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JOSÉ MILTON TURCATO
DAS PAISAGENS GRAVADAS EM METAL
São Paulo
2008
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em
Artes, Área de Concentração Artes Plásticas, Linha de
Pesquisa Poéticas Visuais, da Escola de Comunicações e Artes
da Universidade de São Paulo, como exigência parcial para
obtenção do Título de Mestre em Artes, sob a orientação do
Prof. Dr. Evandro Carlos Jardim.
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Dedico à minha esposa Olívia
com amor e agradecimento pelo apoio.
Agradeço ao meu Orientador
por seu incentivo, dedicação e
contribuição para a evolução do meu trabalho.
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BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________
Prof. Dr. Luiz Armando Bagolin
Prof. Dr. Luiz Cláudio Mubarac
Prof. Dr. Evandro Carlos Jardim
3
RESUMO
Trata-se da produção de gravuras em metal, gravadas sobre cobre, com
os procedimentos da água-forte, água-tinta, buril e ponta seca, estampadas em
papéis diversos. Todas as gravuras foram produzidas a partir da observação da
realidade captada de lugares visitados, na tentativa de apreendê-los em diferentes
níveis. Registradas por anotações desenhadas e gravadas diretamente na matriz
envernizada, foram posteriormente reinventadas no ateliê, com atenção às
qualidades de linguagem e às especificidades do meio de produção da gravura
em metal.
Palavras-chave: Gravura, Metal, Procedimentos, Poética, Estampa,
Imagem, Paisagem.
4
ABSTRACT
It is the production of metal engravings, etched on copper, with the
procedures of etching, aquatint, burin and drypoint, printed in diverse papers. All
prints were produced from the observation of reality captured in places visited,
in the attempt to apprehend them in different levels. Registered by delineated
annotations or recorded directly in the varnished matrix, were subsequently
reinvented in the studio, with attention to the quality of language and the
specificities of the means of production of metal engraving.
Keywords: Printmaking, Metal, Procedures, Poetics, Print, Image,
Landscape.
5
SUMÁRIO
Introdução ........................................................................................... 7
Das paisagens gravadas ...................................................................... 10
Conclusão ...........................................................................................125
Referências bibliográficas ..................................................................126
6
INTRODUÇÃO
As gravuras reunidas neste conjunto têm como objetivo valer-se das
técnicas e procedimentos da gravura em metal para materializar as percepções
imaginativas decorrentes da observação de uma paisagem, orientadas por
especulações que busquem percebê-la além da sua aparência. A associação
destas percepções à prática da gravura em metal, às peculiaridades do corte, às
linhas e manchas decorrentes desse processo, ao relevo e aos inúmeros estágios
de preparação de uma imagem, permitem ajuntar as anotações, ir e vir no tempo
e construir e desestruturar figuras, como objeto de comunicação direta entre o
artista e o leitor da estampa resultante.
O conjunto de gravuras pretende refletir minha aproximação da
paisagem e a interioridade do significado dos signos visuais, criando uma nova
realidade, agora simbólica, por meio dos valores plásticos, gráficos e estéticos
inerentes aos procedimentos da gravura em metal, procedimentos úteis para
minha necessidade de apreensão desta realidade.
Em todo trabalho que faço, percebo que uma força que o sustenta e
me conduz à essência do objeto observado, algo de meu recôndito que
permanece e o identifica. É o desenho. Assim tento me conduzir, quando
começo a trabalhar uma matriz de cobre envernizada. Sinto que, sem a força do
desenho, uma espécie de nuvem de poeira descritiva possa sufocá-lo, levando-o
à morte. A gravura em metal como meio torna-se para mim o objeto da
experimentação de um desenho que se propõe como suporte da invenção.
Quando gravo sobre o cobre, dou-me conta da presença de vários procedimentos
7
que podem me conduzir aos objetivos planejados. Torna-se difícil escolher um a
princípio. Escolho alguns para começar, com a certeza de que poderei continuá-
los, combinando-os entre si ou com outros ainda, se necessário, até chegar a um
estágio satisfatório ou voltar ao início desfazendo o não necessário. Nas idas e
vindas de um processo de gravação, percebo alguns resultados involuntários
próprios dos materiais usados, como resinas, ácidos ou ainda as diferentes
ferramentas e a matéria do próprio metal. Estes resultados são recursos que
associo às necessidades de expressão. Ainda durante a gravação, vislumbro
muitas figuras novas na forma e na atmosfera mesmo que vinculadas ainda à
primeira imagem gravada; algumas delas são percebidas muito depois de
concluídos alguns estágios e impressas em papel. Neste caso, quando me valho
destas novas figuras, volto a trabalhar a matriz até o momento de inseri-las em
novo contexto. Gosto de começar a gravura pelo processo da água-forte ou do
buril, porque os considero um meio mais direto e eficiente para trabalhar a
superfície de cobre e chegar à forma. A linha gravada, que na gravura é corte e
pressupõe uma volumetria, é a resposta para minhas dúvidas iniciais de como
proceder para materializar uma idéia ou um sentimento que gostaria de
compartilhar com todos os outros. Depois de traçado o principal de uma figura (o
seu caráter), continuo a construí-la por tramas lineares que posso inventar e que
resultam em texturas, valores tonais e volume, uma característica das estampas
obtidas por estes processos de gravação.
Interessa-me hoje limitar-me desenhar sobre a prancha de cobre e com
ela estar satisfeito quando percebê-la como o objeto de minhas intenções,
evitando os excessos de informação que me impediriam de tentar em cada matriz
a possibilidade de uma condensação e síntese indispensáveis às manifestações e
operações de uma poética, que este tipo de processo gráfico tem, a meu ver,
8
como característica. Como o objeto principal desta dissertação de mestrado é a
produção de gravuras em metal de minha autoria, apresentada nas seqüências
acima enunciadas, e não outro, como o histórico ou o educativo da gravura,
optei, menos como uma justificativa e mais como uma tomada de posição, pelo
depoimento desta experiência que, aliás, excede o espaço de tempo dedicado aos
trabalhos e aos estudos referentes às exigências para a obtenção de meu título de
mestre em Artes nesta Universidade. Apresento-me antes como um gravador
refletindo sobre o seu próprio trabalho ao longo desta trajetória até o presente
momento.
9
DAS PAISAGENS GRAVADAS
Um grande número de imagens deste conjunto que ora apresento
resultou da gravação de percepções sobre alguns elementos da paisagem, como
pedras, montanhas, árvores e a figura humana neste contexto. As figuras
selecionadas combinam-se livremente de acordo com a necessidade de
expressão. As gravações buscam explorar os diversos recursos da água-forte e
seus desdobramentos, a luz e a sombra, o claro e o escuro, impressões de
volumetria, como elementos estéticos intrínsecos a esta linguagem.
Outras gravuras partiram da observação de colunas decorativas de
altares barrocos mineiros do século XVIII. Esta seqüência está em andamento.
Contém algumas anotações para serem gravadas e algumas gravuras no primeiro
estágio. São imagens passíveis de novas interpretações e experimentações
gráficas. A figura da coluna, neste caso, tornou-se objeto de uma investigação de
natureza plástico-formal na tentativa de reinvenção de uma forma dada.
Um grupo menor de gravura foi feito a partir de ambientes barrocos
visitados e percebidos pela contemplação de seus espaços e formas
características. A gravação em água-forte e ponta-seca dos emaranhados de
linhas e formas busca atingir expressão e atmosfera. A presunção do tempo
presente nestes lugares me estimula a reinvenção deste espaço dado. Neles me
detenho por algumas horas disposto a senti-lo como o informante desta
plasticidade e desta espacialidade.
10
Diamantinas
estágio da gravura: desenho feito no local observado com
ponta seca de diamante sobre a chapa de cobre
envernizada.
estágio: gravação da matriz com percloreto de ferro. A
primeira prova revelou-se pouco definida na forma,
nas luzes e nas sombras pretendidas. Dos
procedimentos possíveis para continuá-la, optei pelo
buril, porque queria construir a figura por linhas
claras e profundas.
estágio: gravações a buril faca e quadrado. O primeiro serviu
para as linhas retas paralelas e cruzadas e o segundo,
para as curvas. Com eles, cortei até o momento em
que a imagem fosse percebida por seus contrastes de
tom.
Diamantinas
Janeiro de 2006. Água-forte e buril.
Gravura A: 22 x 29cm. Gravura B: 19,5 x 29,5cm.
11
12
Pedra e pássaro
1º estágio: desenho na chapa envernizada, no local observado,
com ponta seca de diamante.
2º estágio: gravação do desenho com percloreto de ferro.
3º estágio: gravação a buril de grande parte da matriz. A primei-
ra gravação em água-forte serviu de marcação para os
cortes a buril. Com o buril, quis criar texturas e
valores tonais que definissem a imagem por
contrastes de luz e sombra e lhe dessem expressão.
Pedra e pássaro
Janeiro de 2007. Água-forte e buril.
19,5 x 25cm.
13
14
Quatro paisagens em água-forte
1º estágio: desenho na chapa envernizada com ponta seca de dia-
mante no local observado.
2º estágio: gravação dos desenhos com percloreto de ferro.
3º estágio: gravação da água-tinta da gravura b. Intenção de re-
tratar as nuanças de claro-escuro das cores da paisa-
gem.
4º estágio: duas gravações a mais com água-forte nas quatro cha-
pas para intensificar das linhas, que preferi deixar
mais sobressalentes.
5º estágio: gravação a buril na gravura a. Essa pediu algumas li-
nhas mais profundas e claras, para não perder o
desenho imaginado.
Quatro paisagens em água-forte
2005. Água-forte, água-tinta e buril.
Gravura a: 12 x 11,5cm.
Gravura b: 11,5 x 12cm.
Gravura c: 12 x 11,5cm.
Gravura d: 12 x 11,5cm.
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16
Serra: ensaio gráfico
1º estágio: desenho a ponta seca de diamante na chapa sem ver-
niz no local de observação. A princípio seria uma
ponta seca.
2º estágio: envernizamento da chapa e regravações a ponta de
diamante das tramas lineares e texturas.
3º estágio: gravação com percloreto de ferro.
A figura, vista de forma invertida, também uma
possibilidade de visão, correspondeu melhor aos volumes e
sombras pretendidos. Isto me fez pensar na possibilidade de
apreensão de uma realidade visível em diferentes veis de
percepção. Este ensaio gráfico tem por objetivo propor esta
reflexão.
Serra: ensaio gráfico
2006. Água-forte.
15 x 21cm.
17
18
Paisagem de baixo
Estágio único em água-forte.
Este ensaio pretendeu utilizar a sintaxe das linhas gravadas em
água-forte para criar uma escala tonal que lhe desse expressão.
Paisagem de baixo
Janeiro de 2008. Água-forte.
20,5cm x 15cm.
19
20
Ensaio: teatro
1º estágio: desenho com ponta seca de diamante sobre chapa en-
vernizada no local observado.
2º estágio: água-forte do desenho realizado.
3º estágio: mais uma gravação a água-forte, para deixar as linhas
mais largas e irregulares.
Ensaio: teatro
2007. Água-forte.
20 x 15,5cm.
21
22
Serra: ensaio gráfico, outra visão
1º estágio: desenho a ponta seca de diamante na chapa sem verniz
no local de observação. A princípio seria uma ponta
seca.
2º estágio: envernizamento da chapa e regravações a ponta de dia-
mante das tramas lineares e texturas.
3º estágio: gravação com percloreto de ferro.
A combinação das duas imagens representa outro nível
possível de percepção para a apreensão de uma realidade obser-
vada.
Serra: ensaio gráfico, outra visão
2008. Água-forte.
30 x 42 cm.
23
24
Teatro: verde
1º estágio: água-forte do desenho feito com ponta seca de dia -
mante.
2º estágio: água-forte das tramas lineares feitas com ferramenta
Dremel, que resultaram em linhas grossas e irregula-
res.
3º estágio: buril em partes da figura para linhas claras e regula-
res.
Teatro: verde
2007. Água-forte, ponta seca com Dremel e buril.
39,5 x 37cm.
25
26
Ensaio
1º estágio: desenho sobre a chapa envernizada, no local obser-
vado, com ponta seca de diamante.
2º estágio: água-forte com percloreto de ferro para criar linhas
grossas e irregulares.
Ensaio
2007. Água-forte.
20 x 15cm.
27
28
Coluna ondulada à direita
1º estágio: buril.
2º estágio: ponta seca de diamante. As linhas traçadas a buril esta-
vam muito regulares e com pouca variação de tom;
entrei com a ponta seca na figura para fortificar as
linhas e suavizá-las pelos tons cinzas que as rebarbas
da ponta seca deixam na gravação.
Coluna ondulada à direita
2007. Buril e ponta seca.
59 x 30cm
29
30
Porta um, São Francisco
1º estágio: água forte de desenho anotado no local observado.
2º estágio: regravação a água-forte. Intenção de deixar a figura
com linhas mais escuras e grossas.
Porta um, São Francisco
2007. Água-forte.
19,5 x 14,5cm.
31
32
Coluna ondulada
1º estágio: água-forte para traçar o caráter da figura com li-
nhas largas e irregulares.
2º estágio: água-tinta com nanquim, açúcar e detergente. Inten-
ção de criar linhas mais largas e irregulares para
o perfil da figura, para deixá-la com expressão rústi-
ca.
Coluna ondulada
2005. Água-forte e água-tinta
com nanquim, açúcar e detergente.
34 x 12cm.
33
34
Serra, outra visão
1ºestágio: gravação a ponta seca de diamante sobre a chapa en-
vernizada no local observado.
2ºestágio: gravação com percloreto de ferro. Definição das li-
nhas do contorno da figura para novas gravações.
3ºestágio: gravação a água-tinta em tons diferentes. Tentativa
de expressão do volume das pedras.
4ºestágio: envernizamento da chapa e regravação a água-forte
sobre a água-tinta. Esta havia se revelado pouco uni-
forme, porque o grão de breu caído era muito grande.
Em vez de fazer nova água-tinta com grãos finos so-
bre a primeira, escolhi gravar tramas de linhas a água-
-forte pela vontade de que a linha desse corpo à man-
cha.
5ºestágio: gravação a roleta sobre parte das sombras da figura,
para alcançar um preto mais intenso que os já conse-
guidos.
Serra , outra visão
Janeiro de 2007. Água-forte, água-tinta e roleta.
29 x 59cm
35
36
Duas mangueiras
1º estágio: água-tinta com nanquim e açúcar.
2º estágio: ponta seca de diamante, para fortalecer as linhas da fi-
gura.
3º estágio: roleta, para escurecer ainda mais certas manchas.
A matriz foi gravada sobre figuras pré-gravadas com á-
gua-forte.
O desenho vem de estudo a nanquim e pena de bambu e
de xilogravuras feitos desde 1994.
Duas mangueiras
1994-2007. Água-tinta, ponta seca e roleta.
41,5 x 36,5cm.
37
38
Grande pedra
1º estágio: desenho a ponta seca sobre a placa envernizada no lo-
cal da paisagem observada.
2ºestágio: água-forte do desenho feito. Estas primeiras grava-
ções tentaram representar as linhas principais que es-
truturam a figura. Foi necessário tirar algumas provas
desta matriz para pensar como proceder daqui até um
estágio que se mostrasse satisfatório.
Grande pedra
2007-2008. Água-forte.
39 x 53cm.
39
40
Grande pedra
3º estágio: buril. Por experiências anteriores em outras gravuras,
preferi o buril à água-tinta para continuar a gravar, por-
que queria construir a figura por linhas precisas e mar-
cantes, inventar uma sintaxe própria que ajudasse a cri-
ar outra realidade, não a pedra, mas a gravura da pedra
observada.
Grande pedra
2007-2008. Buril.
39 x 53cm.
41
42
Grande pedra
estágio: buril. Os primeiros cortes do estágio anterior não
foram suficientes para dar a sensação de solidez e
dureza à figura, como queria expressar. Não quis
acrescentar a água-tinta ao buril, porque senti que a
forma poderia se esvaecer, tanto pela retícula de
pontos da água-tinta, quanto pela eliminação das
rebarbas do corte a buril, quando a matriz fosse
emergida no percloreto de ferro para gravar a água-
tinta.
Grande pedra
2007-2008. Buril.
39 x 53cm.
43
44
Catas Altas, pedras
1º estágio: água-forte do desenho anotado no lugar observado. Esse
primeiro procedimento mostrou-se insuficiente para o
tom que queria dar à imagem.
2ºestágio: água-tinta em diferentes valores tonais. Os tons
conseguidos ainda se mostraram incapazes de
estruturar a figura que tinha em mente.
estágio: água-forte sobre a água-tinta. A linha, escondida pelas
águas-tintas, voltou em tramas variadas, para
sustentar as manchas efêmeras.
A imagem foi recortada de uma matriz maior, onde havia outras
figuras do lugar, na tentativa de melhorar a
composição.
Catas Altas, pedras
2006. Água-forte e água-tinta.
16,5 x 16,5cm.
45
46
Liv
1ºestágio: desenho com ponta seca de diamante sobre a chapa
envernizada no local da paisagem observada.
2º estágio:gravação com percloreto de ferro.
3ºestágio: gravação da água-tinta em tempos diferentes, primeira-
mente das áreas escuras e em seguida, das claras.
Essa matriz foi recortada de uma maior, gravada com
outras figuras do mesmo local, para enquadrar o foco principal
da paisagem, deixando de lado formas que lhe tirassem a
atenção.
Liv
Janeiro de 2006. Água-forte e água-tinta.
24,5 x 17,8cm.
47
48
Paisagem com avião
1º estágio: desenho com ponta seca de diamante na chapa enver-
nizada, no local observado.
2º estágio: gravação com percloreto de ferro.
3º estágio: gravação da água-tinta em diferentes tempos de expo-
sição ao percloreto de ferro.
4º estágio: envernizamento da chapa e regravação em água-forte
de partes da figura. Devido à preferência por tons es-
escuros, várias áreas foram regravadas até o ponto
desejado.
5ºestágio: lixamento da água-tinta correspondente ao céu da fi-
gura. Este havia ficado muito escuro e escondia o
desenho do avião.
Paisagem com avião
Julho de 2007. Água-forte e água-tinta.
36 x 41cm.
49
50
Ensaio: teatro
1º estágio: desenho da paisagem observada na matriz enverni-
zada.
2º estágio: água-forte do desenho.
3º estágio: água-tinta . Gravação de tons para estruturar a ima-
gem por contrastes de claro-escuro.
4º estágio: roleta nas sombras mais escuras, que haviam ficado
um pouco apagadas no estágio anterior.
Ensaio: teatro
2005. Água-forte, água-tinta e roleta.
30 x 37,5cm.
51
52
Caraça
1ºestágio: desenho com ponta seca de diamante sobre a chapa
envernizada, no local observado, das linhas de força
da figura.
2ºestágio: primeira gravação com percloreto de ferro do desenho
traçado.
3ºestágio: água-tinta com diferentes tempos de gravação com
percloreto de ferro para criar as áreas claras e escuras
da figura. Preferi deixar a imagem em tom escuro e
intensificar o volume das pedras, para criar uma certa
atmosfera.
Caraça
2006. Água-forte e água-tinta.
21 x 26cm.
53
54
Itu, pedras e nuvens
Combinação de figuras gravadas em épocas e lugares
diferentes, que têm os seguintes estágios de gravação:
1ºestágio: desenho a ponta seca de diamante na chapa envernizada
no local observado.
2 estágio: gravação do desenho com percloreto de ferro.
3ºestágio: gravação de águas-tintas, em diferentes tempos de ex-
posição ao percloreto de ferro.
Na gravura a, as sombras foram regravadas a roleta,
para ficarem mais escuras.
A matriz b foi recortada de outra maior, com outras
figuras, para efeito de composição da paisagem recriada.
A gravação da água-tinta nas sombras, em dois tons
diferentes, busca um elemento de expressão que confira força e
volume às figuras. Esse elemento se repete em várias gravuras
desta série de paisagens.
Itu, pedras e nuvens
2005-2007. Água-forte, água-tinta e roleta.
Gravuras a e b: 15 x 30cm.
55
56
Caraça, pedras
1º estágio: desenho a ponta seca de diamante sobre a chapa en-
vernizada.
2º estágio: gravação com percloreto de ferro.
3º estágio: água-tinta, com diferentes tempos de gravação em
percloreto de ferro, para definição dos tons da figura.
4º estágio: raspagem de algumas regiões sem contraste, para cla-
rear a água-tinta, que ficou muito profunda na grava-
cão, devido ao tempo elevado de exposição ao perclo-
reto.
Caraça, pedras
2006. Água-forte e água-tinta.
20 x 25 cm.
57
58
Catas Altas
1º estágio: água-forte do desenho anotado no lugar de observa-
ção.
2º estágio: água-tinta das sombras da montanha em três estágios
diferentes, do preto intenso ao cinza claro.
3º estágio: água-tinta do céu em craquelê de nuvens. Foi uma
tentativa de variar a figura e criar uma nova atmosfera.
Catas Altas
2005-2006. Água-forte e água-tinta.
39 x 29cm.
59
60
Pedras e Caminho
1º estágio: água-forte das anotações feitas pela lembrança destes
lugares observados.
2º estágio: água-tinta para criar efeitos de luz, meia-luz e sombra.
3º estágio: na gravura b, escurecimento das sombras com roleta,
para chegar a um preto mais luminoso.
Estas gravuras são das primeiras dessa série de
paisagens. Buscam expressar as luzes, as sombras, os volumes e
a atmosfera do lugar. Mostro-as em conjunto porque
correspondem ao mesmo sentimento que tive nestes lugares e à
mesma intenção de retratar sua essência.
Pedras e Caminho
2005-2007. Água-forte, água-tinta e roleta.
Gravura a: 11,5 x 15cm.
Gravura b: 11,5 x14,7cm.
61
62
Pedras, outra visão
1º estágio: água-forte do desenho memorizado do lugar observado.
2º estágio: água-tinta em dois tempos diferentes de gravação em
percloreto de ferro.
Nesta gravura, quis experimentar um tamanho maior de
matriz, para que os resultados desta ação me libertassem do caráter
contido que havia adquirido nas gravuras pequenas e me fizessem
ver que aprimoramentos de desenho poderia adquirir.
Pedras, outra visão
2005. Água-forte e água-tinta.
29 x 39cm.
63
64
Pedras - noite
1º estágio: água-forte do desenho das pedras.
2º estágio: água-tinta em dois estágios diferentes para dar volu-
me às pedras, a primeira para as manchas escuras e a
segunda para as claras.
3º estágio: água-tinta na área correspondente ao céu da paisagem,
com tempo de gravação de aproximadamente vinte
minutos, para que resultasse em preto intenso.
Pedras - noite
2005. Água-forte e água-tinta.
32 x 39cm.
65
66
Morro alto
1º estágio: água-forte da paisagem observada.
2ºestágio: água-tinta do morro em três imersões, de tempos dife-
rentes, no percloreto de ferro, para criação das man-
chas claras e escuras.
3º estágio: água-tinta do céu e das nuvens em dois estágios dife-
rentes. Esse último procedimento representou uma
tentativa de criar com as possibilidades gráficas da
gravação por pontos.
Morro alto
2005-2006. Água-forte e água-tinta.
30 x 40,5cm.
67
68
Teatro
1º estágio: água-forte do desenho do lugar observado.
2º estágio: água-tinta da sombra sobre as figuras.
3º estágio: regravação das figuras a buril, para deixá-las em sua re-
presentação essencial, sem cortes superficiais.
As figuras são de épocas e lugares diferentes. Foram
combinadas entre si em uma única imagem para criar outros signi-
ficados.
Teatro
1995-2005. Água-forte, água-tinta e buril.
30 x 32,5cm.
69
70
Chuva
1ºestágio: desenho na chapa envernizada com ponta seca de dia-
mante.
2ºestágio: água-forte do desenho.
3ºestágio: gravação a buril de partes da figura. Senti a necessi-
dade de reforçar as linhas principais da figura com um
corte mais direto, sem retoques.
Chuva
2005. Água-forte e buril.
30 x 25cm.
71
72
Ensaio: teatro
1º estágio: desenho na chapa envernizada da paisagem observada.
2º estágio: água-forte do desenho.
3º estágio: água-tinta. Definição dos tons claros e escuros que
ajudaram a construir a imagem.
4º estágio: regravação das figuras a buril, para destacá-las das
manchas.
Ensaio: teatro
2005. Água-forte, água-tinta e buril.
20 x 30cm.
73
74
Ensaio
1º estágio: desenho da paisagem observada na matriz enverniza-
da.
2º estágio: água-forte do desenho.
3º estágio: regravação a buril, para definir melhor os elementos
principais da composição.
Ensaio
2006. Água-forte e buril.
17,5 x 14cm.
75
76
Ensaio: teatro
1º estágio: desenho da paisagem observada na matriz enverniza-
da.
2º estágio: água-forte do desenho.
3º estágio: água-tinta para as sombras.
4º estágio: água-forte sobre a água-tinta. Algumas áreas cobertas
pela água-tinta ficaram mais claras que o desejado.A
água-forte, além de intensificar o tom, revelou a tra-
ma linear sobre a mancha, valor gráfico que me inte-
ressa muito.
5º estágio: buril para definição melhor de algumas figuras.
Ensaio: teatro
2007. Água-forte, água-tinta e buril.
30 x 41,5cm.
77
78
Ensaio: teatro
1º estágio: água-forte do desenho gravado na chapa envernizada.
2º estágio: água-tinta. Criação dos tons que formam a imagem.
3º estágio: raspagem da água-tinta em algumas regiões. Ela havia
ficado muito escura por causa da imersão demorada no
percloreto de ferro.
4º estágio: água-forte sobre a água-tinta. Intensificação de partes
da figura.
5º estágio: buril. Definição mais precisa da figura em primeiro
plano.
As imagens são combinações de desenhos de épocas e
lugares diferentes para criação de novos significados.
Ensaio: teatro
2006-2007. Água-forte, água-tinta e buril.
36,5 x 18cm
79
80
Ensaio: teatro
1º estágio: buril. Pensei em construir a imagem por linhas claras e
precisas, como as que proporciona o buril.
2º estágio: raspagem e brunidura de parte da imagem. A composi-
havia ficado com uma figura pouco expressiva e mal
construída, que foi apagada.
Ensaio: teatro
2005. Buril.
30 x 24,5cm.
81
82
Ensaio
1º estágio: buril.
2º estágio: raspagem e brunidura de parte da figura, julgada exces-
siva para a composição.
O vazio deixado propositadamente na composição teve a
intenção de fazer contraste com a trama de linhas e atrair o olhar
para onde ela está.
Ensaio
2005. Buril.
30 x 24,5cm.
83
Ensaio: cinema
1º estágio: gravação do desenho em água-forte.
estágio:gravação a ponta seca com ferramenta Dremel, que
entrou neste estágio para criar um fundo gravado,
uma sombra, onde as figuras pudessem ser
construídas.
3º estágio: regravação a buril de toda a figura.
Ensaio: cinema
2007. Água-forte, ponta seca e buril.
30 x 40 cm.
85
86
Lagarta
1º estágio: água-forte do desenho anotado no local observado.
2ºestágio: raspagem de partes da figura que haviam ficado muito
escuras.
3ºestágio: ponta-seca com ferramenta Dremel, para linhas mais
grossas e irregulares.
Lagarta
2006-2007. Água-forte e ponta seca com Dremel.
20 x 27,5cm.
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88
Ausência
1º estágio: água-forte do desenho anotado do lugar de observação.
2º estágio: água-forte da textura obtida pela frotagem com lixa
grossa.
3º estágio: água-tinta com breu de gramaturas diferentes, para cri-
ar manchas de diversos valores.
4º estágio: roleta em parte da figura, para intensificar as áreas es-
curas.
Ausência
2005. Água-forte, água-tinta e roleta.
35 x 30cm.
89
90
Cabreúva, pedras
1º estágio: desenho na chapa envernizada no local das pedras
observadas.
2º estágio: água-forte.
Estes dois estágios serviram para traçar o caráter geral
da figura. para futuras intervenções de outros procedimentos.
Cabreúva, pedras
2007-2008. Água-forte.
24,5 x 30cm
91
92
Cabreúva, pedras
3º estágio: água-tinta, para criar as primeiras manchas que carac-
terizam o volume da figura.
Cabreúva, pedras
2007-2008. Água-tinta.
24,5 x 30cm.
93
94
Cabreúva, pedras
4º estágio: água-tinta com breu mais fino sobre a água-tinta feita
anteriormente.
5º estágio: água-forte sobre a água-tinta: criação de tramas línea-
res para intensificar as manchas.
6º estágio: raspagem e brunidura de um pequeno elemento da fi-
gura.
A figura chegou a um estágio satisfatório para o
momento: tons escuros nas linhas e manchas.
Cabreúva, pedras
2007-2008. Água-tinta e água-forte.
24,5 x 30cm.
95
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Itu, pedras II
1ºestágio: desenho no local observado, com ponta seca de diaman-
te sobre a chapa envernizada, do caráter principal da
paisagem.
2ºestágio: gravação com percloreto de ferro, para definição do per-
fil das figuras desejadas.
3ºestágio: água-tinta: gravação com percloreto de ferro, primeira-
mente para as manchas mais escuras e, em seguida, pa-
ra as claras, com a intenção de criar uma passagem do
claro para o escuro.
Itu, pedras II
2005. Água-forte , água-tinta e roleta.
27 x 33cm.
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98
Ouro Preto
1º estágio: desenho a ponta seca de diamante sobre a chapa enver-
nizada no local observado.
2º estágio: gravação com percloreto de ferro do desenho realizado.
3º estágio: gravação das águas-tintas em tempos diferentes de ex-
posição ao percloreto de ferro. Tive a intenção de criar
muitas manchas de tons diferentes, como em uma
pintura.
4º estágio: regravação a água-forte em partes da figura. Novamen-
te quis que as linhas não se perdessem totalmente e in-
tensificassem o preto de certas regiões da figura.
Ouro Preto
2006-2007. Água-forte e água-tinta.
26 x 33cm
99
100
Quero-quero x lagarto
Estágio único com gravação a buril, para construir a figura
com linhas regulares e claras.
Quero-quero x lagarto
2006. Buril.
16 x 20cm.
101
102
Ensaio
Gravura a: ponta-seca de diamante para criar linhas fortes com
nuanças de cinza.
Gravura b: estágio 1 água-forte das linhas de força da figura
e de suas texturas.
Estágio 2 água-tinta, com longa exposição ao
percloreto de ferro, para criar a mancha de preto
intenso.
Ensaio
2004. Ponta seca, água-forte e água-tinta.
Gravura a: 15,5 x 19,5cm.
Gravura b: 17 x 20cm.
103
104
Coluna-talo
Água-forte em três estágios de gravação sucessivos para
determinar valores diferentes de linha.
Coluna- talo
2006. Água-forte.
21 x 14cm.
105
106
Duas colunas
1º estágio: água-forte com percloreto de ferro. Marcação das linhas
de força das figuras para trabalho posterior a buril.
2º estágio: buril sobre a água-forte, para deixar as linhas mais
claras e regulares.
Duas colunas
2007. Água-forte e buril.
36,5 x 17cm.
107
108
Coluna inclinada
1º estágio: buril. Tentativa de construir a figura por linhas precisas
e regulares.
2º estágio: ponta seca de diamante. Intenção de deixar algumas
linhas mais fortes e com nuanças de cinza.
Coluna inclinada
2006. Buril e ponta seca.
60 x 30 cm.
109
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Coluna ondulada à esquerda
Estágio único em buril faca e buril quadrado, para linhas
claras e regulares.
Coluna ondulada à esquerda
2006. Buril.
59,5 x 30cm.
111
112
Pilar, primeira visão
1º estágio: gravação a buril do desenho anotado no local de obser-
vação.
2º estágio: regravações a buril, após algumas provas tiradas, para
aumentar o número de linhas que compõem a figura.
3º estágio: gravações a ponta seca de diamante em parte da figura.
As tramas mais escuras e com nuanças de tom da ponta
seca tiveram a intenção de criar uma passagem do claro
para o escuro com mais suavidade e atmosfera.
Pilar, primeira visão
Janeiro de 2007. Buril e ponta seca.
40 x 59cm.
113
114
Pilar, retorno em julho
1º estágio: gravação do desenho a ponta seca de diamante na ma-
triz envernizada, no local de observação.
2º estágio: água-forte do desenho realizado.
3º estágio: duas novas gravações a água-forte para deixar as
linhas mais largas e irregulares.
4º estágio: gravações a buril: aumento do volume de linhas fi-
nas e regulares da figura.
5º estágio: gravações a ponta seca. Intenção de criar meios tons
e expressão de suavidade.
Pilar, retorno em julho
2007. Água-forte, buril e ponta seca.
41,5 x 47cm.
115
116
Cachoeira do Campo: teatro
1º estágio: gravação a buril de anotação gravada por água-forte.
2º estágio: regravações a buril: aumento do volume de linhas finas
e regulares da figura.
3ºestágio: gravações a ponta seca de algumas partes da figura, para
acrescentar linhas mais fortes e acinzentadas nas
passagens do claro para o escuro.
Cachoeira do Campo: teatro
2007. Buril e ponta seca.
59,5 x 49cm.
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118
Porta dois, Carmo, primeira visita
1º estágio: gravação a água-forte do desenho anotado no local
observado.
2º estágio: duas novas gravações a água-forte. Aumento do nú-
mero de linhas que compõem a figura para torná-la
mais perceptível.
Porta dois, Carmo, primeira visita
2006. Água-forte.
39 x 28cm.
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Porta três, Carmo, primeira visita
1º estágio: água-forte do desenho anotado no local observado.
2º estágio: três novas regravações a água-forte.
Porta três, Carmo, primeira visita
2006. Água-forte.
39,5 x 59cm.
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Porta quatro, Carmo, segunda visita
1º estágio: gravação a buril do desenho feito no local observado.
2º estágio: novas gravações a buril. Intenção de construir a fi-
gura por linhas regulares e finas em toda a sua exten-
são.
Porta quatro, Carmo, segunda visita
2007. Buril.
59 x 40cm
123
124
CONCLUSÃO
Jorge Schwartz, citando Adorno, nos lembra: “O novo é o desejo do
novo, não é o novo em si. Esta é a maldição de tudo o que é novo.” *
O desenho é o fundamento do meu trabalho de artes visuais. Quando
feito pela linha gravada, percebo que fica mais claro, vivo e rico em meios
variados para uma realização que se propõe como possível. Sendo assim, a
gravura em metal satisfaz minhas necessidades de expressão na construção e
desconstrução de imagens e figuras geradas por sua especificidade de
linguagem. A técnica e os procedimentos da gravura em metal são, do ponto de
vista da sua gramática, objetos da investigação que proponho para estes ensaios
gráficos que, se por um lado me propiciam a reflexão estética, por outro são
uma tentativa de contemplar o fazer gráfico como práxis necessária aos
objetivos da própria manifestação de uma poética. Através deste exercício e da
pesquisa que venho desenvolvendo, o que proponho é a possibilidade das
relações entre imagem e figura, tempo e espaço e sua história significarem, se
possível, o trabalho que apresento.
*Jorge Schwartz, Vanguardas Latinoamericanas: Estética e Ideologia na Década de 20. Tese de
Livre Docência apresentada na FFLCH-USP, São Paulo, 1989. A citação está em Amaral, Aracy A.
Textos do Trópico de Capricórnio. Artigos e Ensaios (1980-2005), Vol. 2: Circuitos de Arte na
América Latina e no Brasil. pág.353 51, Imagem da Cidade Moderna, o Cenário e seu Avesso,
1993. São Paulo: Editora 34, 2006.
125
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