9
uma única resposta definida e um único reforçador definido, SR1 (Sidman, 1994). Num
primeiro momento desse procedimento, que Sidman (1994) chama de contingência 1 “os
estímulos da potencial Classe 1 são positivos
3
; na sua presença, R1 produz SR1, o qual é
seguido pela próxima tentativa e os estímulos da potencial Classe 2 são negativos - na sua
presença, R1 produz apenas a próxima tentativa.” (Sidman, 1994, p.449) Já no segundo
momento desse procedimento, que Sidman (1994) chama de contingência 2, há “uma
reversão da Contingência 1; os estímulos da potencial Classe 2, são positivos e aqueles da
potencial classe 1 são negativos.” (Sidman, 1994, p. 449) Quando estão em efeito a
contingência 1 ou 2, os estímulos continuarão sendo apresentados até que o desempenho
dos participantes atinja algum critério de desempenho determinado pelo experimentador.
Quando então isso acontece, a contingência 2 substitui a contingência 1 até que o critério de
desempenho seja alcançado novamente, sendo que daí por diante uma nova reversão tem
início, cada vez que este critério é alcançado. Com isso, “a primeira tentativa de uma série
´diz` ao sujeito qual contingência está em vigor” (Sidman, 1994, p. 450) e, ao final, apenas
com algumas tentativas depois do início da reversão, o sujeito começa a responder de
acordo com ela e “pode se dizer que as classes de estímulos funcionais definidas pelo
experimentador são também classes funcionais para os sujeitos”. (Sidman, 1994, p 450)
Sidman (1994), então, levanta uma questão sobre este procedimento de reversões
sucessivas, argumentando que os desempenhos de discriminação condicional que pareciam
emergentes em Sidman (1989) podem ter sido diretamente ensinados antes dos testes. Isto
porque o reforço apresentado após a seleção de um membro da classe positiva sempre
seguia uma tentativa na qual a seleção de um estímulo de mesma classe fora reforçada, ou
na qual a seleção de um estímulo de outra classe fora não-reforçada. O procedimento de
reversões repetidas poderia não ser, então, uma discriminação simples, mas sim uma
discriminação condicional, ou seja, um estímulo que é correlacionado com reforçamento
(ou não-reforçamento) em uma tentativa pode ter a função de um estímulo modelo, com os
estímulos discriminativos na tentativa seguinte tendo função de estímulos comparação.
Assim, as contingências de reforçamento durante o procedimento de repetidas reversões
3
Os termos “estímulo positivo” / “estímulo negativo”, “S+” / “S-”e “S
D
” / “S
Δ
” serão utilizados conforme a
denominação dada por cada autor.