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mediador, não mais aquele elemento informador, mas mediador, além desses
documentários, filmes que muito embora tenha toda uma tendência, mas não
devemos deixar de lado porque esses filmes servem para fazer que o aluno
tenha todo um contato com aquele fato histórico, faz com que ele se aproxime
de alguns elementos que compõem aquele fato histórico e com fotografias.
Então a partir disso eu busco a discussão chave em sala de aula, faço por onde
eles se inter-relacionem, eles façam perguntas afins e daí busquem respostas
para essas perguntas, e além dessas fontes eu busco aquelas fontes que são
tidas como tradicionais, como um relatório de presidente de província, que eu
acho que é importante, documentos cartoriais, que eu acho que também são
importantes, então a partir daquilo a gente faz toda uma análise em cima desse
material, então essas fontes primárias, logicamente, são importantes e servem,
não que eu tenha a pretensão de formar historiadores, tenho a pretensão de que
esses alunos tenham o primeiro contato com esses documentos, muito embora
se torne um pouco difícil pela restrição, mas dentro do possível eu procuro
trazer uma manchete de determinado texto ou até mesmo um texto de uma
determinada revista que mostre toda aquela gama de informações (
ALBERTO,
2004).
Eu procuro sempre buscar em alguns autores, em leituras que venham a tratar
de algo mais recente, uma produção mais recente como no caso eu trabalho
muito com revistas que são especializadas em história como História Viva,
Nossa História, que são revistas voltadas ao historiador, ao que é habilitado
naquela área, e que trazem artigos de historiadores, que falam a respeito de
algum assunto, e que você pode pegar aquele assunto e adaptá-lo para a sala
de aula. [...] Eu tenho um aluno que chegou para mim e trouxe um daqueles
livros que são como uma minienciclopédia, então eu disse: isso aí já é uma
fonte de pesquisa alem do seu livro didático, você tem aquela revista que é
interessante então tudo isso, eu vejo que é interessante para contribuir. E
outra, sempre despertar no aluno esse interesse pra que ele não fique
desmotivado e tornar a aula o mais agradável possível porque você vê que
essas disciplinas como história, geografia que são disciplinas que, vamos
dizer, são tradicionalmente teóricas, em que há muita discussão, você tem que
ter estratégias para que a aula tenha um certo rendimento, e que o aluno veja
que é interessante, a história, ela tem que se comportar dessa maneira, você
tem que trabalhar a história de uma maneira que ela se torne interessante. Eu
tive muitas dificuldades diante do que eu já trabalhei com muitos alunos,
diante até mesmo da minha formação, diante de alguns professores, você
acaba reproduzindo algumas coisas que tradicionalmente são vistas aí, até na
forma de você mediar o ensino, mas eu sempre procuro me superar diante
disso para que o meu trabalho não fique um trabalho sem sentido, não fique
apenas um trabalho repetitivo, um trabalho mecânico, mas um trabalho
dinâmico a partir do que eu procuro aproveitar, do que eu procuro trazer e
também aproveitar desses alunos (RUI, 2004).
Existem algumas bibliografias nas bibliotecas das escolas que foram enviadas
pelo MEC, porque hoje o MEC envia para as bibliotecas coleções fantásticas
para que o professor possa ter acesso àquela referência e ter um subsídio mais
aprofundado sobre as discussões. Os subsídios são alguns textos usados na
licenciatura e que de vez em quando eu sinto a necessidade de revisar aquela
leitura para um aprofundamento teórico. Eu também utilizo muito as
bibliografias enviadas pelo MEC, são livros fantásticos, fazem parte das
bibliotecas das escolas e servem não só para as minhas fontes de pesquisa para