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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA
Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical-PPGAT
CULTURA DA SOJA EM SUCESSÃO AO CULTIVO
DE ALGODÃO SUBMETIDO A DIFERENTES DOSES
DE BORO NO SOLO E NA FOLHA
ORLANDO SÉRGIO HUÇALO
C U I A B Á – MT
Outubro de 2006
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA
Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical-PPGAT
CULTURA DA SOJA EM SUCESSÃO AO CULTIVO
DE ALGODÃO SUBMETIDO A DIFERENTES DOSES
DE BORO NO SOLO E NA FOLHA
Orlando Sérgio Huçalo
Engenheiro Agrônomo
Orientador: Prof. Dr. José Fernando Scaramuzza
Dissertação apresentada à
Faculdade de Agronomia e Medicina
Veterinária da Universidade Federal
de Mato Grosso, para obtenção do
título de Mestre em Agricultura
Tropical.
C U I A B Á - MT
Outubro de 2006
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA
Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical
CERTIFICADO DE APROVAÇÃO
Título: CULTURA DA SOJA EM SUCESSÃO AO CULTIVO DE
ALGODÃO SUBMETIDO A DIFERENTES DOSES DE
BORO NO SOLO E FOLHA
Autor: Orlando Sérgio Huçalo
Orientador: Prof. Dr. José Fernando Scaramuzza
Aprovada em 30 de outubro de 2006
Comissão Examinadora:
______________________________
Prof. Dr. José Fernando Scaramuzza
(FAMEV/UFMT) (Orientador)
______________________________
Prof.Dr. José Oscar Novelino
(FCA/UFGD)
_______________________________
Oscarlina Lúcia dos Santos Weber
(FAMEV/UFMT)
DEDICATÓRIA
À minha Família
DEDICO.
AGRADECIMENTOS
A Deus, pois sem ele nada somos.
À Universidade Federal de Mato Grosso - Faculdade de
Agronomia e Medicina Veterinária - Programa de Pós-graduação
em Agricultura Tropical-PPGAT.
Ao Professor e grande amigo Dr. José Fernando Scaramuzza,
pela paciência e sabedoria.
Aos Estagiários Douglas e Batmasterson, pelo auxilio na
execução dos trabalhos.
Ao amigo Léo Adriano Chig, sempre disposto a ajudar.
À Fazenda Novo Horizonte, onde foi realizado o experimento de
campo.
Aos Engº Agrº Alexandre Lopes de Oliveira e Geovane de Paula
Rosa, da Provale, que cederam à área de experimento.
Ao técnico agrícola Joel Carlos Strozakc, que muito colaborou
para a condução da pesquisa.
Às secretárias do programa de pós-graduação em agricultura
tropical-PPGAT, Maria Minervina e Denise Aparecida sempre
compreensíveis.
E a todos os amigos que fiz durante o curso.
ÍNDICE
RESUMO.....................................................................
07
ABSTRACT..................................................................
09
1 INTRODUÇÃO........................................................... 10
2.0 REVISÃO DE LITERATURA..................................... 12
2.1. Disponibilidade de boro no solo............................. 12
2.1.1 pH x boro........................................................... 12
2.1.2 Umidade x boro................................................... 13
2.1.3Textura x boro...................................................... 13
2.1.4 Matéria orgânica x boro....................................... 14
2.2 Deficiência de boro no solo..................................... 14
2.3 Fontes e aplicações de boro no solo......................... 15
2.4.Boro na fisiologia e na nutrição das plantas.............. 18
2.5 Aplicação de boro na planta..................................... 20
2.5.1 Adubação boratada no algodão.............................. 22
2.5.2 Adubação boratada na soja................................... 23
2.6 Sintomas de deficiência de boro na planta................ 24
2.6.1 Sintomas de deficiência de boro na soja................ 25
2.6.2 Sintomas de deficiência de boro no Algodão.......... 26
2.7 Níveis críticos de boro nas plantas............................ 28
2.7.1 Níveis críticos de boro na soja.............................. 28
2.7.2 Níveis críticos de boro no algodão......................... 30
2.8 Fitotoxidade de boro na soja.................................... 31
3.0 MATERIAL E MÉTODOS.......................................... 33
3.1 Amostragem do solo................................................ 33
3.2 Cultivo de algodão em casa de vegetação................. 34
3.3 Cultivo da Soja em casa de vegetação...................... 36
3.4 Cultivo do algodão no campo................................... 36
3.5 Cultivo da soja no campo......................................... 38
3.6 Delineamento Experimental...................................... 39
4.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................
40
4.1 Cultivo de algodão em casa de vegetação................. 40
4.2 Cultivo de algodão no Campo................................... 41
4.3 Cultivo de Soja em casa de vegetação...................... 45
4.4 Cultivo de soja no Campo........................................ 48
5 CONCLUSÕES.......................................................... 52
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................. 54
8 APENDICE................................................................. 63
CULTURA DA SOJA EM SUCESSÃO AO CULTIVO DE
ALGODÃO SUBMETIDO A DIFERENTES DOSES DE
BORO NO SOLO E NA FOLHA
RESUMO - A ocupação agrícola do cerrado brasileiro é hoje uma
realidade, pois a intensa utilização dos solos tem exigido manejo
de adubações, tal como a correção de solo, adubações com
macro e micronutrientes, que por sua vez alteram as
características físicas e químicas desses solos, onde
especificamente o boro é um dos micronutrientes essenciais
para as culturas do algodão e da soja. Este trabalho teve o
objetivo estudar a cultura da soja em sucessão à cultura do
algodão para avaliar a produtividade de soja em relação à
utilização prévia de doses de boro em fertilização na cultura do
algodão. Foram instalados dois experimentos, um em casa-de-
vegetação, e outro em condições de campo. As doses de boro
aplicadas no solo foram: 0; 1,0; 2,0; 3,0 e 4,0 kg ha
-1
. Na folha
foram utilizados 0,25; 0,50; 0,75 e 1,0% de boro na solução e no
solo/folha foram aplicados 1,0 kg ha
-1
no solo e 0,25; 0,50; 0,75
e 1,0% de boro na solução. Em casa de vegetação, no cultivo do
algodão, foram avaliados o número de botões florais, massa
verde, massa seca e altura de plantas, e na cultura da soja
foram avaliados a altura da planta, número de folhas, massa
verde e massa seca, da parte aérea e também a fitotoxidade. Em
condições de campo foi avaliada a produtividade para ambas as
culturas e a fitotoxidade. Os tratamentos foram dispostos em
blocos casualizados com quatro repetições, cujos resultados
foram submetidos à análise de variância e de regressão com o
uso do programa SPSS 10. Nos resultados obtidos em casa de
vegetação verificou-se para a cultura do algodão respostas
significativas para número de botões florais, em campo, não
houve diferenças significativas quanto à cultura do algodão. No
cultivo de soja, em casa-de-vegetação, ocorreu um aumento
para altura, e no campo constatou-se que ao utilizar boro no
solo, as doses de 1,0 e 3,0 Kg, foram maiores que as de 2,0 e
4,0 kg.
Termo de indexação: Gossipium hirsutum, Glicine max, rotação
de culturas e adubação boratada.
SOYBEAN CULTURE IN SUCCESSION TO THE CULTIVATION OF
COTTON YIELD TO DIFFERENT RATER OF BORON IN THE SOIL AND
LEAF
Abstract – The agricultural occupation in the Brazilian cerrado is nowadays
a reality, because the intensive use of the soils has demanded the
management of fertilizing, such as a soil correction, fertilizing with macro and
micronutrients, which alter the physical and chemicals characteristics of
these soil, where B is one of the essential micronutrients to cotton and
soybean culture. This paper had as objective to study the productivity of
soybean culture in succession to the cotton culture to observe the behavior
related to the previous use of B doses in fertilization of the cotton culture.
Two experiments were set, one in a greenhouse, the other one on the fields.
The treatments applied to the soil were: 0; 1.0; 2.0; 3.0 e 4.0 kg B ha
-1
; on
the leaf it was used: 0.25; 0.50; 0.75 e 1.0% of B in solution and soil/leaf it
was applied 1.0 kg ha
-1
in the soil and 0.25; 0.50; 0.75 e 1.0% of B in
solution in the leader. Greenhouse in the cotton culture, the number of floral
buds, green mass, dry mass and the plant height, were evaluated, and In the
soybean culture the plant height, number of leaves, green mass, dry mass
from the aerial part of the plant and high toxity were evaluated. In field’s
conditions, the productivity of both plants were evaluated for both cultures
and high toxity. The treatments were disposed in combined blocks with four
repetitions whose results were subdued to analyze regression variance with
the use of SPSS 10 software. The results got from greenhouse, was o
observed that the responses of cotton culture to the number of floral buds
and at field level, there was no significant differences about the cotton
culture. In the soybean culture, in greenhouse, an increase occurred to the
height and in the filed it was observed that when B is used in the soil, the
doses 1.0 e 3.0 Kg were significantly greater to the doses de 2.0 e 4.0 kg.
Key words: Gossypium hirsutum, Glicine max, rotation of
Cultures, borate fertilization.
1 INTRODUÇÃO
A ocupação agrícola do cerrado brasileiro é hoje uma
realidade, pois a intensa utilização da agricultura em seus solos
tem exigido a adoção de algumas práticas agrícolas, como a
calagem, que alteram as características físicas e químicas
desses solos. Além disso, as culturas e suas exigências
nutricionais e culturais também têm influenciado na sucessão, ou
seja, no planejamento da rotação de culturas.
O arroz foi a cultura utilizada como desbravadora dos solos
dos cerrados para, em seguida, introduzir a cultura da soja, que
atingiu altos níveis de produtividade devido à tecnologia
utilizada, produtividades estas acima dos 3.600 kg ha
-1
, isto é,
acima de 60 sacos por hectare, uma quantidade superior à
produção média nacional.
A partir da década de 90 foi introduzida a cotonicultura,
cuja característica se revela pelo alto nível de exigências
nutricionais e culturais, principalmente em relação à utilização
de micronutrientes, em especial o B, que associado ao cálcio,
tem sido utilizado em grandes quantidades, principalmente na
adubação foliar, que por sua vez caem ao solo, com o processo
de absorção, são incorporados à fração orgânica do solo
11
(principal fonte de B no solo) e, posteriormente, com a
decomposição à fração mineral.
Existe o problema nutricional quando se pensa em
retornar ao cultivo da soja após o de algodão, pois a soja é tida
como uma cultura muito sensível aos níveis de B no solo, o que
poderá se tornar um problema em um planejamento agrícola que
visa a rotação de culturas, principalmente como a da soja,
posteriormente do algodão.
Assim, este trabalho teve como objetivo estudar a cultura
da soja em sucessão à cultura do algodão para observar o seu
comportamento em casa de vegetação em campo, em relação ao
efeito residual de diferentes doses de boro aplicadas na cultura
do algodão. Especificamente foram avaliados a altura, a massa
verde, a massa seca, o número de folhas da parte aérea e
também o número de botão floral na cultura do algodão e o nível
mínimo de fitotoxidade de boro na cultura da soja, além das
produtividades em casa-de-vegetação e no campo.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 DISPONIBILIDADE DO BORO NO SOLO
2.1.1 pH x B
Hu e Brown (1975) mostraram que a reação do solo (pH) é
o fator que mais influencia a absorção de B pelas plantas, uma
vez que o aumento do pH causa diminuição na sua absorção.
Segundo os mesmos autores, isto ocorre porque em valores de
pH menores que 7,0 predominam a forma de B como H
3
BO
3
que,
tendo pouca afinidade com os minerais de argila, é pouco
adsorvido pelo solo e é uma forma disponível para as plantas. À
medida que o pH se eleva aumenta a concentração de B na
forma de borato (B(OH)
4
)
¯
, a qual possui forte afinidade com os
minerais de argilas, resultando no aumento da adsorção do B.
O aumento da eficiência dos micronutrientes é obtido pela
sua maior disponibilidade na faixa de pH 5,0 a 7,0 (Catani et al.,
1971).
Brasil Sobrinho (1965), estudando sete grandes grupos de
solo no Estado de São Paulo, mostrou maior disponibilidade de
boro na faixa de 4,7 a 6,6 e aponta que a calagem adequada
13
aumenta a atividade microbiológica e tende a aumentar a sua
disponibilidade.
De acordo com Watson et al. (2001), os óxidos de alumínio
fixam mais boro que os óxidos de ferro, assim em pH 6,0 a
adsorção de boro é aproximadamente 20 vezes maior nos óxidos
de alumínio que nos óxidos de ferro.
2.1.2 UMIDADE x B
Garavito e Leon (1978) afirmaram que as condições de
seca aceleram o aparecimento de sintomas de deficiência de B
que muitas vezes tendem a desaparecer com o retorno da
umidade do solo. Dois fatores explicam esse comportamento: a
matéria orgânica importante fonte de boro para o solo, que no
período de estiagem, a sua decomposição diminui liberando
menos boro para a solução do solo e, nessas condições, reduz o
crescimento das raízes, induzindo à menor exploração do
volume do solo, o que leva a um índice mínimo de absorção de
nutrientes.
E o outro fator refere-se o teor da água no solo, pois
segundo Raij (1991) a disponibilidade de boro, geralmente,
diminui em solos secos, com aumento na probabilidade de
deficiência deste nutriente nas plantas.
2.1.3 TEXTURA x B
Brasil Sobrinho (1965) e Casagrande (1978), pesquisando
a relação do teor de boro com o conteúdo de argila dos solos
encontram correlação positiva, quando comparados aos solos
arenosos.
De acordo com Silva et al. (1991), o boro se mostra mais
disponível em solo de textura arenosa, o que o torna mais
14
lixiviável em períodos chuvosos, no entanto, sintomas de
carência têm sido relatados com maior freqüência em anos
secos. Dessa forma, culturas exigentes em boro, como são
consideradas as do algodoeiro, estarão mais sujeitas à
deficiência desse elemento em solos arenosos (Carvalho, 1980).
2.1.4 MATÉRIA ORGÂNICA x B
O boro disponível no solo encontra-se principalmente
associado à matéria orgânica e, portanto, tende a apresentar
maior concentração nos horizontes superficiais do solo, onde
sua absorção pelas plantas ocorre na forma de ácido bórico não
dissociado e são proporcionais à sua concentração na solução
do solo (Goldberg, 1997). Vários autores também confirmam que
a matéria orgânica é uma importante fonte de boro, o qual é
liberado para as plantas por meio da sua mineralização
(Malavolta, 1980; Silva et al., 1991; Silva e Carvalho, 1994;).
2.2 DEFICIÊNCIA DE BORO NO SOLO
Malavolta e Kliesmann (1985) sugerem que a principal
causa para a ocorrência de deficiência por boro são os baixos
teores totais no solo; solos formados a partir de rochas ígneas
ácidas ou rochas sedimentares; solos intemperizados, ácidos,
neutros ou alcalinos; uso excessivo de adubos nitrogenados.
Segundo os autores esses fatores fazem com que o boro seja o
micronutriente com níveis mais limitantes na maioria dos solos
brasileiros. Essa deficiência se intensifica à medida que as
lavouras avançam para áreas de cerrado, onde o regime de
precipitação é caracterizado por um período prolongado de seca.
Para Mascarenhas (1998), a deficiência de boro
geralmente ocorre em solos alcalinos, com elevado teor de
15
matéria orgânica, e os solos intemperizados das regiões quentes
e úmidas, os quais apresentam menores quantidades de
micronutrientes do que os solos de regiões frias e secas.
A deficiência de B se manifesta por uma ou mais das
seguintes razões: a ineficiência da espécie ou variedade para
absorver ou utilizar o elemento; condições do clima
(temperatura, chuva, luminosidade); pobreza real do solo; baixa
disponibilidade natural (pH, matéria orgânica, aeração) ou
artificial (calagem excessiva, adubação inadequada). (Malavolta
et al., 1991). Estes autores também afirmam que durante a
estiagem a mineralização da matéria orgânica, principal fonte de
boro nos solos tropicais, é menor em razão da baixa atividade
dos microrganismos, resultando na ocorrência de uma menor
absorção deste micronutriente, a qual é realizada
preferencialmente por fluxo de massa.
Segundo Malavolta e Kliemann (1985), em virtude da
dificuldade de translocação do boro no floema, sua aplicação no
solo é muito mais eficiente, pois além de elevar rapidamente o
seu teor na folha possui também efeito mais duradouro em
relação à aplicação foliar feita por contínuas pulverizações.
No Brasil, são poucas as informações sobre as classes de
fertilidade do solo para o boro. Raij et al. (1996) apontam que
teores de B no solo entre 0-0,20 mg dm
-3
são considerados
baixo, 0,21-0,60 mg dm
-3
como médios e acima de 0,60 mg dm
-3
como alto. Já Lopes e Carvalho (1988) descrevem como faixa
crítica de B, extraído por água quente entre 0,4 a 0,6 mg dm
-3
.
2.3 FONTES E APLICAÇÃO DE BORO NO SOLO
Manfron (2004), em estudo sobre a cultura da soja em um
Argissolo Vermelho Amarelo, encontrou como sendo 4,4 g ha
-1
de boro, aplicados às sementes, dose que promoveu a máxima
16
eficiência técnica tanto em solo de fertilidade natural como em
fertilidade corrigida. Já com 8 g boro ha
-1
, a produtividade foi de
mais 30,4% em solo sem calagem e mais 7,9% com calagem, em
relação à testemunha, nesse mesmo solo.
De acordo com este autor, com a aplicação de 1 kg ha
-1
de
boro na forma de bórax, antes da semeadura em solo Gleissolo
Háplico obteve-se um aumento na produtividade da soja nas três
safras estudadas, sempre com produtividades maiores em
relação à ausência de adubação boratada. Manfron (2004),
estudando um Latossolo Vermelho Escuro obteve produtividade
de 3.423 kg ha
-1
sem boro e de 3.271 kg ha
-1
, 3.005 kg ha
-1
,
3.084 kg ha
-1
e 2.585 kg ha
-1
de grãos com a utilização de 1, 2,
3 e 4 kg ha
-1
de boro, respectivamente, na forma de bórax a
lanço, sendo que apenas a maior dose diferiu estatisticamente
da testemunha, possivelmente devido à fitotoxidade de boro.
Marconi et al. (1980) afirmam que o boro é um elemento
essencialmente litófilo e que a escolha da fonte de boro
depende da cultura e do sistema de plantio.
A água de chuva também é fonte de boro, pois segundo
Brasil Sobrinho (1965), contém o nutriente em teores que variam
de 0,02 a 0,04 mg dm
-3
, quantidades consideradas baixas, mas
que de certo modo poderão contribuir para elevar o nível do
elemento no solo.
Bologna (2003) indica a colemanita como a fonte mais
eficiente no fornecimento de boro, quando comparada com
fontes sódio-boratadas mais solúveis. Para a cultura do algodão
cultivada em solos arenosos, os quais estão mais sujeitos à
perda de nutrientes por lixiviação, recomenda-se o uso de fontes
de alta solubilidade no plantio, sendo que a manutenção dos
teores de boro durante o desenvolvimento da cultura pode ser
feita com o uso de fontes menos solúveis. Para as culturas
17
perenes recomenda-se fontes de liberação lenta, como o caso
dos boratos de cálcio granulados.
A escolha da melhor fonte de boro para aplicação no solo
depende do tipo de solo, da cultura e do regime hídrico.
(Bologna, 2003).
Byers et al. (2001) constatam que o ácido bórico é uma das
fontes de B mais utilizadas, apresentando-se na forma de
cristais (H
3
BO
3
), com teor de boro na faixa de 17-18%. Devido
sua alta solubilidade em água e baixa reatividade com o solo,
esta fonte é extremamente suscetível à lixiviação,
principalmente em solos arenosos e em locais sujeitos a elevada
precipitação, predominando até o limite de pH 9,2, a partir do
qual mantém a forma iônica H
2
BO
-
3.
A deficiência em boro causa muitas alterações anatômicas,
fisiológicas e bioquímicas nas plantas, porém a maioria destas
mudanças provavelmente decorre de efeitos secundários da
deficiência, em relação à presença de outros nutrientes no solo.
O cálcio, quando em alta disponibilidade, faz com que a
exigência de boro pelas culturas seja maior (Shelp, 1993).
Mello et al. (1985) relatam o aumento da produtividade de
algumas culturas com o uso do bórax e outros micronutrientes.
Para Rosolem et al. (1990), o efeito de cálcio (Ca) e do boro (B),
aplicados em pulverização foliar, nas fases vegetativa e
reprodutiva da cultura de soja, é componente de rendimento e
qualidade fisiológica de sementes. Já em algodão a aplicação
em cobertura do solo, realizada no desbaste, mostrou-se
eficiente no aumento de produtividade. Carvalho et al. (1996)
indicam que aplicação de boro não tem efeito quando fornecido
em pequenas quantidades e aplicado tardiamente.
Nesse sentido, de acordo com Malavolta (1986), o boro é o
micronutriente que, juntamente com o zinco, freqüentemente se
mostra mais deficiente nos solos brasileiros.
18
Em que pesem as restrições ainda encontradas para se
proceder a uma avaliação adequada do estado nutricional de
plantas quanto a micronutrientes, pode-se perceber que
problemas de deficiência são encontrados quanto à aplicação de
boro e zinco em solos do Brasil (Malavolta, 1980; Silva e
Carvalho, 1982).
Yamada (2000) também fornece informações relacionadas
ao boro, com grande implicação prática: tais como a absorção de
potássio, que aumenta quando o boro está presente e quase não
ocorre sua absorção na ausência desse primeiro nutriente, ou
seja, muitos casos de deficiência aparente de potássio podem
ser, de fato, deficiência de boro, uma vez que ele também tem
papel importante no transporte de fósforo através das
membranas, e assim, como ocorrem com o potássio, muitos
casos de deficiência de fósforo podem ser o reflexo da
deficiência de boro.
2.4 BORO NA FISIOLOGIA E NA NUTRIÇÃO DAS PLANTAS
Conforme Buzetti (1990), a cultura da soja, hoje
disseminada por quase todo o país, tem grande relevância para
nossa agricultura, uma vez que sua produtividade depende,
entre outros fatores, da nutrição mineral, na qual está inserido o
boro.
Este nutriente está relacionado a muitos processos
fisiológicos da planta, como transporte de açúcares, síntese da
parede celular, lignificação, estrutura da parede celular,
metabolismo de carboidratos, metabolismo de RNA, respiração,
metabolismo de ácido indolacético (AIA), metabolismo de
compostos fenólicos, metabolismo de ascorbato e integridade da
membrana plasmática (Yamada, 2000).
19
Para Medeiros (2003), pouco se conhece sobre a função
exata do boro no metabolismo das plantas, onde não foi
estabelecida uma função química para o nutriente.
Gauch e Dugger Jr. (1953) afirmam que suas funções
estão relacionadas ao transporte de açúcares das folhas para os
demais órgãos da planta; ao crescimento das células, à divisão
celular (formação de gemas apicais, axilares e radiculares), ao
balanço hormonal, à síntese de ácidos nucléicos e proteínas, ao
metabolismo dos fenóis e à absorção radicular.
Entre os elementos essenciais para as plantas superiores,
o boro é o único cuja remobilização dentro da planta varia
significativamente, entre espécies (Buzzeti et al.,1990a). O boro
é altamente móvel no floema, enquanto em outras plantas como
as amendoeiras, as macieiras e as nectarinas, a remobilização é
dependente do suprimento de boro (Bevilaqua, 2002).
De modo geral, o boro é imóvel no floema, com exceções
das plantas que produzem polióis - como sorbitol, manitol,
dulcitol, que ampliam a capacidade do boro, tornando-o móvel no
floema (Yamada, 2000).
Bologna (2003), aponta que o boro é um micronutriente
que difere dos demais pela não identificação de sua participação
na composição de qualquer composto ou enzima específica,
sendo sua essencialidade determinada pelo critério indireto.
De acordo com Medeiros (2003) o boro forma “ligações
cruzadas” com ácidos poligalacturônicos da parede celular,
dando-lhe enrijecimento para garantir a sua integridade, pois em
condições de deficiência de boro a integridade estrutural da
parede celular e sua elasticidade são prejudicadas.
Para Catani et al. (1971), o boro é essencial para o
crescimento e o desenvolvimento das plantas, e a sua
deficiência tem sido relatada em diversas partes do mundo. Nos
20
solos brasileiros, o boro é o micronutriente que freqüentemente
se encontra deficiente, limitando assim a produção das culturas.
Yamada (2000), Ribeiro e Braga (1974), Corrêa et al. (1985),
Chapman et al. (1997) e Goldberg (1997), alertam que é estreita
a faixa entre deficiência e toxidez de boro na planta e que o boro
aplicado no solo pode ser facilmente lixiviado.
Sendo assim, muitas vezes a não correlação entre os
teores de boro nas folhas e a produtividade pode ser explicada
pela dificuldade em se remover o boro retido na cutícula foliar ou
aquele ligado na camada péctica da parede celular, sem
concretizar sua função metabólica, superestimando, desta forma,
o nível de boro foliar. Também tem sido observado que o
aumento da produção de massa seca em cafeeiro ocorria com o
aumento das doses de zinco, apenas quando se elevava o teor
de boro no solo (Yamada, 2000).
De acordo com Buzetti et al. (1990b), as plantas com
deficiência de boro recuperam o desenvolvimento radicular com
adição de ascorbato ao solo e que a melhor adubação boratada,
aumentando o desenvolvimento do sistema radicular, não
melhoraria a resistência das culturas aos veranicos, tão
freqüentes nos cerrados brasileiros.
2.5 APLICAÇÃO DE BORO NA PLANTA
Bevilaqua et al. (2002), afirma que o interesse pelo
fornecimento de nutrientes para as plantas por meio da
adubação foliar tem crescido tanto no Brasil como em outras nas
partes do mundo, onde a tecnologia agrícola encontra-se em
estágio muito avançado. No entanto, para obter-se sucesso com
o uso desta técnica é necessário saber quando utilizá-la, qual
21
nutriente deve ser utilizado e quais as épocas e dosagens a
serem aplicadas. Os mesmos autores revelam que há aumento
no aproveitamento dos adubos colocados no solo, principalmente
os NPK, pois a planta terá maior capacidade de absorção.
Também pode-se aplicar o nutriente específico na fase em que a
planta apresentar a maior demanda deste, ou seja, apresentar
exigência elevada.
Em situações na qual a cultura encontra-se em solo com
boas características físicas e químicas, pode haver aumento de
produção com adubação foliar, entretanto a soja é muito sensível
à toxidez de boro (Rosolem, 1980).
Como exemplo, tem-se o trabalho de Marchetti et al.;
(2001) citando Shorrocks (1997), o qual afirma que em culturas
exigentes nesse nutriente, como é o caso do girassol, na busca
de altas produtividades, faz-se necessária sua aplicação quando
indicada pela análise foliar, onde geralmente a produção é
menor que 800 kg ha
-1
de sementes, podendo atingir de 2.000 a
3.000 kg ha
-1
de sementes com a adição desse nutriente.
Marchetti et al. (2001) constatam que ao ser realizada
aplicações foliares de boro em folhas maduras, o nutriente foi
rapidamente remobilizado para suprir a demanda pelos frutos.
Significativa remobilização foi observada em amêndoa, maçã e
nectarina. No mesmo experimento, plantas de figo, pistache e
noz não apresentaram qualquer evidência de remobilização de
boro, considerando que este elemento não foi encontrado em
frutos.
Brown e Hu (1998) levantaram a hipótese de que a
presença de itóis (álcoois derivados de açúcares como sorbitol,
manitol e dulcitol) no floema era importante para a remobilização
de boro em espécies de plantas que exibiam mobilidade desse
elemento.
22
Exceções de mobilidade são feitas às plantas que
produzem polióis, que são compostos com capacidade para
complexar o boro, tornando-o móvel no floema, como é o caso
das amendoeiras, macieiras e nectarinas (Yamada, 2000a).
Rosolem e Costa (1999), pesquisando plantas de algodão
com o objetivo de verificar a possibilidade de redistribuição do
boro aplicada via radicular ou foliar, concluem que a ocorrência
de mobilidade desse elemento no algodoeiro é muito ilimitada,
sendo, portanto, necessário um suprimento contínuo de boro
para a manutenção da atividade meristemática.
Yamada (2000) revela que a aplicação foliar, de modo
geral, resulta em menores níveis foliares do elemento do que a
aplicação no solo. Isto é explicado pelo fato de o boro possuir
pouca mobilidade no floema, sendo ausente a redistribuição para
diferentes partes da planta, das folhas velhas para as novas, ou
seja, o elemento não possui a característica de se deslocar de
partes velhas da planta para regiões de crescimento.
Braga, (1972); Comissão de Fertilidade do Solo do Estado
de Minas Gerais, (1989); Oliveira et al., (1996);
Raij et al., (1996), estudando a cultura do feijão quando
apresenta deficiência, apontam que a adição de boro pode ser
feita no solo, nas sementes ou em aplicações foliares, no sulco
de plantio. As recomendações, segundo estes pesquisadores,
são de 0,5 a 1,0 kg B ha
-1
na forma de bórax ou de boratos.
2.5.1 ADUBAÇÃO BORATADA NO ALGODÃO
No Estado de São Paulo, o cultivo intensivo de solos
considerados “de cerrados” fez com que se destacasse a
importância da adubação de boro na cultura de algodão
(Carvalho et al., 1996). No primeiro trabalho com boro em
algodoeiro, realizado no Brasil, observou-se que a não utilização
23
2 kg ha
-1
de boro, em mistura com adubos minerais, em dois
ensaios realizados em meados de 1960, prejudicou
significativamente a produtividade desta cultura.
Carvalho et al. (2004), pesquisando a não utilização de
boro, encontram sintomas típicos de carência no algodoeiro,
anomalia esta confirmada pelos baixos teores de boro nas
plantas.
De acordo com Freire (2003), não é de se estranhar que
respostas do algodoeiro à adubação boratada, assim como as
primeiras constatações de deficiência nutricional, tenham
ocorrido em plantas cultivadas em solos considerados “de
cerrados”. Além do baixo teor de matéria orgânica, tais solos se
caracterizam pela textura arenosa, mais suscetível, portanto, à
perda do micronutriente por lixiviação, acrescenta-se a isto, a
necessidade do uso intensivo de calcário e de adubos NPK em
glebas de baixa fertilidade natural, fato também freqüentemente
apontado como incentivador da necessidade da adição de boro
na cultura do algodão.
O algodoeiro tem respondido a aplicação de boro,
principalmente em solos arenosos, com pouca matéria orgânica,
com pH corrigido e bem adubado com nitrogênio, fósforo e
potássio (Rosolem et al., 2001).
Sabendo-se que o limite entre a deficiência e a toxicidade
de boro no algodoeiro é estreito, torna-se necessários cuidados
especiais na aplicação de fertilizantes contendo boro (Rosolem
et al., 2001b), pois o seu excesso é tão grave quanto a sua falta.
2.5.2 ADUBAÇÃO BORATADA NA SOJA
Brown et al. (1998) citam que a adubação de boro ocorre
de acordo com o gradiente de concentração do meio,
comprovando com o que foi encontrado neste trabalho, em que a
24
maior concentração do elemento no meio externo acarretou em
maior absorção e, conseqüentemente, maior acúmulo no tecido
foliar.
Segundo Malavolta (1986), a absorção de nutrientes pela
soja é influenciada por diversos fatores, dentre os quais, as
condições climáticas, como chuva e temperatura, as diferenças
genéticas entre as variedades, os teores de nutrientes no solo e
os diversos tratos culturais. Contudo, é possível estimar as
quantidades médias de nutrientes que estão presentes nos
restos culturais e nos grãos de soja para cada tonelada de
produção de grãos.
Dessa forma, a soja, segundo Manfron (2004), apresenta
resposta classificada como média à adubação com boro, apesar
de alguns trabalhos demonstrarem que existem diferenças entre
cultivares de soja no que se refere tanto à deficiência quanto à
susceptibilidade à toxidez deste nutriente.
2.6 SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA DE BORO NAS PLANTAS
Conforme Malavolta (1986), a deficiência de
micronutrientes pode provocar diminuição no crescimento da
planta e quebra de até 30% da produção, pois o boro se acumula
nas folhas mais velhas, com teores mais altos nas pontas e
margens, e o transporte deste micronutriente ocorre via
transpiração, o que explicaria o fato de os sintomas de
deficiência se manifestarem nos pontos de crescimento.
Viégas e Botelho (2000) verificam que a deficiência de
boro prejudica o transporte e a ação dos reguladores de
crescimento, além de provocar distúrbios no desenvolvimento da
planta, em razão do aumento do nível do ácido indolacético
(AIA), redução da síntese de proteínas, dificuldade de formação
25
da parede celular e o transporte de produtos da fotossíntese,
propiciando o acúmulo de compostos fenólicos no vegetal.
Segundo Yamada (2000), a acumulação de fenóis em
tecidos deficientes em boro é um ponto critico na iniciação dos
danos causados em várias funções celulares, assim como os
fenóis, onde a concentração de auxina pode ser maior em
plantas deficientes em boro. Os altos níveis de AIA em plantas
deficientes em boro foram atribuídos à inibição da AIA oxidase
pela acumulação de fenólicos, tais como, ácido caféico e ácido
clorogênico, que são inibidores da AIA oxidase.
2.6.1 SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA DE BORO NA SOJA
Segundo Malavolta (1980), a deficiência de boro leva à
redução no tamanho e deformação de folhas mais novas, morte
da gema apical e menor crescimento das raízes. Já Oliveira et
al. (1982) observaram que a deficiência deste elemento afeta o
crescimento radicular, a área foliar e o peso da massa total,
além de diminuir a atividade fotossintética.
Borkert et al. (1994), apontam que a deficiência de boro
aparece inicialmente causando um anormal e lento
desenvolvimento dos pontos de crescimento apical.
Freqüentemente os folíolos das folhas novas são deformados,
enrugados, apresentando-se aspectos grossos e com cor verde-
azulado escuro, podendo-se manifestar a presença de clorose
entre as nervuras do dorso do folíolo. Além disso, as folhas e os
caules tornam-se frágeis, indicando distúrbio na transpiração, as
folhas do topo ficam de cor amarela ou avermelhada, com o
progresso da deficiência, a elongação dos entrenós fica lenta,
ocorrendo a morte dos pontos de crescimento terminal,
prejudicando a formação de flores, que fica restrita ou inibida.
26
Furlani et al. (2001), em seus estudos, mostram que a soja
em solução nutritiva apresentou deficiência de boro,
manifestando sintomas visuais severos que se caracterizam por
encurtamento dos internódios, formação de rosetas apical,
folhas novas de tamanho reduzidas, encurvadas, deformadas e
espessas; raízes pretas e grossas.
2.6.2 SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA DE BORO EM ALGODÃO
Em condições severas de deficiência de boro em
algodoeiro observa-se, sobretudo, que o crescimento do ramo
principal é bloqueado, com possível morte da gema terminal e
que os internódios ficam mais curtos, causando superbrotamento
em nós freqüentemente intumescidos, o que se resulta em
plantas de porte pequeno, muito ramificadas, improdutivas, que
retêm persistentemente a folhagem (Silva et al., 1979).
Os mesmos autores acima comentam que o sintoma de
toxicidade, observado foi clorose marginal e internerval do
cotilédone e/ou da folha verdadeira, que evoluiu ou não para
necrose do tecido, permanecendo as nervuras com coloração
verde normal.
De acordo com Silva e Carvalho (1982), se o teor de boro
no solo for muito baixo, podem aparecer sintomas de deficiência
do elemento logo após a emergência das plantas, assim sendo,
o crescimento inicial é lento e as folhas cotiledonares
apresentam-se espessas e enrugadas.
Ainda, segundo estes autores, os botões florais
apresentam-se levemente deformados, as brácteas são
cloróticas e podem envolver totalmente a corola atrofiada,
enquanto as pétalas crescem menos, as extremidades dobram-
se para dentro e mostram manchas pardas na face interna.
Além disso, os grãos de pólen ocorrem em número menor
que o normal e apresentam, também, escurecimento não
27
concentrado. O "baixeiro" das plantas, no entanto, tem coloração
verde normal em contraste nítido com a clorose do "ponteiro"
(Silva et al., 1995).
Segundo Gridi-Papp et al. (1992), a deficiência de boro
manifesta-se freqüentemente por ocasião do florescimento, com
uma pequena deformação dos botões florais; clorose das
sépalas e pétalas atrofiadas, enrugadas, tendo as extremidades
torcidas para dentro e manchadas de pardo; as flores
apresentam aberturas deficientes (como se fossem rosetas,
aparentando ataque de lagarta rosada) e podem cair sem
frutificar. Já, os frutos geralmente são menores, disformes, às
vezes com descoloração interna na base, os “ponteiros" das
plantas tornam-se cloróticos, atrofiados com internódios curtos e
tendência do crescimento do caule em zigue zague e
superbrotamento.
Ainda, segundo esses autores, há o surgimento de anéis
concêntricos escuros, salientes e pilosos nos pecíolos e nas
hastes, com escurecimento interno respectivo, podendo ocorrer
engrossamento e rachadura dos nós; em casos extremos; as
gemas apicais morrem; as plantas demonstram baixa produção e
têm seu ciclo prolongado.
Rosolem e Bastos (1997), estudando algodão IAC-22 em
solução nutritiva, sem utilização de boro, observam que
conforme a severidade da deficiência, o crescimento é
paralisado, isso em função do menor número de nós, condições
em que as plantas ficam mais desenvolvidas no tratamento sem
boro, surgindo anéis concêntricos escuros, intercalados com
partes normais do pecíolo da folha.
Em condições de campo, plantas deficientes em boro
podem apresentar maiores alturas que as não deficientes, em
razão da queda de estruturas reprodutivas (Carvalho, 1980).
28
Para Silva (1999), como o problema ocorre em manchas na
lavoura, a colheita mecânica é prejudicada, mas a adubação
adequada tende a corrigir essa falta de uniformidade, pois
aumenta o peso de capulhos e da produção, no entanto, pouco
interfere nas outras características. Em casos especiais, porém,
constatou-se o aumento no peso de sementes, melhoria no
comprimento da fibra e diminuição do índice Micronaire.
Por outro lado, o boro em excesso causa toxicidade,
caracterizada por crescimento das folhas velhas e, entre as
nervuras, manchas amareladas (Gridi-Papp et al., 1992).
2.7 NIVEIS CRITICOS DE BORO NAS PLANTAS
2.7.1 NÍVEIS CRÍTICOS DE BORO NA SOJA
Na cultura da soja, Buzzetti et al. (1990) detectaram que o
nível critico é abaixo de 20 mg kg
-1
, em teor foliar.
Fageria (2000) conduziu vários experimentos em casa de
vegetação utilizando um Latossolo Vermelho-Escuro, textura
argilosa e verificou que a produção máxima de massa seca da
parte aérea de soja foi obtida com a aplicação de
3,4 mg boro kg
-1
e que 6,8 mg boro kg
-1
foi a dose tóxica para
esta cultura.
Para este autor, a deficiência de boro na maioria dos solos
pode ser corrigida com aplicação de 1,0 a 3,0 kg ha
-1
de boro
para culturas anuais (Fageria et al., 1997).
Apesar da essencialidade dos micronutrientes, somente há
alguns anos é que foi estudada a importância do boro. Essa
disponibilidade é variável de acordo com o pH do solo, com a
mineralogia, com a textura, sendo que a sua carência é
percebida pelos solos arenosos e pobres em matéria orgânica,
29
realidade da maioria dos solos brasileiros (Lopes, 1986;
Malavolta, 1985).
A observação de aumento linear na concentração do
elemento na presença ou ausência de calcário, quando aplicado
boro, foi obtida por (Melo et al., 1985; Rosolem e Boaretto,
1989), sendo a máxima produção estabelecida tanto para massa
seca da parte área como para a produção de grãos entre 33 mg
dm
-3
e 42 mg dm
-3
. Os níveis extremos de boro na parte área
citada estão entre 20 mg dm
-3
e 153 mg dm
-3
(Fageria,1999).
Em casos de deficiência, a adição de boro pode ser feita
via solo, por meio das sementes ou em aplicações foliares. No
sulco de semeadura, as recomendações são de 0,5 a 1,0 kg ha
-1
de boro, na forma de bórax ou de boratos (Oliveira et al., 1996;
Raij et al., 1997).
Na adição via sementes foi encontrada a recomendação de
3 g ha
-1
de boro, como ácido bórico (Mendes, 1984). Existem,
também, recomendações de empresas de fertilizantes, mas os
resultados obtidos atualmente não são conclusivos (Rosolem,
1996).
De acordo com Oliveira e Thung, (1988), as aplicações
foliares de boro são as mais carentes de experimentação,
embora existam recomendações em caso de deficiência
diagnosticada em campo para a aplicação de bórax a 0,2%,
solubor a 0,1% ou ácido bórico na concentração de 0,1 a 0,2%.
Gupta et al. (1985); Cox, (1987) relatam que, em geral, as
plantas da família das gramíneas necessitam de menos boro que
as leguminosas e, quanto ao boro, não existem dados
experimentais que citem doses adequadas nem tóxicas para as
culturas anuais, como arroz, feijão, milho, soja e trigo, em solos
de cerrado. Entretanto, Galrão (1991) apontou o aumento da
produção de soja com aplicação de 1 mg boro kg
-1
e níveis
suficientes de boro no solo entre 0,1 a 2,0 mg boro kg
-1
.
30
2.7.2 NÍVEIS CRÍTICOS DE BORO NO ALGODÃO
Conforme os dados indicados na (Tabela 01) Embrapa,
(2001), em plantas de algodão, a concentração do boro é tida
como normal, quando está na faixa de 20 mg kg
-1
a
100 mg kg
-1
, sendo que abaixo de 20 mg kg
-1
entra como
deficiente. Já para Fageria (2000), a concentração de boro
abaixo de 0,2 mg dm
-3
é considerada muito baixo e acima de
0,6 mg dm
-3
consideradas altas.
Grid-Papp et al. (1992), estudando a aplicação de boro em
diferentes doses (0,5 a 2,0 kg ha
-1
de boro), no sulco de
semeadura, obtive-se aumento médio de produtividade da ordem
de 670 kg ha
-1
de algodão em caroço, não havendo diferença
nas doses aplicadas.
No Brasil, problemas evidentes com excesso de adubo
boratado têm sido constatados quando se aplicam doses acima
de 2,0 kg ha
-1
de boro (Silva et al., 1979; 1982).
No estado de São Paulo tem-se recomendado a aplicação
de 1,0 a 1,5 kg ha
-1
de boro na mistura de adubos ou em
cobertura para o cultivar IAC 20. Em outros estados têm sido
recomendados cultivares como CNPA-ITA 90 e Deltapine 90,
com aplicação de boro idêntica àquela recomendada para IAC
20. No entanto, não se conhece a sensibilidade destes materiais
à deficiência e/ou toxidez de boro em relação à IAC 20.
Carvalho (1988), pesquisando em condições de deficiência
de nutrientes, verificou nas parcelas sem adubo, que a
concentração de boro na folha de algodoeiro variou entre 15 e
40 mg kg
-1
, nos ensaios com altas respostas a aplicação de
boro; já nas folhas maduras das plantas testemunhas, a
concentração variou entre 3,0 e 7,0 mg kg
-1
de boro. Embora não
tenham descrito os sintomas de toxicidade, constata
decréscimos de produção de algodão com o uso de boro, quando
31
o resultado da análise química da 1ª folha madura ultrapassou a
faixa de 40-50 mg kg
-1
de boro.
Conforme pesquisa de (Carvalho et al., 1996), a aplicação
de boro em cobertura no solo, realizada no desbaste do algodão,
mostrou-se eficiente no aumento da produtividade e só não
surtiu resultado porque foi fornecido em pequenas quantidades e
aplicado tardiamente.
TABELA 1. Doses de boro recomendadas para a aplicação no
plantio, em função das análises de solo e foliar
Boro Classes de
disponibilidade
Solo Folha
Doses de boro
recomendada
mg dm
-3
mg kg
-1
Kg ha
-1
Muito baixa < 0,2 < 20 1,0-1,2
Baixa 0,2 – 0,4 20-35 0,8-1,0
Média 0,4 – 0,6 35-50 0,5-0,8
Alta > 0,6 > 50 0
Fonte: Embrapa (2001).
2.8 FITOXICIDADE DE BORO EM SOJA
Atualmente a cultura da soja, bastante disseminada por
quase todo o País, tem sido considerada de significativa
relevância no cenário agrícola brasileiro. Sua produtividade
depende, entre outros fatores, da nutrição mineral, na qual está
inserido o elemento boro.
Silva et al. (1979), em estudo de casa-de-vegetação,
observam como sintoma de toxicidade, clorose marginal e
internerval do cotilédone e/ou da folha verdadeira, que evoluiu
ou não para necrose do tecido, permanecendo as nervuras com
coloração verde normal, a parte necrosada pela toxicidade com
coloração amarelada intensa, sendo que as folhas secas
apresentaram -se muito quebradiças ao tato, vindo a cair
rapidamente, e descreveram sintomas de toxicidade na planta
com a aplicação de doses superiores a 3,0 kg ha
-1
de boro.
32
Estes resultados foram confirmados por Carvalho (1980) e Silva
et al. (1982; 1991), que trabalhando em condições de campo
com doses superiores a 1,5 kg ha
-1
de boro, também observaram
efeitos negativos da adubação boratada.
Para Silva (1999), o sintoma mais comum de toxidez
corresponde a um crescimento das bordas das primeiras folhas e
atraso no desenvolvimento inicial das plantas.
A resposta da cultura à aplicação de boro provavelmente
se deve à baixa disponibilidade do elemento no solo, quando o
solo é fértil, é afirmado que existe efeito benéfico da aplicação
foliar do micronutriente boro na cultura da soja, sendo que a
faixa de suficiência está entre 20 e 100 mg dm
-3
(Trani et al.,
1983; Jones Jr., 1973; Melo et al., 1985; Rosolem e Boaretto,
1989).
Galrão (1989) concluiu que a resposta de boro para o
aumento de produtividade só ocorria quando era realizado
plantio da soja pela segunda vez e que o elemento zinco era o
limitante do primeiro plantio. Também em solos de várzea o boro
melhorou o rendimento de grãos nos três cultivos seqüentes e o
zinco somente no primeiro.
Carvalho (1980) e Silva et al. (1982, 1991), em pesquisa
com B na cultura do feijão em casa de vegetação, descrevem
sintomas de toxicidade na planta com a aplicação de doses
superiores a 3,0 kg ha
-1
, trabalhando em condições de campo,
observaram efeitos negativos da adubação boratada com doses
a partir de 1,5 kg ha
-1
de boro.
Bevilaqua et al. (2002), estudando a aplicação de boro via
foliar mostraram que houve aumento do peso de grãos por planta
de soja em solos de várzea, sendo que o boro não afetou a
qualidade fisiológica das sementes produzidas e que a maior
resposta foi quando da aplicação nas fases da floração e pós-
floração.
3.0 MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho foi realizado em dois locais e em duas etapas,
cultivando a soja sob sucessão do algodão:
1° - Foi realizado em casa de vegetação da Faculdade de
Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade Federal de
Mato Grosso;
2° - Foi realizada em campo, utilizando-se uma área de 40 m x
40 m da Fazenda Novo Horizonte, em Campo Verde-MT, latitude
15° 36’ 48,45” longitude 55° 10’ 49,14” a aproximadamente 120
km de distância de Cuiabá-MT, solo LATOSSOLO VERMELHO
AMARELO, textura argilosa.
3.1 Amostragem do solo
Em ambas as etapas deste trabalho foram coletadas
amostras compostas do solo na profundidade de 0 a 0,20 m,
para caracterização física e química, conforme EMBRAPA
(1997). Os resultados das características física e química
encontram-se na Tabela 2 e 3, os quais foram utilizados para
34
recomendação da necessidade de calagem e adubação para a
cultura do algodão.
TABELA 2. Características física e química do solo utilizado na
casa de vegetação.
TABELA 3. Características física e química do solo do
experimento em campo.
3.2 Cultivo de algodão em casa de vegetação
Com o objetivo de servir de modelo para o trabalho que foi
desenvolvido em campo, foi realizado em casa de vegetação da
FAMEV-UFMT, Cuiabá-MT, o cultivo do algodão utilizando-se
horizonte superficial de um Latossolo Vermelho Distrófico
adaptado em tubos de PVC com capacidade de 2 kg de solo, em
que foi deixada uma planta por unidade experimental (tubo).
As unidades experimentais foram construídas de tubos de
PVC com 100 mm de diâmetro e 21 cm de altura (Figura 1),
35
tendo o fundo fechado com tela para reter a terra e permitir uma
boa drenagem do solo.
A adubação do solo foi realizada conforme recomendação
de campo 20 kg de N, 80 kg de P
2
O
5
e 100 kg de K
2
O por há.,
Os tratamentos com boro foram realizados conforme Tabela 4.
A semeadura foi realizada em setembro de 2005, ocasião
em que semeou-se três sementes de algodão da variedade ITA
90 por tubo. Após a germinação, foi feito desbaste, deixando-se
uma planta por tubo, cultivada durante 60 (sessenta) dias, sendo
que após esse período as plantas foram colhidas
(individualmente) e foram determinados a massa verde, a altura
de planta, o número de botões florais e a massa seca da parte
aérea.
TABELA 4.Doses de boro aplicadas no solo e concentrações de
B nas soluções aplicadas, via foliar,na cultura do
algodão
Tratamento Doses de B
no solo
kg ha
-1
Conc. de B na solução da
pulverização
% B
1
(
*
)
0 0
2(**) 1 0
3 2 0
4 3 0
5 4 0
6
(
*
)
0 0,25
7 0 0,50
8 0 0,75
9 0 1,0
10 (**) 1 0,25
11 1 0,50
12 1 0,75
13 1 1,0
(*)(**) testemunha comuns aos diferentes tratamentos.
36
21 cm
10 cm
FIGURA 01. Parcela experimental em tubos de PVC utilizada no
cultivo do algodão e, posteriormente, soja em casa
de vegetação.
3.3 Cultivo da soja em casa de vegetação
Após a colheita do algodão, os tubos foram cultivados com
soja utilizando a variedade, M-Soy 9350, semeando-se em
dezembro de 2005. Na adubação de plantio foram utilizados 600
kg 00-20-20 por hectare, e os tratos culturais foram as
recomendações da Embrapa Soja (2003), tendo o objetivo de
avaliar o efeito residual das doses de boro aplicadas no algodão,
no desenvolvimento e na produção das plantas da soja em
sucessão a cultura do algodão.
O corte foi realizado quando as plantas completaram 30
dias após a emergência, determinando-se a altura, o número de
folhas, o peso da massa verde e o peso da massa seca da parte
aérea, de forma semelhante à utilizada para o algodão.
3.4 Cultivo do algodão no campo
O experimento teve seu início no final de novembro com a
dessecação do milheto, utilizando-se três litros de glifosato e
600 mL de 2,4-D para controle de todas as ervas daninhas. A
semente foi tratada com inseticida carbosulfan na dosagem de
37
42 gramas por hectare e fungicidas Euparen, doses de 150
gramas, Moncerem e Baytan nas doses 200 gramas cada.
O algodão foi semeado no final de dezembro de 2004,
utilizando-se na adubação de base 20 kg de N, 80 kg de P
2
O
5
e
100 kg de K
2
O por hectare. Foram feitos sulcos com auxílio de
enxada e o adubo foi distribuído nas linhas, manualmente. A
semeadura foi realizada com plantadeira utilizada pela fazenda,
sem usar as linhas distribuidoras de adubos. O cultivar utilizada
foi o “ITA 90”, num espaçamento de 90 cm entre linhas, e 10
sementes por metro.
Os tratamentos utilizados foram os mesmos descritos na
Tabela 4, sendo 0; 1; 2; 3; e 4 kg.ha
-1
de boro (na forma de
bórax), aplicados no solo (na ocasião da semeadura do
algodão). As pulverizações foliares foram feitas em quatro
ocasiões: aos 30, 50, 71 e aos 111 dias da germinação, em que
foram utilizadas soluções 0; 0,25; 0,50; e 1,0% de boro
aplicadas via foliar na vazão de 445 L de calda por hectare, com
e sem a aplicação de 1 kg ha
-1
no solo.
As parcelas experimentais foram constituídas por quatro
linhas de plantio com cinco metros de comprimento, com
espaçamento entre linhas de 0,90 cm, considerando-se como
área útil às duas linhas centrais, descontados 1 metro em cada
extremidade.
Aos 30 dias da germinação das sementes foi realizada uma
adubação de cobertura utilizando-se 150 kg ha
-1
da
fórmula 20-00-20, e aos 60 dias da germinação foi aplicado
150 kg de KCl ha
-1
.
Os acompanhamentos de pragas e doenças foram
realizados por levantamentos semanais, por técnicos que faziam
o monitoramento e, quando da necessidade de alguma
aplicação, eram rapidamente efetuados.
38
Outros tratos culturais como: aplicação de herbicida
repasse de capina, regulador de crescimento foram realizados
em conjunto com o agricultor que cedeu a área.
Ao final de julho 2006 foi realizada a aplicação de
desfolhante na área total e a colheita entre 15 e 16 de agosto.
De cada parcela foi colhida as fileiras centrais com 3
metros cada, numa área útil de 5,40 m
2
, cuja colheita foi feita
manualmente, e o algodão em caroço foi acondicionado em
sacos de plástico e pesado, posteriormente, determinando-se a
produtividade de algodão em caroço, cujos resultados foram
convertidos em kg ha
-1
. Foi retirada uma amostra composta para
ajuste de umidade, que foi de 10,5%.
3.5 Cultivo da soja no campo
A soja cultivada em sucessão à cultura do algodão foi
plantada em outubro de 2005, no início do período das chuvas,
nas áreas delimitadas e identificadas, onde foram aplicadas as
diferentes doses de boro no cultivo do algodão.
O cultivar utilizado foi o FMT Tucunaré, um cultivar de ciclo
médio, num espaçamento de 45 cm entre linhas de plantio, e
deixando-se de 12 a 14 plantas por metro.
A adubação básica, os tratos culturais e a semeadura,
também foram efetuados pelo agricultor que cedeu a área onde
foi implantado o experimento. A adubação utilizada foi de
350 kg ha
-1
do adubo comercial denominado de Super 30, ou
seja, 00-30-00 . A aplicação de cloreto de potássio na dose de
100 kg ha
-1
, foi feita 20 dias após a emergência da soja, assim
como o manganês na forma de óxido de manganês na dosagem
de 200 mg ha
-1
.
Os tratos culturais foram realizados pelo proprietário da
área, seguindo o Manual de Tecnologia de Produção de Soja
39
(EMRAPA 2003) e, dez dias antes da colheita, foi realizada a
aplicação de 1 litro de Gramoxone para a dessecação da soja.
A colheita manual foi realizada em fevereiro de 2006,
sendo que de cada parcela foram colhidas cinco fileiras centrais
com 3 metros cada, com área útil de 6,75 m
2
. As vagens foram
debulhadas em uma batedeira de grãos acionada por trator e
que após foram pesadas em balança de precisão. Os resultados
foram convertidos em kg ha
-1
e foi retirada uma amostra
composta para ajuste de umidade para 13%.
3.6 Delineamento Experimental
O experimento foi realizado em delineamento blocos
casualizados, considerando-se 13 tratamentos e quatro
repetições, onde as parcelas foram colhidas individualmente, e
os dados obtidos foram submetidos à análise estatística
descritiva, análise de variância (ANOVA), análise de regressão e
teste de Tukey e Dunnett 5%, utilizando-se o programa
estatístico SPSS 10.
4.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Cultivo de algodão em casa de vegetação
Os resultados médios de altura, número de botões florais,
massa verde e massa seca de algodão encontram-se na tabela
5.
TABELA 5. Altura de planta, número de botões florais, massa
verde, massa seca, de plantas de algodão
submetidas a diferentes doses de B no solo e na
folha em casa de vegetação
Trat. Altura (cm) Nºbot. Floral
MV g
parcela
-1
MS g
parcela
-1
1 33,7 a 3,2 ab 17,74 a 5,44 a
2 38,5 a 3,7 a 20,58 a 6,10 a
3 40,7 a 3,2 ab 18,25 a 5,16 a
4 39,0 a 4,0 a 22,28 a 6,20 a
5 37,2 a 3,7 a 18,31 a 5,03 a
6 36,2 a 3,0 ab 19,00 a 5,16 a
7 34,2 a 3,7 a 17,66 a 4,71 a
8 39,0 a 3,5 ab 17,88 a 5,07 a
9 37,5 a 2,7 ab 15,96 a 4,59 a
10 38,5 a 3,2 ab 19,84 a 5,53 a
11 36,7 a 3,7 a 16,96 a 4,68 a
12 35,7 a 2,0 ab 17,34 a 3,94 a
13 36,5 a 1,7 b 15,25 a 4,05 a
Letras iguais não diferem entre si pelo teste de Tukey em nível de 5% de
probabilidade.
41
Não houve diferença entre tratamentos nos atributos
estudados pelo teste de F. As análises de regressão foram não
significativas. Somente o número de botões florais diferiu pelo
teste de Tukey 5%.
O tratamento 13 (1 kg boro ha
-1
no solo e 1% boro via
foliar) resultou em fitotoxidade (queda de parte dos botões
florais e queima das bordas das folhas). Em campo, apesar de
ter ocorrido queima das bordas das folhas, não houve queda de
produtividade.
Esses sintomas também foram observados por Silva et al,
(1979) em casa-de-vegetação.
Mesmo não havendo diferença entre médias, a maior
produção de massa seca (6,20 g por parcela) foi obtida com 3 kg
de boro aplicado no solo, e a menor produção (3,94g por
parcela) foi obtida com 1 kg de boro no solo e 0,75% de boro via
foliar. Considerando-se o número de botões florais, a maior
produtividade (4 botões por parcela) foi obtida com 3 kg de boro
aplicado no solo.
4.2 Cultivo de algodão no Campo
Até a época da primeira aplicação foliar de boro não fora
detectada nenhuma deficiência ou fitotoxidade visual nas
parcelas experimentais. Aos 30 dias da germinação do algodão
foi realizada a primeira aplicação de boro via foliar. Três dias
após a primeira aplicação de boro via foliar, foi constatada a
ocorrência de fitotoxidade de boro nos tratamentos 9 e 13
(solução 1% de boro via foliar). Os sintomas observados foram:
de clorose marginal e internerval dos cotilédones e/ou das folhas
verdadeiras, que evoluíram para necrose dos tecidos,
permanecendo as nervuras com coloração verde normal.
Sintomas semelhantes aos descritos por Silva et al, (1979). Já,
Gridi-Papp et al. (1992), descreveram os sintomas de toxidez
42
como o superbrotamento nas axilas dos pecíolos foliares e
ocorrência de clorose entre as nervuras.
Com o crescimento das plantas a toxidez de boro
desapareceu, porém os sintomas anteriores não. Segundo
Rosolem e Costa (1999) e Yamada (2000), a mobilidade do boro
no algodoeiro é limitada. Além disso, Yamada (2000) apontou
que a aplicação foliar resulta em menor nível que a aplicação no
solo, explicado pela pouca mobilidade no floema, sendo que sua
redistribuição para diferentes partes da planta é praticamente
nula. A fitotoxidade apresentada com aplicação de 1% de boro,
só ocorreu, momentaneamente, pois à medida que as plantas
desenvolveram surgiram novas folhas e a redistribuição do boro
das partes intoxicadas para as partes mais novas não ocorreu.
Durante o ciclo da cultura foi observado que nas parcelas
testemunhas, não houve sintomas visuais de deficiência, pois as
plantas tiveram desempenho normal quanto ao crescimento e
desenvolvimento. Isto se deve possivelmente as doses de boro
utilizadas nos diferentes tratamentos (Tabela 2), e ao nível de
boro no solo de característica argiloso, pH 6,0, na faixa
considerado médio (Embrapa, 2001).
Silva e Carvalho (1982) constataram que se o teor de boro
no solo for muito baixo, podem aparecer sintomas de deficiência
do elemento logo após a emergência das plantas, o crescimento
inicial é lento e as folhas cotiledonares apresentam-se espessas
e enrugadas, o que não foi observado em nenhum momento nas
parcelas testemunhas sem aplicação de boro.
Foi observado fitotoxidade devido à aplicação do herbicida
GAMIT, em aproximadamente 13 parcelas, sendo elas T
2
R
1
,
T
8
R
2
, T
10
R
3
, T
14
R
4,
T
6
R
2
, T
5
R
4
, T
6
R
3
, T
13
R
2
, T
4
R
4
, T
1
R
2
, T
9
R
4
,
T
1
R
3
e T
13
R
3
, essa fitotoxidade se deu pelo motivo de a área ser
muito plana e apresentar pequenas depressões onde ocorreu
empoçamento de água em algumas parcelas, concentrando o
43
herbicida utilizado em pré e pós-emergente inicial de folhas
largas, deixando as plantas destas parcelas com fitotoxidade até
15 dias após germinação. Siqueri (2002), trabalhando com
ensaio de herbicidas em pré-emergência na cultura de algodão,
na Fazenda Santa Mônica, em Rondonópolis-MT, observou
fitotoxidade de clomazone até 15 dias da germinação.
Aos 60 dias da semeadura, após a capina, o algodão
encontrava-se em início de floração, com alto índice de lagartas,
sendo que as parcelas que apresentaram fitotoxidade do
herbicida clomazone já estavam totalmente recuperadas. As
lagartas foram controladas com inseticida especifico.
Aos 111 dias após a germinação foi realizada a ultima
aplicação de boro, o algodão apresentava com floração no
ponteiro e com maçãs bem desenvolvidas no baixeiro (parte
inferior do algodão) e no terço médio. A partir dessa data, a
cultura foi observada diariamente e não foram observados
sintomas de deficiências ou de fitotoxidade, mesmo na aplicação
de 1% de boro via foliar.
Pode-se observar na Tabela 6 as médias de produtividade
de algodão em caroço (kg ha
-1
), em função das doses de boro e
do modo de aplicação.
44
TABELA 06. Produtividade de algodão em caroço (kg ha
-1
) em
função das diferentes doses de boro e do modo de
aplicação
Tratamento Mínimo Máximo Amplitude Média SD CV
0x0 1(*) 4.319 5.189 870 4.719 Aa 383 8
1x0 2(**) 4.085 4.944 859 4.506 Aa 367 8
2x0 3 4.574 5.348 774 4.949 Aa 324 7
3x0 4 3.530 5.615 2.085 4.573 Aa 879 19
Solo
(*)
4x0 5 4.356 5.696 1.340 5.130 Aa 668 13
0x0,25 6 4.400 5.522 1.122 5.050 Aa 518 10
0x0,50 7 4.304 5.467 1.163 4.831 Aa 613 13
0x0,75 8 4.278 5.567 1.289 4.862 Aa 533 11
Folha
(*)
0x1 9 3.519 5.233 1.714 4.404 Aa 715 16
1x0,25 10 4.752 5.443 691 5.071 Aa 292 6
1x0,50 11 4.089 5.707 1.618 4.741 Aa 768 16
1x0,75 12 4.407 5.063 656 4.779 Aa 309 6
Solo/Folha
(**)
1x1 13 4.352 5.452 1.100 4.905 Aa 593 12
(*) (**) testemunhas comuns aos diferentes objetivos; Letras maiúsculas iguais
não diferem entre si pelo teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade;
Letras minúsculas iguais não diferem entre si pelo teste de Dunnett em nível de
5% de probabilidade. CV (Coeficiente Variação) SD (Desvio Padrão).
A produtividade de algodão em caroço não diferiu com as
doses de boro e o modo de aplicação (Figura 2 e 3). Entretanto,
a maior média (5.130kg ha
-1
) foi obtida com 4 kg boro ha
-1
(tratamento 5) e a menor (4.404 kg ha
-1
) com boro 1% na folha
(tratamento 9).
A não significância nas análises de regressão
impossibilitou obter-se as doses de máxima produtividade.
Dessa forma, não foi possível a recomendação de doses de boro
para a cultura de algodão nas condições de estudo. Os baixos
coeficientes de variação (cv) indicam as pequenas variações
entre os dados obtidos.
È possível que a falta de resposta aos tratamentos (doses
de boro e modo de aplicação) esteja associada aos teores dos
nutrientes no solo (Tabela 3), de modo geral, altos, e ao teor de
boro, médio a alto.
45
01234
B (kg ha
-1
)
4400
4600
4800
5000
5200
Produtividade (kg ha
-1
)
4.775
FIGURA 2. Produtividade do algodão em kg ha
-1
, em relação aos
tratamentos de boro aplicados no solo.
0 0.25 0.5 0.75 1
Boro na folha (% na solução)
4200
4400
4600
4800
5000
5200
Produtividade (kg ha
-1
)
Foliar
1 kg Boro Solo e B na Folha (% na solução)
4.800
4.759
FIGURA 3. Produtividade do algodão em caroço (kg ha
-1
), em
relação às doses de boro tanto no solo quanto na
folha.
4.3 Cultivo de soja em casa de vegetação
Em casa-de-vegetação as análises de regressão não foram
significativas para os atributos avaliados da cultura da soja, em
46
função das doses de boro e do modo de aplicação utilizados
para o plantio da cultura do algodão (Figura 4 e 5), somente a
altura de plantas com as doses de boro no solo foi linear (Figura
4a) a 10%.
01234
Bo
r
o no solo (kg ha
-1
)
0
20
40
60
80
100
Altura (cm)
Altura
soja
= 5,45 * X + 60,95
R
2
= 0,87
82,75
A
01234
Bo
r
o no solo (kg ha
-1
)
0
10
20
30
N° de Folhas
25
B
01234
Boro no solo (kg ha
-1
)
0
4
8
12
16
MV (g)
13,48
C
01234
Boro no solo (kg ha
-1
)
0
2
4
6
8
10
MS (g)
8,99
D
FIGURA 04. Altura de plantas (A), número de folhas (B), massa
verde (C) massa seca (D) da soja cultivada em
sucessão ao algodão devido a diferentes doses de
boro aplicadas no solo.
47
0 0.25 0.5 0.75 1
Boro (% na solução)
0
20
40
60
80
100
Altu
r
a (cm)
B na Folha (% na solução)
1 kg Boro Solo e B na Folha (% na solução)
79,8
70
A
0 0.25 0.5 0.75 1
Boro (% na solução)
0
10
20
30
N° de Folhas
B na Folha (% na solução)
1 kg Boro Solo e B na Folha (% na solução)
25
23
B
0 0.25 0.5 0.75 1
Boro (% na solução)
0
4
8
12
16
MV (g)
B na Folha (% na solução)
1 kg Boro Solo e B na Folha (% na solução)
13,71
11,21
C
0 0.25 0.5 0.75 1
Boro (% na solução)
0
2
4
6
8
10
MS (g)
B na Folha (% na solução)
1 kg Boro Solo e B na Folha (% na solução)
9,15
8,73
D
FIGURA 05. Altura (A), número de folhas (B), massa úmida (C)
massa seca (D) da soja cultivada em sucessão ao
algodão com a aplicação de diferentes doses de
boro aplicadas por via foliar.
Não houve sintomas de deficiência visual de boro nas
plantas de soja em casa-de-vegetação. Porem, mesmo não
havendo diferenças entre os atributos avaliados (exceto altura
de plantas) em função das doses de boro e modos de aplicação,
foi observado sintomas visuais de toxidez por boro na dose de 4
kg ha
-1
(tratamento 5). Fageria et al. (1997) trabalhando com
níveis adequados e tóxicos de boro na produção de arroz, feijão,
milho, soja e trigo em solos de cerrado, mostrou que o teor
adequado de boro no solo para a soja foi de 0,8 kg ha
-1
e o teor
tóxico foi de 10,4 kg ha
-1
.
48
Carvalho (1980) e Silva et al. (1982; 1991), observaram
sintomas de fitotoxicidade com a aplicação de doses superiores
a 3,0 kg ha
-1
de B no solo. Enquanto Fageria (2000) com doses
superiores a 1,5 kg ha
-1
de boro no solo em casa-de-vegetação.
Já Galrão (1991) relatou o aumento de produtividade de soja
com a aplicação de 2 kg ha
-1
de boro no solo.
4.4 Cultivo de soja no campo
Diferente do observado em casa de vegetação, não foi
diagnosticado visualmente nenhum sintoma de toxidez por boro
nos diferentes tratamentos. Mas foi constatado em todo o
experimento um amarelecimento das folhas no inicio do ciclo,
suposto como deficiência (clorose) de magnésio, que
desapareceu com o crescimento das plantas. Segundo
Mascarenhas et al. (1987) esse amarelecimento em soja pode
ser devido à fertilização potássica que afeta a relação (Ca+Mg)/k
tocável nos solos, em geral, entre 22 e 31. A relação (Ca+Mg)/k
igual a 15,3 no solo utilizado (Tabela 2) encontra-se abaixo da
proposta por Mascarenhas et al. (1987).
A produtividade de soja não diferiu em relação aos
tratamentos utilizados, exceto os tratamentos 2 e 4 por Dunnett
5% (Tabela 06).
49
TABELA 06. Produtividade da cultura da soja (kg ha
-1
) em
relação aos diferentes tratamentos de boro
aplicados na cultura do algodão
Tratamento Mínimo Máximo Amplitude Média SD CV
0x0 1(*) 2422 2919 496 2600 Aa 220 8
1x0 2(**) 2970 4163 1193 3450 Ab 526 15
2x0 3 2778 3052 274 2931 Aa 129 4
3x0 4 2837 4348 1511 3431 Ab 660 19
Solo
(*)
4x0 5 2593 3289 696 3063 Aa 318 10
0x0,25 6 2533 3578 1044 2924 Aa 485 17
0x0,50 7 2844 3919 1074 3313 Aa 513 15
0x0,75 8 2600 3141 541 2891 Aa 224 8
Folha
(*)
0x1 9 2681 3511 830 3120 Aa 387 12
1x0,25 10 2259 3222 963 2598 Aa 426 16
1x0,50 11 3030 3363 333 3243 Aa 151 5
1x0,75 12 2830 3215 385 3067 Aa 174 6
Solo/Folha
(**)
1x1 13 2385 3185 800 2839 Aa 333 12
(*) (**) testemunhas comuns aos diferentes objetivos; Letras maiúsculas iguais
não diferem entre si pelo teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade;
Letras minúsculas iguais não diferem entre si pelo teste de Dunnett em nível de
5% de probabilidade. CV (Coeficiente Variação) SD (Desvio Padrão).
Não houve diferença entre as doses de boro aplicadas no
solo (Figura 7), sendo a produtividade média igual a
3.095 kg ha
-1
. A produtividade média em relação à aplicação
foliar de boro foi maior quando aplicado em conjunto a foliar 1
kg ha
-1
no solo (Figura 8)
50
01234
B (kg ha
-1
)
2600
2800
3000
3200
3400
3600
Produtividade (kg ha
-1
)
3.095
FIGURA 7. Produtividade da soja em kg ha
-1
, em relação aos
tratamentos de boro aplicados no solo na cultura de
algodão.
0 0.25 0.5 0.75 1
Boro na folha (% na solução)
2400
2600
2800
3000
3200
3400
3600
Produtividade (kg ha
-1
)
Foliar
1 kg Boro Solo e B na Folha (% na solução)
3.039
2.970
FIGURA 8. Produtividade de soja em kg ha
-1
, em relação aos
tratamentos de boro aplicados no solo e na folha
na cultura do algodão.
A produtividade de soja foi maior em todos os tratamentos
que receberam boro na adubação. A média de produtividade da
testemunha geral foi de 2.600 kg ha
-1,
sendo a menor média
51
obtida. As produtividades médias do tratamento 2 (1 kg ha
-1
no
solo) e 4 (3 kg ha
-1
no solo), respectivamente, 3.450 e 3.431 kg
ha
-1
, diferem dos tratamentos 1, 3 e 5 por Dunnett (5%).
A ausência de resposta ao efeito residual do boro aplicado
na cultura do algodão sobre a cultura da soja e de sintomas de
toxidez no campo, possivelmente deve-se ao efeito tampão do
solo, o que não aconteceu em casa-de-vegetação, devido à
restrita quantidade de solo utilizada nos tubos de PVC.
5.0 CONCLUSÕES
1. A produtividade de algodão em caroço no campo e os
demais atributos avaliados em casa-de-vegetação não
diferiram com as doses de boro e o modo de aplicação
estudados.
2. Na ausência da aplicação de boro foi observada a
ocorrência de deficiência no algodão em casa-de-
vegetação.
3. A menor produtividade de algodão foi obtida na maior dose
estudada de boro na solução
4. Em casa-de-vegetação o maior número de botões florais
foi obtido com 3 kg boro ha
-1
no solo e o menor valor foram
obtidos com 1 kg boro ha
-1
no solo mais solução 1% boro
via foliar.
5. Em casa-de-vegetação ocorreu fitotoxidade em soja por
boro devido ao efeito residual de boro aplicado no plantio
de algodão na dose de 4 kg boro ha
-1
.
6. Não foi verificado fitotoxidez de boro em soja no campo.
7. Foi verificado fitotoxidez de boro em algodão no campo e
casa de vegetação, com utilização de 1% de boro na
solução.
53
8. A maior produtividade de soja foi obtida com 1 kg boro ha
-1
no solo.
9. A menor produtividade de soja foi obtida com a associação
de 1 kg ha
-1
no solo e 0,25% em solução via foliar.
10. Em casa-de-vegetação a altura em plantas de soja
diferenciou com as doses de boro aplicadas no solo no
cultivo de algodão.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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7. APENDICE
64
TABELA 1A. ANOVA DA SOJA NO CAMPO
F. V. GL SQ QM Fcal
Ftab
5%
Tratramento 12 3684763 307063,6 2,106203 2,04
Bloco 3 515753,9 171918 1,179216
Resíduo 36 5248444 145790,1
Total 51 9448961
TABELA 2A. ANOVA DO ALGODÃO NO CAMPO
F. V. GL SQ QM Fcal
Ftab
5%
Tratramento 12 2348876 195739,7 0,580177 2,04
Bloco 3 294307 98102,33 0,290778
Resíduo 36 12145648 337379,1
Total 51 14788831
FIGURA 1A. Deficiência de boro em algodão.
FIGURA 2A. Fitotoxidez de boro em algodão e soja em
casa de vegetação
FIGURA 3A Fitotoxidez de boro em algodão no campo.
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