Aos membros das bancas examinadoras de qualificação e defesa, pelas
sugestões.
Aos integrantes do GENPLANT e companheiros, Liliane, Danilo, Diego, Cinara,
Adriane, Ricardo, Marcelo, Rafael e Ivana, pela amizade.
Ao Gabriel Peruca de Melo, pelas análises de bioquímica presentes neste
trabalho.
Aos funcionários e técnicos dos laboratórios do Departamento de Solos, Cláudia,
Gomes, Marta, Dejair, Célia, Maria Inês, pela disposição em ajudar.
Aos pais do Lucas, José Carlos e Maria Aparecida, pelo apoio e amizade.
Aos amigos José Moreira e Izilda, pela amizade em Jaboticabal.
vi
SUMÁRIO
Página
Resumo .......................................................................................................................... vii
SUMMARY ..................................................................................................................... viii
I. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 1
II. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................ 3
2.1. A cultura do Arroz de Terras Altas ........................................................................ 3
2.2. Importância do silício para a cultura do arroz ........................................................ 4
2.3. Importância do nitrogênio para a cultura do arroz ............................ 6
2.4. Interação silício e nitrogênio .................................................................................. 8
2.5. Escória de siderurgia: material corretivo ............................................................... 8
2.6. Escória de siderurgia: fonte de silício .................................................................. 12
2.6.1. Silício no solo ................................................................................................... 12
2.6.2. Fonte de silício ................................................................................................. 14
2.7. Atividade e qualidade bioquímica dos solos ........................................................ 16
III. MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................................... 20
IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................ 27
V. CONCLUSÕES .......................................................................................................... 77
VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 78
vii
ESCÓRIA DE SIDERURGIA NA CULTURA DO ARROZ: FONTE DE SILÍCIO E
A INTERAÇÃO COM O NITROGÊNIO
RESUMO A escória de aciaria como um material corretivo, fonte de silício e sua
interação com a adubação nitrogenada poderá beneficiar a nutrição e a produção da
cultura do arroz. Entretanto, poderá afetar a atividade biológica do solo, devido à
presença de metais pesados na sua composição química. Desta forma, o objetivo
deste trabalho foi avaliar a escória de aciaria como material corretivo e como fonte de
silício e a sua interação com a adubação nitrogenada na nutrição e na produção da
cultura do arroz. Para isso instalou-se experimento em casa de vegetação na
UNESP/Campus Jaboticabal, com a cultura do arroz (cv IAC 202) em vasos,
preenchidos com um Latossolo Vermelho distrófico. Os tratamentos foram constituídos
por duas fontes de material corretivo (calcário dolomítico e escória de aciaria), três
doses em ECaCO
3
(1,3; 2,6 e 5,2 g dm
-3
) e três doses de N (80, 160 e 320 mg dm
-3
). O
delineamento experimental foi em blocos casualizados, analisado em esquema fatorial
2x3x3+1, com quatro repetições. Após 90 dias de incubação do solo avaliaram-se as
características químicas do solo e após 120 dias do transplantio das plântulas de arroz,
a atividade enzimática e teor de Si do solo, o estado nutricional (teores de nutrientes e
de silício na planta) e o crescimento e a produção do arroz. Os resultados indicaram
que a maior produção de grãos ocorreu com a aplicação de calcário na dose de 2,6
ECaCO
3
(V= 50%) e de nitrogênio na dose de 160 mg dm
-3
. O uso da escória de aciaria
foi semelhante ao do calcário na neutralização da acidez do solo e, ainda, aumentou a
disponibilidade de silício no solo. As doses de nitrogênio diminuíram o teor de Si na
parte aérea (colmo+folhas) do arroz. A adubação nitrogenada aumentou a absorção de
nitrogênio, favoreceu o acúmulo de silício e nitrogênio na planta e promoveu maior
produção de massa seca da parte aérea e de grãos de arroz. A escória de aciaria
aumentou a atividade das enzimas celulase, protease, arilsulfatase e fosfatase ácida no
solo.
Palavras-chave: silicato, resíduo siderúrgico, adubação nitrogenada, atividade
enzimática no solo, Oryza sativa L.
viii
SLAG IN RICE CULTIVATION: A SOURCE OF SILICON AS WELL AS ITS
INTERACTION WITH THE NITROGEN
SUMMARY Slag as a corrective material and silicon source
could benefit the nutrition and yield in rice cultivation due to its
interaction with nitrogen fertilization. However, the slag could affect the
biologic activity of the soil because of the presence of heavy metals in its
chemical composition. Thus, the objective of this work was to evaluate slag as a
corrective material and as silicon source as well as its interaction with nitrogen
fertilization in the nutrition and the production of rice crops. For this reason an
experiment with the culture of rice (cv IAC 202) in pots filled with acid dystrophic Red
Latosol was carried out in a greenhouse in UNESP/Jaboticabal. The treatments which
were applied were constituted of two corrective sources (dolomitic limestone and slag),
three doses of correctives in ECaCO
3
(1,3; 2,6 and 5,2 g dm
-3
) and three doses of
nitrogen (80, 160 e 320 mg dm
-3
). The experimental design was in randomized blocks
with a factorial scheme 2x3x3+1 with four replications. Ninety days after incubation, the
characteristics of the fertility of the soil were evaluated and one hundred and twenty
(120) days after planting the rice, the enzymatic activity and the silicon content of the
soil, the nutritional status (content of the nutrients and silicon in plants) and the growth
and the production of the rice were also evaluated. The results show that the greatest
production of grains occurred with the application of limestone in the dose of 2,6
ECaCO
3
(V= 50%) and of nitrogen in the 160 doses of mg dm
-3
. The result of the
application of the slag was similar to that of the limestone in the neutralization of the
acidity of the soil, moreover, it increased silicon availability. The doses of nitrogen
diminished the content of Si in the rice (stem and leaf). Nitrogen fertilization also
increased the absorption of nitrogen, favored the accumulation of silicon and nitrogen in
the plants and promoted the dry mass of the aerial parts and of the rice grains. The slag
increased the activity of the cellulase enzymes, arilsulfatase and acid phosphatase in
the soil.
Keywords: silicate, slag, nitrogen fertilization, soil enzymes, Oryza sativa L.
1
I. INTRODUÇÃO
O arroz é considerado como uma das plantas alimentícias mais antigas utilizadas
pelo homem, e é muito difícil determinar com exatidão a época em que começou a ser
cultivado (ANGLADETTE, 1969).
O arroz é o segundo cereal mais cultivado no mundo e o principal alimento para
mais da metade da população no planeta (Van NGUYEN & FERRERO, 2006). A área
cultivada na safra 2006/07 foi de 2,96 milhões de hectares e com uma projeção de
produção próxima a 11,3 milhões de toneladas (CONAB, 2008). Esse cereal participa
da dieta básica do brasileiro, sendo o consumo absoluto, segundo estimativas da
Conab, superior a 11,5 milhões de toneladas. O Brasil está entre os seis maiores
consumidores mundiais do grão (AGRIANUAL, 1999), o nono produtor de arroz do
mundo e o primeiro na América Latina (FAO, 2004).
A grande maioria dos solos tropicais é conhecida pela sua baixa fertilidade,
elevada saturação por alumínio e pela necessidade de correção da acidez. O calcário
tem sido o material corretivo de maior utilização no Brasil, em decorrência do seu baixo
custo e efeitos benéficos no aumento da produtividade das culturas.
Atualmente, o aproveitamento de resíduos industriais na agricultura, como a
escória silicatada de siderurgia, a qual o Brasil produz, para cada tonelada de ferro-
gusa, 0,75 t de escória e, do mesmo modo, para cada tonelada de aço líquido
produzido, tem-se como subproduto 0,64 t de escória de aciária (CATANI & SOUZA,
1989), tem sido amplamente discutido, com base em estudos que indicam a viabilidade
de utilização na agricultura (PRADO et al., 2001). O silicato de cálcio é conhecido como
um material corretivo (ALCARDE, 1992), de forma que pode apresentar teores
relativamente elevados de CaO e MgO, favorecer a correção da acidez do solo e
fornecer bases de forma semelhante aos calcários, além de comportar-se como fonte
de micronutrientes, silício (Si) e de outros elementos essenciais às plantas cultivadas.
O aproveitamento da escória torna-se de grande importância, pois pode conciliar
a produção do aço com a atividade agrícola, diminuindo, pelo menos em parte, o
passivo ambiental gerado pelo acúmulo de escória nos pátios das siderúrgicas.
2
Apesar de não ser considerado como nutriente para as plantas, o Si tem
apresentado vários benefícios para as culturas, principalmente para o grupo de plantas
consideradas acumuladoras deste elemento, como a cultura do arroz.
Elemento essencial para o desenvolvimento e crescimento das plantas, o
nitrogênio (N), quando fornecido em altas doses, pode desencadear um aumento da
suscetibilidade das plantas a doenças. No entanto, o Si pode minimizar este problema
em decorrência de proporcionar maior resistência das plantas ao ataque de patógenos
(RODRIGUES et al., 2001). Assim, pressupõem que a alta produção da cultura do arroz
está condicionada a aplicação de nitrogênio, especialmente em plantas com teores de
silício suficiente para minimizar eventuais estresses biótico ou abiótico, entretanto, esse
tema é pouco abordado na literatura.
Diante da necessidade de reciclar resíduos industriais na agricultura, foram
fixadas três condições sicas no presente trabalho. A primeira foi a utilização de um
subproduto promissor na agricultura, a escória de aciaria, com comportamento corretivo
e liberador de bases (cálcio e magnésio) e de silício; a segunda foi a escolha de um
solo com reação ácida, ambiente propício para a aplicação da escória, e a terceira em
uma cultura responsiva e cio-economicamente importante, o arroz. E associado a
isso, existem preocupações dos efeitos da utilização de um resíduo, a escória de
siderurgia, na atividade biológica do solo, fato a ser considerado, embora muito pouco
conhecido.
Este trabalho tem como objetivo avaliar a escória de aciaria como material
corretivo de solo e fonte de silício e sua interação com adubação nitrogenada na
nutrição e na produção da cultura do arroz.
3
II. REVISÃO DE LITERATURA
2.1- A cultura do Arroz de Terras Altas
O arroz (Oryza sativa L.) é um dos alimentos mais consumidos mundialmente,
sendo elemento básico na alimentação da maioria dos povos. Dentre as culturas anuais
no Brasil, o arroz ocupa posição de destaque, do ponto de vista econômico e social. É
um dos alimentos tradicionais da dieta da população brasileira, sendo uma das
principais fontes de energia alimentar (NEVES et al., 2004).
Entre 1999 e 2004, o arroz foi considerado como o quinto produto agrícola mais
cultivado pelos produtores brasileiros, apresentando produção anual média de
11.122,1 t (CONAB, 2005). É um dos principais cereais produzidos no Brasil,
respondendo por cerca de 2% da produção mundial e por 52% da produção da América
do Sul (AZAMBUJA et al., 2004).
O arroz de sequeiro, hoje conhecido como de terras altas, ganhou destaque nos
sistemas de produção usados na abertura das áreas sob vegetação de Cerrados, para
a implantação de pastagens. Nesses sistemas, o arroz era cultivado por um a dois anos
em área recém-desmatada, preparada e corrigida precariamente (GUIMARÃES &
STONE, 2004). Freqüentemente, após a abertura de novas áreas para plantio nas
regiões de cerrado, os solos apresentam baixa fertilidade natural e elevada acidez
(FAGERIA & SOUZA, 1995).
O cultivo de arroz no ecossistema de terras altas corresponde a
aproximadamente 65,2% da área total cultivada no Brasil, contribuindo com apenas
40,9% da produção nacional (YOKOYAMA, 2002). Esta situação acontece em função
da baixa produtividade obtida no sistema de cultivo sem irrigação, uma vez que tal
sistema ocupa a maior área de cultivo. Assim, a baixa produtividade é resultado da
distribuição irregular de chuvas nas principais regiões produtoras, o que compromete as
fases em que o suprimento de água é indispensável, ocasionando reduções
significativas na produtividade. o cultivo de arroz no ecossistema de várzeas
corresponde a 34,8% da área total cultivada com a cultura e contribui com 59,1% da
produção nacional (YOKOYAMA, 2002).
Segundo FAGERIA (1982) o arroz é considerado como uma espécie adaptada a
condições de acidez do solo, sendo que cada cultivar responde diferentemente ao
4
estresse proporcionado pela presença de alumínio e à calagem. No entanto, FAGERIA
& ZIMMERMANN (1998) observaram que aumentos no pH de 4,1 para 7,0 diminuem a
produção de matéria seca da parte aérea de arroz de terras altas, sendo que cultivares
de arroz de terras altas produzem satisfatoriamente sob pH de 5 e 5,5 (FAGERIA,
2000).
De acordo com o trabalho de CRUSCIOL et al. (1999) o potássio e o nitrogênio
são considerados como os dois nutrientes mais exigidos pela cultura do arroz de terras
altas. Sendo assim, a adubação nitrogenada promove aumento no número de
espiguetas, massa de grãos (FORNASIERI FILHO & FORNASIERI, 1993) e altas doses
de N incrementam o número de panículas por m
2
, número de grãos por panícula
(HUSAIN & SHARMA, 1991), afetando também a altura de plantas, podendo resultar
em acamamento (ARF, 1993).
2.2 Importância do silício para a cultura do arroz
Devido à presença de silício em significativas quantidades no ambiente, a
comprovação da essencialidade do Si para as plantas, de forma científica, torna-se
muito difícil de ser obtida (WERNER & ROTH, 1983), sendo esse elemento, então,
considerado como “quase-essential” ou agronomicamente essencial, por propiciar
vários efeitos positivos e significantes para muitas espécies vegetais (EPSTEIN &
BLOOM, 2005). No entanto, mesmo não sendo essencial do ponto de vista fisiológico
para o desenvolvimento das plantas (EPSTEIN, 1994), a sua absorção traz inúmeros
benefícios para culturas como a do arroz e da cana-de-açúcar (MA et al., 2001;
RODRIGUES et al., 1999; KORNDÖRFER et al, 1999; SANTOS et al., 2003). O Si é
absorvido em grandes quantidades por espécies acumuladoras, como o arroz, e é
considerado como um elemento benéfico para o desenvolvimento destas plantas
(KORNDÖRFER et al., 1999).
A absorção de Si afeta positivamente o crescimento e a produção de biomassa
de um grande número de plantas (a maioria monocotiledôneas), além de promover a
rigidez estrutural nos tecidos vegetais (EPSTEIN, 2001). Pode também reduzir a toxidez
por metais pesados, por alumínio (WANG et al., 2004) e por boro (GUNES et al., 2007),
aliviar desbalanços entre nutrientes e proporcionar resistência para o estresse por
5
salinidade (LIANG, 1999; ZHU et al., 2004). Além disso, vários outros benefícios podem
ser observados nas plantas citadas: influência do silício na resistência apresentada
pelas plantas em função do ataque de pragas (SOUZA, 2008) e doenças (RODRIGUES
& DATNOFF, 2005), e o efeito na transpiração e na capacidade fotossintética das
plantas (DEREN, 2001; ZANÃO, 2007).
BELANGER (2008), com o objetivo de melhor entender os benefícios
proporcionados pela aplicação do silício nas plantas, observou, por meio de estudos
referentes a expressão dos genes de Arabidopis, que a melhor resposta a adubação
com Si ocorre em situações em que as plantas sofreram algum tipo de estresse, seja
ele biótico ou abiótico. Neste mesmo sentido BIEL et al. (2008) propõem que a função
do silício seja o de assegurar a síntese de moléculas adicionais, como por exemplo
enzimas antioxidantes e fenóis, para que haja a proteção da planta.
Dentre as plantas até então estudadas, o arroz apresenta-se como uma das
espécies com maior capacidade de acumular Si. A absorção de Si em arroz se por
um processo ativo (RAINS et al., 2006) e estudos realizados com plantas mutantes de
arroz, que não apresentam capacidade de absorver Si, indicam a existência de
proteínas transportadoras desse elemento nas raízes secundárias desta espécie
(TAMAI & MA, 2003). Além disso, o silício é o elemento absorvido em maior quantidade
pelo arroz, cerca de duas vezes mais que o potássio (SAVANT et al., 1997).
A importância da absorção de Si para as plantas de arroz está grandemente
relacionada a efeitos indiretos. YOSHIDA et al. (1962), ao realizarem estudos
microscópicos nas células da epiderme da folha bandeira do arroz, observaram que o
Si está presente em compostos combinados de sílica e celulose abaixo da cutícula.
Essa composição contribui para que haja uma redução na transpiração e menor perda
de água, evitando que a planta sofra grande estresse em função da deficiência hídrica
possível de ocorrer em arroz de terras altas (DAYANANDAM et. al., 1983).
Além da proteção contra o estresse hídrico, a deposição de silício na epiderme
das folhas após absorção e polimerização, pode conferir ao arroz uma resistência
mecânica ao ataque de fungos e pragas conforme dito anteriormente. Entretanto, outros
estudos demonstram que a resistência mediada pelo Si contra patógenos está
associada com a acumulação de compostos fenólicos e fitoalexinas, além da ativação
6
de alguns genes PR, dando ao Si um papel ativo na resistência de plantas como o arroz
às doenças (RODRIGUES & DATNOFF, 2005). Tal ativação desses genes ocorre
somente em situações em que as plantas sofrem estresse pelo ataque de patógenos e
foram adubadas com silício (BELANGER, 2008).
BERNI & PRABHU (2003) ao estudarem a eficiência relativa de fontes de silício
na redução da severidade da brusone em folhas de arroz (cv. Metica-1) em área de
várzea, observaram uma redução na severidade da brusone com o aumento das doses
de silício. Além disso, o acúmulo de silício nas folhas também influencia a estrutura das
plantas, que ficam mais eretas, evitando o acamamento e melhorando a eficiência
fotossintética, contribuindo, então, para maior produtividade da cultura do arroz
(KORNDÖRFER et al., 2003).
Diversos trabalhos como os de CARVALHO (2000), MAUAD et al. (2003) e
MARCHEZAM et al. (2004) mostram aumento de produtividade do arroz em função da
adubação com silício, medida através da produção de massa seca de grãos ou número
de grãos por panícula. BERNAL (2008) observou aumentos entre 21 e 33% com
aplicações de doses de 100 e 200 kg ha
-1
de silicato de magnésio em comparação ao
tratamento testemunha (sem silício). No entanto, CARVALHO (2000) e MAUAD et al.
(2003) não observaram aumentos significativos em relação à produtividade do arroz
medida pelo número de panículas.
2.3 Importância do nitrogênio para a cultura do arroz
O nitrogênio é um elemento considerado essencial para o crescimento das
plantas, na medida em que participa ativamente no desenvolvimento de funções
estruturais como, por exemplo, na produção de aminoácidos e proteínas, ácidos
nucléicos, pigmentos, enzimas e coenzimas, e nos processos de multiplicação e
diferenciação celulares, herança gênica, constituição de tecidos e fotossíntese
(MALAVOLTA et al, 1997).
Entre os elementos absorvidos pela cultura do arroz, o nitrogênio é o nutriente
mais absorvido, depois do potássio. Seus efeitos na fisiologia das plantas são
observados nos componentes de produtividade (MEIRA, et al., 2005).
7
Ao analisar a nutrição de plantas de arroz, observa-se que o nitrogênio é o
elemento que mais influencia o crescimento e produção do arroz (MAE, 1986).
Entretanto, é o nutriente que mais afeta a altura da planta, aumentando-a e, dessa
forma, proporciona acamamento em alguns cultivares (DINIZ et al., 1976; ARF, 1993).
A adubação nitrogenada proporciona aumento do número de colmos e panículas
por área (DINIZ et al., 1976; SANTOS et al., 1986; BARBOSA FILHO, 1987;
FORNASIERI FILHO & FORNASIERI, 1993), do número total de espiguetas por
panícula e a massa de grãos (BARBOSA FILHO, 1987; FORNASIERI FILHO e
FORNASIERI, 1993), além de promover maior número de espiguetas granadas e maior
teor de proteínas nos grãos (BARBOSA FILHO, 1987).
MICHELON et al. (2002) e KUNZ et al. (2002) obtiveram resposta quadrática
para a produtividade de grãos (cv. Primavera), com o aumento das doses de nitrogênio.
A máxima produtividade (5697 kg ha
-1
) foi obtida com aplicação de 130 kg de N ha
-1
.
MEIRA et al. (2005) ao estudarem a resposta de dois cultivares de arroz (IAC
201 e IAC 202) submetidos a quatro doses de nitrogênio (0, 50, 100 e 150 kg ha
-1
), com
e sem tratamento da parte aérea com fungicidas (tebuconazole e tricyclazole),
verificaram que o cultivar IAC 202 proporcionou maior número de grãos formados por
panícula e maior massa de 100 grãos, resultando, assim, em maior produtividade de
grãos, sendo de 4512 kg ha
-1
para o IAC 202 e 3800 kg ha
-1
para o IAC 201.Também
foi observado pelos referidos autores que a máxima produtividade foi alcançada com a
aplicação de 90 kg ha
-1
de N em cobertura.
Sabendo-se da importância do nitrogênio, vale ressaltar que altas doses induzem
à formação de grande número de perfilhos e folhas novas, provocando sombreamento,
acamamento, criando condições favoráveis à ocorrência de doenças e refletindo em
menor produção (BARBOSA FILHO, 1987, 1991).
2.4 Interação nitrogênio e silício
O uso de cultivares com alto potencial reprodutivo tem induzido a aplicação mais
intensa de adubos, entre os quais o nitrogênio. No entanto, a utilização de doses cada
vez mais elevadas deste elemento, para aumentar a produtividade, promove elevado
8
desenvolvimento vegetativo, o que causa acamamento de plantas e interfere
negativamente na produtividade e na qualidade dos grãos (BUZETTI et al., 2006). O
problema de acamamento pode ser minimizado pelo fornecimento de silício para as
plantas (KORNDÖRFER et al., 2003 a).
A aplicação de altas doses de N pode favorecer a incidência elevada de doenças
fúngicas. O silício, ao ser absorvido, deposita-se nas folhas, nos tecidos da epiderme,
logo abaixo da cutícula, precisamente nas paredes mais externas (AGARIE et al.,
1998). Assim, a aplicação de silício confere resistência mecânica à penetração das
hifas (BARBOSA FILHO et al., 2001) e, desta forma, diminuindo o ataque de doenças.
Por outro lado, trabalhos como os de MAUAD et al. (2003), BALIZA et al. (2007)
e FALLAH (2008) mostram que a aplicação de doses de N interfere no teor de Si na
planta e que, quando a adubação nitrogenada é baixa, os teores de Si na planta tem
aumentos mais pronunciados, quando comparados com as doses mais elevadas de N.
2.5- Escória de siderurgia: material corretivo
A década de 1980 foi marcada pelo desenvolvimento da atividade de siderurgia
no Brasil, com forte expansão do parque siderúrgico nacional. A produção básica
destas siderúrgicas está centrada na fabricação de o e ferro-gusa. Cada tonelada
deste tipo de ferro gera em torno de 750 kg de escória de siderurgia, constituída de um
silicato de cálcio (CAMPUS FILHO, 1981). Anualmente, a produção da escória de
siderurgia supera 3 milhões de toneladas, além do estoque que vem sendo acumulado
ao longo do tempo (PRADO et al., 2001). Porém, uma das possibilidades de seu uso é
na agricultura (PRADO et al., 2002).
O Brasil, até o ano de 2006, encontrava-se como o primeiro produtor de aço
bruto na América Latina, com uma produção de 14,5 milhões de toneladas (IBS, 2007)
e em 1996 era o sexto maior produtor de ferro-gusa, com uma produção anual de cerca
de 25 milhões de toneladas (BNDES, 2005). Os estados de Minas Gerais, Rio de
Janeiro e São Paulo são considerados os maiores produtores de ferro e aço em nível
nacional, com uma produção anual de 6.942,3, 3.873,8 e 4.049,7 milhões de toneladas,
respectivamente (IBS, 2007). No entanto, a produção do ferro gera cerca de 6,25
milhões de toneladas de escória siderúrgica por ano (COELHO, 1998).
9
Em linhas gerais, no processo siderúrgico, o calcário, o minério de ferro e o
coque ou carvão são aquecidos a 1.900ºC, promovendo a redução do ferro e a
produção de compostos indesejáveis (material inerte do minério e do carvão), que não
foram reduzidos. Estes, combinam-se com cálcio (Ca) e magnésio (Mg) do calcário,
dando origem à escória (PEREIRA, 1978). Portanto, a escória apresenta constituinte
neutralizante (SiO
3
2-
) e bases como Ca e Mg (ALCARDE, 1992), e é também fonte de
silício, o que pode influenciar na eficiência de aproveitamento dos fertilizantes
fosfatados (PRADO & FERNANDES, 1999).
Em cada parte do processo de obtenção do ferro ou do aço a formação de
escórias de diferentes tipos. A escória de alto-forno é o resíduo do processo siderúrgico
que tem como primeira etapa a obtenção do ferro bruto e impuro ferro-gusa por
meio da redução do minério de ferro, enquanto a escória de aciaria é obtida no
processo de produção do aço pela utilização do ferro-gusa, processo que exige menor
grau de impureza (PRADO et al., 2001). Na sua composição encontram-se diversos
óxidos de Ca, Mg, Si, Fe e Mn, cujas quantidades e concentrações são decorrentes da
constituição química da matéria-prima (minério de ferro, carvão, calcário ou cal)
utilizada no processo de fabricação do produto, além do tipo de refratário usado na
parede do forno (PRADO et al., 2001). O teor de Si total das escórias no Brasil varia
conforme o tipo, sendo que a escória proveniente de aciaria apresenta entre 12 a 22
dag kg
-1
, enquanto a escória de alto-forno, entre 36 a 42 dag kg
-1
(PIAU, 1995).
A maioria dos solos cultivados em regiões tropicais do Brasil apresenta baixo pH
e níveis elevados e xicos de Al e Mn para as plantas. Isso gera menor disponibilidade
de nutrientes, tais como Ca, Mg e P, resulta em menor exploração do volume de solo
pelas raízes e, assim, menores produtividades são obtidas quando não são realizadas
práticas de correção da acidez do solo (FORTES, 2006).
Os materiais corretivos de acidez do solo são produtos capazes de neutralizar
(diminuir ou eliminar) a acidez e ainda elevar as quantidades de nutrientes no mesmo,
principalmente Ca e Mg. Dentre os materiais mais utilizados na correção da acidez dos
solos, destacam-se os óxidos, hidróxidos, silicatos e carbonatos de Ca e Mg
(MALAVOLTA, 1981).
10
O calcário é conhecido como o produto mais utilizado na agricultura para esta
função. É um produto obtido pela moagem da rocha calcária, tendo como constituintes
o carbonato de cálcio (CaCO
3
) e o carbonato de magnésio (MgCO
3
). Além disso, esse
material atua como corretivo de acidez e fornecedor de Ca e Mg (ALCARDE, 1992),
como pode ser verificado nas reações abaixo:
CaCO
3
+ H
2
O Ca
2+
+ CO
3
2-
MgCO
3
+ H
2
O Mg
2+
+ CO
3
2-
CO
3
2-
+ H
2
O HCO
3-
+ OH
-
HCO
3-
+ H
2
O H
2
CO
3
+ OH
-
OH
-
+ H
+
H
2
O
Porém, novos materiais estão sendo estudados, a exemplo dos silicatos e
agregados siderúrgicos (escórias) proveniente de siderúrgicas produtoras de ferro gusa
e aço (PRADO, 2000).
Os silicatos comportam-se de maneira similar aos carbonatos no solo. São
capazes de elevar o pH, neutralizando o Al trocável e outros elementos tóxicos
(ALCARDE, 1992; PRADO et al., 2002a). De acordo com ALCARDE (1992) as reações
de materiais silicatados que ocorrem no solo são:
CaSiO
3
Ca
2+
+ SiO
3
2-
SiO
3
2-
+ H
2
O (solo) HSiO
3
-
+ OH
-
HSiO
3
-
+ H
2
O (solo) H
2
SiO
3
+ OH
-
H
2
SiO
3
+ H
2
O (solo) H
4
SiO
4
Com a aplicação da escória ocorre, normalmente, a correção da acidez do solo,
tendo em vista a ação do silicato de Ca, devido à base química SiO
3
2-
. Dessa forma,
ocorrem algumas reações químicas no solo de maneira semelhante à que ocorre
quando se usa calcário, tais como aumento do pH e precipitação do Al e Mn tóxicos
(PRADO et al., 2001).
11
Para avaliar o potencial da escória de siderurgia, comparando-a ao calcário, para
ser empregado nas culturas, necessidade de acompanhar os efeitos desse material
na nutrição da planta, uma vez que os materiais corretivos podem afetar a fertilidade do
solo, a disponibilidade dos elementos e, conseqüentemente, a absorção e translocação
de nutrientes (PRADO et al., 2002)
É importante observar que os calcários e os silicatos diferem quanto à superfície
específica (área de contato) e quanto ao poder de neutralização (PN). O poder corretivo
das escórias pode ser superior em função da característica de suas partículas, por
apresentarem uma maior superfície específica, e, teoricamente, maior reatividade
(NOLLA, 2004). No entanto, segundo LOUZADA (1987), o silicato de cálcio apresenta
uma capacidade de neutralização de acidez de 86% em relação ao carbonato de cálcio
puro (VN = 100%). Portanto, quando se aplica calcário e escória com granulometrias
semelhantes, as escórias são um pouco menos eficientes na elevação do pH do solo,
sendo essas pequenas diferenças de eficiência atribuídas ao valor neutralizante mais
baixo da escória (LOUZADA, 1987). PRADO & FERNANDES (2000) atribuíram também
estas diferenças à não eficiência da aplicação de escória baseado no PN para a
correção do solo, quando comparado ao calcário.
A aplicação dos silicatos ao solo, além de promoveram a correção da acidez
também diminuem o Al tóxico, a disponibilidade de Fe e a fixação de P. Sendo assim,
observa-se ganhos de produção em culturas como o arroz e cana-de-açúcar. BERNAL
(2008) obteve aumentos de 14% em cana-de-açúcar e 21% em açúcar com a aplicação
de 200 kg ha
-1
de silicato de magnésio em relação ao tratamento testemunha.
As escórias podem apresentar um maior efeito residual nos solos devido a
liberação mais lenta de nutrientes, principalmente quando comparada aos calcários
(PRADO & FERNANDES, 2000). Isto se deve a um equilíbrio químico com a
solubilização da escória obtendo-se então um incremento inicial do valor pH e da
concentração de Ca. Esse aumento pressupõe decréscimos na dissolução da escória,
uma vez que a solubilidade desse material em solução aquosa diminui com o aumento
do pH e da concentração de Ca da solução (KATO & OWA, 1997).
A escória de alto forno apresenta maior liberação de K e a de aciaria mostra
maior disponibilidade de Ca (CARVALHO-PUPATTO et al., 2004). A granulometria mais
12
fina permite que as escórias de alto forno e de aciaria tenham uma maior reatividade
com os solos, de classe textural arenosa como na argilo-arenosas. Escórias de alto
forno com partículas menores que 0,3 mm são mais eficientes no fornecimento de Ca e
Mg para o solo, enquanto que as mais grosseiras, com partículas maiores que 2 mm,
são as menos efetivas (OLIVEIRA et al., 1994).
Existem trabalhos como os de FORTES (1993) e BARBOSA FILHO et al. (2004),
que comprovaram o efeito corretivo das escórias e seu comportamento semelhante ao
do calcário. Além disso, PRADO et al. (2003) observaram que ambos os corretivos
escórias e calcário promoveram efeito residual benéfico após 48 meses de aplicação
em relação à correção da acidez e à elevação da saturação por bases. Em trabalho
mais recente, PRADO et al. (2004) estudaram a reatividade de uma escória de aciaria
em diferentes frações granulométricas aplicadas um Latossolo Vermelho distrófico. Os
autores observaram que as frações granulométricas da escória influenciaram
diferentemente na acidez do solo, de forma que a fração retida entre as peneiras ABNT
5-10 mostrou-se ineficiente, enquanto a fração que passa na peneira ABNT 50 foi a que
conferiu maior efeito na acidez do solo. A reatividade das partículas da escória retidas
nas peneiras intermediárias, ABNT 10-20 e 20-50, foi proporcional aos valores vigentes
na legislação brasileira para calcários. Portanto, a taxa de reatividade obtida para a
escória foi de: ABNT 5-10= 0%; 10-20= 22%; 20-50=58% e >50=100%.
2.6- Escória de siderurgia: fonte de silício
2.6.1- Silício no solo
O silício compreende aproximadamente 28% da crosta terrestre e é considerado
o segundo elemento mais abundante. Em função dessa abundância, o silício é
componente majoritário dos minerais pertencentes ao grupo dos silicatos. Apresenta-se
de forma livre ou combinado como parte dominante da fração sólida e dissolvido na
solução do solo (MA et al., 2001). Além disso, o silício está presente em quantidades
significativas em sais nutrientes, água e ar altamente purificados (WERNER & ROTH,
1983).
Tal elemento encontra-se presente, ainda, na solução do solo, na forma de ácido
monosilícico (H
4
SiO
4
), é desprovido de carga elétrica, e a maior parte dele apresenta-se
13
na forma o dissociada, que é prontamente absorvida pelas plantas, silício adsorvidos
ou precipitados com óxidos de ferro e alumínio e os minerais silicatados (cristalinos ou
amorfos) (RAVEN, 1983; TAKAHASHI, 1995). A concentração do elemento nessa forma
na solução do solo varia de 0,1 a 0,6 mmol L
-1
e a maior parte está na forma não
dissociada (KNIGHT & KINRADE, 2001).
Na solução do solo, o ácido monosilícico comporta-se como um ácido muito
fraco. Na medida em que o pH fica próximo à neutralidade, apenas 0,2% se ioniza na
forma carregada negativamente (Si(OH)
3
-
) (MCKEAGUE & CLINE, 1963) e com a sua
solubilidade limitada a 2 mmol L
-1
. Acima desta concentração ocorre a polimerização e
produção de partículas coloidais de sílica hidratada (SiO
2
.H
2
O) (BIRCHALL, 1995).
Esse elemento move-se no solo pelo processo de difusão e do fluxo de massa
(ELAWARD & GREEN, 1979).
Em regiões temperadas, os teores totais de silício, excedem os dos sesquióxidos
de alumínio e ferro, enquanto nos solos de regiões tropicais ocorre o contrário. Os solos
tropicais, que são altamente intemperizados, podem apresentar, em alguns casos,
quantidade de silício cinco a dez vezes menores que em solos de regiões temperadas
(FOY, 1992).
Em solos de textura e idade variadas do Estado de São Paulo, RAIJ &
CAMARGO (1973) verificaram os menores valores de Si solúvel no Latossolo fase
arenosa, e os maiores valores num podzólico argiloso. Esses pesquisadores atribuíram
a referida observação à reduzida porcentagem de argila no Latossolo, aliada à menor
superfície específica total para o podzólico, menos intemperizado e mais argiloso. Além
disso, eles verificaram, ainda, teores de Si extraível com CaCl
2
0,0025 mol L
-1
, variando
de 1 a 43 mg dm
-3
. É válido ressaltar que os valores maiores foram encontrados nos
solos mais argilosos e houve também uma relação inversa com o grau de
intemperismo. No entanto, existem questionamentos quanto à disponibilidade de silício
no solo e o extrator a ser usado. Ao longo dos anos de pesquisa com Si alguns
trabalhos com extratores foram realizados (PEREIRA et al., 2007; KANAMUGIRE et al.,
2008). No entanto, ainda não existe um consenso sobre o melhor extrator
(KORNDÖRFER & BERTHELSEN, 2008).
Apesar da grande abundância do silício na crosta terrestre (MARSCHNER,
14
1995), a grande maioria das classes de solos, que já passaram por processo de
dessilicatização, a exemplo dos Latossolos, solos orgânicos e arenosos como os
Neossolos Quartzarênicos, apresentam baixos teores solúveis deste elemento
(SAVANT et al., 1997; KORNDÖRFER et al., 1999).
2.6.2- Escória de siderurgia como fonte de silício
Com o intuito de suprir a necessidade de Si, existem subprodutos da indústria do
aço e do ferro-gusa, que são as escórias de siderurgia ricas em Si, que poderiam
atender essa demanda. As altas temperaturas utilizadas nos processos siderúrgicos
liberam o Si de estados cristalinos, presentes no mineral e no fundente, e o
transformam em formas reativas e, conseqüentemente, mais solúveis (COELHO, 1998).
As principais características de uma fonte de Si para fins de uso na agricultura
são: alto conteúdo de Si solúvel, propriedades físicas adequadas, facilidade para a
aplicação mecanizada, pronta disponibilidade para as plantas, baixo custo, relações e
quantidades de cálcio (Ca) e magnésio (Mg) equilibradas e ausência de metais
pesados. Muitas escórias de siderurgia possuem tais características, e algumas delas
são fontes promissoras de Si disponível (KORNDÖRFER et al., 2003).
Estudos com escórias aplicadas ao solo têm mostrado que estes materiais, além
de proporcionarem mudanças nas características químicas do solo, aumentam o pH e
reduzem o H+Al (PRADO & FERNANDES, 2000, 2003), em razão da presença de
agente neutralizante da acidez como o SiO
3
-2
(ALCARDE, 1992). Ademais, também
favorecem incrementos na disponibilidade de P (PRADO et al., 2002), Ca, Mg (PRADO
& FERNANDES, 2000, 2003) e Si no solo (ANDERSON et al., 1987; WINSLOW, 1992).
Isso significa dizer que para culturas acumuladoras de Si, como o arroz e a cana-de-
açúcar (KORNDÖRFER & DATNOFF, 1995), o resultado garante tolerância a doenças
e aumentos de produtividade.
PEREIRA et al. (2007) realizaram estudos de incubação durante 90 dias,
utilizando 4 materiais de solo sob vegetação de cerrado (Latossolo Vermelho distrófico -
LVd, Latossolo Vermelho- Amarelo distrófico - LVAd, Latossolo Vermelho distroférrico -
LVdf e Neossolo Quartzarênico órtico - RQo) com 12 fontes de Si (wollastonita, escória
de alto forno I e II, escória de aço forno LD I, II, III e IV, escória de P, escória de aço
15
forno AOD, escória de aço forno elétrico, escória de o inox e argila silicatada) e
testemunha. Os autores observaram que os agregados siderúrgicos originados de alto
forno, os quais possuem maior teor de Si, são mais solúveis quando o extrator ácido
acético foi usado e menos solúveis em água, em relação aos demais materiais. A
escória de forno elétrico apresentou os maiores teores de silício extraído em água,
forma mais solúvel, apresentando maior potencial de utilização para agricultura, embora
sejam necessários estudos com plantas.
CARVALHO-PUPATTO et al. (2004), ao avaliarem o efeito de duas escórias de
siderurgia, sendo uma de alto-forno, com 196 g kg
-1
de Si, e outra de aciaria, com 56 g
kg
-1
de Si em suas composições, sobre os atributos químicos do solo, o crescimento
radicular e a produtividade do arroz, verificaram que essas duas fontes podem ser
aplicadas ao solo como corretivo de acidez e como fonte de silício para as plantas.
PEREIRA et al. (2004), com o intuito de avaliar diferentes fontes de Si quanto à
disponibilidade do nutriente para plantas de arroz, desenvolveu um experimento
utilizando um Neossolo Quartzarênico Órtico típico, em casa de vegetação, onde foram
avaliados doze fontes de silício e uma testemunha. Os autores observaram que a fonte
que proporcionou maior absorção de Si pelas plantas de arroz foi a escória de fósforo,
seguida da Wollastonita e de forno elétrico que não diferiram entre si. A fonte Aço Inox
foi a que apresentou maior extração de Si pelos grãos, diferindo da testemunha, da
argila silicatada, da Wollastonita e da escória AF2 (alto-forno da empresa 2). A fonte de
silício que apresentou a menor liberação no solo e extração pelas plantas foi a argila
silicatada, pois não diferiu da testemunha, seguida da escória AF2, AF1, da Cinza de
xisto, do Xisto e da escória LD4 (forno de aciaria tipo LD da empresa 4).
Em outro trabalho de PEREIRA et al. (2007), os autores estudaram diferentes
extratores de silício no solo e o comportamento de 25 fontes de silício aplicadas em um
Neossolo Quartzarênico Órtico típico, além de uma testemunha, sob a cultura do arroz
em casa de vegetação, e observaram que a sílica gel foi a fonte que proporcionou
maior teor de Si às plantas e a fonte MB-4 foi a que menos propiciou benefício a elas.
A escória de aciaria aplicada em vasos cultivado com Brachiaria brizantha
promoveu incremento, com ajuste linear, no aumento da concentração de Si disponível
CaCl
2
de um Latossolo Vermelho distrófico (FONSECA, 2007).
16
2.7 Atividade e qualidade bioquímica dos solos
O aumento da população no mundo e a demanda por maior oferta de alimentos
vêm resultando em uma expansão das áreas agrícolas. Conseqüentemente, está
havendo uma exploração exagerada do solo que resulta em alterações físicas,
químicas e biológicas que, se o forem adequadamente monitoradas e controladas,
levarão à queda de produtividade e à degradação do ecossistema (SIQUEIRA et
al.,1994). Neste sentindo, através da pesquisa, tem-se buscado, de forma objetiva,
conhecer os efeitos da aplicação de produtos agrícolas, sejam fertilizantes ou resíduos,
para o melhoramento da atividade biológica do solo.
Novas tecnologias têm sido aplicadas com o intuito de promover maiores
produções. Um exemplo disso tem sido a aplicação de silicatos, na forma de escória de
siderurgia, para promover ganhos de produtividade em culturas como a cana-de-açúcar
e o arroz. Contudo, uma das questões discutidas quanto à utilização desses
subprodutos na agricultura é a possibilidade da existência de metais pesados (PAVAN
& BINGHAM, 1982) que, se biodisponibilizados, podem causar efeitos deletérios ao
ambiente, como a contaminação do solo e das águas superficiais e subterrâneas
(COSTA et al., 1991). Assim, a incorporação desses resíduos merece estudos
aprofundados para que se conheça não a sua composição química, mas, também,
sua interação com o solo (POMBO & KLAMT, 1986). KORNDÖRFER et al. (2003)
afirmam que algumas escórias podem apresentar altos teores de metais pesados em
sua composição e que o uso desse tipo de material na agricultura deve ser evitado.
PIAU (1995), estudando os efeitos de escória de siderurgia e do calcário em plantas de
milho (Zea mays L.), observou que, apesar dos teores de Al, Ti, Pb,Cr, Ni, Ba, V, Cd, Sr
terem sido encontrados no solo e nos corretivos, não houve prejuízo à vida vegetativa
das plantas e nem danos ao solo com emprego de altas doses (1 e 2 vezes a
necessidade de calagem).
ISLAM & WEIL (2000) dividiram os indicadores de qualidade do solo em três
grandes grupos: os efêmeros, cujas alterações ocorrem em curto espaço de tempo ou
são modificados pelas práticas de cultivo, tais como: umidade do solo, densidade, pH,
disponibilidade de nutrientes; os permanentes, que são inerentes ao solo, tais como:
profundidade, camadas restritivas, textura, mineralogia; e, entre estes grupos, os
17
indicadores intermediários, que demonstram uma crítica influência da capacidade do
solo em desempenhar suas funções, tais como: agregação, biomassa microbiana,
quociente respiratório, carbono orgânico total e ativo. Para esses autores, os
indicadores intermediários são os de maior importância para integrarem um índice de
qualidade do solo.
Porém, de maneira geral, a qualidade do solo continua sendo mensurada apenas
através de indicadores químicos e físicos, uma vez que a porção biológica do solo
normalmente é mais difícil de ser quantificada. Entretanto, quando se trata da avaliação
da qualidade e da sustentabilidade de solos agrícolas, é fundamental que esta seja
determinada também, e principalmente, por indicadores biológicos, especialmente por
aqueles relacionados ao funcionamento da ciclagem de nutrientes (SILVEIRA, 2007).
Os microrganismos são reconhecidos por sua habilidade em promover
transformações bioquímicas nos nutrientes e por sua importância em prover os
elementos nutritivos de interesse às plantas, principalmente N, P e S (PAUL & CLARK,
1989). Pode-se inferir essas transformações pela quantificação do número de
microrganismos ou por sua atividade (NANNIPIERI et al., 1978). As avaliações de
atividades enzimáticas do solo têm sido amplamente difundidas pela pesquisa
agronômica mundial devido ao seu potencial como indicadores de qualidade. Isso
porque, além da sua sensibilidade para detectar alterações na qualidade do solo, mais
precocemente que os indicadores físicos e químicos, tais avaliações são métodos
simples e rápidos, além de se correlacionarem com outras propriedades do solo
(SILVEIRA, 2007).
Em função das baixas concentrações das enzimas no solo, a quantificação
destas é feita de maneira indireta, através da medida de sua atividade, e não pela sua
quantidade. Geralmente, a atividade é medida através da quebra de um substrato
específico para cada enzima a ser avaliada, em condições padronizadas de pH e
temperatura (TABATABAI, 1994).
A atividade microbiológica inclui todas as reações metabólicas celulares, suas
interações e seus processos bioquímicos mediados ou conduzidos pelos organismos do
solo (SIQUEIRA et al.,1994). A hidrólise de diacetato de fluoresceína (FDA) é um novo
método que avalia a atividade hidrolítica indiscriminada, ou seja, funciona como
18
indicador da atividade total de microrganismos heterotróficos do solo (ADAM &
DUNCAN, 2001). Segundo ALENCAR & COSTA (2000); COSTA (1995); COSTA et al.
(2000), o FDA é hidrolisado por várias enzimas (lípases, proteases e esterases),
presentes nos microrganismos e, por esse motivo, tem sido usado para avaliar a
atividade microbiana nas amostras de solo.
A celulase é uma enzima produzida por microrganismos do solo e é capaz de
hidrolisar-se por meio de ácidos que resultam na formação de glicoses. Na natureza,
este processo representa a maior fonte de carbono para o solo (RUEGGER & TAUK-
TORNISIELO, 2004).
Outra avaliação da atividade microbiana está ligada ao nitrogênio. Sabe-se que a
maior parte do N no solo encontra-se em formas orgânicas, pouco disponíveis para as
plantas, e que o primeiro passo na mineralização do N-protéico no solo envolve sua
hidrólise, catalisada por enzimas denominadas proteases. A ação dessas enzimas
origem a uma mistura de aminoácidos (BURNS, 1982). Os aminoácidos oriundos da
hidrólise das proteínas são, em seguida, desaminados com a produção de NH
4
+
, que é
passível de absorção ou nitrificação.
A arilsulfatase é uma enzima que participa do ciclo do S no solo, ao hidrolisar
ligações do tipo éster de sulfato, o que libera íons sulfato (TABATABAI & BREMNER,
1970). Sua origem pode ser microbiana ou vegetal (GANESHAMURTHY & NIELSEN,
1990). A atividade da arilsulfatase no solo decresce com a profundidade e com a
diminuição do teor de matéria orgânica (BALIGAR et al., 1988) por constituir a principal
reserva de ésteres de sulfato, que são substratos da enzima.
Além da celulase, da protease e da arilsulfatase, os microrganismos liberam para
o solo uma enzima conhecida como fosfatase e que está envolvida no ciclo do fósforo.
A adubação pode afetar de modo significativo a atividade de fosfatase. CHUNDEROVA
& ZUBETA (1969), citados por DICK (1994), observaram reduções nos níveis de
atividade da fosfatase ácida de acordo com o aumento do P na solução do solo. De
acordo com SKUJINS (1967), uma atividade elevada de fosfatase está relacionada com
baixos níveis de fosfatos inorgânicos.
19
Assim, a atividade enzimática do solo pode fornecer importantes informações de
como o manejo do solo está afetando a decomposição da matéria orgânica e a
ciclagem dos nutrientes.
O crescimento acelerado da siderurgia brasileira tem gerado grande quantidade
de resíduos que podem constituir uma alternativa viável para a correção da acidez do
solo e fornecer alguns micronutrientes às plantas, diminuindo impactos ambientais
ocasionados pelo seu acúmulo. No entanto, uma das limitações para sua utilização é a
presença de metais pesados que podem afetar plantas e microrganismos do solo.
Estudos anteriores mostraram seu potencial como fonte de micronutrientes para a
cultura do sorgo (NOGUEIRA, 1990), milho (ACCIOLY, 1996), feijoeiro (SILVA, 1999) e
da goiabeira (PRADO et al., 2002b), porém não se têm informações sobre seu efeito na
microbiota do solo, o qual depende do tipo de solo e da concentração dos metais
aplicados (BROOKES, 1995). Os metais pesados podem afetar a morfologia,
crescimento e metabolismo de microrganismos (LEITA et al., 1995), e reduzir, assim, a
quantidade e atividade da biomassa microbiana no solo (BARDGETT & SAGGAR,
1994; FLIEBBACH et al., 1994; VALSECCHI et al., 1995), além de interferir na atividade
enzimática do solo.
No entanto, a pesquisa agronômica brasileira nesta área ainda não é suficiente.
Não existem dados satisfatórios sobre a atividade enzimática de solos submetidos à
calagem e à silicatagem.
20
III. MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi instalado em casa de vegetação pertencente à Faculdade de
Ciências Agrárias e Veterinárias UNESP Campus de Jaboticabal, SP, localizada a
uma altitude de 610 metros, com as seguintes coordenadas geográficas: 21º15’22” S e
48º15’18” W (Figura 1), em 15/02/2006.
Solo
Foram utilizadas amostras de um Latossolo Vermelho distrófico (LVd), textura
média (31% de argila), segundo o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos
(EMBRAPA, 2006). A coleta do solo foi realizada no Sítio Stéfani, no município de
Jaboticabal/SP, na profundidade de 0 a 30 cm.
As características químicas para fins de fertilidade do solo (RAIJ et al., 2001) e o
Si em CaCl
2
0,01 mol L
-1
disponível (KORNDÖRFER et al., 2004) foram determinadas
antes da instalação do experimento e os resultados encontram-se na Tabela 1. As
características granulométricas, determinadas conforme metodologia descrita por
CAMARGO et al. (1986), estão apresentadas na Tabela 2.
Tabela 1. Características químicas do solo coletado antes da instalação do
experimento.
pH
M.O.
Si
P
K
Ca
Mg
(H+Al)
SB
T
V
g dm
-3
--- mg dm
-3
----
--------------------mmol
c
dm
-3
------------
%
4,2
17
3
5
0,5
4
2
58
6,5
64,5
10
(1)
pH em CaCl
2
(1:2,5); Silício CaCl
2
0,01 mol L
-1
(1:10); P, K, Ca e Mg resina.
Características dos materiais corretivos
A escória de aciaria utilizada foi proveniente da siderúrgica Dedini, localizada no
município de Piracicaba-SP. A caracterização química, poder de neutralização (PN),
reatividade (RE), poder relativo de neutralização total (PRNT) e o silício total e solúvel
estão apresentados na Tabela 3.
21
Tabela 2. Características granulométricas do solo na camada de 0-30 cm de
profundidade.
Camada
Argila
Silte
Areia
Classe
Textural
Fina
Grossa
cm
------------------------------ g kg
-1
-------------------------------
0-30
310
90
250
350
média
O calcário utilizado foi o dolomítico proveniente da mineradora Partezan,
localizada no município de Uberaba-MG, o qual apresenta teor de MgO semelhante ao
da escória de aciaria utilizada no experimento (Tabela 3).
Tabela 3. Características dos corretivos utilizados no experimento.
Fontes
Teor de
PN
RE
PRNT
Si
Total*
Si
Solúvel**
CaO
MgO
-------- g kg
-1
------
------------- % --------------
-------- g kg
-1
-------
Escória
Aciaria
257
64
61,87
87,56
54,2
92
19
Calcário
dolomítico
402,3
58,4
86,50
87,08
75,3
68
0,1
* Si Total em ácido fluorídrico concentrado e ** Si-solúvel em NH
4
NO
3
+ Na
2
CO
3
Tratamentos e delineamento experimental
Os tratamentos foram constituídos pela combinação entre duas fontes de
materiais corretivos, três níveis de correção e três doses de nitrogênio e uma
testemunha absoluta.
As doses dos materiais corretivos utilizados foram: ½; 1 e 2 vezes a quantidade
necessária para elevar a saturação por bases a 50%, valor recomendado para a cultura
do arroz conforme CANTARELLA & FURLANI (1997), além da testemunha, conforme
segue:
1- Equivalente a 1,3 g dm
-3
de CaCO
3
2- Equivalente a 2,6 g dm
-3
de CaCO
3
3- Equivalente a 5,2 g dm
-3
de CaCO
3
22
Assim doses de escória e de calcário corresponderam a 4,76; 9,52 e 19,04 g por
vaso (2,4; 4,8 e 9,6 t ha
-1
) e 3,42; 6,84 e 13,68 g por vaso (1,7; 3,4 e 6,8 t ha
-1
),
respectivamente.
As doses de nitrogênio avaliadas foram: ½; 1 e 2 vezes a quantidade padrão de
160 mg dm
-3
indicada por FAGERIA (2001). As doses corresponderam a 80; 160 e 320
mg dm
-3
de N na forma de uréia (44% de N).
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, em esquema
fatorial 2 x 3 x 3 + 1, totalizando dezenove tratamentos, com quatro repetições. Os
fatores correspondem a dois tipos de materiais corretivos, calcário comum e escória de
aciaria, três doses dos corretivos, três doses de nitrogênio, e uma testemunha absoluta.
Incubação do solo
Amostras de 16 kg de TFSA foram colocadas em sacos plásticos juntamente
com os materiais corretivos selecionados para a condução do experimento e
homogeneizados com o solo. O solo ficou incubado por 90 dias mantendo-se a
umidade ajustada a 60% da capacidade de retenção de água.
Instalação e tratos culturais empregados no experimento
A unidade experimental constou de um vaso plástico com a capacidade de 5 dm
3
,
contendo 4 dm
3
de TFSA já previamente incubadas com os materiais corretivos.
Cultivar
Para a instalação do experimento utilizou-se a cultura do arroz, cultivar IAC 202,
obtido do cruzamento entre os cultivares Lemont e IAC 25, pelo Instituto Agronômico de
Campinas, no ano de 1985. O cultivar é indicado para terras altas e apresenta as
seguintes características: altura entre 80 a 90 cm (porte baixo), com massa de 100
grãos de 2,20 g, ótima resistência ao acamamento, ciclo médio de florescimento de 87
a 92 dias, resistência moderada a brusone (Pyricularia oryzae). É recomendado para o
sistema de cultivo irrigado por aspersão e sequeiro, de excelentes características
culinárias (Instituto Agronômico de Campinas, 1998).
As sementes de arroz IAC 202 foram colocadas para germinar no dia 1° de
fevereiro de 2006 em bandejas plásticas, contendo areia lavada e periodicamente
23
irrigadas com água deionizada. Aos 14 dias após a semeadura, procedeu-se ao
transplantio de 10 mudas para cada vaso plástico e após 15 dias realizou-se o
desbaste, deixando cinco plantas por vaso. Os vasos foram irrigados diariamente com
300 mL de água deionizada. O experimento foi desenvolvido em casa de vegetação
sendo feito, periodicamente, o rodízio dos vasos. A visão parcial do experimento
encontra-se na Figura 1.
Figura 1. Fotos do experimento aos 60 dias após a semeadura, desenvolvido em casa
de vegetação da FCAV/UNESP.
A adubação básica para a cultura do arroz foi realizada de acordo com FAGERIA
(2000), aplicando-se P = 200 mg dm
-3
(superfosfato simples) e K = 180 mg dm
-3
(cloreto
24
de potássio). Além desses nutrientes, foram acrescidos os micronutrientes B (0,5 mg
dm
-3
), Cu (1,5 mg dm
-3
) e Mn (3,0 mg dm
-3
), na forma de ácido bórico, sulfato
de cobre e sulfato de manganês, respectivamente, conforme indicação de MALAVOLTA
(1980) para experimento em vaso.
As doses de N para o arroz foram parceladas, aplicando-se metade no
transplantio das mudas de arroz. A outra metade foi distribuída no início do
perfilhamento (20 dias após a semeadura) e no início da formação da panícula (55 dias
após a semeadura) (FAGERIA, 2001).
Decorridos 120 dias após o transplantio das plântulas de arroz, foi coletada toda
a parte aérea das plantas (colmos, folhas e panículas). O material coletado foi lavado
com detergente (1 mL L
-1
), enxaguado com água corrente e por último com água
deionizada. Em seguida, foi seco em estufa de circulação forçada a 65°C. Após a
secagem, todo o material foi pesado para obtenção da produção de massa seca da
parte rea (MSPA) (colmo + folha) e, posteriormente, moído. Também foi realizada a
pesagem dos grãos, após serem secos em estufa de circulação forçada a 65°C, para a
determinação da massa seca dos grãos (MSG).
Características analisadas
Altura das plantas (em cm): foi determinada em todas as plantas colhidas,
medindo-se a distância entre o colo da planta e a folha mais alta.
Número de colmos por vaso: contagem do número de colmos, considerando o
número de perfilhos existentes a partir da planta principal.
Massa seca da parte aérea (MSPA) (g por vaso): colmo e folhas foram
pesados após serem secos em estufa com circulação forçada de ar a 65°C até atingir
massa constante.
Número de panículas por vaso: contagem do número de panículas contidas
em cada vaso no momento da colheita.
Massa seca de grãos (MSG) (g por vaso): após serem secos em estufa com
circulação forçada de ar a 65°C, foi determinada a massa seca dos grãos até atingir
massa constante.
Características químicas do solo: determinado os atributos químicos
referentes à fertilidade do solo (pH CaCl
2
, H+Al, SB, T, V) e as concentrações de macro
25
e micronutrientes no solo, após o período de incubação e ao final do experimento,
foram determinados seguindo a metodologia proposta por RAIJ et al.
(2001). Além disso, foi determinado o silício no solo após o período de incubação e ao
final do experimento. Tal procedimento seguiu a metodologia proposta por
KORNDÖRFER et al. (2004).
Determinações de macro, micronutrientes e silício nas plantas: os teores dos
nutrientes e de silício na MSPA (colmo + folhas) foram determinados segundo as
metodologias propostas por BATAGLIA et al. (1983).
Nutrientes acumulados: o acúmulo de nutrientes foi calculado a partir dos teores
de nutrientes da parte aérea e multiplicado pela sua massa seca.
Atividade microbiológica do solo: para as análises de atividade microbiológica
do solo foram selecionadas amostras de solo coletadas dos vasos, logo após a colheita
da parte aérea, ou seja, 120 dias após o transplantio das plântulas de arroz. Realizou-
se a determinação de cinco propriedades biológicas do solo: atividade microbiana pelo
método de hidrólise do diacetato de fluresceína FDA (CHEN et al., 1988), atividade
das enzimas celulase (SMITH, 1977), protease (ALEF & NANNIPIERI, 1995),
arilsulfatase (TABATABAI & BREMNER, 1970) e fosfatase ácida (TABATABAI, 1982).
Todas essas análises foram realizadas pelo Laboratório de Bioquímica do
Departamento de Tecnologia da Unesp/Jaboticabal, SP.
Análise estatística
Os resultados obtidos, foram submetidos à análise de variância pelo Teste de F,
considerando um esquema fatorial 2 x 3 x 3 + 1, que correspondem a dois tipos de
corretivo, três doses de aplicação dos materiais corretivos, três doses de nitrogênio, e
uma testemunha absoluta, em 4 repetições, em todas as variáveis em estudo, exceto
para as variáveis de atividade microbiológica do solo, para as quais consideraram 4
tratamentos (1- calcário= 3,4 g por vaso e N= 80 mg dm
-3
; 2- calcário=13,7 g por vaso e
N= 320 mg dm
-3
; 3- escória de aciaria= 4,8 g por vaso e N=80 mg dm
-3
e 4- escória de
aciaria= 19 g por vaso e N=320 mg dm
-3
N e 5- testemunha), em 4 repetições.
26
As médias das interações triplas significativas foram comparadas pelo Teste Tukey
a 5%. Foram realizadas, também, análises de regressão polinomial para as interações
entre fontes e doses de material corretivo, fontes e doses de N e entre doses dos
materiais corretivos e doses de N, em todas as variáveis em estudo, exceto para as
variáveis de atividade microbiológica do solo.
27
IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Efeito dos tratamentos nas características químicos do solo
Observa-se que a aplicação das duas fontes corretivas em combinação com os
três níveis estudados proporcionaram aumentos do pH CaCl
2
, da disponibilidade de P,
Ca, Mg e Zn, resultando em menor concentração de H+Al e também de Fe, além do
aumento os valores de SB, T e V% em relação à testemunha absoluta.
De acordo com a análise de variância para o pH em CaCl
2
da solução do solo, no
período após os 90 dias de incubação, verificou-se que houve significância para a
interação entre as fontes aplicadas e as doses dos materiais corretivos, cujos os
resultados ajustaram-se ao modelo polinomial de regressão (Figura 2).
Observou-se que tanto o calcário dolomítico como a escória de aciaria
promoveram aumentos do pH do solo (Figura 2a). O maior valor de pH foi observado na
aplicação da dose de 5,2 g dm
-3
ECaCO
3
. A capacidade da escória de siderurgia em
aumentar o pH do solo se deve à hidrólise do ânion silicato que promove a liberação de
hidroxilas (OH
-
), neutralizando os H
+
e elevando o pH do solo (ALCARDE, 1992). A
elevação do pH com a aplicação da escória de siderurgia está de acordo com os
resultados apresentados por outros autores (KORNDÖRFER et al., 1999; FARIA, 2000;
SILVA, 2001; PRADO & FERNANDES, 2003) que também observaram aumetos do pH
do solo com a aplicação de escória de siderurgia.
Observa-se ainda que o pH em CaCl
2
aumentou quase duas unidades entre a
aplicação das doses de 1,3 a 5,2 g dm
-3
ECaCO
3
, na forma de escória. MELO (2005),
aplicando a dose de silício de 450 mg dm
-3
em um Latossolo Vermelho-Amarelo,
verificou aumento de pH em CaCl
2
de 5,5 para 6,1.
Tabela 4. Valores médios de características químicas do solo em amostras retiradas após o término da incubação, em função das fontes de materiais corretivos (F) e das doses dos
materiais (DC).
Tratamentos
pH
M.O.
P
K
Ca
Mg
H+Al
SB
T
V
Cu
Fe
Mn
Zn
CaCl
2
g dm
-3
g dm
-3
------------------------- mmol
c
dm
-3
-------------------------------
%
---------------- mg kg
-1
--------------
Fatorial
5,0
16
5,4
0,7
20,3
8,6
25,6
30,0
56,0
49,5
0,60
41,3
6,7
0,3
Testemunha
3,9
15
3,5
0,7
2,5
1,5
41,0
4,7
45,7
10,2
0,60
73,7
6,8
0,1
Teste F
Fatorial x
Testemunha
1341,71**
8,30
ns
47,03**
1,66
ns
976,56**
443,29**
1015,93**
608,65**
127,44**
1777,92**
0,00
ns
673,58**
0,73
ns
50,37**
F
2,52
ns
0,09
ns
28,90**
0,14
ns
3,94
ns
6,35*
9,85 **
3,73
ns
3,80
ns
20,87**
11,39**
19,24**
1329,78**
191,44**
DC
1067,47**
1,21
ns
16,26**
1,29
ns
1173,48**
528,76**
495,50**
695,56**
347,58**
1037,25**
0,53
ns
105,07
**
42,54**
47,13**
F x DC
21,30**
12,36
ns
7,23**
7,05
ns
10,17**
6,58**
11,58**
8,46**
19,07**
14,50**
5,52**
21,01**
130,78**
39,80**
C.V.(%)
1,27
4,2
11,1
7,25
6,0
8,4
4,0
7,3
3,5
4,0
8,0
6,5
5,9
15,8
Médias seguidas de letras minúsculas iguais na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%. **; *; ns: significativo (P<0,01); (P<0,05) e não significativo (P>0,05)
respectivamente pelo teste F.
28
29
A aplicação de ambos os corretivos, além de aumentar o pH em CaCl
2
, diminuiu
o teor de H + Al no solo (Figura 2b). Observou-se que os valores de H+Al
+3
decresceram de 31 a 13,7 mmol
c
dm
-3
para a escória e de 29,5 a 15,2 mmol
c
dm
-3
para
o calcário, respectivamente, para as doses de 1,3 a 5,2 g dm
-3
ECaCO
3
.
Salienta-se que as doses de escória aplicadas no solo, promoveu diminuição da
acidez potencial (H+Al) em decorrência da elevação do pH, devido à reação da base
SiO
3
2-
no solo, formando H
2
SiO
3
-
(ALCARDE, 1992), que reduziu o H
+
presente na
solução do solo. A contínua remoção de H
+
da solução do solo conduz também à
precipitação do íon Al
3+
na forma de Al(OH)
3
que é de baixa solubilidade e não promove
toxidade para as plantas (PAVAN & OLIVEIRA, 1997; KORNDÖFER & NOLLA, 2003).
As doses dos materiais corretivos, escória e de calcário, elevaram de forma
linear os valores de Ca e Mg (Figura 2 c,d) em relação à análise inicial do solo.
CARVALHO-PUPATTO et al. (2003), também trabalhando com escória de siderurgia,
encontraram aumentos nos teores de Ca e Mg nos solos cultivados com arroz. FIRME
(1986) justifica esse aumento nos teores de Ca e Mg do solo ocorre devido à
composição química do material empregado, pois, no processo de fundição do aço,
esses nutrientes provém do calcário e do silicato.
De acordo com a Figura 2e, observa-se que, tanto para o calcário como para a
escória, a soma de bases (SB) no solo também aumentou em decorrência das maiores
concentrações de cálcio e magnésio no solo. Este mesmo comportamento foi
observado para os valores encontrados para CTC em pH 7,0 (T) (Figura 2f) e para a
saturação por bases (V%) (Figura 2g), pois esta última é calculada a partir dos
resultados obtidos para a SB e T. Além disso, observa-se que os valores de V% nas
doses de 1,3 e 2,6 g dm
-3
ECaCO
3
ficaram próximos ao pretendido para o experimento
(50%). PULZ et al. (2008), ao estudarem a influência de silicato e calcário na batata sob
condições de deficiência hídrica, constataram a elevação da saturação por bases do
solo em relação à análise inicial após a aplicação dos corretivos, confirmando as
observações feitas neste trabalho.
Também foram obtidos resultados semelhantes aos encontrados neste trabalho,
os experimentos realizados por SILVA (2001) em relação ao pH e à porcentagem de
saturação por bases, utilizando uma escória siderúrgica e por MELO (2005) que, após a
30
aplicação de 450 mg dm
-3
de silicato de cálcio, observou redução no teor de H+Al
+3
de
22,9 para 14 mmol
c
dm
-3
e aumentos na porcentagem por saturação de bases de 65,5
para 74,5%, aproximadamente.
A concentração de fósforo disponível no solo apresentou efeito diferenciado em
função dos materiais corretivos aplicados no solo (Figura 2h), tendo ajuste quadrático
para o calcário e ajuste linear para a escória. Verificou-se que a maior disponibilidade
deste elemento no solo ocorreu com a aplicação da escória e das maiores doses de
equivalente de CaCO
3
, nos quais os valores de pH também encontraram-se mais
elevados (cerca de 6,0). FAGERIA (1984), ao estudar o efeito do pH na disponibilidade
de P em solos de cerrado, observou que o P tende a estar mais disponível em solos
com pH próximo de 6,0. Nota-se que a maior concentração de fósforo disponível,
ocorreu com o emprego da escória de siderurgia, em relação ao calcário. Segundo
BALDEON (1995) e CARVALHO et al. (2000), os acréscimos de fósforo em função da
aplicação de silicatos ocorreram devido ao somatório de dois fatores: o poder corretivo
(alcalinizante) dos silicatos e a competição Si x P pelos mesmos sítios de adsorção nos
solos, interação esta que não ocorre quando se utiliza somente o calcário. PRADO &
FERANDES (2001), ao avaliarem o efeito da escória de siderurgia e calcário na
disponibilidade de fósforo de um Latossolo Vermelho-Amarelo cultivado com cana-de-
açúcar, observou efeito linear da escória de siderurgia no P disponível do solo, em
contraste com a ausência de relação quando se aplicou calcário, sendo que este
resultado sugere que o efeito positivo da escória de siderurgia se deve mais ao efeito
do silicato, de saturar os sítios de adsorção de P, do que ao efeito de aumento do pH.
No entanto, VIDAL (2005) observou que existem diferenças quanto à adsorção de
fósforo e de silício em um grupo de solos com textura que variaram de arenosos a muito
argilosos. Desta forma, a contribuição dos silicatos na disponibilidade de P, seria
justificada pelo efeito duplo: corretivo da acidez e fertilizante (silício).
Pela Figura 3a, apesar de significativa a interação entre as fontes e as suas
respectivas doses, para a concentração de cobre no solo, não houve ajuste significativo
para os modelos de regressão polinomial empregados. Por outro lado, a escória
aumentou a disponibilidade de zinco e manganês (Figuras 3 c, d). Isso pode ser
justificado, provavelmente, pela presença desses elementos na composição da escória.
Figura 2. Efeito das fontes (média da escória de aciaria e calcário) e das doses dos materiais corretivos nos atributos
químicos do solo as o período de 90 dias de incubação.
31
32
Figura 3. Efeito das fontes (média do calcário e da escória de aciaria) e das doses dos
materiais corretivos nas concentrações de micronutrientes do solo após o
período de 90 dias de incubação.
PRADO et al. (2002b), observaram aumentos nas concentrações de Zn, Cu e Mn
no solo em função da aplicação da escória de siderurgia e concluíram que esse
material, além de apresentar-se como corretivo de acidez, também pode ser utilizado
como fonte de micronutrientes para as plantas.
para o calcário, observa-se uma diminuição na disponibilidade de Fe e Mn
(Figura 3b, c). A diminuição na disponibilidade desses elementos poderia ser justificada
pela elevação do pH em decorrência da aplicação do calcário. Trabalhos como os de
LINDSAY (1972) e MENGEL & GEURTZEN (1986) mostram que esses elementos em
solos de pH elevado diminuem a sua disponibilidade.
Teores de macro e micronutrientes na parte aérea (colmo + folhas) das plantas
Os resultados dos teores de macronutrientes e micronutrientes na parte aérea da
planta (colmo + folhas), para o fatorial e a testemunha absoluta, em função do tipo e
33
doses dos corretivos e doses de nitrogênio, estão apresentados na Tabela 5, assim
como as respectivas interações entre os fatores estudados.
Por meio desse estudo, verificou-se que a aplicação dos tratamentos realizados
na cultura do arroz, descrita anteriormente, resultou em maiores teores de N, Ca e
Mg do fatorial, comparada com a testemunha (Tabela 5). Tal procedimento indicou
melhoria no estado nutricional das plantas de arroz. No entanto, os demais nutrientes
apresentaram-se com maior teor nas plantas testemunhas. Esse comportamento
poderia ser explicado pelo fato de ter havido desenvolvimento favorável das plantas
submetidas aos tratamentos do fatorial, e em função do resultado positivo houve efeito
de diluição dos nutrientes nessas plantas. Observou-se que o crescimento das plantas
do tratamento testemunha foi inferior e, por isso, houve uma concentração de P, K, S,
Mn e Zn.
A Tabela 5 também apresenta a interação tripla entre os fatores fontes, doses de
material corretivo e de nitrogênio e que tal interação foi significativa para a maioria dos
nutrientes avaliados, com exceções ao Fe e Mn.
Houve efeito positivo do corretivo utilizado no teor de N nas folhas. No entanto,
esse efeito foi menor para os tratamentos que receberam escória de aciaria em
comparação ao calcário (Tabela 6), entre as combinações de 1,3 g dm
-3
de ECaCO
3
e
320 mg dm
-3
de N e 5,2 g dm
-3
de ECaCO
3
com as doses de 80 e 160 mg dm
-3
de N.
Na Tabela 7, em relação as doses de ECaCO
3
, a aplicação do calcário aumentou
em todas as combinações, com as doses de N, o teor de N na planta. Entretanto,
observa-se uma redução no teor desse elemento nas plantas com a aplicação de
silicato. ISLAM & SAHA (1969) obtiveram uma redução nos teores desse elemento à
medida que o nível de aplicação do silicato foi aumentando, o que se assemelha aos
resultados obtidos no presente trabalho. O efeito da aplicação do silício poderia reduzir
a incidência de doenças ngicas, como a brusone, um dos principais patógenos
atuantes sobre a cultura do arroz, por evitar que elevados desenvolvimentos
vegetativos ocorram e predisponham as plantas ao acamamento (BUZETTI et al.,
2006).
34
PULZ et al. (2008) verificaram maior teor de N em folhas de batateira que
receberam calcário em comparação com os tratamentos com aplicação de silicato e
justificaram o menor teor deste elemento na planta em função de um efeito de diluição,
já que as plantas que receberam silicato proporcionaram maior altura da planta e
consequentemente, maior matéria seca. No entanto, MAUAD et al. (2003) não
observaram redução do teor de N em plantas de arroz com a aplicação de 600 mg kg
-1
de SiO
2
, inferindo que as doses de Si aplicadas poderiam não ter sido elevadas o
suficiente para reduzir os teores de N na planta.
De acordo com a Tabela 8, a aplicação de doses de N ao solo resultou em teor
de N na planta semelhante às combinações de fontes com as doses de ECaCO
3
, e
indicou que a absorção de N pela planta não acompanhou o aumento da
disponibilidade desse elemento para a cultura do arroz.
A interação tripla entre fontes, doses dos materiais corretivos e doses de N, fez
com que o teor de P na planta fosse maior para os tratamentos que receberam calcário
para a maioria das combinações (Tabela 6). No entanto, a dose de 1,3 g dm
-3
ECaCO
3
e 160 mg dm
-3
N, 2,6 g dm
-3
ECaCO
3
e 80 mg dm
-3
N, 5,2 g dm
-3
ECaCO
3
e 80 e 320
mg dm
-3
N não houve diferenças entre as duas fontes estudadas. Somente na dose de
2,6 g dm
-3
ECaCO
3
e 160 mg dm
-3
N, o emprego da escória proporcionou maior teor de
P na planta.
Em relação às doses de ECaCO
3
(Tabela 7), nota-se que praticamente não
houve diferenças para o teor de P na planta com a aplicação das fontes e as doses
crescentes de N. Assim, os aumentos observados nas concentrações de P na solução
do solo (Figura 2h) decorrentes da aplicação dos materiais corretivos e das doses de
ECaCO
3
, não favoreceram os acréscimos nos teores de P na planta.
As doses de N aumentaram o teor de P na planta para as interações entre a
dose de 2,6 g dm
-3
ECaCO
3
e as duas fontes estudadas. Apesar da possível
acidificação do solo, decorrente da reação da uréia no solo e liberação de H
+
, o teor de
P aumentou na planta (Tabela 8).
Tabela 5. Teores de macro e micronutrientes nas plantas (folhas + colmos) de arroz cultivadas em função da aplicação de duas fontes (F) e três
doses de corretivo (DC) e três doses de nitrogênio (DN)
Tratamentos
N
P
K
Ca
Mg
S
Cu
Fe
Mn
Zn
-------------------------------- g kg
-1
---------------------------------
---------------------mg kg
-1
------------------
Fatorial
10,6 a
0,8 b
10,3 b
5,0 a
3,0 a
2,0 b
5,5
176 a
621 b
26 b
Testemunha
6,4 b
1,9 a
14,0 a
3,6 b
1,2 b
3,3 a
5,0
139 b
4137 a
88 a
Fatorial x Testemunha
64,52**
260,81**
48,85**
23,68**
115,67**
71,62 **
1,38
ns
8,17 **
1588,81 **
978,22**
Teste F
F
15,62 **
15,02**
28,45**
63,36 **
102,41**
0,84
ns
4,99 *
2,26
ns
51,44 **
352,00 **
DC
1,87
ns
2,44
ns
32,51**
8,54**
104,16**
31,51 **
1,40
ns
28,46**
100,07 **
136,27 **
DN
311,88**
4,32
ns
220,92**
1,41
ns
47,48**
10,35 **
21,21 **
15,51**
42,24 **
22,81 **
F x DC
6,82**
6,14**
2,37
ns
2,02
ns
6,78**
8,39 **
9,35 **
11,44**
1,15
ns
3,01
ns
F x DN
0,95
ns
0,12
ns
16,62 **
3,84*
0,14
ns
3,22 *
8,11 **
25,65**
8,87 **
12,28 **
DC x DN
2,42
ns
5,27* *
11,76**
0,83
ns
5,61**
1,08
ns
12,97 **
11,31**
14,05 **
20,49**
FxDCxDN
3,72 *
9,17**
10,18 **
10,14**
13,54**
3,41*
3,59 *
0,80
ns
2,13
ns
9,18 **
C.V.(%)
9,7
14,5
9,9
11,7
10,9
13,8
16,2
14,6
21,2
12,9
1
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 1 e 5%. **; *; ns: significativo (P<0,01);
(P<0,05) e não significativo (P>0,05), respectivamente, pelo teste F.
35
36
De acordo com a Tabela 6, nota-se que o teor de potássio foi maior nos
tratamentos que receberam calcário em quase todas as combinações entre
ECaCO
3
e N. As doses crescentes de ECaCO
3
proporcionaram uma diminuição no
teor de K nas plantas, independente da combinação da fonte ou das doses de N
(Tabela 7).
Tabela 6. Teor na massa seca da parte aérea (folhas + colmos) de nitrogênio,
fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, cobre e zinco das fontes
corretivas, dentro de cada combinação de doses dos materiais corretivos
e de nitrogênio
Fontes
Doses ECaCO
3
(g dm
-3
)
1,3
2,6
5,2
N (mg dm
-3
)
80
160
320
80
160
320
80
160
320
N (g kg
-1
)
Calcário
8,1 a
9,7 a
15,8 a
7,9 a
8,1 a
16,1 a
8,8 a
10,8 a
14,5 a
Escória
7,9 a
9,8 a
13,7 b
7,6 a
9,6 a
15,1 a
6,8 b
7,4 b
13,5 a
P (g kg
-1
)
Calcário
1,1 a
0,9 a
0,8 a
0,9 a
0,6 b
0,9 a
0,9 a
1,0 a
0,8 a
Escória
0,9 b
0,8 a
0,6 b
0,9 a
0,9 a
0,7 b
0,7 a
0,5 b
0,9 a
K (g kg
-1
)
Calcário
13,1 a
9,2 a
7,6 a
13,6 a
13,5 a
4,1 b
17,1 a
12,3 a
8,8 a
Escória
12,9 a
7,4 b
5,8 b
11,8 b
9,9 b
7,4 a
12,5 b
10,3 b
9,4 a
Ca (g kg
-1
)
Calcário
4,4 a
5,7 a
6,1 a
6,1 a
5,0 a
5,8 a
5,5 a
5,7 a
6,1 a
Escória
4,9 a
3,8 b
3,2 b
3,9 b
4,8 a
5,0 b
4,7 a
5,2 a
5,0 b
Mg (g kg
-1
)
Calcário
2,2 a
3,1 a
2,8 a
2,8 a
3,0 a
3,9 a
3,8 a
3,8 a
4,6 a
Escória
2,1 a
1,2 b
2,1 b
2,0 b
3,3 a
3,4 b
2,4 b
3,1 b
3,7 b
S (g kg
-1
)
Calcário
1,9 a
2,3 a
2,8 a
2,2 a
2,0 a
2,5 a
1,4 a
1,2 b
1,8 b
Escória
2,2 a
2,1 a
1,9 b
2,2 a
2,4 a
2,5 a
1,7 a
1,7 a
2,2 a
Cu (mg kg
-1
)
Calcário
5,0 b
3,7 a
7,0 a
3,5 a
4,5 a
8,2 a
6,7 a
6,5 a
6,7 a
Escória
7,0 a
4,7 a
5,0 b
4,0 a
5,5 a
6,7 b
5,0 b
4,5 b
5,2 b
Zn (mg kg
-1
)
Calcário
32,5 b
20,0 b
26,0 a
18,2 b
20,2 b
18,2 a
9,7 b
8,0 b
8,5 b
Escória
58,7 a
41,7 a
24,7 a
37,2 a
43,0 a
16,5 b
25,2 a
23,0 a
23,2 a
a,b em cada coluna, médias seguidas de mesma letra não diferem pelo teste de Tukey (P>0,05)
37
Tabela 7. Teor na massa seca da parte aérea (folhas + colmos) de nitrogênio,
fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, cobre e zinco das doses dos
materiais corretivos, dentro de cada combinação de fontes corretivas e de
nitrogênio
Doses
ECaCO
3
(g dm
-3
)
Fontes
Calcário
Escória
N (mg dm
-3
)
80
160
320
80
160
320
N (g kg
-1
)
1,3
8,2 b
7,9 b
8,9 c
9,8 b
9,6 b
7,5 b
2,6
9,7 b
8,2 b
10,8 b
13,8 a
15,1 a
13,5 a
5,2
15,9 a
16,1 a
14,5 a
7,6 c
6,9 c
6,5 c
P (g kg
-1
)
1,3
1,1 a
0,9 a
0,9 a
0,9 a
0,9 a
0,8 a
2,6
1,0 a
0,6 b
1,0 a
0,9 a
0,9 a
0,5 b
5,2
0,9 a
1,0 a
0,8 a
0,6 b
0,8 a
0,9 a
K (g kg
-1
)
1,3
13,1 a
13,6 a
17,2 a
13,0 a
11,8 a
12,1 a
2,6
9,3 b
13,5 a
12,3 b
7,5 b
10,0 a
10,3 b
5,2
7,6 b
4,1 b
8,8 c
5,8 b
7,4 b
9,4 b
Ca (g kg
-1
)
1,3
4,4 a
5,7 a
6,1 a
4,9 a
3,8 a
3,2 a
2,6
6,1a
5,0 a
5,9 a
3,9 a
4,9 a
5,0 a
5,2
5,5 a
5,7 a
6,1 a
4,7 a
5,3 a
5,0 a
Mg (g kg
-1
)
1,3
2,2 a
3,2 a
2,9 a
2,1 a
1,2 a
2,4 a
2,6
2,8 a
3,0 a
4,0 a
2,0 a
3,3 a
3,4 a
5,2
3,8 a
3,8 a
4,6 a
2,4 a
3,1 a
3,8 a
S (g kg
-1
)
1,3
2,0 a
2,3 a
2,9 a
2,2 a
2,1 a
1,9 a
2,6
2,2 a
2,1 a
2,5 a
2,2 a
2,4 a
2,5 a
5,2
1,5 a
1,2 a
1,8 a
1,7 a
1,7 a
2,3 a
Cu (mg kg
-1
)
1,3
5,0 b
3,8 b
7,0
7,0 a
4,8 a
5,0 a
2,6
3,5 c
4,5 b
8,3
4,0 b
5,5 a
6,8 a
5,2
6,8 a
6,5 a
6,8
5,0 b
4,5 a
5,3 a
Zn (mg kg
-1
)
1,3
32,5 a
20,0 a
26,0 a
58,8 a
41,8 a
24,8 b
2,6
18,3 b
20,3 a
18,3 b
37,3 b
43,0 a
36,5 a
5,2
9,8 c
8,0 b
8,5 c
25,3 c
23,0 b
23,3 b
a,b,c em cada coluna, médias seguidas de mesma letra não diferem pelo teste de Tukey (P>0,05)
38
Tabela 8. Teor na massa seca da parte aérea (folhas + colmos) de nitrogênio,
fósforo, potássio, lcio, magnésio, enxofre, cobre e zinco das doses de
nitrogênio, dentro de cada combinação de fontes corretivas e doses dos
materiais corretivos
N
(mg dm
-3
)
Fontes
Calcário
Escória
Doses ECaCO
3
(g dm
-3
)
1,3
2,6
5,2
1,3
2,6
5,2
N (g kg
-1
)
80
8,2 a
9,7 a
15,9 a
9,8 a
13,8 a
7,6 a
160
7,9 a
8,2 b
16,1 a
9,6 a
15,1 a
6,9 a
320
8,9 a
10,8 a
14,5 a
7,5 b
13,5 a
6,5 a
P (g kg
-1
)
80
1,1 a
1,0 a
0,9 a
0,9 a
0,9 a
0,6 a
160
0,9 a
0,6 b
1,0 a
0,9 a
0,9 a
0,8 a
320
0,9 a
1,0 a
0,8 a
0,8 a
0,5 b
0,6 a
K (g kg
-1
)
80
13,1 b
9,3 b
7,6 a
13,0
7,5 b
5,8 c
160
13,6 b
13,5 a
4,1 b
11,8
10,0 a
7,4 b
320
17,2 a
12,3 a
8,8 a
12,1
10,3 a
9,4 a
Ca (g kg
-1
)
80
4,4 a
6,1 a
5,5 a
4,9 a
3,9 a
4,7 a
160
5,7 a
5,0 a
5,7 a
3,8 a
4,9 a
5,3 a
320
6,1 a
5,9 a
6,1a
3,2 a
5,0 a
5,0 a
Mg (g kg
-1
)
80
2,2 a
2,8 a
3,8 a
2,1 a
2,0 a
2,4 a
160
3,2 a
3,0 a
3,8 a
1,2 a
3,3 a
3,1 a
320
2,9 a
4,0 a
4,6 a
2,1 a
3,4 a
3,8 a
S (g kg
-1
)
80
2,0 a
2,2 a
1,5 a
2,2 a
2,2 a
1,7 a
160
2,3 a
2,1 a
1,2 a
2,1 a
2,4 a
1,7 a
320
2,9 a
2,5 a
1,8 a
1,9 a
2,5 a
2,3 a
Cu (mg kg
-1
)
80
5,0 b
3,5 b
6,8
7,0 a
4,0 b
5,0
160
3,8 b
4,5 b
6,5
4,8 b
5,5 a
4,5
320
7,0 a
8,3 a
6,8
5,0 b
6,8 a
5,3
Zn (mg kg
-1
)
80
32,5 a
18,3
9,8
58,8 a
37,3 b
25,3 a
160
20,0 b
20,3
8,0
41,8 b
43,0 a
23,0 a
320
26,0 b
18,3
8,5
24,8 c
36,5 b
23,3 a
a,b,c em cada coluna, médias seguidas de mesma letra não diferem pelo teste de Tukey (P>0,05)
Por outro lado, as crescentes doses de N contribuíram para que houvesse
maiores teores de K (Tabela 8). PULZ et al. (2008) ao estudar a influência do
silicato e do calcário na nutrição, produtividade e qualidade da batata sob
39
deficiência hídrica, não verificaram influência dos tratamentos com calcário ou com
silicato nos teores de K nas plantas.
O cálcio e o magnésio são os dois principais elementos constituintes das
fontes corretivas utilizadas no experimento. A aplicação das duas fontes no solo
resultou em maior disponibilidade de Ca e Mg para as plantas (Figura 2 c, d). No
entanto, apesar de as contribuições do calcário e da escória na disponibilidade de
cálcio e magnésio no solo serem semelhantes, observou-se que os teores na
planta, foram maiores para os tratamentos que receberam calcário em quase
todas as combinações com as doses ECaCO
3
e de N (Tabela 6). No entanto,
PRADO et al. (2003) ao estudarem o efeito residual da escória de siderurgia como
corretivo de acidez do solo, não observaram diferenças significativas para as
concentrações de cálcio entre os materiais corretivos (calcário e silicato) e as
doses dos mesmos elementos aplicados no solo sob o cultivo da cana-de-açúcar.
Observou-se ainda que a interação tripla para os teores de Ca e Mg devem ter
sido significativas devido às diferenças encontradas entre as fontes, pois tanto as
doses crescentes de ECaCO
3
como as de N não tiveram influência no teor destes
elementos na planta (Tabela 7 e 8). MAUAD (2001), ao estudar a interação entre
uma fonte silicatada e o nitrogênio na cultura do arroz, obteve diminuição do Ca e
nenhuma alteração para o Mg em função das doses de N aplicadas.
Assim como o Ca e o Mg, a interação tripla entre os fatores foi significativa
para os resultados de enxofre na planta, devido às diferenças encontradas entre
as duas fontes estudadas. O calcário foi superior à escória na interação entre a
dose de 1,3 g dm
-3
ECaCO
3
e de 320 mg dm
-3
de N (Tabela 6). No entanto, o
aumento das doses de ECaCO
3
combinada com as doses de 160 e 320 mg dm
-3
de N fez com que a escória tivesse um comportamento superior ao do calcário. O
teor de S nas folhas não foi influenciado pelas doses dos materiais corretivos
(Tabela 7) nem pelas doses de N (Tabela 8).
Com relação aos micronutrientes avaliados, o Cu apresentou maior teor nas
plantas que receberam a aplicação de calcário no solo para a maioria das
combinações entre as doses de ECaCO
3
e de N (Tabela 6). CARVALHO (2000)
40
observou que os tratamentos com silicato não apresentaram interferência nos
teores de cobre na planta. O zinco, por sua vez, na maioria das combinações,
esteve em maior teor nas plantas que receberam escória (Tabela 6). As doses de
ECaCO
3
proporcionaram aumentos nos teores de Cu para as interações entre
calcário e 80 mg dm
-3
de N e diminuição nos tratamentos que receberam escória e
a mesma dose de N (Tabela 7). Além disso, verificou-se que o teor de zinco
diminuiu com a aplicação das crescentes doses de ECaCO
3
, combinadas com
todas as doses de N e independente da fonte usada (Tabela 7).
As doses de N contribuíram para que houvesse um aumento nos teores de
Cu na planta com a aplicação de calcário nas doses 1,3 e 2,6 g dm
-3
ECaCO
3
e
para a escória na dose de 2,6 g dm
-3
ECaCO
3
(Tabela 8). É válido ressaltar que
somente na aplicação das doses crescentes de N, em combinação com a escória
e com a dose de 1,3 dm
-3
ECaCO
3
, foi possível observar diminuição no teor de Cu
(Tabela 8). O teor de zinco na planta apresentou um comportamento contrário ao
teor de Cu em função das doses ECaCO
3
combinadas com as doses de N e da
fonte corretiva (Tabelas 6 e 7). As doses de N também apresentaram tendências
em diminuir o teor de Zn na planta com as combinações de ECaCO
3
e das fontes
(Tabela 8).
De acordo com a Tabela 5, o Fe e o Mn não apresentaram interação tripla
significativa. Desta forma, os resultados serão apresentados de acordo com as
interações duplas significativas pelo teste de F.
Observando a Figura 4a, nota-se que tanto para o emprego do calcário
como para a escória de aciaria o teor de Fe na planta diminuiu com o aumento das
doses de ECaCO
3
. Trabalhos como os de BARBOSA FILHO (1987), TAKAHASHI
(1995) e SAVANT et al. (1997b) indicam que o Si pode diminuir a fitotoxidez do
ferro em arroz inundado.
Os tratamentos com as doses de N mostraram que o teor de Fe aumentou
com a aplicação de calcário e diminuiu nos tratamentos que receberam escória
(Figura 4b). A interação entre as doses de ECaCO
3
e as doses de N aumentou o
teor de Fe, principalmente com a aplicação das doses de 2,6 e 5,2 g dm
-3
41
ECaCO
3
. A dose de 1,3 g dm
-3
ECaCO
3
não apresentou equação significativa
(Figura 4c).
Figura 4. Teor de ferro e manganês em plantas de arroz em função das doses de
ECaCO
3
(média da escória de aciaria e calcário) e das doses de
nitrogênio.
42
Com relação ao teor de Mn na planta (Figuras 4 d, e), observa-se que tanto
para as fontes de corretivos estudadas como para a interação entre as doses de
ECaCO
3
e as doses de N houve uma diminuição deste nutriente na planta,
podendo ser justificadas pela menor disponibilidade deste elemento no solo,
devido aos aumentos de pH ocorridos pela reação do calcário no solo (Figura 2c).
Embora a disponibilidade de Mn no solo tenha aumentado com as doses de
escória (Figura 2c), o teor na planta diminuiu (Figuras 4 d, e). O menor teor deste
elemento na planta, observado no tratamento que recebeu escória, está de acordo
com os resultados obtidos por VERMAS & MINHAS (1989) que constataram
diminuições dos teores de Mn em plantas de arroz cultivadas em meio com Si.
Eles atribuíram essa redução ao acúmulo de Mn nas raízes e à conseqüente
redução desse elemento na translocação para a parte aérea das plantas.
O zinco foi encontrado em maior teor com a aplicação da escória em
comparação ao calcário para a maioria das combinações entre doses ECaCO
3
e
de N (Tabela 6). No entanto, as interações entre as doses crescentes de ECaCO
3
com as fontes e as doses de N (Tabela 7) ou as crescentes doses de N com
interação entre as fontes e as doses de ECaCO
3
(Tabela 8) reduziram o teor de
Zn na planta. CARVALHO (2000) e PEREIRA et al. (2003) também observaram
redução no teor de zinco com o aumento das doses de silicatos aplicados na
cultura do arroz e tomate, respectivamente.
Efeitos dos tratamentos na altura das plantas, número de colmos,
massa seca, número de panículas e massa seca de grãos
Observa-se na Tabela 9 que os tratamentos do fatorial foram superiores à
testemunha absoluta em todas as variáveis analisadas. Além disso, verifica-se
ainda que houve interação tripla significativa para a massa seca da parte aérea,
para o número de panículas e para a massa seca de grãos.
43
Em relação à altura das plantas foi observado efeito significativo somente
para as doses de N. Resultados semelhantes dos efeitos positivos do nitrogênio
na altura do arroz também foram verificados por ARF (1993) e ALVAREZ (2004)
que pesquisou a produção do arroz em função da adubação com silício e
nitrogênio no sistema de sequeiro e irrigado por aspersão.
Da mesma forma que a altura, o número de colmos do arroz foi afetado
significativamente apenas em função da aplicação do nitrogênio. No entanto,
foram observadas interações significativas entre as fontes (F) e as doses de
material corretivo (DC) e entre as fontes e as doses de nitrogênio (DN) (Tabela 9).
Tabela 9. Efeito de fontes de corretivos (F), doses de corretivos (DC) e doses de
nitrogênio (DN) sobre as variáveis de crescimento e produção de arroz.
Tratamentos
Altura
Número de
colmos por
vaso
Massa seca
parte aérea
Panículas por
vaso
Massa seca
de grãos
cm
-
g por vaso
-
g por vaso
Fatorial
88,2 a
13,1 a
15,1 a
8 a
8,68 a
Testemunha
51,0 b
5,0 b
1,6 b
4 b
1,2 b
Fatorial x
Testemunha
234,9 **
81,4**
344,34**
48,27**
121,34 **
Teste de F
F
0,38
ns
1,81
ns
107,52**
7,14**
1,49
ns
DC
1,92
ns
2,53
ns
57,97**
9,83**
14,89**
DN
16,46**
63,02**
469,75**
51,78**
20,01**
F x DC
1,41
ns
8,19 **
46,99**
3,83*
5,87**
F x DN
1,10
ns
5,06 *
17,43**
4,94*
9,42**
DC x DN
1,88
ns
1,55
ns
32,84**
6,66**
8,14**
FxDCxDN
1,88
ns
1,61
ns
21,91**
10,33**
19,36**
C.V.(%)
5,4
13,7
9,7
12,7
16,0
Médias seguidas de letras minúsculas iguais na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a
5%. **, * e
NS
- Significativo a 1% e 5% de probabilidade, e não significativo, respectivamente.
A aplicação do calcário, nas doses crescentes de ECaCO
3
, afetou o número
de colmos (Figura 5a), sendo que a dose de 1,3 g dm
-3
ECaCO
3
proporcionou
maior valor em relação às demais doses. Isto indica que a correção da acidez do
solo com a aplicação do calcário resultou em diminuição do número de colmos das
44
plantas. Em se tratando da escória, no entanto, seu uso não apresentou nenhuma
regressão polinomial significativa para o número de colmos.
A aplicação de nitrogênio promoveu efeito linear no perfilhamento do arroz
em solo submetido aplicação de calcário e efeito quadrático no solo submetido a
aplicação da escória de aciaria (Figura 5b). Estas observações discordam dos
resultados encontrados por ALVAREZ (2004) que verificou um aumento linear do
número de colmos na presença de silício em função do aumento das doses de N
(0, 30, 60, 90 kg de N ha
-1
) em comparação aos tratamentos que não receberam
adubação com silício. O aumento observado no número de colmos pode ser
justificado pelos acúmulos de N, em função das doses aplicadas deste elemento,
favorecendo a capacidade de perfilhamento da planta. Este efeito do N no
perfilhamento do arroz também foi constatado por MAUAD (2001) que estudou a
produção de plantas de arroz de sob a ação de silício e nitrogênio combinados em
três doses de N (5, 75, 150 mg de N/kg de solo) e quatro doses de Si (0, 200, 400
e 600 mg de SiO
2
/kg de solo) .
A Tabela 9 indica que o tratamento testemunha apresentou produção de
massa seca na parte aérea (MSPA) das plantas de arroz significativamente menor
do que o grupo de tratamentos correspondentes ao fatorial fontes, doses de
corretivos e doses de N.
De acordo com a análise de variância para a massa seca da parte aérea,
verificou-se significância para a interação tripla entre as fontes, as doses dos
corretivos e as doses de N (Tabela 9).
Analisando o efeito das fontes para a produção MSPA, verificou-se que a
maior produção ocorreu com a aplicação da escória de aciaria para as
interações entre 1,3 g dm
-3
de ECaCO
3
e 160 e 320 mg dm
-3
N e entre a aplicação
de 5,2 g dm
-3
de ECaCO
3
e 160 e 320 mg dm
-3
de N (Tabela 10). Provavelmente,
a aplicação da escória de aciaria no solo e a maior disponibilidade de silício para
as plantas fizeram com que houvesse melhoria na arquitetura da planta. Este fato
foi considerado como sendo um dos efeitos indiretos do silício, o que resultou num
aumento da taxa fotossintética por menor abertura do ângulo foliar (DEREN et al.,
45
1994). Isso permitiu, então, uma maior captação da energia luminosa (YOSHIDA
et al., 1962), favorecendo um aumento da MSPA. Sendo assim, o resultado do
presente trabalho está de acordo com os relatos de TAKAHASHI (1995) e
CARVALHO-PUPATTO et al. (2003) que verificaram maior captação luminosa e
consequentemente maior fotossíntese com aumentos na produção de massa
seca.
Figura 5. Efeito das doses de nitrogênio e de equivalente de CaCO
3
(média da
escória de aciaria e calcário) no perfilhamento (A), (B) em função da
aplicação do calcário e da escória silicatada, na cultura do arroz de terras
altas.
As doses dos materiais corretivos proporcionaram diminuição na produção
de MSPA para as interações entre o calcário e as doses de 160 e 320 mg dm
-3
de
N e também para a escória e as doses de 160 e 320 mg dm
-3
de N (Tabela 11).
Esse resultado poderia ser explicado pelo fato de o arroz ser considerado como
uma espécie adaptada a condições de acidez do solo, o que diminui a produção
de MSPA.
FAGERIA & ZIMMERMANN (1998) e FAGERIA (2000) relataram que o
aumento de pH acima da faixa de 5 e 5,5, diminui a produção de MSPA. Neste
trabalho, notou-se uma elevação do pH de 4,6 para 6,0 com a aplicação das
doses crescentes dos materiais corretivos (Figura 2 a), e houve então, diminuição
da MSPA.
46
Tabela 10. Massa seca da parte aérea, número de panículas e massa seca de
grãos das fontes corretivas, dentro de cada combinação de doses dos
materiais corretivos e de nitrogênio
Fontes
Doses ECaCO
3
(g dm
-3
)
1,3
2,6
5,2
N (mg dm
-3
)
80
160
320
80
160
320
80
160
320
Massa seca da parte aérea (g por vaso)
Calcário
6,9 a
13,5 b
20,2 b
7,4 a
17,6 a
18,1 a
8,7 a
11,2 b
16,3 b
Escória
7,3 a
28,9 a
28,0 a
8,5 a
15,7 a
19,8 a
9,8 a
14,4 a
18,6 a
Número de panículas por vaso
Calcário
7 a
9 b
9 a
6 a
8 b
10 b
6 b
7 a
10 a
Escória
5 b
11 a
10 a
7 a
10 a
12 a
8 a
8 a
7 b
Massa seca de grãos (g por vaso)
Calcário
5,9 a
9,7 a
9,0 a
7,7 a
13,5 a
7,6 b
8,4 a
7,8 b
11,4 a
Escória
7,1 a
4,0 b
10,4 a
5,5 b
8,4 b
11,1 a
10,0 a
11,7 a
9,4 b
a,b em cada coluna, médias seguidas de mesma letra não diferem pelo teste de Tukey (P>0,05)
Tabela 11. Massa seca da parte aérea, número de panículas e massa seca de
grãos das doses dos materiais corretivos, dentro de cada combinação
de fontes corretivas e de nitrogênio
Doses
ECaCO
3
(g dm
-3
)
Fontes
Calcário
Escória
N (mg dm
-3
)
80
160
320
80
160
320
Massa seca da parte aérea (g por vaso)
1,3
7,0 a
13,6 b
20,2 a
7,4 a
28,9 a
28,0 a
2,6
7,5 a
17,7 a
18,2 a
8,5 a
15,8 b
19,9 b
5,2
8,8 a
11,3 b
16,4 b
9,8 a
14,5 b
18,7 b
Número de panículas por vaso
1,3
7 a
9 a
9 a
5 b
11 a
10 b
2,6
6 a
8 a
10 a
7 a
10 a
12 a
5,2
6 a
7 a
10 a
8 a
8 b
7 b
Massa seca de grãos (g por vaso)
1,3
6,0 b
7,7 b
8,4 b
7,1 b
5,5 c
10,0 a
2,6
9,7 a
13,5 a
7,8 b
4,0 c
8,4 b
11,7 a
5,2
9,0 a
7,6 b
11,5 a
10,0 a
11,1 a
9,4 a
a,b,c em cada coluna, médias seguidas de mesma letra não diferem pelo teste de Tukey (P>0,05)
47
Tabela 12. Massa seca da parte aérea, número de panículas e massa seca de
grãos das doses de nitrogênio, dentro de cada combinação de fontes
corretivas e doses dos materiais corretivos
N
(mg dm
-3
)
Fontes
Calcário
Escória
Doses ECaCO
3
(g dm
-3
)
1,3
2,6
5,2
1,3
2,6
5,2
Massa seca da parte aérea (g por vaso)
80
7,0 c
7,5 b
8,8 c
7,4 b
8,5 c
9,8 c
160
13,6 b
17,7 a
11,3 b
28,9 a
15,8 b
14,5 b
320
20,2 a
18,2 a
16,4 a
28,0 a
19,9 a
18,7 a
Número de panículas por vaso
80
7a
6 b
7 b
6 b
8 c
8 a
160
9 a
9 a
7 b
11 a
10 b
8 a
320
9 a
10 a
11 a
10 a
12 a
7 a
Massa seca de grãos (g por vaso)
80
6,0 b
7,7 b
8,4 b
7,1 b
5,5 c
10,0 a
160
9,7 a
13,5 a
7,8 b
4,0 c
8,4 b
11,7 a
320
9,0 a
7,6 b
11,5 a
10,0 a
11,1 a
9,4 a
a,b,c em cada coluna, médias seguidas de mesma letra não diferem pelo teste de Tukey (P>0,05)
O incremento da aplicação de N resultou em aumento na produção de
MSPA, tanto para o calcário como para a escória combinados com as doses
ECaCO
3
(Tabela 12). O N, como um dos elementos essenciais para o arroz,
participa da divisão celular e da constituição dos tecidos (MALAVOLTA et al.,
1997). Assim, o aumento na produção de MSPA resultante do incremento das
doses de N é devido à participação deste nutriente na produção de tecido vegetal.
Para a variável número de panículas por vaso, observou-se que a interação
tripla foi significativa (Tabela 9). Entre as fontes estudadas (Tabela 10), verifica-se
que para a maioria das situações, o tratamento que recebeu escória apresenta-se
com maior número de panículas nas plantas de arroz em comparação ao calcário,
sendo este último superior nas combinações entre 1,3 g dm
-3
de ECaCO
3
e 80 mg
dm
-3
de N e 5,2 g dm
-3
de ECaCO
3
com a dose de 320 mg dm
-3
de N. Para as
doses de ECaCO
3
, não foi observada nenhuma diferença para o número de
panículas em decorrência da combinação entre o calcário e as doses de N (Tabela
11).
48
A escória e a respectiva aplicação de 80 mg dm
-3
de N, por sua vez,
mostram que, à medida que foram aumentadas as doses ECaCO
3
,
houve um
aumento do número de panículas. No entanto, a aplicação das doses crescentes
de ECaCO
3
e as combinações entre a aplicação da escória e das maiores doses
de N (160 e 320 mg dm
-3
de N) proporcionaram menor número de panículas
(Tabela 11). De acordo com a Tabela 12 as crescentes doses de N
proporcionaram aumento no número de panículas em decorrência da combinação
entre as duas fontes e as doses de ECaCO
3
. O aumento observado com as doses
de N poderia ser justificado pelo fato do nitrogênio participar de funções estruturais
na planta, como multiplicação e diferenciação celulares, promovendo um maior
perfilhamento, favorecendo, então, a transformação de uma maior quantidade de
gemas vegetativas em reprodutivas. Estes resultados estão de acordo com
BARBOSA FILHO (1991), MAUAD (2001) e ALVAREZ (2004).
Os dados de MSG apresentados na Tabela 10 indicaram que o calcário foi
superior à escória de aciaria para a maioria das combinações (dose de 1,3 g dm
-3
de ECaCO
3
com a dose de 160 mg dm
-3
de N, 2,6 g dm
-3
ECaCO
3
e 80 e 160 mg
dm
-3
de N e também na dose de 5,2 g dm
-3
ECaCO
3
com a dose de 320 mg dm
-3
de N).
A maior produção de MSG ocorreu com a aplicação da escória de aciaria
somente onde houve a combinação das doses de 2,6 g dm
-3
ECaCO
3
com a dose
de 320 mg dm
-3
de N e com a dose de 5,2 g dm
-3
ECaCO
3
com a dose de 320 mg
dm
-3
de N. No entanto, MARCHEZAN et al. (2004), ao trabalharem com a
aplicação de silicato de cálcio e calcário em arroz irrigado, na dose de 2.000 kg
ha
-1
, não encontraram diferença em relação ao rendimento de grãos.
Para as doses dos materiais corretivos (Tabela 11), nota-se que para o
calcário, a aplicação da dose de 2,6 g dm
-3
ECaCO
3
combinada com a dose de
160 mg dm
-3
de N (ambas recomendadas para a cultura do arroz) proporcionou os
valores mais altos para a produção de MSG. Para a escória de aciaria, a
combinação entre a dose de 5,2 g dm
-3
ECaCO
3
e as doses de 80 e 160 mg dm
-3
de N resultaram em maior produção de MSG. REIS et al., (2008), ao estudarem
duas cultivares de arroz (IAC 201 e IAC 202), sendo a última também utilizada
49
neste experimento, observaram que a aplicação de doses crescentes de silício
não influenciou na produtividade do arroz.
Observou-se que as doses de nitrogênio proporcionaram aumento na
produção de MSG nas combinações entre o calcário e as doses de 1,3 e 5,2 de g
dm
-3
ECaCO
3
e para a escória de aciaria, nas doses de 1,3 e 2,6 g dm
-3
de
ECaCO
3
(Tabela 12).
No entanto, BARBOSA FILHO (1991) relatou que altas doses de N induzem
à formação de grande número de colmos e de folhas e isso pode proporcionar
condições desfavoráveis para a produção do arroz, em função de um propício
acamamento e sombreamento das plantas. no presente trabalho não foram
observadas diminuições de produção de grãos do arroz em função das altas
doses de N e de materiais corretivos.
Acúmulo de macro e micronutrientes nas plantas
O acúmulo de nutrientes na parte aérea das plantas é reflexo do teor
desses nutrientes no tecido da planta e com a produção de massa seca da
mesma. Os resultados dos valores acumulados de macronutrientes (mg por vaso)
e micronutrientes (µg por vaso) na planta, em função do tipo de corretivo, doses
dos corretivos e das doses de nitrogênio estão apresentados na Tabela 13.
Observa-se que o valor acumulado dos nutrientes pelas plantas de arroz,
nos tratamentos que constituíram o fatorial, foi significativamente maior que os
valores encontrados para a testemunha absoluta (Tabela 13).
Ainda na Tabela 13, observa-se que houve interações triplas significativas
para a maioria dos nutrientes acumulados. Somente o Mg não apresentou
interação tripla significativa.
O maior acúmulo de nitrogênio ocorreu nos tratamentos que receberam
escória em combinação com a dose de 1,3 g dm
-3
ECaCO
3
e as doses de 160 e
320 mg dm
-3
de N (Tabela 14). Isso pode ser justificado pela grande quantidade de
massa seca da parte aérea produzida neste tratamento. O acréscimo nas doses
dos materiais corretivos (Tabela 15) resultou em aumento do N acumulado
50
somente para as aplicações de calcário ou de escória combinados com a dose de
80 mg dm
-3
de N.
No entanto, a combinação das doses crescentes dos materiais corretivos,
calcário ou da escória e as doses de N proporcionaram diminuições do acúmulo
de N na planta. O decréscimo ocorrido no acúmulo de N com as doses dos
materiais corretivos está ligado à menor produção de massa seca da parte aérea.
as doses crescentes de N combinadas com as fontes e todas as doses dos
materiais corretivos induziram o acúmulo desse elemento (Tabela 16).
Com relação ao acúmulo de fósforo, potássio, cálcio, enxofre, cobre e ferro,
nota-se que o comportamento do calcário e da escória de aciaria foi semelhante.
Entretanto, em apenas algumas combinações entre as doses de ECaCO
3
e de N
observou-se diferenças entre essas duas fontes (Tabela 14).
O acúmulo de fósforo, em função das doses crescentes de ECaCO
3
,
foi
menor quando se combinou calcário com a dose de 320 mg dm
-3
de N e escória
com a dose de 160 mg dm
-3
de N. Nas demais combinações entre as fontes e as
doses de N, o acúmulo de P foi semelhante para as doses de ECaCO
3
(Tabela
15). As doses crescentes de N (Tabela 16) proporcionaram aumento no P
acumulado para a maioria das combinações entre as fontes e as doses de
ECaCO
3
. O maior acúmulo de P poderia ser atribuído ao aumento na produção de
massa seca em decorrência do aumento das doses de N.
O acúmulo de potássio, em função das doses crescentes de ECaCO
3
, por
sua vez, foi menor quando se fez combinações de calcário ou de escória na dose
de 160 mg dm
-3
de N (Tabela 15). A aplicação de calcário e a dose de 320 mg dm
-
3
de N diminuiu o acúmulo de K com as crescentes doses de ECaCO
3
. Para as
demais combinações, nenhum efeito significativo foi observado. As doses
crescentes de N (Tabela 16) proporcionaram aumentos no acúmulo de K em todas
as combinações entre fontes e ECaCO
3
.
Tabela 13. Valores médios acumulados de macro e micronutrientes em plantas de arroz cultivado sobre aplicação de dois corretivos (F) em três doses (DC) e três
doses de nitrogênio (DN)
Tratamentos
N
P
K
Ca
Mg
S
Cu
Fe
Mn
Zn
------------------------------------ mg por vaso --------------------------------------
--------------------------- µg por vaso ----------------------
Fatorial
172,5 a
12,2 a
141,2 a
74,7 a
44,1 a
31,9 a
84,3 a
2728 a
8873 a
401 a
Testemunha
10,7 b
3,2 b
23,4 b
6,07 b
2,0 b
5,6 b
8,3 b
231 b
6850 b
149 b
Fator x
Testemun
244,75 **
59,32**
127,8**
132,44
**
217,76**
79,2**
72,74**
60,38**
3,92*
19,58**
Teste de F
F
28,77**
4,85*
6,35*
0,83
ns
5,04*
25,53**
3,96*
3,21
ns
151,78**
324,52**
DC
58,28**
16,9**
1,48
ns
1,93
ns
27,37**
44,71**
5,59**
35,74**
182,28**
119,86**
DN
817,34**
91,66**
52,75 **
177,28
**
406,81 **
165,76**
148,1**
109,70**
23,99**
80,70**
F x DC
26,17**
4,90*
5,55**
1,99
ns
0,12
ns
2,39
ns
10,81**
18,58**
24,36**
11,34**
F x DN
9,25**
6,08**
7,41**
7,95 **
0,31
ns
6,69**
7,51**
1,19
ns
7,86**
26,78**
DC x DN
22,23**
11,51**
19,04**
5,45**
5,42**
11,58**
7,12**
12,39**
9,02**
12,80**
FxDCxDN
9,96**
12,00**
17,71**
5,21**
2,07
ns
7,21**
3,86**
4,23**
7,09**
21,15**
C.V.(%)
12,27
19,3
15,0
16,3
13,2
18,8
21,6
24,0
22,6
19,5
1
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 1 e 5%.**, * e
NS
- Significativo a 1% e 5% de probabilidade, e não significativo, respectivamente.
51
52
As Tabelas 7 e 8 apresentaram os teores de Ca na planta decorrentes das
interações e nenhum efeito significativo foi observado. No entanto, o acúmulo de Ca
com as crescentes doses de ECaCO
3
tendeu a diminuir ao se realizar as interações de
calcário e as doses de 160 e 320 mg dm
-3
de N e a combinação da escória e a dose de
160 mg dm
-3
de N (Tabela 15), em função da menor produção de massa seca. Com
relação às doses de N (Tabela 16), observa-se que houve um incremento no acúmulo
de Ca para todas as combinações entre as fontes e as doses de ECaCO
3
.
Provavelmente, este acúmulo elevado ocorreu em decorrência do aumento da massa
seca proporcionada com as crescentes doses de N.
O acúmulo de magnésio diferenciou-se dos demais nutrientes por não apresentar
interação tripla para esta avaliação. A única interação significativa foi entre as doses de
materiais corretivos e as doses de N, como pode ser observado na Figura 7. A
aplicação das doses de N promoveu efeito linear no acúmulo de Mg combinado com
todas as doses de ECaCO
3
. Nota-se que o aumento das doses de N proporcionou
acréscimos de Mg acumulado em todos os níveis de ECaCO
3
estudados. Verificou-se
ainda que a dose de 2,6 ECaCO
3
recomendada para a cultura do arroz, e o dobro da
dose apresentaram efeitos semelhantes em relação ao acúmulo de Mg na planta.
Observou-se que os acúmulos de S, Cu, Fe, Mn e Zn foram menos pronunciados
com as crescentes doses de ECaCO
3
(Tabela 15) para todas as combinações entre as
fontes e as doses de N, provavelmente em função da menor produção de massa seca
da parte aérea do arroz decorrente de um comportamento de tolerância à acidez da
cultura (Tabela 11).
Devido à maior produção de massa seca da parte aérea resultante da aplicação
das crescentes doses de N (Tabela 12), verificou-se que o acúmulo de S, Cu, Fe, Mn e
Zn aumentou com as doses de N para todas as combinações entre as fontes e as
doses de ECaCO
3
(Tabela 16).
53
Tabela 14. Quantidades acumuladas de nitrogênio, fósforo, potássio, lcio, enxofre,
cobre, ferro, manganês e zinco das fontes corretivas, dentro de cada
combinação de doses dos materiais corretivos e de nitrogênio
Fontes
Doses ECaCO
3
(g dm
-3
)
1,3
2,6
5,2
N (mg dm
-3
)
80
160
320
80
160
320
80
160
320
N (mg por vaso)
Calcário
56,6 a
131,4 b
319,4 b
59,3 a
144,0 a
290,5 a
77,0 a
121,8 a
238,2 a
Escória
58,6 a
283,9 a
385,7 a
64,2 a
151,2 a
298,4 a
66,9 a
107,8 a
250,5 a
P (mg por vaso)
Calcário
7,7 a
13,1 b
17,1 a
6,5 a
10,6 a
17,1 a
7,7
11,5 a
13,5 a
Escória
6,8 a
25,3 a
16,1 a
7,4 a
14,2 a
14,8 a
7,3
7,3 b
16,4 a
K (mg por vaso)
Calcário
91,4 a
125,7 b
152,9 a
101,4 a
237,5 a
74,1 b
150,0 a
138,9 a
144,3 a
Escória
95,6 a
215,1 a
162,1 a
101,1 a
158,4 b
146,5 a
124,0 a
148,7 a
173,1 a
Ca (mg por vaso)
Calcário
30,6 a
77,3 b
123,4 a
45,5 a
88,8 a
106,1 a
48,1 a
64,1 a
99,6 a
Escória
36,1 a
110,5 a
89,1 b
33,7 a
77,0 a
99,1 a
46,4 a
75,8 a
93,5 a
S (mg por vaso)
Calcário
13,5 a
30,8 b
57,3 a
16,6 a
36,7 a
45,3 a
12,8 a
14,0 b
29,7 b
Escória
16,0 a
60,6 a
53,5 a
19,2 a
38,2 a
49,2 a
16,8 a
24,2 a
41,6 a
Cug por vaso)
Calcário
34,9 a
50,6 b
140,2 a
26,2 a
79,8 a
148,8 a
58,6 a
73,3 a
110,3 a
Escória
51,3 a
137,1 a
140,5 a
33,7 a
88,0 a
133,3 a
49,1 a
65,5 a
97,4 a
Feg por vaso)
Calcário
1176 a
2106 b
4911 b
1094 a
4121 a
4530 a
1094 a
1545 a
2785 a
Escória
1878 a
4501 a
5987 a
1229 a
2453 b
3637 a
1900 a
1584 a
2570 a
Mng por vaso)
Calcário
8361 a
8586 b
11110 b
3823 b
9836 a
6173 b
1652 a
1687 a
2662 b
Escória
13292 a
18740 a
27183 a
9998 a
9585 a
11326 a
4114 a
4957 a
6626 a
Zng por vaso)
Calcário
225,2 b
270,6 b
523,4 b
136,3 b
361,0 b
331,9 b
84,7 b
90,1 b
139,2 b
Escória
428,9 a
12050 a
698,8 a
320,8 a
682,9 a
722,9 a
249,9 a
332,3 a
429,7 a
a,b em cada coluna, médias seguidas de mesma letra não diferem pelo teste de Tukey (P>0,05)
54
Tabela 15. Quantidades acumuladas nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, enxofre,
cobre, ferro, manganês e zinco das doses dos materiais corretivos, dentro
de cada combinação de fontes corretivas e de nitrogênio
Doses
ECaCO
3
(g dm
-3
)
Fontes
Calcário
Escória
N (mg dm
-3
)
80
160
320
80
160
320
N (mg por vaso)
1,3
56,6 b
131,4 b
319,5 a
58,6 b
284,0 a
385,7 a
2,6
59,3 b
144,0 a
290,5 b
64,3 a
151,3 b
298,4 b
5,2
77,1 a
121,8 c
238,3 c
66,9 a
107,8 c
250,5 c
P (mg por vaso)
1,3
7,8 a
13,1 a
17,1 a
6,9 a
25,3 a
16,1 a
2,6
6,5 a
10,6 a
17,2 a
7,5 a
14,2 b
14,8 a
5,2
7,7 a
11,5 a
13,5 b
7,3 a
7,3 c
16,4 a
K (mg por vaso)
1,3
91,4 a
125,7 b
153,0 a
95,6 a
215,2 a
162,1
2,6
101,4 a
237,5 a
74,1 b
101,2 a
158,4 b
146,5
5,2
150,1 a
138,9 b
144,3 a
124,1 a
148,7 b
173,1
Ca (mg por vaso)
1,3
30,6 a
77,4 a
123,4 a
36,1 a
110,5 a
89,2 a
2,6
45,5 a
88,8 a
106,2 b
33,7 a
77,0 b
99,2 a
5,2
48,2 a
64,2 b
99,6 b
46,4 a
75,8 b
93,5 a
S (mg por vaso)
1,3
13,5 a
30,8 a
57,3 a
16,1 b
60,7 a
52,5 a
2,6
16,7 a
36,6 a
45,3 b
19,2 a
38,2 b
49,2 a
5,2
12,8 a
14,0 b
29,7 c
16,8 b
24,2 c
41,6 b
Cug por vaso)
1,3
34,9 a
50,6 a
140,3 a
51,3 a
137,1 a
140,5 a
2,6
26,2 b
79,8 a
148,8 a
33,8 b
88,0 b
133,3 a
5,2
58,6 a
73,3 a
110,3 b
49,1 a
65,6 c
97,4 b
Feg por vaso)
1,3
1177 a
2106 b
4912 a
1879 a
4501 a
5988 a
2,6
1095 a
4122 a
4530 a
1229 a
2453 b
3638 b
5,2
1095 a
1545 b
2786 b
1901 a
1585 b
2571 b
Mng por vaso)
1,3
8361 a
8586 a
11110 a
13292 a
18740 a
27184 a
2,6
3824 b
9836 a
6174 b
9999 b
9585 b
11327 b
5,2
1653 b
1688 b
2663 c
4115 c
4958 c
6626 c
Zng por vaso)
1,3
225 a
271 a
523 a
429 a
1205 a
699 a
2,6
136 a
361 a
332 b
321 a
683 b
723 a
5,2
85 b
90 b
139 c
250 a
332 c
430 b
a,b,c em cada coluna, médias seguidas de mesma letra não diferem pelo teste de Tukey (P>0,05)
55
Tabela 16. Quantidades acumuladas nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, enxofre,
cobre, ferro, manganês e zinco das doses de nitrogênio, dentro de cada
combinação de fontes corretivas e doses dos materiais corretivos
N
(mg dm
-3
)
Fontes
Calcário
Escória
Doses ECaCO
3
(g dm
-3
)
1,3
2,6
5,2
1,3
2,6
5,2
N (mg por vaso)
80
56,6 c
59,3 c
77,1 c
58,6 c
64,3 c
66,9 c
160
131,4 b
144,0 b
121,8 b
284,0 b
151,3 b
107,8 b
320
319,5 a
290,5 a
238,3 a
385,7 a
298,4 a
250,5 a
P (mg por vaso)
80
7,8 c
6,5 c
7,7 b
6,9 c
7,5 b
7,3 b
160
13,1 b
10,6 b
11,5 a
25,3 a
14,2 a
7,3 b
320
17,1 a
17,2 a
13,5 a
16,1 b
14,8 a
16,4 a
K (mg por vaso)
80
91,4 b
101,4 b
150,1 a
95,6 c
101,2 b
124,1 b
160
125,7 a
237,5 a
138,9 a
215,2 a
158,4 a
148,7 a
320
153,0 a
74,1 c
144,3 a
162,1 b
146,5 a
173,1 a
Ca (mg por vaso)
80
30,6 c
45,5 c
48,2 c
36,1 c
33,7 c
46,4 c
160
77,4 b
88,8 b
64,2 b
110,5 a
77,0 b
75,8 b
320
123,4 a
106,2 a
99,6 a
89,2 b
99,2 a
93,5 a
S (mg por vaso)
80
13,5 c
16,7 b
12,8 b
16,1 b
19,2 b
16,8 b
160
30,8 b
36,6 a
14,0 b
60,7 a
38,2 b
24,2 b
320
57,3 a
45,3 a
29,7 a
52,5 a
49,2 a
41,6 a
Cug por vaso)
80
34,9 b
26,2 c
58,6 b
51,3 b
33,8 c
49,1 c
160
50,6 b
79,8 b
73,3 b
137,1 a
80,0 b
65,6 b
320
140,3 a
148,8 a
110,3 a
140,5 a
133,3 a
97,4 a
Feg por vaso)
80
1177 c
1095 b
1095 b
1879 c
1229 c
1901 a
160
2106 b
4122 a
1545 b
4501 b
2453 b
1585 a
320
4912 a
4530 a
2786 a
5988 a
3638 a
2571 a
Mng por vaso)
80
8361 a
3824 b
1653 a
13292 b
9999 a
4115 a
160
8586 a
9836 a
1688 a
18740 b
9585 a
4958 a
320
11110 a
6174 a
2663 a
27184 a
11327 a
6626 a
Zng por vaso)
80
225 b
136 b
85 a
429 c
321 b
250 b
160
271 b
361 a
90 a
1205 a
683 a
332 a
320
523 a
332 a
139 a
699 b
723 a
430 a
a,b, c em cada coluna, médias seguidas de mesma letra não diferem pelo teste de Tukey (P>0,05)
56
Figura 7. Magnésio acumulado em função das doses de nitrogênio e as doses
crescentes de ECaCO
3
(média da escória de aciaria e calcário).
Efeitos dos tratamentos no silício do solo e da planta
Os resultados de silício “disponível” no solo após o período de incubação e ao
final do experimento, os teores de silício na parte aérea do arroz (g kg
-1
) e o silício
acumulado (g por vaso) do fatorial em comparação com a testemunha absoluta estão
apresentados na Tabela 17.
Houve interação das fontes e das doses dos materiais corretivos para o teor de
Si no solo, teor na planta e o acumulado de Si na planta (Tabela 17). Isso indica que o
efeito das doses dos materiais corretivos no aumento do Si no solo e da planta depende
da fonte de material utilizado.
O silício disponível no solo, após o período de incubação (Figura 8a), e no final
do experimento (Figura 8e, f), foi maior nos tratamentos que receberam escória. A
maior disponibilidade do Si no solo com a aplicação da escória está associada à
presença deste elemento em sua composição (Si solúvel = 19 g kg
-1
) e também à
capacidade de reação e liberação de Si apresentada por esta fonte. Nota-se, também,
que tanto para o tratamento com calcário como para o tratamento com a escória, o
silício disponível no solo aumentou de forma linear com as doses equivalentes de
CaCO
3
, após o período de incubação (Figura 8a) e ao final do experimento (Figura 8e).
57
PEREIRA et al. (2004) também encontraram acréscimos de silício disponível no solo
com a aplicação de fontes e doses de escórias.
Tabela 17. Valores médios de silício no solo e na planta cultivada sobre aplicação de
dois corretivos em três níveis e três doses de nitrogênio.
Tratamentos
Si no solo
Si na parte aérea
(folhas + colmos)
Si acumulado
Após incubação
(1)
Final do
experimento
(2)
------------ mg kg
-1
----------------
g kg
-1
mg por vaso
Fatorial
5,9 a
3,5 a
17 b
248 a
Testemunha
3,6 b
2,8 b
39 a
66 b
Fat. vs Test
858,20 **
27,88 **
540,8 **
112,3**
Teste de F
Fontes (F)
4893,21 **
999,85 **
252,2 **
287,05 **
DC
616,10**
237,35**
50,0 **
5,62**
DN
-
11,44 **
148,8 **
63,35 **
F x DC
414,24 **
155,24 **
21,4 **
10,37 **
F x DN
-
6,61**
20,3 **
2,45
ns
DC x DN
-
1,54
ns
5,2 **
6,10 **
FxDCxDN
-
0,94
ns
0,1 ns
4,96**
C.V. (%)
2,8
6,9
9,5
14,0
**, * e
NS
- Significativo a 1% e 5% de probabilidade, e não significativo, respectivamente.
1
Silício no solo após 90 dias de incubação com os materiais corretivos;
2
Silício no solo após a condução do experimento
CAMARGO et al. (2007), ao estudarem o efeito do pH na solubilidade de silício
no solo, constataram aumento no silício disponível extraído com CaCl
2
em um
Latossolo Vermelho distrófico, com textura média, após a aplicação de calcário, devido
à menor adsorção deste elemento na superfície do solo.
CARVALHO-PUPATTO et al. (2004), por sua vez, ao verificarem o efeito da
aplicação de uma escória de siderurgia de aciaria sobre os atributos químicos do solo,
constataram maior disponibilidade de silício no solo. No presente trabalho, observou-se
concentração de silício disponível = 3,0 mg dm
-3
. No entanto, ao final do experimento, o
silício disponível no solo foi de 3,6 mg dm
-3
após a incubação e de 2,8 mg dm
-3
no final
do experimento (Tabela 17). Isso indica baixa concentração do teor de Si do solo
(testemunha).
58
Figura 8. Silício disponível no solo após o período de incubação ( a), silício na parte
aérea (b, c, d) e silício disponível no solo ao final do experimento (e, f).
59
As diferenças encontradas foram pequenas para a disponibilidade de Si entre as
doses de N aplicadas. As doses de nitrogênio e a aplicação do calcário não
aumentaram de forma significativa o Si disponível. Para a escória, verificou-se um efeito
quadrático sobre o Si disponível no solo, mas as alterações de sua disponibilidade
também foram pequenas (Figura 8f).
Os teores de silício na parte aérea do arroz foram superiores com a aplicação da
escória e com as doses crescentes dos materiais corretivos (Figura 8b). No entanto,
também foi possível observar aumento no teor de Si na parte aérea da planta com a
aplicação de calcário, provavelmente em decorrência da maior disponibilidade deste
elemento no solo, como constatado anteriormente. Observou-se ainda que a aplicação
de N resultou em menor teor de Si para as duas fontes estudadas (Figura 8d).
Considerando ainda o teor de Si na planta, observou-se efeito significativo da
interação entre doses de N e de materiais corretivos. Quando se empregou dose baixa
de N, os teores de Si na planta foram maiores com as doses equivalentes dos materiais
corretivos em comparação com as doses mais elevadas de N. Notou-se que a aplicação
das doses de 160 e 320 mg dm
-3
de N propiciou os menores teores de Si na parte
aérea do arroz em todas as doses dos materiais corretivos. Os dados do teor de Si na
planta para a combinação entre as doses de N e as doses de 1,3 e 2,6 ECaCO
3
se
ajustaram à função quadrática (Figura 8e) e função linear ficou ajustada à dose de 5,2
de ECaCO
3
(Figura 8e).
De acordo com a interpretação dos teores de Si na planta, propostos por
KORNDÖRFER et al. (1999), observou-se que o teor de Si mais alto foi encontrado na
menor dose da adubação nitrogenada (80 mg dm
-3
), combinada com a maior dose de
material corretivo (5,2 g dm
-3
ECaCO
3
), que foi de 2,5 g kg
-1
. Verificou-se também que o
teor de Si estava em nível médio (17 a 34 g kg
-1
) na parte aérea da planta. Assim, à
medida que a dose de N foi aumentada, houve uma diminuição dos teores de Si na
parte aérea para todas as doses dos materiais corretivos. MA et al. (2001) afirmam que
o silício disponível no solo pode ser absorvido pelas plantas de arroz como moléculas
não dissociadas como ácido silícico (H
4
SiO
4
) e como formas iônicas que se tornam
mais presentes no solo à medida que o pH aumenta.
60
Sendo assim, a diminuição dos teores de Si na parte aérea das plantas poderia
ser justificada pela possível competição entre o H
3
SiO
4
-
e o NO
3
-
pelos sítios de
absorção da planta, conforme foi relatado por WALLACE et al. (1976) e WALLACE
(1989). Outra justificativa estaria relacionada com a forma preferencial de absorção de
N pelas plantas de arroz. O arroz tem preferência por absorver N na forma de NH
4
+
(WANG et al., 1993) e, por questões de balanços de carga na rizosfera, tende a
acidificar o solo.
Desta forma, a disponibilidade de silício no solo diminui em função do aumento
da acidez e resulta em menor teor de Si na planta (OLIVEIRA et al., 2007). OLIVEIRA
et al. (2007) afirmam que o NH
4
+
, produto da reação da uréia, pode diminuir o teor de Si
disponível no solo devido à formação de polímeros de Si com NH
4
+
,
não detectáveis
pelo método de extração de silício por CaCl
2
(0,1 mol L
-1
), empregado neste trabalho.
De acordo com a Tabela 17, as plantas do tratamento testemunha obtiveram
maior teor de Si em comparação com os tratamentos do fatorial. Esses resultados
poderiam ser justificados por um efeito de concentração do Si na planta, pois estas
tiveram um desenvolvimento e uma produção de massa seca da parte aérea muito
inferiores às plantas dos tratamentos do fatorial.
O acúmulo de silício na parte aérea foi maior nos tratamentos que receberam
escória em decorrência da combinação entre as doses equivalentes de CaCO
3
e as
doses de N (Tabela 18).
Considerando as doses dos materiais corretivos (Tabela 19), combinadas com as
fontes e as doses de N, a aplicação crescente das doses de ECaCO
3
proporcionou um
acúmulo maior de silício nos tratamentos que receberam escória e as doses de 80 e
160 mg dm
-3
de N. Observou-se também que o aumento da adubação nitrogenada
(Tabela 20) proporcionou acréscimo no silício acumulado com a aplicação do calcário e
a dose de 1,3 g dm
-3
de ECaCO
3
e para a aplicação da escória combinadas com as
doses de 1,3 e 2,6 g dm
-3
de ECaCO
3
.
Como pode ser observado nas Tabelas 19 e 20, a quantidade de silício
acumulado na parte rea das plantas de arroz somente apresentou a mesma
tendência do teor de silício na planta em decorrência da aplicação das doses
crescentes de ECaCO
3
. Além do fator responsável pela queda do teor de Si, proposto
61
anteriormente por WALLACE (1989), também seria possível ter ocorrido efeito de
diluição provocado pelo N. Assim, o incremento da produção de massa seca da parte
aérea em virtude do aumento das doses de N não foi acompanhado pela absorção de
Si na mesma proporção, o que provocou menor teor deste elemento na planta.
Tabela 18. Silício acumulado na massa seca da parte aérea das plantas de arroz em
função das fontes corretivas, dentro de cada combinação de doses dos
materiais corretivos e de nitrogênio
Fontes
Doses ECaCO
3
(g dm
-3
)
1,3
2,6
5,2
N (mg dm
-3
)
80
160
320
80
160
320
80
160
320
Si acumulado (mg por vaso)
Calcário
121,5 b
158,6 b
237,4 b
128,7 b
207,2 a
241,0 b
157,9 b
182,1 b
200,1 b
Escória
183,2 a
375,3 a
385,6 a
230,7 a
260,1 a
345,2 a
321,9 a
354,8 a
384,0 a
a,b em cada coluna, médias seguidas de mesma letra não diferem pelo teste de Tukey (P>0,05)
Tabela 19. Silício acumulado massa seca da parte aérea das plantas de arroz em
função das doses dos materiais corretivos, dentro de cada combinação de
fontes corretivas e de nitrogênio
Doses
ECaCO
3
(g dm
-3
)
Fontes
Calcário
Escória
N (mg dm
-3
)
80
160
320
80
160
320
Si acumulado (mg por vaso)
1,3
121,5 a
158,6 a
237,4 a
183,2 c
375,3 a
385,6 a
2,6
128,7 a
207,3 a
241,0 a
230,7 b
260,2 b
345,2 a
5,2
157,9 a
182,2 a
200,1 a
321,9 a
354,8 a
384,0 a
a,b,c em cada coluna, médias seguidas de mesma letra não diferem pelo teste de Tukey (P>0,05)
Análise de solo no final do experimento
A Tabela 21 apresenta os resultados das características químicas do solo ao
final do experimento. Nela, fica evidenciado que o pH em CaCl
2
, as concentrações de
Ca, Mg e Mn, a SB, T e o V% encontram-se com valores superiores aos encontrados
para a testemunha absoluta. Também foi verificada significância para as interações
62
entre as fontes e as doses de materiais corretivos e de nitrogênio, para as variáveis de
pH CaCl
2
, concentrações de Ca, Mg, H+Al, Cu, Fe, Mn e Zn, SB, T e V%.
Tabela 20. Silício acumulado massa seca da parte rea das plantas de arroz em
função das doses de nitrogênio, dentro de cada combinação de fontes
corretivas e doses dos materiais corretivos
N
(mg dm
-3
)
Fontes
Calcário
Escória
Doses ECaCO
3
(g dm
-3
)
1,3
2,6
5,2
1,3
2,6
5,2
Si acumulado (mg por vaso)
80
122 b
129
158 a
183 b
231 b
322 a
160
159 b
207
182 a
375 a
260 b
355 a
320
237 a
241
200 a
386 a
345 a
384 a
a,b,c em cada coluna, médias seguidas de mesma letra não diferem pelo teste de Tukey (P>0,05)
Analisando-se a interação tripla para o pH em CaCl
2
do solo ao final do
experimento, observou-se que a escória apresentou comportamento semelhante ao
calcário para a maioria das combinações (Tabela 22), sendo o calcário superior a
escória somente na combinação da dose de 1,3 g dm
-3
ECaCO
3
com a dose de 160 mg
dm
-3
de N. Estes resultados são contrários aos observados por SOUZA et al. (2008)
que estudou os atributos químicos do solo influenciados pela substituição do carbonato
por silicato de cálcio e verificou menor eficiência dos silicatos em elevar o pH do solo.
Observa-se ainda que as doses crescentes dos materiais corretivos (Tabela 23)
fizeram com que o pH em CaCl
2
do solo aumentasse em ambas as fontes e em todas
as doses de N. Por fim, as doses crescentes de N (Tabela 24) só influenciaram no valor
do pH do solo para a combinação entre o calcário e a dose de 5,2 g dm
-3
ECaCO
3
e
entre a escória e a dose de 1,3 g dm
-3
ECaCO
3
. Nota-se que a aplicação das doses
crescentes de N resultou em diminuições no valor do pH devido a uma provável
acidificação do solo decorrente da reação do adubo nitrogenado aplicado.
Observando a interação tripla para a concentração de H+Al no solo, nota-se que
a aplicação do calcário proporcionou menor acidez potencial do que a escória para as
combinações de 1,3 g dm
-3
ECaCO
3
com 160 mg dm
-3
de N (Tabela 22). Por outro lado,
as combinações de 2,6 g dm
-3
ECaCO
3
com 160 mg dm
-3
de N mostraram uma menor
63
concentração de H+Al para o tratamento que recebeu escória. No entanto, em ambas
as situações não foram observadas diferenças quanto aos valores de pH do solo. O
aumento do pH em CaCl
2
, devido às crescentes doses dos materiais corretivos (Tabela
22), promoveu a redução da acidez potencial do solo (Tabela 22). MELO (2005),
KORNDÖRFER & NOLLA (2003) e FARIA (2000), ao trabalharem com silicatos de Ca e
Mg, também observaram reduções na acidez potencial do solo. A aplicação do N fez
com que a concentração de H+Al aumentasse nas combinações entre o calcário e as
doses de 1,3 e 2,6 g dm
-3
ECaCO
3
e entre a escória e a dose de 1,3 g dm
-3
ECaCO
3
,
devido à liberação de H
+
para a solução resultante da reação da uréia no solo (Tabela
24).
Analisando a interação tripla dos fatores estudados para a concentração de
cálcio no solo, observou-se que a escória apresentou maior eficiência em disponibilizar
Ca para a maioria das combinações entre as doses equivalentes de CaCO
3
e de N
(Tabela 22).
Prado (2000), ao avaliar as características químicasdo solo após a aplicação de
calcário e de escória de siderurgia, constatou comportamento semelhante entre as duas
fontes corretivas para a concentração de Ca no solo. Além disso, PIAU (1991), ao
comparar três escórias de siderurgia com o calcário, quanto ao incremento de cálcio no
solo, por meio da verificação da eficiência da referida reação no período de 30 a 90 dias
após a incubação, observou eficiência significativa nos primeiros 30 e 60 dias para o
calcário e no final do período de 90 dias para a escória.
De acordo com a Tabela 23, observa-se que a aplicação das doses crescentes
de equivalentes de CaCO
3
proporcionou aumentos na concentração de cálcio no solo,
independente da fonte aplicada e das doses de N. Este resultado demonstra uma
continuidade da reação dos materiais corretivos no solo, mesmo depois dos 90 dias de
incubação e da condução do experimento. PRADO et al. (2003), ao avaliarem o efeito
residual das escórias de siderurgia em um Latossolo Vermelho-Amarelo alumínico sob
a cultura da cana-de-açúcar, também encontraram acréscimos nas concentrações de
cálcio no solo com o aumento das doses de calcário e de escória.
64
A aplicação de doses crescentes de N resultou na diminuição da concentração
de cálcio no solo para as combinações de calcário e a dose de 2,6 e 5,2 g dm
-3
ECaCO
3
e para a escória e a dose de 5,2 g dm
-3
ECaCO
3
(Tabela 24). Uma provável
justificativa para esse resultado seria a acidificação do solo ou mesmo da região
rizosférica pela reação da uréia no solo, diminuindo o pH e, conseqüentemente,
reduzindo a disponibilidade de Ca na solução do solo.
Houve interação tripla dos fatores estudados para as concentrações de
magnésio no solo, onde foi maior quando se aplicou calcário e a dose de 5,2 g dm
-3
ECaCO
3
combinada com todos os níveis de N (80, 160 e 320 mg dm
-3
de N). Desta
forma, apesar da maior quantidade de Mg presente na composição da escória em
estudo, observou-se menor liberação desse nutriente desta fonte em comparação ao
calcário (Tabela 22).
Além dos aumentos nas concentrações de Ca no solo, observou-se também
maior concentração de Mg do solo em função das doses crescentes dos materiais
corretivos (Tabela 23). BARBOSA FILHO et al. (2001), ao estudarem os efeitos da
aplicação de silicatos de cálcio na cultura do arroz de terras altas, constataram que a
disponibilidade de Mg aumentou após a aplicação da fonte.
O Ca e o Mg do solo também apresentou diminuição de suas concentrações
após a aplicação de doses crescentes de N (Tabela 24).
De acordo com a Tabela 22, a SB, T e V% foram semelhantes entre o calcário e
a escória para a maioria das combinações das doses ECaCO
3
e de N.
A Tabela 23 indica que as doses crescentes dos materiais corretivos
proporcionaram aumento nos valores de SB, T e V%, independente da combinação
entre o tipo de fonte empregada e a dose de N. Além disso, os aumentos dos valores
de SB e de T fizeram com que a saturação por bases atingisse os valores pretendidos
para as doses de 1,3 e 2,6 g dm
-3
ECaCO
3
, o que continuou demonstrando o mesmo
efeio observado na Figura 3g, que representa V% após o período de incubação. No
entanto, após o experimento, não foram observadas reduções da saturação por bases
em relação ao registrado no início.
Tabela 21. Valores médios de características químicas do solo em amostras retiradas ao final do experimento em função das fontes (F), doses dos materiais
corretivos (DC) e doses de nitrogênio (DN).
Tratamentos
pH
M.O
P
K
Ca
Mg
H+Al
SB
T
V
Cu
Fe
Mn
Zn
CaCl
2
g dm
-3
g dm
-3
------------------------- mmolc dm
-3
-------------------------------
%
---------------- mg kg
-1
--------------
Fatorial
5,4 a
16,7 a
12,4 a
0,7 b
23,7 a
6,8 a
20,7 a
31,3 a
52,2 a
56,7 a
2,1 a
32,0 b
6,5 a
0,2 a
Testemunha
4,3 b
17,0 a
13,7 a
1,0 a
6,0 b
2,0 b
36,0 b
9,0 b
45,1 b
20,5 b
2,3 a
80,0 a
2,8 b
0,2 a
Teste F
Fatorial x
Testemunha
207,26**
0,40
ns
2,62
ns
30,13**
294,32**
75,89**
322,96**
163,5**
20,82**
453,02**
2,20
ns
1013,58**
72,83**
0,63
ns
F
0,25
ns
2,16
ns
1,82
ns
0,39
ns
6,32*
29,43**
0,32
ns
0,494
ns
1,01
ns
4,69*
25,46**
56,48**
441,51**
286,4**
DC
715,68**
5,56**
33,47**
1,02
ns
1005,9**
706,36**
596,23**
755,7**
323,7**
1159,3**
32,49**
848,6 **
96,02**
61,21**
DN
5,54**
7,57**
23,18**
12,81**
27,73**
9,79**
15,48**
18,34**
15,23**
21,87**
5,66**
8,56**
9,16**
11,95**
F x DC
0,57
ns
2,89
ns
0,81
ns
6,57**
16,47**
54,01**
2,10
ns
17,4**
12,56**
22,19**
9,31**
110,76**
82,05**
67,16**
F x DN
4,29*
1,04
ns
0,88
ns
0,13
ns
11,32**
1,17
ns
1,47
ns
2,46
ns
2,56
ns
2,84
ns
0,14
ns
1,08
ns
1,11
ns
2,29
ns
DC x DN
4,25**
0,10
ns
0,82
ns
2,04
ns
18,97**
5,98**
5,41**
10,8**
10,37**
6,61**
4,99**
24,95**
9,30**
7,49**
F x DC x DN
2,83*
0,08
ns
0,55
ns
1,45
ns
11,94**
7,85**
4,81**
5,21**
3,73**
6,72**
3,04*
9,03**
16,55**
8,24**
C.V.(%)
3,3
4,3
12,5
14,4
8,8
16,4
7,6
11,2
5,9
6,0
15,4
8,48
13,3
21,6
**, * e
NS
- Significativo a 1% e 5% de probabilidade, e não significativo, respectivamente.
65
66
Esses resultados indicam uma provável continuidade da reação dos corretivos ao
longo do experimento, conforme foi observado por FORTES (2006) ao trabalhar com
silicato de cálcio na correção do solo para a produção de gramíneas.
Ao final deste experimento, a disponibilidade de cobre foi semelhante entre o
calcário e a escória, sendo que o calcário proporcionou maior concentração desse
nutriente somente nas combinações com a dose de 1,3 g dm
-3
ECaCO
3
e as doses de
80 e 320 mg dm
-3
de N (Tabela 22). A aplicação do calcário onde também proporcionou
maior disponibilidade de Fe nas primeiras combinações entre doses ECaCO
3
e N. No
entanto, nas combinações de 5,2 g dm
-3
CaCO
3
com as doses de 160 e 320 mg dm
-3
de
N, a escória mostrou-se superior ao calcário na disponibilidade de Fe para o solo. A
disponibilidade de Mn e Zn continuou maior nos tratamentos que receberam escória em
comparação ao calcário, para a maioria das combinações entre doses de ECaCO
3
e de
N.
Dessa forma, o que se pôde depreender desse experimento foi que a tendência
dos micronutrientes é diminuir a sua disponibilidade com o aumento do pH, devido à
aplicação de materiais corretivos. Este fato pode ser observado na Tabela 22 que
mostra a disponibilidade de Cu e Fe. No entanto, as doses crescentes de ECaCO
3
aumentaram a disponibilidade de Mn e Zn para as combinações de escória e doses de
N (Tabela 23). Por fim, os dados referentes às concentrações dos micronutrientes,
apresentados na Tabela 24, mostram que as doses de N não proporcionaram variações
nos valores de Cu, Fe, Mn e Zn do solo.
Atividade microbiana e enzimática no solo
Ao analisar a atividade microbiana na Tabela 25, observa-se que houve efeito
dos corretivos em comparação ao tratamento testemunha. A hidrólise do FDA ocorreu
em todos os tratamentos. A atividade microbiológica foi notadamente alta no tratamento
que recebeu maior dose de escória e de nitrogênio, com 6,36 µg de fluorescena g
-1
solo
seco hora
-1
, e foi baixa no tratamento testemunha, que atingiu o valor e 0,90 6,36 µg de
fluoresceina g
-1
solo seco hora
-1
. Os níveis de atividade microbiológica dos tratamentos
67
que receberam calcário foram similares entre si e apresentaram valores de 4,11 e 4,55
µg de fluoresceína g
-1
solo seco hora
-1
.
Tabela 22. Médias de pH CaCl
2
, H+Al, cálcio, magnésio, soma de bases, capacidade
de troca catiônica, saturação por bases do solo, cobre, ferro, manganês e
zinco das fontes corretivas, dentro de cada combinação de doses dos
materiais corretivos e de nitrogênio
Fontes
Doses ECaCO
3
(g dm
-3
)
1,3
2,6
5,2
N (mg dm
-3
)
80
160
320
80
160
320
80
160
320
pH CaCl
2
Calcário
4,7 a
4,7 a
4,6 a
5,4 a
5,2 a
5,2 a
6,2 a
6,5 a
6,0 a
Escória
4,8 a
4,4 b
4,7 a
5,3 a
5,3 a
5,2 a
6,2 a
6,3 a
6,2 a
H+Al (mmol
c
dm
-3
)
Calcário
26,5 a
28,7 b
30,2 a
19,0 a
23,7 a
23,0 a
12,0 a
10,7 a
14,0 a
Escória
26,5 a
32,5 a
28,0 a
20,0 a
20,0 b
21,7 a
11,7 a
11,5 a
14,0 a
Cálcio (mmol
c
dm
-3
)
Calcário
12,5 a
14,2 a
12,7 a
22,2 b
16,5 b
15,7 b
37,2 b
46,2 a
31,0 b
Escória
12,2 a
9,5 b
14,0 a
25,2 a
24,0 a
20,2 a
42,5 a
37,5 b
34,0 a
Magnésio (mmol
c
dm
-3
)
Calcário
3,0 a
2,5 a
2,0 a
6,2 a
3,5 b
2,7 a
14,2 a
17,8 a
16,0 a
Escória
2,0 a
1,5 a
2,5 a
6,5 a
6,0 a
4,0 a
12,5 b
11,3 b
9,2 b
SB
Calcário
16,2 a
17,7 a
15,4 a
29,4 a
21,0 b
19,2 b
53,1 a
64,7 a
47,5 a
Escória
15,1 a
11,9 b
16,4 a
31,4 a
30,7 a
24,8 a
53,3 a
51,7 b
43,9 a
T
Calcário
42,7 a
46,5 a
45,7 a
48,4 a
44,9 b
43,0 a
68,0 a
75,4 a
58,8 a
Escória
41,6 a
43,9 a
44,4 a
51,4 a
50,7 a
46,6 a
66,8 a
63,2 b
58,4 a
V%
Calcário
38,0 a
38,0 a
33,7 a
60,7 a
44,7 b
44,2 b
81,5 a
85,7 a
76,5 a
Escória
36,5 a
30,0 b
33,7 a
61,0 a
60,5 a
55,0 a
81,7 a
81,7 a
78,2 a
Cu (mg dm
-3
)
Calcário
3,7 a
2,5 a
2,6 a
2,1 a
2,1 a
1,9 a
1,8 a
2,0 a
2,0 a
Escória
2,4 b
2,0 a
1,9 b
2,2 a
1,7 a
2,1 a
1,7 a
1,8 a
1,6 a
Fe (mg dm
-3
)
Calcário
56,7 a
55,7 a
64,5 a
32,7 a
35,0 a
31,5 a
12,2 b
11,0 b
12,2 b
Escória
43,2 b
28,7 b
47,7 b
24,5 b
36,7 a
32,0 a
19,5 a
16,5 a
16,0 a
Mn (mg dm
-3
)
Calcário
4,8 b
4,0 a
4,1 b
5,4 b
3,7 b
3,8 b
4,5 b
4,2 b
5,0 b
Escória
7,3 a
2,3 b
5,7 a
7,3 a
10,5 a
9,7 a
12,4 a
10,8 a
11,3 a
Zn (mg dm
-3
)
Calcário
0,2 a
0,1 a
0,1 b
0,1 b
0,1 b
0,1 b
0,1 b
0,1 b
0,1 b
Escória
0,2 a
0,1 a
0,2 a
0,3 a
0,3 a
0,3 a
0,5 a
0,5 a
0,3 a
a,b em cada coluna, médias seguidas de mesma letra não diferem pelo teste de Tukey (P>0,05)
68
Tabela 23. Médias de pH CaCl
2
, H+Al, cálcio, magnésio, soma de bases, capacidade
de troca catiônica, saturação por bases no solo, cobre, ferro, manganês e zinco
das doses dos materiais corretivos, dentro de cada combinação de fontes
corretivas e de nitrogênio
Doses ECaCO
3
(g dm
-3
)
Fontes
Calcário
Escória
N (mg dm
-3
)
80
160
320
80
160
320
pH CaCl
2
1,3
4,8 c
4,8 c
4,7 c
4,9 c
4,5 c
4,7 c
2,6
5,4 b
5,2 b
5,2 b
5,3 b
5,3 b
5,2 b
5,2
6,2 a
6,5 a
6,0 a
6,2 a
6,3 a
6,2 a
H+Al (mmol
c
dm
-3
)
1,3
27 a
29 a
30 a
27 a
33 a
28 a
2,6
19 b
24 b
23 b
20 b
20 b
22 b
5,2
12 c
11 c
14 c
12 c
12 c
14 c
Cálcio (mmol
c
dm
-3
)
1,3
12,5 c
14,3
12,8 b
12,3 c
9,5 c
14,0 c
2,6
22,3 b
16,5
15,8 b
25,3 b
24,0 b
20,3 b
5,2
37,3 a
15,8
31,0 a
42,5 a
37,5 a
34,0 a
Magnésio (mmol
c
dm
-3
)
1,3
3,0 c
2,5 c
2,0 b
2,0 c
1,5 c
2,5 c
2,6
6,3 b
3,5 b
2,8 b
6,5 b
6,0 b
4,0 b
5,2
14,3 a
17,8 a
16,0 a
12,5 a
11,3 a
9,3 a
SB
1,3
16,3 c
17,7 b
15,5 b
15,1 c
11,9 c
16,5 c
2,6
29,5 b
21,0 b
19,2 b
31,4 b
30,8 b
24,9 b
5,2
53,1 a
64,7 a
47,5 a
53,3 a
51,7 a
44,0 a
T
1,3
42,8 b
46,5 b
45,7 b
41,6 c
43,9 c
44,5 b
2,6
48,5 b
45,0 b
43,0 b
51,4 b
50,8 b
46,6 b
5,2
68,0 a
75,5 a
58,8 a
66,8 a
63,2 a
58,4 a
V%
1,3
38 c
38 c
34 c
37 c
30 c
34 c
2,6
61 b
45 b
44 b
61 b
61 b
55 b
5,2
82 a
86 a
77 a
82 a
82 a
78 a
Cu (mg dm
-3
)
1,3
3,7 a
2,5 a
2,7 a
2,4 a
2,1 a
1,9 a
2,6
2,1 b
2,2 a
1,9 b
2,2 a
1,7 a
2,1 a
5,2
1,8 b
2,0 a
2,1 b
1,7 b
1,8 a
1,6 a
Fe (mg dm
-3
)
1,3
56,8 a
55,8 a
64,5 a
43,3 a
28,8 b
47,8 a
2,6
32,8 b
35,0 b
31,5 b
24,5 b
36,8 a
32,0 b
5,2
12,3 c
11,0 c
12,3 c
19,5 c
16,5 c
16,0 c
Mn (mg dm
-3
)
1,3
4,8 a
4,0 a
4,1 a
7,3 b
2,3 b
5,7 c
2,6
5,4 a
3,7 a
3,8 a
7,3 b
10,5 a
9,7 b
5,2
4,6 a
4,3 a
5,0 a
12,4 a
10,9 a
11,3 a
Zn (mg dm
-3
)
1,3
0,2 a
0,1 a
0,1 a
0,2 c
0,1 c
0,2 b
2,6
0,2 a
0,1 a
0,1 a
0,3 b
0,3 b
0,3 a
5,2
0,1 a
0,1 a
0,1 a
0,5 a
0,6 a
0,3 a
a,b,c em cada coluna, médias seguidas de mesma letra não diferem pelo teste de Tukey (P>0,05)
69
Tabela 24. Médias de pH CaCl
2
, H+Al, cálcio, magnésio, soma de bases, capacidade
de troca catiônica, saturação por bases, cobre, ferro, manganês e zinco das
doses de nitrogênio, dentro de cada combinação de fontes corretivas e
doses dos materiais corretivos
N
(mg dm
-3
)
Fontes
Calcário
Escória
Doses ECaCO
3
(g dm
-3
)
1,3
2,6
5,2
1,3
2,6
5,2
pH CaCl
2
80
4,8 a
5,4 a
6,2 b
4,9 a
5,3 a
6,2 a
160
4,8 a
5,2 a
6,5 a
4,5 c
5,3 a
6,3 a
320
4,7a
5,2 a
6,0 c
4,7 b
5,2 a
6,2 a
H+Al (mmol
c
dm
-3
)
80
26,5 b
19,0 b
12,0
26,5 b
20,0 a
11,8 a
160
28,8 a
23,8 a
10,8
32,5 a
20,0 a
11,5 a
320
30,3 a
23,0 a
14,0
28,0 b
21,8 a
14,0 a
Cálcio (mmol
c
dm
-3
)
80
12,5 a
22,3 a
37,3 a
12,3 a
25,3 a
42,5 a
160
14,3 a
16,5 b
15,8 c
9,5 b
24,0 a
37,5 b
320
12,8 a
15,8 b
31,0 b
14,0 a
20,3 a
34,0 c
Magnésio (mmol
c
dm
-3
)
80
3,0 a
6,3 a
14,3 c
2,0 c
6,5 a
12,5 a
160
2,5 a
3,5 b
17,8 a
6,5 b
6,0 a
11,3 b
320
2,0 a
2,8 b
16,0 b
12,5 a
4,0 b
9,3 c
SB
80
16,6 a
29,5 a
53,1 b
15,1 a
31,4 a
53,3 a
160
17,3 a
21,0 b
64,7 a
11,9 a
30,8 a
51,7 a
320
15,5 a
19,2 b
47,5 c
16,5 a
24,9 a
44,0 b
T
80
42,8 a
48,5 a
68,0 b
41,6 a
51,4 a
66,8 a
160
46,5 a
45,0 a
75,5 a
43,9 a
50,8 a
63,2 a
320
45,7a
43,0 a
58,8 c
44,5 a
46,6 a
58,4 a
V%
80
38 a
61 a
82 a
37 a
61 a
82 a
160
38 a
45 b
86 a
30 a
61 a
82 a
320
34 a
44 b
77 b
34 a
55 a
78 a
Cu (mg dm
-3
)
80
3,7 a
2,1 a
1,8 a
2,4 a
2,2 a
1,7 a
160
2,5 c
2,2 a
2,0 a
2,1 a
1,7 a
1,8 a
320
2,7 b
1,9 a
2,1 a
1,9 a
2,1 a
1,6 a
Fe (mg dm
-3
)
80
56,8 b
32,8 a
12,3 a
43,3 a
24,5 b
19,5 a
160
55,8 b
35,0 a
11,0 a
28,8 b
36,8 a
16,5 a
320
64,5 a
31,5 a
12,3 a
47,8 a
32,0 a
16,0 a
Mn (mg dm
-3
)
80
4,8a
5,4 a
4,6 a
7,3 a
7,3 b
12,4 a
160
4,0 a
3,7 a
4,3 a
2,3 a
10,5 a
10,9 b
320
4,1 a
3,8 a
5,0 a
5,7 a
9,7 a
11,3 b
Zn (mg dm
-3
)
80
0,2 a
0,2 a
0,1 a
0,2 a
0,3 a
0,5 a
160
0,1 a
0,1 a
0,1 a
0,1 a
0,3 a
0,3 a
320
0,1 a
0,1 a
0,1 a
0,5 a
0,6 a
0,3 a
a,b,c em cada coluna, médias seguidas de mesma letra não diferem pelo teste de Tukey (P>0,05)
70
Neste estudo investigou-se o efeito dos materiais corretivos na atividade
microbiana (Tabela 25). O método da hidrólise de diacetato de fluoresceína (FDA) se
revelou capaz de diferenciar os tratamentos quanto à atividade microbiana, após o
cultivo e produção do arroz.
Foi possível analisar também que os tratamentos que receberam escória tiveram
maior atividade microbiológica (Tabela 25). Isto, provavelmente, se deve à presença de
micronutrientes e metais pesados que não influenciaram negativamente nesta
avaliação. Solos contaminados por metais pesados e com maior teor de matéria
orgânica tendem a apresentar maiores valores de biomassa, provavelmente em virtude
da maior complexação dos metais, formando complexos de baixa solubilidade,
reduzindo ou eliminando seu efeito na microbiota (DIAS-JÚNIOR et al., 1998).
Tabela 25. Hidrólise de FDA, atividade das enzimas celulase, protease, arilsulfatase e
fosfatase ácida após a aplicação de calcário e silicato em duas doses.
Tratamentos
Avaliações
Tipo de
corretivo
Dose do
corretivo
Dose de
nitrogênio
FDA
Celulase
Protease
Arilsulfatase
Fosfatase
Ácida
g por
vaso
mg dm
-3
µg de
fluoresceina
/g solo
seco/hora
μg g
-1
dia
-1
µg de
tirosina/hora
/kg TFSE
µg p-nitrofenol/g solo seco/hora
Calcário
3,4
80
4,11 b
4,95 b
26,49 d
3,60 bc
36,51 bc
13,7
320
4,55 b
4,56 b
32,46 bc
3,18 c
53,78 ab
Escória
4,8
80
5,22 ab
6,50 a
38,15 b
5,15 a
36,51 bc
19,0
320
6,36 a
1,70 c
48,50 a
4,52 ab
64,70 a
Testemunha
-
-
0,90 c
4,47 b
26,96 cd
3,34 bc
22,78 c
dms
1,42
0,99
5,81
1,30
19,65
CV(%)
14,9
9,9
7,4
14,5
20,3
a,b,c,d em cada coluna, médias seguidas de mesma letra não diferem pelo teste de Tukey (P>0,05)
Entretanto, a baixa atividade microbiológica obtida no solo com tratamento
testemunha, quando comparado com os outros tratamentos, provavelmente se deve as
71
condições de acidez do solo. SIQUEIRA et al. (1994) esclarecem que, em solos ácidos,
a disponibilidade de nutrientes fica inadequada para o desenvolvimento das plantas e,
assim, a atividade microbiológica decresce. Outra justificativa seria que a atividade
metabólica dos microrganismos é fortemente influenciada pela presença de raízes e
materiais orgânicos em decomposição. Entretanto, como no tratamento testemunha não
houve a aplicação de corretivos, a acidez do solo inibiu o desenvolvimento das raízes e
diminuindo a atividade microbiana devido à menor presença de exsudados e secreções
radiculares que representam as maiores fontes de carbono prontamente disponíveis
para os microrganismos.
A aplicação de 4,8 g de escória por vaso combinado com 80 mg dm
-3
de N
proporcionou atividade elevada de celulase (Tabela 25). No entanto, observou-se uma
redução da atividade desta enzima no tratamento que recebeu a maior dose de escória
e de nitrogênio, apresentando o valor de 1,7 μg g
-1
dia
-1
. A aplicação das duas doses de
calcário resultou em comportamento semelhante.
O tratamento testemunha assemelhou-se ao tratamento com calcário e foi
superior com o tratamento com a escória, quando houve a aplicação da maior dose
deste material, para a avaliação da atividade da celulase (Tabela 25). Provavelmente,
no tratamento com a maior dose de escória, os microrganismos responsáveis em
degradar a matéria orgânica, foram inibidos pela reação da escória no solo. No entanto,
MELLONI et al. (2001) verificaram que a aplicação do de forno de aciaria elétrica
não resultou em efeitos negativos na microbiota do solo em função da presença de
metais pesados. Os autores acrescentaram que este material pode ser considerado
como fonte de Zn para a cultura da soja.
No entanto, poucos estudos foram feitos em relação ao comportamento da
enzima celulase no solo. BALOTA et al. (2004) salientam a importância de se estudar
mais detalhadamente esta enzima por ter um papel importante na decomposição de
resíduos que vão fornecer carbono prontamente disponível para o crescimento de
microrganismos.
A maior presença da enzima protease ocorreu no tratamento que recebeu as
maiores doses de escória e de nitrogênio (Tabela 25). Segundo BADALUCCO et al.
(1997), os solos com teores mais elevados de matéria orgânica e de exsudatos
72
radiculares podem favorecer a atividade microbiana e, conseqüentemente, aumentar a
atividade de proteases, como pode ter ocorrido no tratamento que recebeu maiores
doses de escória e de nitrogênio. Observou-se ainda que a aplicação do calcário com a
menor dose de N obteve, juntamente com o tratamento testemunha, a menor atividade
da enzima protease.
Provavelmente, a maior presença da enzima protease no tratamento 19 g de
escória por vaso combinado com 320 mg dm
-3
de N estabelece indícios de que houve
uma maior mineralização do N no solo e, possivelmente, houve maior liberação de N
para as plantas (Tabela 25).
SILVA & MELO (2004) ao estudarem a atividade de proteases e a disponibilidade
de nitrogênio para laranjeira cultivada em Latossolo Vermelho distrófico concluíram que
a atividade das proteases poderá vir a ser um dos métodos para a programação da
fertilização nitrogenada para a cultura do citros, uma vez que se correlaciona com o N-
foliar usado para fins de diagnose. Assim, com estudos mais detalhados, o mesmo
também poderá ser feito para a cultura do arroz.
Neste mesmo raciocínio, após serem feitos estudos de calibração, este método
torna-se uma alternativa para os programas de adubação em outras culturas, como é o
caso do arroz.
A atividade da arilsulfatase foi influenciada pela aplicação das duas doses da
escória e de nitrogênio (Tabela 25). Provavelmente, nestes tratamentos, ocorreu a
maior presença de S na forma orgânica, pois apenas esta forma influencia a atividade
da enzima arilsulfatase (TABATABAI & BREMNER, 1972). A presença de S como
impureza da escória de siderurgia deve ter contribuído para este resultado, pois houve
maior absorção de S pela planta, e assim, a decomposição das folhas e raízes do arroz
ao longo do ciclo da cultura favoreceu a reciclagem deste nutriente. PEREIRA et al.
(2006), ao avaliarem a composição de três escórias siderúrgicas encontraram a
presença de enxofre em sua composição.
Os tratamentos que receberam calcário e a testemunha absoluta tiveram a
enzima arilsulfatase com comportamento semelhante no solo (Tabela 25). Entretanto,
para o tratamento com escória o comportamento dessa enzina foi inferior ao observado.
73
Pelos resultados obtidos na Tabela 25, observa-se que a atividade da fosfatase
ácida foi maior no tratamento com escória combinada com a maior dose de N. Porém, a
aplicação da menor dose de calcário e de escória teve comportamento semelhante à
testemunha.
Em resumo, os materiais corretivos, ao reagirem no solo, elevam o pH e
diminuem a disponibilidade de alguns micronutrientes que poderiam, de alguma forma,
contribuir com a atividade microbiana dos solos. Sendo assim, apesar da presença de
metais pesados nas escórias, os micronutrientes favoreceram, de maneira geral, a
atividade microbiana do solo do experimento em questão e provavelmente houve maior
disponibilidade de nutrientes como S, P e N.
74
V. CONCLUSÕES
1. A neutralização da acidez do solo pela escória de aciaria foi semelhante ao do
calcário e, ainda, aumentou a disponibilidade de silício no solo.
2. As doses de nitrogênio diminuíram o teor de Si n a parte aérea (colmo+folhas) do
arroz.
3. A adubação nitrogenada aumentou a absorção de nitrogênio, favoreceu o
acúmulo de silício e nitrogênio na planta e promoveu maior produção de massa
seca da parte aérea e de grãos de arroz.
4. A escória de aciaria aumentou a atividade das enzimas celulase, protease,
arilsulfatase e fosfatase ácida no solo.
75
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