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É fundamental ressaltarmos, no que se refere à avaliação sobre a importância dessas
atividades – o Jogo e a Brincadeira – para a prática inclusiva, alguns depoimentos de nossos
sujeitos, que nos chamaram a atenção:
A aprendizagem se torna significativa, pois passa a ter sentido para a criança. É
um tipo de aprendizagem prazerosa, como eu tenho na minha sala crianças que
sabem muito, crianças que sabem um pouco menos e tenho o caso de uma que não
sabe [pausa] nem (nem) lê, o jogo tem essa interação eles participam e eles
aprendem esse conteúdo e prática (muito) gostosa, onde as crianças, elas
sempre esperam isso, porque todos podem participar, é uma prática em que
você não precisa saber ler para participar ou saber escrever, para participar é
interagir sempre, um ta junto com o outro, acho que isso influencia muito na
aprendizagem. (SUJEITO ER 1, grifos nossos).
Bom, seria significativo pra todos, se nós fizéssemos esse trabalho com todos, por
exemplo, quando o aluno está na sala de aula, sendo que inclusão escolar não
significa apenas instalar salas de DMs. Quando o aluno que apresenta dificuldades
está na sala regular, as atividades devem ser desenvolvidas coletivamente, a
fim de que os alunos se envolvam, então o processo fica mais gostoso, pois o
aluno com dificuldades tem a chance de interagir e progredir, observando os
outros. Quando a sala apresenta a sua maioria ou todos precisando desse processo
de inclusão escolar, acho mais difícil. Além de não poderem observar outros
comportamentos, a professora fica com receio de sair e acaba não saindo, a
defasagem não é superada e o trabalho passa a não ser significativo para todos; pois
fica restrito a quatro paredes. (SUJEITO ER 2, grifos nossos).
A minha avaliação, no sentindo dessa promoção, é que ela acontece não só para
aquelas crianças que são incluídas dentro de suas deficiências, mas também
para outros alunos. Outros tipos de alunos que nós temos na sala de aula, que
devido a carência muito grande da nossa clientela. Tem problemas de
aprendizagem. Esses jogos e brincadeiras fornecem uma base pra que o
professor possa estar trabalhando com todos eles de uma forma ampla e geral
(para todos os alunos-carência – forma ampla e geral). (SUJEITO ED 1, grifos
nossos)
[pausa] Eu avalio [engasgou] essa promoção né... mais rápida, ela (ela) é bem mais
rápida, porque a (o) aluno se sente muito motivado pra ir a escola e aprender e a
motivação é tudo pro aluno porque ele sabe que [engasgou] ele está na escola há
alguns anos e não saiu do fundamental, por quê? Porque ele não conseguiu aprender
na sala comum e a sala integral, sendo uma sala especial [ênfase] e com tantos
jogos diferenciados, ele se sente muito mais é... atraído por essas (esses) jogos e
passa a ter maior interesse a aprender melhor e a promoção realmente se
concretiza. (SUJEITO EI 1, grifos nossos).
O trabalho com jogos torna a aprendizagem possível a todos, porque ela envolve o
conhecimento e as habilidades que se tem, e cria a necessidade de incorporar
outros, conforme os desafios propostos. Consegue atingir a todos os envolvidos.
(SUJEITO EI 2, grifos nossos).
Avalio como um processo que promove o aprendizado. Pois, as crianças se vêem
envolvidas e concentradas, o que facilita a aprendizagem. (SUJEITO ED 2, grifos
nossos).
Percebemos, mais uma vez, a preocupação de os professores utilizarem os Jogos e as
Brincadeiras mais no processo cognitivo enquanto promotor da aprendizagem em si, embora