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percurso e mobilidade de bens, pessoas e idéias. É o traçado que define o plano e a
orientação (LAMAS, 2000, p. 98-100).
A praça é um elemento morfológico das cidades ocidentais, ela pressupõe a vontade
e o desenho de uma forma e de um programa. Ela é, segundo Lamas (2000, p. 100-102), um
lugar intencional para encontros: dos acontecimentos, das manifestações, entre outros, e
principalmente de funções estruturantes e arquiteturas significativas. A definição de praça
na cidade tradicional implica, como na rua, a estreita relação do vazio com os edifícios, os
seus planos marginais e fachadas.
O monumento é um fato urbano singular, elemento morfológico individualizado
pela sua presença, configuração e pelo seu significado. Sua imagem representa um marco,
com significado social, histórico ou cultural. Mesmo após perder seu significado, um
edifício público ou o monumento intervém na composição da cidade, não se localizam em
qualquer ponto, têm seu lugar marcado e servem para compor a fisionomia urbana. O
estudo dos monumentos permite também questionar as teorias funcionalistas sobre a
cidade. Sua existência vai além de uma função, assumindo significados culturais, históricos
e estéticos bem precisos. O monumento, via de regra, torna-se pólo estruturante da cidade
(LAMAS, 2000, p. 102- 104).
As estruturas verdes (árvores, jardins e parques) constituem também elementos
identificáveis na estrutura urbana, caracterizando a imagem da cidade. São elementos de
composição do desenho urbano, servem para organizar, definir e conter espaços, além da
estética visual (LAMAS, 2000, p. 106). O mobiliário urbano equipa a cidade, como por
exemplo: o banco, o chafariz, o cesto de papéis, a sinalização, o quiosque, o abrigo de
transportes e outros. Eles podem também ser “elementos parasitários” como: anúncios,
sinais, luzes, iluminações e outros (p. 108).
Para Lynch (1999, p. 51– 89), os conteúdos (signos) da imagem das cidades que
remetem às formas físicas podem ser adequadamente classificados em cinco tipos de
elementos: vias, limites, bairros, pontos nodais e marcos. Estes elementos que auxiliam na
forma e significado dos ambientes são definidos na seqüência.
As vias são os canais de circulação (ruas, alamedas, linhas de trânsito, canais e
ferrovias) predominantes numa imagem. Através das vias os outros elementos ambientais
se organizam e se relacionam. Os limites são as fronteiras entre as duas fases, quebras de