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Schneider e Finger (1993) estudaram a influência da intensidade de desbaste
sobre o desenvolvimento da altura média e dominante de povoamentos de Pinus
elliottii, submetidos a 4 (quatro) tratamentos de desbastes 25, 50 e 75 % da área
basal da testemunha sem desbaste, além da testemunha sem desbaste. Os
resultados obtidos permitiram concluir que a intensidade do desbaste influi no
desenvolvimento da altura média e, não, no da altura dominante.
Com base no incremento das árvores remanescentes após o desbaste,
Assmann (1968) definiu três valores característicos de área basal, ou seja: a área
basal máxima, que ocorre quando o povoamento obtém a maior área basal para o
sítio sobre um período com lotação total por hectare, podendo ser determinada para
povoamentos não desbastados; área basal ótima sobre um período, onde o mais
alto valor de incremento volumétrico pode ser alcançado em um período de
crescimento; área basal crítica sobre um período no qual se atingiu cerca de 95% do
incremento máximo potencial, ou seja, 5% a menos que o obtido na área basal ótima
de um sítio.
Glufke (1996) estudou o crescimento em volume de um povoamento de
Pinus elliottii, no município de Ponte Alta do Norte-SC, submetido a três níveis
de desbastes, com base na área basal da parcela testemunha não desbastada.
Para tanto, estudou as áreas basais máximas, ótima e crítica, a relação
hipsométrica e o desenvolvimento dos incrementos corrente anual, médio
anual e periódico do volume, obtendo-se como resultados a determinação do
grau de estoqueamento crítico, nos diferentes períodos de desenvolvimento do
povoamento, sendo este de 0,76 para o período de 7,5-10,5 anos; 0,80 para o
período de 10,5-13,5 anos; 0,87 para o período de 13,5-16,5 anos; 0,90 para
o período de 16,5-19,5 anos; 0,91 para o período de 19,5 a 25,5 anos e de
0,87 para o período total de estudo (7,5 - 25,5 anos). A perda de produção no
tratamento T1 (desbaste de 25% da área basal da testemunha) foi de 9%, no
tratamento T2 (desbaste de 50% da área basal da testemunha) foi de 20% e
no tratamento T3 (desbaste de 75% da área basal da testemunha) foi de 54%.
Como um indicador e determinante da prática silvicultural de desbaste
ou como medida de densidade, a área basal deve ser utilizada segundo alguns
critérios, ou seja, não deve ser tomada logo após o desbaste, pois poderá não
refletir o real crescimento do povoamento. Para isto, Assmann (1968),
recomenda o cálculo da área basal média mantida (m.G.h.). Afirma que, em