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Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Programa Nacional de DST e Aids
Série Manuais n.º 60
Brasil – 2004
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© 2004 Ministério da Saúde
É permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.
Tiragem: 20.000 exemplares
2ª edição revisada e ampliada.
Ministro de Estado da Saúde
Humberto Costa
Secretário de Vigilância em Saúde
Jarbas Barbosa
Diretor do Programa Nacional de DST e Aids
Alexandre Grangeiro
Produção, distribuição e informações:
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Vigilância em Saúde
Programa Nacional de DST e Aids
Av. W3 Norte - SEPN 511, Bloco C
CEP: 70750 - Brasília – DF - Brasil
Home page: http://www.aids.gov.br
Disque Saúde / Pergunte Aids: 0800 61 1997
Publicação nanciada com recursos do Projeto AD/BRA/99/E/02 UNODC e PN-DST/AIDS
Edição
Eliane Gonçalves: Responsável pela Assessoria de Comunicação do PN-DST/AIDS-MS
Dráurio Barreira: Responsável pela Unidade de Epidemiologia
Editor: Dario Noleto
Editora-assistente: Nágila Paiva
Diretora de produção: Telma Sousa
Projeto grá co e capa: Isabela Faria
FICHA CATALOGRÁFICA
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids.
Critérios de de nição de casos de aids em adultos e crianças./ Ministério da Saúde, Secretaria
de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. Brasília : Ministério da Saúde, 2003.
56p. il. – (Série Manuais n.º 60).
1. Síndrome da Imunode ciência Adquirida. 2. HIV. 3. Epidemiologia. I. Brasil. Ministério da Saúde. II.
Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. III. Título. IV. Série
Sumário
Introdução ..........................................................................................................................................................07
PARTE I – Defi nição de Caso de Aids em Adultos (Treze Anos ou mais)
Critérios de Defi nição de Caso de Aids em Adultos (Quadro 1) ..............................................................13
CDC Adaptado em Indivíduos com Treze (13) ou mais Anos de Idade .....................................................15
Métodos Diagnosticos das Doenças Indicativas de Aids em Indivíduos com Treze (13) Anos ou mais
de Idade pelo Critério CDC Adaptado
(Quadro 2) ...................................................................................... 17
Critério Rio de Janeiro/Caracas ......................................................................................................................... 21
Escala de Sinais, Sintomas ou Doenças (Quadro 3)......................................................................................21
Critério Excepcional Óbito em Indivíduos com Treze (13) Anos ou mais de Idade ................................23
PARTE II – Defi nição de Caso de Aids em Crianças (menores de treze anos)
Critérios de Defi nição de Caso de Aids em Crianças .................................................................................... 27
CDC Adaptado em Menores de Treze (13) Anos de Idade (Quadro 4)..................................................... 27
Evidência Laboratorial da Infecção pelo HIV em Crianças para Fins de Vigilância Epidemiológica ....29
Critério CDC Adaptado em Menores de Treze (13) Anos de Idade .................................................30
Evidência Laboratorial de Imunodefi ciência: Contagem de Linfócitos T CD4+ de Acordo
com a Idade da Criança
(Quadro 5)................................................................................................................33
Descrição das Doenças, Sinais ou Sintomas Indicativos de Aids em Indivíduos
Menores de Treze (13) Anos de Idade de Caráter Leve
(Quadro 6)..........................................................33
Métodos Diagnósticos das Doenças, Sinais ou Sintomas Indicativos de Aids em Indivíduos
Menores de Treze (13) Anos de Idade de Caráter Moderado
(Quadro 7)................................................34
Métodos Diagnósticos das Doenças, Sinais ou Sintomas Indicativos de Aids em Indivíduos
Menores de Treze (13) Anos de Idade de Caráter Grave
(Quadro 8)........................................................36
Excepcional Óbito em Menores de Treze (13) Anos de Idade .....................................................................41
PARTE III - Anexos
Anexo 1 - Linfomas Indicativos de Aids com Termos Equivalentes e Códigos da Classifi cação
Internacional de Doenças para Oncologia (CID-02)
.................................................................................... 45
Anexo 2 - Aids e Infecção pelo HIV na Classifi cação Internacional de Doenças (10
ª
revisão) ........... 46
Anexo 3 - Fichas de Notifi cação/Investigação de Aids (Pacientes Menores de 13 Anos
e Pacientes com 13 Anos ou Mais)
................................................................................................................... 48
Quadros
Quadro 1 - Resumo dos Critérios de Defi nição de Caso de Aids em Indivíduos
com 13 anos de Idade ou mais
......................................................................................................................... 13
Quadro 2 - Métodos Diagnósticos das Doenças Indicativas de Aids
em Indivíduos com Treze (13) Anos ou mais de Idade
................................................................................ 17
Quadro 3 - Escala de Sinais, Sintomas ou Doenças .................................................................................. 21
Quadro 4 - Resumo dos Critérios de Defi nição de Caso de Aids
em menores de treze(13) anos de idade
....................................................................................................... 27
Quadro 5 - Contagem de Linfócitos T CD4+ de Acordo com a Idade da Criança ............................... 33
Quadro 6 - Descrição das Doenças, Sinais ou Sintomas Indicativos de Aids
de Caráter Leve em Indivíduos Menores de Treze (13) Anos de Idade
................................................... 33
Quadro 7 - Métodos Diagnósticos das Doenças, Sinais ou Sintomas Indicativos de Aids
de Caráter Moderado em Indivíduos Menores de Treze (13) Anos de Idade
........................................ 34
Quadro 8 – Métodos Diagnósticos das Doenças, Sinais ou Sintomas Indicativos de Aids
de Caráter Grave em Indivíduos Menores de Treze (13) Anos de Idade
................................................... 36
INTRODUÇÃO
Vigilância Epidemiológica da Síndrome
da Imunodefi ciência Adquirida (Aids)
No Brasil, a vigilância epidemiológica da síndrome da imunode ciência adquirida (sida/
aids) vem sendo realizada tomando-se como referência a noti cação universal dos casos
de aids (fase mais avançada da infecção pelo vírus da imunode ciência humana - HIV),
incluída na relação de doenças e agravos de noti cação compulsória, em 22 de dezembro
de 1986, por meio da Portaria nº 542 do Ministério da Saúde, juntamente com a sí lis
congênita.
Com base na noti cação da totalidade dos casos de aids existentes no Brasil, e com
base na história natural da infecção, pode-se calcular retrospectivamente o avanço da
epidemia em nosso País. A noti cação dos casos de aids tem sido, pois, de grande valor
para ajudar no direcionamento da resposta nacional à epidemia, seja nas atividades de
prevenção, seja no planejamento das necessidades de assistência.
Para a de nição de caso de aids, com ns epidemiológicos, vários critérios foram
propostos, implantados e rede nidos. A evolução das de nições de caso de aids
acompanha os avanços tecnológicos e a sua disponibilidade. A primeira de nição de caso
de aids no mundo foi estabelecida pelos Centers for Disease Control and Prevention
(CDC) dos Estados Unidos da América em setembro de 1982.
A primeira de nição de caso de aids adotada pelo Ministério da Saúde do Brasil foi em
1987, restrita aos indivíduos com quinze anos de idade e mais. A referência para essa
primeira de nição brasileira foi a elaborada em 1985 pelos CDC. Denominada de Critério
CDC Modi cado, fundamentava-se na evidência laboratorial de infecção pelo HIV e na
presença de doenças indicativas de imunode ciência utilizando-se métodos diagnósticos
de nitivos.
Desde então, a de nição de caso de aids em adultos no Brasil passou por sucessivas
revisões que tiveram como objetivo principal a adequação dos critérios às condições
diagnósticas laboratoriais e ao per l de morbidade do País.
Tendo em vista a necessidade de critérios mais simpli cados para a de nição
de casos, que não dependessem de exames complementares so sticados, foi
introduzido no Brasil, em 1992, um critério inédito, baseado na identi cação
clínica de sinais, sintomas e doenças, a partir de experiências acumuladas por
alguns serviços de saúde no Rio de Janeiro, sendo descrito com o nome de Critério
Rio de Janeiro/Caracas. Esse critério foi proposto em reunião de especialistas
organizada pela OPAS, em fevereiro de 1989, na cidade de Caracas, Venezuela.
Ambos os critérios foram adotados de forma não excludente para pessoas com
treze (13) anos ou mais de idade, modi cando a faixa etária de referência que
anteriormente era de quinze (15) anos. Nessa revisão de 1992 foi também adotado
7
o Critério Excepcional CDC, que incluía pacientes sem a evidência laboratorial
da infecção pelo HIV mas que possuíam diagnóstico de nitivo de determinadas
doenças indicativas de imunode ciência, desde que excluídas outras causas de
inunode ciência após investigação epidemiológica.
Em 1996, com o objetivo de recuperar uma quantidade signi cativa de casos da doença
que não se enquadravam nas duas de nições vigentes, foram estabelecidos mais dois
critérios excepcionais:
Critério Excepcional Óbito, abrangendo as situações em que as Declarações de
Óbito faziam menção à aids, em algum dos campos de preenchimento, e em que a
investigação epidemiológica era inconclusiva.
Critério Excepcional ARC + Óbito, contemplando aquelas situações em que
indivíduos sabidamente infectados pelo HIV, em acompanhamento, iam a óbito
com manifestações clínicas do complexo relacionado à aids (Aids Related Complex
- ARC), por causa não externa.
A última revisão das de nições em adultos data de 1998 e incorporou as doenças da mais
nova revisão dos CDC, retirando, entretanto, da lista de doenças e agravos indicativos de
aids do Critério CDC Modi cado a coccidioidomicose, por ser um evento raro no Brasil,
e a tuberculose pulmonar, por ser de elevada prevalência no País. Incluiu-se o carcinoma
cervical invasivo de colo de útero, tendo em vista a sua importância clínica e o valor
estratégico para a assistência à saúde da mulher.
Um grande avanço, para aumentar a sensibilidade da de nição de caso de 1998, foi a
inclusão de um marcador laboratorial de imunossupressão, baseado na contagem de
linfócitos T CD4+ (menor do que 350 células/mm
3
). Ressalta-se que os CDC estabelecem
desde 1993 como critério para de nição de caso um ponto de corte na contagem de
linfócitos T CD4+ em 200 células/mm
3
. Essa diferença justi ca-se pela maior sensibilidade
que se pretendeu conferir ao critério brasileiro.
No caso das crianças, a primeira de nição de caso de aids data de 1988 e teve como
referência os menores de quinze (15) anos de idade, baseando-se em critérios clínicos
de nidos pela classi cação dos CDC. Em 1994, essa de nição foi revista e cou restrita
para menores de treze (13) anos. Ao Critério CDC Modi cado, baseado em lista de
doenças oportunistas dos CDC, foi acrescido outro critério, não excludente em relação ao
primeiro, baseado na presença de sinais, sintomas e doenças, o Critério de Con rmação
por Sinais.
Em dezembro de 1999, houve nova revisão da de nição de caso de aids em crianças,
mantendo-se todos os critérios anteriores, ampliando os critérios de diagnóstico
laboratorial da infecção pelo HIV e atualizando o Critério CDC Modi cado, tomando-se
como referência a revisão realizada pelos CDC em 1994.
Como na revisão para o adulto, além das modi cações realizadas pelos CDC, optou-se
por excluir a coccidioidomicose e a tuberculose da relação das doenças consideradas
8
indicativas de aids, a primeira por sua pouca importância epidemiológica e a segunda pelo
motivo inverso, por sua grande ocorrência em nosso meio. Nessa revisão, incorporou-se
mais um critério principal, o CD4 (com base na evidência laboratorial de imunossupressão
pela contagem de linfócitos T CD4+, avaliada de forma absoluta e proporcional, segundo
a faixa etária da criança), e dois critérios excepcionais: Excepcional HIV + Óbito e
Excepcional Óbito.
Critério Excepcional HIV + Óbito: Com a mesma lógica do Critério ARC + Óbito
em adultos, constituiu-se o Critério Excepcional HIV + Óbito, abrangendo aquelas
situações em que crianças sabidamente infectadas pelo HIV que apresentavam
manifestação de sinais e/ou sintomas relacionados à aids evoluíam para óbito por
causas não externas, sem que pudessem ser enquadradas em quaisquer dos demais
critérios de de nição de caso após investigação epidemiológica.
Critério Excepcional Óbito: Testado e con rmado como um critério bastante útil na
de nição de caso de aids em indivíduos com treze anos ou mais de idade, foi também
estabelecido em crianças para dar conta das situações em que as Declarações de
Óbito faziam menção à aids, em algum dos campos de preenchimento, e em que a
investigação epidemiológica era inconclusiva. Tal como em adultos, re ete a falha
do sistema de vigilância em detectar o caso ainda em vida, comprometendo, muitas
das vezes, a qualidade das informações obtidas post mortem.
Todas essas revisões de critérios para a de nição de casos de aids em crianças e adultos
visaram ao aumento da sua sensibilidade, adequando-a à realidade epidemiológica
brasileira e aos avanços técnicos, cientí cos e organizacionais do Sistema Único de Saúde
do País, com o propósito de garantir uma noti cação mais precoce dos casos e a redução
do sub-registro.
A atual revisão (2004) está embasada na experiência acumulada nesses dezesseis (16) anos
de vigilância da aids no Brasil, mas é conseqüência, principalmente, da necessidade de
simpli car os critérios de de nição de caso vigentes, sem prejuízo à sua sensibilidade.
Ao se proceder à análise dos critérios até então vigentes, a partir do banco de dados
de aids até dezembro de 2002, observou-se que determinados critérios excepcionais
não mais se justi cavam. Além disso, a partir desse estudo e de reuniões com o Comitê
Assessor de Epidemiologia, identi cou-se a necessidade de se estabelecer um processo
de validação de critérios bem como de monitoramento e de avaliação, para fortalecer a
vigilância da aids no Brasil.
No presente documento, estruturou-se, em uma só publicação, as novas de nições de
casos de aids em adultos e crianças no Brasil estabelecidas em 2003.
Para os adultos, os principais critérios de de nição de caso de aids também foram
revistos, mantendo-se o critério Rio de Janeiro/Caracas sem qualquer alteração, tendo
em vista a sua validação anterior, e introduzindo-se adaptações na evidência clínica
de imunode ciência estabelecidas no CDC Modi cado, que passou, dessa maneira,
a ser denominado Critério CDC Adaptado. Além de pequenas correções nos métodos
9
diagnósticos de algumas doenças, a principal alteração nesse critério foi a inclusão da
reativação da doença de Chagas (miocardite e/ou meningoencefalite) na lista de doenças
indicativas de aids em vista das evidências clínicas e epidemiológicas da reativação dessa
condição em pacientes com aids.
Quanto aos critérios excepcionais de de nição de caso de aids em adultos, foram
excluídos o Critério Excepcional ARC + Óbito eo Critério Excepcional CDC e revisto o
Critério Excepcional Óbito, que permaneceu como único critério excepcional em casos
de óbito.
Na revisão desse último critério, ampliou-se a de nição anterior, de modo a incorporar
não apenas a menção a aids e seus termos correlatos na Declaração de Óbito, mas ainda a
menção a infecção pelo HIV (ou termos correlatos) desde que, nesse último caso, houvesse
ainda o registro de doença(s) associada(s) à infecção pelo HIV,. É importante destacar que
a utilização desses critérios excepcionais deve ser feita de maneira criteriosa e adotada
quando a investigação em prontuário do doente seja inconclusiva, ou seja, quando o
caso não puder ser descartado ou enquadrado em um dos critérios principais.
Baseando-se ainda nos resultados do estudo de avaliação dos critérios de de nição de
casos, até então vigentes, para as crianças, excluiu-se o Critério de Con rmação por
Sinais. Foram revistos os critérios CDC Modi cado e CD4, que passaram a compor, após
revisão, o Critério CDC Adaptado. Esse novo critério é uma adaptação brasileira das
categorias clínicas A, B e C de nidoras de imunode ciência da classi cação dos CDC
(1994). Para a de nição de caso, além da evidência laboratorial da infecção pelo HIV,
passam a ser necessárias duas (2) situações clínicas consideradas leves ou uma (1)
situação de caráter moderado ou grave.
A idade de referência acima da qual existe a possibilidade de realizar testes para detecção
de anticorpos anti-HIV (como método diagnóstico) passou de vinte e quatro (24) meses
para dezoito (18) meses. Reviu-se a forma de se de nir evidência laboratorial da infecção
pelo HIV (para ns de vigilância epidemiológica). Para crianças com menos de dezoito
meses, a evidência laboratorial de infecção pelo HIV será feita pela quanti cação de RNA
do HIV-1 circulante (carga viral plasmática) com resultado acima de 1.000 cópias/ml em
duas (2) amostras coletadas em momentos diferentes.
Quanto aos critérios excepcionais de de nição de caso de aids em crianças, foi excluído o
Critério Excepcional HIV + Óbito e revisto o Critério Excepcional Óbito, que permaneceu
como único critério excepcional, como nos adultos. Na revisão desse critério, ampliou-
se a de nição anterior de modo a incorporar, além de aids, seus termos correlatos: HIV
(ou termos correlatos) desde que houvesse ainda o registro de doença(s) associada(s)
à infecção pelo HIV, mais como de nidor de caso de aids no país, se a investigação
epidemiológica se revelar inconclusiva.
10
PARTE I
Defi nição de Caso de Aids
em Adultos
(treze anos de idade ou mais)
CID 10: B24
PARTE I | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em adultos
15
QUADRO 1
RESUMO DOS CRITÉRIOS DE DEFINIÇÃO DE CASO DE AIDS
EM INDIVÍDUOS COM 13 ANOS DE IDADE OU MAIS
CRITÉRIO CDC ADAPTADO
Existência de dois (2) testes de triagem reagentes ou um (1) con rmatório
para detecção de anticorpos anti-HIV
+
Evidência de imunode ciência:
Diagnóstico de pelo menos uma (1) doença indicativa de aids
e/ou
Contagem de linfócitos T CD4+ 350 células/mm
3
E/OU
CRITÉRIO RIO DE JANEIRO/CARACAS
Existência de dois (2) testes de triagem reagentes ou um (1) con rmatório
para detecção de anticorpos anti-HIV
+
Somatório de pelo menos dez (10) pontos, de acordo com uma escala
de sinais, sintomas ou doenças
OU
CRITÉRIO EXCEPCIONAL ÓBITO
Menção a aids/sida (ou termos equivalentes) em algum dos campos
da Declaração de Óbito (DO)
+
Investigação epidemiológica inconclusiva
ou
Menção a infecção pelo HIV (ou termos equivalentes) em algum dos campos
da DO, além de doença(s) associada(s) à infecção pelo HIV
+
Investigação epidemiológica inconclusiva
Critérios de defi nição de caso de aids
em adultos (treze anos de idade ou mais)
No quadro-resumo abaixo, são apresentados os critérios adotados pelo Ministério da Saúde
do Brasil para de nição de caso de aids em indivíduos com treze (13) anos de idade ou mais
para ns de vigilância epidemiológica:
13
PARTE I | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em adultos
16
Notas Explicativas
São testes de triagem para detecção de anticorpos anti-HIV: várias gerações de
ensaio por imunoabsorbância ligado à enzima (Enzyme Linked Immunosorbent
Assay, ELISA), ensaio imunoenzimático (Enzyme Immuno Assay, EIA), ensaio
imunoenzimático com micropartículas (Microparticle Enzyme Immuno Assay, MEIA)
e ensaio imunoenzimático com quimioluminiscência.
São testes con rmatórios: imuno uorescência indireta, imunoblot, Western Blot,
teste de ampli cação de ácidos nucleicos como, por exemplo, a reação em cadeia da
polimerase (Polimerase Chain Reaction, PCR) e a ampli cação seqüencial de ácidos
nucleicos (Nucleic Acid Sequence Based Ampli cation, NASBA).
De ne-se como investigação epidemiológica inconclusiva aquela em que, após a
busca em prontuários, o caso não puder ser descartado ou enquadrado num dos
critérios principais, pelo não registro de dados clínicos/laboratoriais.
A data do diagnóstico na cha de noti cação/investigação é aquela em que o
indivíduo se enquadra em um dos critérios de de nição de caso de aids, ou seja,
tenha evidência clínica e laboratorial, exceto quando se trata do critério óbito.
Nesse caso, a data do diagnóstico é igual à data do óbito.
14
PARTE I | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em adultos
17
Critério CDC adaptado em indivíduos
com treze ou mais anos de idade
Será considerado como caso de aids, para ns de vigilância epidemiológica, todo
indivíduo com 13 anos de idade ou mais que apresentar evidência laboratorial da
infecção pelo HIV (dois testes de triagem para detecção de anticorpos anti-HIV ou um
con rmatório reagente) no qual seja diagnosticada imunode ciência (pelo menos uma
doença indicativa de aids e/ou contagem de linfócitos T CD4+ abaixo de 350 células/
mm
3
), independentemente da presença de outras causas de imunode ciência.
Como evidência da infecção pelo HIV para ns de vigilância epidemiológica, são
considerados testes de triagem para detecção de anticorpos: ELISA, EIA, MEIA e ensaio
imunoenzimático por quimioluminiscência. São considerados testes con rmatórios:
imuno uorescência indireta, imunoblot, Western Blot, teste de ampli cação de ácidos
nucleicos (carga viral), NASBA e PCR.
Como evidência de imunode ciência, faz-se necessária uma contagem de linfócitos T
CD4+ menor do que 350 células/mm
3
e/ou o diagnóstico de pelo menos uma das doenças
indicativas de aids (listadas abaixo em ordem alfabética):
1. Câncer cervical invasivo;
2. Candidose de esôfago;
3. Candidose de traquéia, brônquios ou pulmões;
4. Citomegalovirose em qualquer outro local que não sejam fígado, baço e linfonodos;
como a retinite por citomegalovírus;
5. Criptococose extrapulmonar;
6. Criptosporidiose intestinal crônica (período superior a um mês);
7. Herpes simples mucocutâneo, por um período superior a 1 mês;
8. Histoplasmose disseminada (localizada em quaisquer órgãos que não exclusivamente
em pulmão ou linfonodos cervicais/hilares);
9. Isosporidiose intestinal crônica (período superior a um mês);
10. Leucoencefalopatia multifocal progressiva (vírus JC, um poliomavírus);
11. Linfoma não-Hodgkin de células B (fenótipo imunológico desconhecido) e outros
linfomas dos seguintes tipos histológicos: Linfoma maligno de células grandes ou
pequenas não clivadas (tipo Burkitt ou não-Burkitt) e Linfoma maligno imunoblástico
sem outra especi cação (termos equivalentes: sarcoma imunoblástico, linfoma
maligno de células grandes ou linfoma imunoblástico);
15
PARTE I | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em adultos
18
12. Linfoma primário do cérebro;
13. Pneumonia por Pneumocystis carinii;
14. Qualquer micobacteriose disseminada em órgãos outros que não sejam o pulmão,
pele ou linfonodos cervicais/hilares (exceto tuberculose ou hanseníase);
15. Reativação de doença de Chagas (meningoencefalite e/ou miocardite);
16. Sepse recorrente por bactérias do gênero Salmonella (não tifóide);
17. Toxoplasmose cerebral.
Segundo esse critério, para algumas doenças indicativas de aids, faz-se necessário
o diagnóstico de nitivo, enquanto para outras aceita-se o diagnóstico presuntivo,
conforme descrito no Quadro 2 a seguir.
16
PARTE I | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em adultos
19
QUADRO 2
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS DAS DOENÇAS INDICATIVAS DE AIDS EM
INDIVÍDUOS COM TREZE (13) ANOS OU MAIS DE IDADE
PELO CRITÉRIO CDC ADAPTADO
DESCRIÇÃO DIAGNÓSTICO DEFINITIVO DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO
Câncer cervical invasivo Inspeção microscópica por
histologia ou citologia em
material obtido diretamente do
tecido afetado
ou de uidos desse tecido.
Candidose de esôfago Inspeção macroscópica por
endoscopia ou necrópsia; ou
microscópica por histologia ou
citologia de material obtido
diretamente do tecido afetado.
Histórico de dor retroesternal
à deglutição e candidose oral,
de início recente, diagnosticada
pela inspeção macroscópica de
placas brancas removíveis em
base eritematosa ou pela inspeção
microscópica direta de material
obtido da mucosa oral com achados
característicos.
Candidose de traquéia,
brônquios ou pulmões
Inspeção macroscópica por
endoscopia ou necropsia; ou
microscópica por histologia ou
citologia de material obtido
diretamente do tecido afetado.
Citomegalovirose em qualquer
outro local que não seja fígado,
baço e linfonodos
Inspeção microscópica por
histologia ou citologia:, cultura ou
detecção de antígeno em material
obtido diretamente do tecido
afetado
ou de uidos desse tecido.
Retinite por citomegalovírus -
Aparência característica em exames
oftalmológicos seriados (exemplo:
discretas placas na retina com
bordas distintas, progredindo de
modo centrífugo, acompanhando os
vasos sangüíneos, e freqüentemente
associadas à vasculite retiniana,
hemorragia e necrose).
A resolução da doença ativa
deixa cicatriz e atro a com
mosqueamento (mottling) do
pigmento epitelial retiniano.
Criptococose extrapulmonar Inspeção microscópica por
histologia ou citologia; pesquisa
direta ou cultura em material
obtido diretamente do tecido
afetado ou de uidos desse
tecido; ou detecção de antígeno
especí co (sangue ou urina).
Criptosporidiose intestinal
crônica (período superior
a um mês)
Inspeção microscópica direta
em fezes.
17
PARTE I | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em adultos
20
DESCRIÇÃO DIAGNÓSTICO DEFINITIVO DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO
Herpes simples mucocutâneo,
por um período superior a 1 mês
Inspeção microscópica por
histologia ou citologia; cultura ou
detecção de antígeno em material
obtido diretamente
da lesão mucocutânea.
Aparência característica de lesões
úlcerocrostosas persistentes, por um
período superior a um (1) mês, por
vezes muito extensas, nas regiões
perianal e genital. Prova terapêutica
deverá ser considerada nos casos
duvidosos.
Histoplasmose disseminada
(localizada em quaisquer órgãos
que não exclusivamente em
pulmão ou linfonodos cervicais/
hilares)
Inspeção microscópica por
histologia ou citologia; pesquisa
direta ou cultura em material
obtido diretamente do tecido
afetado ou de uidos desse tecido;
ou detecção de antígeno especí co
(sangue ou líquor).
Isosporidiose intestinal crônica
(período superior a um mês)
Inspeção microscópica direta em
fezes.
Leucoencefalopatia multifocal
progressiva (vírus JC, um
poliomavírus)
Inspeção microscópica por
histologia ou citologia em material
obtido diretamente do tecido
afetado ou de uidos desse tecido.
Tomogra a computadorizada ou
Ressonância Nuclear Magnética
com múltiplas lesões hipodensas
não captantes de contraste na
substância branca subcortical do
sistema nervoso central sem efeito
de massa (edema).
Linfoma não-Hodgkin de
células B (fenótipo imunológico
desconhecido) e outros linfomas
dos seguintes tipos histológicos:
• Linfoma maligno de células
grandes ou pequenas não clivadas
(tipo Burkitt ou não-Burkitt)
• Linfoma maligno imunoblástico
sem outra especi cação
(termos equivalentes: sarcoma
imunoblástico, linfoma maligno
de células grandes ou linfoma
imunoblástico)
Inspeção microscópica por
histologia ou citologia em material
obtido diretamente do tecido
afetado ou de uidos desse tecido.
Linfoma primário do cérebro Inspeção microscópica por
histologia ou citologia em material
obtido diretamente do tecido
afetado ou de uidos desse tecido.
Pneumonia por Pneumocystis
carinii
Inspeção microscópica direta
em escarro (induzido ou não),
em lavado broncoalveolar ou
em outros uidos do trato
respiratório; ou por histologia
ou citologia em material obtido
diretamente do pulmão.
Histórico de dispnéia de esforço ou
de tosse não produtiva com início
nos últimos três (3) meses associado
à radiogra a de tórax com evidência
de in ltrado intersticial difuso
bilateral e de hipoxemia
(PaO
2
< 60 mmHg), na ausência de
evidência de pneumonia bacteriana
(prova terapêutica é su ciente).
(cont.) QUADRO 2
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS DAS DOENÇAS INDICATIVAS DE AIDS
EM INDIVÍDUOS COM TREZE (13) ANOS OU MAIS DE IDADE PELO CRITÉRIO CDC ADAPTADO
18
PARTE I | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em adultos
21
DESCRIÇÃO DIAGNÓSTICO DEFINITIVO DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO
Qualquer micobacteriose
disseminada em órgãos outros
que não sejam o pulmão, pele
ou linfonodos cervicais/hilares
(exceto tuberculose
ou hanseníase)
Cultura de material obtido
diretamente do tecido afetado ou
de uidos desse tecido.
Inspeção microscópica direta
(pesquisa de bacilo álcool-ácido
resistente - BAAR) em material obtido
diretamente do tecido afetado ou
de uidos estéreis desse tecido (de
órgãos outros que não sejam pulmão,
pele ou linfonodos cervicais/hilares).
Reativação de doença de
Chagas (meningoencefalite
e/ou miocardite)
Infecção pelo Trypanossoma cruzi
documentada com reativação da
doença de Chagas manifesta por
diagnóstico parasitológico em
uidos corporais (pesquisa direta,
xenodiagnóstico arti cial ou
hemocultura), associado à:
- Meningoencefalite: imagem
de lesão cerebral com efeito
de massa (ressonância nuclear
magnética ou tomogra a
computadorizada com ou sem
injeção de meio de contraste -
captação anelar) e/ou
- Miocardite aguda: arritmias
e/ou insu ciência cardíaca
diagnosticadas eletrocardiográ ca
e ecocardiogra camente.
Sepse recorrente por bactérias
do gênero Salmonella (não
tifóide)
Hemocultura ou cultura de
material obtido diretamente do
tecido afetado ou de uidos desse
tecido.
Toxoplasmose cerebral Inspeção microscópica por
histologia ou citologia em
material obtido diretamente do
tecido afetado ou de uidos desse
tecido.
Histórico de início recente de
síndrome clínica neurológica focal
compatível com lesão intracraniana
ou redução do nível de consciência
associada à imagem de lesão cerebral
com efeito de massa (ressonância
nuclear magnética ou tomogra a
computadorizada com ou sem
injeção de meio de contraste -
captação anelar) e/ou sorologia(IG)
falso negativa em 5 a 10% ou prova
terapêutica positiva.
(cont.) QUADRO 2
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS DAS DOENÇAS INDICATIVAS DE AIDS
EM INDIVÍDUOS COM TREZE (13) ANOS OU MAIS DE IDADE PELO CRITÉRIO CDC ADAPTADO
19
PARTE I | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em adultos
22
Notas Explicativas
Não estão incluídos os linfomas de células T (fenótipo imunológico), de tipo
histológico “não descrito” ou descrito como “linfocítico”, “linfoblástico”, “células
pequenas não clivadas” ou “linfoplasmocítico”.
No ANEXO I, poderão ser observados os termos equivalentes e os códigos numéricos
usados na Classi cação Internacional de Doenças para Oncologia CID–O, 3
a
edição.
A reativação da doença de Chagas foi incluída na revisão de 2003, pelos motivos
apresentados na introdução.
20
PARTE I | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em adultos
23
SINAIS / SINTOMAS /
DOENÇAS
DESCRIÇÃO PONTOS
Anemia e/ou Linfopenia
e/ou Trombocitopenia
Anemia: hematócrito inferior a 30% em homens e 25% em mulheres; ou
hemoglobina inferior a 6,80 mmol/L (menos de 11,0 g/dL) em homens e
inferior a 6,20 mmol/L (menos de 10,0 g/dL) em mulheres.
Linfopenia: contagem absoluta de linfócitos inferior a 1 x 10
9
/L (menos
de 1.000 células/mm
3
).
Trombocitopenia: contagem de plaquetas inferior a 100 x 10
9
/L (menos
de 100.000 células/mm
3
).
2
Astenia Por um período igual ou superior a um (1) mês, excluída a tuberculose
como causa básica.
2
Caquexia Perda de peso involuntária superior a 10% do peso habitual do paciente
com ou sem emaciação, excluída a tuberculose como causa básica.
2
Dermatite persistente Lesões eczematosas localizadas ou generalizadas de evolução crônica,
lesões papulovesiculosas disseminadas sem etiologia de nida ou
micoses super ciais de evolução crônica resistentes ao tratamento
habitual.
2
Diarréia Constante ou intermitente, por um período igual ou superior a um (1)
mês.
2
Febre Igual ou superior a 38ºC, de forma constante ou intermitente, por um
período igual ou superior a um (1) mês, excluída a tuberculose como
causa básica.
2
Linfadenopatia Maior ou igual a um (1) centímetro acometendo dois (2) ou mais sítios
extra-ingüinais, por um período igual ou superior a um (1) mês.
2
Critério Rio de Janeiro/Caracas
Será considerado como caso de aids, para ns de vigilância epidemiológica, todo indivíduo
com treze (13) anos de idade ou mais que apresentar evidência laboratorial da infecção
pelo HIV (dois testes de triagem de detecção de anticorpos anti-HIV ou um con rmatório
reagente) e, além disso, um somatório de pelo menos dez (10) pontos numa escala
de sinais, sintomas ou doenças, independentemente da presença de outras causas de
imunode ciência.
Para o diagnóstico de infecção pelo HIV, são considerados testes de triagem para detecção
de anticorpos: ELISA, EIA, MEIA e ensaio imunoenzimático por quimioluminiscência. São
considerados testes con rmatórios: imuno uorescência, imunoblot, Western Blot, teste
de ampli cação de ácidos nucleicos, PCR e NASBA.
Apresenta-se no Quadro 3, a seguir, a escala com a pontuação para cada sinal, sintoma
ou doença.
QUADRO 3
ESCALA DE SINAIS, SINTOMAS OU DOENÇAS
21
PARTE I | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em adultos
24
(cont.) QUADRO 3
ESCALA DE SINAIS, SINTOMAS OU DOENÇAS
SINAIS / SINTOMAS /
DOENÇAS
DESCRIÇÃO PONTOS
Tosse Tosse persistente associada ou não a qualquer pneumonia (exceto
tuberculose) ou pneumonite, determinadas radiologicamente ou por
qualquer outro método diagnóstico.
2
Candidose oral ou
leucoplasia pilosa
Candidose oral: inspeção macroscópica de placas brancas removíveis
em base eritematosa ou pela inspeção microscópica de material obtido
da mucosa oral com achados característicos.
Leucoplasia pilosa: placas brancas não removíveis na língua.
5
Disfunção do sistema
nervoso central
Confusão mental, demência, diminuição do nível de consciência,
convulsões, encefalite, meningites de qualquer etiologia conhecida
(exceto a por Cryptococcus neoformans) ou desconhecida, mielites
e/ou testes cerebelares anormais, excluídas as disfunções originadas
por causas externas.
5
Herpes zoster em
indivíduo com até 60
anos de idade
Lesões dermatológicas em diferentes fases de evolução, precedidas
e/ou acompanhadas por dor, acometendo um ou mais dermátomos.
5
Tuberculose pulmonar,
pleural ou de linfonodos
localizados numa única
região
Tuberculose de linfonodos com localização única, pleural, pulmonar
não-especi cada ou cavitária diagnosticada por padrão radiológico
especí co, inspeção microscópica (histologia ou citologia), cultura
ou detecção de antígeno em material obtido diretamente do tecido
afetado ou de uidos desse tecido.
5
Outras formas de
tuberculose
Tuberculose de linfonodos localizados em mais de uma cadeia,
disseminada, atípica ou extra-pulmonar diagnosticada por padrão
radiológico especí co (miliar, in ltrado intersticial, não cavitário) e/ou
inspeção microscópica (histologia ou citologia), pesquisa direta, cultura
ou detecção de antígeno em material obtido diretamente do tecido
afetado ou de uidos desse tecido.
10
Sarcoma de Kaposi Diagnóstico de nitivo (inspeção microscópica: histologia ou citologia)
ou presuntivo (reconhecimento macroscópico de nódulos, tumorações
e/ou placas eritematosas/violáceas características na pele e/ou
mucosas).
10
22
PARTE I | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em adultos
25
Critério excepcional óbito em indivíduos
com treze (13) anos ou mais de idade
Será considerado como caso de aids, para ns de vigilância epidemiológica, todo indivíduo
com treze (13) anos de idade ou mais em cuja Declaração de Óbito (DO):
 Haja menção a aids/sida ou termos equivalentes (por exemplo, síndrome da
imunode ciência adquirida, imunode ciência adquirida) em algum dos campos de
preenchimento, e que, após investigação epidemiológica, não possa ser descartado
ou enquadrado em nenhum dos critérios principais de de nição de caso de aids
vigentes (investigação epidemiológica inconclusiva);
OU
Haja menção à infecção pelo HIV ou termos equivalentes em algum dos campos
de preenchimento, além de doença(s) associada(s) à infecção pelo HIV, e que,
após investigação epidemiológica, não possa ser descartado ou enquadrado em
nenhum dos critérios principais de de nição de caso de aids vigentes (investigação
epidemiológica inconclusiva).
Notas Explicativas
1. Quando houver a de nição de caso pelo critério excepcional óbito, a data do
diagnóstico corresponderá à data de ocorrência do óbito.
2. Deve-se sempre tentar, por meio de investigação epidemiológica, obter os dados
clínicos e laboratoriais necessários à classi cação do caso em algum dos critérios
principais (CDC Adaptado e/ou Rio de Janeiro/Caracas). Caso haja a reclassi cação
do caso para algum outro critério principal, a data do diagnóstico poderá ser
reti cada.
3. No processo de investigação, a partir das DO, pode haver a exclusão da aids
como sendo a causa básica do óbito, quando forem identi cadas outras causas de
imunode ciência e não houver evidência da infecção pelo HIV.
4. Quando em algum dos campos de preenchimento da DO houver menção a alguma
doença indicativa de imunode ciência mas não houver registro da infecção pelo
HIV ou da aids, deve-se realizar também investigação epidemiológica com a
nalidade de se obterem dados clínicos e/ou laboratoriais adicionais necessários
para a classi cação do caso como aids. Deverão ser excluídas outras causas de
imunode ciência.
23
PARTE I | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em adultos
26
5. Outras causas de imunode ciência: a) tratamento prolongado com corticosteróides
ou doses elevadas de corticosteróides (esquemas imunodepressores) três (3) meses
antes do início da doença indicativa de aids; b) outros tratamentos imunodepressores
(quimioterapia antineoplásica, radioterapia, etc.); c) presença de pelo menos uma
(1) dessas doenças: doença de Hodgkin, leucemia linfocítica, mieloma múltiplo e
qualquer outro câncer do tecido histiocítico ou linforreticular, ou linfadenopatia
angioimunoblástica; d) síndrome de imunode ciência genética (congênita) ou um
estado de imunode ciência atípico da infecção pelo HIV, tal como aquelas envolvendo
hipogamaglobulinemia.
24
PARTE II
Defi nição de Caso de Aids
em Crianças
(menores que treze anos de idade)
CID 10: B24
PARTE II | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em crianças
29
QUADRO 4
RESUMO DOS CRITÉRIOS DE DEFINIÇÃO DE CASO DE AIDS
EM INDIVÍDUOS MENORES DE 13 ANOS DE IDADE
CRITÉRIO CDC ADAPTADO
Evidência laboratorial da infecção pelo HIV em crianças
para ns de vigilância epidemiológica
+
Evidência de imunode ciência:
Diagnóstico de pelo menos duas (2) doenças indicativas de aids de caráter leve
e/ou
Diagnóstico de pelo menos uma (1) doença indicativa de aids
de caráter moderado ou grave
e/ou
Contagem de linfócitos T CD4+ menor do que o esperado para a idade atual
OU
CRITÉRIO EXCEPCIONAL ÓBITO
Menção a aids/sida (ou termos equivalentes)
em algum dos campos da Declaração de Óbito (DO)
+
Investigação epidemiológica inconclusiva
ou
Menção a infecção pelo HIV (ou termos equivalentes) em algum
dos campos da DO, além de doença(s) associada(s) à infecção pelo HIV
+
Investigação epidemiológica inconclusiva
Critérios de defi nição de caso de aids
em crianças (menores de treze anos de idade)
No quadro-resumo abaixo, são apresentados os critérios adotados pelo Ministério da Saúde
do Brasil para de nição de caso de aids em indivíduos menores de treze (13) anos de idade,
para ns de vigilância epidemiológica:
27
PARTE II | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em crianças
30
Notas Explicativas
São testes de triagem para detecção de anticorpos anti-HIV: várias gerações de
ensaio por imunoabsorbância ligado à enzima (Enzyme Linked Immunosorbent
Assay, ELISA), ensaio imunoenzimático (Enzyme Immuno Assay, EIA), ensaio
imunoenzimático com micropartículas (Microparticle Enzyme Immuno Assay, MEIA)
e ensaio imunoenzimático com quimioluminiscência.
São testes con rmatórios: imuno uorescência indireta, imunoblot, Western Blot,
teste de ampli cação de ácidos nucleicos como, por exemplo, a reação em cadeia da
polimerase (Polimerase Chain Reaction, PCR) e a ampli cação seqüencial de ácidos
nucleicos (Nucleic Acid Sequence Based Ampli cation, NASBA).
A de nição da gravidade das doenças, sinais e/ou sintomas corresponde às categorias
da classi cação clínica do Centers for Disease Control and Prevention para crianças
menores de 13 anos (CDC 1994), tendo-se incluído a tuberculose como morbidade
de gravidade moderada e excluída a coccidioidomicose pela pouca expressão
epdemiológica no país.
De ne-se como investigação epidemiológica inconclusiva aquela em que, após a
busca em prontuários, o caso não puder ser descartado ou enquadrado num dos
critérios principais, pelo não registro de dados clínicos/laboratoriais.
A data do diagnóstico na cha de noti cação/investigação é aquela em que o indivíduo
se enquadra em um dos critérios de de nição de caso de aids, ou seja, tenha evidência
clínica e laboratorial, exceto quando se trata do critério óbito. Nesse caso, a data do
diagnóstico é igual à data do óbito.
28
PARTE II | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em crianças
31
Evidência laboratorial da infecção pelo HIV em
crianças para fi ns de vigilância epidemiológica
Para as crianças menores de 18 meses de idade, expostas ao HIV por transmissão
vertical, considera-se criança infectada quando houver a presença de RNA ou DNA
viral detectável acima de 1.000 cópias/ml em duas amostras (testes de carga viral)
obtidas em momentos diferentes. Apesar da possibilidade da realização desses testes
após duas semanas de vida, o Ministério da Saúde preconiza que as amostras testadas
sejam coletadas após o segundo mês de vida, em virtude do aumento da sensibilidade
observado a partir dessa idade.
Crianças com 18 meses ou mais de idade, expostas ao HIV por transmissão vertical,
serão consideradas infectadas pelo HIV quando uma amostra de soro for reativa em dois
(2) testes de triagem ou um (1) con rmatório para pesquisa de anticorpos anti-HIV.
Em crianças de qualquer idade, cuja exposição ao HIV tenha sido outra forma de
transmissão que não a vertical, o diagnóstico laboratorial de infecção pelo HIV será
con rmado quando uma amostra de soro for reativa em dois (2) testes de triagem ou um
(1) con rmatório para pesquisa de anticorpos anti-HIV.
29
PARTE II | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em crianças
32
Critério CDC adaptado
em menores de treze (13) anos de idade
Será considerado como caso de aids, para ns de vigilância epidemiológica, todo indivíduo
com menos de treze (13) anos de idade que apresentar evidência laboratorial da infecção
pelo HIV e alguma evidência de imunode ciência.
Como evidência da infecção pelo HIV para ns de vigilância epidemiológica (Quadro 5),
são considerados testes de triagem para detecção de anticorpos: ELISA, EIA, MEIA e ensaio
imunoenzimático por quimioluminiscência. São considerados testes con rmatórios:
imuno uorescência indireta, imunoblot, Western Blot, teste de ampli cação de ácidos
nucleicos, PCR e NASBA.
Como evidência de imunode ciência, faz-se necessária uma contagem de linfócitos
T CD4+ menor do que o esperado para a idade e/ou o diagnóstico de pelo menos duas
(2) doenças, sinais ou sintomas indicativos de aids de caráter leve (Quadro 6) ou uma
(1) de caráter moderado/grave (Quadros 7 e 8), em correspondência às Categorias da
Classi cação Clínica dos Centers for Disease Control and Prevention (CDC).
São doenças, sinais ou sintomas indicativos de aids de caráter leve:
1. Aumento crônico de parótida;
2. Dermatite persistente;
3. Esplenomegalia;
4. Hepatomegalia;
5. Linfadenopatia >= 0,5 cm em mais de dois sítios (bilateral = 1 sítio);
6. Infecções persistentes ou recorrentes de vias aéreas superiores (otite média ou
sinusite).
São doenças, sinais ou sintomas indicativos de aids de caráter moderado:
1. Anemia por mais de 30 dias;
2. Candidose oral resistente ao tratamento persistindo por mais de dois (2) meses em
maiores de seis (6) meses de idade;
3. Diarréia recorrente ou crônica;
4. Febre persistente com duração superior a um (1) mês;
5. Gengivo-estomatite herpética recorrente com mais de dois episódios em um (1)
ano;
30
PARTE II | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em crianças
33
6. Hepatite;
7. Herpes simples em brônquios, pulmões ou trato gastrointestinal antes de um mês de
idade.
8. Herpes zoster, com pelo menos dois (2) episódios distintos ou mais de um dermátomo
acometido;
9. Infecção por citomegalovírus iniciada antes de 1 mês de idade;
10. Leiomiossarcoma;
11. Linfopenia por mais de 30 dias;
12. Meningite bacteriana, pneumonia ou sepse (um único epsódio);
13. Miocardiopatia;
14. Nefropatia;
15. Nocardiose;
16. Pneumonia linfóide intersticial;
17. Toxoplasmose iniciada antes de 1 mês de idade;
18. Trombocitopenia por mais de 30 dias;
19. Tuberculose pulmonar;
20. Varicela disseminada.
São doenças, sinais ou sintomas indicativos de aids de caráter grave:
1. Candidose de esôfago;
2. Candidose de traquéia, brônquios ou pulmão;
3. Citomegalovirose em qualquer outro local que não seja, fígado, baço ou linfonodos
em maiores de um (1) mês de idade; como a retinite por citomegalovírus.
4. Criptococose extrapulmonar;
5. Criptosporidiose com diarréia persistindo por um período superior a um (1) mês;
6. Encefalopatia determinada pelo HIV;
7. Herpes simples em brônquios, pulmões ou trato gastrintestinal;
8. Herpes simples mucocutâneo, por um período superior a um (1) mês em crianças com
mais de um (1) mês de idade;
9. Histoplasmose disseminada (localizada em quaisquer órgãos que não seja
exclusivamente em pulmão ou linfonodos cervicais/hilares);
10. Infecções bacterianas graves, múltiplas ou recorrentes (pelo menos 2 episódios
no intervalo de 2 anos, con rmados bacteriologicamente): sepse, pneumonia,
31
PARTE II | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em crianças
34
meningite, osteoartrites, abscessos em órgãos internos (excluindo otite média,
abscessos de pele e mucosas e infecções relacionadas com o uso de catéter);
11. Isosporidiose intestinal crônica, por um período superior a um (1) mês;
12. Leucoencefalopatia multifocal progressiva (vírus JC, um poliomavírus);
13. Linfoma não-Hodgkin de células B (fenótipo imunológico desconhecido) e outros
linfomas dos tipos histológicos, linfoma maligno de células grandes ou pequenas não
clivadas (tipo Burkitt ou não-Burkitt) ou Linfoma maligno imunoblástico sem outra
especi cação (termos equivalentes: sarcoma imunoblástico, linfoma maligno de
células grandes ou linfoma imunoblástico);
14. Linfoma primário do cérebro;
15. Pneumonia por Pneumocystis carinii;
16. Qualquer micobacteriose disseminada em órgãos outros que não o pulmão, pele ou
linfonodos cervicais/hilares (exceto tuberculose ou hanseníase);
17. Sarcoma de Kaposi;
18. Sepse recorrente por bactérias do gênero Salmonella (não tifóide);
19. Síndrome de Emaciação (AIDS Wasting Syndrome)
20. Toxoplasmose cerebral em crianças com mais de um (1) mês de idade.
21. Tuberculose disseminada ou extrapulmonar.
Para algumas das referidas condições clínicas de caráter moderado/grave faz-se
necessário o diagnóstico de nitivo enquanto para outras aceita-se o diagnóstico
presuntivo, conforme descrito nos Quadros 7 e 8.
32
PARTE II | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em crianças
35
Evidência laboratorial de imunodefi ciência:
Contagem de linfócitos T CD4+ de acordo
com a idade da criança
A evidência laboratorial de imunode ciência é determinada quando a contagem absoluta
ou percentual de linfócitos T CD4+ for menor do que a esperada para a idade atual.
QUADRO 5
CONTAGEM DE LINFÓCITOS T CD4+ DEFINIDORA
DE IMUNODEFICIÊNCIA DE ACORDO COM A IDADE
FAIXA ETÁRIA CONTAGEM TOTAL E PERCENTUAL
Inferior a 12 meses <1.500 células por mm
3
(< 25%)
1 a 5 anos <1.000 células por mm
3
(< 25%)
6 a 12 anos <500 células por mm
3
(< 25%)
A contagem de linfócitos T CD4+ de nida em cada faixa etária acima corresponde aos graus
de imunodepressão moderada/grave de nidos na classi cação dos CDC.
QUADRO 6
DOENÇAS, SINAIS OU SINTOMAS
INDICATIVOS DE AIDS DE CARÁTER LEVE
DOENÇAS, SINAIS OU SINTOMAS DESCRIÇÃO
Aumento crônico de parótida Aumento uni ou bilateral de parótida(s) por tempo superior
a duas semanas, afastadas causas comuns dessa condição
(cálculo ou estenose de ducto e parotidite epidêmica
– caxumba).
Dermatite persistente Dermatite persistente caracterizada por lesões eczematosas
localizadas ou generalizadas de evolução crônica, lesões
pápulo-vesiculosas disseminadas sem etiologia de nida
ou micoses super ciais de evolução crônica resistentes ao
tratamento habitual.
Esplenomegalia Baço com tamanho superior ao esperado para a idade.
Hepatomegalia Fígado com tamanho superior ao esperado para a idade.
Linfadenopatia Linfadenomegalia maior do que 0,5 cm em mais de duas (2)
cadeias diferentes (bilateral = 1 sítio).
Infecções persistentes ou recorrentes
de vias aéreas superiores (otite média
ou sinusite)
Sinusite/otite crônicas com duração superior a 2 meses, ou 3
ou mais episódios recorrentes em 1 ano.
* É necessário a presença de duas ou mais das condições acima descritas para que se caracterize
como indicativa de aids.
33
PARTE II | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em crianças
36
QUADRO 7
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS DAS DOENÇAS, SINAIS OU SINTOMAS
INDICATIVOS DE AIDS DE CARÁTER MODERADO
DOENÇAS, SINAIS
OU SINTOMAS
DIAGNÓSTICO DEFINITIVO DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO
Anemia por mais de 30 dias Hemoglobina menor do que 8,0 g/dl.
Candidose oral resistente ao
tratamento por mais de dois
(2) meses em maiores de
seis (6) meses de idade
Inspeção microscópica de material
obtido da mucosa oral com achados
característicos.
Inspeção macroscópica de placas
brancas removíveis em base
eritematosa.
Diarréia recorrente
ou crônica
Dois (2) ou mais episódios de diarréia
acompanhados por desidratação durante
um período de dois (2) meses.
Febre persistente com
duração superior a um (1)
mês
Febre persistente, com duração superior
a um (1) mês, com temperatura axilar
igual ou superior a 38
o
C.
Gengivo-estomatite
herpética recorrente com
mais de dois episódios em
um (1) ano
Inspeção microscópica (histologia ou
citologia), cultura ou detecção de
antígeno em material obtido diretamente
do tecido afetado ou de uidos desse
tecido.
Aparência característica de lesões
ulcerocrostosas recorrentes,
por vezes muito extensas.
Prova terapêutica deverá ser
considerada nos casos duvidosos.
Hepatite Microscopia (histologia ou citologia) em
material obtido diretamente do tecido
afetado ou de uidos desse tecido.
Evidência clínica e laboratorial
de lesão hepática e aumento
pronunciado - 10 a 50 vezes - das
enzimas hepáticas.
Herpes simples em
brônquios, pulmões ou trato
gastroinstestinal antes de
um mês de idade
Inspeção microscópica (por histologia
ou citologia); cultura ou detecção de
antígeno em material obtido diretamente
da lesão mucocutânea.
Herpes zoster, com pelo
menos dois (2) episódios
distintos ou mais de um
dermátomo acometido
Lesões dermatológicas em diferentes
fases de evolução, precedidas e/ou
acompanhadas por dor, acometendo
um ou mais dermátomos.
Infecção por citomegalovírus
(CMV) iniciada antes de 1
mês de idade
Evidência clínica e laboratorial (RNA
ou DNA).
Evidência clínica e sorológica (IgM
e IgG da mãe e recém-nascido).
Leiomiossarcoma Inspeção microscópica (histologia
ou citologia) em material obtido
diretamente do tecido afetado ou de
uidos desse tecido.
Linfopenia por mais
de 30 dias
Contagem absoluta de linfócitos inferior
a 1.000/mm
3
.
34
PARTE II | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em crianças
37
DOENÇAS, SINAIS
OU SINTOMAS
DIAGNÓSTICO DEFINITIVO DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO
Meningite bacteriana,
pneumonia ou sepse
(um único epsódio)
Cultura de material obtido
diretamente do tecido afetado
ou de uidos desse tecido,
hemocultura.
Meningite
- quadro clínico de irritação
meningea, líquor turvo e avaliação celular
compatível com infecção bacteriana.
Pneumonia
- síndrome respiratória
aguda com ausculta e padrão radiológico
compatíveis com comprometimento de
parênquima e/ou de pleura. Sepse
-
presença de pelo menos dois dos seguintes
critérios: febre (>38
o
C) ou hipotermia
(<36
o
C); taquicardia (FC>90 bpm);
taquipnéia (FR>20 irpm); leucocitose ou
leucopenia- leucócitos > 12.000 cels/mm
3
ou 4.000 cels/mm
3
ou presença de > 10%
de formas jovens (bastões).
Miocardiopatia De nida por alterações
no ecocardiograma.
Freqüentemente apresenta-
se com sinais de insu ciência
cardíaca congestiva, afastadas
outras etiologias não infecciosas.
Nefropatia Inspeção microscópica (histologia
ou citologia) em material obtido
diretamente do tecido afetado
ou de uidos desse tecido.
Proteinúria, com ou sem hematúria, e
cilindrúria ao exame de urina e aumento
do colesterol sérico.
Nocardiose Padrão radiológico com nódulo(s)
ou área(s) de consolidação
com cavitação ou não, além de
inspeção microscópica (Gram,
Ziehl-Neelsen e cultura de
escarro ou de material obtido
diretamente do tecido afetado.
Pneumonia linfóide
intersticial
Inspeção microscópica (histologia
ou citologia) em material obtido
diretamente do tecido afetado
ou de uidos desse tecido.
Radiogra a de tórax com evidência de
in ltrado intersticial reticulonodular
bilateral, com ou sem adenomegalia hilar,
de duração de pelo menos dois (2) meses,
sem agente etiológico de nido e ausência
de resposta a tratamento antimicrobiano.
Toxoplasmose iniciada
antes de 1 mês de idade
Evidência sorológica (IgM) e
resposta terapêutica positiva.
Evidência clínica e sorológica (IgM e IgG da
mãe e recém-nascido).
Trombocitopenia por
mais de 30 dias
Contagem de plaquetas inferior a
100.000/mm
3
.
Tuberculose pulmonar Inspeção microscópica (histologia
ou citologia), pesquisa direta,
cultura ou detecção de antígeno
em material obtido diretamente
do tecido afetado ou de uidos
desse tecido.
Tuberculose pulmonar diagnosticada por
padrão clínico e radiológico sugestivos
e/ou inspeção microscópica por pesquisa
direta de BAAR em material obtido do
trato respiratório.
Varicela disseminada Lesões dermatológicas em
diferentes fases de evolução.
(cont.) QUADRO 7
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS DAS DOENÇAS, SINAIS OU SINTOMAS
INDICATIVOS DE AIDS DE CARÁTER MODERADO
35
PARTE II | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em crianças
38
QUADRO 8
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS DAS DOENÇAS, SINAIS OU SINTOMAS
INDICATIVOS DE AIDS DE CARÁTER GRAVE
DOENÇAS, SINAIS
OU SINTOMAS
DIAGNÓSTICO DEFINITIVO DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO
Candidose de esôfago
Inspeção macroscópica, por endoscopia
ou necrópsia; ou microscópica por
histologia ou citologia de material obtido
diretamente do tecido afetado.
Histórico de dor retroesternal
à deglutição e candidose oral
de início recente diagnosticada
pela inspeção macroscópica de
placas brancas removíveis em
base eritematosa ou pela inspeção
microscópica direta de material
obtido da mucosa oral com
achados característicos.
Candidose de traquéia,
brônquios ou pulmão
Inspeção macroscópica , por endoscopia
ou necropsia; ou microscópica por
histologia ou citologia de material obtido
diretamente do tecido afetado.
Citomegalovirose em
qualquer outro local que
não seja fígado, baço ou
linfonodos, em maiores de
um (1) mês de idade
Inspeção microscópica (histologia ou
citologia), cultura ou detecção de
antígeno em material obtido diretamente
do tecido afetado ou de uidos desse
tecido.
Aparência característica em
exames oftalmológicos seriados
(exemplo: discretas placas na
retina com bordas distintas,
progredindo de modo centrífugo,
acompanhando os vasos
sangüíneos, e freqüentemente
associadas à vasculite retiniana,
hemorragia e necrose).
A resolução da doença ativa
deixa cicatriz e atro a com
mosqueamento (mottling) do
pigmento epitelial retiniano
Criptococose
extrapulmonar
Inspeção microscópica por histologia ou
citologia; pesquisa direta ou cultura em
material obtido diretamente do tecido
afetado ou de uidos desse tecido; ou
detecção de antígeno especí co (sangue
ou urina).
Criptosporidiose com
diarréia persistindo por
um período superior a um
(1) mês
Inspeção microscópica direta em fezes.
36
PARTE II | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em crianças
39
DOENÇAS, SINAIS
OU SINTOMAS
DIAGNÓSTICO DEFINITIVO DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO
Encefalopatia determinada
pelo HIV
Pelo menos um (1) dos seguintes
achados com evolução progressiva,
presentes por pelo menos dois (2)
meses, na ausência de outras causas
que não a infecção pelo HIV:
a) Perda de marcos (estágios) de
desenvolvimento ou habilidade
intelectual;
b) Crescimento cerebral retardado ou
microcefalia adquirida demonstrada
por medidas da circunferência
da cabeça ou atro a cerebral
demonstrada por tomogra a
computadorizada ou ressonância
nuclear magnética (estudos seriados
são necessários em menores de dois (2)
anos de idade); e
c) Dé cits motores adquiridos
simétricos manifestos por pelo menos
dois (2) dos seguintes sinais: paresia,
tônus anormal, re exos patológicos,
ataxia ou distúrbio da marcha.
Herpes simples em
brônquios, pulmões
ou trato gastrintestinal
Inspeção microscópica (por histologia
ou citologia), cultura ou detecção
de antígeno em material obtido
diretamente do tecido afetado ou de
uidos desse tecido.
Herpes simples
mucocutâneo, por um
período superior a um
(1) mês em crianças com
mais de um (1) mês de
idade
Inspeção microscópica (por histologia
ou citologia); cultura ou detecção
de antígeno em material obtido
diretamente da lesão mucocutânea.
Aparência característica de lesões
ulcerocrostosas persistentes, por um
período superior a um (1) mês, por
vezes muito extensas, nas regiões
perianal e genital. Prova terapêutica
deverá ser considerada nos casos
duvidosos.
Histoplasmose
disseminada (localizada
em quaisquer órgãos que
não seja exclusivamente
em pulmão ou linfonodos
cervicais/hilares)
Inspeção microscópica (por histologia
ou citologia); pesquisa direta
ou cultura em material obtido
diretamente do tecido afetado ou de
uidos desse tecido; ou detecção de
antígeno especí co (sangue ou líquor).
(cont.) QUADRO 8
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS DAS DOENÇAS, SINAIS OU SINTOMAS
INDICATIVOS DE AIDS DE CARÁTER GRAVE
37
PARTE II | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em crianças
40
DOENÇAS, SINAIS
OU SINTOMAS
DIAGNÓSTICO DEFINITIVO DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO
Infecções bacterianas
graves e recorrentes
(pelo menos 2 episódios
no intervalo de 2
anos, con rmados
bacteriologicamente):
sepse, pneumonia,
meningite, osteoartrites,
abscessos de orgãos
internos
Qualquer combinação de pelo menos
duas (2) dessas infecções con rmadas
por cultura de material obtido
diretamente do tecido afetado ou de
uidos desse tecido.
Isosporidiose intestinal
crônica, por um período
superior a um (1) mês
Inspeção microscópica direta em fezes.
Leucoencefalopatia
multifocal progressiva
(vírus JC, um poliomavírus)
Inspeção microscópica por histologia
ou citologia) em material obtido
diretamente do tecido afetado ou de
uidos desse tecido.
Tomogra a Computadorizada ou
Ressonância Nuclear Magnética com
múltiplas lesões hipodensas não
captantes de contraste na substância
branca subcortical do sistema
nervoso central sem efeito de massa
(edema).
Linfoma não-Hodgkin
de células B (fenótipo
imunológico desconhecido)
e outros linfomas dos
seguintes tipos histológicos:
Linfoma maligno
de células grandes ou
pequenas não clivadas (tipo
Burkitt ou não-Burkitt)
Linfoma maligno
imunoblástico sem outra
especi cação (termos
equivalentes: sarcoma
imunoblástico, linfoma
maligno de células grandes
ou linfoma imunoblástico)
Inspeção microscópica (histologia
ou citologia) em material obtido
diretamente do tecido afetado ou de
uidos desse tecido.
Linfoma primário do
cérebro
Inspeção microscópica por histologia
ou citologia em material obtido
diretamente do tecido afetado ou de
uidos desse tecido.
Pneumonia por
Pneumocystis carinii
Inspeção microscópica direta em
escarro (induzido ou não), em lavado
broncoalveolar ou em outros uidos
do trato respiratório; ou por histologia
ou citologia em material obtido
diretamente do pulmão.
Histórico de dispnéia de esforço ou
de tosse não produtiva com início
nos últimos três (3) meses associado
à radiogra a de tórax com evidência
de in ltrado intersticial difuso
bilateral e de hipoxemia
(PaO
2
< 60 mmHg), na ausência de
evidência de pneumonia bacteriana
(prova terapêutica é su ciente).
(cont.) QUADRO 8
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS DAS DOENÇAS, SINAIS OU SINTOMAS
INDICATIVOS DE AIDS DE CARÁTER GRAVE
38
PARTE II | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em crianças
41
(cont.) QUADRO 8
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS DAS DOENÇAS, SINAIS OU SINTOMAS
INDICATIVOS DE AIDS DE CARÁTER GRAVE
DOENÇAS, SINAIS
OU SINTOMAS
DIAGNÓSTICO DEFINITIVO DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO
Qualquer micobacteriose
disseminada em órgãos
outros que não o pulmão,
pele ou linfonodos
cervicais/hilares (exceto
tuberculose ou hanseníase)
Cultura de material obtido
diretamente do tecido afetado ou de
uidos desse tecido.
Inspeção microscópica direta (pesquisa
de bacilo álcool-ácido resistente -
BAAR) de fezes, de material obtido
diretamente do tecido afetado ou de
uidos estéreis desse tecido (de órgãos
outros que não sejam o pulmão, pele
ou linfonodos cervicais/hilares).
Sarcoma de Kaposi Inspeção microscópica (histologia
ou citologia) em material obtido
diretamente do tecido afetado.
Reconhecimento macroscópico
de nódulos, tumorações ou
placas eritematosas ou violáceas
características na pele
e/ou mucosas por pro ssional
experiente.
Sepse recorrente por
bactérias do gênero
Salmonella (não tifóide)
Hemoculturas ou cultura de material
obtido diretamente do tecido afetado
ou de uidos desse tecido.
Síndrome de Emaciação
(AIDS Wasting Syndrome)
a) Perda involuntária e persistente
de peso superior a 10% do peso
habitual ou alteração na curva de
crescimento de dois (2) quartis
acompanhada por diarréia crônica
caracterizada por pelo menos duas
(2) evacuações diarréicas por dia
por mais de trinta (30) dias; e
b) Astenia crônica acompanhada
por febre com duração superior
a um (1) mês (intermitente ou
constante).
Toxoplasmose cerebral
em crianças com mais
de um (1) mês de idade
Inspeção microscópica (histologia
ou citologia) em material obtido
diretamente do tecido afetado ou
de uidos desse tecido.
Histórico de síndrome clínica
neurológica focal de início recente
compatível com lesão intracraniana
ou redução do nível de consciência
associada à imagem de lesão
cerebral com efeito de massa
(ressonância nuclear magnética
ou tomogra a computadorizada
com ou sem injeção de meio de
contraste - captação anelar) e/ou
sorologia ou prova terapêutica
positiva.
39
PARTE II | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em crianças
42
(cont.) QUADRO 8
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS DAS DOENÇAS, SINAIS OU SINTOMAS
INDICATIVOS DE AIDS DE CARÁTER GRAVE
DOENÇAS, SINAIS
OU SINTOMAS
DIAGNÓSTICO DEFINITIVO DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO
Tuberculose disseminada
ou extrapulmonar
Inspeção microscópica (histologia ou
citologia), pesquisa direta, cultura
ou detecção de antígeno em material
obtido diretamente do tecido afetado ou
de uidos desse tecido.
Tuberculose disseminada
diagnosticada por padrão radiológico
sugestivo (miliar, in ltrado
intesticial não cavitário e/ou
inspeção microscópica por pesquisa
de BAAR em material obtido do
trato respiratório, ou tuberculose
extrapulmonar diagnosticada em
material obtido de tecido afetado.
Notas Explicativas
Não estão incluídos os linfomas de células T (fenótipo imunológico), de tipo
histológico “não descrito” ou descrito como “linfocítico”, “linfoblástico”, “células
pequenas não clivadas” ou “linfoplasmocítico”.
No ANEXO I, poderão ser observados os termos equivalentes e os códigos numéricos
usados na Classi cação Internacional de Doenças para Oncologia CID–O, 3ª edição.
40
PARTE II | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em crianças
43
Critério excepcional óbito
em menores de treze (13) anos de idade
Será considerado como caso de aids, para ns de vigilância epidemiológica, todo indivíduo
com menos de treze (13) anos de idade em cuja Declaração de Óbito (DO):
 Haja menção a aids/sida ou termos equivalentes (por exemplo, síndrome da
imunode ciência adquirida, imunode ciência adquirida) em algum dos campos de
preenchimento, e que após investigação epidemiológica não possa ser descartado ou
enquadrado no critério CDC Adaptado (investigação epidemiológica inconclusiva).
OU
 Haja menção a infecção pelo HIV ou termos equivalentes em algum dos campos
de preenchimento, além de doença(s) associada(s) à infecção pelo HIV, e que após
investigação epidemiológica não possa ser descartado ou enquadrado no critério CDC
Adaptado (investigação epidemiológica inconclusiva).
Notas Explicativas
1. Quando houver a de nição de caso pelo critério excepcional óbito, a data do
diagnóstico corresponderá à data de ocorrência do óbito.
2. Deve-se sempre tentar, pela investigação epidemiológica, obter os dados clínicos e
laboratoriais necessários à classi cação do caso no critério principal (CDC Adaptado).
Caso haja a reclassi cação do caso nesse critério, a data do diagnóstico poderá ser
reti cada.
3. No processo de investigação a partir das DO, pode haver a exclusão da aids como
sendo a causa básica do óbito, quando forem identi cadas outras causas de
imunode ciência e não houver evidência da infecção pelo HIV.
4. Quando em algum dos campos de preenchimento da DO houver menção a alguma
doença indicativa de imunode ciência mas não houver registro da infecção pelo HIV
ou da aids, deve-se realizar também investigação epidemiológica com a nalidade
41
PARTE II | Critérios de Defi nição de Caso de Aids em crianças
44
de se obterem dados clínicos e/ou laboratoriais adicionais necessários para a
classi cação do caso como aids. Nessa situação, também deverão ser excluídas
outras causas de imunode ciência e avaliada a possibilidade de investigação da
situação sorológica da mãe em relação à infecção pelo HIV.
5. Outras causas de imunode ciência: a) tratamento prolongado com corticosteróides
ou doses elevadas de corticosteróides (esquemas imunodepressores) três (3) meses
antes do início da doença indicativa de aids; b) outros tratamentos imunodepressores
(quimioterapia antineoplásica, radioterapia, etc.); c) presença de pelo menos uma
(1) dessas doenças: doença de Hodgkin, leucemia linfocítica, mieloma múltiplo e
qualquer outro câncer do tecido histiocítico ou linforeticular, ou linfadenopatia
angioimunoblástica; d) síndrome de imunode ciência genética (congênita) ou um
estado de imunode ciência atípico da infecção pelo HIV, tal como aquela envolvendo
hipogamaglobulinemia.
42
PARTE III
ANEXOS
PARTE III anexos
47
ANEXO 1
Linfomas indicativos de aids com termos equivalentes e códigos
da classifi cação internacional de doenças para oncologia
Os seguintes termos e códigos descrevem linfomas indicativos de aids em pacientes com
evidência laboratorial de infecção pelo HIV.
Os códigos identifi cados são da Classifi cação Internacional de Doenças
para Oncologia – CID- O, 3ª edição
CÓDIGOS TERMOS
M9590/3 xLinfoma maligno, sem outra especi cação
xLinfoma, sem outra especi cação
M9591/3 xReticulossarcoma, sem outra especi cação
xReticulossarcoma difuso
xSarcoma de células reticulares, sem outra especi cação
xSarcoma difuso de células reticulares
xReticulossarcoma tipo pleomorfo
xSarcoma de células reticulares tipo pleomorfo
M9680/3 xLinfoma maligno, de células grandes não clivadas, difuso
xLinfoma maligno de células grandes não clivadas, sem outra especi cação
xLinfoma maligno, não clivado, difuso, sem outra especi cação
xLinfoma maligno, não clivado, sem outra especi cação
M9680/3 xLinfoma maligno, centroblástico, difuso
xLinfoma maligno centroblástico, sem outra especi cação
M9684/3 xLinfoma maligno imunoblástico, sem outra especi cação
xLinfoma maligno de células grandes, imunoblástico
xSarcoma imunoblástico
M9591/3 xLinfoma maligno difuso de células pequenas não clivadas, difuso
xLinfoma maligno de tipo celular indiferenciado, sem outra especi cação
xLinfoma maligno não-Burkitt, de células indiferenciadas
M9687/3 xLinfoma de Burkitt, sem outra especi cação
xLinfoma maligno tipo Burkitt de células pequenas não clivadas, difuso
xLinfoma maligno indiferenciado, tipo Burkitt
xTumor de Burkitt
Classi cação Internacional de Doenças para Oncologia – CID-O, 3
a
edição,
Editora da Universidade de São Paulo, 2004.
45
48
PARTE III anexos
ANEXO 2
Aids e Infecção pelo HIV
na Classifi cação Internacional de Doenças (10
a
revisão)
B20 Doença pelo vírus da imunode ciência humana [HIV],
resultando em doenças infecciosas e parasitárias
Exclui:
Síndrome aguda de infecção por HIV (B23.0)
B20.0 - Doença pelo HIV resultando em infecções micobacterianas
Doença pelo HIV resultando em tuberculose
B20.1 - Doença pelo HIV resultando em outras infecções bacterianas
B20.2 - Doença pelo HIV resultando em doença citomegálica
B20.3 - Doença pelo HIV resultando em outras infecções virais
B20.4 - Doença pelo HIV resultando em candidose
B20.5 - Doença pelo HIV resultando em outras micoses
B20.6 - Doença pelo HIV resultando em pneumonia por Pneumocystis carinii
B20.7 - Doença pelo HIV resultando em infecções múltiplas
B20.8 - Doença pelo HIV resultando em outras doenças infecciosas e parasitárias
B20.9 - Doença pelo HIV resultando em doença infecciosa ou parasitária não especi cada
Doença pelo HIV resultando em infecção SOE
B21 Doença pelo vírus da imunode ciência humana [HIV],
resultando em neoplasias malignas
B21.0 - Doença pelo HIV resultando em sarcoma de Kaposi
B21.1 - Doença pelo HIV resultando em linfoma de Burkitt
B21.2 - Doença pelo HIV resultando em outros tipos de linfoma não-Hodgkin
B21.3 - Doença pelo HIV resultando em outras neoplasias malignas dos tecidos linfático,
hematopoético e correlatos
B21.7 - Doença pelo HIV resultando em múltiplas neoplasias malignas
B21.8 - Doença pelo HIV resultando em outras neoplasias malignas
B21.9 - Doença pelo HIV resultando em neoplasia maligna não especi cada
B22 Doença pelo vírus da imunode ciência humana [HIV]
resultando em outras doenças especi cadas
B22.0 - Doença pelo HIV resultando em encefalopatia
Demência pelo HIV
B22.1 - Doença pelo HIV resultando em pneumonite intersticial linfática
B22.2 - Doença pelo HIV resultando em síndrome de emaciação
Doença pelo HIV resultando em insu ciência de crescimento
Síndrome caquética por infecção pelo HIV (slim disease)
B22.7 - Doença pelo HIV resultando em doenças múltiplas classi cadas em outra parte
46
PARTE III anexos
49
B23 Doença pelo vírus da imunode ciência humana [HIV]
resultando em outras doenças
B23.0 - Síndrome de infecção aguda pelo HIV
B23.1 - Doença pelo HIV resultando em linfadenopatias generalizadas (persistentes)
B23.2 - Doença pelo HIV resultando em anomalias hematológicas e imunológicas não classi cadas em
outra parte
B23.8 - Doença pelo HIV resultando em outras afecções especi cadas
B24 Doença pelo vírus da imunode ciência humana [HIV]
não especi cada
B24 - Doença pelo vírus da imunode ciência humana [HIV] não especi cada
AIDS-related complex [ARC] SOE
Síndrome de imunode ciência adquirida [SIDA] [AIDS] SOE
F02.4 Demência na doença do vírus da imunode ciência
humana [HIV] (B22.0)
NOTA: demência que se desenvolve no curso da doença pelo HIV, na ausência de qualquer outra
doença ou infecção concomitante que possa explicar a presença das características clínicas
R75 Evidência laboratorial do vírus da imunode ciência humana [HIV]
Teste para HIV não conclusivo para crianças
Exclui:
Doença devida ao vírus da imunode ciência humana [HIV] (B20-B24)
Soropositividade assintomática ao HIV (Z21)
Z11.4 Exame especial de rastreamento do vírus da imunode ciência humana [HIV]
Z20.6 Contato com e exposição ao vírus da imunode ciência humana [HIV]
Exclui:
Estado de infecção assintomática pelo vírus da imunode ciência humana [HIV]
Z21 Estado de infecção assintomática pelo vírus da imunode ciência humana [HIV]
HIV positivo SOE
Exclui:
Contato com e exposição ao vírus da imunode ciência humana [HIV] (Z20.6)
Doença pelo vírus da imunode ciência humana [HIV] (B20-B24)
Evidência laboratorial do vírus da imunode ciência humana [HIV] (R75)
Z71.7 Aconselhamento a propósito do vírus da imunode ciência humana [HIV]
Z83.0 História familiar de doença pelo vírus da imunode ciência humana [HIV]
Afecções classi cáveis em B20-B24
47
ANEXO 3
Fichas de Notifi cação/Investigação de Aids
Pacientes Menores de 13 Anos e Pacientes com 13 anos ou mais)
48
49
50
51
Organização, redação e revisão:
Alberto Novaes Ramos Jr. (UFC)
Antonio José Costa Cardoso (PN DST/AIDS - SVS - MS)
Carmen de Barros Correia Dhalia (PN DST/AIDS - SVS - MS)
Dráurio Barreira (PN DST/AIDS - SVS - MS)
Eliana Amaral (UNICAMP)
Jorge Andrade Pinto (UFMG)
Naila Janilde Seabra Santos (CRT/SP)
Regina Celia de Menezes Succi (UNIFESP/SP)
Técnicos da Unidade de Epidemiologia
que participaram da elaboração do Manual:
Antonio José Costa Cardoso
Carmen de Barros Correia Dhalia
Dráurio Barreira
Leidijany Costa Paz
Marcelo Felga de Carvalho
Maria Fernanda Sardella Alvim
Maria Goretti Pereira Fonseca Medeiros
Rozidaili dos Santos Santana
Assessores do Comitê de Epidemiologia
que participaram da elaboração do Manual:
Alberto Enildo de Oliveira M. da Silva (SMS de RECIFE/PE)
Alberto Novaes Ramos Jr (UFC)
Ana Maria de Brito (UPE)
Jair Ferreira (UFRS)
Lilian de Mello Lauria (SMS do RIO DE JANEIRO/RJ)
Luiza Harunari Matida (CRT/SP)
Maria Amélia de Sousa Mascena Veras (EMÍLIO RIBAS/SP)
Maria Ines Costa Dourado (UFBA)
Naila Janilde Seabra Santos (CRT/SP)
Sirlene Caminada (CRT/SP)
Outros Colaboradores:
Carlos Mello de Capitani (SMS de SÃO SEBASTIÃO/SP)
Cássia Maria Buchalla (CBCD)
Déa Susana Miranda Gaio (SMS de PORTO ALEGRE/RS)
Delmason Soares Barbosa de Carvalho (CGIAE – SVS - MS)
Edvaldo da Silva Souza (IMIP/PE)
Jorge Andrade Pinto (UFMG)
Josué Nazareno de Lima (PN DST/AIDS - SVS - MS)
Kátia Regina Valente de Lemos (SÉS - RJ)
Maria Lúcia de Moraes Bourroul (PROAIM - SP)
Representantes de Sociedades:
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia
e Obstetrícia (FEBRASGO):
Eliana Amaral (UNICAMP)
Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DST):
Eliana Amaral (UNICAMP)
Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI):
Celso Ferreira Ramos Filho (UFRJ)
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT):
Unaí Tupinambás (UFMG)
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP):
Regina Celia de Menezes Succi (UNIFESP/SP)
Elaboração do Manual
Programa Nacional de DST e Aids
Diretor: Alexandre Grangeiro
Responsável pela Unidade de Epidemiologia:
Dráurio Barreira
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
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