96
dos alunos que não resistiam ao tempo destinado pela professora para as tarefas,
desconcentravam
-se, ficavam inquietos, procuravam buscar outros focos de
atenção, mesmo porque, nessa fase ainda está-se consolidando o desenvolvimento
da
disciplina mental.
Para as situações 10, 11, 12, 13, 14, 15, 19, 21, 22, 23, 25, 26 houve a
presença do
RI
, o que necessariamente não significa que a
pr
ofessora reconhece o
ritmo interno e individual das crianças e tem consciência de como trabalhá-lo. Isso
porque há a mesma proporção de situações
RE
e
REI
. A professora mostrou
preocupação em observar o empenho individual ou grupal, nas situações 10, 12,
21,
25. Nas situações 25 e 26 a professora deixou-os livremente para atuarem na
criação dos seus trabalhos, o que foi raro.
Observei, nas situações 11, 13 e 22, que as crianças ficavam bem à
vontade depois que levavam a folha para a professora corrigir, algumas ao voltar
para suas carteiras, paravam e conversavam com os colegas sentados em outros
lugares, iam até suas gavetinhas pegar ou guardar algum material. Enquanto isso, a
professora corrigia as lições e não exigia total silêncio ou imobilidade dos al
unos que
terminavam antes.
Para as situações em que claramente prevaleceram o
RI
, percebi que,
apesar de toda dispersão, as crianças que eram solicitadas, de um modo geral,
ficaram muito mais livres e envolvidas no processo de ensino-
aprendizagem.
Dialo
gando entre si, buscando apoio, dando apoio aos colegas, focando-se bem
mais nas atividades, individualmente, em grupo ou com parceiros.
Para as situações 1, 3, 4, 5, 16, 17, 18, 24 e 27 predominou o
REI
. Para o
aluno ou para o pequeno grupo de alunos que realizavam as atividades, seus ritmos
internos eram respeitado e como estavam mais diretamente partilhando do
processo, mostravam-se mais envolvidos com o que ocorria. No entanto, o restante
da sala, que ficava apenas olhando para aquele colega, ou grupo, que fazia ou
respondia a atividade, após alguns minutos da sua execução, começava a se
desinteressar, muitas vezes porque esse restante estava sentado distante do
cartaz, tinha dificuldade para olhar o que estava escrito, e, mecanicamente só
repetia
o que ouvia. Esses alunos que apenas observavam, ficavam corporalmente
inquietos nas carteiras, e procuravam se distraírem com outras coisas, conversando
e brincando com o colega que estava sentado ao lado.