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e pelo objetivo proposto. Jamais deve ser introduzido antes que o educando revele maturidade
para superar seu desafio, e nunca quando o educando revelar cansaço pela atividade ou tédio
por seus resultados.
Segundo Teixeira, várias são as razões que levam os educadores a recorrer às
atividades lúdicas e a utilizá-las como um recurso no processo de ensino-aprendizagem:
“ As atividades lúdicas correspondem a um impulso natural
da criança, e neste sentido, satisfazem uma necessidade
interior, pois o ser humano apresenta uma tendência
lúdica;
O lúdico apresenta dois elementos que o caracterizam: o
prazer e o esforço espontâneo. Ele é considerado
prazeroso, devido a sua capacidade de absorver o
indivíduo de forma intensa e total, criando um clima de
entusiasmo. É este aspecto de envolvimento emocional
que o torna uma atividade com forte teor motivacional,
capaz de gerar um estado de vibração e euforia. Em
virtude desta atmosfera de prazer dentro da qual se
desenrola, a ludicidade é portadora de um interesse
intrínseco, canalizando as energias no sentido de um
esforço total para obtenção de seu objetivo. Portanto, as
atividades lúdicas são excitantes, mas também requerem
um esforço voluntário;
As situações lúdicas mobilizam esquemas mentais. Sendo
uma atividade física e mental, a ludicidade aciona e ativa
as funções psico-neurológicas e as operações mentais,
estimulando o pensamento;
As atividades lúdicas integram as várias dimensões da
personalidade: afetiva, motora e cognitiva. Como atividade
física e mental que mobiliza as funções e operações, a
ludicidade aciona as esferas motora e cognitiva, e à
medida que gera envolvimento emocional, apela para a
esfera afetiva. Assim sendo, vê-se que a atividade lúdica
se assemelha à atividade artística, como um elemento
integrador dos vários aspectos da personalidade. O ser
que brinca e joga é, também, o ser que age, sente, pensa,
aprende e se desenvolve.”. (1995, p. 23)
A idéia de unir o lúdico à educação não é tão recente quanto possa parecer.
Ainda de acordo com Teixeira:
"Em 1632, Comenius terminou de escrever sua obra
Didactica Magna, através da qual apresentou sua
concepção de educação. Ele pregava a utilização de um