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pensada por um educador que compreenda a importância da participação de todos
os envolvidos no processo educacional.
O Diretor de escola deve se convencer da necessidade de liderar sua
comunidade para o resgate da legitimação da escola como lugar de formação,
portanto, urge fazer da gestão um instrumento de apoio à atuação dos professores
em sala de aula e de articulação entre escola e comunidade, bem como de
contribuição voltada à concepção de um planejamento em direção à democratização
da escola, isto é, oferecer chances iguais a todos, alunos, pais, professores,
funcionários e comunidade, traçando os caminhos que fazem sentido para todos e
para os quais todos estão comprometidos. O foco é: todos juntos.
Os conhecimentos sistematizados e informais sobre o planejamento
educacional e a avaliação na escola estão atrelados a uma série de fatores, como:
função de liderança; coordenação na elaboração coletiva; necessidade de pesquisa;
formação crítica, solidariedade; liberdade; reflexão dialética; diálogo; possibilidades
de mudança; limitações; e dificuldade de planejar e avaliar. Porém, esbarra-se numa
questão primordial, isto é, ainda que munidos desses conhecimentos sistematizados
e informais, necessita-se, também, de cultura geral, de leitura do mundo, de
contextualização do local para o planetário. Como integrar tudo isso no cotidiano
escolar que está infestado de consumismo, individualismo, falta de perspectiva,
pobreza, falta de recursos, diversidade, apesar de envolvimento, participação,
esforços, vontade e esperança?
Conforme Bittencourt e Oliveira Júnior (2005), o planejamento, como
instrumento de gestão da escola, ganha novo sentido quando traduz o movimento
de aprendizagem dos sujeitos da escola e a realidade vivenciada por eles. Assim, é
dialético – reflexão na ação, para fazer diferente –, é dialógico – contato pessoal,
troca de informações pessoais –, é espaço de produção de conhecimento – todos
são aprendizes –, que se torna válido, porque partiu do sujeito coletivo – gestor,
professor, supervisor, alunos, comunidade, sociedade, pais, enfim, todos os
envolvidos.
Considerando que o princípio para a gestão democrática da escola pública
seja a elaboração de um planejamento participativo, para que os problemas a serem
tratados partam do seio da comunidade escolar, é necessário que os segmentos
envolvidos na educação, representados por pais, professores, funcionários, alunos,