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estômago e intestino, penetram na mucosa do intestino delgado e se transformam
em gamontes masculino (microgamonte) e feminino (macrogamonte). Os
microgametas
liberados do microgamonte se movem ativamente para a periferia do
macrogamonte. Após a fertilização, desenvolve-se uma parede em volta do zigoto e
o oocisto é formado (SHEFFIELD e FAYER, 1980; BOTELHO e LOPES, 1984). A
localização da gametogonia e o tipo de célula parasitada variam com a espécie de
Sarcocystis
e o estágio de gametogênese (DUBEY, 1992).
Os oocistos do gênero
Sarcocystis
esporulam na lâmina própria, com divisão
da massa principal do oocisto (esporonte) em dois esporocistos (FAYER, 1974).
Qua
tro esporozoítas são formados em cada esporocisto (DUBEY, 1992).
A parede do oocisto é fina e, geralmente, rompe-se ainda na luz intestinal.
Os esporocistos livres no lúmen intestinal são liberados junto com as fezes.
Ocasionalmente, oocistos não-
esporulad
os e parcialmente esporulados são
liberados também junto com as fezes. Os períodos pré-patente e patente variam,
mas, para a maioria das espécies de
Sarcocystis
, os oocistos são primeiramente
liberados nas fezes entre 7 e 14 dias após a ingestão do cisto (
DUBEY, 1992).
O hospedeiro intermediário se torna infectado pela ingestão do esporocisto
em alimento ou água contaminados. Os esporozoítas excistam de esporocistos no
intestino delgado (CAWTHORN et al., 1986). O destino do esporozoíta, do momento
de ingestão do esporocisto até o desenvolvimento inicial nas artérias dos linfonodos
mesentéricos, não é conhecido. A merogonia de primeira geração pode iniciar-
se
nas células endoteliais logo aos sete dias após a infecção (DAI) e pode ser
completada aos 15 DAI. A segunda geração de merontes pode ser verificada no
endotélio de 19 a 46 DAI, predominantemente, em capilares, mas também em
pequenas artérias, praticamente por todo o corpo (DUBEY, 1992).
O número de gerações de merogonia e o tipo de célula hospedeira, na
qual
a merogonia pode ocorrer, variam com cada espécie de
Sarcocystis
(DUBEY,
1982a,b; DUBEY et al., 1982, 1989; HEYDORN, 1977, 1985; HEYDORN e
GESTRICH, 1976; HEYDORN e KARAER, 1986; HEYDORN e UNTERHOLZNER,
1983; OBENDORF e MUNDAY, 1987).
Os merozoítas liberados da geração terminal de merogonia iniciam a
formação do cisto. O merozoíta intracelular forma um metrócito e cada metrócito
produz duas progênies de metrócitos por endogenia. Depois de várias gerações
assim, alguns dos metrócitos, pelo processo de endopoligenia, produzem zoítas em