et al., 2004), mas isso não ocorre em países da América Latina, da Europa e no
Canadá, onde C. parapsilosis é a CNA mais freqüente (PFALLER et al., 2001; BLOT
et al., 2002; ALONSO-VALLE et al., 2003; COLOMBO et al., 2003;).
Um estudo realizado na Islândia mostrou que a incidência de candidemia aumentou
3,5 vezes durante os vinte anos de estudo, partindo de 1,4 no período entre 1980 e
1984 para 4,9/100.000 habitantes entre 1995 e 1999, e a incidência por admissões
aumentou de 0,15 para 0,55/1.000 nos mesmos períodos anteriormente citados
(ASMUNDSDOTTIR; ERLENDSDOTTIR; GOTTFREDSSON, 2002).
Taylor et al. (1994), avaliando os casos de infecções fúngicas nosocomiais que
ocorreram em um hospital terciário no Canadá, entre 1986 e 1993, observaram que
houve um aumento nos casos de ICS de origem nosocomial. A incidência desse tipo
de infecção causada por fungo flutuou entre 0,32 e 0,80/1.000 altas. Vale ressaltar
que mais de 95% dessas infecções foram devidas à Candida spp.
Entre 1999 e 2003, Bassetti et al. (2006) avaliaram os casos de candidemia entre
pacientes internados em uma UTI da Itália e encontraram uma incidência global de
2,22/10.000 pacientes-dia, mas ressaltaram que houve um incremento na incidência,
durante o período estudado, de 1,5 para 3,6/10.000 pacientes-dia.
Também houve na Finlândia um incremento na incidência de candidemia durante a
segunda metade da década de 90, passando de 1.7 em 1995 para 2.2/100.000
habitantes em 1999. Maior incidência foi encontrada entre RNs e idosos: 9,4 e
5,2/100.000 habitantes, respectivamente (POIKONEN et al., 2003).
Um estudo populacional realizado na Espanha, entre 2002 e 2003, por Almirante et
al. (2005) demonstrou uma incidência global de 4,3/100.000 habitantes, com maior
incidência em RNs (38,8/100.000 habitantes) e idosos (12/100.000 habitantes).
Kao et al. (1999), entre 1992 e 1993, fizeram um estudo populacional em duas
cidades norte-americanas e encontraram uma incidência de candidemia de
8/100.000 habitantes. Maiores taxas foram encontradas entre negros, homens e
pessoas menores de um ano. A incidência foi duas vezes maior entre os negros de
todas as faixas etárias e quatro vezes maior entre as crianças negras. Nas crianças
menores de um ano, a incidência chegou a 75/100.000 habitantes.