INTRODUÇÃO A EDIÇÃO PE 1979
O desenvolvimento da Ginástica olímpica, nos últimos 15
anos, exigiu a modificação do Código de Pontuação. Isto
ocorreu através da publicação das correções e complemen
tos adicionais.
A arbitragem foi fomentada mediante cursos interconti-
nentais, continentais e nacionais.
A partir de 1964, quando foi realizado o 19 Curso Inter_
continental de Arbitragem em Zurich, iniciou-se o 1º ci
clo de arbitragem, no periodo de 1964 a 30 de abril de
1968.
Em 1965 foi publicada a 2ª Edição, melhorada, do Código
de Pontuação.
0 2º ciclo de arbitragem iniciou-se com o 29 Curso In-
tercontinental de Arbitragem, em Roma, de 18 a 23 de ju
nho de 1968.
A partir de 31 de julho de 1971, passaram a vigorar as
modificações e complementações do Código de Pontuação.
0 3º ciclo de arbitragem foi introduzido com o 3º Curso
Intercontinental, em Madri, de 11 a 16 de setembro de
1971.
Pela primeira vez na história da Ginástica olímpica foi
realizado um Simpósio de Arbitragem, em Madri, de 12 a
15 de setembro de 1973.
0 objetivo do simpósio era fazer com que os presentes
formassem sua opinião a respeito de quatro palestras e
as debatessem (FIG - ING. IVANCEVIC da Iugoslávia,
TSUKAWAKI do Japão, ARKAEV da URSS e JUAN ANTÔNIO de Cu
ba), o que serviria de valiosa base para a continuidade
do trabalho sobre o Código de Pontuação.
0 Código de Pontuação, simplificado, serviu de diretriz
para o 4º Curso Intercontinental de Arbitragem, em Tho-
non-les-Bain, de 04 a 07 de setembro de 1975. Este cur-
so deu vida ao 4º ciclo de arbitragem.
Os XXI Jogos Olímpicos, em 1976, em Montreal, e o XIX
Campeonato Mundial de G.O. em Estrasburgo, em 1978, ele
varam novamente o nivel de performance, exigindo,assim,
novas modificações e também a simplificação do Código de
Pontuação.
As modificações e complementações baseiam-se em:
1- Sugestões das Federações
. no 54º Congresso da FIG em 1976 - Montreal;
. no 55º Congresso da FIG em 1977 - Roma;
. no 56º Congresso da FIG em 1978 - Estrasburgo.
2- Análises dos observadores técnicos em Jogos Olímpi-
cos, Campeonatos Mundiais, etc.
3- Experiências concretas do Comitê Técnico Masculino da
FIG.
Nos trabalhos do Código de Pontuação, desde 1964, part|
clparam, principal mente, os três Presidentes Técnicos,
primeira linha ARTHUR GANDER da Suiça,ING.IVANCEVIC
da Iugoslávia, ALEXANDER LYLO da Tchecoslováquia e seus
colaboradores RUDOLF SPIETH da RFA, KARL HEINZ ZSCHOCKE
da RDA e membros do Comitê Técnico Masculino - FIG.
Na edição de 1979, trabalhou uma comissão sob a orienta
ção de AKIT0M0 KANECO do Japão, (membros: ALEXANDER LYLÜ
da Tchecoslováquia e KARL HEINZ ZSCHOCKE da RDA), bem co
ao os integrantes do CTM-FIG de gestão de 1976 - 1980.
0 motivo de todo esse esforço estava na necessidade de
se acompanhar o nível técnico futuro. Essa tarefa nao é
tão fácil, levando-se em conta que o Código de Pontua-
ção não abrange apenas os ginastas de alto nivel, mas
também os de nivel menos elevado.
0 Código de Pontuação pode também servir de material me
todológico para treinadores e ginastas.
Desejo externar meu reconhecimento e gratidão a todas as
Federações filiadas, principalmente a árbitros e técni-
cos, e especialmente aos membros do CTM-FIG., por sua
valiosa colaboração.
ALEXANDER LYLO
Presidente do CTM-FIG
CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PO CÓDIGO PE PONTUAÇÃO
0 primeiro Código de Pontuação como tal, da Federação In
ternacional de Ginástica (FIG), surgiu no ano de 1949
Antes da II-Guerra Mundial, para regular a taxação, os
árbitros se limitavam ás escassas indicações de caráter
geral do regulamento técnico. Certas prescrições ou mar
gens de deduções eram fixadas em quadro limitado, antes
de cada competição, pela comissão técnica. Esse proce-
dimento fazia com que cada árbitro julgasse mais ou me-
nos como havia aprendido e praticado em âmbito nacio-
nal. Isso levava, naturalmente, a grandes diferenças
de notas e erros de julgamento. 0 rápido desenvolvimen
to da ginástica olímpica, nos tempos após guerra, e a
melhor captação da técnica obrigaram a criação de uma
regulamentação completa e precisa.
A decisão foi tomada nas competições durante a primei
ra olimpíada de após guerra, em Londres, onde surgiram
entre os diversos árbitros, grandes diferenças de con-
ceito, que levaram a erros de julgamento. Essa circuns-
tância atraiu violentas críticas nos círculos ginásti-
cos e na imprensa, de modo que a comissão técnica daque
Ia época se viu forçada a criar, com vistas ao Campeo-
nato Mundial que se realizaria em Basiléia em 1950, di-
retrizes completas para o julgamento. Para a efetivação
dessa medida, a comissão da época tomou como base pres-
crições existentes em diversas nações. Sob o nome Code
de Pointage apareceram, no ano de 1949, as primeiras
prescrições de julgamento, em doze páginas impressas,
nas quais ja se considerava o princípio da divisão em
três fatores: dificuldade, combinação e execução.Porém,
nessas primeiras prescrições, o CP não se preocupava es
pecialmente com a dificuldade de conteúdo de uma prova
livre.
Por proposta do representante francês do CT da época,
Claude Lapalu, e do representante luxemburgués, Pierre
Hentges, a organização do júri foi regulada de tal for-
ma que, em cada aparelho, eram empregados quatro árbi-
tros, sob a supervisão de um árbitro-chefe. A nota vali
da era calculada pela média das_ duas notas intermediá-
rias. Este sistema permanece até hoje.
No Campeonato Mundial de 1950, em Basiléia, essas pri-
meiras prescrições para julgamento passaram bem em sua
prova, porém a evolução jã havia se antecipado a elas.
Para O Campeonato Mundial em Roma, surgiram novas pres-
crições que, pela primeira vez, se preocupavam mais de-
talhadamente com a dificuldade, e incluía a taxação de
acordo com a sua evolução. A seguir, essas prescrições
foramcompletadas e melhoradas antes de cada grande com
petição, e com a ampliação de matéria surgiam novas In-
cumbências aos árbitros, fazendo-se uma instrução espe-
cial para o júri, antes de cada competição da FIG ou
dos jogos olímpicos.
A introdução das "finais" para a classificação dos cam-
peões em cada aparelho (Jogos Olímpicos de Melbourne,
1956) abriu novas perspectivas. Surgiu em seguida a
classificação das partes A, B e C, bem como seu julga-
mento concreto e uma melhor captação do setor "Combina
ção".
A ampliação da matéria em torno do julgamento trouxe e-
xigências cada vez maiores para os árbitros, treinado-
res e ginastas, impondo-se uma concretização das pres-
crições e, ao mesmo tempo, um preparo mais sistemáti-
co por parte dos árbitros.
Essas circunstâncias e a experiência colhida em longos
anos formaram a base do Código de Pontuação editado em