Download PDF
ads:
GUSTAVO NORONHA DE ÁVILA
DA ESPERANÇA AOS DILEMAS: DOAÇÃO E COMÉRCIO DE
ÓRGÃOS HUMANOS
Dissertação de Mestrado apresentada ao
Programa de Pós-Graduação em Ciências
Criminais da Pontifícia Universidade Católica
do Rio Grande do Sul como requisito parcial
para obtenção do título de Mestre em
Ciências Criminais.
Área de Concentração: Sistema Penal e
Violência
Linha de Pesquisa: Criminologia e Controle
Social
Orientador: Prof. Dr. Gabriel José Chittó Gauer
Co-Orientadora: Profa. Dr. Ruth Maria Chittó Gauer
Porto Alegre
2006
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE DIREITO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CRIMINAIS
MESTRADO EM CIÊNCIAS CRIMINAIS
DA ESPERANÇA AOS DILEMAS: DOAÇÃO E COMÉRCIO DE
ÓRGÃOS HUMANOS
GUSTAVO NORONHA DE ÁVILA
Orientador: Prof. Dr. Gabriel José Chittó Gauer
Porto Alegre, Novembro de 2006
ads:
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA /RS
FACULDADE DE DIREITO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CRIMINAIS
MESTRADO EM CIÊNCIAS CRIMINAIS
A dissertação Da Esperança aos Dilemas: Doação e Comércio de Órgãos
Humanos, elaborada pelo aluno Gustavo Noronha de Ávila, foi julgada adequada
por todos os membros da Banca Examinadora, para a obtenção do grau de
MESTRE EM CIÊNCIAS CRIMINAIS e aprovada, em sua forma final, pela
Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais, da Faculdade
de Direito da Pontifícia Universidade Católica do rio Grande do Sul.
Porto Alegre, 11 de dezembro de 2006.
_____________________________
Profa. Dr. Ruth M. Chittó Gauer
Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais
Apresentada à Banca integrada pelos seguintes professores:
________________________________________________
Orientador: Prof. Dr. Gabriel José Chittó Gauer
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Brasil
________________________________________________
Prof. Examinador: Prof. Dr. Fabrício Dreyer de Ávila Pozzebon
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Brasil
________________________________________________
Profa. Examinadora: Profa. Dr. Maria Lúcia Tiellet Nunes
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Brasil
________________________________________________
Prof. Examinador: Prof. Dr. José Carlos Moreira da Silva Filho
Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Brasil
RESUMO
A dissertação visou abordar os procedimentos de transplantação humana,
especificamente a tutela penal relativa ao comércio de órgãos humanos que tem
sido dispensada não só pelo legislador pátrio (Lei 9.434/97), como também em
relação ao direito comparado a esta revolucionária técnica. Tal objetivo foi
desenvolvido através de análise eminentemente interdisciplinar, com a abordagem
de elementos da história das idéias, psiquiatria, filosofia, etnografia, bioética e
direito. Primeiramente, buscou-se investigar a transição das visões de corpo na
modernidade e contemporaneidade: indo desde uma idéia de sacralidade até a de
profanação. Após, buscou-se, além da realização de análise histórico-comparativa
dos principais avanços científicos na área com a evolução legislativa, principalmente
em nosso país, a definição de conceitos relacionados à temática, como o de
transplante, suas modalidades e a polêmica relativa à morte encefálica. A questão
da escassez demonstrou-se essencial à discussão, já que ensejadora de um dos
mais debatidos e controversos temas relativos aos transplantes de órgãos na
atualidade: o comércio de órgãos humanos. Após discussão de casos
documentados sobre a prática, foi realizada a confrontação entre os argumentos
favoráveis e contrários, chegando-se à conclusão de que uma análise à luz da
dignidade humana e da ética da alteridade é suficiente para rechaçar a disposição
remunerada de órgãos humanos. Sob a ótica dos bens jurídicos envolvidos e do
consentimento do ofendido, a conclusão não é outra. Por último, através de
pesquisa de campo em que foram entrevistadas 450 pessoas, evidenciou-se a
aversão majoritária ao comércio de órgãos, fundada em um critério moral, em três
grupos diferentes (profissionais e acadêmicos de Medicina e outras ciências da
saúde; profissionais e acadêmicos do Direito e comunidade em geral). O desejo de
salvar vidas precisa estar em consonância com o necessário respeito à dignidade
humana.
Palavras-chave: transplantes de órgãos bioética direito penal dignidade
humana
ABSTRACT
This dissertation aimed to approach the proceedings of human organ transplantation,
specifically its treatment in a legal framework, incluiding criminal repercussions,
related to the human organ commerce in Brazil and in the comparative Law. Such
objective was developed through an imminently interdisciplinary analysis, bringing
elements of the history of the ideas, psychology, philosophy, etnography, bioethics
and Law. First, we tried to investigate the transition of body visions in modernity and
contemporanity: going between an idea of sacrality and profanation. After, an
historic-comparative analysis was held, contemplating the main scientific advances
on the field and its legislative repercussion, mainly in our country. Concepts related to
the transplants modalities and the controversial brain death criterion had also been
contemplated. The subject related to organ allocation scarcity showed to be essential
to this discussion, since it gives place to one of the most heat debated and
controversial themes related to organ transplantation in the present time: the human
organs trade. After discussing several documented cases on organ commerce, a
confrontation between arguments for and against that practice was held, coming to a
conclusion that it is not acceptable given an analysis based on human dignity and on
the alterity ethics. Under the optics of the involved legal goods and the consent of the
agrieved party, the conclusion is not diverse. Finally, through field research where
450 people had been interviewed, it was proven majority aversion to human organ
trade, established in a moral criterion, in the three researched groups, composed by
individuals identified on a Law, Health or general community groups. The desire to
save lives needs to be compatible with the necessary respect to human dignity.
Key-words: organ transplantation – bioethics – criminal law – human dignity
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO......................................................................................................10
1. ENTRE O NASCIMENTO E A MORTE: UMA BREVE LEITURA
INTERDISCIPLINAR DO CORPO ........................................................................14
1.1 ENTRE PARADIGMAS: DA MODERNIDADE À CONTEMPORANEIDADE.14
1.2 O INDIVIDUALISMO.......................................................................................19
1.3 O CORPO .......................................................................................................21
1.3.1 Corpo e Poder.............................................................................................23
1.3.2 Corpo e Psiquiatria ....................................................................................26
1.4 BIOÉTICA, PLURALIDADE E INDETERMINAÇÃO ......................................27
2 DOAÇÃO DE ÓRGÃOS HUMANOS: DO AVANÇO ÀS DIFICULDADES E AS
NOVAS PERSPECTIVAS.....................................................................................34
2.1 NOÇÕES, MODALIDADES E EVOLUÇÃO CIENTÍFICA E LEGISLATIVA
RELATIVA AOS TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS...............................................34
2.1.1 Noções ........................................................................................................34
2.1.2 Modalidades................................................................................................35
2.1.3 Evolução Científica e Legislativa..............................................................36
2.2 TRANSPLANTES POST MORTEM................................................................46
2.2.1 Critérios e Justificação..............................................................................46
2.2.2 Diagnóstico de Morte.................................................................................47
2.2.3 Natureza Jurídica do Corpo Sem Vida......................................................54
2.2.4 O Problema do Consentimento.................................................................55
2.2.5 Consentimento do Receptor .....................................................................59
2.3 TRANSPLANTES INTER VIVOS....................................................................60
2.3.1 Requisitos...................................................................................................61
2.3.1.1 Capacidade do Doador..............................................................................61
2.3.1.2 Autorização Judicial...................................................................................63
2.3.1.3 Justificativa Médica ...................................................................................63
2.3.1.4 Vínculo Familiar Específico Entre o Doador e o Receptor.........................64
2.3.1.5 O Consentimento do Receptor ..................................................................65
2.3.2 O Caso dos Anencéfalos ...........................................................................65
2.4 ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA DO SISTEMA NACIONAL DE
TRANSPLANTES .................................................................................................68
2.4.1 A Escassez de Órgãos Humanos..............................................................69
2.5 ALTERNATIVAS FUTURAS OU NOVOS DILEMAS? ...................................76
2.5.1 Células-tronco ............................................................................................77
2.5.2 Xenotransplante .........................................................................................79
3 COMÉRCIO DE ÓRGÃOS HUMANOS: ATÉ ONDE VAI A AUTONOMIA DO
INDIVÍDUO?..........................................................................................................82
3.1 O "MERCADO" DE ÓRGÃOS HUMANOS ....................................................82
3.1.1 Brasil ...........................................................................................................85
3.1.1.1 Conexão Brasil-África do Sul-Israel...........................................................87
3.1.2 China ...........................................................................................................88
3.1.3 Romênia ......................................................................................................89
3.1.4 África do Sul ...............................................................................................90
3.1.5 Argentina.....................................................................................................90
3.1.6 Estados Unidos ..........................................................................................92
3.1.7 Israel............................................................................................................93
3.1.8 Moldávia......................................................................................................94
3.1.9 Índia.............................................................................................................94
3.1.10 Iraque.........................................................................................................96
3.1.11 Rússia........................................................................................................97
3.2. A TENDÊNCIA LIBERTARIANA/UTILITARISTA ANGLO-SAXÃ.................99
3.3. ARGUMENTOS RECORRENTES: A DIGNIDADE HUMANA E A ÉTICA DA
ALTERIDADE DE LEVINAS COMO POSSÍVEIS (?) LIMITES..........................105
3.3.1 Argumentos Recorrentes ........................................................................106
3.3.2 Dignidade Humana...................................................................................110
3.3.3 O Encontro com o Outro: Breve Reflexão a Partir da Alteridade em
Levinas...............................................................................................................115
3.4 TRATAMENTO NO DIREITO COMPARADO...............................................117
3.5 TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS E PROTEÇÃO DE BENS JURÍDICO-PENAIS
............................................................................................................................118
3.6 TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS E A POSSIBILIDADE DO CONSENTIMENTO
DO OFENDIDO...................................................................................................124
4 UM ESTUDO ACERCA DA POSSIBILIDADE DA VENDA DE ÓRGÃOS
HUMANOS: ANÁLISE DE OPINIÕES DE UMA POPULAÇÃO ENTREVISTADA
..............................................................................................................................127
4.1 OBJETIVOS..................................................................................................127
4.1.1 Objetivo Geral...........................................................................................127
4.1.2 Objetivos Específicos ..............................................................................127
4.2 METODOLOGIA ...........................................................................................128
4.2.1 Tipo de Levantamento .............................................................................128
4.2.2 Análise dos Dados ...................................................................................128
4.2.3.População/Amostra..................................................................................129
4.2.3.1 Critérios de Inclusão................................................................................129
4.2.3.2 Critérios de Exclusão...............................................................................130
4.2.4 Comentários Ético-Legais .......................................................................130
4.2.5 Instrumentos.............................................................................................130
4.2.5.1 Situação 1 ...............................................................................................132
4.2.5.2 Situação 2 ...............................................................................................133
4.2.5.3 Situação 3 ...............................................................................................134
4.3 RESULTADOS..............................................................................................135
4.3.1 Características Descritas na Amostra....................................................135
4.4 DISCUSSÃO.................................................................................................141
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................146
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................150
ANEXOS .............................................................................................................165
Anexo I ...............................................................................................................166
Anexo II ..............................................................................................................172
Anexo III .............................................................................................................175
INTRODUÇÃO
Ao longo dos anos temos visto uma técnica, antes experimental, aprimorar-se
e chegar a um estágio tamanho de desenvolvimento, que acabou por atrair e dar
esperança a muitos doentes, antes sem perspectiva alguma de melhora ou, até
mesmo, de sobrevivência. Trata-se do transplante de órgãos humanos e, como não
poderia ser diferente, o seu surgimento acabou por gerar uma série de reflexos nas
relações sociais. Como o Direito surge para harmonizar estas relações, o Estado
teve de intervir para regulamentar os procedimentos de retirada de órgãos, até
mesmo, eventualmente, com a criação de tipos penais.
Este tema, por vezes, gera polêmica em razão da diversidade de mundos
morais com os quais convivemos. Isto se mostrou latente quando do mal estar geral
causado pela introdução da “doação presumida” em nosso país, através da Lei n.
o
9.434/97. Havia um temor generalizado no sentido de que alguém poderia retirar os
órgãos de um ente querido (ou os seus próprios), caso não houvesse declaração em
contrário consignada em algum dos documentos previstos no diploma legal. O
relatado acima é apenas um dos exemplos dos grandes conflitos que emanam de
tão rica temática. Os aspectos criminais, particularmente, não têm merecido a devida
atenção pela doutrina jurídica. Da mesma forma, raros são os casos que chegam ao
crivo do Poder Judiciário, a despeito das incessantes notícias e até de estudos
publicados sobre o chamado “mercado humano”.
Em muitas situações existe um descompasso entre os nossos ideais, a nossa
vontade e o ordenamento jurídico com a realidade social. Por exemplo, a dignidade
da pessoa humana, expressamente prevista em nossa Carta Magna no ano de
1988, apesar de inquestionável como valor basilar de todo nosso ordenamento
jurídico, não é absoluta. Isto revela-se especialmente verdadeiro no caso do
comércio de órgãos onde, de um lado, encontra-se a dignidade humana, no âmbito
da coletividade, versus a do indivíduo que pratica tal ato com o objetivo de sanar
suas mais básicas necessidades.
Quando os casos de tráfico de órgãos passam não mais a ser rumores, mas
notícias confirmadas e com repercussão perante o Poder Judiciário
1
e também como
tema de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
2
, pensamos ser hora de refletir
atentamente sobre este problema. Ademais, um relatório de 2004 do Ministério de
Ciência e Tecnologia da Alemanha, aponta o Brasil como um dos maiores
fornecedores de órgãos para a Europa.
3
Na realidade onde estamos inseridos, então, pensamos ser fundamental a
discussão referente ao comércio de órgãos e sua justificação moral, ou não, bem
como a proibição por parte do ordenamento jurídico-penal.
Para tanto, nos utilizamos de um diálogo eminentemente interdisciplinar,
reconhecendo a insuficiência do direito para dar conta da complexidade que permeia
a malha social. Desta forma, a aproximação com a bioética e todas as suas
disciplinas correlatas (filosofia, psicologia, antropologia, entre outras) se mostra
essencial.
Mesmo sabendo da dificuldade em abandonar nossa formação de origem,
correndo o risco de, por vezes, fazer algum tipo de abordagem considerada
insuficiente sob o ponto de vista de um especialista, este foi um risco do qual não
nos furtamos de correr.
O presente estudo se divide em quatro capítulos. No primeiro, procura-se
discutir as rupturas e deslocamentos que transformaram as visões de corpo desde a
modernidade até à contemporaneidade. Ver-se-á que este relativismo cultural terá
expressão fundamental no pluralismo, cujo respeito é essencial ao debate dos temas
afeitos à bioética, sendo a visão fundada em um paradigma totalitário, fechado,
perfeito, extremamente insuficiente para dar conta dos dilemas com os quais lida-se
nesta disciplina. Desta forma, procura-se contextualizar, brevemente, o percurso do
corpo: de sagrado à profano.
No segundo capítulo, a técnica transplantatória humana se torna o principal
foco de discussão. Aborda-se a evolução do procedimento de transplantes de
1
Neste sentido, veja-se Habeas Corpus Número 34121-PE, Quinta Turma do STJ, Relatora Ministra
Laurita Vaz, Julgado em 11-05-2004.
2
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO TRÁFICO DE ÓRGÃOS HUMANOS. Relatório
Final. Disponível em:
<http://www2.camara.gov.br/comissoes/temporarias/cpi/encerradas.html/cpiorgao/relatoriofinal.pdf>
Acesso em: 15 jul. 2005.
3
DEUTSCHE GESELSCHAFT FÜR TECHNISCHE ZUSAMMENARBELT. Coercion in the Kidney
Trade? A background study on trafficking in human organs worldwide. Disponível em:
<http://www.gtz.de/de/dokumente/en-svbf-organ-trafficking-e.pdf > Acesso em: 12 maio 2005.
órgãos humanos, bem como o acompanhamento legislativo pátrio que surgiu em
decorrência daqueles progressos. Também são estudados os requisitos para a
realização desta cirurgia, tanto para a modalidade inter vivos quanto post mortem.
Ainda, tenta-se mostrar como os dilemas éticos referentes a este tema foram
deslocados da sua justificação moral para a de distribuição de órgãos humanos, face
à escassez. Por fim, são suscitadas futuras esperanças à amenização deste
problema, no entanto, é ressaltado o estágio inicial das técnicas, o que leva à
procura por este recurso escasso através de via diversa da legal.
O mercado de órgãos humanos passa a ser discutido a partir do terceiro
capítulo. Nele são citados diversos casos confirmados da prática de venda de
órgãos humanos, em variados países, inclusive o nosso. Após, a discussão bioética
do problema é realizada, trazendo argumentos prós e contras. Os aspectos jurídico-
penais, especialmente a análise relativa aos bens jurídicos protegidos na Lei n.
o
9.434/97, a análise dogmática de seus tipos penais e a aproximação da
problemática à luz do consentimento do ofendido também são estudados.
Por fim, no quarto capítulo é apresentada a pesquisa de campo acerca da
possibilidade de venda de órgãos humanos, feita através da aplicação de
questionários a 450 entrevistados, em três grupos diferentes (profissionais e
acadêmicos de Medicina e outras ciências da saúde; profissionais e acadêmicos do
Direito e comunidade em geral), na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O
estudo buscou investigar como algumas pessoas se posicionam a respeito do dilema
existente entre a autonomia dos indivíduos para venderem seus órgãos e a vedação
deste ato pelo ordenamento jurídico pátrio. Dadas três situações, onde apenas a
realidade financeira da protagonista era o diferencial, obteve-se divisão nas opiniões
encontradas. O conjunto da saúde revelou uma tendência mais conservadora,
assentada no legalismo. Os profissionais e acadêmicos do Direito, em sentido
diverso, mostraram-se mais suscetíveis a realizar a venda, adotando uma postura
notadamente mais liberal, enquanto a comunidade em geral demonstrou tendência a
uma posição intermediária.
No Brasil, esta foi a primeira pesquisa realizada acerca deste tema. Dadas as
informações de casos confirmados em nosso país, pensa-se ser a amplificação
deste debate algo extremamente necessário nos dias atuais.
Finalizada esta breve introdução, passamos a verificar:
Como chegamos ao questionamento relativo à possibilidade de comércio
de órgãos humanos?
Por qual razão ele não existia até tempos atrás?
Quais foram as condições que propiciaram esta dúvida?
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Produto do racionalismo moderno, a revolução biotecnológica iniciada no
século XX e que perdura no atual, teve como um de seus mais destacados produtos
os transplantes de órgãos humanos. Estes jamais estiveram distantes de polêmicas
e dilemas éticos. Primeiramente, a novidade inerente à técnica causava
desconfiança. Em um segundo momento, com o desenvolvimento de medicamentos
inibitórios da rejeição, o procedimento passou a ser tão comum como qualquer outro
na Medicina. Além dos benefícios, adveio um especialmente grave problema com
esta disseminação: a escassez.
A partir da dramatização das situações de pessoas esperando em lista,
passou-se a pensar em alternativas para amenizar o problema, entre as quais a
venda de órgãos humanos. Esta sugestão, impensável em uma sociedade holística
medieval, passou a ser possível a partir da transição da categoria pessoa para a de
indivíduo.
Este indivíduo, imerso em uma sociedade onde a complexidade, a velocidade,
a incerteza, a fluidez e a indeterminação o circundam, entra em crise. Valores
secularmente afirmados, conseqüentemente, são postos em cheque. Perdido,
procura por soluções fáceis, para problemas cujas nuances, até então, não estava
acostumado a lidar.
Reflexo disto é o chamado fenômeno do paliativismo
4
, inicialmente forjado na
comunidade médica para descrever aqueles cuidados possíveis para casos de
doentes terminais, visando a diminuir o sofrimento ou melhorar, dentro do possível, a
qualidade de vida destes, quando o mais possibilidade de recuperação do
enfermo, acaba por ser estendido às grandes questões sem resposta de nossa
época. Exemplo disto é a política criminal brasileira, com a sua tendência em
aumentar penas e restringir liberdades, ao invés da adoção de medidas
comprovadamente mais eficazes, como a tentativa de uma maior geração de
empregos e a busca por uma renda mínima digna.
A situação não é diferente em relação ao comércio de órgãos humanos. O
anúncio do fracasso do altruísmo parece ser mais uma manifestação da tentativa da
introdução de idéias paliativas, imediatistas. É justamente nos países onde a
tendência libertário-utilitarista aparece com maior força, onde, coincidentemente, as
taxas de negativa familiar para transplante post mortem, são exorbitantes. A
medicina preventiva, importante no sentido de evitar-se doenças que levem à
necessidade de um transplante, e as campanhas publicitárias não o citadas por
aqueles defensores da mercancia como alternativas que, a médio prazo, podem
mostrar-se eficientes.
Ainda, não pode-se ignorar o argumento de que o mesmo Estado detentor do
poder para realizar o processo legislativo necessário à autorização da venda de
órgãos, é o mesmo capaz e possuidor dos meios a atenuar o drama de esta mostrar-
se como a única alternativa viável à uma sobrevivência digna do seu cidadão. Desta
forma, a vontade política pode fazer com que a disposição remunerada não seja o
melhor possível para o vendedor no momento.
Tanto argumentos práticos como teóricos surgem para rechaçar a venda de
órgãos. Dos mais diversos pontos de vista (como o econômico, o filosófico e o
jurídico), não é possível considerá-la como opção razoável para amenizar a
justificada preocupação com a escassez.
Economicamente, em um cenário onde foi analisada as “doações” inter vivos,
a tendência aponta para uma diminuição no preço com o aumento da oferta, para o
caso da legalização. Além disto, ainda que se tentasse restringir o comércio somente
a uma região específica do globo, não como evitar a diferença entre os preços
praticados nos países mais pobres e os mais ricos, sendo impossível evitar o, neste
caso positivado, turismo transplantatório. O baixo benefício econômico auferido pelo
vendedor, levando-se em consideração as conseqüências normalmente observadas
(dor crônica, fraqueza, ansiedade e depressão, desentendimentos familiares e
estigmatização social), bem como o fato de o dinheiro, via de regra, ser gasto
rapidamente, sendo que os efeitos na saúde e na vida social do vendedor são
cicatrizes permanentes, são outros argumentos a não recomendar a disposição
remunerada.
4
GOLDIM, José Roberto. Tipos de Tratamentos. Disponível em:
<http://www.ufrgs.br/bioetica/cattipo.htm> Acesso em 01 de Set. de 2006.
Sob o ponto de vista filosófico, argumentos kantianos e os fundados na ética
da alteridade, sob a perspectiva de Levinas, também nos levam a igual conclusão. A
perspectiva de enxergar um ser humano como um mero repositório de órgãos,
ofende tanto a máxima de enxergar-se o homem sempre como um fim em si mesmo,
nunca como um meio, quanto sob a perspectiva do encontro com o outro. Neste
sentido, a ética não pode ser vista como algo secundário ou um enfeite da vida, mas
como o conteúdo mais profundo da própria vida, que no processo de se encontrar
com o que a constitui, lhe dá sentido.
5
O princípio da dignidade humana, como informador e basilar à toda a ordem
jurídica, também não pode ser ignorado. A redução do corpo a um mero objeto não
estaria em consonância com este valor fundamental, pois a autonomia do indivíduo
também deve estar subordinada a ele.
Além de ser um direito fundamental do indivíduo, a vida é também um
interesse que cabe ao Estado e também à humanidade, em função de sua
conservação, proteger. Desta forma, considerando-se a possibilidade do comércio
de órgãos humanos inter vivos, da mesma maneira que a ninguém é legítima a
alienação de direitos fundamentais, como o exemplo da liberdade, também não se
admite alienar a própria vida, em nenhuma das suas dimensões (incluída aí a
integridade corporal).
Relativamente à mesma possibilidade post mortem, entendimento análogo se
impõe. O evento morte não implica, necessariamente, a não inobservância da
dignidade humana, pois o corpo ainda revela os resquícios fundamentais da
identidade do homem.
Sob o prisma do consentimento do ofendido, a sua aplicação, neste caso,
também deve ser refutada, eis que os bens jurídicos envolvidos são indisponíveis.
Ainda que se considere o contrário, não seria possível admitir tal aplicação, pois se
constituiria crime-meio para a prática de outros ilícitos.
A ausência de argumentos que resistam a uma análise ético-jurídica se reflete
no direito comparado. Em nenhum país ocidental foi encontrada legislação
permissiva ao comércio de órgãos, sendo que diversas diretivas, resoluções e
convenções são expressas no sentido da preocupação com a prática, a vedando de
forma veemente. O Brasil não constitui exceção, sendo o artigo 15 da Lei n.º
5
SOUZA, Ricardo Timm de. Ética Como Fundamento: Uma Introdução à Ética Contemporânea.
São Leopoldo: Nova Harmonia, 2004. p. 58.
9.434/97 bastante claro neste sentido. Somente no Irã, ainda assim sob condições
particulares, são permitidos tais atos.
O sentimento da população em relação à mercancia é essencial, eis que o
órgão humano é um bem da vida dependente de um fator peculiar: a solidariedade.
Portanto, toda e qualquer intervenção do poder público relativa aos transplantes
humanos deve levar, necessariamente, em consideração estas condições para não
prejudicar o sistema (como ocorreu no caso da doação presumida).
Ainda que não seja possível considerar como definitivas as observações
extraídas da pesquisa de opinião realizada, face às limitações pormenorizadas,
imprescindível notar-se a drástica divisão de opiniões, mesmo em um caso extremo,
como o apresentado. Outras pesquisas neste sentido são necessárias para auxiliar a
entender alguns questionamentos como, exemplificativamente: Seria possível a
convivência de um sistema altruístico com um pago? Ainda que fosse permitida a
venda de órgãos humanos, a escassez seria atenuada? Quais são as diferenças
entre as visões acerca da possibilidade de concreção deste comércio nos diversos
estados brasileiros?
Apesar de constatarmos a crise do indivíduo contemporâneo, lembramos que
ela não nos impede de ter posições claras, convicções relativas a temas importantes
como este, respeitando-se as opiniões em contrário. Ressaltamos que o relativismo
cultural, importante fator na promoção da diferença, pois voz também àqueles
tradicionalmente excluídos do debate ético, promovendo o pluralismo, não deve ser
visto de forma inconseqüente. Assim como considera-se indesejável o triunfo de
uma racionalidade totalizante, isto também revela-se verdadeiro para o caso de uma
relativização desmedida de todo e qualquer valor, podendo-se gerar excessos.
O comércio ilegal de órgãos humanos já está entre as atividades ilícitas mais
lucrativas da atualidade, o que nos leva a clamar por maior debate. Por enquanto,
manifestamos a nossa preocupação, pois, se para salvarmos vidas isto significar a
necessidade de vendermos órgãos, qual será o preço?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALHO, Clarice Sampaio. Ética, Genética e Biotecnologia: o uso de células-tronco. In:
CLOTET, Joaquim; FEIJÓ, Anamaria; OLIVEIRA, Marília Gerhardt (org.). Bioética
uma visão panorâmica. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2005. p. 37-58.
ARGENTINA Uncovers Patients Killed for Organs. British Medical Journal, Londres, n.
304, 25 abr. 1992. p. 1073-1074.
ARMANI, Carlos Henrique. Tempo, História e Interdisciplinaridade. In: CANCELLI,
Elizabeth; GAUER, Ruth M. Chittó. Sobre Interdisciplinaridade. Caxias do Sul:
Educs, 2005. p. 65-74.
ÁVILA, Boêmia Helena Noronha de. Qualidade de Vida em Pacientes com
Transtornos Alimentares. Porto Alegre: PUCRS, 2004. Dissertação (Mestrado em
Psicologia Social e da Personalidade), Faculdade de Psicologia, Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2004.
ÁVILA, Gustavo Noronha de; ÁVILA, Gerson Antônio de; GAUER, Gabriel José Chittó. O
“Veto Familiar” na Legislação de Transplantes de Órgãos. In: Revista Eletrônica da
Sociedade Rio-Grandense de Bioética. vol. 1, n. 1, out. 2005. Disponível em:
<http://www.sorbi.org.br/revista/1/vetofamiliar.pdf> Acesso em: 19 set. 2006.
_______________________________________________________________________
. Is The Unified List System For Organ Transplants Fair? Analysis Of Opinions From
Different Groups in Brazil. Bioethics, Oxford, v. 17, n. 5-6, p. 425-431, 2003.
AZEVEDO, Marco Antônio Oliveira de. Bioética Fundamental. Porto Alegre: Tomo
Editorial, 2002.
BAGHERI, A. Organ Transplantation Laws in Asian Countries: A Comparative Study.
Transplantation Proceedings, v. 37, n. 10, dez. 2005. p. 4159-4162.
BARILAN, Michael Y. Bodyworlds And The Ethics Of Using Human Remains: A
Preliminary Discussion. Bioethics. v. 20, n. 5, p. 233-241, sept. 2006.
BARNETT, Andrew H.; BLAIR, Roger D.; KASERMAN, David L. Improving Organ
Donation: Compensation versus Markets. In: CAPLAN, Arthur L. (org.); COELHO,
Daniel (org.). The Ethics Of Organ Transplants – The Current Debate. Nova
Iorque: Prometheus Books, 1998. p. 208-218.
BARROS, Washington Monteiro de. Curso de Direito Civil Parte Geral. 39. ed. São
Paulo: Saraiva, 2003.
BAUMER, Franklin L. O Pensamento Europeu Moderno. Lisboa: Edições 70, 1990, p.
39. v. II.
BEAUCHAMP. Tom L; WALTERS, LeRoy. Contemporany Issued In Bioethics. 6. ed.
Nova Iorque: Thomson-Wadswoth, 2003.
BEAUCHAMP, T. CHILDRESS, J.. Principles Of Biomedical Ethics. New York: Oxford,
2001.
BECK, Ulrich. La Sociedad del Riesgo: hacia una nueva modernidad. 3. ed. Paidós:
Barcelona, 2002.
BENTHAM, Jeremy. Uma Introdução aos Princípios da Moral e da Legislação. In:
MORRIS, Clarence (org.). Os Grandes Filósofos do Direito. São Paulo: Martins
Fontes, 2002. p. 260-287.
BERGSON, Henri. Matéria e Memória. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
BERLINGUER, Giovanni; GARRAFA, Volnei. O Mercado Humano. 2.ed. Brasília: UnB,
2001.
BLUMSTEIN, James F. Legalizing Payment for Transplantable Cadaveric Organs. In:
KUHSE, Helga (org.); SINGER, Peter (org.). Bioethics An Anthology. Oxford:
Blackwell, 2003. p. 391-400.
BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. Rio de
Janeiro: Campus, 1992.
BOFF, Almerindo Antônio. Transtorno Dismórfico Corporal. In: CATALDO NETO (org.);
GAUER (org.); FURTADO (org.). Psiquiatria Para Estudantes de Medicina. Porto
Alegre: EDIPUCRS, 2003. p. 472-479.
BRASIL. Comissão Parlamentar de Inquérito Tráfico de Órgãos Humanos. Relatório
Final. Disponível em:
<http://www2.camara.gov.br/comissoes/temporarias/cpi/encerradas.html/cpiorgao/rel
atoriofinal.pdf> Acesso em: 15 jul. 2005.
BRASIL. Decreto n.º 2.268 de 30 de junho. Regulamenta a Lei nº 9.434, de 4 de
fevereiro de 1997, que dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo
humano para fim de transplante e tratamento, e outras providências. In: Base da
Legislação Federal. Disponível em:
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1997/d2268.htm> Acesso em: 16 out.
2006.
______. Lei n.º 9.434 de 4 de fevereiro de 1997. Dispõe sobre a remoção de órgãos,
tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento e outras
providências. In: Base da Legislação Federal. Disponível em:
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9434.htm> Acesso em: 16 out. 2006.
______. Ministério da Saúde. Portaria n.º 1.160. Modifica os critérios de distribuição de
fígado de doadores cadáveres para transplante, implantando o critério de gravidade
de estado clínico do paciente. In: Saúde Legis. Disponível em:
<http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2006/GM/GM-1160.htm> Acesso
em: 15 jun. 2006.
______. Superior Tribunal de Justiça. Habeas Corpus. Processual Penal. Tráfico
internacional de órgãos. Prisão preventiva. Alegada ausência de fundamentação.
Improcedência. Garantia da ordem pública. Habeas Corpus n. 34121/PE. Ana Flávia
Dantas Cardoso e Tribunal Regional Federal da Região. Relatora Ministra Laurita
Vaz. 11 de maio de 2004. Diário da Justiça, Brasília, 25 jun. 2004. p. 245.
BRITO, César Luís de Souza; MOMBACH, Karin Daniele. Bulimia. In: CATALDO NETO,
Alfredo (org.); GAUER, Gabriel José Chittó (org.); FURTADO, Nina Rosa (org.).
Psiquiatria Para Estudantes de Medicina. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003. p. 506-
510.
_________________________; ______________________. Transtorno do Comer
Compulsivo. In: CATALDO NETO (org.); GAUER (org.); FURTADO (org.),
Psiquiatria Para Estudantes de Medicina. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003. p. 516-
518.
BURROWS, Lewis. Selling Organs For Transplantation. The Mount Sinai Journal Of
Medicine, v. 4, n.71, set. 2004. p. 251-254.
CALIFORNIA PACIFIC MEDICAL CENTER. Questions and Answers about MELD.
Disponível em: <http://www.cpmc.org/advanced/liver/patients/topics/MELD.html>
Acesso em: 31 mar. 06.
CAMPBELL, Courney S. Harvesting the Living? Separating “Brain Death” and Organ
Transplantation. Kennedy Institute of Ethics Journal. v. 14, n. 3, p. 301-317, set.
2004.
CAMUS, Albert. O Homem Revoltado. 3. ed. Rio de Janeiro: Record, 1997.
CAPLAN, Arthur L.; COELHO, Daniel. Commodification. In: CAPLAN, Arthur L. (org.);
COELHO, Daniel (org.). The Ethics Of Organ Transplants The Current Debate.
Nova Iorque: Prometheus Books, 1998. p. 193-195.
CARDOSO, Alaércio. Responsabilidade Civil e Penal dos Médicos nos Casos de
Transplantes. Belo Horizonte: Del Rey, 2002.
CARNEIRO, Eliana Faleiros Vendramini. Aspectos Penais da Lei de Transplante de
Órgãos. São Paulo: Dissertação (Mestrado em Direito), Faculdade de Direito,
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2005.
CASABONA, Carlos Maria Romeo. Los Transplantes de Órganos (informe y
documentación para la reforma de la legislación española sobre transplantes de
órganos). Barcelona: Bosch, 1979.
CHENGAPPA, Rai. The Organs Bazar. India Today, jul. 1990. p. 30-37.
China Aprova Lei Anti-Tráfico de órgãos. Disponível em:
<http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2006/07/060716_chinaorgaos_crg.s
html> Acesso em: 01 ago 2006.
China Nega Venda de Órgãos de Presos Executados. Disponível em:
<http://www.bbc.co.uk/portuguese/repoerterbbc/story/2006/09/060928_chinaorgaom
p.shtml> Acesso em: 15 out. 2006.
CHINA’S Human-Organ Trade Highlighted by US arrest of ‘salesman’. The Lancet, n.
9104, 7 mar. 1998. p. 735.
CHIONG, Winston. Brain Death Without Definitions. The Hastings Center Report. v. 35,
n. 6, p. 20-30, nov.-dez. 2005.
CHRISTINI, Rodrigo. Um Breve Apanhado Sobre a Lei 9.434, de 04 de Fevereiro de
1997, que Dispõe Sobre a Remoção de Órgãos, Tecidos e Partes do Corpo Humano
para Fins de Transplante e Tratamento Críticas à Posição da OAB-RS. Jornal
Síntese. Porto Alegre, nov. 1997. p. 5-6.
CLOTET, Joaquim. Bioética: uma aproximação. 2. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006.
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. São Paulo: Saraiva, 2003. v. 1.
COIMBRA, Cícero Galli. Apnéia na Morte Encefálica. Disponível em:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm> Acesso em: 11 ago. 2006.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução n.º 1.346/91. Disponível em:
<http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cfm/1991/1346_1991.htm> Acesso em:
05 mai. 2005.
_________________________________. Resolução n.° 1.480/97. Disponível em:
<http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cfm/1997/1480_1997.htm> Acesso em:
15 ago. 2006.
COSTA ANDRADE, Manuel da. Consentimento e Acordo em Direito Penal. Coimbra:
Coimbra Editora, 1991.
COSTA JÚNIOR, Paulo José da. Código Penal Comentado. 8.ed. São Paulo: DPJ
Editora, 2005.
D’AGOSTINO, Francesco. Bioética – Segundo o Enfoque da Filosofia do Direito. São
Leopoldo: Editora Unisinos, 2006.
D’AVILA, Fábio. A Crise da Modernidade e as suas Conseqüências no Paradigma
Penal (Um breve excurso sobre o Direito Penal do Risco). Disponível em:
<http://www.mundojuridico.adv.br/sis_artigos/artigos.asp?codigo=70> Acesso em: 12
ago. 2006.
DALL’AGNOL, Darlei. Bioética: princípios morais e aplicações. Rio de Janeiro: DP&A,
2004.
DAVID NETO, Elias. Entrevista à Drauzio Varella. Disponível em:
<http://www.drauziovarella.com.br/entrevistas/trins9.asp> Acesso em: 07 jul. 2006.
DAVIS, R. Study: Organ donation needs push. In: USA Today, 03 maio 2006. p. 7
DELGADO, Malu. Lista de transplantes, na prática, não existe. Jornal Folha de São
Paulo, São Paulo, 23 abr. 2006. p. C1.
DEPARAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS
SOCIOECONÔMICOS. Salário Mínimo Nominal e Necessário. Disponível em:
<http://www.dieese.org.br/rel/rac/salminset06.xml> Acesso em: 20 ago. 2006.
DESCARTES, René. Discurso do Método. São Paulo: Martin Claret, 2005.
DINIZ, Débora. As Fronteiras da Pesquisa Antropológica: Ética, Autonomia e Tráfico de
Órgãos. Um comentário a The Global Traffic in Human Organs, de Nancy Scheper-
Hughes. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro, n.17, v. 1, p: 215-219, jan.-
fev. 2001.
DINIZ, Maria Helena. O Estado Atual do Biodireito. São Paulo: Saraiva, 2001.
DOAÇÃO de Órgãos Gera Resistência. Correio do Povo, Porto Alegre, 14 jan. 1998.
DOTTI, René Ariel. Transplantes de Órgãos. Bioética, Brasilia, v. 2, n. 2, 1996. p. 192-
196.
DRUMOND, José Geraldo de Freitas. Transplante de órgãos: a nova legislação e o
restabelecimento da autonomia. Bioética, Brasília, v. 8, n. 1, 2000. p. 149-152.
DUMONT, Louis. O Individualismo. Rio de Janeiro: Rocco, 1985.
ELIAS, Norbert. A Sociedade dos Indivíduos. Rio de Janeiro: Zahar, 1996.
ENGELHARDT, Thristam Jr. Fundamentos da Bioética. São Paulo: Edições Loyola,
2002.
ERIN, Charles A.; HARRIS, John. An Ethical Market In Human Organs. Journal Of
Medical Ethics, v. 3, n. 29, jun. 2003. p. 137-141.
ETHICAL Flows in Romania’s Health Reform. The Lancet, n. 9528. 24-30 jun. 2006. p.
2059.
FARIA, Maria Paula Bonifácio Ribeiro de. Aspectos Jurídico-Penais dos Transplantes.
Porto: Universidade Católica Portuguesa, 1995.
FEIJÓ, Anamaria Gonçalves dos Santos. Utilização de animais na investigaçao e
docência: uma reflexão ética necessária. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2005.
FIGUEIREDO DIAS, Jorge de. Questões Fundamentais do Direito Penal Revisadas.
São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.
FINKEL, Michael. Complications. New York Times Magazine, 27 maio 2001. p. 28.
FLEIG, Mario. O mal estar no corpo. In: In: KEIL, Ivete (Org.); TIBURI, Márcia (Org). O
Corpo Torturado. Porto Alegre: Escritos, 2004. p. 131-139.
FOUCAULT, Michel. A Microfísica do Poder. 20.ed. Rio de Janeiro: Graal, 2004.
________________. O Nascimento da Clínica. 5. ed. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 1998.
FRANCO, Alberto Silva. Anencefalia: breves considerações médicas, bioéticas, jurídicas
e jurídico-penais. Revista dos Tribunais, v. 833, mar. 2005. Disponível em:
<http://www.usp.br/nemge/textos_relacoes_juridicas/anencefalia_silvafranco.pdf>.
Acesso em 15 de Ago. de 2006.
FUKUYAMA, Francis. Nosso futuro pós-humano: conseqüências da revolução da
biotecnologia. Rio de Janeiro: Rocco, 2003.
GARCIA, Valter Duro. Doação e Transplante de Órgãos Enfoque do Doador e do
Receptor. In: I Congresso Brasileiro de Biodireito, 1999, Porto Alegre. Anais. Porto
Alegre: OAB/RS, 2000. p. 83-100.
GAUER, Ruth Maria Chittó. A Modernidade Portuguesa e a Reforma Pombalina de
1772. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1996.
______________________. O Reino da Estupidez e o Reino da Razão. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2006.
GERMAN Doctors Condemn Kidney Offer. British Medical Journal, n. 7271, 18 nov.
2000. p. 1243.
GERMAN NATIONAL ETHICS COUNCIL. The Import of Human Embryonic Stem
Cells. Berlim: German National Ethics Council, 2002.
GHERARDI, Carlos. Muerte Cerebral Uma Mirada Crítica y Reflexiva. In: GARAY,
Oscar Ernesto (org.). Responsabilidade Profesional de Los Médicos: Ética,
Bioética y Jurídica: Civil y Penal. Buenos Aires: La Ley, 2003. p. 610-618.
GIROD, Jennifer. The Organ Business. The Christian Century, v. 14, n. 119, 3-10 jul.
2002. p. 30-32.
GOLDENBERG, Mirian (Org.). Nu & Vestido. Rio de Janeiro: Record, 2002.
GOLDIM, José Roberto. Alteridade. Disponível em:
<http://www.ufrgs.br/bioetica/alterid.htm.> Acesso em: 15 ago. 2006.
_____________________________. Eutanásia. Disponível em:
<http://www.bioetica.ufrgs.br/eutanasi.htm#distanásia> Acesso em: 12 jan. 2006.
____________________________. Slippery Slope. Disponível em:
<http://www.ufrgs.br/bioetica/slippery.htm> Acesso em: 05 ago. 2006.
____________________________. Vulnerabilidade e Pesquisa: Aspectos Éticos,
Morais e Legais. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/bioetica/vulnepes.htm>
Acesso em: 12 jul. 2006.
GRACIA, Diego. Ética de Los Confines de la Vida. Bogotá: El Búho, 1998.
HALL, Stuart. Identidades Culturais na Pós-Modernidade. Rio de Janeiro: DP&A,
1997.
HEALTH-India: Kidney Trade Alive And Well As Laws Are Ignored. Global Information
Network, Nova Iorque, 4 fev. 2003. p. 14.
IONESCU, Camiola. Donor charged in Romania’s first organ trafficking trial. The Lancet,
n. 9475, 4-10 jun. 2005. p. 1918.
Justiça Absolve Vendedores de Rins. Disponível em:
<http://www.saude.df.gov.br/003/00301009.asp?ttCD_CHAVE=27767> Acesso em:
15 jan. 2006.
Justiça Federal de Pernambuco Condena 12 Acusados de Tráfico de Órgãos
Humanos. Disponível em:
<http://www.espacovital.com.br/asmaisnovas20122004q.htm> Acesso em: 03 mar.
2006.
KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes e Outros Escritos.
Martin Claret: São Paulo, 2005.
KARAKATSANIS, K.G; TSANKAS, J.N. A Critique on the Concept of “Brain Death”.
Issues in Law & Medicine, v. 18, n, 2, p. 127-141, 2002.
KASERMAN, David L. ‘Should We Sell Human Organs?’ Correction of a Faulty Analysis.
International Journal of Social Economics, v. 10, n. 30, 2005. p. 893-898.
KEHL, Maria Rita. Três Perguntas sobre o Corpo Torturado. In: KEIL, Ivete (Org.);
TIBURI, Márcia (Org). O Corpo Torturado. Porto Alegre: Escritos, 2004. p. 9.
KEIL, Ivete; TIBURI, Márcia. Diálogo sobre o Corpo. Porto Alegre: Escritos, 2004. p.
09-19.
KIDNEY-sale bidding raises eyebrows. U.S. News & World Report, v.10, n.127, 13 set.
1999. p. 10.
KLOSSOWSKY, Pierre. Nietzsche e o Círculo Vicioso. Rio de Janeiro: Pazulin, 2000.
KNAUTH, Daniela. Transplantes e Moralidade. Revista do HCPA, Porto Alegre, v. 15, n.
2,, p. 18-25, 1997.
KOLNSBERG, Heather R. An Economic Study: Should We Sell Human Organs?
International Journal Of Social Economics, v. 10, n. 30, 2003. p. 1049-1069.
LAMB, David. Transplantes de Órgãos e Ética. São Paulo: Hucitec, 2000.
LEITE, Rita de Cássia Curvo. Transplantes de Órgãos e Tecidos e os Direitos da
Personalidade. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2000.
LEITE JÚNIOR, Pedro. O Problema dos Universais. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2001.
LÉVI-STRAUSS, Claude. La Identidad. Buenos Aires: Lapalma, 1992.
LEVINAS, Emmanuel. Entre s Ensaios Sobre a Alteridade. 3. ed. Rio de Janeiro:
Vozes, 2004.
LEVITT, Steven D; DUBNER, Stephen J. Freakonomics – O Lado Oculto e Inesperado
de Tudo que nos Afeta. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
LIMA, Madalena. Transplantes Relevância jurídico-penal (legislação actual).
Coimbra: Livraria Almedina, 1996.
LIPOVETSKY, Gilles. La era del vacío: Ensayos sobre el individualismo
contemporâneo. Barcelona: Editorial Anagrama, 2002.
LOCH, Jussara de Azambuja; KIPPER, Délio José; GAUER, Gabriel José Chittó.
Bioética, Psiquiatria e Estudante de Medicina. In: CATALDO NETO, Alfredo (org.);
GAUER, Gabriel José Chittó (org.); FURTADO, Nina Rosa (org.). Psiquiatria Para
Estudantes de Medicina. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003. p. 91-97.
HARRIS, John. Would Aristotle Have Played The Russian Roulette? Journal of Medical
Ethics, v. 22, n 4, p. 209-215, 1996.
ITÁLIA. Código Civil Italiano. 1865. Disponível em:
<http://www.jus.unitn.it/CARDOZO/Obiter_Dictum/codciv/home.html> Acesso em: 15
set. 2006.
MACHADO, Roberto. Nietzsche e a Verdade. Rio de Janeiro: Graal, 1999.
MAFFESOLI, Michel. O Tempo das Tribos: o declínio do individualismo nas
sociedades de massa. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1998.
MARREY NETO, José Adriano. Transplantes de órgãos: disposições penais. São
Paulo: Saraiva, 1992.
MARTIN, Leonard M. Eutanásia e Distanásia. In: COSTA, Sérgio Ibiapina Ferreira;
GARRAFA, Volnei; OSELKA, Gabriel (org.). Iniciação à Bioética. Brasília: Conselho
Federal de Medicina, 1998. p. 171-192.
MARTINS-COSTA, Judith, FERNANDES, Márcia Santana, GOLDIM, José Roberto. Lei
de Biossegurança Medusa Legislativa? Disponível em:
<http://www.bioetica.ufrgs.br/ibiosseg.htm> Acesso em: 30 jun. 2006.
Médicos Brasileiros têm Dificuldade de Fazer Diagnóstico de Morte Cerebral.
Disponível em: <http://www.adote.org.br/noticias/04-2006.htm> Acesso em: 15 ago.
2006.
MELO, Eduardo Rezende. Nietzsche e a Justiça. São Paulo: Perspectiva, 2004.
MELO, Helena; BRANDÃO, Cristina; REGO, Guilhermina; NUNES, Rui. Ethical And
Legal Issues In Xenotransplantation. Bioethics, Oxford, v. 15, n. 5-6, 2001. p. 427-
442.
MILARÉ, Edis; COIMBRA, José de Ávila Aguiar. Antropocentrismo X Ecocentrismo na
Ciência Jurídica. Revista de Direito Ambiental. São Paulo: Revista dos Tribunais,
Ano V, n. 36, outubro-dezembro de 2004. p. 9-42.
MILL, John Stuart. Utilitarismo. In: MORRIS, Clarence (org.). Os Grandes Filósofos do
Direito. São Paulo: Martins Fontes, 2002. p. 364-399.
MIRANDA, Jorge. Manual de Direito Constitucional. Tomo 4 Direitos Fundamentais.
2. ed. Coimbra: Coimbra Editora, 1998.
MORIN, Edgar. Introdução ao Pensamento Complexo. Porto Alegre: Sulina, 2006.
NIETZSCHE, Friedrich. Obras Incompletas. São Paulo: Nova Cultural, 1996.
NOZICK, Robert. The Entitlement Theory Of Justice. In: LAFOLLETTE, Hugh (org.).
Ethics In Practice – An Anthology. Oxford: Blackwell, 1997.p. 527-539.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura. Declaração Universal sobre Bioética e Direitos
Humanos. 19 de Outubro de 2005. Disponível em:
<http://www.mct.gov.br/upd_blob/8685.pdf#search=%22declara%C3%A7%C3%A3o
%20universal%20bio%C3%A9tica%20direitos%20humanos%22> Acesso em: 30 jul.
2006.
OST, François. A Natureza à Margem da Lei A Ecologia à Prova do Direito. Lisboa:
Instituto Piaget, 1995.
PARIZI, Regina Ribeiro, SILVA, Nei Moreira da. Transplantes In: COSTA, Sérgio Ibiapina
Ferreira; OSELKA, Gabriel; GARRAFA, Volnei (orgs.). Iniciação à Bioética. Brasília:
Conselho Federal de Medicina, 1998. p. 157-169.
PASSARINHO, Lúcia Eugênia Velloso; GONÇALVES, Mauro Pedroso; GARRAFA,
Volnei. Estudo Bioético dos Transplantes Renais com Doadores Vivos Não-Parentes
no Brasil: A Infeficácia da Legislação no Impedimento do Comércio de Órgãos.
Revista da Associação Médica Brasileira, São Paulo, v. 49, n. 4, 2003. p. 382-
388. 2003.
PATITÓ, José A.; LOSETTI, Oscar A.; GUZMÁN, Celmínia; TREZZA, Fernando C.;
STINGO, Nestor R. Tratado de Medicina Legal y Elementos de Patología
Forense. Buenos Aires: Editorial Quórum, 2003.
PAVESI, Paulo. Tráfico de Órgãos. Disponível em <http://transplantes.multiply.com/>
Acesso em: 14 jun. 2006.
PAZ, Octávio. Claude Lévi-Strauss e o Novo Festim de Esopo. São Paulo: Editora
Perspectiva, 1993.
PERELMAN, Chaim. Ética e Direito. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
PEREIRA, Victor; MARREY NETO, José Adriano. O Momento da Morte. Revista dos
Tribunais, São Paulo, v. 681, jul. 1995. p. 435-439.
PESSINI, Léo. Bioética: um grito por dignidade de viver. São Paulo: Paulinas, 2006.
PETERS, Thomas G. Life or Death: The Issue of Payment in Cadaveric Organ Donation.
In: CAPLAN, Arthur L. (org.); COELHO, Daniel (org.). The Ethics Of Organ
Transplants The Current Debate. Nova Iorque: Prometheus Books, 1998. p. 196-
204.
PIERANGELI, José Henrique. O Consentimento do Ofendido. 3.ed. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2001.
PITHAN, Lívia Haygert; BERNARDES, Fabrício Benites; PIRES FILHO, Luiz Alberto B.
Simões. Capacidade Decisória do Paciente: Aspectos Jurídicos e Bioéticos. In:
GAUER, Gabriel José Chittó; ÁVILA, Gerson Antônio de; ÁVILA, Gustavo Noronha
de. Ciclo de Conferências em Bioética. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005. p. 121-
138.
POLICE Uncover Large Scale Organ Trafficking in Punjab. British Medical Journal,
Londres, 25 jan. 2003; n. 7382. p. 180.
PRADO, Luiz Regis. Bem jurídico-penal e constituição. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2003.
________________. Código Penal Comentado. 2. ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2003.
_______________. Curso de Direito Penal Brasileiro Volume 1. 5. ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2005.
PRIGOGINE, Ilya. O fim das certezas. São Paulo: Unesp, 1996.
RADCLIFFE-RICHARDS, J. Commentary. An ethical market in human organs. Journal
Of Medical Ethics, v. 3, n. 29, jun. 2003. p. 139-140.
RADCLIFFE-RICHARDS, J.; DAAR, A. S.; GUTTMANN, R.D.; HOFFENBERG, R.;
KENNEDY, I.; LOCK, M.; SELLS, R.A; TILNEY, N. The Case For Allowing Kidney
Sales. In: CAPLAN, A.L. (org.); COELHO, D. (org.). The Ethics Of Organ
Transplants The Current Debate. Nova Iorque: Prometheus Books, 1998. p. 224-
228.
REALE JÚNIOR, Miguel. Aspectos Jurídicos do ato médico no transplante de órgãos.
Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 424, fev. 1971. p. 462-466.
_____________________. Instituições de Direito Penal Parte Geral. Rio de Janeiro:
Forense, 2002. p. 22-23. v. 1.
“Rights-Latin America: Human Traffickers Use Lure Of Better Life”. Global Information
Network, Nova Iorque, 24 ago. 2006. p. 1.
RITTER, Carlos Gomes; BONALUME, Antônio. Anorexia Nervosa. In: CATALDO NETO,
Alfredo (org.); GAUER, Gabriel José Chittó (org.) e FURTADO, Nina Rosa (org.).
Psiquiatria Para Estudantes de Medicina. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003. p. 511-
515.
ROTHER, Larry. Tracking the Sale of a Kidney on a Path of Poverty and Hope. New
York Times, Nova Iorque, 02 maio 2004. p. 1-7.
ROXIN, Claus. A Proteção de Bens Jurídicos como Função do Direito Penal. Porto
Alegre: Livraria do Advogado, 2006.
____________. Derecho Penal – Parte General. Madrid: Civitas, 1997.
RS é Campeão de Transplantes no País. Zero Hora, 07 out. 2006. p. 56.
Russian Grandmother Wanted To Sell Child For Organs. Disponível em:
<http://archives.cnn.com/2000/WORLD/europe/11/28/russia.children/index.html>
Acesso em: 17 jul. 2006.
SAGARNA, Fernando Alfredo. Los Transplantes de Órganos en El Derecho. Buenos
Aires: Depalma, 1996.
SANAL, Aslihan. “Robin Hood” of Techno-Turkey or Organ Trafficking In The State Of
Ethical Beings. Culture, Medicine and Psychiatry, n. 28, 2004. p. 281-309.
SANTOS, Rita Maria Paulina dos. Dos Transplantes de Órgãos à Clonagem: nova
forma de experimentação humana rumo à imortalidade? Rio de Janeiro:
Forense, 2000.
SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da Pessoa Humana e Direitos Fundamentais na
Constituição Federal de 1988. 3. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004.
SCARRED for life. Newsweek, Nova Iorque,16 jul. 2001. p. 20-23.
SCHAPIRO, Robyn S. Legal Issues In Payment of Living Donors for Solid Organs.
Human Rights, n. 30, v. 2, primavera de 2003. p. 19-21.
SCHEPER-HUGHES, Nancy. Biopiracy and the Global Quest For Human Organs.
NACLA Report On The Americas, Nova Iorque, v. 39, n. 5, mar.-abr. 2006. p. 14-
22.
_______________________. Keeping An Eye on The Global Traffic In Human Organs.
The Lancet, n. 9369, 10 maio 2003. p. 1645-1648.
_______________________. Kidney Kin Inside The Transatlantic Trade. Harvard
International Review, v. 4, n. 27, inverno de 2006. p. 62-65.
_______________________. O Esquema de Israel. Entrevista concedida a Eduardo
Burckhardt. Disponível em: http:
<//revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT642472-1655,00.html> Acesso em: 14
jun. 2005.
_______________________. Organs Without Borders. Foreign Policy, n. 146, jan.-fev.
2005. p. 26-27.
_______________________. Parts Unknown Undercover ethnography of the organs-
trafficking underworld. Etnography, v. 5, n. 1, 2004. p. 29-73.
_______________________. The Global Traffic In Human Organs. Current
Anthropology, v. 2, n. 41, abr. 2000. p. 191-211.
SCHEPER-HUGHES, Nancy. The Organ Last Resort. The Unesco Courier, v. 7/8, n. 54,
jul.-ago. 2001. p. 50-52.
SCHILNDWEIN, Roberto. Os Gaúchos e a Fila da Vida. Disponível em:
<http://www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&edition=54
7&template=&start=1&section=Artigos&source=Busca%2Ca284615.xml&channel=9
&id=&titanterior=&content=&menu=23&themeid=&sectionid=&suppid=&fromdate=&to
date=&modovisual=> Acesso em: 30 jun. 2006.
SÉGUIN, Elida. Transplantes de Órgãos e Membros Doadores e Receptores. In:
ZAFFARONI, Eugenio Raúl; KOSOVSKI, Ester (org). Estudos em Homenagem ao
Prof. João Marcello de Araújo Júnior. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2001. p. 151-
171.
Sete Pessoas culpadas por Tráfico de órgãos em NY. Disponível em:
<http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI199501-EI294,00.html> Acesso em:
18 out. 2006.
SGRECCIA, Elio. Manual de Bioética Vol. 1 Fundamentos e Ética Biomédica. São
Paulo: Edições Loyola, 2002.
SILVA, Helena Teresina Hubert; FRANCISCO, Alberto de; BARROS, Fabricio Silveira.
Introducción al estúdio de la ley española 30/1979, de 27 de octubre, de extracción y
transplante de órganos, en relación con la ley brasileña núm. 9.434, de 4 de febrero
de 1997. Estudos Jurídicos, São Leopoldo, v. 32, n. 84, set.-dez., 1998. p. 81-88.
_______________________________________________________________________
__. Problemas derivados de la exigencia de muerte encefálica en la donación y
transplante de órganos: referencia a la situación de anencefalia del donante.
Estudos Jurídicos, São Leopoldo, v. 32, n. 84, jan.-abr., 1999. p. 41-47.
SILVA, José Afonso da. A Dignidade da Pessoa Humana como Valor Supremo da
Democracia. Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, n. 212,
abr./jun.1998. p. 89-94.
___________________. Curso de Direito Constitucional Positivo. 24. ed. o Paulo:
Malheiros Editores, 2005.
SILVEIRA, Antônio Vinicius Amaro da. O Judiciário e a Fila da Morte. Disponível em:
http://www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=&local=&edition=534&t
emplate=&start=1&section=Artigos&source=Busca%2Ca281790.xml&channel=9&id=
&titanterior=&content=&menu=23&themeid=&sectionid=&suppid=&fromdate=&todate
=&modovisual=> Acesso em: 30 jun. 2006.
SINGER, Peter. Ética Prática. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes. 2002.
SOUTH American doctors arrested in kidney sale scandal. British Medical Journal,
Londres, n. 7517, 03 set. 2005. p. 473.
SOUZA, Paulo Vinícius Sporleder de. Bem Jurídico-Penal e Engenharia Genética
Humana Contributo para a compreensão dos bens jurídicos supra-
individuais. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
SOUZA, Ricardo Timm de. Ética Como Fundamento: Uma Introdução à Ética
Contemporânea. São Leopoldo: Nova Harmonia, 2004.
_____________________. Sobre a Construção do Sentido – O Pensar e o Agir Entre
a Vide e a Filosofia. São Paulo: Perspectiva, 2004.
_____________________. Sentido e Alteridade Dez Ensaios sobre o Pensamento
de Emmanuel Levinas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2000.
STRATENWERTH, Gunther. Zukunftssicherung mit den Mitteln des Strafrechts?
ZStW. 105, 1993.
TITMUSS, Richard M. The Gif Of Blood: From Human Blood To Social Policy. Nova
Iorque: LSE Books, 1997.
TOLEDO, Francisco de Assis. Princípios Básicos de Direito Penal. 5. ed. São Paulo:
Saraiva, 2001.
TRANSPLANTES de Órgãos. Jornal da Associação Médica Brasileira, jul.-ago. 2001.
Tráfico de Seres Humanos. Disponível em:
<http://www.mj.gov.br/Senasp/prevencao/prevencao_TSH.htm> Acesso em: 12 set.
2006.
Tráfico de Órgãos Pode Movimentar U$ 13 bilhões/ano. Disponível em:
<http://www.camara.gov.br/internet/agencia/materias.asp?pk=41199> Acesso em: 17
jul. 2006.
TURAN, Lisa; TURKENTINE, Nick; LEE, Stephen; WILLIAMS, Rob. Should Charities
Accept Money Raised Through Organ Sales?. Third Sector, Londres, 10 mar. 2004.
p. 65-70.
UBEL, Peter. Pricing Life Why It’s Time For Health Care Rationing. Londres: MIT
Press, 2001.
UNIÃO EUROPÉIA. PARLAMENTO EUROPEU. Resolução n. 23 de 2004. Disponível
em: <http://www.who.int/entity/ethics/en/ETH_EU_Directive_2004_23_EC.pdf>
Acesso em: 28 jul. 2006.
VARGA, Andrew C. Problemas de Bioética. São Leopoldo: Unisinos, 2001.
VEATCH, Robert M. Abandon The Dead Donor Rule Or Change the Definition of Death?
Kennedy Institute of Ethics Journal. v. 14, n. 3, p. 301-317, set. 2004.
VEATCH, Robert M. Utilidade e Justiça sob o Enfoque da Ética Médica. Revista PUCRS
Informação. 2001; 107: 13.
________________. Why Liberals Should Accept Financial Incentives For Organ
Procurement. Kennedy Institute of Ethics Journal, v. 13, n. 1, 2003. p. 19-36.
Venda de Órgãos para Transplantes ‘Prospera’ na China. Disponível em:
<http://www.bbc.co.uk/portuguese/repoerterbbc/story/2006/09/060927_traficoorgaoc
hinafn.shtml> Acesso em: 15 out. 2006.
VIEIRA, Tereza Rodrigues. Bioética e Direito. São Paulo: Editoria Jurídica Brasileira,
1999.
VIRILIO, Paul. A Inércia Polar. Lisboa: Dom Quixote, 1993.
YANG, Yong-Guang; WOOD, James C.; LIN, Pin; WILKINSON, Robert A.; SYKES,
Megan; FISHMAN, Jay A. Fishman; PATIENCE, Clive. Mouse Retrovirus Mediates
porcine endogenous retrovirus transmission into human cells in long-term human-
porcine chimeric mice. Journal Of Clinical Investigation. n. 114, p. 695-700, 2004.
Your Body May Be Worth More Than $45 Million. Disponível em:
<http://soundingcircle.com/newslog2.php/__show_article/_a000195-000396.htm>
Acesso em: 01 set. 2006.
Website Sells Organs from Poor Foreigners to Rich Britons. Disponível em
<http://www.medicalnewstoday.com/medicalnews.php?newsid=3737> Acesso em:
19 ago. 2006.
WEINGARTEN, Célia. Los actos de disposición de órganos o materiales anatômicos
preovenientes de personas vivas. In: GHERSI, Carlos (org.). Transplantes de
Órganos. Buenos Aires: La Ley, 2003. p. 47-58.
WILKINSON, Stephen; GARRARD, Eve. Bodily Integrity and the Sale of Human Organs.
Journal Of Medical Ethics, v. 6, n. 22, dez. 1996. p. 334-339.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Organ trafficking and transplantation pose new
challenges. Bulletin Of The World Health Organization, set. 2004; p. 82-89.
WORLD Trade and Black-Market Body Parts in China. Insight on the News, v. 17, n. 28;
30 jul. 2001. p. 34.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo