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possibilidade de refletir sobre contradições, visualizando a forma de avançar,
construindo cotidianamente a história.
Segundo Maturana e Varela (1997, p. 33) tem-se que: “É no domínio da
relação com o outro na linguagem que sucede o viver humano, e é, portanto, no
âmbito ou domínio da relação com o outro que tem lugar a responsabilidade e a
liberdade como formas de conviver”. Trazendo o pensamento dos pesquisadores ao
tema proposto, empresas socialmente responsável são formadora de opinião e
agentes das transformações sociais, sua aplicabilidade, o sucesso ou não das
relações e do aprendizado, vai depender de cada empresa, de sua cultura, estrutura
organizacional e sua maneira de gerir seus negócios.
Conforme Chiavenato (1999, p. 317), “as pessoas deixaram de ser um
recurso produtivo ou mero agente passivo da administração para se tornar o agente
ativo e pro ativo do negócio”.
Além disso, empresa socialmente responsável, deve possuir, “estratégias
pensadas para orientar suas ações em consonância com as necessidades sociais,
de modo que a mesma, garanta além do lucro e da satisfação de seus clientes, o
bem-estar da sociedade” (CHIAVENATO, 1999, p. 316).
Com o advento da globalização, onde as mudanças, a competitividade, a
imprevisibilidade e a incerteza constituem desafios básicos das empresas, que para
sobreviverem à nova ordem mundial, viram-se compelidas a mudar radicalmente
suas estratégias de negócios e padrões gerenciais. Surgiram também, para as
empresas, oportunidades decorrentes da ampliação de seus mercados potenciais,
do aparecimento de novos concorrentes e novas demandas da sociedade.
Para acompanhar a acelerada evolução tecnológica, o aumento do fluxo de
informações, da nova economia, altera-se também, o papel do Estado, das
empresas e das pessoas. Redefini-se a noção de cidadania e constituíram-se
modalidades inovadoras de direitos coletivos, com isso as empresas, tiveram que
urgentemente, adaptar-se à nova maneira de gerir os negócios. Entre adaptações
políticas, jurídicas, culturais, e econômicas, estão as sociais, que cada vez mais
ganha campo a discussão sobre o papel das empresas como agentes sociais no
processo de desenvolvimento.