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7.2 Codificações e identificação
do mobiliário escolar
A cor pode ainda ser usada na própria codificação
ou classificação dos tipos de mobiliário. A FDE,
por exemplo, já há algum tempo, adotou esse
recurso, conferindo uma cor para cada padrão
dimensional adotado. Assim, o tamanho 01/
CEBRACE apresenta a cor vermelha em suas
estruturas, o padrão 02 a cor verde e o tamanho
03 a cor azul.
A NBR 14006 não especifica um uso de cores de
acabamento nas estruturas, mas estabelece um
selo de identificação de cada classe dimensional,
que utiliza uma cor como código:
tamanho 0 - branco;
tamanho 1 - laranja;
tamanho 2 - lilás;
tamanho 3 - amarelo;
tamanho 4 - vermelho;
tamanho 5 - verde;
tamanho 6 - azul.
Codificações através de cores podem ser adotadas
pelos organismos responsáveis pela ordenação do
ambiente escolar, assim como as cores utilizadas
poderão também apresentar variedade.
É importante observar que para decidir sobre o
uso das cores devem-se considerar tanto as
possibilidades técnicas, como por exemplo tintas
e acabamentos encontrados no mercado, já que
cores especiais encarecem o produto, como
fatores de equilíbrio e harmonia entre as cores, o
que envolve até mesmo, considerações de
natureza cultural.
7.1 Critérios de uso
O mobiliário escolar tradicional caracterizou-se
pelo uso de cores escuras ou pela ausência de
cores, preferindo-se a aparência natural dos
materiais, como no caso da madeira maciça.
A utilização de poucas cores devia-se, em grande
parte, às limitações técnicas impostas pelos
próprios materiais utilizados.
Mesmo após a introdução de novas técnicas e
materiais, como as estruturas tubulares a as madeiras
compensadas e aglomeradas, persistiu uma
sedimentação cultural que continuou a usar um
número muito restrito de cores. Assim, as estruturas
eram pintadas em preto, as superfícies em cinza, etc.
A cor na sala de aula é sem dúvida condicionada
por esses fatores técnicos e materiais, mas
também o é por fatores socioculturais. Isso deve
ser considerado na especificação de cores,
principalmente em vista de a tecnologia con-
temporânea permitir uma variedade muito
grande, comparando-se com as circunstâncias de
um passado relativamente recente.
A cor dentro das salas de aula é, até mesmo,
resultado do próprio trabalho e da atividade, tanto
dos professores, como dos alunos. A cor sempre
esteve presente nos mapas e ilustrações uti-
lizados; agora pode-se dizer que há mais cor ainda
dentro das salas, considerando-se o uso de
projeções, televisões e computadores. Portanto,
se há uma grande possibilidade de se usar cores
hoje, isso indica não só uma liberdade maior, mas
também a necessidade de critérios adequados de
harmonia e equilíbrio em seu uso.
Por outro lado, existem cores que podem ser con-
sideradas funcionais. É o caso dos quadros de giz,
por exemplo, que não necessitam mais ser negros,
mas, certamente devem ter uma cor que permita
a correta visualização do que se escreve sobre
eles. É também o caso das superfícies de trabalho
que não devem ter cores fortes que entrem em
contraste com o próprio trabalho do aluno, nem
tão claras a ponto de causar ofuscamento.
Mas, não é mais uma imposição rígida que as
superfícies de assento e encosto sejam necessaria-
mente na mesma cor da superfície de trabalho das
mesas. Podem-se usar tons diferentes ou mesmo
cores dentro de uma mesma escala, tornando o
ambiente das salas mais agradável.
Além dos aspectos cromáticos deve-se sempre ter
presente que as superfícies não deverão ser
brilhantes, tanto por critérios de boa visualização,
como por fatores de contato com o próprio corpo,
uma vez que o brilho advém de uma superfície
muito lisa, que não permite boa aeração,
estimulando a produção de suor.
7. A cor no mobiliário escolar