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procurado estabelecer diferenças entre forrageiras quanto a sua exigência e/ou
eficiência de uso do P, bem como o desenvolvimento das espécies quando em
presença da aplicação de doses desse elemento. Por outro lado, a exigência de P
para uma determinada espécie vegetal varia de solo para solo, conforme os
resultados de alguns trabalhos que procuraram relacionar características dos solos
com os níveis críticos de P nos mesmos para as plantas forrageiras. (REGO et al,
1985; FONSECA, 1987 GUSS, 1988; MEIRELLES et al. 1988 ).
A relação entre as quantidades de P recuperadas do solo com as doses
adicionadas varia com a localização do adubo e, conseqüentemente, também
devem variar os valores dos níveis críticos. Assim, a forma de amostragem do solo
para análise, quando se faz a aplicação localizada do P, torna-se muito importante,
uma vez que o resultado da análise não deve expressar apenas a disponibilidade do
nutriente representativa do volume de solo, mas também aquela que se relacione
com a resposta da cultura.
A produção de Matéria Seca Total, perfilhos e emissão de folhas também
varia de acordo com a espécie e/ou cultivar. Espécies ou cultivares com alta
velocidade de surgimento de folhas possuem numerosos perfilhos (LEMAIRE, 1991).
Martinez (1980), utilizando doses crescentes de adubo fosfatado em mg/l de
solução verificaram significativos incrementos na produção de matéria seca no
capim colonião, principalmente da parte aérea que obteve os melhores ganhos na
produção, como aumento das raízes e também aumento no número de perfilhos.
Verificaram que com o aumento das doses aumentou-se linearmente a concentração
desse elemento na parte aérea.
Tanto Correa (1991) como Meirelles (1988) utilizando doses crescentes de P
na medida de µg cm
-³
, verificaram significativos incrementos na produção de matéria
seca, perfilhamento e teor de fósforo na forrageira.
O O intervalo de cortes é um dos fatores de manejo que determina a produção
e a qualidade da forragem. Cortes a intervalos menores resultam em baixa produção
de matéria seca, mas de melhor valor nutritivo, quando comparado a intervalos
maiores, os quais proporcionam produções mais elevadas de matéria seca, porém
de qualidade inferior (ALVIM et al. 2000). Além disso, esse intervalo pode interferir
na persistência das forrageiras, uma vez que, adotando manejo indevido, a
população de plantas forrageiras diminui e a de invasoras aumenta (CANTO et al.
1984). O crescimento e o desenvolvimento do sistema radicular das plantas sofrem