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Há Ausência de texto teórico a respeito, lembrando que a abrangência do conceito a “partícula”
não chegou a ser claramente definida pelo escritor. PIMENTEL (1990, p.223).
No capítulo XXV, nomeado Pontuação, o autor em seus apontamentos para a
“Gramatiquinha” diz que, na maioria das vezes, o hífen é desnecessário exceto em
algumas situações, já que é preciso usá-lo para evitar pronúncias erradas.
“Pontuação é o emprego de certos sinais gráficos que se colocam entre orações e partes de
oração para se indicar pausas de diversas espécies, ou para denotar mudança de tonalidade,
ou simplesmente para chamar a atenção”. Pimentel (1990, p.228).
Mário de Andrade mencionou que, pontuação se faz por meio de certos sinais que
facilitam a compreensão psicológica ou visibilidade imediata da frase.
A nosso ver, fica evidente que o autor pensou nos seus propósitos modernistas
que aplicaria na escritura de poesia, textos em prosa que requereriam o mínimo
possível de sinais gráficos (pontuação).
A Estilística foi abordada do capítulo XXVI ao capítulo XXX .
O capítulo XXVI foi chamado Frase ou Verso, embora no índice, conste como
Frase ou Verbo. Pimentel (1990, p.247)
“Falta de vogal muda no brasileiro, examinada exclusivamente em seu contexto. Sugere
duas vias de interpretação; Poder-se-ia tratar de “e” neutro ou reduzido em posição átona _
um alofone posicional da vogal “e”, segundo Matoso Câmara; poder-se-ia, também, tratar
de pretônico que se torna “muda” em certos ambientes (esp’rança, qu’ria), traços, ambos
típicos da pronúncia portuguesa”. Em qualquer um dos casos, porém, a segunda parte na
afirmação continuaria obscura, pois, numa ou noutra das hipóteses o decassílabo se
reduziria a um verso de nove sílabas, nunca “passaria” a um “endecassílabo legitimo, que
nem em italiano”: este, como se sabe, em decorrência da contagem metatônica das sílabas,
corresponde ao decassílabo, na versificação mas corrente em língua portuguesa.
A interpretação foi dada para a expressão “Falta de vogal muda”, estando o núcleo
do pensamento voltado para a especificidade da realização oral brasileira, sendo
assim, só poderia ser compreendida a partir do conhecimento do que isso
significava para Mário de Andrade.
No capítulo XXVII, denominado Figuração, há apenas, anotações de algumas
figuras de linguagem: Elipse - Pleonasmo – Anacoluto - Imagem ou Tropo.
Pimentel (1990, p.251).
“Os três primeiros subtítulos correspondem, exatamente, ao que consta em Said Ali,
sob o título geral “Figuras de Sintaxe”, em Eduardo Carlos Pereira, como “Sintaxe
irregular ou figurada de regência”; e, em João Ribeiro, como “Figuras de sintaxe”