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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
5-TRIALOMETIL-4,5-DIIDRO-1H-1-(CARBONILPIRIDIL)PIRAZÓIS:
SÍNTESE E ATIVIDADE BIOLÓGICA
FRENTE AO Mycobacterium tuberculosis
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
JUSSARA NAVARINI
Santa Maria-RS, Brasil
2008
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ii
5-TRIALOMETIl-4,5-DIIDRO-1H-1-(CARBONILPIRIDIL)PIRAZÓIS:
SÍNTESE E ATIVIDADE BIOLÓGICA
FRENTE AO Mycobacterium tuberculosis
ELABORADA POR
JUSSARA NAVARINI
SANTA MARIA
2008
Dissertação apresentada como requisito parcial à
obtenção do Grau de Mestre em Química ao
Curso de Mestrado do Programa de Pós-
Graduação em Química da Universidade Federal
de Santa Maria - RS.
Orientador: Prof. Dr. Helio Gauze Bonacorso
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iii
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
A Comissão Examinadora, abaixo assinada, APROVA a Dissertação de Mestrado
5-TRIALOMETIl-4,5-DIIDRO-1H-1-(CARBONILPIRIDIL)PIRAZÓIS:
SÍNTESE E ATIVIDADE BIOLÓGICA
FRENTE AO Mycobacterium tuberculosis
ELABORADA POR:
JUSSARA NAVARINI
como requisito parcial para a obtenção do Grau de
MESTRE em QUÍMICA.
COMISSÃO EXAMINADORA:
____________________________________________
Prof. Dr. Helio Gauze Bonacorso – Orientador – UFSM
____________________________________________
Prof. Dr. Alex F. C. Flores-UFSM
____________________________________________
Prof. Dr. Sydney Hartz Alves-UFSM
Santa Maria-RS, agosto de 2008
iv
Dedico esta dissertação à minha família, pelo
carinho, incentivo, apoio e amor dedicados
sempre.
A vocês, eternos amores da minha vida, meu
muito obrigado.
v
A minha mãe Giacomina Navarini (“in memorian”).
Ausente na matéria, mas presente no espírito.
vi
Ao professor Dr. Helio Gauze
Bonacorso, os meus sinceros
agradecimentos pela dedicação,
incentivo, paciência e apoio durante
todo o trabalho desenvolvido,
através de sua competente
orienta
ç
ão.
vii
Ao Fábio de Oliveira pelo carinho, apoio e paciência,
que tem dedicados.
Te adoro.
viii
AGRADECIMENTOS
Não importa a ordem da lembrança, o motivo, a relevância do auxílio prestado...
Todos foram importantes...
Aqueles que lembrei, deixo transcrito neste papel os meus sinceros agradecimentos....
Aqueles que por um lapso não fiz jus a esta seção, fica consignado em meu coração, o
sentimento de gratidão...
A Deus, por estar sempre guiando meus passos, iluminando meu caminho.
Aos colegas de laboratório, Cleber, Liliane, Guilherme, Gisele e Michelle Budke os meus
sinceros agradecimentos pelos ensinamentos, pela amizade, apoio e convivência durante
estes anos.
A Liliane e aos seus pais, pela atenção e carinho que sempre tem dedicado nas horas difíceis.
Ao Cleber, pelos conselhos, pela amizade, pelos ensinamentos profissionais e pelo
companheirismo.
Ao Guilherme, pela paciência e compreensão, por estar sempre pronto para ajudar.
A Fernanda, Laetícia, Juliana companheiras de apartamento, pela força e paciência.
A Fernanda pelo carinho e força que sempre tem dedicado desde a graduação, e por sempre
estar pronta a ajudar.
Ao Cláudio, pelo incentivo e por fazer acreditar na minha capacidade.
A pequena Luíza, pela alegria e brincadeiras durante suas vindas ao laboratório.
Aos alunos de iniciação científica, Ronan, Fábio, Michele, Marcelo, Rosália e Everton,
obrigado pela ajuda durante o trabalho desenvolvido.
Aos professores Alex Flores e Sydney H. Alves pela colaboração no processo de qualificação
e defesa.
Aos Professores Dr. Pedro da Silva e Daniela Ramos e a aluna Tatiane Coelho, do
Departamento de Microbiologia da FURG pela realização dos ensaios biológicos.
Aos funcionários do Departamento de Química, Valéria Velásquez e Ademir Sartori pela
eficiência, presteza, educação e amizade.
À Coordenação do curso de Pós-Graduação em Química e o órgão fomentador CAPES.
A todos, muito obrigada...
ix
De nada nos valerá o conhecimento de todas as ciências do mundo,
de tudo o que está fora de nós, se não conhecermos a nós mesmos.”
x
Que a felicidade não dependa do tempo,
Nem da paisagem, nem da sorte,
Nem do dinheiro.
Que ela possa vir com toda a simplicidade,
De dentro para fora, de cada um para todos.
Que as pessoas saibam calar, falar,
E acima de tudo ouvir.
Que tenham amor, ou sintam a falta de não tê-lo.
Que tenham ideal e medo de perdê-lo.
Que amem o próximo e respeitem a sua dor,
Para que tenhamos a certeza
De que viver vale a pena!...
(autor desconhecido)
xi
ÍNDICE
LISTA DE FIGURAS................................................................................................... xvi
LISTA DE TABELAS.................................................................................................. xx
RESUMO...................................................................................................................... Xxi
ABSTRACT.................................................................................................................. xxii
1.
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS........................................................... 1
2.
REVISÃO DA LITERATURA............................................................. 6
2.1.
Síntese de 4-alquil[aril(heteroaril)]-4-alcoxi-1,1,1-trialo-3-alquen-2-
onas..............................................................................................................
6
2.2.
Síntese de 4,5-diidro-1H-pirazóis a partir de 1,3-dieletrófilos trialometil-
substituídos e hidrazinas..............................................................................
10
2.3.
Tuberculose..................................................................................................
19
2.3.1.
Agente etiológico.........................................................................................
19
2.3.2.
Agentes antimicobacterianos.....................................................................
20
2.3.2.1. Isoniazida (INH)........................................................................................... 20
2.3.2.2.
Rifampicina..................................................................................................
21
2.3.2.3.
Pirazinamida (PZA).....................................................................................
22
2.3.2.4.
Etambutol (EMB).......................................................................................
23
xii
2.4. Compostos Derivados da Isoniazida............................................................ 24
3.
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.................... 27
3.1. Numeração e Nomenclatura dos Compostos............................................... 28
3.2. Síntese de Acetais........................................................................................ 38
3.3.
Síntese de 1,1,1-trialo-4-alquil[aril(heroaril)]-4-alcoxi-3-alquen-2-onas
substituídas (1a-i) e (2g-i)...........................................................................
38
3.4.
Síntese de 5-hidroxi-3-alquil[aril(heteroaril)]-5-trifluor(cloro)metil-4,5-
diidro-1H-1-(isonicotinoil)pirazóis (3a-i) e (4g-i).......................................
39
3.5.
Síntese de 5-hidroxi-3-alquil(aril)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(2-
cloroisonicotinoil)pirazóis (7a, 7d-g)..................................................... ...
40
3.5.1.
Síntese de 2-cloro isonicotinoilhidrazina (6)...............................................
40
3.5.2.
Identificação Espectroscópica dos Compostos (7d-g)...............................
43
3.5.2.1. RMN
1
H e
13
C {H}....................................................................................... 44
3.5.2.2. Espectrometria de Massas............................................................................ 47
3.6.
Síntese de 5-hidroxi-3-alquil(aril)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-
(nicotinoil)pirazóis (8a, 8c-g).....................................................................
48
3.6.1. Identificação Espectroscópica dos Compostos (8a, 8c-g)............................ 50
3.6.1.1. RMN
1
H e
13
C {H}....................................................................................... 51
3.6.2. Espectrometria de Massas............................................................................ 55
3.7.
Mecanismo Proposto para a obtenção de 3-aquil[(aril/heteroaril)]-5-
trifluor(cloro)metil-4,5-diidro-1H-1(carbonilpiridil)pirazóis(3, 4, 7 e 8)....
56
xiii
3.8.
Avaliação Biológica dos Compostos...........................................................
58
3.8.2.
Triagem dos compostos frente ao M. tuberculosis ATCC 27294(H37Rv)..
58
3.8.3.
Concentração Inibitória Mínima (CIM) dos compostos frente ao M.
tuberculosis ATCC 27294(H37Rv).............................................................
59
4.
MATERIAL E MÉTODOS...................................................................... 64
4.1. Reagentes e Solventes Utilizados................................................................ 64
4.1.1. Reagentes..................................................................................................... 64
4.1.2. Solventes..................................................................................................... 64
4.2. Aparelhos Utilizados................................................................................... 65
4.2.1. Espectroscopia de RMN.............................................................................. 65
4.2.2. Ponto de Fusão............................................................................................ 65
4.2.3. Cromatrografia Gasosa-HP-CG/MS............................................................ 66
4.2.4. Análise Elementar........................................................................................ 66
4.3. Procedimentos Experimentais Sintéticos..................................................... 66
4.3.1. Síntese de Acetais. ...................................................................................... 66
4.3.2.
Síntese de 1,1,1-trialo-4-alquil[aril(heroaril)]-4-alcoxi-3-alquen-2-onas
substituídas (1a-i) e (2g-i)...........................................................................
66
4.3.3. Síntese de metil 2-cloro isonicotinoato (5)..................................................
67
xiv
4.3.4.
Síntese de 2-cloro isonicotinoil hidrazina (6)..............................................
67
4.3.5.
Síntese de 5-hidróxi-5-trialo-3-alquil[aril(heteroaril)]-4,5-diidro-1H-
pirazóis substituídos (3, 4, 7 e 8)................................................................
67
4.4.
Procedimentos Experimentais para a avaliação da atividade biológica.......
68
4.4.1. Microorganismos.......................................................................................... 68
4.4.2. Manutenção dos microrganismos................................................................ 68
4.4.3. Preparo das soluções.................................................................................... 68
4.4.3.1. Compostos sintéticos.................................................................................... 68
4.4.4.
Teste de suscetibilidade do M. tuberculosis ATCC 27294(H37Rv) aos
compostos pirazolínicos trialometilados......................................................
68
4.4.4.1. Suspensão bacteriana................................................................................... 68
4.4.4.2.
Preparação da placa para a triagem da atividade antimicobacteriana pelo
método REMA frente ao M. tuberculosis ATCC 27294(H37Rv)...............
69
4.4.4.3.
Preparação das placas de CIM com o M. tuberculosis ATCC
27294(H37Rv). .................................................................................
70
4.4.5. Leitura dos ensaios de triagem e determinação das CIMs. ......................... 70
5.
CONCLUSÃO............................................................................................ 71
6.
BIBLIOGRAFIA........................................................................................ 72
7.
ANEXO I.................................................................................................... 79
8.
ANEXO II.................................................................................................. 92
xv
9.
ANEXO III.................................................................................................. 99
xvi
LISTA DE FIGURAS
Figura 1
Estrutura molecular da Isoniazida (INH)................................................
1
Figura 2
Estrutura molecular de 1-isonicotinoil-2-nonanoil hidrazina..................
2
Figura 3 Estrutura dos precursores 1,3-dieletrófilos trialometil substituídos........
2
Figura 4
Exemplos de compostos derivados da piridina......................................
3
Figura 5
Estrutura de 4,5-diidro-1H-pirazol (2-ou Δ
2
-pirazolina) e 1H-
pirazol.....................................................................................................
10
Figura 6
Mycobacterium tuberculosis...................................................................
19
Figura 7
Estrutura molecular da Rifampicina.......................................................
22
Figura 8
Estrutura molecular da Pirazinamida (PZA)..........................................
22
Figura 9 – Estrutura molecular do etambutol (EMB).............................................. 23
Figura 10
Estrutura de 5-aril-1-isonicotinoil-3-(piridin-2-il)-4,5-diidro-1H-
pirazol......................................................................................................
24
Figura 11
Estrutura de N
1
-nicotinoil-3-(4’-hidroxi-3’-metilfenil)-5-[(aril)-fenil]-
2-pirazolinas............................................................................................
25
Figura12 Estrutura de derivados do isonicotinoil hidrazida................................... 26
Figura 13
Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz de 5-hidroxi-3-(4-clorofenil)-5-
trifluormetil-4,5-1H-1-(2-cloroisonicotinoil)pirazol (7d), em DMSO-
d
6
.............................................................................................................
44
Figura 14
Espectro de RMN
13
C {H} a 100,61 MHz 5-hidroxi-3-(4-clorofenil)-
5-trifluormetil-4,5-1H-1-(2-cloroisonicotinoil)pirazol (7d), em
DMSO-d
6
.................................................................................................
45
xvii
Figura 15
Espectro de massas de 5-hidroxi-3-(4-clorofenil)-5-trifluormetil-4,5-
1H-1-(2-cloroisonicotinoil)pirazol (7d)..................................................
48
Figura 16
Epectro de RMN
1
H a 200,13 MHz de 5-hidroxi-3-(4-clorofenil)-5-
trifluormetil-4,5-1H-1-(nicotinoil)pirazol (8d), em DMSO-d
6
...............
51
Figura 17
Espectro de RMN
13
C {H} a 100,61 MHz 5-hidroxi-3-(4-clorofenil)-
5-trifluormetil-4,5-1H-1-(nicotinoil)pirazol (8d), em DMSO-d
6
............
52
Figura 18
Espectro de massas de 5-hidroxi-3-(4-clorofenil)-5-trifluormetil-4,5-
1H-1-(nicotinoil)pirazol (8d)..................................................................
56
Figura 19
Concentração Inibitória Mínima dos compostos trifluormetilados e
triclorometilados......................................................................................
61
Figura 20
Variações das CIMs frente ao M.tuberculosis ATCC 27294(H37Rv)
em função dos substituintes na posição 3 do anel pirazolínico...............
62
Figura 21
Variações das CIMs frente ao M.tuberculosis ATCC 27294(H37Rv)
em função da varição da posição do nitrogênio e presença de
substituinte no anel da piridina...............................................................
63
Figura22
Distribuição dos compostos na microplaca para a triagem da atividade
antimicobacteriana..................................................................................
69
Figura 23
Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz de metil 2-cloro isonicotinoato
(5), em clorofórmio-d
1
............................................................................
80
Figura 24
Espectro de RMN
13
C {
1
H} a 100,61 MHz de metil 2-cloro
isonicotinoato (5), em DMSO-d
6
............................................................
80
Figura 25
Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz e RMN
13
C {
1
H} a 100,61 MHz
de 2-cloro isonicotinoilhidrazida (6), em DMSO-d
6
...............................
81
Figura 26
Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz e RMN
13
C {
1
H} a 100,61 MHz
de 5-hidroxi-3-(4-clorofenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(2-cloro
isonicotinoil)pirazol (7d), em DMSO-d
6
................................................
82
xviii
Figura 27
Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz e RMN
13
C {
1
H} a 100,61 MHz
de 5-hidroxi-3-(4-bromofenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(2-cloro
isonicotinoil)pirazol (7e), em DMSO-d
6
.................................................
83
Figura 28
Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz e RMN
13
C {
1
H} a 100,61 MHz
de 5-hidroxi-3-(4-flúorfenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(2-
cloroisonicotinoil)pirazol (7f), em DMSO-d
6
........................................
84
Figura 29
Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz e RMN
13
C {
1
H} a 100,61 MHz
de 5-hidroxi-3-(4-metilfenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(2-cloro
isonicotinoil)pirazol (7g), em DMSO-d
6
.................................................
85
Figura 30
Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz e RMN
13
C {
1
H} a 100,61 MHz
de 5-hidroxi-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(nicotinoil)pirazol (8a),
em clorofórmio- d
1
..................................................................................
86
Figura 31
Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz e RMN
13
C {
1
H} a 100,61 MHz
de 5-hidroxi-3-(fenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-
(nicotinoil)pirazol (8c), em DMSO-d
6...........................................................................
87
Figura 32
Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz e RMN
13
C {
1
H} a 100,61 MHz
de 5-hidroxi-3-(4-clorofenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-
(nicotinoil)pirazol (8d), em DMSO-d
6. ........................................................................
88
Figura 33
Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz e RMN
13
C {
1
H} a 100,61 MHz
de 5-hidroxi-3-(4-bromofenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-
(nicotinoil)pirazol (8e), em DMSO-d
6............................................................................
89
Figura 34
Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz e RMN
13
C {
1
H} a 100,61 MHz
de 5-hidroxi-3-(4-flúorfenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-
(nicotinoil)pirazol (8f), em DMSO-d
6.............................................................................
90
Figura 35
Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz e RMN
13
C {
1
H} a 100,61 MHz
de 5-hidroxi-3-(4-metilfenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-
(nicotinoil)pirazol (8g), em DMSO-d
6
....................................................
91
Figura 36 Espectro de Massas de metil 2-cloro isonicotinoato (5)......................... 93
Figura 37 Espectro de Massas de 2-cloroisonicotinoilhidrazida (6) ..................... 93
Figura 38
Espectro de Massas do composto 5-hidroxi-3-(4-clorofenil)-5-
trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(2-cloroisonicotinoil)pirazol (7d)............
94
xix
Figura 39
Espectro de Massas do composto 5-hidroxi-3-(4-bromofenil)-5-
trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(2-cloroisonicotinoil)pirazol (7e) ...........
94
Figura 40
Espectro de Massas do composto 5-hidroxi-3-(4-flúorfenil)-5-
trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(2-cloroisonicotinoil)pirazol (7f).............
95
Figura 41
Espectro de Massas do composto 5-hidroxi-3-(4-metilfenil)-5-
trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(2-cloroisonicotinoil)pirazol (7g) ...........
95
Figura 42
Espectro de Massas do composto 5-hidroxi-5-trifluormetil-4,5-diidro-
1H-1-(nicotinoil)pirazol (8a) ..................................................................
96
Figura 43
Espectro de Massas do composto 5-hidroxi-3-(fenil)-5-trifluormetil-
4,5-diidro-1H-1-(nicotinoil)pirazol (8c) .............................................
96
Figura 44
Espectro de massas de 5-hidroxi-3-(4-clorofenil-5-trifluormetil-4,5-
1H-1-(nicotinoil)pirazol (8d) .................................................................
97
Figura 45
Espectro de Massas do composto 5-hidroxi-3-(4-bromofenil)-5-
trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(nicotinoil)pirazol (8e) ...........................
97
Figura 46
Espectro de Massas do composto 5-hidroxi-3-(4-metilfenil)-5-
trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(nicotinoil)pirazol (8f).............................
98
Figura 47
Espectro de Massas do composto 5-hidroxi-3-(4-metilfenil)-5-
trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(nicotinoil)pirazol (8g)............................
98
xx
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Numeração e Nomenclatura dos Compostos 1- 8................................ 28
Tabela 2 Propriedades Físicas dos Compostos 5 e 6............................................ 41
Tabela 3
Condições testadas para a obtenção do composto 7a..............................
42
Tabela 4
Propriedades Físicas dos compostos 7d-g ..............................................
43
Tabela 5
Dados de RMN de ¹H e ¹³C {¹H} dos compostos 7d-f...........................
45
Tabela 6
Otimização da síntese de 5-hidroxi-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-
(nicotinoil)pirazol 8a..............................................................................
49
Tabela 7
Propriedades Físicas dos compostos 8a, 8c-f.........................................
50
Tabela 8
Dados de RMN de ¹H e ¹³C {¹H} dos compostos 8a, 8c-f.....................
53
Tabela 9
Avaliação da atividade antimicrobiana de compostos pirazolínicos
(100 μg/ml) conforme a variação nos radicais X, R
1
, Z frente ao M.
tuberculosis ATCC 27294(H37Rv)........................................................
59
Tabela 10
Determinação da CIM dos compostos pirazolínicos conforme a
variação nos radicais X, R
1
, Z frente ao M.tuberculosis ATCC
27294(H37Rv).........................................................................................
60
xxi
RESUMO
5-TRIALOMETIL-4,5-DIIDRO-1H-1-(CARBONILPIRIDIL)PIRAZÓIS:
SÍNTESE E ATIVIDADE BIOLÓGICA
FRENTE AO Mycobacterium tuberculosis
Autor: Jussara Navarini
Orientador: Dr. Helio Gauze Bonacorso
O presente trabalho descreve a síntese de séries de 5-hidroxi-3-alquil(aril/heteroaril)-
5-trifluor[cloro]metil-4,5-diidro-1H-1-(carbonilpiridil)pirazóis, obtidas a partir de reações de
1,1,1-trialo-4-alquil(aril/heteroaril)-4-alcoxi-3-alquen-2-onas [CX
3
C(O)CH=CR
1
OR, onde R
= Me, Et; R
1
= H, Ph, 4-ClPh, 4-BrPh, 4-FPh, 4-MePh, 2-Furil e 2-tienil e X = F, Cl] com
hidrazinas (NH
2
NHC(O)Z, onde Z = 4-piridil, 2-cloro-4-piridil e 3-piridil), em bons
rendimentos ( 50-89%).
Os compostos sintetizados foram avaliados quanto à atividade biológica in vitro
frente ao de Mycobacterium tuberculosis ATCC 27294(H37Rv), onde verificou-se que
compostos trifluormetilados são mais ativos que seus análogos triclorometilados. Além disso,
a posição do átomo de nitrogênio e o substituinte cloro no anel piridínico influenciaram na
atividade destes compostos. Os pirazóis sintetizados com substituintes R
1
= H e X=F (3a) e
R
1
= 4-MePh e X=F (3g) apresentaram melhor ativade contra as cepas testadas, mencionadas
acima.
Os compostos foram caracterizados a partir dos dados de RMN de
1
H, RMN de
13
C
{
1
H} e por Espectrometria de Massas, e sua pureza comprovada por Análise Elementar.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM QUÍMICA
SANTA MARIA, AGOSTO-2008
xxii
ABSTRACT
5-TRIHALOMETHYL-4,5-DIHYDRO-1H-1-(CARBONYLPYRIDYL) PYRAZOLES:
SYNTHESIS AND BIOLOGICAL ACTIVITY AGAINST
Mycobacterium tuberculosis
Author: Jussara Navarini
Advisor: Dr. Helio Gauze Bonacorso
This work describes the synthesis of series of 5-hydroxy-3-[alkyl(aryl/heteroaryl)]-5-
trifluoro[chloro]methyl-4,5-dihydro-1H-1(carbonylpyridyl)pyrazoles, obtained from the
reactions of 1,1,1-trihalo-4-[alkyl(aryl/heteroaryl)]-4-alkoxy-3-alken-2-ones
[CX
3
C(O)CH=CR
1
OR, where R = Me, Et; R
1
= H, Ph, 4-ClPh, 4-BrPh, 4-FPh, 4-MePh, 2-
Furyl, 2-Thienyl and X= F, Cl] with hidrazines (NH
2
NHC(O)Z), where Z = 4-pyridyl, 2-
chloro-4-pyridyl and 3-pyridyl, in good yields (50-89%).
The obtained compounds were evaluated for their in vitro biological activities against
Mycobacterium tuberculosis ATCC 27294 (H37Rv) strains, where it was found that
trifluoromethylated compounds were more active than their trichloromethylated analogues.
Moreover, the position of the atom of nitrogen and the chloro substituent in the ring of
pyridine influences the activity of these compounds. The synthesised pyrazoles with
substituints R
1
= H and X=F (3a) and R
1
=4-MePh and X=F (3g) showed the best activity
against the tested strains above mentioned.
The compounds were characterized by analytical
1
H and
13
C NMR and of Mass
Spectrometry (GC-MS), and its purities they were determined by Elementary analysis
analysis.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
POST-GRADUATE COURSE IN CHEMISTRY
MASTER DISSERTATION IN CHEMISTRY
SANTA MARIA, AUGUST - 2008
1. INTRODUÇÃO
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
1
1. INTRODUÇÃO
A tuberculose (TB) é uma doença causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis,
e consiste em uma infecção crônica que tem afligido a humanidade durante muito tempo e
continua sendo um grande problema de saúde pública
1
. Segundo dados da Organização
Mundial da Saúde (OMS), estima-se uma incidência anual de 9 milhões de novos casos de TB
e que ocorram 2 milhões de óbitos na população mundial, em decorrência desta patologia
2
.
O surgimento de cepas de M. tuberculosis multirresistentes aos fármacos conhecidos
tem aumentado em diversos lugares do mundo, devido ao declínio de condições sócio
econômicas e a propagação do vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). Estes fatores
dificultam o controle desta doença e a cada ano 424 mil pessoas desenvolvem um tipo de TB
multirresistente que não responde ao tratamento padrão
3, 4
.
Devido à falta de uma vacina eficaz contra TB, o tratamento constitu-se na principal
ferramenta de controle desta doença. Entretanto, algumas características dos bacilos da TB
devem ser consideradas, tais como: o crescimento lento, impermeabilidade do envelope
celular, habilidade para entrar em estágio de latência e localização intracelular, a qual dificulta
o tratamento. O tratamento padrão tem longo período, aproximadamente de 6 a 12 meses
5
.
Na busca por fármacos mais potentes, com poucos efeitos colaterais, baixa toxicidade e
aos quais a M. tuberculosis não apresente resistência, pesquisadores têm desenvolvido novas
rotas sintéticas baseadas em protótipos bioativos, destacando a Isoniazida (INH), sintetizada
em 1952 e usada desde então, apresentando excelente atividade tuberculostática (MIC = 0,02-
0,05 μg/mL)
6, 7
. Devido a sua importância farmacológica, a molécula de INH têm sido
incorporada a diversos núcleos como, por exemplo, pirazolinas
8
e hidrazonas
9
, apresentando
atividades satisfatórias frente ao M. tuberculosis sensíveis e resistentes a INH (Figura 1).
N
NHNH
2
O
Figura 1: Estrutura molecular da Isoniazida (INH)
1. INTRODUÇÃO
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
2
Alguns derivados hidrofóbicos da INH, como o 1-isonicotinil-2-nonanoil hidrazina
(Figura 2) mostraram reforçada atividade antimicobacteriana contra M. tuberculosis H37Rv.
Desta forma, pode se dizer que grupos químicos ligados a INH ajudam na penetração da
mesma na célula bacteriana o que tornam cepas M. tuberculosis mais vulneráveis a esta
droga
10, 11
.
N
NHNHC(CH
2
)
7
Me
O
O
Figura 2: Estrutura molecular de 1-isonicotinoil-2-nonanoil hidrazina
Compostos heterocíclicos são amplamente usados em muitos campos da química
moderna, pois apresentam uma grande variedade e complexidade estrutural. Sendo assim, uma
série ilimitada de novas estruturas, com larga faixa de propriedades físicas, químicas e
biológicas, com grande espectro de reatividade e estabilidade são desenvolvidas
12
. Entre os
heterociclos, aqueles que apresentam como substituintes grupos halogenados têm mostrado um
papel importante, tanto do ponto de vista sintético atuando como intermediários químicos ou
do ponto de vista biológico apresentando atividade farmacológica.
Pesquisadores do Núcleo de Química de Heterociclos (NUQUIMHE) da Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM) têm possibilitado a introdução de átomos de flúor em
compostos heterocíclicos, através do emprego de precursores 1,3-dieletrófilos trifluormetil
substituídos originários de reação de haloacilação de enoléteres
13-16
ou acetais
17-22
com anidrido
trifluoracético (Figura 3).
X
3
C R
1
O OR
2
R
X = F, Cl
Figura 3: Estrutura do precursor 1,3-dieletrófilos trialometil substituídos
Dos inúmeros heterociclos conhecidos, podem-se destacar as piridinas e os pirazóis.
Embora a piridina não seja encontrada livremente na natureza, seus derivados são encontrados
1. INTRODUÇÃO
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
3
em abundância como produtos naturais (nicotinamida, vitamina B6 e a nicotina). Os derivados
da piridina possuem várias aplicações químicas, destacando-se principalmente os polímeros e
os corantes, e também são utilizados na área farmacêutica como analgésicos, anestésicos e
medicamentos psicofarmacológicos
23
(Figura 4).
N
NH
2
O
NHO
HO
CH
2
OH
CH
2
OH
Nicotinamida Nicotina Vitamina B
6
N
NH
2
O
N
NHO
HO
CH
2
OH
CH
2
OH
Nicotinamida Nicotina Vitamina B
6
N
Me
Figura 4: Exemplos de compostos derivados da piridina
Os pirazóis apresentam uma posição de destaque na química dos compostos
heterocíclicos, devido a sua grande aplicabilidade. São compostos aromáticos de cinco
membros com dois átomos de nitrogênio nas posições 1 e 2 do anel contendo ligações
polarizadas em suas estrutura. Nesta classe de compostos, um dos principais representantes
são as 2-pirazolinas com ampla aplicação farmacológica como antitumorais, bactericidas,
antifúngicos, antivirais, antiparasiticos, antituberculares bem como agentes inseticidas
24-32
.
Entretanto, rotas sintéticas para obtenção de 1H-pirazóis parcialmente saturados (2-
pirazolinas ou 4,5-diidropirazóis) são pouco pesquisadas
33-34
. A metodologia convencional
para a obtenção de pirazóis consiste na reação direta de β-dicetonas e derivados com
hidrazinas. Por outro lado, em muitos casos 5-hidroxi-4,5-diidro-1H-pirazóis tem sido
isolados quando o anel pirazolínico é substituído com grupos fortemente retiradores de
elétrons, impedindo assim, a eliminação de água e subseqüente aromatização anelar
33
. Em
particular, o potencial sintético de vinil cetonas trialometiladas para obtenção de séries de
novos 4,5 diidro-1H-pirazóis trialometilados tem sido explorado e descrito pelo nosso
grupo.
Como substituinte de compostos heterocíclicos, o grupo trifluormetil tem levado a
uma mudança acentuada na reatividade do anel. A alta eletronegatividade do flúor, por
exemplo, capacita ao grupo trifluormetil diminuir a densidade de elétrons e a basicidade da
molécula, como também acentuar a eletrofilicidade dos grupos vizinhos. Em muitos
sistemas, a substituição do grupo metil por um grupo trifluormetil, resulta em um acréscimo
1. INTRODUÇÃO
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
4
de lipofilicidade (π
CF3
=1,07 versus π
CH3
= 0,5). Esta lipofilicidade proporciona uma maior
permeabilidade nas membranas celulares, o que pode levar uma maior e mais fácil absorção,
e transporte dessas moléculas dentro do sistema biológico e, portanto, melhorar as
propriedades farmacocinéticas das drogas. Estas propriedades têm feito com que compostos
organo-fluorados, sejam muito utilizados na Química Medicinal
35-37
.
A inclusão de um átomo de flúor em uma droga pode influenciar a sua conformação e
a sua interação com o alvo farmacológico. Por exemplo, o efeito da presença de átomos de
flúor nas forças intermoleculares e intramoleculares afetam interações com ligantes e assim
introduzem uma seletividade em subtipos de receptores colinérgicos e adrenérgicos e tem
sido atualmente melhor compreendido
38-40
. A presença de átomos de flúor pode apresentar
um efeito profundo na conformação de uma droga, em termos de distribuição e liberação nos
tecidos
41
. O estudo de mudanças como estas podem ser usadas construtivamente por
químicos sintéticos e medicinais para aperfeiçoar a segurança e a eficácia no uso de novas
drogas fluoradas.
Considerando que 2-pirazolinas são compostos que possuem ampla aplicação, a
presença de grupos trialometilados e que a INH apesar dos efeitos adversos e limitado
espectro tem reconhecida atividade contra o M. tuberculosis, compostos pirazolínicos
contendo estes substituintes tornam-se objetos de interesse para testes biológicos frente à ao
M. tuberculosis, uma vez que estes até então possuem atividades biológicas pouco
exploradas. Portanto, diante da necessidade de novos fármacos para o combate aos bacilos
responsáveis pela TB e da simplificação do tratamento que é longo e complexo, esse
trabalho tem por objetivo:
1. INTRODUÇÃO
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
5
OBJETIVO:
1. Sintetizar o sistema poliheterociclos trifluor(cloro)metilpirazol-1-il-piridil-cetona,
a partir de reação de ciclocondensação entre 4-alquil(aril/heteroaril)-1,1,1-
trifluor(cloro)-3-alquen-2-onas e piridilhidrazidas (Esquema 1 e 2 ).
Esquema 1
N
N
HO
X
3
C
O
R
1
N
N
N
HO
X
3
C
O
R
1
N
R
1
=H, alquil, aril, heteroaril
X= F,Cl
H
2
NHN
O
Z
1, 2
3, 4
8
F
3
C
O
R
1
OMe(Et)
Z= 4-piridil
Z= 3-piridil
+
Esquema 2
N
O OH
Cl
N
O OMe
Cl
N
O NHNH
2
Cl
6
+
5
R
1
=H, aril
1
F
3
C
O
R
1
OMe(Et)
N
N
HO
F
3
C
O
R
1
N
7
Cl
2. Avaliar a atividade biológica in vitro dos compostos sintetizados frente ao
Mycobacterium tuberculosis ATCC 27294 (H37Rv).
2. REVISÃO DA LITERATURA
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
6
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Esta revisão da literatura tem por objetivo abordar as principais referências
relacionadas à pesquisa desenvolvida. Inicialmente será discutida, resumidamente, a síntese
de 4-alquil[aril(heteroaril)]-4-alcoxi-1,1,1-trialo-3-alquen-2-onas a partir de acilação de
acetais e enoléteres. Posteriormente, serão enfocados os principais métodos para a síntese de
2-pirazolinas trialometiladas, além de uma breve revisão sobre a tuberculose. Também serão
discutidos alguns compostos que possuem em sua estrutura o grupo INH, relacionando-os à
atividade biológica contra TB.
2.1 Síntese de 4-alquil[aril(heteroaril)]-4-alcoxi-1,1,1-trialo-3-alquen-2-onas
O potencial sintético de 4-alquil[aril(heteroaril)]-4-alcoxi-1,1,1-trialo-3-alquen-2-onas
está relacionado à diferença de reatividade nos dois centros eletrofílicos destes compostos: o
carbono carbonílico e o carbono-β. Esta diferença de reatividade tem conduzido, muitas
vezes, a reações regiosseletivas ou regioespecíficas de ciclocondensação com diferentes
dinucleófilos.
X
3
C R
1
O OR
2
R
X = F, Cl
δ
+
δ
+
Desde a década de 70, pesquisas têm sido publicadas sobre a síntese de 4-alcóxi-1,1,1-
trialo-3-alquen-2-onas. A reação de enoléteres e acetais com agentes acilantes derivados de
ácidos haloacéticos foi inicialmente publicada por Effenberger et al.
14, 15
e a seguir por e Hojo
et al.
17,18
.
A partir da década de 80, o Núcleo de Química de Heterociclos (NUQUIMHE) da
Universidade Federal de Santa Maria e outros grupos internacionais têm aplicado de maneira
sistemática o método de acilação de enoléteres via acilantes halogenados. Reações de acilação
de enoléteres foram otimizadas para preparação de 4-alcoxi-1,1,1-trialo-3-alquen-2-onas com
alto grau de pureza, em quantidades molares.
Assim, foram obtidas 4-alcoxi-1,1,1-trialo-3-alquen-2-onas com altos rendimentos,
reagindo uma série de enoléteres com anidrido trifluoracético, cloreto de tricloroacetila ou
cloreto de dicloroacetila. As reações de enoléteres com o cloreto de tricloroacetila ou de
dicloroacetila, foram realizadas usando diclorometano como solvente; e nas reações de
enoléteres com anidrido trifluoracético foi usado éter etílico como solvente
13, 42
(Esquema 2).
2. REVISÃO DA LITERATURA
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
7
Esquema 2:
R
3
Z
CHCl
2
Cl
CCl
3
Cl
CF
3
CF
3
CO
2
R R
2
R
1
Et H H
Me H Me
Et Me H
-(CH
2
)
2
- H
-(CH
2
)
3
- H
-(CH
2
)
2
- Me
R
2
OR
R
1
i
80-95%
R
3
O OR
R
1
R
2
i =R
3
COZ, piridina, 10-25ºC, 16h
A metodologia desenvolvida por Hojo et al.
17, 18
foi ampliada e sistematizada pelo
NUQUIMHE a partir da acilação direta de acetais derivados de acetofenonas
43
,
propiofenonas
p-substituídas
44
e alquilcetonas
20, 45
com excelentes rendimentos (Esquema 3 ).
Esquema 3:
R
OMe
MeO
R
O
CX
3
OMe
i
45-90%
X Z
Cl Cl
F CF
3
CO
2
i = CX
3
COZ, Piridina, CHCl
3,
0-70° C, 5-24 h.
R
1
R R
1
Et H
Pr H
i-Pr H
i-Bu H
t-Bu H
-(CH
2
)
2
OMe H
Ph H, Me
4-MePh H, Me
4-MeOPh H, Me
4-FPh H, Me
4-ClPh H, Me
4-BrPh H, Me
4-NO
2
Ph H, Me
R
1
2. REVISÃO DA LITERATURA
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
8
Em 2002, foram realizadas acilações regioespecíficas de acetais derivados de
heteroaril cetonas (Esquema 4) para obtenção de 4-heteroaril-4-metoxi-1,1,1-trialo-3-buten-2-
onas, derivadas do tiofeno e furano
46
.
Esquema 4:
W
OMe
OMe
Me
i
ii
84-87%
80-85%
79-85%
W=O, S; X=F, Cl; Z= CF
3
COO, Cl
i: CX
3
COZ, C
5
H
5
N, CHC
l3
, -10-30ºC, 12 h ii: H
2
SO
4
1M, 50ºC, 5h
X
3
C
O OH
W
X
3
C
O OMe
W
Bonacorso et al.
47
em 2005, obtiveram o 1-metoxi-2-trifluoracetil-3,4-diidro-
naftaleno, através da acilação da α-tetralona, sem isolar o acetal, com rendimento de 75 %
(Esquema 5). Neste mesmo ano, mais dois trabalhos do grupo envolvendo acilação de novos
acetais foram publicados, um demonstra a acilação de uma série de cicloalcanonas (Esquema
6) e outro a acilação de 4-acetilbifenil e 1-acetilnaftaleno
(Esquema 7), com anidrido
trifluoracético
48
. Para uma revisão detalhada sobre metodologias de síntese e reatividade das
4-alcoxi-1,1,1-trialo-3-alquen-2-onas consultar também os reviews publicados por Martins et
al.
49a
e por Balenkova et al.
49b
.
Esquema 5:
O
OMe O
CF
3
i, ii
75%
i: (CH
3
O)
3
CH, MeOH, Cat. TsOH, 60ºC, 24h
ii: (CF
3
CO)
2
O, Piridina, CHCl
3
, 0-50ºC, 48 h
2. REVISÃO DA LITERATURA
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
9
Esquema 6:
(n)
O
R
(n)
R
MeO OMe
(n)
R
OMe
CF
3
O
i
70-82%
ii
57-68%
i = (MeO)
3
CH, MeOH, Cat.TsOH, t.a., 24 h.
ii = (CF
3
CO)
2
O, Piridina, CHCl
3,
0-45° C, 16 h.
R
n
H
1
22 2
2348
6-Me 4-Me 4-t-Bu
HHH
H
Esquema 7::
R
OMe
CF
3
O
i, ii
i: (CH
3
O)
3
CH, MeOH, Cat.TsOH, t. a., 24h
.
ii: (CF
3
CO)
2
O,Piridina, CHCl
3
, 0-45°C, 16h.
Me
O
R
R:
,
80-81%
Nos últimos anos, os pesquisadores do NUQUIMHE têm desenvolvido diversas rotas
sintéticas para a obtenção de heterociclos de cinco, seis e sete membros, contendo grupos
trialometila a partir de vinil cetonas trialometiladas
de forma regioespecifica
44
, como por
exemplo, isoxazóis
13, 20, 50-55
, pirazóis,
56-64
pirimidinas
65-68
,
pirimidinonas
69
, piridinas
70, 71
,
benzodiazepinos
72, 73
entre outros. Além disso, o NUQUIMHE em parceria com outros grupos
de pesquisa vem desenvolvendo estudos sobre atividade biológica para algumas classes de
compostos.
2. REVISÃO DA LITERATURA
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
10
2.2 Síntese de 4,5-diidro-1H-pirazóis a partir de 1,3-dieletrófilos trialometil-substituídos
e hidrazinas
Os pirazóis são compostos heterocíclicos com anéis de cinco membros, que contêm
apenas átomos de nitrogênio e carbono em sua estrutura, e que denominam-se 4,5-diidro-
1H-pirazóis quando possuem uma ligação saturada entre os carbonos C4-C5 do anel. Estes
compostos também são conhecidos como 2-pirazolinas ou Δ
2
-pirazolinas (Figura 5).
N
N
H
N
N
H
2-pirazolina 1H-pirazol
Figura 5: Estrutura de 4,5-diidro-1H-pirazol (2-ou Δ
2
-pirazolina) e 1H-pirazol.
As rotas sintéticas de compostos heterocíclicos podem ser classificadas a partir das
características dos reagentes utilizados. A grande maioria dos compostos pirazolínicos têm
sido sintetizadas a partir de ciclocondensações de dois conjuntos de átomos, sendo um
dieletrófilo, geralmente 1 1,3-dieletrófilo e um outro 1,2-dinucleófilo.
A síntese de pirazóis a partir da condensação de 1,3-dicarbonílicos trifluormetil
substituídos com hidrazinas tem sido estudada por vários grupos de pesquisa
74
. Selivanov e
Ershov
75
foram os primeiros a caracterizar os intermediários 3,5-diidroxipirazolidinas e 5-
hidroxi-4,5-pirazóis usando experimentos de RMN. Elguero e Yranzo
74j
foram os primeiros a
isolar uma 3,5-diidroxipirazolidina a partir da 1,1,1,5,5,5-hexafluorpentan-2,4-diona e
hidrazina. Já em 2002, Singh, Elguero et al.
76
propuseram que o passo de desidratação do 5-
hidroxi-4,5-diidropirazol até o pirazol aromático envolve um intermediário catiônico do tipo
V (Esquema 8). Isso explica o fato de que quando R
1
é um grupo retirador de elétrons o passo
de desidratação é dificultado e algumas vezes não ocorre. O mecanismo descrito (Esquema 8)
tem sido proposto tendo em vista experimentos com RMN a baixas temperaturas e alguns
resultados qualitativos, geralmente ele é aceito para a síntese de pirazóis
76
.
Bonacorso et al.
57
, também comprovam que a presença de grupos retiradores de
elétrons na posição 1 do anel dificulta a desidratação de 2-pirazolinas aos pirazóis
correspondentes, devido ao efeito de grupos retiradores de elétrons que estabilizam o
intermediário formado, o qual possui uma carga parcial positiva.
2. REVISÃO DA LITERATURA
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
11
Esquema 8:
RNH-NH
2
+
R
3
O
R
3
O
N
N
R
2
HO
OH
R
3
H
R
1
N
N
R
2
R
3
R
1
N
N
R
2
R
3
H
R
1
N
N
R
2
HO
R
3
R
1
H
I
II
III
VI
V
IV
Os resultados obtidos nas condensações de β-dicetonas perfluoralquil substituídas com
hidrazinas demonstram que essas reações são regiosseletivas, formando principalmente os
produtos com o grupo perfluoralquil na posição 5 do pirazol, conforme demonstrado por
Singh et al.
74a
(Esquema 9). Além disso, o substituinte perfluoralquil na posição 5 e um
substituinte retirador de elétrons na posição 1 são fatores que estabilizam os respectivos 5-
hidroxi-4,5-diidropirazóis (Esquema 8).
Entretanto, alguns autores, nos estudos sobre a regiosseletividade das condensações
entre β-dicetonas trifluormetil substituídas e hidrazinas monosubstituídas tem afirmado que é
difícil racionalizar a razão entre os isômeros 3-trifluormetil - ou 5-trifluormetil-substituídos
76,
77
. Analisando o esquema abaixo, observa-se que a regiosseletividade está relacionada ao
isolamento da pirazolina, pois sempre que a mesma é isolada o isômero 5-trialometil
substituído é obtido.
2. REVISÃO DA LITERATURA
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
12
Esquema 9:
R
1
Me
O
OEt CF
3
O
+
NaOMe
Et
2
O
50%
CF
3
O
R
1
O
a,b: i
c-e: ii
f,g:iii
72-84%
N
N
R
2
HO
F
3
C
a,b: iv
c-e: v
f: vi
g: vii
R
1
N
N
R
2
F
3
C
R
1
i: N
2
H
4
, EtOH; ii: N
2
H
4
, EtO
2
; iii: R
1
NHNH
2
, EtOH, 40ºC; iv: AcOH, EtOH, refluxo
v: H
2
SO
4
conc, EtOH, refluxo; vi: HCl, EtOH, refluxo; vii: AC
2
O, AcOH, 50ºC
R
1
S
N
N
N
Me
N
N
S
CF
3
CF
3
H
H
H
H
H
R2
a
b
c
d
ef
g
4-NO
2
Ph
Ph
Em 1993, Threadgil et al.
78
estudaram a reação do composto 1,3-bis-trifluormetil-1,3-
dicarbonílico com hidrazinas e isolaram os 5-hidroxi-3,5-trifluormetil 4,5-diidro-1H-pirazóis
com bons rendimentos (Esquema 10).
Esquema 10:
F
3
C CF
3
O O
N
N
CF
3
F
3
C
HO
R
i
77-96%
i: NH
2
NH-R, EtOH, refluxo, 5h.
R: COPh, Ph, 4-NO
2
Ph, 2,4-(NO
2
)
2
Ph
Em 1999, Bonacorso et al.
57
sintetizaram duas séries de de 3-alquil(aril)-5-hidroxi-4,5-
diidro-1H-pirazóis a partir da reação de 4-alcoxi-1,1,1-tricloro-3-alquen-2-onas com
cloridrato de semicarbazida e tiosemicarbazida, em metanol(3:1) (Esquema 11).
2. REVISÃO DA LITERATURA
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
13
Esquema 11:
Cl
3
C
O
R
2
R
1
OR
i
64-89%
ii
71-91%
N
N
HO
R
2
R
1
NH
2
O
Cl
3
C
N
N
HO
R
2
R
1
NH
2
S
Cl
3
C
i:NH
2
NHCONH
2
.HCl, MeOH/H
2
O, 20-85 ºC, 16-20 h
ii: NH
2
NHCSNH
2
, MeOH, 20-45 ºC, 24 h.
R: H, Me, Ph, 4-MePh, 4-BrPh, 4-NO
2
Ph,
R
1
: H, Me,
R
2
: Me, Et
Em 2000, Pashkevich et al.
79
também sintetizaram séries de 4,5-diidro-1H-
carboxamida(tiocarboxamida)pirazóis a partir da reação de compostos polifluoralquil-1,3-
dicarbonilicos com cloridrato de semicarbazida e tiosemicarbazida (Esquema 12).
Esquema 12:
R
1
R
2
OO
N
N
R
2
HO
R
1
Z: O, S
NH
2
NHC(Z)NH
NH
2
Z
R
2
: Ph, Me, Et, t-Bu, 4-BrPh, CF
3
, C
2
HF
4
, 2-tienil
R
1
: CF
3
, C
2
HF
4
, C
2
F
5
, C
3
F
7
, C
2
HF
4
, C
4
F
6
Em 2003, Bonacorso et al.
76
sintetizaram uma série de cloretos de 3-aril-5-
trifluormetil-5-hidróxi-4,5-diidro-1H-1-piconoilpirazóis em passo reacional único e com bons
rendimentos, a partir da reação entre 4-metóxi-1,1,1-triflúor-3-buten-2-onas e 2-
2. REVISÃO DA LITERATURA
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
14
piridinocarboxiamida, utilizando uma solução de etanol e ácido clorídrico como solvente
(Esquema 13).
Esquema 13:
R
1
CF
3
OMe O
+
N
HN
HN
NH
2
N
O
N
N
R
1
HO
F
3
C
HCl.
i
i: EtOH/HCl, 78 ºC, 2,5 h.
R
1
: Ph, 4-MePh, 4-FPh, 4-ClPh, 4-BrPh
82-89%
Em 2005, Bonacorso et al.
64b
propuseram a síntese de 1-(2-tenoil)-, 1-(2-furil)- e 1-(2-
isonicotinoil)-3-alquil(aril)-5-hidroxi-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-pirazóis a partir da reação
de ciclocondensação de 4-alcoxi-1,1,1-trifluormetil-3-buten-2-onas com tenoilhidrazina,
furanoilhidrazina e isonicotinoilhidrazina, respectivamente. As três séries de compostos foram
obtidas utilizando uma relação molar de 1:1 entre hidrazinas e enonas, usando como solvente
metanol, levando a obtenção dos produtos de maneira regioespecífica, em passo reacional
único com rendimentos moderados a bons (Esquema 14).
2. REVISÃO DA LITERATURA
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
15
Esquema 14:
R
1
CF
3
OMe O
i: NH
2
NHCOC
4
H
3
Z, MeOH, t.a., 48 h; ou 60-65 ºC
i
ii
R
2
ii: NH
2
NHCOC
5
H
4
N, MeOH, t.a.; ou 60-65 ºC, 16h
R
1
: H, Me, Ph, 4-MePh, 4-MeOPh, 4-ClPh, 4-Br-Ph, 4-NO
2
Ph
R
2
: H, Me
53-91%
63-89%
N
O
N
N
R
1
HO
F
3
C
R
2
Z
O
N
N
R
1
R
2
F
3
C
HO
Em 2006, Martins et al.
63
publicaram recentemente trabalho demonstrando a utilização
de energia proveniente da irradiação de microondas na síntese de uma série de 5-hidroxi-5-
triclorometil-4,5-diidro-1H-carboximetilpirazóis. A reação entre as 4-alcoxi-1,1,1-tricloro-3-
buten-2-onas e carboximetilhidrazina foi realizada em forno de microondas doméstico sem a
necessidade do uso de solvente. A mistura foi aquecida por 6 minutos fornecendo 4,5-diidro-
1H-1carboximetilpirazóis com bons rendimentos. O uso desta metodologia reduziu
drasticamente o tempo reacional, de 24h em refluxo de metanol no método tradicional, além
disso, aumentou os rendimentos em aproximadamente 10% (Esquema 15).
2. REVISÃO DA LITERATURA
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
16
Esquema 15:
Cl
3
C
O
R
2
R
1
OR
N
N
HO
R
2
R
1
OMeO
Cl
3
C
i
70-98%
i: NH
2
NHCO
2
Me, 45 W, 50-55ºC, 6 min
R
1
: H, Me. Et, Pr, i-Pr, i-Bu, t-Bu, 4-NO
2
, 4-NO
2
Ph
R
2
: H, Me
R: Me, Et
Em 2006, Bonacorso et al.
64b
sintetizaram uma série de 4-fenil-3-alquil(aril)-5-
hidroxi-4,5-diidro-1H-1-tosilpirazóis a partir da ciclocondensação das 4-alcoxi-1,1,1-trifluor-
3-buten-2-onas com p-tosilhidrazina, em tolueno como solvente. Os compostos sintetizados
tiveram suas atividades avaliadas in vitro contra fungos e bactérias, os quais evidenciaram alta
atividade frente a bactérias gram-positivas. O composto 3-(4-flúorfenil)-5-trifluormetil-5-
hidroxi-4,5-diidro-1H-tosilpirazol apresentou uma atividade promissora nos ensaios
realizados, por conferir alta sensibilidade das bactérias ao composto em estudo (Esquema 16).
Esquema 16:
Me
S
O
O
NHNH
2
+
R
1
OR
CF
3
O
R
2
Me
S OO
N
N
R
1
R
2
HO
F
3
C
i
58-92%
i: tolueno, refluxo, 4h.
R
1
: H, Me, 4-MePh, 4-MeOPh, 4-BrPh, 4-ClPh, 4-FPh
R
2
: H, Ph;
R: Me, Et
2. REVISÃO DA LITERATURA
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
17
Em 2007, Martins et al.
80
sintetizaram 5-hidroxi-3-alquil/aril-5-trifluormetil-4,5-
diidro-1H-1-(2-hidroxibenzoil)pirazol, utilizando 4-alcoxi-4-alquil(aril)-1,1,1-triflúor-3-
buten-2-ona e salicil hidrazina. Os compostos obtidos apresentaram rendimentos bons a
ótimos (Esquema 17).
Esquema 17:
F
3
C
O
R
1
OR
+
OH
N
H
O
NH
2
i
HO
O
N
N
R
1
F
3
C
HO
i: MeOH(EtOH), refluxo, 16h.
R: Me, Et; R
1
: H, Me, Ph, 4-MePh, 4-BrPh, 4-FPh
Em 2008, na dissertação de Porte
81
, foi sintetizada uma série de 4,5-diidro-1H-pirazóis
contendo uma função aldeído protegida sob a forma de acetal, a partir da 4,6,6-trimetoxi-
1,1,1-trifluorhex-3-en-2-ona com diferentes hidrazinas, em ótimos rendimentos (Esquema18).
Esquema 18:
i: NH
2
NHR, EtOH, 4-20 h, refluxo
R: 2-furanoil, C
6
F
5,
COOMe, COMe, Nicotinoil
F
3
C
O OMe
OMe
OMe
i
90-97%
N
N
F
3
C
HO
R
OMe
OMe
Também em 2008, na dissertação de Paim
82
, foi sintetizada uma série de novas 2-[3-
alquil(aril/heteroaroil)-5-hidroxi-5-trialometil-4,5-diidro-1H-pirazol-1-il]-5-[3-
alquil(aril/heteroaril)-5-hidroxi-5-trialometil-4,5-diidro-1H-pirazol-1-il-1-carbonil]piridinas,
2. REVISÃO DA LITERATURA
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
18
obtidas a partir da reação de ciclocondensação de 1,1,1-trialo-4-[alquil(aril/heteroaril)]-4-
alcoxi-3-alquen-2-onas com hidazida 6-hidrazino nicotínica em bons rendimentos ( Esquema
19).
Esquema 19:
F
3
C
O
R
2
R
1
OR
N
O
N
H
NH
2
N
H
H
2
N
N
O
N
N
N
R
1
CF
3
OH
+
67-97%
i
i: EtOH, refluxo, 4h
R: H, Me, Ph, 4-OMePh, 4-NO
2
Ph, 4,4'-BiPh, naft-1-il, fur-2-il, tien-2-il
N
R
1
F
3
C
HO
2. REVISÃO DA LITERATURA
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
19
2.3 Tuberculose
2.3.1 Agente etiológico
Micobactérias são bacilos de forma alongada, aeróbicas, não esporuladas e imóveis,
com um revestimento céreo que lhes confere a propriedade de resistir à descoloração quando
tratadas com álcool-ácido resistente (BAAR). Evolutivamente, encontram-se entre as
bactérias e os fungos, por isso o nome dado à família a qual pertence, Mycobactereace. O
gênero de maior importância, Mycobacterium, engloba bacilos patogênicos de interesse
clinico, como M. tuberculosis, M. leprae e M. bovis, além do complexo M. avium-
intracellulare, patógenos oportunistas principalmente em pessoas imunodeprimidas como
indivíduos portadores do vírus HIV
84
.
O M. tuberculosis, principal agente causador da tuberculose, foi descoberto por Robert
Koch em 1882 (Figura 6). Em homenagem ao cientista alemão, o bacilo ficou conhecido
como bacilo de Koch
85
.
Figura 6: Mycobacterium tuberculosis
Duas espécies de bactérias causam tuberculose: o complexo M. tuberculosis e M.
bovis. O complexo M. tuberculosis é transmitido, principalmente, por perdigotos produzidos
durante a tosse, espirro ou fala do indivíduo infectado pelo bacilo. As pequenas gotículas
espalhadas são suficientes para alcançar os alvéolos pulmonares, onde o bacilo inicia sua
multiplicação no macrófago alveolar. Já o M. Bovis é transmitido através do leite de vacas
infectadas que, quando ingerido, produz primeiramente lesões intestinais e amigdalianas
85, 86
.
2. REVISÃO DA LITERATURA
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
20
O complexo M. avium-intracellulare constitui-se de duas espécies de micobactérais
intimamente ligadas, com virulência muito baixa em hospedeiros normais, mas que causam
infecções disseminadas em pacientes com vírus HIV
87
. Podem também infectar pessoas com o
pulmão debilitado pelo tabagismo prolongado, por tuberculose pulmonar, bronquite, efisema
ou outras doenças. Contrariamente à tuberculose causada pelo M. tuberculosis, a infecção por
M. avium-intracellulare não é transmitida de uma pessoa para outra
88
.
2.3.2 Agentes Antimicobacterianos
Na década de 40 a quimioterapia da TB foi baseada em um número limitado de
antibióticos (estreptomicina) e drogas sintéticas (ácido p-amino benzóico). Após a descoberta
da estreptomicina, novos fármacos foram utilizados com sucesso, destacando-se a isoniazida
(INH) em 1952; a Rifampicina (RMP) em1956; Etambutol (EMB) sintetizado em 1960, e
empregado somente em 1968; e a Pirazinamida (PZA) sintetizada em 1936, e usada apenas
em 1970
85
.
Estes fármacos são chamados de primeira escolha, pois é a primeira opção no
tratamento podendo ser empregados com sucesso na grande maioria dos pacientes. Os
fármacos ditos como de segunda escolha são utilizados em casos de falência aos fármacos de
primeira escolha, tais como, cicloserina, canamicina, ácido p-aminosalicílico (PAS),
amicacina, etionamida, tiocetazona, clorofazimina e terizidona, além da potente classe de
fluorquinolonas
85
.
2.3.2.1 Isoniazida (INH)
A INH é o principal e mais potente antimicobacteriano no tratamento da tuberculose
(Figura 1). Este fármaco foi descoberto em 1952 por Fox e Gibas (1952), durante a síntese de
tiosemicarbazona, quando estes notaram que as reações eram afetadas por uma modificação
no percurso da síntese e se depararam com um intermediário isonicotinoilidrazínico. A partir
deste intermediário foram realizados ensaios, sendo que os resultados apresentados foram
superiores aos da estreptomicina, melhor antimicrobiano até então
89
.
A INH é ativada dentro da célula bacteriana pela enzima catalase-peroxidase (KatG).
Da reação da INH com a enzima resulta uma variedade de radicais orgânicos tóxicos que
atacam múltiplos alvos da célula bacteriana
90
.
2. REVISÃO DA LITERATURA
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
21
A INH é uma pró-droga que possui atividade bactericida principalmente contra o
microorganismo em replicação, e parece ser apenas bacteriostática contra aqueles em fase de
latência
1
. Como o M. tuberculosis em presença de INH mostra diminuição de seus ácidos
graxos presentes na parede celular, pode-se deduzir que o mecanismo de ação da INH ocorre
através da inibição destes ácidos graxos que são componentes da parede celular.
A resistência a INH pode estar associada a mutações que afetam um ou mais genes,
como os que codificam a catalase-peroxidase(KatG)-enzima ativadora do fármaco, as enzimas
enoil-ACP-redutase (inhA) e β-cetoacil ACP sintase (KasA) envolvidas na biossíntese do
ácido micólico, e a alquil hidroperóxido redutase (ahpC) envolvida na resposta celular ao
estresse oxidativo
90, 91
.
A INH é absorvida rapidamente pela administração oral, que pode ser alterada pela
alimentação concomitante ou uso de antiácidos sendo, portanto, recomendada a administração
em jejum. O fármaco é amplamente distribuído pelos tecidos. O uso contínuo de INH mostra
alta hepatotoxicidade, sendo que, portadores de hepatopatias devem ser clinicamente
monitorados
1
.
2.3.2.2 Rifampicina
A Rifampicina é um antibiótico semi-sintético produzido pelo Streptomyces
meditarranei
1
. É um fármaco lipofílico altamente ativo que se difunde rapidamente através do
envelope hidrofóbico das micobactérias (Figura 7). Foi introduzida para uso na terapia contra
a tuberculose no início de 1970 e é, atualmente, um dos mais importantes componentes da
terapêutica, sendo capaz de diminuir o tempo de tratamento
91
.
O mecanismo de ação envolve a inibição da atividade da enzima RNA polimerase
DNA dependente (RPDD), uma metaloprotease, ligando-se a uma subunidade β da enzima,
tornando-se altamente ativo contra bacilos em divisão, tanto intra como extracelular. A
inibição da RPDD leva ao bloqueio da formação da cadeia do RNA
91
.
2. REVISÃO DA LITERATURA
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
22
N
N
H
2
N
O
Figura 7: Estrutura molecular da Rifampicina
A administração de Rifampicina é via oral, sendo absorvida rapidamente pelo
intestino, deve ser administrada sem o uso concomitante de outros antimicrobianos e em
jejum, devido a interferência na atividade
1
.
2.3.2.3 Pirazinamida (PZA)
A atividade antituberculosa da PZA foi descoberta em 1970 e, atualmente, é a terceira
droga mais importante no combate à tuberculose
91
(Figura 8).
A PZA é bactericida para micobactérias latentes, reduz o tempo total de tratamento
destruindo os bacilos que permanecem em pH baixo e que, normalmente, não seriam afetados
por outras drogas antituberculosas
1
.
Figura 8: Estrutura molecular da Pirazinamida (PZA)
Possui atividade antimicobacteriana contra M. tuberculosis, mas desenvolve a
resistência rapidamente sendo recomendada, portanto, a terapia combinada, uma vez que esse
2. REVISÃO DA LITERATURA
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
23
tipo de terapia reduz essa possibilidade. A atividade da PZA parece ser inativa em pH
neutro
91
.
É utilizada na primeira fase do tratamento quando a infecção encontra-se ainda como
granulomatosa, pelo fato deste fármaco atravessar facilmente a membrana do macrófago e
atuar muito bem em pH ácido. A importância da PZA reside, então, na sua capacidade de
destruir bacilos no interior dos macrófagos, complementando a ação da INH e da RIF
91
.
O mecanismo de ação deste fármaco é desconhecido. Uma hipótese proposta por
Cynamom et al. em 1992, é que a PZA pode ser parcialmente ou totalmente ativada como um
fármaco. A PZA é ativada apenas no pH ácido do ambiente intramacrofágico, mas não é
ativada simplesmente pelo pH. Este ambiente pode induzir componentes bacterianos que
ativam PZA, provavelmente uma amidase específica à pirazinamidase. Organismos
suscetíveis produzem pirazinamidase, que é responsável pela conversão a ácido pirazinóico.
Cepas resistentes não produzem esta amidase, devido a mutase no gene associado (pncA),
sugerindo que a forma ácida do fármaco é a forma ativa. A PZA seria um pró-fármaco do
ácido pirazinóico ativo contra M. tuberculosis
92a, b
.
2.3.2.4 Etambutol (EMB)
O EMB (Figura 9) é um composto sintético, que possui atividade bacteriostática.
Possui baixa solubilidade em água e é absorvido rapidamente após a administração oral
1
.
Apesar da modesta atividade antitubercular, o EMB é usado em combinação com
outros fármacos contra a TB devido ao seu sinergismo com estes e sua baixa toxicidade. É
amplamente utilizado no esquema primário de tratamento da tuberculose, pois atua
diretamente sobre a síntese de arabinose em M. tuberculosis e outras micobactérias. Seu
mecanismo de ação está relacionado à inibição da incorporação do ácido micólico, essencial
para a formação da parede celular da micobactéria
93
.
NH
H
N
HO
HO
Figura 9: Estrutura molecular do etambutol (EMB)
2. REVISÃO DA LITERATURA
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
24
2.4 Compostos Derivados da Isoniazida
A INH (Figura 1) apresenta uma estrutura bastante simples e interessante, na qual está
contido um anel de piridina e a função hidrazida que são essenciais para atividade contra M.
tuberculosis
90
. Devido a isso a sua importância farmacológica, muitos compostos foram
sintetizados tendo como um dos precursores a INH ou derivados da mesma.
Em 2001 Mamolo et al.
94a
descreveram a síntese e atividade antimicobacteriana de
uma série de 5-aril-1-isonicotinoil-3-(piridin-2-il)-4,5-diidro-1H-pirazol. Os compostos
sintetizados foram testados contra cepas de M. tuberculosis H37Rv e H4. Os resultados
demonstraram atividades antimicobacteriana in vitro e seus valores de CIM estão entre 8 e 16
μg/ml.
Neste estudo, os autores demonstraram que a atividade dos compostos depende da
liberação de INH no meio biológico. Esta liberação de INH é favorecida devido à presença do
substituinte 2-piridil na posição C-3 da pirazolina, quando comparada com compostos
descrito na literatura
94b
, nos quais estes apresentam como substituite orto hodróxi fenila nesta
posição. Estes autores atribuem que a falta de atividade destes compostos é devido à ligação
de hidrogênio que ocorre entre a hidroxila e o nitrogênio da posição C-2 da pirazolina que
impede a liberação da INH.
N
O
N
N
N
R
R: H, 2-Cl, 3-Cl, 4-Cl, 2-Br, 3-Br, 4-Br, 2-F, 3-F, 4-F, 2-CH
3
, 3-CH
3
, 4-CH
3
Figura 10: Estrutura de 5-aril-1-isonicotinoil-3-(piridin-2-il)-4,5-diidro-1H-pirazol
Já em 2006, Shaharyar et al.
8
sintetizaram uma série de N
1
-nicotinoil-3-(4’-hidroxi-3’-
metilfenil)-5-[(aril)-fenil]-2-pirazolinas pela reação entre chalconas e isonicotinoil hidrazina.
Estes compostos foram testados frente M. tuberculosis H37Rv e M. tuberculosis INH-
2. REVISÃO DA LITERATURA
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
25
resistentes. Os valores de CIM variaram entre 0,26 a 16,13 μM para cepas M. tuberculosis
H37Rv e a 0,23 a 8,05μM para cepas INH-resistentes.
Entre os compostos testados, os autores descrevem que compostos que possuem grupo
fenila substituídos com átomos de halogênio e furil são ativos que a INH para cepas de M.
tuberculosis H37Rv. Já para cepas M. tuberculosis INH-resistentes, todos os compostos
demonstram melhores valores CIM quando comparadas a INH.
R: 4-MeOPh, 4-ClPh, Ph, 3,4-MeOPh, 2,3,4-MeOPh, Furil, 4-FPh, 2-ClPh, 2,6-ClPh, 3-NO
2
Ph
N
O
N
N
R
CH
3
HO
Figura 11: Estrutura de N
1
-nicotinoil-3-(4’-hidroxi-3’-metilfenil)-5-[(aril)-fenil]-2-
pirazolinas
Sinha et al.
95
em 2005 realizaram a síntese e atividade antimicobacteriana de uma série
de derivados da isonicotinoil hidrazina VII, as hidrazonas. A atividade foi testada frente a
cepas de M. tuberculosis.
Segundo os autores, observou-se que quando o anel fenila é substituído por cloro com
variação nas posições orto, para e meta, os compostos exibiram atividade semelhantes à INH.
Porém quando ocorre substituição do átomo de cloro pelos substituintes nitro e metoxila
ocorreu uma redução na atividade. Além disso, sugere-se que grupos volumosos ou
dissubstituição no anel da fenila não são favoráveis.
Alguns destes compostos foram submetidos à reação de redução, resultando em uma
nova série de compostos VIII que foram avaliadas as atividades antimicobacterianas. Estes
compostos demonstraram aumento na atividade. Isto ocorre devido ao grau de liberdade da
ligação dos substituintes fenila, permitindo melhor interação a um receptor levando a
atividade inibitória (Figura 12).
2. REVISÃO DA LITERATURA
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
26
N
N
O
N Ph
O
N
N
N
N
O
N
H
Ph
O
N
N
Ar: 3-ClPh, 4-ClPh, 3-NO
2
Ph, 4-MeOPh, 2-ClPh, 2,3-Cl
2
Ph, 2-furil, 3-MeO-4-OHPh, 2-OH-MeOPh, 3-PhOPh
VII
VIII
Figura 12: Estrutura de derivados da isonicotinoil hidrazida
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
27
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Neste capítulo será apresentada a numeração e a nomenclatura dos compostos
sintetizados os quais foram submetidos a testes de atividade biológica contra o
M.tuberculosis.
A identificação dos compostos foi feita por Cromatografia Gasosa acoplada a
Espectroscopia de Massas (CG-MS) e Ressonância Magnética Nuclear (RMN)
1
H,
13
C {H} e
suas purezas foram comprovadas por análise elementar.
Na primeira etapa, será descrita a síntese dos precursores 4-alcoxi-1,1,1-trialo-3-
alquen-2-onas 1a-i e 2g-i a partir da reação de acilação de enoléteres e acetais, conforme
metodologia desenvolvida por Hojo et al.
17, 18
e sistematizada por Martins et al.
19
.
Na sequência, serão discutidas as reações de 4-alcóxi-1,1,1-trialo-3-alquen-2-ona 1a-i
e 2g-i com isonicotinoil, 2-cloro isonicotinoil e nicotinoil hidrazinas.
Por fim, serão discutidos os testes destes compostos contra o M.tuberculosis, através
da realização de ensaios in vitro.
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
28
3.1 Numeração e Nomenclatura dos compostos
A numeração dos compostos adotada neste trabalho e a nomenclatura segundo o
Chemical Abstract, estão representadas na Tabela 1.
Tabela 1 - Numeração dos compostos 1-8
Compostos Nomenclatura
1a
F
3
C
O OEt
H
4-etoxi-1,1,1-trifluor-3-buten-2-ona
1b
F
3
C
O
Me
OMe
4-metoxi-1,1,1-trifluor-3-penten-2-ona
1c
F
3
C
O OMe
4-fenil-4-metóxi-1,1,1-trifluor-3-buten-2ona
1d
F
3
C
O OMe
Cl
4-(4-clorofenil)-4-metóxi-1,1,1-trifluor-3-buten-2-ona
1e
F
3
C
O OMe
Br
4-(4-bromofenil)-4-metóxi-1,1,1-trifluor-3-buten-2-ona
1f
F
3
C
O OMe
F
4-(4-fluorfenil)-4-metóxi-1,1,1-trifluor-3-buten-2-ona
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
29
Tabela 1 - Numeração dos compostos 1- 8
Compostos Nomenclatura
1g
F
3
C
O OMe
Me
4-(4-metilfenil)-4-metóxi-1,1,1-trifluor-3-buten-2-ona
1h
F
3
C
O OMe
O
4-(2-furil)-4-metóxi-1,1,1-triflúor-3-buten-2-ona
1i
F
3
C
O OMe
S
4-(2-tienil)-4-metóxi-1,1,1-triflúor-3-buten-2-ona
2g
Cl
3
C
O OMe
Me
4-(4-metilfenil)-4-metóxi-1,1,1-tricloro-3-buten-2-ona
2h
Cl
3
C
O OMe
O
4-(2-furil)-4-metóxi-1,1,1-tricloro-3-buten-2-ona
2i
Cl
3
C
O OMe
S
4-(2-tienil)-4-metóxi-1,1,1-tricloro-3-buten-2-ona
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
30
Tabela 1 - Numeração dos compostos 1- 8
Compostos Nomenclatura
3a
N
N
O
N
F
3
C
HO
5-hidroxi-5-trifluormetil-4,5-diidro -1H-1-
(isonicotinoil)pirazol
3b
N
N
O
N
F
3
C
HO
Me
5-hidroxi-3-metil-5-trifluormetil-4,5-diidro -1H-1-
(isonicotinoil)pirazol
3c
N
N
O
N
F
3
C
HO
5-hidroxi-3-fenil-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-
(isonicotinoil)pirazol
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
31
Tabela 1 - Numeração dos compostos 1- 8
Compostos Nomenclatura
3d
N
N
O
N
F
3
C
HO
Cl
5-hidroxi-3-(4-clorofenil)-5-trifluormetil-4,5-
diidro-1H-1-(isonicotinoil)pirazol
3e
N
N
O
N
F
3
C
HO
Br
5-hidroxi-3-(4-bromofenil)-5-trifluormetil-4,5-
diidro 1H-1-(isonicotinoil)pirazol
3f
N
N
O
N
F
3
C
HO
F
5-hidroxi-3-(4-fluorfenil)-5-trifluormetil-4,5-
diidro 1H-1-(isonicotinoil)pirazol
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
32
Tabela 1 - Numeração dos compostos 1- 8
Compostos Nomenclatura
3g
N
N
O
N
F
3
C
HO
Me
5-hidroxi-3-(4-metilfenil)-5-trifluormetil-4,5-
diidro- 1H-1-(isonicotinoil)pirazol
3h
N
N
O
N
F
3
C
HO
O
5-hidroxi-3-(2-furil)-5-trifluorometil-4,5- diidro-
1H-1-(isonicotinoil)pirazol
3i
N
N
O
N
F
3
C
HO
S
5-hidroxi-3-(2-tienil)-5-trifluormetil-4,5- diidro-
1H-1-(isonicotinoil)pirazol
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
33
Tabela 1 - Numeração dos compostos 1- 8
Compostos Nomenclatura
4g
N
N
O
N
Cl
3
C
HO
Me
5-hidroxi-3-(4-metilfenil)-5-triclorometil-4,5-
diidro-1H-1-(isonicotinoil)pirazol
4h
N
N
O
N
Cl
3
C
HO
O
5-hidroxi-3-(2-furil)-5-triclorometil-4,5- diidro-
1H-1-(isonicotinoil)pirazol
4i
N
N
O
N
Cl
3
C
HO
S
5-hidroxi-3-(2-tienil)-5-triclorometil-4,5- diidro-
1H-1-(isonicotinoil)pirazol
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
34
Tabela 1 - Numeração dos compostos 1- 8
Compostos Nomenclatura
5
N
C
l
OMe
O
metil 2-cloroisonicotinoato
6
N
Cl
NHNH
2
O
2-cloro isonicotinoilhidrazina
7d
N
N
O
N
F
3
C
HO
Cl
Cl
5-hidroxi-3-(4-clorofenil)-5-trifluormetil-4,5-
diidro-1H-1-(2-cloroisonicotinoil)pirazol
7e
N
N
O
N
F
3
C
HO
Br
Cl
5-hidroxi-3-(4-bromofenil)-5-trifluormetil-
4,5diidro-1H-1-(2-cloroisonicotinoil)pirazol
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
35
Tabela 1 - Numeração dos compostos 1- 8
Compostos Nomenclatura
7f
N
N
O
N
F
3
C
HO
F
Cl
5-hidroxi-3-(4-fluorfenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-
1H-1-(2-cloroisonicotinoil)pirazol
7g
N
N
O
N
F
3
C
HO
Me
Cl
5-hidroxi-3-(4-metilfenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-
1H-1-(2-cloroisonicotinoil)pirazol
8a
N
N
O
N
F
3
C
HO
5-hidroxi-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-
(nicotinoil)pirazol
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
36
Tabela 1 - Numeração dos compostos 1- 8
Compostos Nomenclatura
8c
N
N
O
N
F
3
C
HO
5-hidroxi-3-fenil-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-
(nicotinoil)pirazol
8d
N
N
O
N
F
3
C
HO
Cl
5-hidroxi-3-(4-clorofenil)-5-trifluormetil-4,5-
diidro-1H-1-(nicotinoil)pirazol
8e
N
N
O
N
F
3
C
HO
Br
5-hidroxi-3-(4-bromofenil)-5-trifluormetil-4,5-
diidro-1H-1-(nicotinoil)pirazol
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
37
Tabela 1 - Numeração dos compostos 1- 8
Compostos Nomenclatura
8f
N
N
O
N
F
3
C
HO
F
5-hidroxi-3-(4-fluorfenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-
1-(nicotinoil)pirazol
8g
N
N
O
N
F
3
C
HO
Me
5-hidroxi-3-(4-metilfenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-
1-(nicotinoil)pirazol
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
38
3.2 Síntese de Acetais
A reação de obtenção dos acetais (Esquema 20) foi realizada de acordo com técnica
descrita por Martins et al.
56
, a partir de acetofenonas com ortoformiato de trimetila e
quantidades catalíticas de ácido p-tolueno sulfônico, em metanol anidro. O tempo reacional é
de 24 horas em repouso, à temperatura ambiente (25 ºC). Após neutralização com carbonato
de sódio anidro, filtrado e solvente removido por rota evaporação. Os acetais foram obtidos na
sua forma pura através de destilação a pressão reduzida. Os pontos de ebulição, bem como os
rendimentos estão de acordo com a literatura
17-19, 48
.
Esquema 20:
R
O
i
45-90%
i
= TsOH, HC(OMe)
3
, t.a., 24h
R
MeO OMe
CH
3
CH
3
c d e f g h i
R Ph 4-ClPh 4-BrPh 4-FPh 4-MePh 2-furil 2-tienil
3.3 Síntese de 1,1,1-Trialo-4-alquil[aril(heroaril)]-4-alcoxi-3-alquen-2-onas Substituídas
(1a-i) e (2g-i)
17-19,42,48
A síntese dos compostos 1a-i e 2g-i foi baseada na metodologia desenvolvida pelos
pesquisadores do NUQUIMHE.
A reação de acilação foi realizada adicionando-se anidrido trifluoracético ou cloreto de
tricloroacetila a mistura de acetal ou enoléter, piridina e clorofórmio anidro em banho de gelo
e sob agitação magnética. A mistura foi deixada durante 16 horas, a 45 ºC para os acetais
derivados das acetofenonas e 16 horas a temperatura ambiente para os enoléteres adquiridos
comercialmente. Os produtos foram purificados por meio de destilação à pressão reduzida. A
literatura cita rendimentos, na faixa de 80-90%, nossos trabalhos levaram a rendimentos
similares aos descritos (70-90%) (Esquema 21).
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
39
Para que ocorra acilação de acetais são necessários dois equivalentes do acilante e da
piridina. Isto porque o mecanismo da reação envolve primeiro a utilização de uma molécula
do acilante na formação do enóleter, in situ, com conseqüente saída do trifluoracetato de
metila. A seguir, uma segunda molécula do acilante reage com o enoléter para formar a vinil
cetona desejada. A piridina no meio reacional funciona como base para a neutralização do
ácido trifluoracético resultante das duas etapas reacionais.
Esquema 21:
R
OMeMeO
OR
1
O
X
3
C R
H
OR
1
R
i
ii
1a-i
2f-h
70-90%
80-95%
i= CX
3
COZ, piridina, CHCl
3
, 0-25ºC, 24h
ii= CX
3
COZ, piridina, CHCl
3
, 25-70ºC, 5-16h
F
Cl
X
Z
CF
3
COO
Cl
a b c d e f g h i
R H Me Ph 4-ClPh 4-BrPh 4-FPh 4-MePh 2-furil 2-tienil
R
1
Et Me Me Me Me Me Me Me Me
3.4 Síntese de 5-Hidroxi-3-alquil[aril(heteroaril)]-5-trifluor(cloro)metil-4,5-diidro-1H-
1-(isonicotinoil)pirazóis (3a-i e 4g-i)
Neste tópico serão relatadas as reações de 1,1,1-trialo-4-alquil[aril(heteroaril)]-4-
alcoxi-3-alquen-2-onas com isonicotinoilhidrazina segundo metodologia descrita por
Bonacorso et al.
62a,b
(Esquema 22). Todas as reações foram realizadas em metanol com tempo
reacional variando de 16 à 48h e temperatura de 20-65ºC. Após do término do tempo
reacional, todos os compostos apresentaram-se na forma de sólidos e foram recristalizados em
metanol ou acetona.
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
40
Esquema 22:
X
3
C
O OMe(Et)
R
1
+
N
O
NHNH
2
N
N
O
N
X
3
C
HO
R
1
i
i=MeOH, 20-65ºC, 16-48h
1a-i
2g-i
48-85 %
3a-i
4g-i
X
F Cl
1,3 2,4
1-4 a b c d e f g h
i
R
1
H Me Ph 4-ClPh 4-BrPh 4-FPh 4-MePh 2-Furil 2-Tienil
A identificação dos compostos 3a-i e 4g-i foi realizada por RMN
1
H, espectrometria
de massas e ponto de fusão. Os espectros foram registrados em DMSO-d
6
, utilizando
tetrametilsilano (TMS) como referência interna. Os dados encontrados experimentalmente
concordaram com os dados descritos na literatura
62a, b
.
3.5 Síntese de 5-Hidroxi-3-alquil(aril)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(2-
cloroisonicotinoil)pirazóis (7a, 7d-g)
3.5.1 Síntese de 2-cloro isonicotinoilhidrazina (6)
Considerando o fato de que nem todas as hidrazinas derivadas do ácido isonicotínico
são disponíveis comercialmente, foi necessário realizar a síntese do composto 6 através de
metodologias previamente descritas na literatura
96
. Neste trabalho foi obtida a 2-cloro
isonicotinoilhidrazina em dois passos reacionais, onde primeiramente foi realizada a reação de
esterificação do ácido 2-cloro isonicotínico e em seguida a síntese da hidrazina utilizando a
metodologia de Khan
96
(Esquema 23).
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
41
Esquema 23:
N
OH
O
Cl
N
NHNH
2
O
Cl
N
OMe
O
Cl
i
ii
i= CH
2
N
2,
éter, t.a
ii= NH
2
NH
2
.H
2
O, EtOH, refluxo, 12h
90% 70%
5
6
A Tabela 2 mostra os dados de rendimento e ponto de fusão dos compostos isolados 5
e 6.
Tabela 2: Propriedades Físicas dos Compostos 5 e 6.
Composto Rend. (%) P.F. (°C)
Fórmula Molecular
(g/mol)
N
OMe
O
Cl
90
Óleo
(52-56)
[a]
C
7
H
6
ClNO
2
(171,01)
N
NHNH
2
O
Cl
70 168-170
C
6
H
6
ClN
3
O
( 171,02)
[a] Ref. 97
A identificação dos compostos 5 e 6 foi realizada por RMN
1
H e
13
C {H} e
espectrometria de massas. Os espectros foram registrados em clorofórmio-d
1
para o composto
5 e DMSO-d
6
para o composto 6 utilizando tetrametilsilano (TMS) como referência interna
(espectros estão no anexo I e II desta dissertação).
No Esquema 24 serão relatadas as reações de 1,1,1-trifluor-4-alquil(aril)-4-alcoxi-3-
alquen-2-onas substituídas com 2-cloroisonicotinoilhidrazina, a qual permitiu o isolamento de
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
42
uma nova série de 5-hidroxi-3-(aril)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(2-
cloroisonicotinoil)pirazóis (7d-g).
Esquema 24:
F
3
C
O OR
R
1
+
N
O
NHNH
2
N
N
O
N
F
3
C
HO
R
1
i
i= MeOH, 60-65ºC, 20 h
1a, d-f
7d-f
51-62 %
Cl
Cl
6
1,7 a d e f g
R Et Me Me Me Me
R
1
H 4-ClPh 4-BrPh 4-FPh 4-MePh
Para realizar a ciclocondensação [3+2] foram testadas várias condições reacionais a
partir de dados experimentais já publicados
62b
. A melhor condição foi em metanol, e tempo
reacional de 20 horas, sob temperatura de refluxo, com rendimentos de 51-62%.
Na tentativa de obter o composto 7a, foram realizadas várias condições reacionais
(Tabela 3), porém não foi possível isolar este composto, obtendo como produto final mistura
complexa de produtos de partida e impurezas que dificultaram até mesmo a identificação.
Vale salientar que todas as condições reacionais testadas foram acompanhadas por
Cromatografia em Camada Delgada (CCD).
Tabela 3: Condições testadas para a obtenção do composto 7a.
Reação solvente T (ºC) Tempo (h) Rendimento (%)
1 MeOH t.a 24 a
2 MeOH t.a 48 a
3 MeOH 40 16 a
4 MeOH 50 24 a
[a]mistura complexa de material de partida e impurezas
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
43
Os compostos 7d-g foram isolados do meio reacional como sólidos brancos, estáveis e
de alta pureza e foram recristalizados em metanol ou acetona a temperatura de 0 -10ºC.
A identificação destes compostos foi feita através de RMN de
1
H e
13
C {H},
Cromatografia Gasosa Acoplada a Espectrômetro de Massas, análise elementar e pontos de
fusão.
A Tabela 4 mostra os dados de rendimento, ponto de fusão análise elementar dos
compostos isolados 7d-g.
Tabela 4- Propriedades Físicas dos compostos 7d-g.
N
N
O
N
R
1
F
3
C
HO
Cl
Composto
R
1
Rend.(%)
[a]
P.F (ºC)
[b]
Fórmula
Molecular
(g/mol)
Análise Elementar
Cal./Exp
C H N
7d
4-ClPh 53 174-176 C
16
H
11
Cl
2
F
3
N
3
O
2
(404,17)
47,75 2,59 10,30
47,67 2,46 10,33
7e
4-BrPh 58 162-164 C
16
H
11
ClBrF
3
N
3
O
2
(448,62)
42,13 2,30 9,19
42,08 2,22 9,37
7f
4-FPh 62 145-147 C
16
H
11
BrF
4
N
3
O
2
(387,72)
49,67 2,57 10,88
49,78 2,48 10,67
7g
4-MePh 51 152-154 C
17
H
14
ClF
3
N
3
O
2
(383,75)
53,21 3,41 10,95
52,81 3,11 10,72
[a] Rendimentos dos compostos recristalizados. [b] Pontos de fusão não corrigidos
3.5.2 Identificação Espectroscópica dos Compostos 7d-g
A identificação dos compostos (7d-g) foi realizada por RMN
1
H e
13
C {H}. Os
espectros foram registrados em DMSO-d
6
, utilizando tetrametilsilano (TMS) como referência
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
44
interna. A atribuição de sinais para os compostos, citados na Tabela 4, foram baseados a partir
da interpretação dos dados do composto (7d), e em dados contidos na literatura para
compostos similares.
3.5.2.1 RMN
1
H e
13
C {H}
O espectro de RMN de
1
H em DMSO-d
6
, para o composto 7d (Figura 13) mostrou um
sinal em 8,59 ppm referente a um hidrogênio do anel piridínico; na região de 7,66-7,52 ppm
multipletos referentes a 2 hidrogênios piridínicos e 4 hidrogênios do anel fenila; um singleto
em 8,5 ppm, referente ao deslocamento do hidrogênio da hidroxila ligada ao C-5 do anel
pirazolínico; dubletos em 4,04 e 3,67 ppm, referente aos hidrogênios diasterotópicos ligados
ao C-4 do anel pirazolínico com constante de acoplamento J=19Hz.
Figura 13: Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz de 5-hidroxi-3-(4-clorofenil)-5-trifluormetil-
4,5-diidro-1H-1-(2-cloroisonicotinoil)pirazol (7d), em DMSO-d
6
.
O espectro de RMN de
13
C {H} do composto 7d (Figura 14), em DMSO-d
6
, mostrou
um sinal em 163,4 ppm, referente ao carbono carbonílico; C-3 em 150 ppm; 5 sinais em
152,6; 150,1; 145,9; 122,8 e 121,8 ppm referentes aos 5 carbonos piridínicos. Os sinais
observados em 135,6 e na região de 128-127 ppm são referentes aos seis carbonos da fenila; o
sinal do CF
3
aparece na forma de um quarteto com
1
J
C-F
=285 Hz na região de122, 5 ppm. O
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
45
sinal em 92,1 ppm foi atribuído a um quarteto com
2
J=34 Hz para o C-5 e o sinal da metilena
em 44,1 ppm foi atribuído ao C-4 do 4,5-diidro pirazol.
Figura 14: Espectro de RMN
13
C {H} a 100,61 MHz 5-hidroxi-3-(4-clorofenil)-5-
trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(2-cloroisonicotinoil)pirazol (7d), em DMSO-d
6
.
Os dados de RMN ¹H e
13
C {H} dos compostos 7d-g estão descritos na Tabela 5. Os
demais espectros destes compostos encontram-se no Anexo I desta dissertação.
Tabela 5: Dados de RMN de ¹H e ¹³C {¹H} dos compostos 7d-g.
Composto
RMN
1
H
δ J
HH
(Hz)
RMN
13
C
δ J
CF
(Hz)
7d
N
N
O
N
F
3
C
HO
Cl
Cl
8,59 (d, J= 5 Hz, 1H,
Py); 8,5 (s, OH); 7,71-
7,64 (m, 2H, Py; 2H,
Ph); 7,54 (m, 2H, Ph);
4,04 (d, 1H, J=19,
1H); 3,66 (d, 1H,
J=19, 1H)
163,4 (C=O); 152,6; 150,1; 145,9
(3C, Py); 150,2 (C-3); 135,6 (1C,
Ph); 128,9; 128,5; 128,40 (5C,
Ph); 122,9 (q, CF
3,
J=285,) 122,8;
121,8 (2C, Py); 92,1 (q,
2
J=34 , C-
5); 44,1 (C-4)
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
46
Tabela 5: Dados de RMN de ¹H e ¹³C {¹H} dos compostos 7d-g. Continuação.
Composto
RMN
1
H
δ J
HH
(Hz)
RMN
13
C
δ J
CF
(Hz)
7e
N
N
O
N
F
3
C
HO
Br
Cl
8,58 (d, 1H, Py); 8,51
(s, 1H, OH); 7,71-7,54
(m, 2H, Py; 4H, Ph);
4,03 (d, 1H, J=19,
1H); 3,65 (d, 1H, J=19
, 1H)
163,4 (C=O); 152,7; 150,1 (2C,
Py); 150,2 (C-3); 145,9 (1C, Py);
131,8; 128,8; 128,6 (5C, Ph);
124,5 (1C, Ph); 122,8; 121,8 (2C,
Py); 125,1 (q, CF
3,
J=285); 92,3
(q,
2
J=34, C-5); 44,0 (C-4)
7f
N
N
O
N
F
3
C
HO
F
Cl
8,59 (d, 1H, Py); 8,50
(s, 1H, OH); 7,72-7,64
(m, 2H, Py; 2H, Ph);
7,28-7,37 (m, 2H, Ph);
4,09 (d, 1H, J=19, 1H);
3,67 (d, 1H, J=19,
1H)
163,4 (C=0); 163,5; (d, Ph, JCF=
249); 152,6; 150,1 (2C, Py); 150,1
(C-3); 146,0 (1C, Py); 129,2 ( d,
Ph, JCF=9); 126,3 (d, Ph,
JCF=2,3); 115,9 (d, Ph, JCF=22);
122,9; 121,8 (2C, Py); 122,9 (q,
CF
3,
J=285); 92,1 (q,
2
JCF=34);
44,2 (C-4)
7g
N
N
O
N
F
3
C
HO
Me
Cl
8.54 (d, 1H, Py); 8,50
(s, 1H, OH); 7,67 (m,
2H, Py); 7,56; 7,27 (m,
4H, Ph); 4,0 (d, 1H,
J=19, 1H
); 3,60 (d,
1H, J=19, 1H ); 2,33
(s, Me)
163,3 (C=O); 153,4; 150,1; 146,0
(3C, Py); 141,0 (1C, Ph); 129,3;
126,5; 126,6 (3C, Ph); 122,9;
121,9 (2C, Py); 123,0 (q, CF
3,
J=285); 91,95 (q, J=34, C-5); 44,2
(C-4); 20,9 (Me)
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
47
3.5.2.2 Espectrometria de Massas
O espectro de massa do composto 7d apresenta uma série de fragmentos ionizados,
utilizando uma energia de 70eV, nos quais podemos identificar o íon molecular (M
+
). O
provável mecanismo de fragmentação está representado no Esquema 25 e Figura 15. Os
principais fragmentos são (Esquema 25): o íon relativo a perda do anel pirazolínico com
substituinte fenila (m/z=140), fragmento relativo ao anel da piridina (m/z=112), o íon relativo
a perda do CF
3
(m/z= 334) e o íon relativo a perda do substituinte do anel pirazolínico
(m/z=292).
Esquema 25:
N
N
O
N
F
3
C
HO
Cl
Cl
m/z=292
m/z=140
m/z=334
m/z=112
404,01 g/mol
N
N
O
N
HO
Cl
Cl
O
N
Cl
N
Cl
N
N
O
N
F
3
C
HO
Cl
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
48
Figura 15: Espectro de massas de 5-hidroxi-3-(4-clorofenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-
(2-cloroisonicotinoil)pirazol (7d).
3.6 Síntese de 5-Hidroxi-3-alquil(aril)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-
(nicotinoil)pirazóis (8a, 8c-g)
O Esquema 26 apresenta a reação de ciclocondensação entre as 1,1,1-trifluor-3-
alquil(aril)-4-alcoxi -3-buten-2-onas com nicotinoilhidrazina para a síntese dos compostos
(8a, 8c-g)
Esquema 26:
F
3
C
O OR)
R
1
+
N
O
NHNH
2
N
N
O
N
F
3
C
HO
R
1
i
i= MeOH, 60-65ºC, 16 h; 40-45ºC,20h
1a, c-g
8a, c-g
63-75 %
1,8 a c d e f g
R Et Me Me Me Me Me
R
1
H Ph 4-ClPh 4-BrPh 4-FPh 4-MePh
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
49
Inicialmente foram determinadas as condições envolvendo o composto 1d e
nicotinoilhidrazida conduzindo à formação e isolamento do composto 5-hidróxi-3-(4-
clorofenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-(nicotinoil)pirazol (8d)
As condições reacionais utilizadas para os compostos 8d-g foram metanol à
temperatura de 60-65 ºC por 16 horas.
Para o composto 8a foi necessário testar algumas condições reacionais, visto que ao
término da reação ainda havia material de partida. Então foram testadas 3 condições
reacionais (Tabela 6), partindo de condições já conhecidas e descritas
62b
. A reação 3, a qual
foi executada em metanol à temperatura de 40-45 ºC por 20 horas, foi a melhor uma vez que
todo material de partida foi consumido e obtendo o produto desejado em bom rendimento
(63%).
Tabela 6: Otimização da síntese de 5-hidroxi-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-
(nicotinoil)pirazol (8a).
Reação solvente T (ºC) Tempo (h) Rendimento (%)
1 MeOH t.a 24 a
2 MeOH t.a 48 a
3 MeOH 40-45 20 63
[a] mistura de material de partida e produto
Todas as reações, logo após a adição dos reagentes, apresentavam-se como soluções
límpidas que em seguida começavam a precipitar um sólido branco, com exceção do
composto 8a que apresentou-se como um óleo após a retirada do solvente por rota
evaporação.
A identificação destes compostos foi feita através de RMN ¹H e e
13
C {H},
Cromatografia Gasosa Acoplada a Espectrômetro de Massas, análise elementar e pontos de
fusão.
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
50
A Tabela 7 mostra os dados de rendimento, ponto de fusão e análise elementar dos
compostos.
Tabela 7: Propriedades Físicas dos compostos 8a e 8c-g.
N
N
O
N
F
3
C
HO
R
1
Composto
R
1
Rend.
(%)
[a]
P.F (ºC)
[b]
Fórmula
Molecular
(g/mol)
Análise Elementar
Cal. /Exp
C H N
8a
H 63 óleo C
10
H
8
F
3
N
3
O
2
(259,18)
46,43 3,11 16,21
46,98 3,22 15,93
8c
Ph 75 137-139 C
16
H
12
F
3
N
3
O
2
(335,00)
57,41 3,69 12,68
57,30 3,61 12,74
8d
4-ClPh 67 170-172 C
16
H
11
ClF
3
N
3
O
2
(369,95)
52,23 3,26 11,36
51,98 3,13 11,45
8e
4-BrPh 72 154-156 C
16
H
11
BrF
3
N
3
O
2
(414,18)
46,94 2,84 10,42
46,85 2,91 10,38
8f
4-FPh 65 186-188 C
16
H
11
F
4
N
3
O
2
(353,27)
54,38 3,26 11,98
54,42 3,09 12,01
8g
4-MePh 71 142-144 C
17
H
14
F
3
N
3
O
2
(349,31)
58,62 4,13 12,15
58,41 4,20 12,01
[a] Rendimentos dos compostos recristalizados. [b] Pontos de fusão não corrigidos
3.6.1 Identificação Espectroscópica do Composto 8a e 8c-g
Os compostos 8a e 8d-g apresentaram em seus espectros de RMN
1
H e
13
C {H} sinais
característicos, visto que apenas o substituinte na posição 3 do anel pirazolínico foi
modificado no decorrer da série. Para interpretação destes sinais foi utilizado como base o
composto 8d.
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
51
3.6.1.1 RMN
1
H e
13
C {H}
O espectro de RMN de
1
H do composto 8d (Figura 16), mostrou um sinal em 8,92
ppm referente a um hidrogênio do anel piridínico; um dubleto em 8,72 ppm de J = 3 Hz
referente a um hidrogênio do anel piridínico; multipleto em 8,15 ppm referente ao hidrogênio
piridínico; multipleto em 7,73-7,69 ppm referente a dois hidrogênios do anel da fenila;
multipleto na região 7,55 ppm referente a 2 hidrogênios da fenila e um hidrogênio piridínico;
um singleto em 8,40 ppm, referente ao deslocamento do hidrogênio da hidroxila ligada ao C-5
do anel; dubletos em 4,02 e 3,65 ppm, referente aos hidrogênios diasterotópicos ligados ao C-
4 do anel pirazolinico, os quais apresentam constantes de acoplamento J=19,0 Hz .
Figura 16: Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz de 5-hidroxi-3-(4-clorofenil)-5-trifluormetil-
4,5-diidro-1H-1-(nicotinoil)pirazol (8d), em DMSO-d
6
.
O espectro de RMN de e
13
C {H} do composto 8d (Figura 17), em DMSO-d
6
, mostrou
um sinal em 164,9 ppm, referente ao carbono carbonilico; em 151,9; 149,5 ppm referentes a
dois carbonos da piridina; em 151,5 ppm um sinal referente ao C-3; em136,8 ppm um sinal
referente a um carbono da piridina. Os sinais observados em 135,8 e na região de 128 ppm
são referentes aos seis carbonos da fenila; o CF
3
aparece na forma de um quarteto com
1
J
C-F
=
285
Hz em
123,0 ppm. Em 92,0 ppm observou-se um quarteto com
2
J= 34 Hz para o C-5 e em
44,12 ppm um sinal referente ao C-4.
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
52
Figura 17: Espectro de RMN
13
C {H} a 100,61 MHz 5-hidroxi-3-(4-clorofenil)-5-
trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(nicotinoil)pirazol (8d), em DMSO-d
6
.
Os dados de RMN
1
H e
13
C {H} dos compostos 8a e 8c-g estão descritos na Tabela 8.
Os demais espectros destes compostos encontram-se no Anexo I desta dissertação.
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
53
Tabela 8: Dados de RMN de ¹H e ¹³C {¹H} dos compostos dos compostos 8a e 8c-g.
Composto
RMN
1
H
δ J
HH
(Hz)
RMN
13
C
δ J
CF
(Hz)
8a
N
N
O
N
F
3
C
HO
9,09 (s, 1H, Py); 8,74 (d,
1H, Py); 8,18 (d, 1H, Py);
7,38 (t, 1H, Py); 7,03 (s,
OH); 3,45 (d, 1H, J= 19);
3,23 (d, 1H, J=19).
168,5 (C=O); 152,1; 150,68
(2C, Py); 145,5 (C-3); 137,5;
129,0; 124,5 (3C, Py); 123,1
(q, CF
3,
J=285); 90,9 (q,
2
J=34); 44,4 (C-4).
8c
N
N
O
N
F
3
C
HO
8,93 (s, 1H, Py); 8,73 (d,
1H, Py); 8,34 (s, OH);
8,16 (m, 1H, Py); 7,70 (m,
2H, Ph); 7,56 (m, 1H,
Py); 7,50-7,44 (m, 3H,
Ph); 4,00 (d, 1H, J=19,
H); 3,66 (d, J=19, H)
164,9 (C=O); 152,8; 145,5
(2C, Py); 151,4 (C-3); 136,8;
130,9 (2C, Py); 130,8; 129,8
(2C, Ph); 128,8; 126,6 (4C,
Ph); 123,2 (q, CF
3,
J=285);
92,12 (q,
2
J=33,6 ); 44,1 (C-
4)
8d
N
N
O
N
F
3
C
HO
Cl
8,92 (s, 1H, Py); 8,72 (d,
1H, Py); 8,34 (s, OH);
8,15 (m, 1H, Py); 7,71 (m,
2H, Py); 7,55 (m, 2H, 1H,
Ph); 4,09 (d, 1H, J=19,
H); 3,65 (d, J=19, H)
164,9 (C=O); 151,9; 149,5
(2C, Py); 151,5 (C-3); 136,8
(1C, Py); 135,8 (1C, Ph);
130,8 (1C, Py); 128,9; 128,7;
128,4 (5C, Ph); 123,1 (1C,
Py); 123,0 (q, CF
3
, J=285);
92,2 (q,
2
J=34); 44,1(C-4)
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
54
Tabela 8: Dados de RMN de ¹H e ¹³C {¹H} dos compostos dos compostos 8a e 8c-g.
Continuação.
Composto
RMN
1
H
δ J
HH
(Hz)
RMN
13
C
δ J
CF
(Hz)
8e
N
N
O
N
F
3
C
HO
Br
8,92 (s, 1H, Py); 8,72 (d,
1H, Py); 8,40 (s, OH);
8,15 (m, 1H, Py); 7,67-
7,53 (m, 4H, Ph; 1H, Py);
4,02 (d, J=19, H); 3,65 (d,
J=19, H)
164,9 (C=O); 152; 151 (2C,
Py); 149,5 (C-3); 136,8 (1C,
Ph); 131,8 (2C, Ph); 130,8;
129,1 (2C, Py); 128 (2C, Ph);
124,3 (1C, Py); 123,1 (1C, Ph);
123,4 (q, CF
3
,J=285) 92,2 (q,
2
J=34 , C-5); 44,0 (C-4).
8f
N
N
O
N
F
3
C
HO
F
8,92 (s, 1H, Py); 8,72 (d,
1H, Py); 8,34 (s, OH);
8,15 (m, 1H, Py); 7,77-
7,74 (m, 2H, Ph); 7,57-
7,54 (m, 1H, Py); 7,34-
7,29 (m, 2H, Ph); 3,99(d,
J=19, H); 3,68 (d, J=19,
H)
164,8(C=O); 163,4 (d, Ph,
J=249); 151,9; 149,5 (2C, Py);
151,4 (C-3); 136,8; 130,8 (2C,
Py); 129,0; (d, Ph, J= 8); 126,5
(d, Ph, J=3 Ph); 123,0 (1C,
Py); 115,9 (d, Ph, J=22); 123,1
(q, CF
3,
J= 285); 92,2 (q,
2
J=34, C-5); 44,2 (C-4).
8g
N
N
O
N
F
3
C
HO
Me
8,92 (s, 1H, Py); 8,73 (d,
1H, Py); 8,30 (1H, OH);
8,14 (m, 1H, Py); 7,59-
7,54 (m, 2H, Ph; 1H, Py);
7,26 (d, 2H, Ph); 3,96 (d,
J=19, 1H); 3,61 (d, J=19,
1H); 2,34 (s, 3H, Me).
164,8 (C=O); 152,7; 149,5
(2C, Py); 151,4 (C-3); 140,7
(1C, Ph); 136,8 (1C, Py);
130,7; 128,7; 126,6 (5C, Ph);
123,0 (1C, Py); 123,2 (q, CF
3,
J= 285,); 92,0 (q,
2
J=34, C-5);
44,1 (C-4); 20,9 (Me)
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
55
3.6.2 Espectrometria de Massas
O espectro de massa do composto 8d apresenta uma série de fragmentos ionizados,
utilizando uma energia de 70eV, nos quais podemos identificar o íon molecular (M
+
). O
provável mecanismo de fragmentação es representado no Esquema 27 e Figura 18. Os
principais fragmentos (Esquema 27) são: íon relativo perda do anel pirazolínico com
substituinte (m/z=106), o fragmento relativo do anel de piridina (m/z=78), o íon relativo a
perda do CF
3
(m/z= 300) e o íon relativo a perda do substituinte do anel pirazolínico
(m/z=258)
Esquema 27:
N
N
O
N
N
O
N
HO
CF
3
N
N
O
N
HO
Cl
m/z=78
m/z=258
m/z=106
m/z=300
369,73g/mol
N
N
O
N
F
3
C
HO
Cl
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
56
Figura 18: Espectro de massas de 5-hidroxi-3-(4-clorofenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-
(nicotinoil)pirazol (8d)
3.7 Mecanismo Proposto Para a Obtenção de 3-Aquil(aril/heteroaril)-5-
trifluor(cloro)metil-4,5-diidro-1H-1-(carbonilpiridil)pirazóis (3, 4, 7 e 8)
Considerando que as 1,1,1-trialo-4-(aril)-4-alcoxi-3-alquen-2-onas substituídas (1 e 2)
possuem dois centros eletrofílicos com reatividade diferenciada e o carbono olefínico C-4 é
um centro eletrofílico mais reativo que o carbono carbonílico, e que, por sua vez, as
hidrazinas possuem dois centros nucleofílicos diferenciados devido aos N-substituintes, que
demonstram alta reatividade em presença de carbonos eletrofílicos, concluiu-se que o
primeiro passo da reação foi o ataque nucleofílico do nitrogênio ao carbono olefínico (C-4)
com posterior saída do grupamento metoxila. A seguir, ocorre o ataque nucleofílico do
segundo nitrogênio da hidrazina ao carbono carbonílico, formando o anel de cinco membros.
A partir das considerações anteriores, podemos propor o mecanismo para as
ciclocondensações que levam a obtenção de 5-hidroxi-4,5-diidro-1H-1-pirazóis (Esquema
28).
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
57
Esquema 28:
X
3
C
OMe
R
1
O
NH
2
NHC(O)-Z
X
3
C
OMe
R
1
O
X
3
C
NHNHC(O)-Z
OMe
R
1
O
H
+
X
3
C O
N
HN
C(O)-Z
R
1
N
N
HO
X
3
C
R
1
-MeOH
1, 2
NH
2
NHC(O)-Z
Z:
4-piridil, 2-cloro-4-piridil, 3-piridil
X: F, Cl
Z
O
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
58
3.8 Avaliação Biológica dos Compostos
Os compostos sintetizados neste trabalho foram submetidos a avaliação biológica
frente ao M. tuberculosis ATCC 27294(H37Rv). Os testes foram realizados no Departamento
de Microbiologia da FURG.
A metodologia utilizada foi baseada nos estudos de Palomino et al.
99
com pequenas
modificações. Os compostos foram solubilizados em DMSO 99,5% e utilizando resazurina
como indicador de viabilidade celular. Os compostos 3, 4, 7 e 8 foram testados a fim de
avaliar o efeito dos substituintes e do grupo INH ligados ao anel pirazolínico na atividade
frente ao M. tuberculosis ATCC 27294(H37Rv).
Primeiramente foram testados compostos pirazolínicos trialometilados isonicotinoil
substituídos (3 e 4) frente ao M. tuberculosis ATCC 27294(H37Rv). Os resultados obtidos
demonstraram que compostos trifluormetilados não substituídos e substituídos por alquil e aril
na posição 3 do anel pirazolínico apresentavam melhor atividade, compostos estes já
sintetizados e publicados
62b
.
A partir destes resultados foram sintetizados novos compostos trifluormetilados 7 e 8
com variação da posição do nitrogênio no anel da piridínico e diferentes substituintes na
posição 3 do anel pirazolínico.
3.8.2 Triagem dos compostos frente ao M. tuberculosis ATCC 27294(H37Rv)
Dos vinte e dois compostos citados neste trabalho, dezenove destes tiveram suas
atividades testadas frente ao M. tuberculosis ATCC 27294(H37Rv). Através de uma triagem,
foi avaliada a sensibilidade ou a resistência do M. tuberculosis ATCC 27294(H37Rv),
utilizando uma concentração fixa de 100 μg/ml. Com isso, foram obtidos os resultados abaixo
(Tabela 9).
Neste estudo, observou-se que apenas quatro compostos (3d, 3h, 8c e 8e) não
apresentaram atividade a 100 μg/ml, o que demonstra que estes não foram eficazes frente ao
M. tuberculosis ATCC 27294(H37Rv).
Os demais compostos (3a-c, 3e-g, 3i, 4g-i, 7d-g e 8d) que demonstraram atividade
este teste foram submetidos a uma nova avaliação antimicrobiana.
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
59
Tabela 9: Avaliação da atividade antimicrobiana de compostos pirazolínicos(100 μg/ml)
conforme a variação nos radicais X, R
1
, Z frente ao M. tuberculosis ATCC 27294(H37Rv).
N
N
ZO
R
1
X
3
C
HO
Composto X R
1
Z Suscetibilidade
3a
F H 4-piridil sensível
3b
F Me 4-piridil sensível
3c
F Ph 4-piridil sensível
3d
F 4-ClPh 4-piridil resistente
3e
F 4-BrPh 4-piridil sensível
3f
F 4-FPh 4-piridil sensível
3g
F 4-MePh 4-piridil sensível
3h
F 2-furil 4-piridil sensível
3i
F 2-tienil 4-piridil resistente
4g
Cl 4-MePh 4-piridil sensível
4h
Cl 2-furil 4-piridil sensível
4i
Cl 2-tienil 4-piridil sensível
7d
F 4-ClPh 2-cloro-4-piridil sensível
7e
F 4-BrPh 2-cloro-4-piridil sensível
7f
F 4-FPh 2-cloro-4-piridil sensível
7g
F 4-MePh 2-cloro-4-piridil sensível
8c
F Ph 3-piridil resistente
8d
F 4-ClPh 3-piridil sensível
8e
F 4-BrPh 3-piridil resistente
3.8.3 Concentração Inibitória Mínima (CIM) dos compostos frente ao H37Rv
De acordo com a triagem, os quinze compostos selecionados (3a-c, 3e-g, 3i, 4g-i, 7d-g
e 8d) com atividade a 100 μg/ml, foram avaliados quanto a Concentração Inibitória Mínima
(CIM) frente ao M. tuberculosis ATCC 27294(H37Rv). As concentrações analisadas foram
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
60
entre 100 e 0,20 μg/ml. Foi determinada também a CIM da INH sendo como 0,20 μg/ml
(Tabela 10).
Tabela 10: Determinação das CIMs dos compostos pirazolínicos conforme a variação nos
radicais X, R
1
, Z frente ao M.tuberculosis ATCC 27294(H37Rv).
N
N
ZO
R
1
X
3
C
HO
Composto X R
1
Z CIM
3a
F H 4-piridil 0,39μg/ml
3b
F Me 4-piridil 1,56 μg/ml
3c
F Ph 4-piridil 3,12μg/ml
3e
F 4-BrPh 4-piridil 6,25μg/ml
3f
F 4-FPh 4-piridil 1,56μg/ml
3g
F 4-MePh 4-piridil 0,39μg/ml
3h
F 2-furil 4-piridil 6,25μg/ml
4g
Cl 4-MePh 4-piridil 25μg/ml
4h
Cl 2-furil 4-piridil 25μg/ml
4i
Cl 2-tienil 4-piridil 25μg/ml
7d
F 4-ClPh 2-cloro-4-piridil 6,25μg/ml
7e
F 4-BrPh 2-cloro-4-piridil 3,12μg/ml
7f
F 4-FPh 2-cloro-4-piridil 6,25μg/ml
7g
F 4-MePh 2-cloro-4-piridil 1,56μg/ml
8d
F 4-ClPh 3-piridil 12,5 μg/ml
INH 0,20 μg/ml
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
61
Foi observado que compostos pirazolínicos trifluormetilados apresentaram melhor
atividade que os respectivos compostos triclorometilados. Por exemplo, o composto 3g (CIM
=0,39 μg/ml) é cerca de 60 vezes mais ativo que o análogo triclorometilado 4g (CIM =25
μg/ml). A mesma tendência pode ser observada para o composto 3h (trifluormetil substituído
CIM =6,25 μg/ml) e seu análogo triclorometilado 4h (C I M= 25 μg/ml) (Figura 19).
Figura 19: Concentração Inibitória Mínima dos compostos trifluormetilados e
triclorometilados.
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
62
Outro resultado importante foi demonstrado para os compostos com diferentes
substituintes na posição C3 do anel pirazolínico. Os compostos com esta posição não
substituída ou substituída por alquil e aril demonstram significativa atividade frente ao M.
tuberculosis H37Rv (Figura 20). Esses resultados mostraram que mudanças na estrutura dos
compostos induz a diferenças significativas na atividade.
Figura 20: Variações das CIMs frente ao M.tuberculosis ATCC 27294(H37Rv) em função
dos substituintes na posição 3 do anel pirazolínico.
Nos compostos 3a e 3g, a atividade foi mantida na mesma concentração (CIM
=0,39μg/ml), indicando que a presença de um substituinte tolueno na posição 3 do anel
pirazolínico do composto 3g não aumenta sua atividade em relação ao 3a, o qual é constituído
apenas por INH e pirazol.
3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
63
Também observou-se que a presença de substituinte na posição 2 do anel da piridínico
e a variação da posição do átomo de nitrogênio neste anel influenciam na atividade avaliada.
Os compostos 3 e 4 que possuem o nitrogênio na posição 4 do anel pridínico demonstraram
ser mais ativos que os compostos 7 cloro substituídos na posição 2 e nitrogênio na posição 4,
e estes por sua vez foram mais ativos que compostos 8 que apresentam nitrogênio na posição
3 (Figura 21).
Figura 21: Variações das CIMs frente ao M.tuberculosis ATCC 27294(H37Rv) em função da
varição da posição do nitrogênio e presença de substituinte no anel da piridina.
Sabe-se que a CIM da INH é de 0,20 μg/ml frente ao M. tuberculosis H37Rv, o que
corresponde a uma concentração molar de 1,45 μM. No entanto, foi observado que a CIM do
composto 3a(0,39 μg/ml) apresenta uma concentração semelhante à INH, com 1,50 μM. Por
outro lado, apesar da CIM do composto 3g ser igual ao 3a, e também maior que da INH, é
necessária uma concentração menor (1,12 μM) para inibir o crescimento bacteriano em
relação à INH. As demais moléculas apresentaram concentração molar significativamente
superior a esse fármaco.
4. MATERIAL E MÉTODOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
64
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Reagentes e Solventes Utilizados
Os reagentes e solventes utilizados para a síntese dos compostos em estudo
apresentaram qualidade técnica ou P.A., e/ou foram purificados segundo procedimentos
usuais de laboratório
98
. Os reagentes e solventes utilizados, estão descritos abaixo:
4.1.1 Reagentes
Isonicotinoilhidrazina (Sigma)
Ácido 2-cloro isonicotinoil (Aldrich)
Cloreto de tionila
Trimetil ortoformiato (Aldrich)
Ácido p-toluenosulfônico dihidratado (Aldrich)
Acetais sintetizados e purificados conforme técnicas descritas
Anidrido trifluroacético (Vetec)
Cetonas
Etil viniléter
Piridina (Merck): destilada sob KOH
Carbonato de sódio anidro
Diazometano
4.1.2 Solventes
Álcool etílico P.A.(Vetec): destilado sob magnésio e iodo
Álcool metílico P.A.(Vetec): destilado sob magnésio e iodo
Clorofórmio P.A. (Vetec): destilado sobre P
2
O
5
Éter dietilico: seco com sódio metálico
4. MATERIAL E MÉTODOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
65
4.2 Aparelhos Utilizados
4.2.1 Especroscopia de RMN
Os espectros de RMN de
1
H e
13
C foram registrados em dois Espectrômetros:
BRUKER DPX-200, que opera a 200,13 MHz para
1
H e 50,32 MHz para
13
C e BRUKER
DPX-400, que opera a 400,13 MHz para
1
H e 100,61 MHz para
13
C.
Os dados de
1
H e
13
C, obtidos no aparelho BRUKER DPX-200, foram realizados em
tubos de 5 mm na temperatura de 300K, em Dimetilsulfóxido deuterado (DMSO-d
6
)
utilizando tetrametilsilano (TMS) como referência interna. As condições usadas no
espectrômetro BRUKER DPX-200 foram: SF 200,13MHz para
1
H e 50,32MHz para
13
C; lock
interno pelo
2
D; largura de pulso 9,9μs para (
1
H) e 19,5μs para (
13
C), tempo de aquisição 3,9s
para (
1
H) e 2,8s para (
13
C); janela espectral 2400Hz para (
1
H) e 11500Hz para (
13
C); número
de varreduras de 8 a 32 para (
1
H) e 2000 a 20000 para (
13
C); dependendo do composto,
número de pontos 65536 com resolução digital Hz/ponto igual a 0,128875 para (
1
H) e
0,17994 para (
13
C). A reprodutibilidade dos dados de deslocamento químico é estimada ser de
mais ou menos 0,01ppm.
Os dados de
1
H e
13
C, obtidos no aparelho BRUKER DPX-400, foram realizados em
tubos de 5mm na temperatura de 300K, em Dimetilsulfóxido deuterado (DMSO-d
6
) utilizando
tetrametilsilano (TMS) como referência interna. As condições usadas no espectrômetro
BRUKER DPX-400 foram: SF 400,13MHz para
1
H e 100,61MHz para
13
C; lock interno pelo
2
D; largura de pulso 8,0μs para (
1
H) e 13,7μs para (
13
C); tempo de aquisição 6,5s para (
1
H) e
7,6s para (
13
C); janela espectral 2400Hz para (
1
H) e 11500Hz para (
13
C); número de
varreduras de 8 a 32 para (
1
H) e 2000 a 20000 para (
13
C); dependendo do composto, número
de pontos 65536 com resolução digital Hz/ponto igual a 0,677065 para (
1
H) e 0,371260 para
(
13
C). A reprodutibilidade dos dados de deslocamento químico é estimada ser de mais ou
menos 0,01ppm.
4.2.2 Ponto de Fusão
Os pontos de fusão foram determinados em aparelhos KOFLER REICHERT-
THERMOVAR e Electrothermal Mel-Temp 3.0. (Pontos de fusão não corrigidos).
4. MATERIAL E MÉTODOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
66
4.2.3 Cromatografia Gasosa – Espectrometria de Massas (CG/MS)
As análises por cromatografia gasosa foram efetuadas em um Cromatógrafo gasoso da
HP 6890 acoplado a um espectrômetro de Massas HP 5973 (CG/MS), com Injetor automático
HP 6890. Coluna HP-5MS (Crosslinked 5% de PH ME Siloxane)- Temperatura máxima de
325ºC - (30mx0.32mm., 0.25μm). Fluxo de gás Hélio de 2mL/min, pressão de 5.05psi.
Temperatura do injetor 250ºC; Seringa de 10μL, com injeção de 1μL; Temperatura inicial do
forno de 70 ºC por 1 min e após aquecimento de 12ºC por min até 280ºC. Para a fragmentação
dos compostos foi utilizado impacto de elétrons de 70ev no espectrômetro de Massas.
4.2.4 Análise Elementar
As análises elementares foram realizadas em um analisador Perkin Elmer 2400 CHN,
no Instituto de Química, USP, São Paulo.
4.3 Procedimentos Experimentais Sintéticos
4.3.1 Síntese de acetais
A uma solução da cetona respectiva (667 mmol) e ortoformiato de trimetila (84,8g,
800 mmol) em metanol anidro (50 mL), adicionou-se ácido p-tolueno sulfônico (0,19g, 1
mmol). Após ter ficado em repouso por 24h à temperatura ambiente, o meio reacional foi
neutralizada com carbonato de sódio anidro (30g), e filtrada a pressão ambiente. O metanol e
o ortoformiato de trimetila (excesso) foram retirados em rota-evaporador e o respectivo acetal
foi então destilado a pressão reduzida.
4.3.2 Síntese 1,1,1-trialo-4-alquil[aril(heteroaril)]-4-alcoxi-3-alquen-2-onas (1a-i e 2g-i)
Método A: A partir de Enoléteres
A uma solução do enoléter (30 mmol) e piridina (30 mmol) em clorofórmio (30 ml),
em banho de gelo à 0
o
C e sob agitação magnética, foi adicionado anidrido trifluoracético (30
mmol). A mistura foi deixada sob agitação durante 24 horas à temperatura ambiente. A
mistura foi lavada com uma solução de ácido clorídrico 0,1M (3× 15 ml) e água (1×, 15mL).
4. MATERIAL E MÉTODOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
67
A fase orgânica foi desidratada com sulfato de magnésio anidro. O solvente foi removido por
rota-evaporação e os produtos 1a-b purificados através de destilação sob pressão reduzida.
Método B: A partir de Acetais
A uma solução de acetal (30 mmol) e piridina (60 mmol) em clorofórmio (30 ml), em
banho de gelo à 0
o
C e sob agitação magnética, foi adicionado anidrido trifluoracético ou
cloreto de tricloacetila (60 mmol). A mistura foi deixada durante 16 horas, a 45
o
C. A seguir,
a mistura foi lavada com uma solução de ácido clorídrico 0,1M (3×, 15mL) e água (1×,
15mL). A fase orgânica foi desidratada com sulfato de magnésio anidro e o solvente removido
por rota-evaporação. Os produtos 1c-i e 2g-i purificados através de destilação sob pressão
reduzida.
4.3.3 Síntese metil 2-cloro isonicotinoato (5)
Em um balão de 100mL contendo éter etílico (20mL) foi adicionado ácido 2-cloro
isonicotinoil (3mmol) e agitou-se vigorosamente. Depois de dissolvido, adicionou-se
diazometano (9ml) gota à gota. A mistura reacional foi deixada por 2h em repouso e o
solvente retirado por rota evaporação obtendo-se o produto desejado.
4.3.4 Síntese de 2-cloro isonicotinoil hidrazina (6)
Em um balão reacional munido de agitação magnética e condensador de refluxo,
contendo metil 2-cloro isonicotinoato (2 mmol) em etanol (10 ml), foi adicionado hidrato de
hidrazina (4 mmol). A mistura reacional foi aquecida a 78 °C por 12 horas. Após o tempo
reacional o solvente orgânico foi evaporado obtendo-se um sólido branco com alta pureza.
4.3.5 Síntese de 5-hidróxi-5-trialo-3-alquil[aril(heteroaril)]-4,5-diidro-1H-pirazóis
substituídos (3, 4, 7 e 8)
Em um balão reacional munido de agitação magnética e condensador de refluxo,
contendo 1,1,1-trialo-4-alcoxi-3-alquen-2-onas (2 mmol) diluído em metanol (10 mL) sob
agitação magnética e temperatura ambiente, foi adicionada isonicotinoilhidrazida, 2-cloro
isonicotinoilhidrazida ou nicotinoilhidrazida (2 mmol). A mistura reacional ficou sob
4. MATERIAL E MÉTODOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
68
agitação magnética por 20h à 60-65 ºC (7d-g); 16h à 60-65 ºC (8c-g e 3c-g); 20h à 40-45 ºC
8a; 48h à 20-25ºC (3a-b) e 24h à 20-25ºC (3g-i e 4g-i). Após o tempo reacional houve a
precipitação de um sólido, o qual foi filtrado e recristalizado em metanol ou acetona. O
composto 8a apresentou-se na forma de óleo.
4.4 Procedimentos Experimentais para a avaliação da Atividade Biológica
4.4.1 Microorganismos
Foi utilizada a cepa de M. tuberculosis ATCC 27294(H37Rv), virulenta e que
apresenta sensibilidade às principais drogas administradas no tratamento da tuberculose.
4.4.2 Manutenção dos microrganismos
99
As cepas foram mantidas em meio sólido de Ogawa-Kudoh em estufa bacteriológica a
37 ºC. Essas eram utilizadas no experimento com até 14 dias de crescimento.
4.4.3 Preparo das soluções
4.4.3.1 Compostos sintéticos
Foram testados dezenove compostos pirazolínicos. Todos os compostos foram
estocados na geladeira, solubilizados em DMSO 99,5% (Sigma), numa concentração de 10
mg/ml. Para o experimento, estes foram diluídos em água destilada estéril até obter-se a
concentração de 400μg/ml, para que, dessa forma, a concentração nos testes de suscetibilidade
bacteriana fosse de 100 μg/ml no primeiro poço.
4.4.4 Teste de suscetibilidade do M. tuberculosis ATCC 27294(H37Rv) aos compostos
pirazolínicos trialometilados
4.4.4.1 Suspensão bacteriana
Foram utilizados tubos de ensaio com tampa de rosca, estéreis contendo pérolas de
vidro e pesados, individualmente, em balança de precisão. A seguir, com o auxílio de alças
descartáveis, porções da colônia de microrganismos eram transferidas para tubos previamente
pesados. Realizava-se outra pesagem para a determinação da massa bacteriana incluída em
cada tubo. A seguir, adicionavam-se volumes de 1ml para cada 0,001g de massa bacteriana,
tendo-se o cuidado de fracionar este volume em 2 alíquotas de 500ml, para a obtenção de uma
4. MATERIAL E MÉTODOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
69
suspensão bacteriana bem homogênea. A suspensão final era padronizada pela turvação
equivalente ao tubo 1,0 da escala de Mac Farland.
O inóculo bacteriano foi preparado a partir dessa suspensão, em uma proporção de
1:20 em meio 7H9 líquido .
4.4.4.2 Preparação da placa para a triagem da atividade antimicobacteriana pelo
método REMA frente ao M. tuberculosis ATCC 27294(H37Rv)
A metodologia foi baseada nos estudos de Palomino et al.
100
, com pequenas
modificações. Os dezenove compostos sintéticos foram testados frente ao M. tuberculosis
ATCC 27294(H37Rv), onde foi avaliada a sensibilidade ou a resistência do microrganismo
utilizando uma concentração fixa de 100μg/ml. Foi utilizada uma microplaca de 96 cavidades
em fundo U (figura 22). Nas cavidades periféricas eram adicionados 200μl de água destilada
estéril, para evitar a evaporação do meio líquido quando incubado na estufa. Nos poços de
teste, eram adicionados 100μl de meio 7H9 enriquecido com OADC (ácido oléico albumina
dextrose catalase), 100μl do composto e 100 μl do inóculo. Assim, a concentração do
composto em cada poço era de 100μg/ml, devido a sua diluição no meio e no inóculo.
Posteriormente, a placa era incubada na estufa a 37ºC, sob atmosfera de aerobiose e sem
agitação durante sete dias.
Figura 22: Distribuição dos compostos na microplaca para a triagem da atividade
antimicobacteriana.
4. MATERIAL E MÉTODOS
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
70
4.4.4.3 Preparação das placas de CIM com o M. tuberculosis ATCC 27294(H37Rv).
Volumes de 200 μl de água destilada estéril eram depositados nos poços da periferia
com o propósito de evitar a evaporação do meio líquido 7H9. Em seguida, em todos os poços,
eram adicionados 100 μl do meio 7H9 enriquecido com 10% de OADC, 100 μl do composto
partindo-se de uma concentração de 100μg/ml no primeiro poço (microdiluição 1:2) e 100μl
do inóculo bacteriano em todos os poços. A seguir, a placa era incubada em estufa a 37ºC por
sete dias.
4.4.5 Leitura dos ensaios de triagem e determinação das CIMs.
Decorrido o tempo de incubação (sete dias), eram adicionados 30μl de resazurina a
0,02% a cada poço, incubando-se por mais dois dias na estufa a 37°C. O corante age como um
indicador da viabilidade celular. A leitura é baseada na mudança de cor do azul para o rosa,
devido a oxi-redução do corante; esta mudança de cor do corante indica o crescimento
bacteriano, os poços que mantinham a cor azul eram interpretados como inibição do
crescimento bacteriano.
5. CONCLUSÃO
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
71
5. CONCLUSÃO
A partir dos resultados obtidos nesta pesquisa as seguintes conclusões podem ser
apresentadas:
a) A ciclocondensação entre 1,1,1-trialo-4-alquil[(aril/heteroaril)]-4-alcoxi-3-
alquen-2-onas e piridil hidrazinas ocorre de forma regioespecífica, levando a
formação de 4,5-diidro-1H-pirazol (3 e 4) conforme metodologia descrita
na literatura, e também a formação de 4,5-diidro-1H-pirazol( 7 e 8) inéditos
na literatura em bons rendimentos.
b) Os resultados dos ensaios in vitro para determinação da atividade dos
compostos frente ao Mycobacterium tuberculosis ATCC 27294(H37Rv)
demonstraram que:
Com base nas CIMs os compostos pirazolínicos trifluormetilados
foram mais ativos do que os triclorometilados.
As posições do átomo de nitrogênio bem como o substituinte cloro
influenciam na atividade antimicobacteriana dos compostos em estudo.
Os compostos 3a e 3g demonstram excelente atividade
antimicobacteriana (CIM= 0,39 μg/ml), porém nenhum composto
mostrou atividade superior a INH.
Compostos pirazolínico com posição C-3 do anel não substituída ou
substituída por alquil, aril e hetroaril apresentam atividade inibitória
frente às cepas testadas. Todavia alguns compostos com substituinte
aril e heteroaril nesta posição evidenciaram perda da atividade
antimicobacteriana.
6. BIBLIOGRAFIA
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
72
6. BIBLIOGRAFIA
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<http://www.who.int/tb/publications/global_report/en/> Acessado em 22/05/2007.
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Tropical Medicine and Hygiene 2008, 102, 421.
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M.P.P.; Sinhorin. A. P. ; Blanco, R.F.; Peres R.; Bonacorso, H.G.; Zanatta, N. Tetrahedron
Lett. 2002, 43, 7005. (c) Martins, M. A. P.; Sinhorin. A. P.; Zimmermann, N.E.K.; Zanatta,
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J. Synth. Commun. 2002, 32, 1585. (b) Martins, M.A.P.; Pereira, M.P.P.; Beck, P.; Machado,
P.; Moura, S.; Teixeira, M.V.M.; Bonacorso, H.G.; Zanatta, N. Tetrahedron Lett. 2003, 44,
6669. (c) Bonacorso, H.G. ; Lang, E.S.; Lewandowski, H.; Martins, M.A.P.; Peppe, C.;
Zanatta, N. Inorg. Chem. Commun. 2003, 6, 646.
62. (a) Bonacorso, H.G.; Oliveira, M.R.; Costa, M.B.; Silva, L.B.; Zanatta, N.; Martins,
M.A.P.; Flores, A.F.C. J. Braz. Chem. Soc. 2005, 16, 868. (b) Bonacorso, H.G. ; Oliveira,
M.R.; Costa, M.B.; Silva, L.B.; Wastowski, A.D.; Zanatta, N.; Martins, M.A.P. J.
Heterocycl. Chem. 2005, 42, 631.
63. Martins, M.A.P.; Beck, P.; Machado, P.; Brondani, S.; Moura, S.; Zanatta, N.;
Bonacorso, H.G.; .; Flores, A.F.C. J. Braz. Chem. Soc. 2006, 17, 408.
64. (a) Bonacorso, H.G. ; Oliveira, M.R.; Costa, M.B.; Drekener, R.L.; Silva, L.B.; Zanatta,
N.; Martins, M.A.P. Heteroatom Chem. 2006, 17, 685. (b) Bonacorso, H.G. ; Wentz, A.P.;
Lourega, R.V.; Cechinel, C.A.; Moraes, T.S.; Coelho, H.S.; Zanatta, N.; Martins, M.A.P.;
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Bonacorso, H.G.; Martins, M.A.P. J. Synth. Commun. 2001, 31, 2855. (c) Bonacorso, H. G. ;
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7. ANEXO I
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
79
7. ANEXO I
Espectros de RMN de
1
H e
13
C{
1
H} dos compostos obtidos e citados na dissertação
7. ANEXO I
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
80
Figura 23: Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz de metil 2-cloro isonicotinoato (5), em
clorofórmio-d
1
.
Figura 24: Espectro de RMN
13
C {
1
H} a 100,61 MHz de metil 2-cloro isonicotinoato (5), em
DMSO-d
6
.
7. ANEXO I
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
81
Figura 25: Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz e RMN
13
C {
1
H} a 100,61 MHz de 2-cloro
isonicotinoilhidrazida (6), em DMSO-d
6
.
7. ANEXO I
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
82
Figura 26: Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz e RMN
13
C {
1
H} a 100,61 MHz de 5-hidroxi-
3-(4-clorofenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(2-cloroisonicotinoil)pirazol (7d), em DMSO-
d
6
.
7. ANEXO I
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
83
Figura 27: Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz e RMN
13
C {
1
H} a 100,61 MHz de 5-hidroxi-
3-(4-bromofenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(2-cloroisonicotinoil)pirazol (7e), em
DMSO-d
6
.
7. ANEXO I
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
84
Figura 28: Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz e RMN
13
C {
1
H} a 100,61 MHz de 5-hidroxi-
3-(4-flúorfenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(2-cloroisonicotinoil)pirazol (7f), em DMSO-
d
6
.
7. ANEXO I
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
85
Figura 29: Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz e RMN
13
C {
1
H} a 100,61 MHz de 5-hidroxi-
3-(4-metilfenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(2-cloroisonicotinoil)pirazol (7g), em DMSO-
d
6.
7. ANEXO I
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
86
Figura 30: Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz e RMN
13
C {
1
H} a 100,61 MHz de 5-hidroxi-
5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(nicotinoil)pirazol (8a), em clorofórmio- d
1
.
7. ANEXO I
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
87
Figura 31: Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz e RMN
13
C {
1
H} a 100,61 MHz de 5-hidroxi-
3-(fenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(nicotinoil)pirazol(8c), em DMSO-d
6
.
7. ANEXO I
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
88
Figura 32: Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz e RMN
13
C {
1
H} a 100,61 MHz de 5-hidroxi-
3-(4-clorofenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(nicotinoil)pirazol(8d), em DMSO-d
6
.
7. ANEXO I
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
89
Figura 33: Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz e RMN
13
C {
1
H} a 100,61 MHz de 5-hidroxi-
3-(4-bromofenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(nicotinoil)pirazol(8e),em DMSO-d
6
.
7. ANEXO I
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
90
Figura 34: Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz e RMN
13
C {
1
H} a 100,61 MHz de 5-hidroxi-
3-(4-flúorfenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(nicotinoil)pirazol(8f),em DMSO-d
6
.
7. ANEXO I
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
91
Figura 35: Espectro de RMN
1
H a 200,13 MHz e RMN
13
C {
1
H} a 100,61 MHz de 5-
hidroxi-3-(4-metilfenil)-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(nicotinoil)pirazol(8g), em DMSO-
d
6
.
8. ANEXO II
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
92
8. ANEXO II
Espectros de MASSAS dos compostos obtidos e citados na dissertação
8. ANEXO II
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
93
Figura 36: Espectro de Massas de metil 2-cloro isonicotinoato (5).
Figura 37: Espectro de Massas de 2-cloroisonicotinoilhidrazina (6).
8. ANEXO II
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
94
Figura 38: Espectro de Massas do composto 5-hidroxi-3-(4-clorofenil)-5-trifluormetil-
4,5-diidro-1H-1-(2-cloroisonicotinoil)pirazol (7d).
Figura 39: Espectro de Massas do composto 5-hidroxi-3-(4-bromofenil)-5-
trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(2-cloroisonicotinoil)pirazol (7e).
8. ANEXO II
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
95
Figura 40: Espectro de Massas do composto 5-hidroxi-3-(4-flúorfenil)-5-trifluormetil-
4,5-diidro-1H-1-(2-cloroisonicotinoil)pirazol (7f).
Figura 41: Espectro de Massas do composto 5-hidroxi-3-(4-metilfenil)-5-trifluormetil-
4,5-diidro-1H-1-(2-cloroisonicotinoil)pirazol (7g).
8. ANEXO II
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
96
Figura 42: Espectro de Massas do composto 5-hidroxi-5-trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-
(nicotinoil)pirazol (8a).
Figura 43: Espectro de Massas do composto 5-hidroxi-3-(fenil)-5-trifluormetil-4,5-
diidro-1H-1-(nicotinoil)pirazol (8c).
8. ANEXO II
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
97
Figura 44: Espectro de massas de 5-hidroxi-3-(4-clorofenil-5-trifluormetil-4,5-diidro-
1H-1-(nicotinoil)pirazol (8d).
Figura 45: Espectro de Massas do composto 5-hidroxi-3-(4-bromofenil)-5-
trifluormetil-4,5-diidro-1H-1-(nicotinoil)pirazol (8e).
8. ANEXO II
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
98
Figura 46: Espectro de Massas do composto 5-hidroxi-3-(4-metilfenil)-5-trifluormetil-
4,5-diidro-1H-1-(nicotinoil)pirazol (8f).
Figura 47: Espectro de Massas do composto 5-hidroxi-3-(4-metilfenil)-5-trifluormetil-
4,5-diidro-1H-1-(nicotinoil)pirazol (8g).
9. ANEXO III
Dissertação de Mestrado - Jussara Navarini-UFSM-2008
99
9. ANEXO III
Artigo publicado
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