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não fosse possível a compra do material pedido em alumínio, poderiam ser substituídos por
idênticos em ágata.
Para o vestuário na Cidade de Menores “Getúlio Vargas”, foram solicitados, para o
Pavilhão de observação e Pavilhão Lar, lençóis de algodão, cobertores de algodão, fronhas,
toalhas para banho, para rosto, cobertores para inverno, pijamas, uniformes diários, uniformes
para saída, macacão para trabalho, toalhas para doze mesas, toalhas para copa e cozinha. Para
o Pavilhão Hospital, foram pedidos lençóis de algodão, cobertores de algodão, fronhas,
toalhas de banho, rosto, cobertores para inverno e toalhas de mão para serviço médico e
dentário. Os calçados deveriam atender o número de entradas dos menores, razão de dois
pares para cada um deles, sendo um dos pares, uma alparcata. Para os funcionários residentes,
lençóis, cobertores, fronhas, toalhas para banho e para rosto.
Com a proximidade da inauguração da Cidade de Menores, foi enviado para o
Secretário Geral do Estado o esboço orçamentário para o seu funcionamento
95
. De acordo
com o Relatório do Serviço Social, a prioridade dos gastos deveriam ser com alimentação
96
,
por se tratar de uma população sub-alimentada, desvitaminada e, diante deste fato, a
instituição deveria oferecer nutrição sadia, com o coeficiente energético capaz de cobrir o
déficit orgânico e restaurar o biótipo. Também deveria se investir na farmácia, pois o menor
desajustado, chegaria à instituição com enfermidade física; conforme discurso da Diretoria do
Serviço, poderia desarmonizar o psiquismo, necessitando de um “verdadeiro expurgo,
especialmente da verminose, do paludismo, da sífilis e da tuberculose. (...) inimigo constante
a combatermos”
97
.
As despesas financeiras com o laboratório de pesquisas clínicas
98
seriam em drogas,
vidrarias e outros acessórios. No gabinete dentário
99
, deveriam constar medicamentos,
material como cimento, porcelana e outros de constante uso diário. Estas despesas e a
necessidade de verbas fixas iam crescendo quanto mais se aproximava da inauguração. Para
constituir uma biblioteca especializada
100
, que atendesse às necessidades do Serviço, além de
livros, deveria também manter assinaturas de revistas estrangeiras e nacionais.
95
SERGIPE. Ofício n. 503 expedido pela Diretoria de Assistência Social a Menores Abandonados e
Delinqüentes ao Secretário Geral do Estado Francisco Leite Neto. Aracaju, 1 de outubro de 1942.
96
“Valor da verba de 8: 000 $ 000 (oito mil contos de contos de réis) mensais.” Idem, p. 2
97
“Nossa verba não poderá ser inferior a 6000$000 (seiscentos mil réis) mensais.” Ibidem. p. 3
98
“Verba mensal de 300$000 (trezentos mil réis).” SERGIPE. Ofício n. 503 expedido pela Diretoria de
Assistência Social a Menores Abandonados e Delinqüentes ao Secretário Geral do Estado Francisco Leite Neto.
Aracaju, 1 de outubro de 1942, p. 3
99
“Uma verba também não inferior a 300$000 (trezentos mil réis).” Idem, p. 4.
100
“Como livros, revistas e jornais, tinham o preço elevado atual, requerem uma verba anual de 5:000$000
(cinco contos de réis).” SERGIPE. Ofício n. 503 expedido pela Diretoria de Assistência Social a Menores