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(HG e PE), sendo observados piores resultados no grupo de hipertensas,
principalmente nos casos graves. Em relação ao prognóstico materno, no grupo
com hipertensão grave houve maiores taxas de: elevação das enzimas hepáticas
(0,2% normotensas/ 1,6% hipertensão leve, p<0,001/ 17,0% hipertensão grave,
p<0,001), insuficiência renal aguda (0,3% normotensas/ 1,8% hipertensão leve,
p<0,001/ 12,8% hipertensão grave, p<0,001), indução de parto (12,1%
normotensas/ 27,9% hipertensão leve, p<0,001/ 56,7% hipertensão grave,
p<0,001) e parto cesáreo (13,3% normotensas/ 29,5% hipertensão leve, p<0,001/
33.3% hipertensão grave, p<0,001). Em relação ao prognóstico fetal, houve no
grupo com hipertensão grave maiores taxas de parto com IG inferior a 34
semanas de gestação (3,2% normotensas/ 15,1% hipertensão grave, p<0,001),
crescimento intra-uterino restrito (4,2% normotensas/ 7,6% hipertensão leve,
p<0,001/ 16,5% hipertensão grave, p<0,001), admissão em UTI neonatal (12,9%
normotensas/ 20,3% hipertensão leve, p<0,001/ 39,6% hipertensão grave,
p<0,001), peso ao nascimento inferior a 2.500g (8,3% normotensas/ 34,5%
hipertensão grave, p<0,001), síndrome de angústia respiratória (SAR) (3,8%
normotensas/ 13,7% hipertensão grave, p<0,001) e necessidade de ventilação
assistida (2,2% normotensas/ 9,4% hipertensão grave, p<0,001). Não houve
diferença estatisticamente significativa entre os três grupos em relação à
hemorragia intraventricular e morte fetal ou neonatal.
Em estudo realizado por Ray e cols.
30
, 2001, de 21.723 nascimentos
ocorridos na Mc Master University Medical Centre, no Canadá, entre 1986 e 1995,
1.948 gestantes (9%) apresentaram complicações hipertensivas. Foram
comparados prognósticos maternos e fetais das pacientes com PE, PE
sobreposta e HAC em relação àqueles das pacientes com HG (sem proteinúria).
Foram observados maiores riscos de fetos pequenos para a idade gestacional em
gestantes com PE (OR 2,2, 95%IC 1,5 - 3,1) e PE sobreposta (OR 2,1, 95% IC
1,2 - 3,8). Esse risco aumentado não foi observado no grupo com HAC (OR 1,2,
95%IC 0,8 - 1,8). Houve também aumento de risco para parto pré-termo (< 32
semanas) nas gestantes com PE (OR 4,7, 95% IC 2,9 - 7,6) e com PE sobreposta
(OR 3,5, 95% IC 1,8 - 6,7). Da mesma forma, foram observados maiores taxas de
mortalidade perinatal e necessidade de ventilação assistida (por tempo maior que
um dia) no grupo com PE e PE sobreposta. A mortalidade perinatal foi maior no