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UFRRJ
INSTITUTO DE AGRONOMIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FITOTECNIA
DISSERTAÇÃO
Cultivo de batata-doce (Ipomoea batatas L.) em
sucessão ao milho (Zea mays L.) consorciado com
leguminosas para adubação verde, sob manejo
orgânico de produção
Ilzo Artur Moreira Risso
2007
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i
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE AGRONOMIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FITOTECNIA
CULTIVO DE BATATA-DOCE (IPOMOEA
BATATAS L.) EM SUCESSÃO AO MILHO (ZEA
MAYS L.) CONSORCIADO COM LEGUMINOSAS
PARA ADUBAÇÃO VERDE, SOB MANEJO
ORGÂNICO DE PRODUÇÃO.
ILZO ARTUR MOREIRA RISSO
Sob a Orientação do Professor
José Guilherme Marinho Guerra
e Co-orientação do Professor
Raul de Lucena Duarte Ribeiro
Dissertação submetida como
requisito parcial para obtenção do
grau de Mestre em Ciências, no
Curso de Pós-
Graduação em
Fitotecnia, Área de Concentração
em Agroecologia.
Seropédica, RJ
Agosto de 2007
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ii
UFRRJ / Biblioteca Central / Divisão de Processamentos Técnicos
634.22
R596c
T
Risso, Ilzo Artur Moreira, 1977-
Cultivo de batata-doce (Ipomoea
L.) em sucessão ao milho (Zea mays
L.) consorciado com leguminosas
para adubação verde, sob manejo
orgânico de produção / Ilzo Artur
Moreira Risso – 2007.
40f. : il.
Orientador: José Guilherme
Marinho Guerra.
Dissertação (mestrado)
Universidade Federal Rural do Rio
de Janeiro, Programa de Pós-
Graduação em Fitotecnia.
Bibliografias: 18-23.
1. Batata-doce - Cultivo Teses
2. milho Melhoramento genético
Teses 3. Cultivo consorciado -
Teses. 4. Adubação verde Teses.
5. Agricultura orgânica -
Teses.
I. Guerra, José Guilherme Marinho,
1958- . II. Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro. Programa
de Pós-Graduação em Fitotecnia.
III. Título.
Bibliotecário: _______________________________ Data: ___/___/______
iii
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE AGRONOMIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FITOTECNIA
ILZO ARTUR MOREIRA RISSO
Dissertação submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Ciências,
no Curso de Pós-Graduação em Fitotecnia, área de Concentração em Agroecologia.
DISSERTAÇÃO APROVADA EM 17/08/2007
_________________________________________________________________
José Guilherme Marinho Guerra. Ph.D. – Pesquisador Embrapa Agrobiologia
(Orientador)
__________________________________________________________
Marcelo Grandi Teixeira. Ph.D. – Pesquisador Embrapa Agrobiologia
__________________________________________________
José Carlos Cruz. Dr. – Pesquisador Embrapa Milho e Sorgo
iv
Aos meus pais Jose Alberto Risso e Carmem Rita Moreira Risso pelos eternos
ensinamentos da vida, pelo amor, educação, amizade, respeito, incentivo, cumplicidade e
companheirismo, permitindo o meu desenvolvimento e minha formação até os dias de hoje.
A minha esposa Cristiane Soares Guimarães Risso e ao meu filho Jorge Alberto
Guimarães Risso, pelo amor, amizade, incentivo, cumplicidade, companheirismo e
paciência.
Aos meus Irmãos, Liliane, Cristiane, Rodrigo, Luciano, Renata e Caroline, e a
todos meus familiares, pelo incentivo e compreensão.
E a todas as pessoas que acreditam numa agricultura socialmente justa, tecnicamente
possível, ecologicamente correta e economicamente viável.
Dedico este trabalho!
v
AGRADECIMENTOS
A DEUS, por ter me concedido a vida e estar presente em todos os momentos.
A CAPES, pela concessão da bolsa de estudos.
A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro pelos mestres em especial ao
Prof. José Paulo de Souza (in memorian), apoio e ensinamentos durante o decorrer do curso.
Ao curso de Pós-graduação em Fitotecnia por me propiciar este trabalho.
A Embrapa Agrobiologia, pelo apoio técnico, estrutural, financeiro, e pessoal, que
possibilitaram a realização deste trabalho.
Ao pesquisador José Guilherme Marinho Guerra e ao Prof. Raul de Lucena
Duarte Ribeiro pela valorosa orientação técnica e pessoal, contribuindo para minha formação
e conclusão deste trabalho.
Aos pesquisadores: Marcelo Grandi Teixeira, Jose Carlos Cruz, José Carlos Polidoro,
José Antonio de Azevedo Espindola e demais pesquisadores da Embrapa, pelos ensinamentos
científicos.
A todos os funcionários da Embrapa Agrobiologia, Terraço e Fazendinha, sem os
quais seria impossível a realização deste trabalho.
Aos meus amigos, em especial à Camila e a galera do M1-131, por terem feito parte
de minha história nessa caminhada.
vi
BIOGRAFIA DO AUTOR
Ilzo Artur Moreira Risso, nascido em 03 de novembro de 1977, em Santana do
Livramento, Rio Grande do Sul, filho de José Alberto Risso e Carmem Rita Moreira Risso.
Formado em técnico em Agropecuária, pela Escola Agrotécnica Federal de São
Vicente do Sul – RS, em 1997.
Cursou Pós-técnico em olericultura e Jardinagem, pela Escola Agrotécnica Federal de
Santa Teresa – ES, em 1998.
Formou-se em Licenciatura em Ciências Agrícolas, pela Universidade Federal Rural
do Rio de Janeiro, em 2003.
Iniciou o mestrado em Fitotecnia, em Agroecologia, no ano de 2005. Sendo este
concluído em 2007.
vii
RESUMO
RISSO, Ilzo Artur Moreira. Desempenho da batata-doce (Ipomoea batatas L.) sob manejo
orgânico em sucessão ao cultivo consorciado do milho (Zea mays L.) com leguminosas
para adubação verde. 2007. 54 p. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia). Instituto de
Agronomia, Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro,
Seropédica, RJ 2007.
O estudo foi realizado no Campo Experimental da Embrapa Agrobiologia, em
Seropédica, estado do Rio de Janeiro, tendo por objetivos: (a) avaliar diferentes arranjos
espaciais de milho, em monocultivo ou consorciado com leguminosas, quanto à produção de
grãos e aporte de nutrientes acumulados na biomassa verde incorporada ao solo; e (b) avaliar
o efeito residual dessa biomassa incorporada sobre o desempenho agronômico da batata-doce
cultivada em sucessão. Os tratamentos relativos ao pré-cultivo foram: milho semeado em
fileiras individuais espaçadas de 1,0 m entre si e em fileiras duplas espaçadas de 1,5 m, com
0,5m entre cada componente; monocultivo do milho com ou sem adubação orgânica
suplementar de cobertura (50 kg ha
-1
de N total, na forma de “cama” de frango), milho em
consórcio com Crotalaria juncea (crotalária) submetida a corte único ou a dois cortes durante
o ciclo, e milho em consórcio com Mucuna pruriens (mucuna cinza). As culturas foram
conduzidas no sistema orgânico, adotando-se delineamento experimental de blocos
casualizados, envolvendo os 10 tratamentos dispostos em parcelas subdivididas, com quatro
repetições. Computaram-se as biomassas da parte aérea de cada espécie, assim como a
produtividade do milho em grãos secos e da batata-doce em tubérculos de padrão comercial.
O manejo da crotalária por meio de corte único proporcionou aumento na produção do milho,
em comparação ao monocultivo sem adubação de cobertura. Já os cortes parcelados da
crotalária prejudicaram o desempenho produtivo do milho, porém resultaram em aporte
superior de biomassa ao sistema. A semeadura da mucuna cinza, 40 dias após o plantio do
milho, não afetou o desempenho do cereal. A produtividade do milho também não foi
influenciada pelos arranjos espaciais avaliados. O desempenho da batata-doce não sofreu
influência de qualquer dos tratamentos relacionados ao pre-cultivo, alcançando produção
acima das médias estadual e nacional divulgadas. A inclusão das leguminosas para adubação
verde, via consórcio com o milho, é considerada uma opção viável por sua capacidade em
prover expressivo aporte de matéria orgânica, produzida in situ, contendo significante
quantidade de nutrientes, especialmente nitrogênio, com potencial de trazer benefícios no
médio prazo para subsequentes culturas comerciais.
Palavras-chave: Crotalaria juncea, Mucuna pruriens, horticultura orgânica, rotação de
culturas.
viii
ABSTRACT
Performance of sweet potato (Ipomoea batatas L.) under organic management succeding corn
(Zea mays L.) intercropped with legumes species for green manuring
The study was conducted in the Experimental Field of Embrapa Agrobiologia in
Seropédica, state of Rio de Janeiro, with the objectives: (a) evaluate different spatial
arrangements of corn in monoculture or syndication with legumes, as the production of grains
and nutrient intake of green incorporated biomass accumulated in the soil; (b) assess the
residual effect of biomass built on the agronomic performance of sweet potato grown in
succession. The treatments for the pre-cultivation were: corn sown in rows of individual
spaced 1.0 m between them and double spaced rows of 1.5 m, with 0.5 m between each
component; monoculture of corn with or without additional organic fertilizer of coverage (50
kg ha-1 total N in the form of "bed" of chicken), in consortium with corn Crotalaria juncea
submitted to cut single or two cuts over the cycle, and corn in consortium with Mucuna
pruriens. The crops were conducted in the body system, adopting to block randomized
experimental design, involving the 10 treatments arranged in split plots, with four repetitions.
Computaram is the biomass of the shoots of each species, as well as the productivity of corn
grain in dry and sweet potato tubers of a commercial pattern. The management of Crotalaria
juncea through cutting provided only increase the production of corn, compared to the
monoculture without fertilization of coverage. Already the cuts parcelados of Crotalaria
juncea undermined the productive performance of corn, but resulted in higher intake of
biomass to the system. The sowing of Mucuna pruriens, 40 days after planting corn, did not
affect the performance of the cereal. The productivity of corn was not influenced by the
spatial arrangements evaluated. The performance of the sweet potato has no influence of any
of the treatments related to pre-cultivation, production reaching above state and national
averages disclosed. The inclusion of legumes green manure, via consortium with corn, is
considered a viable option for its ability to provide significant input of organic matter,
produced in situ, containing significant amounts of nutrients, especially nitrogen, with the
potential to bring benefits in the medium deadline for subsequent commercial crops.
Keywords: Crotalaria juncea, Mucuna pruriens, organic horticulture, crops rotation.
ix
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 01
2 REVISÃO DE LITERATURA 02
2.1 CULTURA DA BATATA-DOCE 03
2.2 AGRICULTURA ORGÂNICA 05
2.3 ADUBAÇÃO VERDE 06
3 OBJETIVOS 10
4 MATERIAL E MÉTODOS 11
5 RESULTADO E DISCUSSÕES 15
6 CONCLUSÕES 23
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 24
8 ANEXOS 30
1. INTRODUÇÃO
Na busca de soluções para a substituição dos fertilizantes sintéticos, uma vez que os
mesmos têm seu uso proibido na agricultura orgânica, conforme a instrução normativa de nº.
7, de 17 de maio de 1999, do Ministério de Agricultura (MAPA, 2007). Uma vez que sua
substituição por fontes orgânicas, como por exemplo, estercos de origem animais, são uma
alternativa que vem sendo questionada devido à origem desses produtos, e possíveis
contaminações. Assim como, a elevação cada vez maior do custo desses insumos, tornando-os
inacessíveis aos agricultores.
Por outro lado, a agricultura familiar vem ganhando força no desenvolvimento
nacional, juntamente com o debate sobre o desenvolvimento sustentável, a geração de
emprego e renda, a segurança alimentar e o desenvolvimento local, que impulsiona a difusão
da agricultura orgânica em nosso Estado, e uma cultura que se adapta a essas condições é a
batata-doce (Ipomoeas batatas L.). Pois, no estado do Rio de Janeiro, seu cultivo é feito,
dominantemente, em pequenos estabelecimentos com características de produção agrícola de
base familiar. Também sendo uma cultura bastante interessante para o cultivo orgânico por
ser bastante rústica. Assim podemos caminhar na busca de alternativas que possam favorecer
a autonomia das unidades de produção. Um exemplo disso é a adubação verde, com o uso de
leguminosas fixadoras de N
2
.
Apesar da importância que a adubação verde pode assumir nas unidades de produção
familiar, freqüentemente não se adota a prática do pousio, em virtude da limitada área física
disponível, devido à exploração intensiva das áreas, o que restringe, em muitos casos, a
introdução desta prática. Com isso, torna-se importante desenvolver e determinar a eficiência
da introdução de adubos verdes consorciados com culturas econômicas, do ponto de vista
estratégico, de forma a beneficiar cultivos em sucessão. Nesse cenário, destaca-se a cultura do
milho (Zea mays L.) podendo favorecer a introdução da adubação verde na forma de
consórcio nas unidades familiares dedicadas à exploração de olerícolas, haja vista o fato do
milho ser empregado, frequentemente, em rotação às hortaliças, e devido a possibilitar
modificações nos arranjos espaciais e populacionais de plantio.
Considerando esse raciocínio, pode-se apontar que a introdução de leguminosas, para
fins de adubação verde, consorciadas com o milho como uma alternativa agronomicamente
viável no que diz respeito ao aumento da sustentabilidade da produção agrícola. No que tange
a produção orgânica, esta prática importante, pois confere ao agricultor maior grau de
autonomia, em relação à gestão do N na unidade de produção, principalmente àquelas de base
familiar. Dessa forma, pode-se estimular o uso de um recurso renovável e obtido localmente.
Em contra partida, necessita-se de um esforço conjunto que não envolva não apenas a
pesquisa, mas também os setores envolvidos na produção para se alcançar êxito com esta
prática, principalmente no que diz respeito à adaptação no nível local. Assim a adubação
verde é uma cnica cujo êxito depende de um contexto em que se faça uso de inúmeras
práticas, que tenham por finalidade buscar a auto-suficiência local da produção agropecuária.
2
2. REVISÃO DE LITERATURA
A agricultura familiar destaca-se como importante fornecedora de produtos
agropecuários componentes da base alimentar da população brasileira (Ehlers, 1999), tendo o
milho como a cultura mais presente nesses estabelecimentos, em cerca de 55% das unidades
familiares brasileiras e em 44% das unidades familiares do sudeste (INCRA/FAO, 2000).
O cultivo de hortaliças no estado do Rio de Janeiro é feito, predominantemente, em
pequenos estabelecimentos com características de produção agrícola de base familiar,
caracterizando-se por uma exploração intensiva. O consumo per-capita de hortaliças no
Estado alcança 54,3 kg/ano, sendo o maior do Brasil. No ano 1998, a região sudeste
respondeu por aproximadamente 63% do volume comercializado, com auto grau de
diversificação de espécies, sendo o Rio de Janeiro o terceiro maior produtor da região com
cerca de 8% da produção nacional (EMBRAPA, 2000). Nesse contexto, a batata-doce
(Ipomea batatas L.) aparece com destaque, sendo cultivada tanto na região da baixada quanto
na serrana fluminense.
2.1. Cultura da Batata-Doce
A batata-doce é uma espécie originária das Américas Central e do Sul, tendo como
centros de diversificação desde a Península de Yucatan no México, até a Colômbia (Austin,
1987); relatos de seu uso remontam mais de dez mil anos. A batata-doce é uma dicotiledônea
pertencente à família botânica Convolvulacae, que agrupa aproximadamente 50 gêneros e
mais de 1000 espécies, porém, somente a batata-doce tem expressão econômica. A planta
possui caule herbáceo, de hábito prostrado, folhas largas, apresentando dois tipos de raízes: a
de reserva ou tuberosa, que constitui a principal parte de interesse comercial, e a raiz
absorvente (Silva et al., 2002).
A cultura da batata-doce assume importância econômico-social destacada, pois
participa na dieta humana como fonte de calorias, vitaminas e minerais (Tabela 1). É a quarta
hortaliça mais consumida no Brasil, e apresenta alto rendimento por unidade de área
cultivada. O plantio de batata-doce no Brasil ocupa uma área de cerca de 50 mil hectares, com
volume de produção de aproximadamente 500 mil toneladas por ano. Um aspecto importante
em relação ao comportamento agronômico desta cultura é a rusticidade e a tolerância ao
ataque de pragas (Silva et al., 2006), que são características favoráveis à adoção em sistemas
orgânicos de produção, o que a torna uma cultura importante para estabilidade da renda em
unidades familiares fluminenses.
3
Tabela 1. Composição química de 100 gramas de raiz de batata-doce crua. (Adaptado de
Luego et al., 2000).
Componente Quantidade
Água 72,8 (g)
Calorias 102
Fibras digeríveis 1,1 (g)
Potássio 295 (mg)
Sódio 43 (mg)
Magnésio 10 (mg)
Manganês 0,35 (mg)
Zinco 0,28 (mg)
Cobre 0,2 (mg)
Vitamina A – retinol 300 (mg)
Vitamina B – tiamina 96 (mg)
Vitamina B2 – riboflavina 55 (mg)
Vitamina C – ácido ascórbico 30 (mg)
Vitamina B5 – niacina 0,5 (mg)
Para o cultivo da batata-doce recomenda-se a aplicação de 20 kg de N ha
-1
para essa
cultura (Almeida et al., 1988; Silva et al., 2002), sendo o nitrogênio é o segundo nutriente
mais exigido pela cultura da batata-doce, que tem como nutriente de maior exigência o
Potássio (Filgueira, 2000), e por isso, a nutrição nitrogenada merece especial atenção. Em
situações de deficiência deste nutriente, as folhas tornam-se prematuramente cloróticas, e com
o agravamento da anomalia pode ocorrer intenso desfolhamento com significativa redução na
produção e no padrão comercial das raízes (Chaves & Pereira, 1985). Normalmente, o
fornecimento via adubação, é necessário para complementar aqueles originados da
mineralização dos estoques de matéria orgânica do solo (Malavolta, 1990). Por outro lado, em
solos com alta disponibilidade de N ocorre profundo crescimento da parte aérea em
detrimento da formação de raízes tuberosas.
2.2. Agricultura Orgânica
A agricultura alternativa vem se consolidando desde a década de 20 em diversos
países, dando origem a diferentes correntes, como: agricultura orgânica, biodinâmica,
biológica, natural e ecológica entre outras (Ehlers, 1999).
No Brasil, o movimento de maior expressão é a agricultura orgânica, que foi
conceituada de acordo com a normativa o Ministério de Agricultura Pecuária e Abastecimento
(MAPA, 2007) como:
4
“Considere-se sistema orgânico de produção agropecuária e industrial, todo
aquele em que se adotam tecnologias que otimizem o uso de recursos naturais e
socioeconômicos, respeitando a integridade cultural e tendo por objetivo a auto-
sustentação no tempo e no espaço, a maximização dos benefícios sociais, a
minimização da dependência de energias não renováveis e a eliminação do
emprego de agrotóxicos e outros insumos artificiais tóxicos, organismos
geneticamente modificados - OGM/transgênicos, ou radiações ionizantes em
qualquer fase do processo de produção, armazenamento e de consumo, e entre os
mesmos, privilegiando a preservação da saúde ambiental e humana, assegurando a
transparência em todos os estágios da produção e da transformação”.
Nesse cenário, a produção orgânica merece destaque, pois exclui o emprego de
agroquímicos sintéticos que, em varias situações, podem interferir negativamente nos
processos biológicos do sistema solo-planta. Um desafio da agricultura orgânica consiste em
se encontrar alternativas para o aporte de nutrientes, principalmente o N, nos sistemas
produtivos, em substituição aos fertilizantes sintéticos (Castro, 2004), que tem sua utilização
interditada nos sistemas orgânicos de produção.
2.3. Adubação Verde
No manejo orgânico, a prática da adubação verde merece atenção, face à sua multi-
funcionalidade, e consiste no plantio de determinadas espécies vegetais em rotação ou em
consórcio com culturas de interesse econômico, sendo a biomassa verde roçada e incorporada,
ou mantida na superfície do solo (Guerra et al., 2004).
Dentre os adubos verdes, destacam-se os representantes da família Leguminosae, por
formarem simbiose com bactérias fixadoras do nitrogênio atmosférico (Espindola et al.,
2005). Isto resulta no aporte de quantidades expressivas de N, disponibilizado após o corte
das plantas e que pode gerar auto-suficiência em relação a este nutriente essencial (Ribas et
al., 2003a; Espíndola et al., 2005). Vantagens adicionais da adoção desta prática envolvem:
controle à erosão, redução da incidência de ervas espontâneas e das perdas de nutrientes do
solo por lixiviação e volatilização (Espindola et al., 2005).
A inclusão de leguminosas para adubação verde, em sistemas de produção orgânica, é
capaz de atender ou viabilizar a gestão do N e a ciclagem de outros nutrientes essenciais. Os
consórcios simultâneos podem ser, para tanto, recomendados, desde que estudados sob
condições edafoclimáticas especificas e determinados os arranjos espaciais e temporais mais
adequados (Espindola et al., 2005).
Uma outra destacada contribuição da adubação verde consiste no aporte de apreciável
quantidade de biomassa, permitindo a manutenção ou mesmo a elevação do teor de matéria
orgânica do solo (Lassus, 1990). Dessa forma, a utilização de leguminosas em sistemas de
rotação cultural pode aumentar a capacidade de troca catiônica, acarretando redução das
perdas de nutrientes por lixiviação. (Testa et al., 1992).
5
A adubação verde atua nas características físicas do solo, dentro dos princípios gerais
estabelecidos para a adição de matéria orgânica. Desse modo, solos com elevado teor de
matéria orgânica apresentam condições físicas adequadas, embora isso dependa também de
outros fatores. As propriedades potencialmente afetadas pela incorporação de matéria
orgânica são: estabilidade de agregados, densidade global, porosidade, capacidade de retenção
de umidade e taxa de infiltração de água (De-Polli et al., 2005).
Em relação ao manejo do solo, a erosão constitui um dos principais fatores
responsáveis por decréscimos na produtividade agrícola, provocando perda de solo e
nutrientes (Schaefer et al., 2002). O processo é acelerado pela exposição do solo às
intempéries, com destruição dos agregados e conseqüente obstrução dos poros. Com
freqüência, forma-se uma camada superficial de maior densidade o que dificulta a infiltração
de água no solo (Perin et al., 2004a). Neste sentido, a proteção do solo, em decorrência do uso
de plantes de cobertura torna possível reduzir as perdas de solo e de água. Em adendo, a
cobertura proporcionada pelos adubos verdes, ainda atenua as variações de temperatura na
superfície do solo favorecendo o desenvolvimento das plantas cultivadas (Perin et al., 2004b;
Espíndola et al., 2005).
Em adição, os adubos verdes estimulam a atividade da biota do solo, por meio tanto do
estímulo promovido pelo desenvolvimento do sistema radicular quanto pelo fornecimento de
resíduos, que servem como fonte de energia e nutrientes. Dentre os microrganismos do solo
favorecidos pela adubação verde, merecem destaque os fungos micorrízicos arbusculares
(MA). Tais fungos associam-se a raízes da maioria das espécies cultivadas, trazendo
benefícios como o aumento da absorção de água e nutrientes, da agregação de partículas do
solo e da resistência a determinados patógenos (De-Polli et al., 2005). Assim, Espindola et al.
(1997), avaliando pré-cultivos com diversas espécies de leguminosas sobre a simbiose
micorrízica em batata-doce, verificaram que as leguminosas crotalária (Crotalaria juncea),
feijão-de-porco (Canavalia ensiformis) e mucuna-preta (Stizolobium aterrium) incrementaram
o número de propágulos infectivos destes fungos nativos do solo. Destaca-se ainda neste
trabalho que o pré-cultivo com mucuna-preta proporcionou acréscimos de produtividade de
batata-doce da ordem de 100% e 45%, respectivamente em relação à incorporação da
vegetação espontânea formada pela grama batatais e ao pousio com a área mantida capinada.
Outro aspecto influenciado pela adubação verde é a população de espécies vegetais de
ocorrência espontânea. A competição com plantas espontâneas pode ocasionar reduções na
produtividade de culturas de interesse econômico. Algumas leguminosas são capazes de
influir na população de espontâneas, por meio de mecanismos supressivos ditados pela
liberação de substâncias alelopáticas durante a decomposição da biomassa roçada e/ou
competitivos, com respeito à água, luz e nutrientes. A adubação verde tem-se revelado uma
alternativa viável no controle de ervas espontâneas, com a vantagem reduzir os riscos de
contaminação ambiental pelo uso de herbicidas sintéticos (Espindola et al., 2005; Oliveira et
al., 2006).
Além do uso tradicional da adubação verde realizadas em áreas mantidas em pousio
(pré-cultivos), os adubos verdes podem ser cultivados na forma de consórcio com as culturas
6
econômicas, sendo semeado nas entrelinhas das culturas. Isto permite a exploração econômica
da área durante o ano todo. Essa forma de manejo mostra-se particularmente interessante para
pequenas unidades de produção, pois assim otimiza-se o aproveitamento territorial, a energia
radiante, a água e os nutrientes (Perin et al., 2004b; Espíndola et al., 2005).
Pode-se destacar, por exemplo, a produtividade do quiabeiro (Abelmoschus
esculentus) que em consórcio simultâneo com C.juncea superou em 13% a do monocultivo
(Ribas et al., 2003a). O beneficio desse consórcio é maximizado quando esta leguminosa é
podada e posteriormente roçada (Ribas et al., 2003b). Em adendo, a presença das leguminosas
C. spectabilis e Mucuna Anã (M. dinageana) em consórcio com a cultura da couve (Brassica
oleracea var. acephala) não se traduziu em competição e promoveu benefícios em algumas
das colheitas efetuadas durante o ciclo desta hortaliça (Silva, 2006). O consórcio de berinjela
(Solanum melongena L.) com C. juncea também não acarretou perda de produtividade,
mostrando-se vantajoso (Castro, 2004), assim como C. juncea quando consorciada com
pimentão traz benefícios ao desempenho agronômico desta cultura, com um incremento de
aproximadamente 2% na produção de pimentão (Cesar et al., 2006).
Todavia, os resultados de pesquisa em relação ao uso de adubos verdes em consórcio
com culturas econômicas são escassos e, por isso, tornam-se importante a condução de
estudos para adequação da adubação verde nos agroecossistemas, na forma de consórcios
simultâneos. Nesse caminho, pode-se sugerir o uso do milho para tal sistema, é uma cultura
com boa adaptação ao manejo consorciado. Contudo, necessita-se conhecer os melhores
arranjos espaciais para o cultivo consorciado desta cultura. Teoricamente, o melhor desenho,
com vista ao desempenho da cultura consorciada, é aquele que proporciona máximo
aproveitamento de luz, água e nutrientes (Argenta et al., 2001), sem dificultar os tratos
culturais indispensáveis durante os respectivos ciclos produtivos. Assim o fechamento mais
rápido dos espaços disponíveis, durante o ciclo de crescimento do milho, em decorrência do
arranjo espacial de plantio (Teasdale, 1995; Nice et al., 2001), pode acarretar reduzida
transmissão da radiação na comunidade de plantas. A menor incidência luminosa nos extratos
inferiores do dossel limita sobremaneira o desenvolvimento de plantas espontaneas (Balbinot
e Fleck, 2005).
Face o exposto, o presente trabalho tem como hipóteses testar: diferentes arranjos
espaciais de plantio do milho não interferem no potencial de produção de biomassa de
leguminosas manejadas em consórcio e do próprio milho; e leguminosas consorciadas com o
milho promovem ganhos na produtividade da batata-doce, sob manejo orgânico, cultivada em
sucessão. Neste contexto, propõe-se um estudo visando avaliar o desempenho agronômico da
cultura da batata-doce, beneficiando-se da rotação com o milho (Zea mays L.), sendo este
cultivado em consórcio com leguminosas para fins adubação verde.
7
3. MATERIAL E MÉTODOS
O trabalho experimental foi conduzido no período de dezembro de 2005 a dezembro
de 2006, no Campo Experimental do Centro Nacional de Pesquisa de Agrobiologia (Embrapa
Agrobiologia), localizado no município de Seropédica, estado do Rio de Janeiro e situado na
latitude 22° 45’ S, longitude 43° 41’ W Grw e altitude de 33 metros. As características
climáticas no período encontra-se apresentados nas Figuras 1, 2, 3, 4 e 5 (anexos), sendo o
clima incluído na classificação de Köppen como tipo Aw.
O solo da área experimental é classificado como Argissolo Vermelho-Amarelo, tendo
na classe textural argilo-arenosa (Lemos & Santos, 1996) e foi anteriormente cultivado com
milho. Foram retirados amostras de terra, anteriormente ao inicio do experimento, na camada
de 0 - 20 cm, para realização de análise granulométrica e química (Claessen, 1997); os
resultados encontrados foram: 45% de areia, 41 % de argila e 14% de silte; pH (água)= 5,2;
Al
+++
= 0,2; Ca
++
+Mg
++
= 4,1; Ca
++
= 2,9; Mg
++
= 1,2 cmol
c
dm
-3
; P= 10,0; K= 67,0 mg dm
-3
.
Anteriormente ao plantio da batata-doce, tão logo o milho e as leguminosas forma roçados,
realizaram-se novas amostragens, na mesma camada, e os resultados encontram-se
apresentados na Tabela 1 do anexo. Tendo com base a análise inicial do solo e as
recomendações contidas no Manual de Adubação para o Estado do Rio de Janeiro (Almeida et
al., 1988), foram realizadas adubações para fornecimento de fósforo (80 kg ha
-1
) e de potássio
(40 kg ha
-1
), sendo fontes, respectivamente, termofosfato magnesiano e sulfato de potássio
ambos os insumos admitidos nas normas técnicas da agricultura orgânica. Durante todo
experimento foram realizadas irrigações nos dois cultivos, sendo suspensa somente no
intervalo dos cultivos.
Tradicionalmente plantada no estado do Rio de Janeiro, principalmente, na região da
baixada, a batata-doce cultivar Rosinha do Verdan foi utilizada, por apresentar excelentes
características para o mercado consumidor de estado do Rio de Janeiro. As ramas de batata-
doce para o plantio foram coletadas em unidade agrícola de base familiar localizada no
município de Magé, RJ. Para o cultivo de milho foi escolhida a variedade BR-106, uma das
mais plantadas no Brasil (Noce, 2004). As leguminosas empregadas foram Crotalária
(Crotalaria juncea), comumente difundida como adubo verde, sendo de ciclo anual e hábito
de crescimento ereto e mucuna cinza (Mucuna pruriens) difundida no plantio consorciado
com milho e apresentando hábito de crescimento volúvel.
O delineamento experimental adotado foi o de blocos casualizados, envolvendo 10
tratamentos dispostos em parcelas subdivididas 2x5 com quatro repetições. Os tratamentos
corresponderam a diferentes sistemas de cultivo do milho solteiro ou consorciado com as duas
espécies de leguminosas. Assim, o milho foi cultivado em dois arranjos espaciais, quer em
monocultivo quanto nos consórcios. O primeiro arranjo consiste de linhas de semeadura
simples e espaçadas de 1,0 m entre si; no segundo arranjo, a semeadura do milho foi efetuada
em linhas duplas espaçadas de 0,5 m entre si, mantendo-se a distância de 1,5 m separando
cada dupla linha. Em ambos esses arranjos populacionais, o milho foi cultivado sem adubação
8
suplementar ou foi submetida à adubação suplementar de cobertura com “cama” de aviário
aplicada aos 40 dias pós semeadura, veiculando a dose padronizada de 50 kg de N total ha
-1
nesse tratamento. No consórcio com crotalária, esta foi semeada no mesmo dia do milho, e foi
cortada uma única vez, 40 dias após a semeadura, ou duas vezes, sendo a primeira aos 40,
sendo o corte realizado a 1/3 da altura da crotalária, e a segunda (rebrota) aos 160 dias pós
semeadura do milho. No consórcio com mucuna cinza, a semeadura dessa foi realizada 40
dias depois do milho, momento da adubação de cobertura do milho, sendo a leguminosa
cortada com 120 dias de idade e de uma só vez. Na segunda etapa tivemos o plantio de batata-
doce seguida desses pré-cultivos.
O experimento foi constituído de parcelas de 18 (6 x 3 m), tendo uma área útil de 2
m², correspondendo a duas linha de milho, quatro linhas de crotalária quando plantada com o
milho em linhas simples e três linhas desta leguminosa quando plantada com o milho em
linhas duplas, e de duas linhas de mucuna, em ambos arranjos do milho, todos com 1 m de
comprimento.
O milho foi plantado na densidade de 10 sementes por metro linear, seguindo-se
desbaste para estabelecer uma população padronizada de 60.000 plantas ha
-1
. A crotalária foi
simultaneamente semeada nas entrelinhas do milho. Foram constituídas duas linhas da
leguminosa entre as linhas simples de milho e três linhas da leguminosa entre as linhas duplas
de milho, mantendo-se uma densidade de 30 sementes por metro linear o que representou as
densidades equivalentes a, respectivamente de 600 mil e 450 mil plantas ha
-1
. A semeadura da
mucuna-cinza foi realizada 40 dias após a do milho, na densidade de quatro sementes por
metro linear. O plantio desta leguminosa foi realizado dentro das linhas simples de milho ou
entre as linhas duplas de milho, de modo a respeitar o espaçamento de 1 m para a mucuna, o
que representou uma densidade de 40 mil plantas ha
-1
.
Foi procedida uma adubação orgânica na cultura do milho por ocasião do plantio,
tendo como fonte o esterco bovino, de forma a fornecer o equivalente a 100 kg de N ha
-1
. O
tratamento relativo ao monocultivo de milho com adubação de cobertura recebeu 50 kg de N
ha
-1
, veiculado por meio de “cama” de frango, 40 dias após semeadura. Estirpes específicas de
rizóbio, oriundas da coleção da Embrapa Agrobiologia, foram inoculadas nas sementes das
leguminosas por ocasião da semeadura das mesmas.
Na mesma data da adubação de cobertura do milho, foi efetuada a roçada da crotalária
rente à superfície do solo, ou sua poda a 1/3 da altura das plantas. A rebrota da crotalária no
tratamento com poda, foi igualmente roçada e incorporada juntamente com a palhada do
milho e da mucuna, no tratamento com manutenção da parte rea, antecedendo de duas
semanas o plantio da batata-doce.
Foi determinada a produção de biomassa aérea da crotalária imediatamente após poda
e roçada, sendo retiradas sub-amostras, as quais foram acondicionadas em sacos de papel e
colocadas para secar em estufa de ventilação forçada, regulada a 65ºC, até atingir massa
constante. O material seco, em seguida à pesagem, foi moído em moinho tipo Willey para
determinação dos teores de N como descrito por Bremner & Mulvaney (1982),
correspondentes às ocasiões de roçadas ou podas. Foi também avaliada a produtividade do
9
milho, assim como os teores de N nos grãos. Ao final do ciclo do milho, foi estimada a
produção biomassa (fresca e seca) a ser incorporada ao solo, oriunda de cada tratamento, bem
como a determinação do teor deste elemento. Em relação à batata-doce, foi avaliada a
biomassa aérea, a produção de raízes tuberosas e analisados os teores de N na parte aérea e
nas raízes.
Os dados obtidos foram submetidos a analise de variância empregando-se o teste F.
Detectando-se significância para o nível de 5% de probabilidade, as medias foram
comparadas pelo teste de Scott-Knott também se estabelecendo a significância no nível de 5
% de probabilidade.
10
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir do esquema experimental adotado e com base na analise de variância
demonstram-se que não efeito interativo entre os fatores, manejo e arranjo espacial, apenas
para as seguintes variáveis avaliadas: produção de matéria seca da parte aérea do milho e
produção de raízes tuberosas de batata-doce (Tabelas 2 a 7, anexo),por esse motivo a
discussão, para essas variáveis, será baseada nos efeitos isolados dos fatores em estudo. Para
os demais parâmetros avaliados tanto em relação ao milho quanto às leguminosas bem como
em com em relação a batata-doce, houve efeito interativo. Face o exposto, a discussão dos
resultados será baseada na interação dos efeitos dos fatores em estudo.
Tabela 2. Produção de matéria seca e quantidade de nitrogênio acumulado na parte aérea do
milho cultivado em diferentes arranjos espaciais e formas de manejo envolvendo a
adubação orgânica de cobertura e consórcio com C. juncea e mucuna cinza, para
fins de adubação verde.
PARTE AÉREA DO MILHO
Matéria seca (Mg ha
-1
)
N (g kg
-1
)
Arranjo espacial
Forma de manejo Milho-leguminosa
Linha
Simples
Linha
Dupla Média
6
Linha
Simples
Linha
Dupla Média
6
Milho - adubação de cobertura
1
3,79 3,61 3,70 B 24,63 Ca 26,30 Ba 25,47
Milho + adubação cobertura
2
4,82 4,44 4,63 A 42,48 Aa 41,14 Aa 41,81
Milho + crotalária 2 cortes
3
2,94 2,69 2,81 C 31,77 Ba 19,34 Bb 25,55
Milho + crotalária 1 corte
4
3,87 3,27 3,57 B 48,14 Aa 29,19 Bb 38,66
Milho + mucuna
5
3,96 3,87 3,91 B 36,63 Ba 22,54 Bb 29,58
Média
6
3,88 a 3,58 a 36,73 27,70
CV% para arranjo 9% 7%
CV% para manejo 14% 10%
1
e
2
ausência (-
) e presença (+) de adubação orgânica de cobertura equivalente a 50 kg de N
ha
-1
, na forma de “cama” de frango;
3
crotalária cortada aos 40 e 160 dias após a semeadura simultânea com o milho;
4
crotalária cortada aos 40 dias após a semeadura simultânea com o milho;
5
mucuna cortada após roçada aos 120 dias após a semeadura da mucuna.
6
médias Seguidas de letras iguais, minúsculas nas linhas e maiúsculas nas colunas, não
diferem entre si pelo teste de Scott-Knott no nível de 5% de probabilidade.
Pode-se observar, inicialmente, que os arranjos espaciais de plantio do milho não
resultaram diferenças na produção de biomassa, quanto na quantidade de nitrogênio
acumulado na parte aérea desta cultura, quando cultivado em linhas simples, porem quando
no cultivo de linhas duplas houve diferença e observou-se o melhor desempenho no milho
11
quando este recebeu adubação de cobertura seja na forma de esterco como na forma de adubo
verde, palhada de crotalária manejada com um corte (Tabela 2). Nota-se ainda na Tabela 2
que, a adubação orgânica de cobertura na cultura do milho resultou aumento na produção de
biomassa e porem não alterou o teor de N acumulado na parte aérea nas plantas de milho,
quando comparado com ausência de adubação.
Por outro lado, considerando o cultivo consorciado do milho e de C. juncea, cortada
aos 40 dias após a semeadura ou cortada aos 40 dias e aos 160 dias após a semeadura desta
leguminosa, observou-se que embora o manejo com 2 cortes tenha acarretado no ingresso de
quantidades expressivas de matéria orgânica, rica em N, ao sistema (Tabela 4), provocou
redução na produção de biomassa da parte aérea do milho (Tabela 2), Denotando a presença
de processo competitivo entre a C. juncea e o milho. Possivelmente isso pode estar ligado à
competição por luz ocasionada pela presença da crotalária desde o início do cultivo do milho.
Esse aporte de matéria seca por parte da crotalária quando com um corte foi de 2,96
Mg ha
-1
, isso supera os resultado obtidos por Cesar (2004), porem é inferior aos alcançado por
Ribas et al., (2003b). Já a quantidade de matéria seca da crotalária, quando submetida a dois
cortes, é superior ao encontrado por Ribas et al., (2003b).
Em relação ao consórcio com mucuna cinza, evidencia-se na Tabela 2 que esta
leguminosa não acarreta competição com a cultura do milho, porém, não proporciona
aumento na produção de biomassa e nas quantidades de N acumulado na parte aérea do milho.
Considerando o manejo adotado para o consórcio da mucuna cinza com o milho este resultado
era esperado, pois a inclusão desta leguminosa no consórcio visa fornecer matéria orgânica
e nutrientes, principalmente o N, para o cultivo subseqüente, haja vista que o
desenvolvimento deste adubo verde durante o ciclo de cultivo do milho é lento, o que acarreta
pequena introdução de biomassa aérea. Destaca-se que a mucuna cinza contribuiu com
quantidades expressivas de biomassa e N para o sistema de manejo proposto (Tabela 4).
Considerando os grãos de milho, a adubação orgânica de cobertura resultou aumento
de produtividade, quando comparada ao tratamento sem esta modalidade de adubação (Tabela
3). Conquanto a adubação verde não tenha conferido produtividade igual a alcançada com o
uso da adubação orgânica realizada em cobertura, esta prática possibilitou aumento de
produtividade em relação ao tratamento que recebeu a adubação orgânica apenas no plantio,
equivalente à 14 e 18%, respectivamente, nos tratamentos milho consociado com crotalária
submetida a um corte e milho consorciado com mucuna cinza (Tabela 3).
12
Tabela 3. Produção e teor de N acumulada nos grãos de milho a partir de diferentes arranjos
espaciais de plantio do milho e formas de manejo envolvendo a adubação orgânica
de cobertura e consócio com C. juncea e mucuna cinza, para fins de adubação
verde.
GRÃO DE MILHO
Produção (Mg ha
-1
)
teor de N (g kg
-1
)
Arranjo espacial
Forma de manejo Milho-
leguminosa
Linha
Simples
Linha
Dupla Média
6
Linha
Simples
Linha
Dupla Média
6
Milho - adubação de cobertura
1
2,62 Cb 3,47 Ba 3,05 11,85 Bb 14,18 Aa 13,01
Milho + adubação cobertura
2
5,64 Aa 4,56 Ab 5,10 15,72 Aa 14,08 Aa 14,90
Milho + crotalária 2 cortes
3
2,47 Ca 2,30 Ca 2,38 14,83 Aa 13,59 Aa 14,21
Milho + crotalária 1 corte
4
4,15 Ba 3,52 Ba 3,84 14,92 Aa 14,14 Aa 14,53
Milho + mucuna
5
4,35 Ba 3,35 Bb 3,85 14,59 Aa 13,87 Aa 14,23
Média
6
3,84 3,44 14,38 13,97
CV% para arranjo 15% 4%
CV% para manejo 13% 11%
1
e
2
ausência (-) e presença (+) de adubação orgânica de cobertura equivalente a 50 kg de
N
ha
-1
, na forma de “cama” de frango;
3
crotalária cortada aos 40 e 160 dias após a semeadura simultânea com o milho;
4
crotalária cortada aos 40 dias após a semeadura simultânea com o milho;
5
mucuna cortada após roçada aos 120 dias após a semeadura da mucuna.
6
médias Seguidas de letras iguais, minúsculas nas linhas e maiúsculas nas colunas, não
diferem entre si pelo teste de Scott-Knott no nível de 5% de probabilidade.
O efeito observado de competição do tratamento envolvendo o consórcio do milho
com C. juncea submetida a dois cortes em relação à produção de biomassa aérea do milho
(Tabela 2), também foi observado para a produção de grãos (Tabela 3), mostrando que nas
condições edafoclimáticas predominantes o manejo adotado neste trabalho experimental, com
dois cortes desta leguminosa, não beneficia a cultura do milho, independente do arranjo
espacial de plantio desta cultura.
Os resultados observados em relação ao milho são distintos daqueles obtidos por Ribas
et al,. (2003b) para cultura do quiabeiro. Naquele trabalho observou-se que o manejo com
poda e posterior roçada resultou no aumento de 20% na produtividade de frutos desta
hortaliça. No estudo, torna-se relevante relatar que os autores não constataram a ocorrência de
competição por luz provocada pela C. juncea, o que pode ter sido o fator determinante para os
resultados encontrados no presente trabalho.
Em relação à quantidade de N exportada pelos grãos, observa-se tendência para,
porém, apenas para os tratamentos relativos ao consórcio do milho com C. juncea sumetida a
13
dois cortes. Nessa situação, o resultado pode ser entendido pela menor quantidade de grãos
produzidos, o que acarretou menor exportação de N nos grãos.
Considerando que a produção de matéria orgânica in situ é um aspecto importante no
manejo das unidades orgânicas, pode-se observar na Tabela 4 que a presença das leguminosas
proporcionou expressivo aumento na quantidade de biomassa aérea total, quando comparada
com o monocultivo do milho, destaca-se a elevada produção do tratamento relativo ao milho
consorciado com crotalária submetida a dois cortes. Em relação às quantidades de N presente
na palhada, os resultados são ainda mais expressivos, destacando-se um incremento de cerca
de 185, 55 e 123 kg ha
-1
de N, respectivamente, nos tratamentos com crotalária como dois
cortes, crotalária com um corte e mucuna cinza, quando comparados ao tratamento relativo ao
monocultivo do milho com adubação orgânica de cobertura.
Tabela 4. Produção de matéria seca total e quantidade de nitrogênio acumulado, parte aérea
de milho mais parte aérea da leguminosa, cultivados a partir de diferentes arranjos
espaciais do milho, e formas de manejo envolvendo a adubação orgânica de
cobertura do milho e a adubação verde em consócio com crotalária e mucuna.
PARTE AÉREA DO MILHO MAIS LEGUMINOSA
Matéria seca (Mg ha
-1
)
N (kg ha
-1
)
Arranjo espacial
Forma de manejo Milho-leguminosa
Linha
Simples
Linha
Dupla Média
6
Linha
Simples
Linha
Dupla Média
6
Monocultivo - adubação de cobertura
1
3,76 Ea 3,61 Da 3,69 24,63 Da 26,30 Da 25,46
Monocultivo + adubação cobertura
2
4,90 Da 3,97 Da 4,43 42,48 Da 41,14 Da 41,81
Consorciado + crotalária 2 cortes
3
15,37 Aa 15,82 Aa 15,60 197,77 Aa
228,30 Aa
213,03
Consorciado + crotalária 1 corte
4
7,35 Ca 5,56 Cb 6,46 107,64 Ca
67,00 Cb 87,32
Consorciado + mucuna
5
10,00 Ba 10,98 Ba 10,49 161,59 Ba
171,32 Ba
166,45
Média
6
8,28 7,99 106,82 106,81
CV% para arranjo 9% 2%
CV% para manejo 9% 9%
1
e
2
ausência (-) e presença (+) de adubação orgânica de cobertura equivalente a 50 kg de N
ha
-1
, na forma de “cama” de frango;
3
crotalária cortada aos 40 e 160 dias após a semeadura simultânea com o milho;
4
crotalária cortada aos 40 dias após a semeadura simultânea com o milho;
5
mucuna cortada após roçada aos 120 dias após a semeadura da mucuna.
6
médias Seguidas de letras iguais, minúsculas nas linhas e maiúsculas nas colunas, não
diferem entre si pelo teste de Scott-Knott no nível de 5% de probabilidade.
Em relação à batata-doce cultivada em sucessão, não foram detectados efeitos dos pré-
cultivos na produção de raízes (Tabela 5). Estes resultados se contrapõem aos encontrados por
Espindola et al, (1998), em que a presença de adubação verde com leguminosas proporcionou
14
aumento de produção da batata-doce em condições climáticas semelhantes. Contudo, deve-se
salientar que os valores de produção obtidos no presente trabalho são superiores aos
encontrado no trabalho de Espindola et al, (1998). Com base nisto, é possível supor que as
condições do solo, bem como de manejo do milho (adubação orgânica inicial) encontradas no
presente trabalho tenham sido mais favoráveis ao desenvolvimento desta cultura, não
permitindo detectar diferenças oriundas dos pré-cultivos. Outra hipótese que pode ser
postulada está relacionada à decomposição da palhada das leguminosas associadas a palhada
do milho, em que a velocidade de mineralização do N poderia não estar em sincronia com a
demanda metabólica da cultura, o que resulta baixa eficiência de recuperação do N
mineralizado.
Tabela 5. Produção de batata-doce, quando cultivada em sucessão, a diferentes arranjos
espaciais e formas de manejo, do milho, envolvendo a adubação orgânica de
cobertura e a adubação verde em consócio com crotalária e mucuna, em pré-cultivo.
PRODUÇÃO DE BATATA-DOCE
Produtividade (Mg ha
-1
)
Massa seca parte aérea Massa fresca Raízes
Arranjos espaciais de milho em pré cultivo
Forma de manejo no pré-cultivo
(milho-leguminosa)
Linha
Simples
Linha
Dupla
Média
6
Linha
Simples
Linha
Dupla
Média
6
Monocultivo - adubação de cobertura
1
2,56 Aa 2,07 Bb 2,32 22,63 25,18 23,91 A
Monocultivo + adubação cobertura
2
2,49 Aa 2,55 Aa 2,52 24,35 25,37 24,86 A
Consorciado + crotalária 2 cortes
3
2,55 Aa 2,52 Aa 2,53 22,57 25,98 24,28 A
Consorciado + crotalária 1 corte
4
2,55 Aa 2,40 Aa 2,48 26,01 23,07 24,54 A
Consorciado + mucuna
5
2,49 Aa 2,57 Aa 2,54 22,48 24,37 23,42 A
Média
6
2,53 2,42 23,61 a 24,80 a
CV% para arranjo 14% 9%
CV% para manejo 10% 12%
1
e
2
ausência (-
) e presença (+) de adubação orgânica de cobertura equivalente a 50 kg de N
ha
-1
, na forma de “cama” de frango;
3
crotalária cortada aos 40 e 160 dias após a semeadura simultânea com o milho;
4
crotalária cortada aos 40 dias após a semeadura simultânea com o milho;
5
mucuna cortada após roçada aos 120 dias após a semeadura da mucuna.
6
m
édias Seguidas de letras iguais, minúsculas nas linhas e maiúsculas nas colunas, não
diferem entre si pelo teste de Scott-Knott no nível de 5% de probabilidade.
Neste sentido, pode-se observar que não foram detectadas diferenças nos teores de N
tanto na parte aérea quanto nas raízes de batata-doce (Tabela 6). Exceto em relação ao
tratamento com C. juncea submetida a dois corte, em que os teores de N da parte aérea da
batata-doce foram mais elevados do que todos os demais tratamentos.
15
Tabela 6. Teor de nitrogênio acumulado na parte aérea e nas razies tuberosas de batata-doce,
quando cultivada em sucessão, a diferentes arranjos espaciais e formas de manejo,
do milho, envolvendo a adubação orgânica de cobertura e a adubação verde em
consócio com crotalária e mucuna, em pré-cultivo.
NITROGÊNIO NA BATATA-DOCE
Teor parte aérea (g kg
-1
) Teor raízes (g kg
-1
)
Arranjos espaciais de milho em pré cultivo
Forma de manejo no pré-cultivo
(milho-leguminosa)
Linha
Simples
Linha
Dupla
Média
6
Linha
Simples
Linha
Dupla
Média
6
Monocultivo - adubação de cobertura
1
15,57 Aa 14,62 Ba 15,09 1,93 Ba 2,34 Aa 2,13
Monocultivo + adubação cobertura
2
16,75 Aa 14,77 Ba 15,76 2,21 Ba 2,32 Aa 2,26
Consorciado + crotalária 2 cortes
3
16,12 Aa 17,66 Aa 16,89 3,15 Aa 2,70 Aa 2,92
Consorciado + crotalária 1 corte
4
13,58 Aa 14,39 Ba 13,98 2,31 Ba 1,23 Bb 1,77
Consorciado + mucuna
5
14,29 Aa 14,25 Ba 14,27 3,93 Aa 2,64 Ab 3,28
Média
6
15,26 15,14 2,70 2,24
CV% para arranjo 18% 22%
CV% para manejo 12% 28%
1
e
2
ausência (-) e presenç
a (+) de adubação orgânica de cobertura equivalente a 50 kg de N
ha
-1
, na forma de “cama” de frango;
3
crotalária cortada aos 40 e 160 dias após a semeadura simultânea com o milho;
4
crotalária cortada aos 40 dias após a semeadura simultânea com o milho;
5
mucuna cortada após roçada aos 120 dias após a semeadura da mucuna.
6
médias seguidas de letras iguais, minúsculas nas linhas e maiúsculas nas colunas, não diferem
entre si pelo teste de Scott-Knott no nível de 5% de probabilidade.
A analise dos resultados referentes aos teores de fósforo, potássio, cálcio e magnésio
não apresentaram significância estatística no teste de Scott-Knott ao nível de 5% de
probabilidade, por este motivo serão apresentados apenas os valores médios, de todos
tratamentos. Assim os teores médios de nutrientes nos grãos de milho foram: 3,9; 5,1; 0,2 e
1,2 gramas de nutriente por quilograma de matéria seca, respectivamente, para fósforo,
potássio, cálcio e magnésio. Já os teores médios encontrados na raízes de batata-doce foram:
1,5; 10,9; 1,5 e 0,8 gramas de nutriente por quilograma de matéria seca, respectivamente, para
fósforo, potássio, cálcio e magnésio. Esses resultados então de acordo como os descritos por
Raij (1997).
Do ponto de vista do manejo, os resultados obtidos em relação aos arranjos espaciais
permitem destacar alguns aspectos como: o emprego de arranjos formados de linhas duplas de
milho facilita os tratos culturais, com a possibilidade de mecanizar a capina com a utilização
de microtratores, instrumento comum em áreas destinadas ao cultivo de hortaliças, além de
permitir a redução de uma capina na cultura do milho, merecendo destaque principalmente em
sistemas orgânicos de produção, pois nesse não é permitido o uso de herbicidas sintéticos.
16
Outro aspecto importante refere-se à redução em 25% na quantidade de sementes
utilizadas para implantação do consórcio do milho com crotalária sob manejo em linhas
duplas de milho quando comparado com o mesmo consórcio em linhas simples do milho.
A utilização do sistema de linhas duplas de milho, facilita a introdução de outros
cultivos intercalares ao milho possibilitando um incremento de renda nas unidades familiares
de produção aumentando assim a autonomia das mesmas.
17
5. CONCLUSÕES
O manejo da crotalária por meio de 1 corte, no consórcio com o milho proporcionou
aumento na produção de grãos de milho em relação ao monocultivo sem o uso da adubação
orgânica de cobertura. Já o manejo da crotalária por meio de 2 cortes prejudica o desempenho
produtivo do milho quando comparado com o milho consorciado com crotalária manejada
com 1 corte, porém, proporciona o maior aporte de palhada e de Nitrogênio.
A introdução de mucuna cinza aos 40 dias após o plantio do milho não acarreta
prejuízo ao desempenho produtivo do milho quando comparado ao monocultivo sem o uso de
adubação de cobertura.
O desempenho produtivo do milho não é influenciado pela utilização do arranjo
espacial em linhas duplas, sendo igual ao desempenho proporcionado pelo arranjo em linhas
simples.
O desempenho produtivo da batata-doce não foi influenciado pala presença das
leguminosas com o milho e nem pela adubação de cobertura realizada para este cereal.
A introdução da leguminosa para adubação verde, consorciada com o milho, mostra-se
uma prática bastante viável e proporciona elevado aporte de matéria orgânica produzida in
sito, incorporando ao sistema quantidades expressivas de Nitrogênio.
18
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, D. L.; SANTOS, G. A.; DE-POLLI, H., (Coord.); CUNHA, L. H.; FREIRE, L.
R.; AMARAL SOBRINHO, N. M. B.; PEREIRA, N. N. C.; EIRA, P. A.; BLOISE, R. M.;
SALEK, R. C. Manual de adubação para o Estado do Rio de Janeiro. Itaguaí: Ed.
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Ciência do Solo, Campinas, v. 16, p. 107-114, 1992.
23
7. ANEXOS
Meses
d
ez
-
05
j
a
n
-
06
f
ev-
06
m
ar-
0
6
abr
-
06
mai-06
jun
-
06
jul-06
ag
o-
06
s
e
t-
0
6
out-06
nov
-
06
dez-06
temperatura (ºC)
14
16
18
20
22
24
26
28
30
32
34
T
max
T
med
T
min
Figura 1. Temperatura máxima, média, mínima mensal em Seropédica/RJ, no período experimental, de dezembro de 2005 a dezembro de 2006
(EES/ Pesagro-Rio/ INMET, 2007).
24
Meses
de
z
-05
jan-06
f
e
v-06
m
a
r-06
a
br-
0
6
mai-06
ju
n-06
ju
l-06
a
go
-
0
6
set-0
6
o
ut-06
nov-06
de
z
-06
Umidade Relativa (%)
64
66
68
70
72
74
76
78
80
82
84
Figura 2. Umidade relativa média mensal em Seropédica/RJ, no período experimental, de dezembro de 2005 a dezembro de 2006 (EES/
Pesagro-Rio/ INMET, 2007).
25
Meses
dez-05
ja
n
-06
f
e
v-
06
mar-06
a
br
-06
mai-06
jun-
06
j
ul
-
0
6
ago-0
6
set
-
06
out-06
n
ov-06
dez-06
Precipitação (mm)
0
50
100
150
200
250
300
Figura 3. Precipitação acumulada mensal em Seropédica/RJ, no período experimental, de dezembro de 2005 a dezembro de 2006 (EES/ Pesagro-
Rio/ INMET, 2007).
26
Meses
d
e
z-0
5
j
a
n
-06
fev-0
6
mar-06
abr
-
06
mai-
0
6
jun-0
6
jul-06
ag
o
-06
set-06
out
-
06
no
v
-06
dez-06
Evaporação (mm)
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Figura 4. Evaporação mensal em Seropédica/RJ, no período experimental, de dezembro de 2005 a dezembro de 2006 (EES/ Pesagro-Rio/
INMET, 2007).
27
Meses
dez
-
05
j
a
n-0
6
fev-06
mar-06
abr-06
ma
i
-06
jun-06
jul-06
ago-06
se
t-
06
out-06
nov-06
dez-06
Insolação total (hora)
0
50
100
150
200
250
300
Figura 5. Insolação total mensal em Seropédica/RJ, no período experimental, de dezembro de 2005 a dezembro de 2006 (EES/ Pesagro-Rio/
INMET, 2007).
28
Tabela 1. Análise de terra, de rotina realizada anteriormente ao plantio da batata-doce.
pH Água
Al Ca+Mg Ca Mg P K
cmolc/dm³ mg/dm³
Arranjos espaciais do milho Forma de manejo no
cultivo
(milho-leguminosa)
Linha
simples
Linha
dupla
Linha
simples
Linha
dupla
Linha
simples
Linha
dupla
Linha
simples
Linha
dupla
Linha
simples
Linha
dupla
Linha
simples
Linha
dupla
Linha
simples
Linha
dupla
Monocultivo - adubação
de cobertura
1
5,7 5,8 0,0 0,2 4,4 4,7 3,3 3,4 1,1 1,3 13,8 18,2 411 369
Monocultivo + adubação
cobertura
2
5,9 5,7 0,1 0,1 4,30 4,3 3,3 2,9 1,0 1,3 7,5 13,9 287 295
Consorciado + crotalária 2
cortes
3
5,7 5,7 0,1 0,1 4,7 4,4 3,0 2,9 1,7 1,5 12,3 11,8 343 354
Consorciado + crotalária 1
corte
4
5,8 5,7 0,1 0,1 4,7 4,2 3,4 3,0 1,2 1,2 19,5 4,9 352 294
Consorciado + mucuna
5
5,8 5,7 0,1 0,1 4,0 4,4 2,8 3,0 1,2 1,3 5,6 7,7 325 246
29
Tabela 2. Quadro da analise de variância da produção de matéria seca parte aérea do milho
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
BLOCO 3 4,058942 1,352981 1,591 0,3560
ARRANJO 1 0,028033 0,028033 0,033 0,8675
erro1 3 2,550750 0,850250
MANEJO 5 17,926425 3,585285 4,164 0,0054
ARRANJO*MANEJO 5 0,494617 0,098923 0,115 0,9882
erro2 30 25,832958 0,861099
Total 47 50,891725
CV1(%) 25,24
CV2 (%) 25,40
Tabela 3. Quadro da analise de variância da produção de grãos de milho.
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
BLOCO 3 8.089990 2.696663 2.453 0.2402
ARRANJO 1 0.006769 0.006769 0.006 0.9424
erro1 3 3.297723 1.099241
MANEJO 5 31.687469 6.337494 8.360 0.0000
ARRANJO*MANEJO 5 2.176869 0.435374 0.574 0.7191
erro2 30 22.742813 0.758094
Total 47 68.001631
CV1(%) 29.59
CV2(%) 24.57
30
Tabela 4. Quadro da analise de variância da produção de matéria seca das leguminosas
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
BLOCO 3 3.609373 1.203124 2.423 0.2432
ARRANJO 1 0.561169 0.561169 1.130 0.3657
erro1 3 1.489673 0.496558
MANEJO 5 781.286935 156.257387 84.834 0.0000
ARRANJO*MANEJO 5 6.435069 1.287014 0.699 0.6286
erro2 30 55.257479 1.841916
Total 47 848.639698
CV1(%) 16.91
CV2(%) 32.57
Tabela 5. Quadro da analise de variância da produção de matéria seca de milho e das
leguminosas
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
BLOCO 3 14.026156 4.675385 3.280 0.1777
ARRANJO 1 0.308802 0.308802 0.217 0.6733
erro1 3 4.276773 1.425591
MANEJO 5 695.884119 139.176824 57.847 0.0000
ARRANJO*MANEJO 5 9.542985 1.908597 0.793 0.5630
erro2 30 72.178946 2.405965
Total 47 796.217781
CV1(%) 16.78
CV2(%) 21.80
31
Tabela 6. Quadro da analise de variância da produção de tubérculos batata-doce.
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
BLOCO 3 312.271033 104.090344 0.921 0.5261
ARRANJO 1 0.099008 0.099008 0.001 0.9782
erro1 3 338.930692 112.976897
MANEJO 5 123.941125 24.788225 1.196 0.3348
ARRANJO*MANEJO 5 92.809617 18.561923 0.896 0.4967
erro2 30 621.801925 20.726731
Total 47 1489.853400
CV1(%) 41.99
CV2(%) 17.98
Tabela 7. Quadro da analise de variância da matéria seca da parte aérea de batata-doce.
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
BLOCO 3 0.870833 0.290278 0.499 0.7085
ARRANJO 1 0.073633 0.073633 0.127 0.7455
erro1 3 1.743667 0.581222
MANEJO 5 0.122617 0.024523 0.241 0.9409
ARRANJO*MANEJO 5 0.613417 0.122683 1.207 0.3299
erro2 30 3.049500 0.101650
Total 47 6.473667
CV1(%) 31.61
CV2(%) 13.22
32
Figura 6. Vista aérea da área experimental, localizada no campo experimental da Embrapa Agrobiologia, Seropédica-RJ.
33
Figura 7. Croqui do experimento.
34
Figura 8. detalhes da parcela experimental.
Figura 9. Detalhes dos arranjos espaciais no campo.
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