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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE
GENÓTIPOS DE ARROZ CULTIVADO (Oryza sativa
L.) E DE BIÓTIPOS DE ARROZ VERMELHO (Oryza
sativa L.).
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Simone Michelon
PPGA
Santa Maria, RS, Brasil
2006
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CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE GENÓTIPOS DE
ARROZ (Oryza sativa L.) E DE BIÓTIPOS DE ARROZ
VERMELHO (Oryza sativa L.).
por
Simone Michelon
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado do Programa de Pós-graduação em
Agronomia, Área de concentração em Produção Vegetal, da Universidade Federal
de Santa Maria (UFSM, RS), com requisito parcial para obtenção do grau de
Mestre em Agronomia
Orientador: Prof. Nereu Augusto Streck
Santa Maria, RS, Brasil
2006
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Michelon, Simone, 1979-
M623c
Crescimento e desenvolvimento de genótipos de arroz cultivado
(Oryza sativa L.) e de biótipos de arroz vermelho (Oryza sativa L.) /
por Simone Michelon ; orientador Nereu Augusto Streck. – Santa
Maria, 2006
92 f. : il.
Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Santa Maria, Centro
de Ciências Rurais, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, RS,
2006.
1. Agronomia 2. Oryza sativa 3. Fenologia 4. Planta daninha
I. Streck, Nereu Augusto, orient. II. Título
CDU: 633.18.03
Ficha catalográfica elaborada por
Luiz Marchiotti Fernandes – CRB 10/1160
Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Rurais/UFSM
© 2006
Todos os direitos autorais reservados a Simone Michelon. A reprodução de partes
ou do todo deste trabalho só poderá ser com autorização por escrito do autor.
Endereço: Av. Tuparendi, n.2096, Bairro Alto do Parque, Santa Rosa, RS, 98900-
000
Fone (055)5599110458 ou 5599645696; End. Eletr:[email protected]
4
Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Ciências Rurais
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
A comissão Examinadora, abaixo assinada,
aprova a Dissertação de Mestrado
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE GENÓTIPOS DE ARROZ
(Oryza sativa L.) E DE BIÓTIPOS DE ARROZ VERMELHO (Oryza
sativa L.).
Elaborada por
Simone Michelon
Com requisito parcial para obtenção do grau de
Mestre em Agronomia
COMISSÃO EXAMINADORA:
Nereu Augusto Streck, Dr.
(Presidente Orientador)
Sérgio Iraçu Gindri Lopes, Dr. (IRGA)
Leandro Souza da Silva, Dr. (UFSM)
Santa Maria, 10 de fevereiro de 2006
6
A Deus pela vida, a meus pais Ivo Antonio
Michelon e Eleni Terezinha Pereira Michelon,
aos meus irmãos Hércules, Moisés e Diego
Michelon e ao meu noivo Paulo César Vione.
Dedico...
7
AGRADECIMENTOS
A Deus por sempre estar comigo, principalmente nos momentos de tristeza,
solidão e dificuldade.
A Universidade Federal de Santa Maria e ao Programa de Pós-Graduação
em Agronomia, pela oportunidade da realização do mestrado.
A CAPES, pela concessão da bolsa de mestrado.
Ao professor Nereu Augusto Streck, pela orientação, amizade e pelos
conhecimentos transmitidos.
Aos professores Nelson Diehl kruse, Leandro Souza da Silva e Sidinei José
Lopes pela co-orientação amizade e colaboração no desenvolvimento do trabalho.
Ao pesquisador Elio Marcolin do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA)
pela grande colaboração para o desenvolvimento do trabalho.
Aos professores do Departamento de Fitotecnia, pela atenção e amizade.
Aos funcionários do Departamento de Fitotecnia pela ajuda na condução dos
experimentos e pela amizade.
As amigas Rejane Cristina Roppa Kuss, Lia Reininger, Jana Koefender e
Ivonete Tazzo, pela amizade e carinho em momentos de dificuldade.
Aos amigos Hamilton Telles Rosa, Lidiane Cristine Walter e Leosane
Cristina Bosco pela grande ajuda durante o mestrado e amizade.
E a todos os amigos da Fitotecnia pela amizade, descontração e
esclarecimentos das dúvidas durante o trabalho.
Obrigada !
8
RESUMO
Dissertação de mestrado
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE GENÓTIPOS DE ARROZ (Oryza sativa L.) E
DE BIÓTIPOS DE ARROZ VERMELHO (Oryza sativa L.).
AUTORA: Simone Michelon
ORIENTADOR: Nereu Augusto Streck
Local e data da defesa: Santa Maria, 10 de fevereiro de 2006
O arroz (Oryza sativa L.) faz parte da dieta básica de em torno de 50% da população
mundial. Portanto, pesquisa com esta espécie tem o potencial de afetar o bem-estar de um
considerável número de pessoas. A soma térmica é um método simples e é uma melhor
medida de tempo biológico do que dias do calendário civil ou dias após a semeadura, mas
tem recebido críticas. Uma das metas do melhoramento genético de arroz no Sul do Brasil
ao longo dos últimos 40 anos foi modificar a duração do ciclo de desenvolvimento das
cultivares. Em geral, o ciclo de desenvolvimento foi encurtado, com o objetivo de aumentar a
competição com o arroz vermelho e diminuir o banco de sementes desta invasora, a
principal espécie competidora nas lavouras orizícolas. Caracterizar o crescimento e
desenvolvimento de biótipos de arroz vermelho pode ajudar no seu controle e no
melhoramento para aumentar a competitividade do arroz cultivado com esta invasora. O
trabalho teve como objetivos: determinar a soma térmica de fases do ciclo de
desenvolvimento da escala de Counce em algumas cultivares Sul Brasileiras de arroz
irrigado, utilizando-se diferentes métodos de cálculo e diferentes temperaturas cardinais ao
longo do ciclo de desenvolvimento; determinar se a duração do ciclo de desenvolvimento de
arroz tem relação com o número final de folhas e com a velocidade de aparecimento de
folhas no colmo principal; quantificar os parâmetros de crescimento e desenvolvimento mais
utilizados de dois biótipos de arroz vermelho e compará-los com algumas cultivares Sul
Brasileiras de arroz irrigado. Experimentos de campo durante duas safras agrícolas
(2003/2004) e (2004/2005) foram conduzidos na área experimental do Departamento de
Fitotecnia da Universidade Federal de Santa Maria, RS, com 5 épocas de semeadura em
cada ano agrícola. As plantas de arroz foram cultivadas em baldes com capacidade de 12
litros preenchidos com solo do local e enterrados. O delineamento experimental foi
inteiramente casualizado, com 4 repetições. As cultivares utilizadas foram IRGA 421, IRGA
416, IRGA 417, IRGA 420, BR-IRGA 409, BRS 7 TAIM, EPAGRI 109, EEA 406, um
HÍBRIDO e dois biótipos de arroz vermelho, um biótipo com grãos casca preta e aristado
(AVCPA) e o outro biótipo com casca amarela e aristado (AVCAA). As datas de ocorrência
dos principais estágios de desenvolvimento do arroz no colmo principal, segundo a escala
de Counce, foram determinadas. Mediu-se em cinco plantas/balde, a área foliar (AF) final
da primeira, sexta, décima, décima segunda, décima quarta folha e folha bandeira, do colmo
principal, a estatura final de planta, o comprimento da panícula, o filocrono, o número final
de folhas no colmo principal e o perfilhamento. Verificou-se que a soma térmica varia com a
cultivar, com a época de semeadura e com o método de cálculo. Ainda assim, a soma
térmica é um melhor descritor de tempo biológico do que dias do calendário civil em arroz.
Recomenda-se usar as três temperaturas cardinais de desenvolvimento constantes durante
ciclo de desenvolvimento no cálculo da soma térmica. O encurtamento do ciclo das
cultivares de arroz é devido à diminuição do número final de folhas no colmo principal e não
à mudança de velocidade de aparecimento das folhas. Em geral o ciclo de desenvolvimento
dos biótipos de arroz vermelho foi similar às cultivares precoces e médias. A área das
folhas, estatura, filocrono e número final de folhas no colmo principal foi maior nos biótipos
de arroz vermelho do que nos genótipos modernos de arroz cultivado. Já o perfilhamento
dos biótipos de arroz vermelho em geral foi similar aos genótipos cultivados.
Palavras-chaves:Fenologia, Oryza sativa L., Planta daninha.
9
ABSTRACT
MASTER thesis
Graduation Program in Agronomy
Universidade Federal de Santa Maria – RS, Brazil
Growth and development of cultivated Rice (Oryza sativa L.) genotypes and Red rice
(Oryza sativa L.) biotypes.
AUTHOR: Simone Michelon
ADIVISOR: Nereu Augusto Streck
Location and date of presentation: Santa Maria, frebruary 10
th
, 2006
Rice (Oryza sativa L.) constitutes the staple food of about half of the world`s population.
Therefore, research on this crop has the potential of affecting the well being of a
considerable number of people worldwide. Thermal time is a wide used method to tell time in
plants, but this time concept is open to criticism. One of the goals of rice breeding programs
in Southern Brazil during the last 40 years has been to modify the developmental cycle of the
genotypes. In general, the developmental cycle was shortened to increase rice
competitiveness with red rice and decrease soil seed bank of red rice, the major weed of rice
pads. Characterizing growth and developmental of red rice biotypes may help in control
strategies and breeding programs to enhance competitiveness of cultivated rice with red rice.
This study had the following objectives: to determine the thermal time of developmental
phases of the Counce scale in some rice cultivars grown in Southern Brazil using different
calculation methods and different cardinal temperatures throughout the developmental cycle;
and to quantify if the duration of rice developmental cycle has any relations hip with main
stem final leaf number and with main stem leaf appearance rate; to quantify some growth
and developmental parameters of two red rice biotypes and compare them with cultivated
rice genotypes. Field experiments were carried out at Santa Maria, RS, Brazil, during two
growing seasons (2003/2004 and 2004/2005) and five sowing dates each year. Plants were
grown in 12 L pots in a completely randomized design. The following genotypes were used:
IRGA 421, IRGA 416, IRGA 417, IRGA 420, BR IRGA 409, BRS 7 TAIM, EPAGRI 109, EEA
406, a HYBRID, and two red rice biotypes (awned black haul, and awned yellow haul). The
date of major developmental stages of the Counce scale, leaf area, panicle length, plant
height, phyllochron, main stem final leaf number, and tillering were measured on five
plants/pot. Thermal time varied with cultivars, sowing date and calculation method, but still is
a better time descriptor than calendar days. It is recommended to use three constant cardinal
temperatures throughout the developmental cycle in the calculation of thermal time.
Shortening of rice developmental cycle is due to a decrease in main stem final leaf number
and not due to change in leaf appearance rate. In general red rice biotypes had a
developmental cycle similar to early and mid late genotypes, greater leaf area, greater plant
height, greater phyllochron, and greater main stem final leaf number than modern rice
genotypes. Tillering in red rice biotypes was also generally similar to cultivated rice
genotypes.
Key Words: Phenology, Oryza sativa L., Weed.
10
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - Datas de semeadura usadas no experimento.......................................49
TABELA 2 - Graus-dia (
o
C dia) do ciclo total de desenvolvimento (EM-R9) de
cultivares de arroz. Os valores correspondem à média de várias épocas de
semeadura em duas safras agrícolas. EM = emergência, R9 = maturação fisiológica.
Santa Maria, RS, 2003-2005......................................................................................49
TABELA 1 - Duração em ºC dia, das fases EM-R2, R2-R9 e ciclo total (EM-R9) de
genótipos de arroz cultivado e arroz vermelho. Santa Maria, RS, 2004-2005.
EM=Emergência; R2=Aparecimento do colar da folha bandeira; R9=Maturação
fisiológica...................................................................................................................69
TABELA 2 - Valores de quadrado médio (QM) do quadro de análise da variância
para diferentes parâmetros de crescimento e desenvolvimento de genótipos de
arroz cultivado e biótipos de arroz vermelho. Santa Maria, RS, Brasil,
2004/2005..................................................................................................................70
TABELA 3 - Diferentes parâmetros de crescimento e de desenvolvimento de
genótipos de arroz cultivado e biótipos de arroz vermelho quando não houve
interação entre genótipo e data de semeadura. Santa Maria, RS, Brasil,
2004/2005..................................................................................................................71
TABELA 4 - Diferentes parâmetros de crescimento e desenvolvimento de genótipos
de arroz cultivado e biótipos de arroz vermelho quando houve interação entre
genótipo e data de semeadura. Santa Maria, RS, Brasil, 2004/2005........................72
TABELA 5 - Diferentes parâmetros de crescimento e desenvolvimento de genótipos
de arroz cultivado e biótipos de arroz vermelho quando houve interação entre
genótipo e data de semeadura. Santa Maria, RS, Brasil, 2004/2005........................72
11
LISTA DE FIGURAS
CAPÍTULO I
FIGURA 1 - Representação gráfica dos três métodos de cálculo da soma térmica
diária (Método 1, Método 2, Método 3) usados no estudo. As temperaturas cardinais
(Tb, Tot e Tmax) são da fase de emergência ao aparecimento do colar da folha
bandeira (EM-R2): 11, 28 e 40°C. Santa Maria, RS, Brasil, 2003-2005....................34
FIGURA 2 - Duração do ciclo em dias do calendário civil e em soma térmica
acumulada (ºC dia) do ciclo total (EM-R9), utilizando os três métodos de cálculo
(STa
1
, STa
2
, STa
3
) com temperaturas cardinais constantes e diferentes ao longo do
ciclo de desenvolvimento de cultivares de arroz irrigado nas diferentes épocas de
semeadura nas safras agrícolas 2003/2004 e 2004/2005. Santa Maria, RS, Brasil. As
barras representam um desvio padrão da média.......................................................35
FIGURA 3 - Coeficiente de variação (CV%) para os três métodos de cálculo de
soma térmica (STa
1
, STa
2
, STa
3
), com temperaturas cardinais constantes e
diferentes, e para dias do calendário civil, do ciclo de desenvolvimento EM-R9 de
cultivares de arroz irrigado nas safras agrícolas 2003/2004 e 2004/2005. Santa
Maria, RS, Brasil. EM=Emergência, R9=Maturação
fisiológica...................................................................................................................36
FIGURA 4 - Soma térmica acumulada (
o
C dia) pelo método 3 (STa
3
), (média para
as cultivares e para épocas de semeadura), das fases de EM-R2 e R2-R9 do ciclo
de desenvolvimento de cultivares de arroz irrigado em cinco épocas de semeadura
para as safras agrícolas de 2003/2004 e 2004/2005. Santa Maria, RS,
Brasil.........................................................................................................................37
CAPÍTULO II
FIGURA 1 - Relação entre duração da fase EM-R2 e ciclo total EM-R9 (a, e),
relação entre duração da fase R2-R9 e ciclo total EM-R9 (b, f), relação entre número
final de folhas no colmo principal e duração da fase EM-R2 (c, g) e relação entre
filocrono e duração da fase EM-R2 (d, h) de arroz irrigado referente as safras
agrícolas de 2003/2004 e 2004/2005. Santa Maria, RS, Brasil. EM=emergência,
R2=aparecimento do colar da folha bandeira, R9=maturação fisiológica.................50
12
FIGURA 2 - Duração percentual e em ºC dia das fases vegetativa EM-R2 e
reprodutiva R2-R9 em relação ao ciclo total EM-R9 de cultivares de arroz irrigado.
Santa Maria, RS, 2003-2005. EM=emergência, R2=aparecimento do colar da folha
bandeira, R9=maturação fisiológica..........................................................................51
CAPÍTULO III
FIGURA 1 - Soma térmica acumulada (
o
C dia) da EM-R2 e R2-R9 com média de
todas as cultivares e médias de todas as épocas do ciclo de desenvolvimento de
genótipos de arroz irrigado e de dois biótipos de arroz vermelho em cinco épocas
de semeadura durante a safra agrícola 2004/2005. Santa Maria, RS, Brasil.
EM=Emergência, R2= Aparecimento do colar da folha bandeira, R9= todos os grãos
marrons, maturação fisiológica.................................................................................68
FIGURA 2 - Número de perfilhos/planta de cultivares de arroz irrigado e de dois
biótipos de arroz vermelho em cinco épocas de semeadura durante a safra agrícola
2004/2005. Santa Maria, RS, Brasil..........................................................................73
13
LISTA DE APÊNDICE
APÊNDICE A - Duração média, desvio padrão (DP) e coeficiente de variação (CV%)
das fases de emergência ao surgimento do colar da folha bandeira (EM-R2),
surgimento do colar da folha bandeira ao ponto de maturação fisiológica (R2-R9) e
ciclo total (EM-R9) de diferentes cultivares de arroz irrigado, em dias do calendário
civil, ºC dia calculado pelos diferentes métodos com temperaturas cardinais
constantes e tempo fototérmico durante o ciclo de desenvolvimento. Santa Maria,
RS, 2003/2004..........................................................................................................75
APÊNDICE B - Duração média, desvio padrão (DP) e coeficiente de variação (CV%)
nas fases de emergência ao surgimento do colar da folha bandeira (EM-R2),
surgimento do colar da folha bandeira ao ponto de maturação fisiológica (R2-R9) e
ciclo total (EM-R9) de diferentes cultivares de arroz irrigado, em dias do calendário
civil, ºC dia calculado pelos diferentes métodos
e tempo fototérmico, com temperaturas cardinais variando durante o ciclo de
desenvolvimento. Santa Maria, RS, 2003/2004........................................................77
APÊNDICE C - Duração média, desvio padrão (DP) e coeficiente de variação
(CV%) nas fases de emergência ao surgimento do colar da folha bandeira (EM-R2),
surgimento do colar da folha bandeira ao ponto de maturação fisiológica (R2-R9)e
ciclo total (EM-R9) de diferentes cultivares de arroz irrigado e dois biótipos de arroz
vermelho, em dias do calendário civil e ºC dia calculado pelos diferentes métodos
com temperaturas cardinais constantes durante o ciclo de desenvolvimento. Santa
Maria, RS, 2004/2005...............................................................................................79
APÊNDICE D - Duração média, desvio padrão (DP) e coeficiente de variação
(CV%) nas fases de emergência ao surgimento do colar da folha bandeira (EM-R2),
surgimento do colar da folha bandeira ao ponto de maturação fisiológica (R2-R9) e
ciclo total (EM-R9) de diferentes cultivares de arroz irrigado e dois biótipos de arroz
vermelho, em dias do calendário civil, ºC dia calculado pelos diferentes métodos e
tempo fototérmico com temperaturas cardinais variando durante o ciclo de
desenvolvimento. Santa Maria, RS, 2004/2005........................................................81
14
APÊNDICE E - Duração das fases de desenvolvimento da emergência ao
aparecimento do colar da folha bandeira (EM-R2), do aparecimento do colar da
folha bandeira ao emborrachamento (R2-EB), do emborrachamento ao
aparecimento da panícula (EB-R3), do aparecimento da panícula a antese (R3-R4),
da antese até um ou mais grãos farináceos (R4-R7), um ou mais grãos farináceos
até um ou mais grãos amarelos (R7-R8), um ou mais grãos amarelos até a
maturação fisiológica (R8-R9) de diferentes cultivares de arroz irrigado, em ºC dia
calculado pelos diferentes métodos com temperaturas cardinais constantes durante
o ciclo de desenvolvimento. Santa Maria, RS, 2003/2004. Época 1= 01/09/2003,
época 2=20/10/2003, época 3= 21/11/003, época 4= 05/01/2004,época
5=29/01/2004............................................................................................................83
APÊNDICE F - Duração das fases de desenvolvimento da emergência ao
aparecimento do colar da folha bandeira (EM-R2), do aparecimento do colar da
folha bandeira ao emborrachamento (R2-EB), do emborrachamento ao
aparecimento da panícula (EB-R3), do aparecimento da panícula a antese (R3-R4),
da antese até um ou mais grãos farináceos (R4-R7), um ou mais grãos farináceos
até um ou mais grãos amarelos (R7-R8), um ou mais grãos amarelos até a
maturação fisiológica (R8-R9) de diferentes cultivares de arroz irrigado, em ºC dia
calculado pelos diferentes métodos com temperaturas cardinais variando durante o
ciclo de desenvolvimento. Santa Maria, RS, 2003/2004. Época 1= 01/09/2003,
época2=20/10/2003, época 3= 21/11/003, época 4= 05/01/2004,época
5=29/01/2004............................................................................................................85
APÊNDICE G - Duração das fases de desenvolvimento da emergência ao
aparecimento do colar da folha bandeira (EM-R2), do aparecimento do colar da folha
bandeira ao emborrachamento (R2-EB), do emborrachamento ao aparecimento da
panícula (EB-R3), do aparecimento da panícula a antese (R3-R4), da antese até um
ou mais grãos farináceos (R4-R7), um ou mais grãos farináceos até um ou mais
grãos amarelos (R7-R8), um ou mais grãos amarelos até a maturação fisiológica
(R8-R9) de diferentes cultivares de arroz irrigado e de dois biótipos de arroz
vermelho, em ºC dia calculado pelos diferentes métodos com temperaturas cardinais
constantes durante o ciclo de desenvolvimento. Santa Maria, RS, 2004/2005, época
15
1=02/09/2004, época 2=07/10/2004, época 3=04/11/2004, época 4=03/12/2004,
época 5=02/03/2005...................................................................................................88
APÊNDICE H - Duração das fases de desenvolvimento da emergência ao
aparecimento do colar da folha bandeira (EM-R2), do aparecimento do colar da folha
bandeira ao emborrachamento (R2-EB), do emborrachamento ao aparecimento da
panícula (EB-R3), do aparecimento da panícula a antese (R3-R4), da antese até um
ou mais grãos farináceos (R4-R7), um ou mais grãos farináceos até um ou mais
grãos amarelos (R7-R8), um ou mais grãos amarelos até a maturação fisiológica
(R8-R9) de diferentes cultivares de arroz irrigado e de dois biótipos de arroz
vermelho, em ºC dia calculado pelos diferentes métodos com temperaturas cardinais
variando durante o ciclo de desenvolvimento. Santa Maria, RS,
2004/2005...................................................................................................................90
16
SUMÁRIO
RESUMO............................................................................................................8
ABSTRACT........................................................................................................9
LISTA DE TABELAS....................................................................................... 10
LISTA DE FIGURAS.........................................................................................11
LISTA DE APÊNDICE.......................................................................................13
INTRODUÇÃO GERAL.....................................................................................18
CAPÍTULO I Quantificação e comparação de métodos de soma térmica de fases
do ciclo de desenvolvimento de algumas cultivares sul brasileiras de arroz irrigado
(Oryza sativa L.):.............................................................................................. 20
RESUMO...........................................................................................................20
ABSTRACT........................................................................................................21
INTRODUÇÃO...................................................................................................21
MATERIAL E MÉTODOS..................................................................................23
RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................ 25
CONCLUSÃO....................................................................................................29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................30
CAPÍTULO II Associando a duração do ciclo de desenvolvimento de cultivares de
arroz (Oryza sativa L.) com a emissão de folhas no colmo principal.................38
RESUMO ...........................................................................................................38
ABSTRACT.........................................................................................................39
INTRODUÇÃO....................................................................................................39
MATERIAL E MÉTODOS....................................................................................42
RESULTADOS E DISCUSSÃO..........................................................................43
CONCLUSÃO.....................................................................................................46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................47
CAPÍTULO III Comparação de parâmetros de crescimento e de desenvolvimento
de dois biótipos de arroz vermelho (Oryza sativa L.) com genótipos de arroz
irrigado(Oryza sativa L.)...............................................................................................52
RESUMO............................................................................................................52
17
ABSTRACT.........................................................................................................53
INTRODUÇÃO....................................................................................................53
MATERIAL E MÉTODOS....................................................................................57
RESULTADOS E DISCUSSÃO...........................................................................60
CONCLUSÃO......................................................................................................63
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................64
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................74
18
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE GENÓTIPOS DE ARROZ
CULTIVADO (Oryza sativa L.) E DE BIÓTIPOS DE ARROZ
VERMELHO (Oryza sativa L.)
INTRODUÇÃO GERAL
O arroz faz parte da dieta básica de em torno de 50% da população mundial
(FAGERIA et al., 2003; LUZZARDI et al., 2005). Portanto, pesquisa com esta
espécie tem o potencial de afetar o bem-estar de um considerável número de
pessoas. No Brasil existem cerca de 35 milhões de hectares de várzeas sendo 1,3
milhões utilizados na produção de arroz irrigado (FAGERIA et al., 2003). A produção
Brasileira de arroz representa cerca de 1,8% da produção mundial e 52% da
produção da América do Sul. A região Sul do Brasil (RS, SC e PR) é a principal
produtora, com cerca de 63% do total produzido no País. O Rio Grande do Sul é o
maior produtor Nacional representando 77% do arroz irrigado colhido no país
(AZAMBUJA et al., 2004). No RS, a área cultivada com arroz na safra 2004/2005 foi
de mais de 1 milhão de hectares e a produtividade média foi de 6,11 kg ha
-1
(IRGA,
2005).
Crescimento e desenvolvimento vegetal são processos independentes que
podem ocorrer simultaneamente ou não. Enquanto crescimento envolve aumento
irreversível de dimensões físicas como área, comprimento, largura, altura, volume,
densidade ou diâmetro de órgãos, desenvolvimento refere-se a processos
envolvendo diferenciação celular, iniciação e aparecimento de órgãos (HODGES,
1991; STRECK et al., 2003). A temperatura é o principal elemento meteorológico
que afeta o desenvolvimento da planta de arroz (HODGES, 1991; GAO et al., 1992;
SIÉ et al., 1998; INFELD et al., 1998). Além da temperatura, o fotoperíodo também
afeta o ciclo de desenvolvimento em alguns genótipos de arroz, os quais geralmente
são classificados como planta de dia curto (VERGARA et al., 1969; STEINMETZ et
al., 2004;) embora Yin & Kropff (1996), citam que alguns poucos genótipos de arroz
podem ter comportamento de planta de dia longo. A influência da temperatura nos
processos de crescimento e desenvolvimento vegetal pode ser representada
utilizando-se o conceito da soma térmica, com unidade ºC dia, a qual é um melhor
descritor de tempo biológico do que dias do calendário civil (GILMORE & ROGERS,
19
1958; RUSSELE et al., 1984; McMASTER & SMIKA, 1988). Uma das metas do
melhoramento genético de arroz no Sul do Brasil ao longo dos últimos 40 anos foi
modificar a duração do ciclo de desenvolvimento das cultivares (LOPES et al.,
2005). Em geral, o ciclo de desenvolvimento foi encurtado. O encurtamento do ciclo
das cultivares modernas de arroz tornou-as mais competitivas com o arroz vermelho
e ajuda a diminuir o banco de sementes desta invasora, a principal espécie
competidora nas lavouras orizícolas. Caracterizar o crescimento e desenvolvimento
de biótipos de arroz vermelho pode ajudar no seu controle e no melhoramento para
aumentar a competitividade do arroz cultivado com esta invasora. Este trabalho tem
como objetivos:
Determinar a soma térmica de fases do ciclo de desenvolvimento da escala
de Counce em algumas cultivares Sul Brasileiras de arroz irrigado, utilizando-se
diferentes métodos de cálculo e diferentes temperaturas cardinais ao longo do ciclo
de desenvolvimento.
Determinar se a duração do ciclo de desenvolvimento de arroz tem relação
com o número final de folhas e com a velocidade de aparecimento de folhas no
colmo principal.
Quantificar alguns parâmetros de crescimento e desenvolvimento de dois
biótipos de arroz vermelho e compará-los com algumas cultivares Sul Brasileiras de
arroz irrigado.
20
CAPÍTULO I
QUANTIFICAÇÃO E COMPARAÇÃO DE MÉTODOS DE SOMA
TÉRMICA DE FASES DO CICLO DE DESENVOLVIMENTO DE
ALGUMAS CULTIVARES SUL BRASILEIRAS DE ARROZ IRRIGADO
(Oryza sativa L.)
QUANTIFYNG AND COMPARING METHODS OF THE THERMAL
TIME OF DEVELOPMENTAL PHASES OF SOME IRRIGATED RICE
(Oryza sativa
L.) CULTIVARS GROWN IN SOUTHERN BRAZIL
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi determinar a soma térmica de fases do ciclo de
desenvolvimento das plantas de arroz de cultivares Sul Brasileiras utilizando-se
diferentes métodos de cálculo e diferentes temperaturas cardinais ao longo do ciclo
de desenvolvimento. Experimentos de campo foram conduzidos em Santa Maria,
RS, durante duas safras agrícolas 2003/2004 e 2004/2005 e 5 épocas de
semeadura em cada ano. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente
casualizado com quatro repetições. Cada repetição foi um balde com 10 plantas. As
datas dos principais estágios de desenvolvimento segundo a escala de Counce et al.
(2000), foram registradas para 5 plantas/balde. As cultivares utilizadas foram: IRGA
421, IRGA 416, IRGA 417, IRGA 420, BR-IRGA 409, BRS 7 TAIM e EPAGRI 109,
todas do tipo moderno. A soma térmica variou com a cultivar, com a época de
semeadura e com o método de cálculo. Ainda assim, a soma térmica é um melhor
descritor de tempo biológico do que dias do calendário civil em arroz.
Palavras-chave: Temperatura, fenologia, estágios de desenvolvimento, graus-dia.
21
ABSTRACT
The objective of this study was to determine the thermal time of developmental
phases of the Counce scale in some rice cultivars grown in Southern Brazil using
different calculation methods and different cardinal temperatures throughout the
developmental cycle. Field experiments were carried out in Santa Maria, RS, Brazil
during two rice growing seasons (2003/2004 and 2004/2005). Five sowing dates were
used in each growing season. The experimental design was completely randomized
with four replications. Each replication was a 12L pot with ten plants. The cultivars
used were: IRGA 421, IRGA 416, IRGA 417, IRGA 420, BR-IRGA 409, BRS 7 TAIM,
and EPAGRI 109. The date of major developmental stages of the Counce scale were
recorded on the 5 tagged plants/pot. Thermal time varied with cultivars, sowing date,
and calculation method. However, thermal time is still a better measure to tell time in
plants than calendar days.
Key words: Temperature, phenology, developmental stages, degree-days.
INTRODUÇÃO
Crescimento e desenvolvimento vegetal são processos independentes que
podem ocorrer simultaneamente ou não. Enquanto crescimento envolve aumento
irreversível de dimensões físicas como área, comprimento, largura, altura, volume ou
diâmetro de órgãos, desenvolvimento refere-se a processos envolvendo
diferenciação celular, iniciação e aparecimento de órgãos (HODGES, 1991;
STRECK et al., 2003). Um estágio de desenvolvimento é, geralmente, caracterizado
pela data de aparecimento de um órgão na planta, enquanto que o intervalo de
tempo entre dois estágios de desenvolvimento pode ser chamado de fase de
desenvolvimento (STRECK et al. 2003). A identificação dos estágios de
desenvolvimento do arroz e do tempo necessário para atingir cada estágio de
desenvolvimento são importantes ferramentas que o orizicultor pode utilizar no
planejamento e em práticas de manejo da lavoura orizícola (ALVES et al., 2000;
STEINMETZ et al., 2004).
A temperatura é o principal elemento meteorológico que afeta o
desenvolvimento da planta de arroz (HODGES, 1991; GAO et al., 1992; SIÉ et al.,
1998; INFELD et al., 1998). Além da temperatura, o fotoperíodo também afeta o ciclo
22
de desenvolvimento em alguns genótipos de arroz, os quais geralmente são
classificados como planta de dia curto (VERGARA et al., 1969; STEINMETZ et al.,
2004;) embora Yin & Kropff (1996), citam que alguns poucos genótipos de arroz
podem ter comportamento de planta de dia longo.
A influência da temperatura nos processos de crescimento e desenvolvimento
vegetal pode ser representada utilizando-se o conceito da soma térmica, com
unidade ºC dia, a qual é um melhor descritor de tempo biológico do que dias do
calendário civil (GILMORE & ROGERS, 1958; RUSSELE et al., 1984; McMASTER &
SMIKA, 1988). Apesar de ser bastante utilizada, o conceito da soma térmica está
aberto a críticas. Existem vários métodos de cálculo e freqüentemente a redação
não é clara quanto ao método de cálculo utilizado (McMASTER & WILHELM, 1997).
A maneira mais simples de cálculo é a que tem a pressuposição da linearidade entre
crescimento ou desenvolvimento vegetal e temperatura acima de um valor crítico
(temperatura base), o que não é completamente realístico do ponto de vista
biológico, haja visto que a resposta dos processos biológicos à temperatura,
inclusive desenvolvimento, é melhor expresso em termos das três temperaturas
cardinais (temperatura mínima, ótima e máxima) (YIN et al., 1995; BONHOMME,
2000; STRECK, 2002). Também, temperaturas cardinais geralmente são
consideradas constantes ao longo do ciclo da cultura, o que também muitas vezes
não é uma pressuposição adequada, pois estas não são constantes durante o ciclo
de desenvolvimento vegetal para muitas espécies (STRECK et al., 2003;
STEINMETZ, 2004).
O ciclo de desenvolvimento do arroz tem sido frequentemente dividido em três
fases (GAO et al, 1992; INFELD et al., 1998): a fase vegetativa que vai da
emergência até a diferenciação da panícula; a fase reprodutiva que vai da
diferenciação da panícula até a antese; e a fase de enchimento de grãos que vai da
antese até a maturação fisiológica. Mais recentemente, Counce et al. (2000)
proporam dividir o ciclo de desenvolvimento do arroz em três fases utilizando
critérios diferentes do que vinha sendo usado: a fase de plântula que vai da
semeadura até a emergência; a fase vegetativa que vai da emergência até o
aparecimento do colar da última folha (folha bandeira) no colmo principal e a fase
reprodutiva que vai da diferenciação da panícula até a maturação fisiológica. Neste
caso, o final da fase vegetativa e o início da fase reprodutiva se sobrepõe, já que a
diferenciação da panícula ocorre quando ainda faltam em média, três folhas
23
aparecerem no colmo principal (YIN & KROPFF, 1998). A escala de Counce vem
sendo gradativamente adotada pelos Institutos de pesquisa em arroz como o IRGA,
a EMBRAPA e a EPAGRI. Por ser uma escala recente, a duração das fases de
desenvolvimento desta escala não está disponível para a maioria das cultivares, o
que constitui o incentivo para realizar este esforço científico.
O objetivo deste trabalho foi determinar a soma térmica das fases do ciclo de
desenvolvimento da planta de arroz de cultivares Sul Brasileiras utilizando-se
diferentes métodos de cálculo e diferentes temperaturas cardinais ao longo do ciclo
de desenvolvimento.
MATERIAL E MÉTODOS
Um experimento a campo com as plantas cultivadas em baldes, foi conduzido
durante duas safras agrícolas (2003/2004 e 2004/2005) na área experimental do
Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria,
RS, Brasil (latitude: 29º 43’S, longitude: 53º 42’W e altitude: 95m). O clima da região,
segundo a classificação de Köppen, é Cfa Subtropical úmido sem estação seca
definida com verões quentes (MORENO, 1961). O solo do local é uma transição
entre a Unidade de Mapeamento São Pedro (Argissolo Vermelho distrófico arênico)
e a Unidade de Mapeamento Santa Maria (Alissolo Hipocrômico argilúvico típico)
(EMBRAPA, 1999). A variação do fotoperíodo ao longo do ano em Santa Maria é de
cerca de 11 a 15 horas (KIESLING, 1982).
As plantas de arroz foram cultivadas em baldes de 30 cm de diâmetro e 26
cm de altura com capacidade de 12 litros preenchidos com solo do local e
enterrados, deixando-se uma borda de 5 cm acima do nível do solo. O espaçamento
entre os baldes (de centro a centro dos baldes) foi de 1,5 m x 0,8 m. Foram
realizadas 5 épocas de semeadura: na safra agrícola 2003/2004 as datas de
semeadura foram 01/09/2003, 20/10/2003, 21/11/2003, 05/01/2004 e 29/01/2004 e
na safra agrícola 2004/2005 as datas de semeadura foram: 02/09/2004, 07/10/2004,
04/11/2004, 03/12/2004 e 02/03/2005. O delineamento experimental foi o
inteiramente casualizado com quatro repetições. Cada repetição foi um balde com
10 plantas.
As cultivares utilizadas foram IRGA 421, IRGA 416, IRGA 417, IRGA 420, BR-
IRGA 409, BRS 7 TAIM e EPAGRI 109, todas pertencentes à subespécie indica e
24
tipo moderno, representando genótipos de diferentes ciclos, de muito precoce (IRGA
421) a tardio (EPAGRI 109). Foram semeadas 30 sementes por balde. O dia da
emergência foi considerado quando 50% das plântulas estavam visíveis acima do
solo. No estágio V3 (COUNCE et al., 2000) foi feito um raleio das plantas, deixando-
se 10 plantas por balde, cinco das quais foram marcadas com arames coloridos. No
colmo principal destas plantas observou-se a data de ocorrência dos seguintes
estágios de desenvolvimento, segundo a escala de Counce et al. (2000): R2
(aparecimento do colar da folha bandeira), EB (emborrachamento) o qual não consta
na escala, que foi considerado quando havia um entumescimento no colmo principal,
devido à presença da panícula, entre a última e penúltima folha do colmo principal),
R3 (aparecimento da panícula ou panícula visível), R4 (antese, uma ou mais flores
abertas na panícula), R7 (uma ou mais espiguetas com grãos farináceos) adotado
como critério diferente da escala, R8 (uma ou mais espiguetas com grãos com casca
marrom) e R9 (maturação fisiológica: todas as espiguetas da panícula com grãos
com casca marrom). O manejo das plantas foi baseado nas recomendações
técnicas para a cultura do arroz irrigado (SOSBAI, 2003) e a irrigação foi realizada
deixando-se uma lâmina de água de 5 a 7 cm nos baldes a partir do estágio V3.
A soma térmica diária (STd, ºC dia) foi calculada por 3 métodos (GILMORE &
ROGERS, 1958; ARNOLD, 1960; STRECK, 2002):
Método 1: STd
1
=(Tmed-Tb).1dia, se Tmed<Tb então Tmed=Tb (1)
Método 2: STd
2
=(Tmed-Tb).1dia, se Tmed<Tb então Tmed =Tb e se Tmed>Tot
então Tmed =Tot (2)
Método 3: STd
3
=(Tmed-Tb).1dia quando TbTmedTot e
STd
3
=(Tot-Tb).(Tmax-Tmed)/(Tmax-Tot) quando Tot<TmedTmax, se
Tmed<Tb então Tmed=Tb e se Tmed>Tmax então Tmed=Tmax (3)
Onde: Tb, Tot, e Tmax são as temperaturas cardinais base, ótima e máxima para o
desenvolvimento do arroz e Tmed é a temperatura média diária do ar calculada pela
média aritmética entre a temperatura mínima e a temperatura máxima diária do ar. A
representação gráfica dos três métodos de cálculo da STa está na Figura 1. A soma
térmica acumulada (STa, ºC dia) a partir da emergência para cada método foi
calculada por STa
1
=ΣSTd
1
, STa
2
=ΣSTd
2
, STa
3
=ΣSTd
3
.
As temperaturas mínima e máxima diária do ar foram medidas em uma estação
meteorológica convencional, pertencente ao 8º Distrito de meteorologia/Instituto
Nacional de Meteorologia, localizada a aproximadamente 200 m da área
25
experimental. Com relação às temperaturas cardinais, considerou-se duas
situações. Primeiro considerou-se que as temperaturas cardinais são constantes ao
longo do ciclo de desenvolvimento. Neste caso assumiu-se Tb=11ºC (INFELD et al.,
1998), Tot=28ºC (STEINMETZ, 2004) e Tmax= 40ºC (GAO et al., 1992). Na segunda
situação considerou-se que as temperaturas mudam ao longo do ciclo de
desenvolvimento. Neste segundo caso, dividiu-se o ciclo de desenvolvimento do
arroz em duas fases: EM-R2 e R2-R9. Nesta divisão, a primeira fase (EM-R2) se
refere à fase de emissão de folhas enquanto que a segunda fase (R2-R9) se
caracteriza pelo aparecimento das estruturas reprodutivas e pelo enchimento de
grãos, todos estágios facilmente identificáveis a campo e sem necessidade de
destruir a planta. As temperaturas cardinais (Tb, Tot e Tmax) na fase R2-R9 foram
15, 25 e 30ºC. Assumimos que uma Tb de 15ºC na fase R2–R9 é mais realístico do
que 11ºC, pois o arroz é sensível à temperatura igual ou inferior a 15ºC durante a
microsporogênese e embriogênese (BURIOL, et al., 1991; STEINMETZ, 2004), que
ocorrem no emborrachamento e durante o aparecimento do colar da folha bandeira
(COUNCE et al., 2000). Já a diminuição de Tot e Tmax na fase R2-R9 em relação à
fase EM-R2 foi devido ao fato de que a fase mais sensível a altas temperaturas do
arroz é a floração e o enchimento de grãos que é mais eficiente quando as
temperaturas não são tão elevadas (STEINMETZ, 2004).
A estatística utilizada para comparar a eficiência da soma térmica como
descritor de tempo em comparação com dias do calendário civil foi o coeficiente de
variação (CV, %) entre as épocas de semeadura nas duas safras agrícolas (PAULA,
2005). Quanto menor o cv, melhor é o descritor de tempo biológico.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
No primeiro ano de experimento, a cultivar mais tardia (EPAGRI 109) não
completou o ciclo na época 4 (05/01/2004), e na época 5 (29/01/2004) somente a
cultivar muitoprecoce (IRGA 421) completou o ciclo. No segundo ano de
experimento, na época 1 (02/09/2004), as plantas da cultivar BR-IRGA 409 foram
perdidas, por isso não foi possível determinar os estágios finais da fase reprodutiva
(após R4) e na época 5 (02/03/2005) as cultivares não completaram seu ciclo e a
EPAGRI 109 inclusive não emitiu a folha bandeira.
26
A duração do ciclo total (EM-R9) das cultivares pelos diferentes métodos de
soma térmica com temperaturas cardinais constantes e diferentes ao longo do ciclo
estão na Figura 2. Comparando-se as cultivares, nota-se a grande diferença de ciclo
entre a cultivar muitoprecoce (IRGA 421) e a tardia (EPAGRI 109). As cultivares BR-
IRGA 409 e BRS 7 TAIM são cultivares de ciclo médio-tardio, enquanto que as
cultivares IRGA 420, IRGA 417 e IRGA 416 são de ciclo precoce-médio. Entre os
métodos de cálculo da soma térmica, os graus-dia diminuíram do método 1 (STa
1
)
para o método 3 (STa
3
). Este decréscimo de graus-dia do método 1 para o método 3
foi maior quando as temperaturas cardinais foram diferentes ao longo do ciclo da
cultura e ocorreu em função da Tmed durante o ciclo de desenvolvimento ter sido
em vários dias superiores a Tot, o que acarreta diminuição de STa do método 1 para
o método 3. Diferentes valores da soma térmica em função do método de cálculo
indicam a importância de se descrever detalhadamente a metodologia utilizada, o
que nem sempre se verifica nos trabalhos científicos (McMASTER & WILHELM,
1997), tornando às vezes difícil a comparação de resultados entre diferentes autores
e levando a erros na simulação de processos biológicos baseados na soma térmica.
Para um mesmo método de cálculo, a soma térmica foi maior quando as
temperaturas cardinais de desenvolvimento foram consideradas constantes ao longo
do ciclo do que quando as mesmas foram diferentes (Figura 2 e Apêndices A-D). A
menor soma térmica quando as temperaturas cardinais foram diferentes deve-se em
parte ao fato de que a mudança nas temperaturas cardinais durante a fase R2-R9
resultou na diminuição da diferença entre Tb e Tot, que é o máximo de acúmulo
térmico diário, e em parte devido a Tmed ter sido com mais freqüência maior que a
temperatura ótima de 25°C do que a temperatura ótima de 28°C durante esta fase.
O coeficiente de variação (CV %) para dias do calendário civil e para soma
térmica calculada por diferentes métodos e com temperaturas cardinais constantes e
diferentes ao longo do ciclo da cultura para o ciclo total de desenvolvimento (EM-R9)
está na Figura 3. Quando considerou-se as temperaturas cardinais constantes
durante o ciclo de desenvolvimento do arroz, o menor CV foi obtido com a soma
térmica pelo método 3 (STa
3
), seguidas por STa
2
, STa
1
e dias após a emergência.
Isto era esperado, já que o efeito da temperatura sobre o desenvolvimento vegetal é
melhor representado levando-se em conta as três temperaturas cardinais (YIN et al.,
1995; STRECK, 2002), o que é contemplado no método 3. Já quando as
temperaturas cardinais foram diferentes na fase R2-R9, o menor CV foi com tempo
27
em dias do calendário civil o que representaria uma duração de ciclo de 28 dias para
a cultivar EPAGRI 109 e de 18 dias para a cultivar IRGA 421 que é a mais precoce,
seguido pela soma térmica STa
2
, STa
3
e STa
1
.
Estes resultados são surpreendentes, pois esperava-se que uma maior Tb e
menor Tot e Tmax no final do ciclo de desenvolvimento resultaria num CV menor
pois esta pressuposição é mais realística do ponto de vista biológico (STEINMETZ,
2004).
A duração, em ºC dia, das fases de desenvolvimento do arroz segundo a
escala de Counce et al. (2000) para as duas safras agrícolas estão na Figura 4 e
nos apêndices E-H. A soma térmica usada na Figura 4 foi calculada pelo método 3
(STa
3
) com temperaturas cardinais constantes, pois esta combinação resultou no
menor CV (Figura 3) e também porque a resposta do desenvolvimento à
temperatura é mais realística quando descrita em termos das três temperaturas
cardinais (STRECK, 2002; STRECK et al., 2003). A duração do ciclo total de
desenvolvimento e das fases variou entre as cultivares, entre épocas de semeadura
e entre os anos. Em geral, quanto mais tardia foi à época de semeadura, menor foi o
tempo térmico para completar as fases de desenvolvimento.
A fase mais longa foi a fase EM-R2 perfazendo de 55 a 80% da duração do
ciclo total das cultivares (Figura 4). Quanto mais longo o ciclo total da cultivar, maior
a fração da duração da fase EM-R2 em relação ao ciclo total. Por exemplo, para a
cultivar IRGA 421, a duração da fase EM-R2 foi em torno de 55%, enquanto que
para a cultivar EPAGRI 109, a fase EM-R2 representou em torno de 80% do ciclo
total. A cultivar muitoprecoce (IRGA 421) completou a fase EM-R2 entre 700 e 800
ºC dia nos dois anos, para as cultivares precoces e médias (IRGA 416, IRGA 417, e
IRGA 420) foram necessários de 1000 a 1400 ºC dia e para as cultivares médias-
tardias e tardias (BR-IRGA 409, BRS 7 TAIM, EPAGRI 109) foram necessários de
1300 a 1700 ºC dia nesta fase. Infeld et al. (1998), também encontraram diferenças
na duração da fase vegetativa (emergência até a diferenciação da panícula) para
diferentes grupos de cultivares Sul Brasileiras de arroz, onde as precoces
necessitaram de 536 ºC dia, as cultivares de ciclo médio 638 ºC dia e as cultivares
tardias de 772 ºC dia. A fase R2-R9 variou bem menos entre as cultivares, ficando
entre 400 e 700 ºC.dia e sem relação com o ciclo da cultivar.
Os resultados deste estudo indicam que utilizando-se um único valor de soma
térmica (
o
C dia) pode levar a erros quando usado para prever as datas dos estágios
28
de desenvolvimento destas cultivares de arroz em diferentes épocas de semeadura.
Por exemplo, a diferença de soma térmica da fase EM-R9 calculada pelo método 3 e
as temperaturas cardinais constantes durante o ciclo entre a primeira e a quinta
época de semeadura para a cultivar IRGA 421 na safra agrícola de 2003/2004 foi de
387,3 ºC dia. Considerando-se uma Tmed de 14 ºC, esta diferença de ºC dia entre
as duas épocas corresponde a 28 dias do calendário civil. Uma possível causa da
variação da soma térmica com a época de semeadura pode ser a linearidade entre
temperatura e desenvolvimento vegetal assumida no cálculo, o que não é totalmente
realístico do ponto de vista biológico, já que a resposta de processos biológicos à
temperatura é linear em apenas uma faixa entre as temperaturas cardinais
(STRECK, 2002; STRECK et al., 2003; STRECK, 2004a,b). Outra possível causa da
variação do tempo térmico com a época de semeadura é a ação do fotoperíodo que
modifica a soma térmica de genótipos responsivos ao fotoperíodo (VERGARA et al.,
1969). Para testar esta hipótese incluiu-se o fotoperíodo no cálculo da soma térmica
através das unidades fototérmicas de Nuttonson (1955 apud PASCALE &
DAMARIO, 2004), durante a fase responsiva do arroz ao fotoperíodo, que é de 6
folhas até o número final de folhas menos três no colmo principal (YIN et al., 1997;
YIN & KROPFF, 1998; LEE et al., 2001). Ainda assim o CV foi maior do que em dias
do calendário civil. Outras causas da variação da soma térmica entre épocas de
semeadura podem estar ligadas a outras pressuposições envolvidas no seu cálculo,
como por exemplo, a de que a região de desenvolvimento (ápice meristemático) tem
a mesma temperatura média diária que a temperatura média diária do ar medida na
estação meteorológica e que a temperatura diária não permanece abaixo da Tb ou
acima da Tmax por muito tempo (McMASTER & WILHELM, 1997). Estas
pressuposições não necessariamente são válidas em todos os dias durante o ciclo
de desenvolvimento da cultura.
A cultivar BRS 7 TAIM é classificada como uma cultivar média-tardia. No
entanto, esta cultivar cultivada em Santa Maria apresentou um ciclo semelhante a
cultivar IRGA 416 classificada como precoce-média (Figura 4). Como a cultivar BRS
7 TAIM é mais adaptada e cultivada na fronteira oeste e campanha do Estado do Rio
Grande do Sul, especula-se que quando cultivada em um local mais quente, como a
região da Depressão Central do Rio Grande do Sul, ela possa ter acelerado seu
ciclo, comportando-se assim como uma cultivar mais precoce.
29
CONCLUSÕES
A soma térmica varia com o método de cálculo. Ainda assim, a soma térmica é
um melhor descritor de tempo biológico do que dias do calendário civil em arroz.
30
REFERÊNCIAS
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34
Figura 1- Representação gráfica dos três métodos de cálculo da soma térmica
diária (Método 1, Método 2, Método 3) usados no estudo. As temperaturas
cardinais (Tb, Tot e Tmax) são da fase de emergência ao aparecimento do colar
da folha bandeira (EM-R2): 11, 28 e 40°C. Santa Maria, RS, Brasil, 2003-2005.
0
5
10
15
20
25
30
10 15 20 25 30 35 40
Temperatura média diária do ar (Tmed,
o
C)
Somarmica diária (STd,
o
C dia)
Método 1
Método 2
Método 3
35
Figura 2 - Duração do ciclo em dias do calendário civil e em soma térmica
acumulada (ºC dia) do ciclo total (EM-R9), utilizando os três métodos de
cálculo (STa
1
, STa
2
, STa
3
) com temperaturas cardinais constantes e diferentes
ao longo do ciclo de desenvolvimento de cultivares de arroz irrigado nas
diferentes épocas de semeadura nas safras agrícolas 2003/2004 e 2004/2005.
Santa Maria, RS, Brasil. As barras representam um desvio padrão da média.
Temperaturas cardinais constantes
0 500 1000 1500 2000 2500
Genótipos
Soma térmica acumulada (ºC dia)
STa1
STa2
STa3
Dias
EPAGRI
109
BR IRGA
409
BRS 7
TAIM
IRGA 420
IRGA 417
IRGA 416
IRGA 421
Temperaturas cardinais diferentes
0 500 1000 1500 2000 2500
Genótipos
Soma térmica acumulada (ºC dia)
STa1
STa2
STa3
Dias
EPAGRI
109
BR IRGA
409
BRS 7
TAIM
IRGA 420
IRGA 417
IRGA 416
IRGA 421
36
15,0
14,8
19,5
17,2
18,3
16,2 16,2 16,2
15,1
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
STa1 STa2 STa3
Métodos de Soma Térmica (°C.dia)
CV (%)
Temperaturas cardinais
constantes
Temperaturas cardinais
diferentes
Dias do calendário civil
Figura 3 - Coeficiente de variação (CV%) para os três métodos de cálculo de
soma térmica (STa
1
, STa
2
, STa
3
), com temperaturas cardinais constantes e
diferentes, e para dias do calendário civil, do ciclo de desenvolvimento EM-R9
de cultivares de arroz irrigado nas safras agrícolas 2003/2004 e 2004/2005.
Santa Maria, RS, Brasil. EM=Emergência, R9=Maturação fisiológica.
STa
1
STa
2
STa
3
37
Figura 4 - Soma térmica acumulada (
o
C dia) pelo método 3 (STa
3
) (média para
as cultivares e para épocas de semeadura), das fases de EM-R2 e R2-R9 do
ciclo de desenvolvimento de cultivares de arroz irrigado em cinco épocas de
semeadura para as safras agrícolas de 2003/2004 e 2004/2005. Santa Maria,
RS, Brasil.
Safra agrícola: 2004/2005
0 500 1000 1500 2000 2500
Época 5
Época 4
Época 3
Época 2
Época 1
Épocas
Soma térmica acumulada (ºC dia)
Safra agrícola: 2004/2005
0 500 1000 1500 2000 2500
IRGA 421
IRGA 416
IRGA 417
IRGA 420
BRS 7 Taim
BR IRGA 409
EPAGRI 109
Genótipos
Soma térmica acumulada (ºC dia)
Safra agrícola: 2003/2004
0 500 1000 1500 2000 2500
Época 5
Época 4
Época 3
Época 2
Época 1
Épocas
Somarmica acumulada (ºC dia)
EM-R2
R2-R9
Safra agrícola: 2003/2004
0 500 1000 1500 2000 2500
IRGA 421
IRGA 416
IRGA 417
IRGA 420
BRS 7 Taim
BR IRGA 409
EPAGRI 109
Genótipos
Soma térmica acumulada (ºC dia)
EM-R2
R2-R9
38
CAPÍTULO II
ASSOCIANDO A DURAÇÃO DO CICLO DE DESENVOLVIMENTO DE
CULTIVARES DE ARROZ (Oryza sativa L.) COM A EMISSÃO DE
FOLHAS NO COLMO PRINCIPAL
ASSOCIATING THE DURATION OF DEVELOPMENTAL CYCLE OF
RICE (Oryza sativa L.) CULTIVARS WITH MAIN STEM LEAF
APPEARANCE
RESUMO
Uma das metas do melhoramento genético de arroz (Oryza sativa L.) no Sul do
Brasil ao longo dos últimos 40 anos foi modificar a duração do ciclo de
desenvolvimento das cultivares. Em geral, o ciclo de desenvolvimento foi encurtado,
com o objetivo de aumentar a competição com o arroz vermelho e diminuir o banco
de sementes desta invasora, a principal espécie competidora nas lavouras
orizícolas. O objetivo deste estudo foi determinar se a duração do ciclo de
desenvolvimento de arroz tem relação com o número final de folhas e com a
velocidade de aparecimento de folhas no colmo principal. Um experimento de campo
foi realizado em Santa Maria, RS, com cinco épocas de semeadura em duas safras
agrícolas (2003/2004 e 2004/2005). Foram utilizados sete genótipos de arroz da
subespécie indica tipo moderno, variando de ciclo muitoprecoce a tardio: IRGA 421,
IRGA 420, IRGA 416, IRGA 417, BRS 7 (TAIM), BR-IRGA 409, EPAGRI 109. A
semeadura e o cultivo das plantas ocorreu em baldes de 12 litros enterrados no solo.
Em cada cultivar e em cada época foi determinada a duração, em ºC dia (Tb=11ºC)
das fases emergência (EM) – aparecimento do colar da folha bandeira (R2) e R2 –
maturação fisiológica (R9), o número final de folhas e o filocrono (tempo para
aparecimento de duas folhas sucessivas) no colmo principal. O encurtamento do
ciclo total (EM-R9) das cultivares de arroz é devido à diminuição do número final de
folhas no colmo principal e não por variação na velocidade de aparecimento das
folhas.
39
Palavras-chave: Soma térmica, filocrono, número final de folhas, desenvolvimento
vegetal.
ABSTRACT
One of the goals of rice (Oryza sativa L.) breeding programs in Southern Brazil
during the last 40 years has been was to modify the developmental cycle of the
genotypes. In general, the developmental cycle was shortened in order to increase
rice competitiveness with red rice and decrease soil seed bank of red rice, the major
weed of rice pads. The objective of this study was to quantify if the duration of rice
developmental cycle has any relationship with main stem final leaf number and with
main stem leaf appearance rate. A field experiment was carried out in Santa Maria,
RS, with five sowing dates in two growing seasons (2003/2004 and 2004/2005).
Seven rice genotypes varying from very early to late maturation were used: IRGA
421, IRGA 420, IRGA 416, IRGA 417, BRS 7 (TAIM), BR-IRGA 409, EPAGRI 109..
Shortening of total developmental cycle (EM-R9) is due to a decrease in main stem
final leaf number and not due to change in leaf appearance rate.
Key words: Thermal time, phyllocron, final leaf number, plant development.
INTRODUÇÃO
O arroz (Oryza sativa L.) constitui o alimento básico de aproximadamente 2,4
bilhões de pessoas no mundo (LUZZARDI et al., 2005). Conseqüentemente, a
pesquisa nesta cultura tem o potencial de afetar o bem estar de um considerável
número de pessoas. No Brasil são produzidos aproximadamente 1,8% do total de
arroz produzido a nível mundial e aproximadamente 52% do arroz produzido na
América do Sul (AZAMBUJA et al., 2004). No Rio Grande do Sul a área cultivada
com arroz na safra 2004/2005 foi de mais de 1 milhão de ha e a produtividade média
foi de 6,11 t ha
-1
(IRGA, 2005).
O ciclo de desenvolvimento de gramíneas da emergência até a maturação
fisiológica pode ser dividido em duas fases, a fase vegetativa e a fase reprodutiva
(COUNCE et al., 2000; STRECK et al., 2003). A fase vegetativa pode ser
considerada da emergência até o aparecimento do colar da folha bandeira
(COUNCE et al., 2000) ou da emergência até o aparecimento da inflorescência ou
40
antese (STRECK et al., 2003) e a fase reprodutiva pode iniciar no final da fase
vegetativa e se estender até a maturação fisiológica (STRECK et al., 2003) ou iniciar
na diferenciação da estrutura reprodutiva e terminar na maturação fisiológica
(COUNCE et al, 2000). A divisão do ciclo de desenvolvimento em duas fases
baseada no aparecimento de órgãos da planta que são visíveis a olho nu como em
Streck et al. (2003) tem como vantagens a simplicidade, a fácil identificação a
campo, amostragem não destrutiva e o fato da emissão de folhas, um parâmetro de
desenvolvimento vegetativo, ocorrer durante a fase vegetativa. Como desvantagem
desta divisão do ciclo de desenvolvimento do arroz em apenas duas fases e
baseado em órgãos visíveis (STRECK et al., 2003) é que a diferenciação da
panícula não é identificada, sendo este um estágio de desenvolvimento importante
do ponto de vista do manejo da cultura, pois a segunda parcela da adubação
nitrogenada de cobertura é realizada neste momento (SOSBAI, 2003).
O ciclo de desenvolvimento do arroz também pode ser dividido em três fases:
a fase vegetativa (da emergência até a diferenciação da panícula), a fase
reprodutiva (da diferenciação da panícula até a antese) e a fase de enchimento de
grãos (da antese até a maturação fisiológica) (GAO et al., 1992; INFELD et al.,
1998). Esta última divisão tem a vantagem de ser mais detalhada, o que é
importante no manejo da cultura, mas tem como desvantagens exigir uma
amostragem destrutiva de plantas e treinamento para visualizar a diferenciação da
panícula, e a emissão de folhas, um parâmetro do desenvolvimento vegetativo, se
estende da fase vegetativa até quase toda a fase reprodutiva, o que tem potencial
de causar alguma confusão durante a comunicação entre o pessoal técnico
envolvido na cadeia produtiva do arroz.
Uma das metas do melhoramento genético de arroz no Sul do Brasil ao longo
dos últimos 40 anos foi modificar a duração do ciclo de desenvolvimento das
cultivares (LOPES et al., 2005). Em geral, o ciclo de desenvolvimento foi encurtado.
O encurtamento do ciclo das cultivares modernas de arroz tornou-as mais
competitivas com o arroz vermelho e contribuiu para diminuir o banco de sementes
desta invasora, a principal espécie competidora nas lavouras orizícolas. Como
resultado deste melhoramento genético, existem disponíveis no mercado cultivares
variando de ciclo muitoprecoce até tardio (SOSBAI, 2003). Como meta, também, do
melhoramento vegetal ao longo destes últimos 40 anos é o aumento do rendimento
potencial de grãos de arroz, o qual alcançou 12 t ha
-1
(LOPES et al., 2005). No
41
entanto, o rendimento de grãos tem, freqüentemente, relação direta com a duração
do ciclo de desenvolvimento. Esta relação direta entre rendimento e ciclo está
associada com a duração de ambas as fases vegetativa (emergência até o
aparecimento do colar da folha bandeira ou antese) e reprodutiva (antese até
maturação fisiológica). Uma fase vegetativa longa permite a planta produzir uma
área folhar maior durante um período mais longo, o que contribui para aumentar as
reservas de fotoassimilados no colmo que poderão ser translocados para o
enchimento de grãos. Uma fase reprodutiva (ou de enchimento de grãos) longa
permite um tempo maior de translocação de fotoassimilados para crescimento dos
grãos. A fase vegetativa, considerando-se da emergência até o aparecimento do
colar da folha bandeira, pode ser modificada pela alteração do número final de
folhas, da velocidade de aparecimento das folhas no colmo principal, ou ambas.
Como o rendimento potencial de grãos de genótipos de arroz dobrou nos
últimos 40 anos, passando de aproximadamente 6 t ha
-1
na década de 60 para
aproximadamente 12 t ha
-1
no início dos anos 2000 enquanto que o ciclo de
desenvolvimento em geral diminuiu (LOPES et al, 2005), é importante entender
como as fases vegetativa e reprodutiva foram alteradas pelo melhoramento. Esse
entendimento pode ajudar na escolha do genótipo mais apropriado para atingir o
potencial de rendimento de grãos em diferentes regiões ecoclimáticas, além de nos
proporcionar uma medida quantitativa do resultado que o melhoramento genético
alcançou. Lopes et al. (2005) mostraram que houve tendência de redução da fase
vegetativa (emergência-floração) dos genótipos criados pelo programa de
melhoramento do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA) desde 1961 a 2004. No
entanto, não se conhece quais os parâmetros de desenvolvimento (número final de
folhas e velocidade de aparecimento das folhas) que são responsáveis pela
modificação da fase vegetativa, e, portanto, do ciclo de desenvolvimento de
genótipos de arroz no Sul do Brasil, o que constituiu o incentivo para este esforço
científico.
O objetivo deste estudo foi determinar se a duração do ciclo de
desenvolvimento de arroz tem relação com o número final de folhas e com a
velocidade de aparecimento de folhas no colmo principal.
42
MATERIAL E MÉTODOS
Um experimento a campo, com semeadura em baldes foi realizado em Santa
Maria, RS (latitude: 29°43’S, longitude: 53°43’W e altitude: 95m) com cinco épocas de
semeadura em duas safras agrícolas (2003/2004 e 2004/2005, Tabela 1). O clima da
região, segundo a classificação de Köppen, é Cfa Subtropical úmido sem estação
seca definida com verões quentes (MORENO, 1961). O solo do local é uma transição
entre a Unidade de Mapeamento São Pedro (Argissolo Vermelho distrófico arênico) e
a Unidade de Mapeamento Santa Maria (Alissolo Hipocrômico argilúvico típico)
(EMBRAPA, 1999).
Foram utilizados sete genótipos de arroz da subespécie índica tipo moderno,
variando de ciclo muitoprecoce a tardio: IRGA 421, IRGA 420, IRGA 416, IRGA 417,
BRS 7 (TAIM), BR-IRGA 409, EPAGRI 109. A semeadura e o cultivo das plantas
ocorreu em baldes de 30 cm de diâmetro e 26 cm de altura, com capacidade de 12
litros, enterrados deixando-se uma borda de 5 cm acima do nível do solo. O
espaçamento entre baldes (centro a centro) foi de 1,5 m x 0,8 m. Foram semeadas 30
sementes por balde e, quando as plantas estavam no estágio V3 da escala de
Counce et al. (2000), foi realizado um raleio deixando-se 10 plantas/balde. Cinco
destas plantas por balde foram etiquetadas com arames coloridos.
O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com quatro
repetições (baldes). A adubação e o manejo das plantas seguiu as recomendações
para o cultivo de arroz irrigado (SOSBAI, 2003). A irrigação foi realizada de modo a
manter uma lâmina de aproximadamente 5 cm desde o estágio V3 até o estágio R9
da escala de Counce et al. (2000).
A data de emergência (50% das plantas visíveis acima do nível do solo) foi
determinada em cada balde. No colmo principal das cinco plantas etiquetadas por
balde foram medidos, semanalmente, o número de folhas e o comprimento da última
e penúltima folha para cálculo do Estágio de Haun (HS), que representa o número
de folhas completamente expandidas (NF) mais a razão entre o comprimento da
última (L
n
) e o comprimento da penúltima folha (L
n-1
), através da equação (HAUN,
1973):
HS = (NF – 1) + L
n
/L
n-1
{folhas} (1)
43
No colmo principal destas mesmas plantas etiquetadas foram ainda contados o
número final de folhas, a data do aparecimento do colar da folha bandeira (estágio
R2 da escala de COUNCE et al., 2000) e a data da maturação fisiológica (estágio R9
da escala de COUNCE et al., 2000). Para fins deste estudo, considerou-se que a
fase vegetativa é da emergência (EM) até R2 e a fase reprodutiva de R2 a R9. Foi
feita a média das datas destes estágios de desenvolvimento nas cinco plantas por
balde e depois a média das datas dos quatro baldes.
As temperaturas mínima e máxima diárias do ar durante os dois períodos
experimentais foram medidas em uma estação meteorológica convencional
pertencente ao 8° Distrito de Meteorologia/Instituto Nacional de Meteorologia e
localizada a aproximadamente 200 metros da área experimental. A soma térmica
diária (STd) foi calculada por (GILMORE & ROGERS, 1958; ARNOLD, 1960):
STd = (Tm – Tb) . 1dia {°C.dia} (2)
Onde Tm é a temperatura média diária do ar, calculada pela média aritmética da
temperatura máxima e mínima diária do ar, e Tb é a temperatura base para o arroz
que é definida como a temperatura mínima abaixo da qual não há desenvolvimento.
Assumiu-se uma Tb = 11°C (INFELD et al., 1998).
A soma térmica acumulada (STa) das fases EM-R2 e R2-R9 de cada genótipo
foi calculada pelo somatório da soma térmica diária, ou seja:
STa = STd {°C.dia} (3)
A velocidade de aparecimento de folhas foi estimada pelo filocrono, definido
como o tempo, em
o
C dia, necessário para o aparecimento de uma folha no colmo
(SKINNER & NELSON, 1995; RICKMAN & KLEPPER, 1995; WILHELM &
McMASTER, 1995). Foi realizada uma regressão linear entre HS no colmo principal
e STa a partir da emergência em cada genótipo (por balde) e época de semeadura.
O filocrono foi estimado como sendo o inverso do coeficiente angular da regressão
linear entre HS e STa a partir da emergência (KLEPPER et al., 1982; KIRBY, 1995;
XUE et al., 2004).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
44
Na última época de semeadura do ano agrícola 2003/2004, apenas as plantas
da cultivar IRGA 421 completaram o ciclo desenvolvimento (atingiram R9) e na
última época de semeadura do ano agrícola 2004/2005, nenhuma cultivar atingiu R9
devido às baixas temperaturas que ocorreram em maio de 2005. As épocas e
genótipos em que as plantas não atingiram R9 não foram usados na análise. Houve
variação acentuada de ºC dia do ciclo total de desenvolvimento entre as cultivares
(Tabela 2), de 1391,2 ºC dia para o IRGA 421 até 2121ºC dia para o EPAGRI 109,
caracterizando genótipos de ciclo muitoprecoce a tardio, respectivamente. As
cultivares de ciclo precoce e médio (IRGA 420, IRGA 417 e IRGA 416) tiveram
duração do ciclo total em torno de 1700 ºC dia e as cultivares médias-tardias (BR-
IRGA 409 e BRS 7 TAIM) tiveram a duração do ciclo total de em torno de 1900 ºC
dia.
Na Figura 1 estão representadas as relações entre a duração do ciclo total
(EM-R9) e a duração das fases EM-R2 e R2-R9, entre a duração da fase EM-R2 e o
número final de folhas e entre a duração da fase EM-R2 e o filocrono do colmo
principal em cada ano agrícola. Os pontos são a média das cultivares nas diferentes
épocas de semeadura em um único conjunto de dados.
A duração do ciclo total (EM-R9) de desenvolvimento de cultivares de arroz
teve relação linear positiva com a duração da fase vegetativa EM-R2 com um R
2
de
0,87 e 0,90 nos anos agrícolas 2003/2004 e 2004/2005, respectivamente (Figura 1a,
1e). No entanto, a duração de EM-R9 não teve relação com a duração da fase
reprodutiva R2-R9 (Figura 1b, 1f). Estes resultados indicam que a diferença de ciclo
de desenvolvimento das cultivares de arroz é uma função da duração da fase de
emissão de folhas, ou seja, quanto mais precoce a cultivar, menor a fase vegetativa
e quanto mais tardia, maior a fase vegetativa. Estes resultados são similares aos
reportados por Streck et al (2003) para trigo de inverno. Como o coeficiente angular
da relação entre a duração da fase EM-R9 e EM-R2 foi próximo de 1 nas duas
safras agrícolas, pode-se interpretar que cada 100 ºC dia de aumento na duração da
fase vegetativa (EM-R2) aumentam 100 ºC dia na duração do ciclo total (EM-R9). O
encurtamento da fase vegetativa EM-R2 das cultivares mais precoces, por sua vez,
se deu pela diminuição do número final de folhas no colmo principal com um R
2
de
0,72 e 0,75 nos anos agrícolas 2003/2004 e 2004/2005, respectivamente (Figura 1c,
1g) e não por mudanças na velocidade de aparecimento de folhas, já que o filocrono
não mostrou relação com o ciclo total (Figura 1d, 1h).
45
O número final de folhas no colmo principal nas duas safras agrícolas variou de
10 a 21 folhas. Esta variação foi devido à variação entre cultivares (quanto mais
precoce menor o número final de folhas) e, para uma mesma cultivar, em função da
época de semeadura, com semeaduras mais cedo rendendo maior número final de
folhas e semeaduras tardias com menor número final de folhas. A cultivar de ciclo
mais longo (EPAGRI 109) apresentou maior número final de folhas no colmo
principal com um máximo de 21 folhas na primeira época de semeadura do ano
agrícola 2004/2005 enquanto que a cultivar de ciclo mais curto (IRGA 421)
apresentou o menor número de folhas no colmo principal nas últimas épocas de
semeadura, com 10 folhas na safra agrícola 2004/2005. Pelos coeficientes
angulares das figuras 1c e 1g, estima-se que cada 100°C dia de aumento na
duração da fase EM-R2 deve-se a um aumento médio de 0,5 – 0,7 folhas no colmo
principal.
Na Figura 2 é apresentada a duração percentual e em
o
C dia das fases EM-R2
e R2-R9 em relação ao ciclo total (EM-R9) nas duas safras agrícolas. Observa-se
que, nos dois anos, a maior fase é EM-R2, perfazendo aproximadamente 75% do
ciclo total na cultivar tardia (EPAGRI 109) e média-tardia (BR-IRGA 409), diminuindo
à medida que o ciclo total diminui, chegando a aproximadamente 55% do ciclo total
na cultivar muitoprecoce (IRGA 421). Nota-se também na Figura 2 que, com
exceção da cultivar muito precoce (IRGA 421), todas as outras cultivares tiveram a
fase EM-R2 correspondendo a mais de 60% do ciclo total.
O aumento de rendimento que o programa de melhoramento do IRGA alcançou
nos últimos 40 anos aconteceu mesmo com uma diminuição na fase emergência-
floração (LOPES et al., 2005). Os resultados do presente estudo mostraram que a
duração da fase reprodutiva R2-R9 é similar entre genótipos de ciclo total EM-R9
distintos (Figuras 1b e 1f). É importante que a fase R2-R9 seja mantida longa para
maximizar o enchimento de grãos, o que foi feito pelo melhoramento genético. Como
o rendimento das cultivares aumentou (LOPES et al., 2005), indica que a diminuição
da duração da fase EM-R2 não comprometeu o enchimento de grãos.
A exceção é a cultivar muitoprecoce (IRGA 421), que tem um rendimento
potencial de 3 a 4 t ha
-1
menor do que outras cultivares como BR-IRGA 409 e IRGA
417 (MARIOT et al., 2005). A diminuição do ciclo da IRGA 421 pelo melhoramento
foi muito drástica (Tabela 2) e as custas da diminuição drástica do número final de
folhas do colmo principal, o qual foi tão baixo como 10 folhas na última época de
46
semeadura do ano 2004/2005, tendo sempre de 2 a 6 folhas menos que as outras
cultivares nas diferentes épocas. O menor rendimento de grãos potencial da cultivar
IRGA 421 pode ser , portanto, devido a redução do número final de folhas, já que um
menor número final de folhas significa uma área foliar menor que permanece
fotossintetizando por um período de tempo menor, reduzindo assim a acumulação
de reservas no colmo durante a fase EM-R2 que poderão ser translocados para os
grãos. Por isso, a cultivar IRGA 421 é indicada para situações quando a semeadura
das cultivares de maior rendimento potencial não é possível na época recomendada,
ou seja, em semeaduras tardias como, por exemplo, em dezembro no estado do RS
(MARIOT et al., 2005). Nestas situações esta cultivar completa rapidamente a fase
EM-R2 e a floração ainda não é afetada pelas baixas temperaturas, o que não
acontece com as outras cultivares com semeaduras em dezembro.
CONCLUSÕES
Há associação entre o ciclo das cultivares e o número final de folhas no colmo
principal enquanto que o filocrono foi similar entre as cultivares, não havendo
relação com o ciclo das mesmas.
47
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48
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49
Tabela 1- Datas de semeadura usadas no experimento.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------
Ano agrícola Datas de semeadura
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
2003/2004 01/09/2003, 20/10/2003, 21/11/2003, 05/01/2004, 29/01/2004.
Emergência 17/09/2003, 30/10/2003, 26/11/2003, 09/01/2004, 04/02/2004.
2004/2005 02/09/2004, 07/10/2004, 04/11/2004, 03/12/2004, 02/03/2005.
Emergência 08/09/2004, 13/10/2004, 13/11/2004, 08/12/2004, 08/03/2005.
Tabela 2- Graus-dia (
o
C dia) do ciclo total de desenvolvimento (EM-R9) de
cultivares de arroz. Os valores correspondem à média de várias épocas de
semeadura em duas safras agrícolas. EM = emergência, R9 = maturação
fisiológica. Santa Maria, RS, 2003-2005.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Cultivar
o
C dia
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
EPAGRI 109 2121,0 (±102,3)
BR-IRGA 409 1903,4 (±204,5)
BRS 7 (TAIM) 1867,0 (±194,6)
IRGA 420 1731,8 140,3)
IRGA 417 1681,7 (±121,5)
IRGA 416 1699,9 (±142,2)
IRGA 421 1391,2 (±138,6)
1
1Valores entre parêntesis correspondem a um desvio padrão da média.
50
Figura 1- Relação entre duração da fase EM-R2 e ciclo total EM-R9 (a, e),
relação entre duração da fase R2-R9 e ciclo total EM-R9 (b, f), relação entre
número final de folhas no colmo principal e duração da fase EM-R2 (c, g) e
relação entre filocrono e duração da fase EM-R2 (d, h) de arroz irrigado
referente as safras agrícolas de 2003/2004 e 2004/2005. Santa Maria, RS,
Brasil. EM=emergência, R2=aparecimento do colar da folha bandeira,
R9=maturação fisiológica.
y = 0,0069x + 7,7460
R
2
= 0,75
10
15
20
25
0 500 1000 1500 2000 2500
Duração da fase EM-R2 (°C.dia)
Número final de folhas no
colmo principal
(g)
30
40
50
60
70
0 500 1000 1500 2000 2500
Duração da fase EM-R2 C.dia)
Filocrono (°C.dia/folha)
0
500
1000
1500
2000
0 500 1000 1500 2000 2500
Durão da fase EM-R9 (°C.dia)
Duração da fase R2-R9
(°C.dia)
0
500
1000
1500
2000
0 500 1000 1500 2000 2500
Durão da fase EM-R9C.dia)
Duração da fase R2-R9
(°C.dia)
51
Figura 2. Duração percentual e em ºC dia das fases vegetativa EM-R2 e
reprodutiva R2-R9 em relação ao ciclo total EM-R9 de cultivares de arroz
irrigado. Santa Maria, RS, 2003-2005. EM=emergência, R2=aparecimento do
colar da folha bandeira, R9=maturação fisiológica.
Safra agcola: 2003/2004
0 20406080100
IRGA 421
IRGA 416
IRGA 417
IRGA 420
BRS 7 Taim
BR IRGA 409
EPAGRI 109
Genótipos
Porcentagem do ciclo total (EM-R9)
EM-R2
R2-R9
Safra agcola: 2004/2005
0 20406080100
IRGA 421
IRGA 416
IRGA 417
IRGA 420
BRS 7 Taim
BR IRGA 409
EPAGRI 109
Genótipos
Porcentagem do ciclo total (EM-R9)
EM-R2
R2-R9
Safra agrícola:2003/2004
0 500 1000 1500 2000 2500
IRGA 421
IRGA 416
IRGA 417
IRGA 420
BRS 7 Taim
BR IRGA 409
EPAGRI 109
Genótipos
Soma térmica acumulada (ºC dia)
EM-R2
R2-R9
Safra agrícola:2004/2005
0 500 1000 1500 2000 2500
IRGA 421
IRGA 416
IRGA 417
IRGA 420
BRS 7 Taim
BR IRGA 409
EPAGRI 109
Genótipos
Soma térmica acumulada (ºC dia)
EM-R2
R2-R9
52
CAPÍTULO III
COMPARAÇÃO DE PARÂMETROS DE CRESCIMENTO E DE
DESENVOLVIMENTO DE DOIS BIÓTIPOS DE ARROZ VERMELHO
(Oryza sativa L.) COM GENÓTIPOS DE ARROZ IRRIGADO (Oryza
sativa L.)
COMPARING GROWTH AND DEVELOPMENTAL PARAMETERS OF
TWO RED RICE (Oryza sativa L.) GENOTYPES WITH CULTIVATED
RICE (Oryza sativa L.) GENOTYPES.
RESUMO
O arroz vermelho é a principal invasora de muitas lavouras de arroz.
Caracterizar o crescimento e desenvolvimento de biótipos de arroz vermelho pode
ajudar no seu controle e no melhoramento para aumentar a competitividade do arroz
cultivado com esta invasora. O objetivo deste trabalho foi quantificar alguns
parâmetros de crescimento e de desenvolvimento de dois biótipos de arroz vermelho
e compará-los com algumas cultivares Sul Brasileiras de arroz irrigado. Um
experimento de campo com semeadura em baldes foi conduzido em Santa Maria,
RS, durante o ano agrícola 2004/2005 com 5 épocas de semeadura. O delineamento
experimental utilizado foi inteiramente casualizado com quatro repetições no
esquema bifatorial (cultivares e épocas de semeadura). Cada repetição foi um balde
de 12 litros com 10 plantas. Os genótipos utilizados foram: IRGA 421, IRGA 416,
IRGA 417, IRGA 420, BRS 7 TAIM, BR-IRGA 409, e EPAGRI 109 (subespécie indica
tipo moderno.), EEA 406 (subespécie japônica tipo tradicional), um híbrido, Arroz
vermelho casca amarela com arista (AVCAA) e arroz vermelho casca preta com
arista (AVCPA). A data dos principais estágios de desenvolvimento das plantas de
arroz, a área foliar, comprimento de panícula, estatura de planta, filocrono, número
final de folhas no colmo principal e número de perfilhos planta
-1
foram registrados
para 5 plantas/balde. Os biótipos de arroz vermelho tiveram ciclo de
desenvolvimento em geral similar às cultivares precoces e médias, e para os
53
parâmetros área foliar, estatura, filocrono e número final de folhas no colmo principal
o arroz vermelho apresentou valores mais elevados que as cultivares do que os
genótipos modernos de arroz cultivado. O perfilhamento dos biótipos de arroz
vermelho foi similar aos genótipos de arroz cultivado na maioria das datas de
semeadura, com exceção de uma data de semeadura onde um biótipo teve maior
perfilhamento e o outro biótipo teve menor perfilhamento do que os genótipos de
arroz cultivado.
Palavras-chave: Oryza sativa L., planta daninha, características morfológicas,
fenologia.
ABSTRACT
Red rice is a major weed of many rice fields. Characterizing growth and
development of red rice biotypes may help in control strategies and breecting
programs to enhance competitiveness of cultivated rice with this weed. The objective
of this is study was to quantity some growth and development parameters of two red
rice biotypes and compare them with cultivated rice genotypes. A field experiment
was carried out at Santa Maria, RS, Brazil during the 2004/2005 growing season with
five sowing dates. The experimental design was a completely randomized with four
replication in a two factorial arrangement (cultivars and sowing dates). Each
replication was a 12 l pot with 10 plants. The genotypes used were: IRGA 421, IRGA
416, IRGA 417, IRGA 420, BR-IRGA 409, BRS 7 TAIM e EPAGRI 109 , EEA 406, a
HÍBRIDO, and two red rice biotypes (awned black haul, and awned yellow haul) The
date of major developmental stages of the Counce scale, leaf area, panicle length,
plant height, phyllochron, main stem final leaf number, and tillering were measured in
five plants/pot. Red rice biotypes had a developmental cycle similar to early and mid
late genotypes, greater leaf area, greater height, greater phyllochron, and greater
main stem final leaf number than modern rice genotypes. Red rice tillering was similar
to cultivated rice genotypes tillering in all except one sowing date, where one biotype
had greater tillering and one biotype had lower tillering than cultivated genotypes.
Key words: Oryza sativa L., weed, morphological characteristics, phenology.
INTRODUÇÃO
54
O arroz faz parte de em torno de 50% da dieta básica da população mundial
(FAGERIA et al., 2003). A maior área e consumo de arroz estão no continente
Asiático, sendo China, Índia e Indonésia os maiores produtores e consumidores. No
Brasil existem cerca de 35 milhões de hectares de várzeas sendo 1,3 milhões
utilizados na produção de arroz irrigado (FAGERIA et al., 2003). A produção
Brasileira de arroz representa cerca de 1,8% da produção mundial e 52% da
produção da América do Sul. A região Sul do Brasil (RS, SC e PR) é a principal
produtora, com cerca de 63% do total produzido no País. O Rio Grande do Sul é o
maior produtor Nacional representando 77% do arroz irrigado colhido no país
(AZAMBUJA et al., 2004). A área plantada no RS na safra de 2004/2005 foi de mais
de 1 milhão de ha e produtividade de 6,11 t ha
-1
(IRGA, 2005). No entanto, o
rendimento de grãos no Estado está abaixo do potencial da cultura obtido em áreas
experimentais. Por exemplo, Mariot et al. (2003), em experimento realizado
utilizando as cultivares BR-IRGA 410 E IRGA 417 em diferentes densidades de
semeadura e níveis de aplicação de nitrogênio, obtiveram rendimentos de grãos de
8,2 toneladas ha
-1
e 7,1 toneladas ha
-1
respectivamente.
Dentre os fatores que contribuem para que o rendimento de arroz irrigado a
campo seja menor que o rendimento potencial no Rio Grande do Sul, destaca-se a
presença do arroz vermelho (Oryza sativa L.), considerada a principal planta
invasora de lavouras orizícolas (MARCHEZAN et al., 2004). O arroz vermelho
pertence à mesma espécie do arroz cultivado (Oryza sativa L.), o que dificulta seu
controle. Sua presença em áreas cultivadas resulta em competição inter-específica
com o arroz cultivado pelos recursos do meio, causa acamamento de plantas de
arroz cultivado e aumenta o custo de produção (MENEZES et al., 2002). O aumento
do custo de produção ocorre devido à necessidade de aplicações de herbicidas para
controle químico do arroz vermelho. O aumento do custo com mão-de-obra e maior
custo hora máquina para preparação do solo no sistema convencional de
semeadura. A presença do arroz vermelho também altera o processo de secagem, o
qual, segundo Marchezan (1993), é prolongado, pois o degrane das espiguetas do
arroz vermelho ocorre em torno de 15 dias após a floração plena quando a umidade
dos grãos de arroz vermelho encontra-se em 32%. A colheita dos grãos deve ser
feita quando estes atingirem umidade entre 18 e 23% (IRGA, 2005). Assim, se a
colheita ocorrer antes do degrane do arroz vermelho, o arroz cultivado ainda
55
encontra-se com elevada umidade quando comparado com o grau de umidade
recomendado para a colheita do arroz.
A presença de grãos de arroz vermelho diminui a qualidade do produto após o
beneficiamento do arroz, necessitando de maior tempo de polimento dos grãos
devido ao pericarpo serem de cor avermelhada o que resulta em maior porcentagem
de grãos quebrados Marchezan (1994). Segundo as normas de identidade,
qualidade e embalagem e apresentação do arroz contidas na Portaria nº. 269 do
Ministério da Agricultura e Reforma Agrária, de 17 de novembro de 1998, o
rendimento de grãos inteiros é um processo importante para a definição das classes
para a comercialização (EMATER 2004). Por exemplo, para a classe longo fino, a
amostra deve apresentar no mínimo 80% do peso dos grãos inteiros medindo 6,00
mm ou mais em comprimento, 1,9 mm no máximo em espessura e a relação
comprimento/largura deve ser superior a 2,75 mm após o processo de polimento dos
grãos.
Por fim, o arroz vermelho causa depreciação e desvalorização das lavouras e
aumenta o banco de sementes no solo (MENEZES et al., 2002). Menezes et al.
(1997) encontraram diminuição de 1,5% no rendimento de grãos inteiros e 0,6% na
renda do benefício e aumento de 0,85% no rendimento de grãos quebrados, para
cada 5% de aumento de grãos de arroz vermelho em amostras de grãos das
cultivares IRGA 416 e IRGA 417, já para a cultivar BR IRGA 410 estes valores foram
de 1,2%, 0,5% e 0,6%, respectivamente. De acordo com Agostineto (2003), as
perdas diretas no rendimento de grãos de arroz irrigado podem chegar a 20%, o que
corresponde a uma safra perdida a cada cinco anos e segundo Menezes (1996),
estas são ainda maiores quando leva-se em conta as perdas indiretas por
depreciação da qualidade do produto final e a desvalorização comercial das áreas.
A semelhança botânica, morfológica e fisiológica entre o arroz cultivado e
biótipos de arroz vermelho torna praticamente impossível o controle com um único
método (AGOSTINETO, 2003), sendo necessário associar algumas ações, como
utilizar sementes certificadas, mudar o sistema de cultivo, fazer rotação de culturas,
manejar a água de irrigação e utilizar técnicas culturais alternativas, como
rizipiscicultura ou utilização de marrecos de pequim na área e a técnica de pousio do
solo (MARCHEZAN et al., 2003). Atualmente, o sistema Clearfield
®
, combinado com
outras formas de controle como, por exemplo, o “roguing”, está sendo considerado
56
como a ferramenta mais eficiente no controle do arroz vermelho (LAVOURA
ARROZEIRA, 2004)
Embora sendo da mesma espécie e gênero do arroz cultivado, o arroz
vermelho possui características morfológicas que o distingue do arroz cultivado. As
folhas do arroz vermelho são geralmente de cor verde mais clara, colmos mais finos,
a cariopse tem pericarpo de cor vermelha devido à presença de taninos ou
antocianinas, com forte aderência da pálea e lema ao pericarpo, podendo estas ter
variação de coloração ou pilosidade, presença ou não de arista, degrane mais
precoce das espiguetas, maior dormência das sementes, maior estatura de plantas,
alta capacidade de perfilhamento e ciclo mais longo (DIARRA et al., 1999). Estas
diferenças morfológicas estão associadas com diferenças de crescimento e de
desenvolvimento entre o arroz cultivado e o arroz vermelho.
Caracterizar o crescimento e o desenvolvimento de biótipos de arroz vermelho
pode ajudar no controle desta invasora e no melhoramento para aumentar a
competitividade do arroz cultivado. Variações genéticas entre biótipos de arroz
vermelho são esperadas em função de poder haver cruzamento com o arroz
cultivado (GEALY et al., 2003). Algumas características do arroz vermelho citadas
como diferentes do arroz cultivado, no entanto, nem sempre são observadas em
resultados de pesquisa. Por exemplo, Menezes et al. (2002) não encontraram
diferenças para número de perfilhos/planta entre diferentes biótipos de arroz
vermelho e as cultivares BR IRGA 410 e IRGA 416. Kwon et al. (1992) observaram
maior número de colmos/planta aos 20 dias após a emergência (DAE) e não
verificaram diferenças para número de colmos/planta aos 80 DAE. Já NOLDIN et al.
(1999), encontraram 46% mais perfilhos em plantas de biótipos de arroz vermelho
do que em cultivares de arroz cultivado. Estas discrepâncias entre diferentes
trabalhos pode ser devido a variações genéticas dos biótipos ou pela diferença no
protocolo experimental utilizado nos estudos. Por exemplo, MENEZES et al. (2002)
compararam diferentes biótipos de arroz vermelho com as cultivares BR IRGA 410 e
IRGA 416 utilizando semeadura em covas e após a emergência realizou-se
desbaste deixando somente uma planta por cova.
Já alguns parâmetros de desenvolvimento como o filocrono e a duração do
ciclo em ºC dia para biótipos de arroz vermelho não foram encontrados na literatura.
Nota-se que os pesquisadores têm maior preocupação em determinar parâmetros
referentes a características morfológicas de biótipos de arroz vermelho e o efeito
57
sobre o rendimento de grãos. Estes dois parâmetros de desenvolvimento são de
interesse na área de plantas daninhas, pois o filocrono é um parâmetro para
caracterizar o desenvolvimento na fase vegetativa (emissão de folhas) e os ºC dia do
ciclo total caracteriza as necessidades térmicas do arroz vermelho comparado com o
arroz cultivado.
Para quantificar o parâmetro número de perfilhos/planta de arroz vermelho
comparado com arroz cultivado deve levar em conta que este parâmetro depende
fortemente da densidade de plantas na parcela, o que vai afetar a competição intra
específica. Assim, afirmar que uma planta de arroz vermelho perfilha mais que uma
planta de arroz cultivado em uma lavoura comercial não é apropriado, pois nesta
situação a competição intra específica é maior no arroz cultivado do que no arroz
vermelho, já que a densidade de plantas é maior no primeiro do que no segundo
(MENEZES et al. 2002).
O fato de que regiões diferentes têm biótipos de arroz vermelho diferentes e
que alguns parâmetros de desenvolvimento ainda não foram quantificados para o
arroz vermelho constituíram o incentivo para este trabalho. O objetivo deste trabalho
foi quantificar alguns parâmetros de crescimento e de desenvolvimento de dois
biótipos de arroz vermelho e compará-los com algumas cultivares de arroz irrigado.
MATERIAL E MÉTODOS
Um experimento foi conduzido a campo com semeadura em baldes durante o
ano agrícola (2004/2005) na área experimental do Departamento de Fitotecnia da
Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil (latitude: 29º 43’S,
longitude: 53º 43’W e altitude: 95m). O clima da região, segundo a classificação de
Köppen, é Cfa Subtropical úmido sem estação seca definida com verões quentes
(MORENO, 1961). O solo do local é uma transição entre a Unidade de Mapeamento
São Pedro (Argissolo Vermelho distrófico arênico) e a Unidade de Mapeamento
Santa Maria (Alissolo Hipocrômico argilúvico típico) (EMBRAPA, 1999).
As plantas de arroz foram cultivadas em baldes de 30 cm de diâmetro e 26
cm de altura com capacidade de 12 litros preenchidos com solo do local e
enterrados, deixando-se uma borda de 5 cm acima do nível do solo. O espaçamento
entre os baldes (de centro a centro dos baldes) foi de 1,5 m x 0,8 m. Foram
realizadas 5 épocas de semeadura: 02/09/2004, 07/10/2004, 04/11/2004,
58
03/12/2004 e 02/03/2005. O delineamento experimental foi o inteiramente
casualizado com quatro repetições no esquema bifatorial (cultivares e épocas de
semeadura). Cada repetição foi constituída por um balde com 10 plantas.
As cultivares utilizadas foram IRGA 421, IRGA 416, IRGA 417, IRGA 420, BRS
7 TAIM, BR-IRGA 409, EPAGRI 109, EEA 406, um genótipo híbrido do Instituto Rio
Grandense do Arroz (IRGA) ainda não liberado comercialmente, e por isso
denominado aqui apenas como híbrido, e dois biótipos de arroz vermelho, um biótipo
com grãos casca preta e aristado (AVCPA) e o outro biótipo com casca amarela e
aristado (AVCAA). As sementes de arroz vermelho foram oriundas de duas plantas
diferentes, a coleta foi feita desta forma em função da grande variabilidade entre
biótipos de arroz vermelho, ambas as plantas cresceram na área experimental do
Instituto Riograndense do Arroz (IRGA), em Cachoeirinha, RS. As cultivares são
todas da subespécie indica tipo moderno exceto a cultivar EEA 406 que é da
subespécie japônica tipo tradicional de porte alto, muito utilizada em experimentos
como simuladora do arroz vermelho (AGOSTINETO, 2003). Estes genótipos
apresentam variação considerável de ciclos, de muito precoce (IRGA 421) a tardio
(EPAGRI 109).
Foram semeadas 30 sementes por balde. Foi quebrada a dormência das
sementes dos biótipos de arroz vermelho antes da semeadura, deixando-se as
sementes em estufa durante cinco dias a 42ºC. O dia da emergência foi considerado
quando 50% das plântulas estavam visíveis acima do solo. No estágio V3 (COUNCE
et al., 2000) foi feito um desbaste das plantas, deixando-se 10 plantas por balde,
cinco das quais foram marcadas para posterior coleta dos dados, somente no colmo
principal.
Nos colmos marcados, observou-se a data de ocorrência dos seguintes
estágios de desenvolvimento, seguindo a escala de Counce et al. (2000): R2
(aparecimento do colar da folha bandeira), EB, o qual não está presente na escala,
(emborrachamento, que foi considerado quando havia um entumescimento no colmo
principal, devido à presença da panícula, entre a última e penúltima folha do colmo
principal), R3 (aparecimento da panícula ou panícula visível), R4 (antese, uma ou
mais flores abertas na panícula), R7, definida com critérios diferentes da escala,
(uma ou mais espiguetas com grãos farináceos), R8 (uma ou mais espiguetas com
grãos com casca marrom) e R9 (maturação fisiológica: todas as espiguetas da
panícula com grãos com casca marrom). O manejo das plantas foi baseado nas
59
recomendações técnicas para a cultura do arroz irrigado (SOSBAI, 2003) e a
irrigação foi realizada deixando-se uma lâmina de água de 5 a 7 cm nos baldes
desde o estágio V3 até a maturação fisiológica.
A soma térmica diária (STd, ºC dia) foi calculada por (GILMORE & ROGERS,
1958; ARNOLD, 1960; STRECK, 2002):
STd=(Tmed-Tb).1dia quando TbTmedTot e
STd=(Tot-Tb).(Tmax-Tmed)/(Tmax-Tot) quando Tot<TmedTmax, se Tmed<Tb
então Tmed=Tb e se Tmed>Tmax então Tmed=Tmax (1)
Onde Tb, Tot, e Tmax são as temperaturas cardinais base, ótima e máxima para o
desenvolvimento do arroz e Tmed é a temperatura média diária do ar calculada pela
média aritmética entre a temperatura mínima e a temperatura máxima diária do ar. A
soma térmica acumulada (STa, ºC dia) a partir da emergência foi calculada por
STa=ΣSTd.
As temperaturas mínima e máxima diária do ar foram medidas em uma
estação meteorológica convencional, pertencente ao 8º Distrito de
Meteorologia/Instituto Nacional de Meteorologia (DISME/INMET) localizada a
aproximadamente 200 m da área experimental. Com relação às temperaturas
cardinais assumiu-se Tb=11ºC (INFELD et al., 1998), Tot=28ºC (STEINMETZ, 2004)
e Tmax= 40ºC (GAO et al., 1992). Dividiu-se o ciclo de desenvolvimento do arroz em
duas fases: EM-R2 e R2-R9. Optou-se por esta divisão, pois a primeira fase (EM-R2)
se refere à fase de emissão de folhas enquanto que a segunda fase (R2-R9) se
caracteriza pelo aparecimento das estruturas reprodutivas e pelo enchimento de
grãos, todos estágios facilmente identificáveis a campo e sem necessidade de
destruir a planta.
Nos colmos marcados mediu-se o comprimento (C) e maior largura (L) (após
expansão completa) da primeira, sexta, décima, décima segunda, décima quarta
folha e da folha bandeira. A área foliar (AF) final de cada uma destas folhas foi
calculada com base no comprimento (C) e na maior largura (L) através da fórmula
AF=C*L*0,74 (TIVET et al., 2001). Nos colmos marcados foi ainda medida a estatura
final de planta, considerando a distância entre a superfície do solo e o ápice da
panícula, e o comprimento da panícula. Foram medidos, semanalmente, o número
de folhas e o comprimento da última e penúltima folha para o cálculo do Estágio de
Haun (HS), que representa o número de folhas completamente expandidas (NF)
60
mais a razão entre o comprimento da última (L
n
) e o comprimento da penúltima folha
(L
n-1
), através da equação (HAUN, 1973):
HS = (NF – 1) + L
n
/L
n-1
{folhas} (2)
O filocrono, foi estimado como sendo o inverso do coeficiente angular da
regressão linear entre o (HS) e STa (KLEPPER et al., 1982; XUE et al., 2004;
STRECK et al., 2005).
Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias foram
comparadas pelo teste Tukey em nível de 5% de probabilidade de erro.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na data de semeadura 1 (02/09/2004), na cultivar BR-IRGA 409 não foi
possível determinar os estágios da fase reprodutiva após R4 no híbrido e no
AVCPA. Na data de semeadura 5 (02/03/2005) nenhum dos genótipos atingiu R9 e a
cultivar EPAGRI 109 sequer emitiu a folha bandeira, morrendo devido às baixas
temperaturas em maio/2005.
A duração (Cº dia) do ciclo total de desenvolvimento e das fases, variou entre
os genótipos e entre datas de semeadura (Figura 1, Tabela 1). Independente do
genótipo, a fase mais longa foi à fase EM-R2, perfazendo de 55 a 80% da duração
do ciclo total dos genótipos. Quanto mais longo o ciclo total do genótipo, maior a
percentagem da duração da fase EM-R2 em relação ao ciclo total. Para a cultivar
IRGA 421, a duração da fase EM-R2 foi em torno de 55%, enquanto que para a
cultivar EPAGRI 109, a fase EM-R2 representou em torno de 80% do ciclo total. A
cultivar muitoprecoce (IRGA 421) completou a fase EM-R2 entre 700 e 800 ºC dia,
para as cultivares precoces e médias (IRGA 416, IRGA 417, IRGA 420) foram
necessários de 1000 a 1400 ºC dia, entre 1000 e 1100 ºC dia para o híbrido,e para
as cultivares médias-tardias e tardias (BR-IRGA 409, BRS 7 TAIM, EPAGRI 109,
EEA 406) foram necessários de 1300 a 1700 ºC.dia. Para os biótipos de arroz
vermelho casca amarela aristado e casca preta aristado (AVCA e AVCPA) foram
necessários de 1200 a 1400 ºC dia para completar esta fase. Infeld et al. (1998)
também encontraram diferenças na duração da fase vegetativa (emergência até a
diferenciação da panícula) para diferentes grupos de cultivares Sul Brasileiras de
arroz, onde as precoces necessitaram de 536 ºC dia, as cultivares de ciclo médio
638 ºC.dia e as cultivares tardias de 772 ºC dia. A fase R2-R9 variou bem menos
61
entre as cultivares, ficando entre 400 e 700 ºC dia e sem relação com o ciclo da
cultivar. Pelos dados da Figura 1 e Tabela 1, os biótipos de arroz vermelho
geralmente possuem ciclo precoce a médio, sendo o biótipo AVCAA de ciclo mais
longo que o biótipo AVCPA. O biótipo AVCAA apresentou ciclo bastante longo
quando semeado em 07/10/2004, quase se igualando ao ciclo da cultivar tardia
EPAGRI 109 nesta data de semeadura.
A análise de variância revelou que houve interação significativa genótipo x
data de semeadura para as variáveis área folhar da sexta, décima, décima segunda
e décima quarta folhas, estatura de planta, filocrono e número final de folhas (NF) no
colmo principal (Tabela 2). A análise estatística das variáveis foi desdobrada de
acordo com a significância ou não da interação (Tabelas 3 e 4). O efeito dos fatores
principais foi significativo para todas as variáveis. O quadrado médio dos fatores
principais foi maior para o fator data de semeadura do que para o fator genótipo para
a maioria das variáveis, com exceção das variáveis área da folha bandeira e
comprimento da panícula (Tabela 2), indicando que o ambiente teve um maior efeito
na maioria das variáveis do que a constituição genética.
A área da 1º folha foi maior nos dois biótipos de arroz vermelho e no híbrido e
a área da folha bandeira foi maior nestes três genótipos e na cultivar EEA 406
(Tabela 3). Esta também foi à tendência para a área folhar das folhas nas outras
posições no colmo principal e nas diferentes datas de semeadura (Tabela 4). Datas
de semeadura mais tardias tenderam a aumentar a área das folhas independente da
posição da folha no colmo principal (Tabelas 3 e 4). Menezes et al. (2002) ao
compararem 7 biótipos de arroz vermelho com as cultivares IRGA 410 e IRGA 416
não observaram diferenças para área folhar da folha bandeira, mas Noldin et al.
(1999) observaram diferença para este parâmetro. A grande área folhar da cultivar
EEA 406 é em função deste genótipo ser do grupo tradicional e esta semelhança de
tamanho de folha com o arroz vermelho tem sido o motivo de sua utilização como
planta simuladora desta planta daninha em ensaios de competição (AGOSTINETTO,
2003).Já a grande área das folhas do híbrido é certamente o resultado do vigor
híbrido neste genótipo. A maior estatura de planta foi observada para a cultivar EEA
406 e para os dois biótipos de arroz vermelho em todas as datas de semeadura
(Tabela 4). Menezes et al. (2002) observaram estatura aos 20, 50 e 80 DAE e
constataram diferenças entre biótipos de arroz vermelho e as cultivares de arroz.
Kwon et al. (1992) aos 60 DAE plantas de arroz vermelho apresentaram estatura 46
62
e 55% superior à das cultivares Newbonnet e Lemont. Do mesmo modo Noldin et al.
(1999) verificaram estaturas 31 e 26% superiores em plantas de biótipos de arroz
vermelho, comparativamente as cultivares padrão. A maior estatura das plantas de
arroz vermelho confere a esta planta daninha grande capacidade de competição
pelo recurso radiação solar. Além disso, maior estatura confere maior suscetibilidade
ao acamamento o que pode ser prejudicial em lavouras de arroz já que pode
também ocorrer acamamento do arroz cultivado.
Com relação ao parâmetro comprimento da panícula, os dois biótipos de arroz
vermelho e a cultivar EEA 406 apresentaram estatisticamente maior comprimento
(Tabela 3). Já o parâmetro de desenvolvimento filocrono foi maior nos dois biótipos
de arroz vermelho e na cultivar EEA 406 (Tabela 4). Não foram encontrados na
literatura relatos de diferença de velocidade de emissão de folhas entre o arroz
vermelho e o arroz cultivado. O menor filocrono (maior velocidade de emissão de
folhas) dos genótipos modernos de arroz indica que estes genótipos têm alta
competitividade com a planta daninha. A cultivar EEA 406 destacou-se em todas as
datas de semeadura com o maior filocrono, ou seja, tem uma velocidade de emissão
de folhas baixa. O número final de folhas (NF) variou com o genótipo, sendo maior
no AVCPA, EA 406 e EPAGRI 109 e menor no IRGA 421 (Tabela 4). Entre datas de
semeadura em geral, o NF diminuiu com o atraso da semeadura. O NF no colmo
principal tem relação direta com duração do ciclo de desenvolvimento dos genótipos,
quanto maior o NF, maior o ciclo de desenvolvimento.
Para o número de perfilhos/planta na primeira data de semeadura
(02/09/2004) o biótipo de arroz vermelho AVCAA apresentou o maior número de
perfilhos e o biótipo AVCPA o menor número de perfilhos (Figura 2). Para as outras
datas de semeadura praticamente as diferenças entre genótipos foi menor.
Destaca-se ainda o AVCAPA com menor número de perfilhos na semeadura de
07/10/2004.
Há semelhanças e diferenças de crescimento e desenvolvimento entre
biótipos de arroz vermelho e genótipos de arroz cultivado.
O ciclo de desenvolvimento de biótipos de arroz vermelho foi similar ao ciclo
de muitas cultivares precoces e médias, mas dependendo da data de semeadura
pode ser tão longo como o ciclo da EPAGRI 109. Os biótipos de arroz vermelho
possuem folhas maiores, estatura maior, filocrono maior e número final de folhas no
colmo principal maior que os genótipos modernos de arroz cultivado.
63
Quanto à capacidade de perfilhamento, na maioria das datas de semeadura
os biótipos de arroz vermelho tiveram comportamento similar aos genótipos de arroz
cultivado, e na data de semeadura em que o comportamento não foi similar, um
biótipo de arroz vermelho produziu mais perfilhos enquanto que o outro biótipo de
arroz vermelho produziu menos perfilhos do que os genótipos de arroz cultivado.
CONCLUSÕES
O ciclo de desenvolvimento de biótipos de arroz vermelho foi similar ao ciclo
de muitas cultivares precoces e médias, mas pode ser tão longo como o ciclo da
EPAGRI 109. Os biótipos de arroz vermelho apresentaram valores maiores de
folhas, estatura, filocrono e número final de folhas .
Quanto à capacidade de perfilhamento, na maioria das épocas de
semeadura os biótipos de arroz vermelho tiveram comportamento similar aos
genótipos de arroz cultivado, e na única época de semeadura em que o
comportamento não foi similar, um biótipo de arroz vermelho produziu mais perfilhos
enquanto que o outro biótipo de arroz vermelho produziu menos perfilhos do que os
genótipos de arroz cultivado.
64
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interferência de genótipos de arroz concorrentes e níveis de dano econômico
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68
Figura 1- Soma térmica acumulada (
o
C dia) da EM-R2 e R2-R9 com média de
todas as cultivares e média de todas as épocas do ciclo de desenvolvimento
de genótipos de arroz irrigado e de dois biótipos de arroz vermelho em cinco
épocas de semeadura durante a safra agrícola 2004/2005. Santa Maria, RS,
Brasil.
EM=Emergência, R2= Aparecimento do colar da folha bandeira, R9= todos os
grãos marrons, maturação fisiológica.
Safra agrícola: 2004/2005
0 500 1000 1500 2000 2500
Época 5
Época 4
Época 3
Época 2
Época 1
Épocas
Soma térmica acumulada (ºC dia)
Safra agrícola: 2004/2005
0 500 1000 1500 2000 2500
IRGA 421
IRGA 416
IRGA 417
IRGA 420
BRS 7 Taim
BR IRGA 409
EPAGRI 109
EEA 406
BRIDO
AVCAA
AVCPA
Genótipos
Soma térmica acumulada (ºC dia)
69
Tabela 1- Duração em ºC dia, das fases EM-R2, R2-R9 e ciclo total (EM-R9) de
genótipos de arroz cultivado e arroz vermelho. Santa Maria, RS, 2004-2005.
EM=Emergência; R2=Aparecimento do colar da folha bandeira; R9=Maturação
fisiológica.
Genótipos EM-R2 R2-R9 EM-R9
AVCPA
1217,6 (36,8)* 543,1 (21,6)* 1748,6 (58,5)
AVCAA
1308,0 (54,0) 617,0 (119,1) 1925,0 (157,6)
HÍBRIDO
1036,8 (55,5) 637,6 (43,9) 1674,4 (67,3)
EEA 406
1170,0 (83,7) 577,3 (39,1) 1747,3 (108,2)
EPAGRI 109
1573,2 (75,3) 536,0 (31,2) 2109,2 (90,6)
BR-IRGA 409
1522,7(125,1) 520,7 (55,6) 2006,4 (155,0)
BRS 7 TAIM
1353,7 (98,3) 589,9 (91,7) 1957,4 (140,7)
IRGA 420
1202,3(117,9) 625,7 (128,2) 1828,0 (132,2)
IRGA 417
1074,6 (32,8) 663,5 (77,1) 1738,1 (63,9)
IRGA 416
1147,3 (63,3) 608,9 (56,1) 1756,3 (98,8)
IRGA 421
761,9 (55,2) 638,6 (144,5) 1400,5 (141,6)
* Média de 4 épocas de semeadura. Os valores entre parêntesis apresentam um desvio padrão da média.
70
Tabela 2- Valores de quadrado médio (QM) do quadro de análise da variância
para diferentes parâmetros de crescimento e desenvolvimento de genótipos
de arroz cultivado e biótipos de arroz vermelho. Santa Maria, RS, 2004/2005.
Quadrado médio
Fonte de
variação
AF1 AF6 AF10 AF12 AF14
G
1
1,37** 82,61** 538,12** 487,37** 589,79**
DS
2
1,86** 550,57** 639,67** 4104,55** 653,45**
G*DS
3
0,052 21,03** 90,86** 46,09** 60,61**
** Significativo a 1% de probabilidade
1
G= Genótipo,
2
DS= Data de semeadura,
3
Interação G*DS. AF1=área folhar 1
a
folha,
AF6=área folhar 6
a
folha, AF10=área folhar 10
a
folha, AF12=área folhar 12
a
folha, AF14=área folhar 14
a
folha.
Continuação da tabela 2...
Quadrado médio
Fonte de
variação
AFB EP F CP NFF
G
1
313,96** 1034,96** 1183,24** 20,05** 41,27**
DS
2
268,94** 1550,53** 3484,22** 18,46** 262,93**
G*DS
3
33,26 134,02** 68,
71
Tabela 3- Diferentes parâmetros de crescimento e de desenvolvimento de
genótipos de arroz cultivado e biótipos de arroz vermelho quando não houve
interação entre genótipo e data de semeadura. Santa Maria, RS, 2004/2005.
Parâmetros
Genótipos
AF1 AFB CP
AVCPA
1
1,78A 31,1A 20,4AB
AVCAA
2
1,45B 29,4A 21,0A
HÍBRIDO 1,45B 30,4A 18,9BCD
EEA 406 1,04CD 29,4A 20,3AB
EPAGRI 109 1,11C 19,9C 18,8BCDE
BR-IRGA 409 0,73E 21,2BC 18,2CDE
BRS 7 TAIM 0,95CDE 23,6BC 18,9BCDE
IRGA 420 0,80DE 20,0C 16,9E
IRGA 417 0,77DE 20,6C 19,6ABC
IRGA 416 1,01CDE 23,7BC 18,9BCD
IRGA 421 0,84CDE 26,8AB 17,1DE
Parâmetros Épocas de semeadura
AF1 AFB CP
Data 1 24,3b 19,7a
Data 2 22,9b
Data 3 0,85b 28,6a 18,9b
Data 4 1,22a 18,4b
Data 5 1,19a 24,7b
1
Arroz vermelho casca amarela aristado,
2
Arroz vermelho casca preta aristado, AF1=Área folhar da 1ª folha (cm
2
),
AFB=área folhar da folha bandeira (cm
2
),, CP=comprimento de panícula (cm).
1
Tabela 4- Diferentes parâmetros de crescimento e de desenvolvimento de genótipos de arroz cultivado e
biótipos de arroz vermelho quando houve interação entre genótipo e data de semeadura. Santa Maria, RS,
2004/2005.
AF6 AF10 AF12 AF14
GENÓTIPO D2 D3 D4 D5 D2 D3 D4 D1 D2 D1 D2
AVCPA 8,1 ABa 13,2 ABCb 15,7Ab 23,0Ac 25,4CDb 26,7BCb 39,2Aa 28,1 BCb 45,1 ABCa 35,9 Ba 32,1 BCDEa
AVCAA 7,7 ABa 12,1 ABCDb 12,6ABb 21,9Ac 36,9Ba 24,3Cb 38,5Aa 17,3 DEb 40,3 BCDa 31,2 BCa 36,9 Ba
HÍBRIDO 10,1 Aa 14,4 ABab 12,4ABCbc 16,6Bc 35,0Ca 35,3Aba 33,7Aba 34,6 ABb 47,4 ABa 36,7 Ba 35,0 BCa
EEA 406 7,3 ABa 15,1 Ab 10,5BCDc 25,4Ad 55,2Aa 40,0Ab 39,7Ab 38,6 Ab 51,1 Aa 49,1 Ab 55,2 Aa
EPAGRI 109 7,2 ABa 10,7BCDEab 8,7CDbc 12,8BCc 33,8BCDa 19,2Cb 20,8Cb 27,1 BCDb 31,8 DEFa 20,2 Db 33,8 BCDa
BR-IRGA 409 5,8 Ba 9,7 CDEb 10,2BCDb 14,9BCc 31,4BCDa 22,9Cb 24,9BCab 18,1 CDEb 28,8 EFa 21,3 Db 31,4 BCDEa
BRS 7 TAIM 6,3 ABa 9,3 DEab 8,5Db 12,3Cb 30,3BCDa 16,2Cb 25,0BCa 13,6 Eb 27,5 EFa 21,1 CDb 30,3 BCDEa
IRGA 420 7,5 ABa 11,0 BCDEa 10,7BCDa 11,7Cb 24,5CDa 22,0Ca 26,2BCa 21,2 CDEb 34,6 DEFa 22,3 CDa 24,4 DEa
IRGA 417 7,4 ABa 8,0 Eb 8,5Db 12,1Cb 26,8BCDa 16,0Cab 21,5Cb 17,6 DEb 26,5 Fa 17,4 Db 26,7 CDEa
IRGA 416 6,6 ABa 11,5ABCDEa 10,6BCDa 13,2BCb 33,9BCDa 26,7BCa 30,0ABCa 21,4 CDEb 37,3 CDEa 24,2 CDb 33,9 BCDa
IRGA 421 8,0 ABa 8,8 DEab 10,0BCDb 12,3Cb 24,1Da 25,3BCa 29,9ABCa 16,7 Eb 34,1 DEFa 23,5 CDa 24,1 Ea
Médias separadas por letras maiúsculas na vertical e minúsculas na horizontal não diferem entre si pelo Teste Tukey a 5% de probabilidade de erro.
AVCPA= arroz vermelho casca preta aristado, AVCAA= arroz vermelho casca amarela aristado, D1=primeira data de semeadura 02/09/2004, D2=segunda data de semeadura 07/10/2004,
D3=terceira data de semeadura 04/11/2004, D4=quarta data de semeadura 3/12/2004, D5=quinta data de semeadura 02/03/2005, AF6=área folhar da sexta folha, AF10=área folhar da décima
folha, AF12=área folhar da décima segunda folha, AF14=área folhar da décima quarta folha.
Tabela 5- Diferentes parâmetros de crescimento e de desenvolvimento de genótipos de arroz cultivado e biótipos de
arroz vermelho quando houve interação entre genótipo e data de semeadura. Santa Maria, RS, 2004/2005.
EP F
NFF
GENÓTIPO D2 D3 D4 D1 D2 D3 D4 D5 D1 D2 D3 D4 D5
AVCPA 64,2 ABab 69,4 ABCa 58,2 BCb 51,2Bd 80,2Aab 71,5Bc 74,8Abbc 87,5Aba 17,8cA 14,8cdeB 15,4cdB 15,0cB 12,4bcC
AVCAA 66,1 ABb 77,0 Aba 72,7 Aab 48,4Bd 68,8BCbc 61,8BCc 71,5ABCab 78,7BCa 18,3bcA 16,1bcB 16,8bcdAB 15,8bcB 11,6cC
HÍBRIDO 49,9 CDa 48,4 Ea 42,8 Da 51,1Bd 56,3DEcd 61,3Cbc 71,7ABCa 68,7CDab 15,3deA 13,9deAB 12,6eBC 14,8cA 11,1Cc
EEA 406 71,5 Ab 81,6 Aa 65,3 ABb 69,9Ac 75,5Abbc 83,8Ab 81,6Ab 95,9Aa 14,8eA 14,9cdA 15,1dA 14,9cA 11,2cB
EPAGRI 109 54,0 BCb 65,5 BCDa 40,3 Dc 48,3Bc 56,3DEbc 61,6BCb 63,3CDEb 77,5BCa 21,6aA 17,8aB 18,2aB 17,7aB *
BR-IRGA 409 59,9 ABCa 51,7 Eab 43,3 Db 44,6Bc 55,8DEb 60,5Cab 63,7CDEab 68,7CDa 20,1abA 17,6abB 17,4abB 17,0abB 13,4abC
BRS 7 TAIM 53,9 BCa 57,1 CDEa 42,7 Db 43,5Bc 56,5DEb 62,8BCb 60,8DEb 71,5CDa 17,7cA 16,3abcAB 17,0abcAB 15,5bcB 12,0cC
IRGA 420 53,4 BCa 55,4 DEa 46,7 CDa 42,9Bb 63,7CDa 63,4BCa 66,6BCDa 69,5CDa 17,2cdA 15,0cdB 16,3bcdAB 15,0cB 11,9bcC
IRGA 417 46,7 CDa 50,2 Ea 46,3 CDa 48,3Bc 53,1Ec 59,8Cab 56,0Eabc 64,4Da 17,9cA 16,4abcAB 16,2bcdB 16,5abcAB 12,0bcC
IRGA 416 50,5 CDa 54,9 DEa 46,0 CDa 50,2Bb 64,1CDa 63,7BCa 63,9CDaE 63,5Da 18,1cA 15,8bcB 16,1bcdB 15,7bcB 12,0aB
IRGA 421 39,3 Db 69,5 ABCa 46,3 CDb 44,1Bb 50,1Eb 59,4Ca 60,2DEa 63,7Da 15,4deA 13,0eB 12,1eB 12,8dB 12,1bcB
Médias separadas por letras maiúsculas na vertical e minúsculas na horizontal não diferem entre si pelo Teste Tukey a 5% de probabilidade de erro.
OBS: Não foram avaliados os parâmetros nas datas de semeadura que não estão na tabela. *=Não emitiu a folha bandeira, portanto não foi possível identificar o número final de folhas.
AVCPA= arroz vermelho casca preta aristado, AVCAA= arroz vermelho casca amarela aristado, D1=primeira data de semeadura 02/09/2004, D2=segunda data de semeadura 07/10/2004, D3=terceira data de
semeadura 04/11/2004, D4=quarta data de semeadura 3/12/2004, D5=quinta data de semeadura 02/03/2005, EP=estatura de planta.
72
1
Figura 2- Número de perfilhos/planta de cultivares de arroz irrigado e de dois
biótipos de arroz vermelho em cinco épocas de semeadura durante a safra
agrícola 2004/2005. Santa Maria, RS, Brasil.
Semeadura:07/10/2004
Emergência:13/10/2004
0
5
10
15
20
25
30
252 295 315 322 331 336 344 350 5 10 50 130
Número de perfilhos/plant
a
EPAGRI 109
HÍBRIDO
AVC AMARELA
BR IRGA 409
A V C PRETA
IRGA 421
Semeadura: 02/09/2004
Emergência:08/09/2004
0
5
10
15
20
25
30
252 295 301 315 322 329 336 344 350 356 365 5 10 50 130
Número de perfilhos/plant
a
EPA GRI 10 9
HÍBRIDO
AVCAA
BR IRGA 409
AVCPA
IRGA 421
Semeadura:02/03/2005
Emergência:08/03/2005
0
5
10
15
20
25
30
252 365 5 10 50 83 96 103 117 130
Dia do ano
Numero de perfilhos/plant
a
EPA GRI 1 0 9
HÍBRIDO
AVCAA
BR IRGA 409
AVCPA
IRGA 421
Semeadura:03/12/2004
Emergência: 08/12/2004
0
5
10
15
20
25
30
252 295 315 322 336 343 356 363 5 12 20 50 80 100 130
Número de perfilhos/plant
a
EPA GRI 10 9
HÍBRIDO
AVC AMARELA
BR IRGA 409
A V C PRETA
IRGA 421
Semeadura:04/11/2004
Emergência:13/11/2004
0
5
10
15
20
25
30
252 295 315 322 336 343 350 356 363 370 5 10 50 130
Número de perfilhos/plant
a
EPA GRI 1 0 9
HÍBRIDO
AVC AMARELA
BR IRGA 409
AVC PRETA
IRGA 421
73
2
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A soma térmica varia com a cultivar, com a época de semeadura e com o
método de cálculo. Ainda assim, a soma térmica é um melhor descritor de tempo
biológico do que dias do calendário civil em arroz. Recomenda-se usar as três
temperaturas cardinais de desenvolvimento constantes durante ciclo de
desenvolvimento no cálculo da soma térmica.
O encurtamento do ciclo das cultivares de arroz é devido a diminuição do
número final de folhas no colmo principal e não à mudança de velocidade de
aparecimento das folhas.
Os dois biótipos de arroz vermelho utilizados mostraram diferenças em
características de crescimento e de desenvolvimento quando comparados com
cultivares de arroz irrigado.
74
3
APÊNDICES
APÊNDICE A -. Duração média, desvio padrão (DP) e coeficiente de variação
(CV%) nas fases de emergência ao surgimento do colar da folha bandeira (EM-R2),
surgimento do colar da folha bandeira ao ponto de maturação fisiológica (R2-R9) e
ciclo total (EM-R9) de diferentes cultivares de arroz irrigado, em dias do calendário
civil, ºC dia calculado pelos diferentes métodos com temperaturas cardinais
constantes e tempo fototérmico durante o ciclo de desenvolvimento. Santa Maria,
RS, 2003/2004.
EM-R2 R2-R9 EM-R9
Média DP CV(%) Média DP CV(%) Média DP CV(%)
Epagri 109 Com temperaturas cardinais constantes durante o ciclo de desenvolvimento
Dias 127,6 22,2 17,4 41,3 2,1 5,0 175,7 20,7 11,8
STa1 1514,7 208,9 13,8 509,5 48,1 9,4 2156,9 140,5 6,5
T. fototérmico* 21638,5 3696,3 17,1
T. fototérmico** 100141,3 571287,4 57,0
STa2 1513,1 207,5 13,7 509,5 48,1 9,4 2154,4 139,3 6,5
T.fototérmico* 21615,5 3675,9 17,0
T. fototérmico** 100017,5 570481,4 57,0
STa3 1510,9 205,6 13,6 509,5 48,1 9,4 2150,9 137,6 6,4
T.fototérmico* 21582,9 3647,4 16,9
T. fototérmico** 998425,3 569357,0 57,0
BR-IRGA 409
Dias 110,2 12,0 10,9 40,3 4,9 12,2 151,0 9,6 6,3
STa1 1329,0 158,6 11,9 461,7 91,1 19,7 1831,7 197,8 10,8
T.fototérmico* 18992,1 3065,3 16,1
T. fototérmico** 741441,5 369380,0 49,8
STa2 1327,8 157,9 11,9 461,6 91,0 19,7 1830,1 197,3 10,8
T.fototérmico* 18975,1 3055,1 16,1
T. fototérmico** 740604,7 368887,6 49,8
STa3 1326,1 156,9 11,8 461,4 90,9 19,7 1827,9 196,5 10,8
T.fototérmico* 18950,9 3040,7 16,0
T.fototérmico** 739419,2 368190,9 49,8
IRGA 420
Dias 86,6 12,2 14,0 41,5 3,4 8,2 131,3 13,9 10,6
STa1 1084,6 121,7 11,2 528,1 99,9 18,9 1643,5 120,5 7,3
T.fototérmico* 15544,3 2334,8 15,0
T.fototérmico** 412572,4 223249,5 54,1
STa2 1083,5 120,6 11,1 528,1 99,9 18,9 1642,2 119,7 7,3
T.fototérmico* 15528,6 2319,8 14,9
T.fototérmico** 412045,5 216354,3 52,5
STa3 1083,5 120,6 11,1 527,5 98,8 18,7 1639,7 118,0 7,2
T.fototérmico* 15528,6 2319,8 14,9
T.fototérmico** 412045,5 216354,3 52,5
IRGA 417
Dias 82,2 10,8 13,2 43,5 2,6 6,1 127,8 10,7 8,4
STa1 1013,4 33,7 3,3 558,5 71,8 12,9 1585,0 78,9 5,0
T.fototérmico* 14486,5 939,9 6,5
T.fototérmico** 445078,2 218933,5 49,2
STa2 1012,4 33,0 3,3 558,2 71,5 12,8 1583,7 78,1 4,9
T.fototérmico* 14472,0 930,3 6,4
T.fototérmico** 444504,3 218582,7 49,2
STa3 1011,0 32,0 3,2 557,7 71,1 12,7 1581,2 76,3 4,8
T.fototérmico* 14451,5 916,8 6,3
T.fototérmico** 443691,1 218086,3 49,2
IRGA 416
Dias 85,8 9,7 11,3 42,3 3,8 8,9 129,5 13,9 10,7
STa1 1045,2 66,8 6,4 551,0 95,0 17,3 1602,9 113,3 7,1
T.fototérmico* 14911,5 1452,0 9,7
T.fototérmico** 459703,8 224476,9 48,8
STa2 1044,2 67,1 6,4 550,8 94,9 17,2 1601,6 113,2 7,1
T.fototérmico* 14897,0 1451,2 9,7
T.fototérmico** 459137,6 224194,9 48,8
STa3 1042,8 67,4 6,5 550,2 94,2 17,1 1599,1 112,9 7,1
75
4
T.fototérmico* 14876,5 1450,3 9,7
T.fototérmico** 458335,5 223796,0 48,8
BRS 7 TAIM
Dias 98,0 9,1 9,3 42,8 2,2 5,2 141,8 8,1 5,7
STa1 1178,4 124,5 10,6 536,2 103,7 19,3 1733,4 145,0 8,4
T.fototérmico* 16872,7 2432,4 14,4
T.fototérmico** 511132,7 253604,2 49,6
STa2 1177,3 124,1 10,5 536,0 103,4 19,3 1732,1 144,5 8,3
T.fototérmico* 16857,0 2424,6 14,4
T.fototérmico** 510513,3 253225,8 49,6
STa3 1175,8 123,4 10,5 535,6 102,9 19,2 1729,6 143,9 8,3
T.fototérmico* 16834,9 2413,4 14,3
T.fototérmico** 509642,1 252692,9 49,6
IRGA 421
Dias 63,2 10,7 16,9 48,4 7,1 14,7 111,6 16,8 15,1
STa1 758,8 38,6 5,1 599,6 132,5 22,1 1358,3 142,2 10,5
T.fototérmico* 10831,2 696,8 6,4
T.fototérmico** 225819,8 126864,3 56,2
STa2 757,8 38,7 5,1 599,4 132,5 22,1 1357,4 141,6 10,4
T.fototérmico* 10817,9 695,6 6,4
T.fototérmico** 225460,7 126622,3 56,2
STa3 756,5 39,0 5,2 598,8 131,7 22,0 1355,3 139,9 10,3
T.fototérmico* 10799,0 694,1 6,4
T.fototérmico** 224952,0 126280,0 56,1
Dias = Dias do calendário civil (dias)
STa
1
=Soma térmica acumulada pelo método 1 (ºCdia)
STa
2
=Soma térmica acumulada pelo método 2 (ºCdia)
STa
3
=Soma térmica acumulada pelo método 3 (ºCdia)
*=Tempo fototérmico calculado com fotoperíodo médio durante a fase indutiva
**=Tempo fototérmico calculado com fotoperíodo acumulado durante a fase indutiva
76
5
APÊNDICE B - Duração média, desvio padrão (DP) e coeficiente de variação
(CV%) nas fases de emergência ao surgimento do colar da folha bandeira (EM-R2),
surgimento do colar da folha bandeira ao ponto de maturação fisiológica (R2-R9) e
ciclo total (EM-R9) de diferentes cultivares de arroz irrigado, em dias do calendário
civil, ºC dia calculado pelos diferentes métodos e tempo fototérmico, com
temperaturas cardinais variando durante o ciclo de desenvolvimento. Santa Maria,
RS, 2003/2004.
EM-R2 R2-R9 EM-R9
Média DP CV(%) Média DP CV(%) Média DP CV(%)
Epagri 109 Com temperaturas cardinais constantes durante o ciclo de desenvolvimento
Dias 127,6 22,2 17,4 41,3 2,1 5,0 175,7 20,7 11,8
STa1 1514,7 208,9 13,8 345,8 40,8 11,8 1993,2 141,7 7,1
T. fototérmico* 21638,5 3696,3 17,1
T. fototérmico** 918500,1 400222,9 43,6
STa2 1513,1 207,5 13,7 329,6 36,4 11,0 1978,6 145,5 7,4
T.fototérmico* 21615,5 3675,9 17,0
T. fototérmico** 917505,9 399436,8 43,5
STa3 1509,6 204,6 13,6 297,1 30,0 10,1 1936,3 148,9 7,7
T.fototérmico* 21564,0 3630,9 16,8
T. fototérmico** 915482,6 398580,6 43,5
BR-IRGA 409
Dias 110,2 12,0 10,9 40,3 4,9 12,2 151,0 9,6 6,3
STa1 1329,0 158,6 11,9 307,4 91,4 29,7 1677,5 197,7 11,8
T.fototérmico* 18992,1 3065,3 16,1
T. fototérmico** 18992,1 3065,3 16,1
STa2 1327,8 157,9 11,9 289,6 84,3 29,1 1661,1 200,7 12,1
T.fototérmico* 18975,1 3055,1 16,1
T. fototérmico** 18992,1 3065,3 16,1
STa3 1326,1 156,9 11,8 252,7 72,5 28,7 1619,1 201,3 12,4
T.fototérmico* 18950,9 3040,7 16,0
T.fototérmico** 18950,9 3040,7 16,0
IRGA 420
Dias 86,6 12,2 14,0 41,5 3,4 8,2 131,3 13,9 10,6
STa1 1084,6 108,2 10,0 362,2 88,4 24,4 1477,6 116,3 7,9
T.fototérmico* 15544,3 2109,2 13,6
T.fototérmico** 379368,7 105234,1 27,7
STa2 1083,5 107,3 9,9 338,4 71,8 21,2 1452,5 112,3 7,7
T.fototérmico* 15528,6 2097,9 13,5
T.fototérmico** 378947,2 104870,8 27,7
STa3 1081,9 106,1 9,8 290,9 45,4 15,6 1403,1 114,5 8,2
T.fototérmico* 15506,4 2081,8 13,4
T.fototérmico** 378350,1 104356,7 27,6
IRGA 417
Dias 82,2 10,8 13,2 43,5 2,6 6,1 127,8 10,7 8,4
STa1 1013,4 33,7 3,3 387,7 66,2 17,1 1414,2 74,4 5,3
T.fototérmico* 14486,5 939,9 6,5
T.fototérmico** 14517,3 941,4 6,5
STa2 1012,4 33,0 3,3 358,7 54,7 15,2 1383,9 60,4 4,4
T.fototérmico* 14472,0 930,3 6,4
T.fototérmico** 14486,5 939,9 6,5
STa3 1011,0 32,0 3,2 300,5 43,4 14,5 1324,0 40,9 3,1
T.fototérmico* 14451,5 916,8 6,3
T.fototérmico** 14451,5 916,8 6,3
IRGA 416
Dias 85,8 9,7 11,3 42,3 3,8 8,9 129,5 13,9 10,7
STa1 1045,2 66,8 6,4 383,2 80,9 21,1 1435,1 97,8 6,8
T.fototérmico* 14911,5 1452,0 9,7
T.fototérmico** 454871,6 90780,6 20,0
STa2 1044,2 67,1 6,4 353,8 68,0 19,2 1404,4 99,0 7,0
T.fototérmico* 14897,0 1451,2 9,7
T.fototérmico** 454418,7 90626,8 19,9
STa3 1042,8 67,4 6,5 294,9 52,9 17,9 1343,8 111,1 8,3
T.fototérmico* 14876,5 1450,3 9,7
T.fototérmico** 453777,0 90411,5 19,9
BRS 7 TAIM
Dias 98,0 9,1 9,3 42,8 2,2 5,2 141,8 8,1 5,7
77
6
STa1 1177,8 125,5 10,7 364,7 99,0 27,1 1559,4 146,7 9,4
T.fototérmico* 16863,9 2444,2 14,5
T.fototérmico** 482724,6 126436,4 26,2
STa2 1176,7 125,0 10,6 339,4 86,5 25,5 1532,7 153,0 10,0
T.fototérmico* 16848,2 2436,4 14,5
T.fototérmico** 482229,1 126041,5 26,1
STa3 1175,2 124,4 10,6 288,7 70,5 24,4 1480,1 171,4 11,6
T.fototérmico* 16826,0 2425,5 14,4
T.fototérmico** 481527,2 125483,1 26,1
IRGA 421
Dias 63,2 10,7 16,9 48,4 7,1 14,7 111,6 16,8 15,1
STa1 758,8 38,6 5,1 410,8 114,6 27,9 1169,6 122,5 10,5
T.fototérmico* 10831,2 696,8 6,4
T.fototérmico** 10831,2 696,8 6,4
STa2 757,8 38,7 5,1 378,5 101,1 26,7 1136,4 109,3 9,6
T.fototérmico* 10817,9 695,6 6,4
T.fototérmico** 10831,2 696,8 6,4
STa3 756,5 39,0 5,2 313,6 76,8 24,5 1070,2 86,5 8,1
T.fototérmico* 10799,0 694,1 6,4
T.fototérmico** 10799,0 694,1 6,4
Dias = Dias do calendário civil (dias)
STa
1
=Soma térmica acumulada pelo método 1 (ºCdia)
STa
2
=Soma térmica acumulada pelo método 2 (ºCdia)
STa
3
=Soma térmica acumulada pelo método 3 (ºCdia)
*=Tempo fototérmico calculado com fotoperíodo médio durante a fase indutiva
**=Tempo fototérmico calculado com fotoperíodo acumulado durante a fase indutiva
78
7
APÊNDICE C -. Duração média, desvio padrão (DP) e coeficiente de variação
(CV%) nas fases de emergência ao surgimento do colar da folha bandeira (EM-
R2), surgimento do colar da folha bandeira ao ponto de maturação fisiológica (R2-
R9) e ciclo total (EM-R9) de diferentes cultivares de arroz irrigado e dois biótipos
de arroz vermelho, em dias do calendário civil e ºC dia calculado pelos diferentes
métodos com temperaturas cardinais constantes durante o ciclo de
desenvolvimento. Santa Maria, RS, 2004/2005.
EM-R2 R2-R9 EM-R9
Média DP CV(%) Média DP CV(%) Média DP CV(%)
Epagri 109 Com temperaturas cardinais constantes durante o ciclo de desenvolvimento
Dias 127,0 17,9 14,1 46,5 7,8 16,7 173,5 10,1 5,8
STa1 1612,1 72,4 4,5 545,5 33,1 6,1 2157,6 88,1 4,1
T. fototérmico* 23579,6 1173,5 5,0
T.fototérmico** 1195311,8 343892,6 28,8
STa2 1596,1 73,5 4,6 541,6 32,4 6,0 2137,7 89,2 4,2
T.fototérmico* 23344,0 1177,0 5,0
T.fototérmico** 1183644,8 342089,1 28,9
STa3 1573,2 75,3 4,8 536,0 31,2 5,8 2109,2 90,6 4,3
T.fototérmico* 23008,8 1184,9 5,1
T.fototérmico** 1167044,7 339514,6 29,1
BR-IRGA 409
Dias 127,0 17,9 14,1 44,7 3,1 6,8 158,7 11,2 7,0
STa1 1561,3 122,7 7,9 530,3 57,5 10,8 2056,3 153,4 7,5
T.fototérmico* 22776,2 1649,4 7,2
T.fototérmico** 1001469,8 329257,7 32,9
STa2 1545,3 123,6 8,0 526,4 56,7 10,8 2035,6 154,0 7,6
T.fototérmico* 22542,7 1655,2 7,3
T.fototérmico** 991535,9 327750,5 33,1
STa3 1522,7 125,1 8,2 520,7 55,6 10,7 2006,4 155,0 7,7
T.fototérmico* 22211,5 1665,8 7,5
T.fototérmico** 977446,8 325636,9 33,3
IRGA 420
Dias 101,0 24,3 24,1 46,5 7,9 17,0 155,0 30,1 19,4
STa1 1226,4 123,3 10,1 642,8 136,5 21,2 1226,4 123,3 10,1
T.fototérmico* 17877,0 2153,6 12,0
T.fototérmico** 619854,1 147449,7 23,8
STa2 1216,5 120,9 9,9 635,8 133,0 20,9 1216,5 120,9 9,9
T.fototérmico* 17730,9 2101,2 11,9
T.fototérmico** 615356,0 149122,2 24,2
STa3 1202,3 117,9 9,8 625,7 128,2 20,5 1202,3 117,9 9,8
T.fototérmico* 17522,5 2031,1 11,6
T.fototérmico** 608934,5 151500,9 24,9
IRGA 417
Dias 92,6 14,4 15,5 47,8 4,6 9,6 139,3 18,5 13,3
STa1 1097,0 41,4 3,8 681,3 83,8 12,3 1778,3 57,5 3,2
T.fototérmico* 15988,6 974,5 6,1
T.fototérmico** 605773,2 126832,5 20,9
STa2 1087,8 37,3 3,4 674,1 81,0 12,0 1761,8 60,1 3,4
T.fototérmico* 15852,2 892,1 5,6
T.fototérmico** 601243,0 129667,7 21,6
STa3 1074,6 32,8 3,1 663,5 77,1 11,6 1738,1 63,9 3,7
T.fototérmico* 15657,5 780,4 5,0
T.fototérmico** 594772,6 133666,9 22,5
IRGA 416
Dias 92,0 15,1 16,4 44,8 2,6 5,9 141,0 17,2 12,2
STa1 1171,4 64,6 5,5 625,5 57,1 9,1 1796,9 96,3 5,4
T.fototérmico* 17048,9 1192,7 7,0
T.fototérmico** 575467,0 168524,6 29,3
STa2 1161,5 63,7 5,5 618,7 56,5 9,1 1780,2 97,3 5,5
T.fototérmico* 16902,8 1148,9 6,8
T.fototérmico** 571232,8 170086,3 29,8
STa3 1147,3 63,3 5,5 608,9 56,1 9,2 1756,3 98,8 5,6
T.fototérmico* 16694,5 1095,0 6,6
T.fototérmico** 565188,9 172304,1 30,5
BRS 7 TAIM
Dias 113,8 17,3 15,2 44,0 2,7 6,2 153,5 13,6 8,9
79
8
STa1 1387,3 95,9 6,9 613,4 93,9 15,3 2010,8 138,1 6,9
T.fototérmico* 20210,8 1631,0 8,1
T.fototérmico** 764614,1 185181,5 24,2
STa2 1373,4 96,8 7,0 608,5 95,0 15,6 1981,9 142,3 7,2
T.fototérmico* 20008,4 1629,9 8,1
T.fototérmico** 757222,3 184734,5 24,4
STa3 1353,7 98,3 7,3 598,9 91,7 15,3 1957,4 140,7 7,2
T.fototérmico* 19720,8 1630,6 8,3
T.fototérmico** 746718,3 184101,3 24,7
IRGA 421
Dias 68,3 18,0 26,4 46,0 10,2 22,2 114,3 54,0 47,3
STa1 772,7 47,3 6,1 659,6 152,0 23,1 1432,2 142,1 9,9
T.fototérmico* 11175,0 325,5 2,9
T.fototérmico** 227908,5 125815,3 55,2
STa2 768,2 50,4 6,6 650,9 148,9 22,9 1419,1 141,9 10,0
T.fototérmico* 11108,3 341,8 3,1
T.fototérmico** 227044,1 126501,1 55,7
STa3 761,9 55,2 7,3 638,6 144,5 22,6 1400,5 141,6 10,1
T.fototérmico* 11014,2 389,5 3,5
T.fototérmico** 225825,4 127471,5 56,4
EEA 406
Dias 100,8 9,0 8,9 42,3 1,9 4,5 150,5 23,4 15,6
STa1 1193,5 88,5 7,4 594,2 37,6 6,3 1787,8 107,3 6,0
T.fototérmico* 17475,3 1519,3 8,7
T.fototérmico** 771258,8 121378,7 15,7
STa2 1183,9 86,2 7,3 587,2 37,9 6,5 1771,1 107,5 6,1
T.fototérmico* 17332,9 1472,6 8,5
T.fototérmico** 765393,2 122312,2 16,0
STa3 1170,0 83,7 7,2 577,3 39,1 6,8 1747,3 108,2 6,2
T.fototérmico* 17127,8 1415,6 8,3
T.fototérmico** 756910,5 123687,6 16,3
HÍBRIDO
Dias 88,3 9,8 11,1 46,8 4,3 9,3 135,0 10,9 8,0
STa1 1059,2 69,5 6,6 656,0 44,9 6,8 1715,2 71,9 4,2
T.fototérmico* 15439,2 1390,6 9,0
T.fototérmico** 530397,0 91907,2 17,3
STa2 1050,0 63,7 6,1 648,4 44,2 6,8 1698,3 69,9 4,1
T.fototérmico* 15302,3 1304,6 8,5
T.fototérmico** 526221,7 92749,2 17,6
STa3 1036,8 55,5 5,4 637,6 43,9 6,9 1674,4 67,3 4,0
T.fototérmico* 15108,2 1182,7 7,8
T.fototérmico** 520306,6 94059,4 18,1
AVC
AMARELA
Dias 108,8 14,3 13,2 46,3 6,7 14,5 155,0 18,6 12,0
STa1 1341,0 54,3 4,0 628,0 120,2 19,1 1969,1 156,0 7,9
T.fototérmico* 19600,8 1043,9 5,3
T.fototérmico** 950802,0 180575,8 19,0
STa2 1327,4 54,0 4,1 623,5 119,7 19,2 1950,8 156,6 8,0
T.fototérmico* 19400,3 1023,2 5,3
T.fototérmico** 941458,7 181117,7 19,2
STa3 1308,0 54,0 4,1 617,0 119,1 19,3 1925,0 157,6 8,2
T.fototérmico* 19116,2 998,5 5,2
T.fototérmico** 928222,4 181889,7 19,6
AVC PRETA
Dias 101,5 14,9 14,7 40,3 2,1 5,2 134,0 6,6 4,9
STa1 1246,3 34,4 2,8 555,8 21,4 3,9 1792,3 57,6 3,2
T.fototérmico* 213390,9 319122,5 149,5
T.fototérmico** 843781,2 184180,5 21,8
STa2 1234,5 35,3 2,9 550,6 21,3 3,9 1774,2 57,8 3,3
T.fototérmico* 211093,4 315640,4 149,5
T.fototérmico** 836011,9 183894,8 22,0
STa3 1217,6 36,8 3,0 543,1 21,6 4,0 1748,6 58,5 3,3
T.fototérmico* 207838,6 310707,4 149,5
T.fototérmico** 825005,5 183493,5 22,2
Dias = Dias do calendário civil (dias), STa
1
=Soma térmica acumulada pelo método 1 (ºCdia)
STa
2
=Soma térmica acumulada pelo método 2 (ºCdia)
STa
3
=Soma térmica acumulada pelo método 3 (ºCdia)
*Tempo fototérmico calculado com o fotoperíodo médio durante a fase indutiva
**Tempo fototérmico calculado com o fotoperíodo acumulado durante a fase indutiva
80
9
APÊNDICE D-. Duração média, desvio padrão (DP) e coeficiente de variação (CV%)
nas fases de emergência ao surgimento do colar da folha bandeira (EM-R2),
surgimento do colar da folha bandeira ao ponto de maturação fisiológica (R2-R9) e
ciclo total (EM-R9) de diferentes cultivares de arroz irrigado e dois biótipos de arroz
vermelho, em dias do calendário civil, ºC dia calculado pelos diferentes métodos e
tempo fototérmico com temperaturas cardinais variando durante o ciclo de
desenvolvimento. Santa Maria, RS, 2004/2005.
EM-R2 R2-R9 EM-R9
Média DP CV(%
)
Média DP CV(%) Média DP CV(%)
Epagri 109 Com temperaturas cardinais constantes durante o ciclo de desenvolvimento
Dias 127,0 17,9 14,1 46,5 7,8 16,7 173,5 10,1 5,8
STa1 1612,1 72,4 4,5 360,7 55,4 15,4 1972,8 110,0 5,6
T. fototérmico* 23579,6 1173,5 5,0
T.fototérmico** 1195311,8 343892,6 28,8
STa2 1596,1 73,5 4,6 331,4 39,0 11,8 1927,5 98,8 5,1
T.fototérmico* 23344,0 1177,0 5,0
T.fototérmico** 1183644,8 342089,1 28,9
STa3 1573,2 75,3 4,8 273,3 18,6 6,8 185 7,8608.42 lfBT/2
T.fototérmico* 23300,8 117850 5,02
T.fototérmico** 1186704,5 34395137 28,1
10
Dias 113,8 17,3 15,2 44,0 2,7 6,2 153,5 13,6 8,9
STa1 1387,3 95,9 6,9 430,4 76,9 17,9 1817,7 130,0 7,2
T.fototérmico* 20210,8 1631,0 8,1
T.fototérmico** 764614,1 185181,5 24,2
STa2 764614,1 185181,5 24,2 386,6 61,0 15,8 1760,0 120,7 6,9
T.fototérmico* 20008,4 1629,9 8,1
T.fototérmico** 757222,3 184734,5 24,4
STa3 1373,4 96,8 7,0 300,1 32,7 10,9 1653,9 105,6 6,4
T.fototérmico* 19720,8 1630,6 8,3
T.fototérmico** 746718,3 184101,3 24,7
IRGA 421
Dias 68,3 18,0 26,4 46,0 10,2 22,2 114,3 54,0 47,3
STa1 772,7 47,3 6,1 475,6 111,1 23,4 1248,2 104,2 8,3
T.fototérmico* 11175,0 325,5 2,9
T.fototérmico** 227908,5 125815,3 55,2
STa2 768,2 50,4 6,6 411,7 93,1 22,6 1179,9 90,9 7,7
T.fototérmico* 11108,5 341,8 3,1
T.fototérmico** 227046,5 126498,9 55,7
STa3 761,9 55,2 7,3 285,3 58,2 20,4 1047,2 65,5 6,3
T.fototérmico* 11014,2 389,5 3,5
T.fototérmico** 225825,4 127471,5 56,4
EEA 406
Dias 100,8 9,0 8,9 42,3 1,9 4,5 150,5 23,4 15,6
STa1 1193,5 88,5 7,4 425,1 32,5 7,6 1618,6 104,2 6,4
T.fototérmico* 17475,3 1519,3 8,7
T.fototérmico** 771258,8 129978,1 16,9
STa2 1183,9 86,2 7,3 376,4 20,2 5,4 1560,3 105,0 6,7
T.fototérmico* 17332,9 1472,6 8,5
T.fototérmico** 765393,2 130999,6 17,1
STa3 1170,0 83,7 7,2 271,9 37,0 13,6 1441,9 112,8 7,8
T.fototérmico* 17127,8 1415,6 8,3
T.fototérmico** 756910,5 132438,4 17,5
HÍBRIDO
Dias 88,3 9,8 11,1 46,8 4,3 9,3 135,0 10,9 8,0
STa1 1059,2 69,5 6,6 469,0 32,2 6,9 1528,2 64,4 4,2
T.fototérmico* 15439,2 1390,6 9,0
T.fototérmico** 530397,0 91907,2 17,3
STa2 1050,0 63,7 6,1 412,0 25,5 6,2 1461,9 70,1 4,8
T.fototérmico* 15302,3 1304,6 8,5
T.fototérmico** 526221,7 92749,2 17,6
STa3 1036,8 55,5 5,4 299,3 33,6 11,2 1336,1 86,6 6,5
T.fototérmico* 15108,2 1182,7 7,8
T.fototérmico** 520306,6 94059,4 18,1
AVC AMARELA
Dias 108,8 14,3 13,2 46,3 6,7 14,5 155,0 18,6 12,0
STa1 1341,0 54,3 4,0 443,0 96,7 21,8 1784,1 133,8 7,5
T.fototérmico* 19600,8 1043,9 5,3
T.fototérmico** 950802,0 180575,8 19,0
STa2 1327,4 54,0 4,1 397,9 80,6 20,2 1725,3 123,0 7,1
T.fototérmico* 19400,3 1023,2 5,3
T.fototérmico** 941458,7 181117,7 19,2
STa3 1308,0 54,0 4,1 308,5 55,3 17,9 1616,5 106,5 6,6
T.fototérmico* 19116,2 998,5 5,2
T.fototérmico** 928222,4 181889,7 19,6
AVC PRETA
Dias 101,5 14,9 14,7 40,3 2,1 5,2 134,0 6,6 4,9
STa1 1246,3 34,4 2,8 394,5 18,9 4,8 1630,9 57,4 3,5
T.fototérmico* 213390,9 319122,5 149,5
T.fototérmico** 843781,2 184180,5 21,8
STa2 1234,5 35,3 2,9 351,8 17,6 5,0 1575,5 54,1 3,4
T.fototérmico* 211093,4 315640,4 149,5
T.fototérmico** 836011,9 183894,8 22,0
STa3 1217,6 36,8 3,0 267,6 21,3 8,0 1473,0 49,1 3,3
T.fototérmico* 207838,6 310707,4 149,5
T.fototérmico** 825005,5 183493,5 22,2
Dias = Dias do calendário civil (dias), STa
1
=Soma térmica acumulada pelo método 1 (ºCdia)
STa
2
=Soma térmica acumulada pelo método 2 (ºCdia)
STa
3
=Soma térmica acumulada pelo método 3 (ºCdia)
*Tempo fototérmico calculado com o fotoperíodo médio e durante a fase indutiva
**Tempo fototérmico calculado com o fotoperíodo acumulado e durante a fase indutiva
82
11
APÊNDICE E- Duração das fases de desenvolvimento da emergência ao
aparecimento do colar da folha bandeira (EM-R2), do aparecimento do colar da
folha bandeira ao emborrachamento (R2-EB), do emborrachamento ao
aparecimento da panícula (EB-R3), do aparecimento da panícula a antese (R3-R4),
da antese até um ou mais grãos farináceos (R4-R7), um ou mais grãos farináceos
até um ou mais grãos amarelos (R7-R8), um ou mais grãos amarelos até a
maturação fisiológica (R8-R9) de diferentes cultivares de arroz irrigado, em ºC dia
calculado pelos diferentes métodos com temperaturas cardinais constantes durante
o ciclo de desenvolvimento. Santa Maria, RS, 2003/2004. Época 1= 01/09/2003,
época2=20/10/2003, época 3= 21/11/003, época 4= 05/01/2004,época
5=29/01/2004.
Época 1 Método 1 Cultivares
Fases de
desenv.
Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA 420 IRGA 417 IRGA 416 BRS 7
TAIM
IRGA 421
EM-R2 1785,0 1250,0 1041,1 1034,3 1000,25 1028,0 797,0
R2-EB 22,4 15,7 17,3 17,3 18,3 63,3 21,6
EB-R3 80,8 112,3 136,3 119,6 97,5 155,9 92,7
R3-R4 23,9 30,2 33,2 16,7 35,5 15,7 9,1
R4-R7 184,3 124 222,6 223,2 226,4 221,4 277,7
R7-R8 75,2 109,2 59,5 92,1 93,7 28,8 120,6
R8-R9 91,6 132,8 201,7 148,2 192,4 160,5 260,1
Época 2 Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA 420 IRGA 417 IRGA 416 BRS 7
TAIM
IRGA 421
EM-R2 1645,0 1550,2 1247,8 1045,7 999,9 1339,4 716,0
R2-EB 16,3 39,6 15,5 47,9 15,3 31,4 14,0
EB-R3 129,3 21,8 144,8 93,5 93,8 104,7 109,2
R3-R4 35,2 29,2 26,9 32,3 28,8 16,5
R4-R7 134,1 169,3 154,8 136,3 137,5 225,4 222,6
R7-R8 139,5 66,0 35,3 110,2 120,8 59,3 59,5
R8-R9 110,5 134,7 135,1 174,9 142,1 104,6 233,0
Época 3 Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA 420 IRGA 417 IRGA 416 BRS 7
TAIM
IRGA 421
EM-R2 1512,2 1435,5 1125 1000,4 1159,5 1264,2 795,7
R2-EB 11,5 26,8 12,8 8,5 27,7 15,4
EB-R3 119,9 115,9 101,1 146,3 96,2 121,5 78,1
R3-R4 55 23,3 26,2 8,5 40 22,1 60,7
R4-R7 188,1 158,9 196,2 204,5 184,3 142,7 160,3
R7-R8 70,5 94,8 63,7 63 55,7 106 67,4
R8-R9 40,45 108,95 103,1 131,4 184,1 154,3 165,3
Época 4 Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA 420 IRGA 417 IRGA 416 BRS 7
TAIM
IRGA 421
EM-R2 1366,5 1244,5 1047,9 1025,6 1047,9 1157,3 722,9
R2-EB 21,8 12,3 11,3 12,3 14,3 27,7
EB-R3 114,5 113,2 111,4 134,7 97,1 125,6 111,1
R3-R4 17,15 23,3 59,6 31,4 45,7 48,2 20,8
R4-R7 59,15 43,95 124,9 163,5 142,4 135,6 191,5
R7-R8 60,75 70,1 59,7 75,95 50 97,6
R8-R9 70,25 48,4 54,8 59,65 25,7 142,3
Época 5 Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA 420 IRGA 417 IRGA 416 BRS 7
TAIM
IRGA 421
EM-R2 1264,7 1164,85 961 961 1018,4 1103,05 762,2
R2-EB 10,3 19,6 19,6 12,7 24,55 14,3
EB-R3 78,25 84,35 123,7 71,35 94,7
R3-R4 20,65 14,55 16,3 47,6
R4-R7 153,5
R7-R8 63,6
R8-R9 49,5
Época 1 Método 2 Cultivares
Fases de
desenv.
Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA 420 IRGA 417 IRGA 416 BRS 7
TAIM
IRGA 421
EM-R2 1782,5 1247,9 1039,5 1032,7 998,65 1026,4 795,4
R2-EB 22,4 15,7 17 17 18,3 62,8 21,6
83
12
EB-R3 80,8 112,3 136,3 119,4 97 155,9 92,7
R3-R4 23,9 30,2 33,2 16,7 35,5 15,7 9,1
R4-R7 184,3 124 222,6 223,2 226,4 221,4 277,7
R7-R8 75,2 108,8 59,5 92,1 93,7 28,8 120,6
R8-R9 91,6 132,8 201,3 147,8 192,4 160,1 260,1
Época 2 Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA 420 IRGA 417 IRGA 416 BRS 7
TAIM
IRGA 421
EM-R2 1640,9 1547,7 1245,3 1043,6 997,8 1336,9 713,9
R2-EB 16,3 39,6 15,5 47,9 15,3 31,4 14,0
EB-R3 129,3 21,8 144,8 93,1 93,8 104,7 109,2
R3-R4 35,2 29,2 26,9 32,3 28,8 16,5
R4-R7 134,1 169,3 154,8 136,3 137,1 225,4 222,6
R7-R8 139,5 66,0 35,3 110,2 120,8 59,3 59,5
R8-R9 110,5 134,7 135,1 174,9 142,1 104,6 232,6
Época 3 Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA 420 IRGA 417 IRGA 416 BRS 7
TAIM
IRGA 421
EM-R2 1511,3 1434,6 1124,1 999,5 1158,6 1263,3 795,2
R2-EB 11,5 26,8 12,8 8,5 27,7 15,4
EB-R3 119,9 115,9 101,1 146,3 96,2 121,5 77,7
R3-R4 55 23,3 26,2 8,5 40 22,1 60,7
R4-R7 188,1 158,9 196,2 204,5 184,3 142,7 160,3
R7-R8 70,5 94,8 63,7 63 55,7 106 67,4
R8-R9 40,45 108,95 103,1 131,4 184,1 154,3 165,3
Época 4 Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA 420 IRGA 417 IRGA 416 BRS 7
TAIM
IRGA 421
EM-R2 1366,1 1244,1 1047,5 1025,2 1047,5 1156,9 722,5
R2-EB 21,8 12,3 11,3 12,3 14,3 27,7
EB-R3 114,5 113,2 111,4 134,7 97,1 125,6 111,1
R3-R4 17,15 23,3 59,6 31,4 45,7 48,2 20,8
R4-R7 59,15 43,95 124,9 163,5 142,4 135,6 191,5
R7-R8 60,75 70,1 59,7 75,95 50 97,6
R8-R9 70,25 48,4 54,8 59,65 25,7 142,3
Época 5 Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA 420 IRGA 417 IRGA 416 BRS 7
TAIM
IRGA 421
EM-R2 1264,65 1164,85 961 961 1018,4 1103,05 762,2
R2-EB 10,3 19,6 19,6 12,7 24,55 14,3
EB-R3 78,25 84,35 123,7 71,35 94,7
R3-R4 20,65 14,55 16,3 47,6
R4-R7 153,5
R7-R8 63,6
R8-R9 49,5
Época 1 Método 3 Cultivares
Fases de
desenv.
Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA 420 IRGA 417 IRGA 416 BRS 7
TAIM
IRGA 421
EM-R2 1779,0 1244,9 1037,2 1030,4 996,4 1024,2 793,1
R2-EB 22,4 15,7 16,6 16,6 18,3 62,1 21,6
EB-R3 80,8 112,3 135,8 119,1 96,3 155,9 92,7
R3-R4 23,9 30,2 33,2 16,7 35,5 15,7 9,1
R4-R7 184,3 124,0 222,6 223,2 226,4 221,4 276,5
R7-R8 75,2 108,2 59,5 92,1 93,7 28,8 120,6
R8-R9 91,6 132,8 200,7 147,2 191,4 159,5 259,1
Época 2 Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA 420 IRGA 417 IRGA 416 BRS 7
TAIM
IRGA 421
EM-R2 1635,1 1544,2 1241,8 1040,6 994,8 1333,4 710,9
R2-EB 16,3 39,6 15,5 47,9 15,3 31,4 14,0
EB-R3 129,3 21,8 144,8 92,5 93,8 109,2
R3-R4 35,2 29,2 26,9 32,3 28,8 104,7 16,5
R4-R7 134,1 169,3 154,8 136,3 136,5 225,4 222,6
R7-R8 139,5 66,0 35,3 110,2 120,8 59,3 59,5
R8-R9 110,5 134,7 135,1 174,9 142,1 104,6 232,0
Época 3 Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA 420 IRGA 417 IRGA 416 BRS 7
TAIM
IRGA 421
EM-R2 1510,0 1433,3 1122,8 998,2 1157,3 1262,0 794,5
R2-EB 11,5 26,8 101,1 12,8 8,5 27,7 15,4
EB-R3 119,9 115,9 146,3 96,2 121,5 77,1
R3-R4 55,0 23,3 26,2 8,5 40,0 22,1 60,7
R4-R7 188,1 158,9 196,2 204,5 184,3 142,7 160,3
R7-R8 70,5 94,8 63,7 63,0 55,7 106,0 67,4
R8-R9 40,5 109,0 103,1 131,4 184,1 154,3 165,3
Época 4 Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA 420 IRGA 417 IRGA 416 BRS 7
TAIM
IRGA 421
EM-R2 1365,5 1243,5 1046,9 1024,6 1046,9 1156,3 721,9
R2-EB 114,5 21,8 12,3 11,3 12,3 14,3 27,7
EB-R3 17,2 113,2 111,4 134,7 97,1 125,6 111,1
R3-R4 59,2 23,3 59,6 31,4 45,7 48,2 20,8
R4-R7 44,0 124,9 163,5 142,4 135,6 191,5
84
13
R7-R8 60,8 70,1 59,7 76,0 50,0 97,6
R8-R9 70,3 48,4 54,8 59,7 25,7 142,3
Época 5 Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA 420 IRGA 417 IRGA 416 BRS 7
TAIM
IRGA 421
EM-R2 1264,6 1164,8 961 961 1018,4 1103,0 762,2
R2-EB 10,3 19,6 19,6 12,7 24,5 14,3
EB-R3 78,2 84,3 123,7 71,3 94,7
R3-R4 20,6 14,5 16,3 47,6
R4-R7 153,5
R7-R8 63,6
R8-R9 49,5
APÊNDICE F- Duração das fases de desenvolvimento da emergência ao
aparecimento do colar da folha bandeira (EM-R2), do aparecimento do colar da
folha bandeira ao emborrachamento (R2-EB), do emborrachamento ao
aparecimento da panícula (EB-R3), do aparecimento da panícula a antese (R3-R4),
da antese até um ou mais grãos farináceos (R4-R7), um ou mais grãos farináceos
até um ou mais grãos amarelos (R7-R8), um ou mais grãos amarelos até a
maturação fisiológica (R8-R9) de diferentes cultivares de arroz irrigado, em ºC dia
calculado pelos diferentes métodos com temperaturas cardinais variando durante o
ciclo de desenvolvimento. Santa Maria, RS, 2003/2004. Época 1= 01/09/2003,
época2=20/10/2003, época 3= 21/11/003, época 4= 05/01/2004,época
5=29/01/2004.
Época 1 Método 1 Cultivares
Fases de
desenv.
Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA 416 BRS 7
TAIM
IRGA
421
EM-R2 1784,95 1249,95 1041,05 1034,25 1000,25 1024,85 796,95
R2-EB 14,4 11,7 13,3 13,3 10,3 47,3 13,65
EB-R3 52,8 80,3 96,3 83,6 69,5 111,9 69,9
R3-R4 15,9 22,2 25,2 12,7 23,5 11,7 12
R4-R7 128,3 92 162,6 163,2 166,4 161,4 199,9
R7-R8 51,2 173,2 206,1 68,1 69,7 20,8 88,6
R8-R9 59,6 92,8 145,7 108,2 140,4 116,5 192,1
Época 2 Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA 416 BRS 7
TAIM
IRGA
421
EM-R2 1645 1550,2 1247,8 1045,7 999,9 1339,4 716
R2-EB 12,3 27,6 15,5 35,9 11,3 23,4 10
EB-R3 89,3 13,8 108,3 69,5 81,1 68,7 77,2
R3-R4 23,2 21,2 18,9 24,3 20,8 157,4 12,5
R4-R7 90,1 117,3 102,8 96,3 101,5 39,3 175,1
R7-R8 99,5 42 23,3 74,2 84,8 68,6 43,5
R8-R9 78,5 94,7 95,1 118,9 178,9 169
Época 3 Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA 416 BRS 7
TAIM
IRGA
421
EM-R2 1512,2 1435,5 1125 1000,4 1159,5 1264,2 795,7
R2-EB 7,5 18,8 65,1 8,8 4,5 19,7 11,4
EB-R3 87,4 75,9 18,2 102,3 64,2 85,5 58,1
R3-R4 39 15,3 136,2 4,5 28 14,1 44,7
R4-R7 136,1 114,9 43,7 140,5 128,3 94,7 112,3
R7-R8 42,7 66,8 67,1 43 35,7 74 43,4
R8-R9 17,05 65,1 87,4 128,1 184,3 113,3
Época 4 Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA 416 BRS 7
TAIM
IRGA
421
EM-R2 1366,5 1244,5 1047,9 1025,6 1047,9 1157,3 722,9
R2-EB 55,3 13,8 8,3 7,3 8,3 10,3 19,7
EB-R3 5,15 77,4 79,4 94,7 69,1 89,6 79,1
R3-R4 23,85 15,3 43,6 23,4 33,7 36,2 12,8
R4-R7 20,55 88,9 115,5 102,4 68,4 127,5
85
14
R7-R8 24,75 34,9 28,5 41,6 32,35 69,6
R8-R9 24,3 24,4 26,8 68,4 7 102,3
Época 5 Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA 416 BRS 7
TAIM
IRGA
421
EM-R2 1264,65 1164,85 961 961 1018,4 1103,05 762,2
R2-EB 10,3 11,6 11,6 1,3 12,55 10,3
EB-R3 39,05 41,15 55,8 17,45 66,7
R3-R4 8,65 6,6 2,25 35,6
R4-R7 86,3
R7-R8 27,6
R8-R9 12,85
Época 1 Método 2 Cultivares
Fases de
desenv.
Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EM-R2 1782,5 1247,9 1039,5 1032,7 998,7 1023,3 795,4
R2-EB 14,4 10 10 10 10,3 38,6 13,65
EB-R3 51,3 78,4 86,1 76,1 60,8 97,5 56,7
R3-R4 15,9 20 20 10 23,5 10 5,1
R4-R7 120,7 79,2 148,4 148,4 148,4 148,4 173,4
R7-R8 51,2 69,5 39,2 59,2 60 19,2 79,5
R8-R9 59,6 88,2 130,9 94,2 123,4 102,5 168,1
Época 2 Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EM-R2 1640,9 1547,7 1245,3 1043,6 997,8 1336,9 713,9
R2-EB 10 26,5 10 30 10 20 10
EB-R3 86,8 13,8 96,2 59,2 60 67,5 67,5
R3-R4 23,2 19,5 18,1 20 19,2 148,3 10
R4-R7 89,3 112,5 100,2 90,8 87,5 39,3 148,4
R7-R8 92,6 42 23,3 71,9 80,2 68,6 39,2
R8-R9 69,4 92,5 88,6 114,6 91,8 1336,9 150,8
Época 3 Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EM-R2 1511,3 1434,6 1124,1 999,5 1158,6 1263,3 795,2
R2-EB 7,5 18,8 63,8 8,8 4,5 18,6 10,4
EB-R3 79,3 75,9 18 96,9 62,7 79 49,2
R3-R4 37,7 15,3 128,6 4,5 26,9 14,1 39,5
R4-R7 121,2 107,2 43,7 133,9 121,8 94,7 106,2
R7-R8 41,5 61,2 67,1 40,5 35,7 72,5 42,6
R8-R9 17,1 61,9 87,4 124,5 101,2 109
Época 4 Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EM-R2 1366,1 1244,1 1047,5 1025,2 1047,5 1156,9 722,5
R2-EB 54,1 13,8 8,3 7,3 8,3 10 18,6
EB-R3 5,2 68,3 77,2 92,5 67,2 81,2 72,6
R3-R4 23,85 14,1 38,1 20 30 30 12,8
R4-R7 20,55 79,8 104,3 91,2 67,2 127,5
R7-R8 24,75 33,7 27,3 40,4 22 67,4
R8-R9 24,3 24,4 26,8 26,8 7 91,2
Época 5 Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EM-R2 1264,7 1164,9 961 961 1018,4 1103,1 762,2
R2-EB 5,8 11,6 11,6 1,3 12,55 10
EB-R3 37,85 39,95 55,8 17,45 61,2
R3-R4 8,65 6,55 2,25 30
R4-R7 81,6
R7-R8 27,6
R8-R9 12,85
Época 1 Método 3 Cultivares
Fases de
desenv.
Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EM-R2 1779,0 1244,9 1037,2 1030,4 996,4 1021,0 793,1
R2-EB 14,4 6,6 3,4 3,4 10,3 21,2 13,65
EB-R3 48,3 74,6 65,7 61,1 43,4 68,7 56,7
R3-R4 15,9 15,6 9,6 4,6 23,5 6,6 5,1
R4-R7 105,5 53,6 120 118,8 112,4 122,4 140,8
R7-R8 51,2 46,1 30,6 41,4 40,6 16 61,3
R8-R9 59,6 79 101,3 66,2 89,4 74,5 120,1
Época 2 Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EM-R2 1628,7 1544,2 1241,8 1040,6 994,825 1333,4 710,9
R2-EB 5,4 24,3 7 18,2 7,4 13,2 10
EB-R3 81,8 13,8 87 38,6 40,4 65,1 48,1
R3-R4 23,2 16,1 16,5 11,4 16 130,1 5
R4-R7 87,7 102,9 95 79,8 59,5 39,3 120
R7-R8 78,8 42 23,3 67,3 71 68,6 30,6
R8-R9 51,2 88,1 75,6 106 87,2 114,4
86
15
Época 3 Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EM-R2 1510,0 1433,3 1122,8 998,2 1157,3 1262,0 794,4
R2-EB 7,5 18,8 61,2 8,8 4,5 16,4 7,2
EB-R3 78,1 75,9 17,6 86,1 59,7 66 31,4
R3-R4 35,1 15,3 113,4 4,5 24,7 14,1 29,1
R4-R7 91,4 91,8 43,7 120,7 108,8 94,7 94
R7-R8 39,1 50 67,1 35,5 35,7 69,5 41
R8-R9 17,05 51 87,4 117,3 83 100,4
Época 4 Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EM-R2 1365,5 1243,5 1046,9 1024,6 1046,9 1156,3 721,9
R2-EB 51,7 13,8 8,3 7,3 8,3 9,4 16,4
EB-R3 5,15 50,1 72,8 88,1 63,4 64,4 59,6
R3-R4 23,85 11,7 27,1 13,2 22,6 17,6 12,8
R4-R7 20,55 61,6 81,9 68,8 64,8 127,5
R7-R8 24,75 31,3 24,9 38 22 63
R8-R9 24,3 24,4 26,8 26,8 7 69
Época 5 Epagri
109
BR-IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EM-R2 1264,7 1164,9 961 961 1018,4 1103,1 762,2
R2-EB 5,8 11,6 11,6 1,3 12,55 9,4
EB-R3 35,45 37,55 55,8 17,45 50,2
R3-R4 8,65 6,55 2,25 18,8
R4-R7 72,2
R7-R8 27,6
R8-R9 12,85
87
16
APÊNDICE G-. Duração das fases de desenvolvimento da emergência ao
aparecimento do colar da folha bandeira (EM-R2), do aparecimento do colar da folha
bandeira ao emborrachamento (R2-EB), do emborrachamento ao aparecimento da
panícula (EB-R3), do aparecimento da panícula a antese (R3-R4), da antese até
um ou mais grãos farináceos (R4-R7), um ou mais grãos farináceos até um ou mais
grãos amarelos (R7-R8), um ou mais grãos amarelos até a maturação fisiológica
(R8-R9) de diferentes cultivares de arroz irrigado e de dois biótipos de arroz
vermelho, em ºC dia calculado pelos diferentes métodos com temperaturas cardinais
constantes durante o ciclo de desenvolvimento. Santa Maria, RS, 2004/2005. época
1=02/09/2004, época 2=07/10/2004, época 3=04/11/2004, época 4=03/12/2004,
época 5=02/03/2005.
Época 1 Método 1 Cultivares
Fases
de
desenv.
Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 1625,05 1667,4 1167,15 1071,95 1151,85 1378,35 843,6 1118,2 1275,8 1275,8 955,5
R2-EB 42,35 48,8 33 31,5 48,3 37,15 48,3 50,1 32,7
EB-R3 117,3 121,75 143,6 115,1 125,8 120,15 31,5 108,7 65,95 106,95 103,55
R3-R4 37,45 16 17,7 37,6 35,5 30,75 24,35 32,7 63,3 28,35 44,35
R4-R7 186,2 176,5 204,95 247 204,95 303,65 284,3 216,6 162,5 169,25 172,4
R7-R8 52,2 71,3 100,05 71,3 81,3 72,4 78,1 66,3 132,3 139,65
R8-R9 115,05 186,2 250,75 184,45 178,5 159,35 129,2 267,35 202,2
Época 2 Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 1648,15 1547 1164,85 1054,35 1123,75 1380 750,75 1192,8 1414,6 1231,6 1054,3
R2-EB 32,6 23,7 41,3 33,9 41,1 34,6 21,95 24,8 63,9 33,8 33,9
EB-R3 125,75 142,95 122,55 89,55 122,55 132,4 108,45 111,2 105,95 109,95 65,95
R3-R4 53,35 29,95 36,8 28,35 24,8 37,45 33 46,7 129,2 4,6 38,5
R4-R7 201,7 205,65 234,75 223,55 221,1 208,3 240,05 272,8 178,5 220,25 237
R7-R8 38,05 40,2 97,6 78 147,45 99,4 77,45 81,0 186,15 47,9 65
R8-R9 138,6 152,65 83,75 262,95 100,85 70 339,05 93,7 111,65 122,5 263,35
Época 3 Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 1668,5 1636,8 1411,35 1145,2 1277,6 1512,2 749,05 1330,9 1362,9 1110,6 1110,6
R2-EB 24,25 16,6 32,9 31,7 23,7 24,9 35,9 16 32,6 34,6 34,6
EB-R3 126,1 107,4 146,2 73,4 127,15 131,4 69,4 127,35 116,65 31,7 31,7
R3-R4 53,85 48,1 32,3 38,15 31,3 11,35 30,45 62,9 41,25 61,4 61,4
R4-R7 187,95 202,6 178,9 223,75 233 228 245,8 212,05 180,9 250,35 250,35
R7-R8 37,05 32,4 71,05 41,25 68,05 38 147 52,5 95,85 48,45 48,45
R8-R9 86,8 103,6 73,15 221,1 147,05 145,2 223,65 118,9 77,65 168,85 168,85
Época 4 Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 1506,85 1393,9 1162,2 1116,45 1132,25 1278,45 747,3
1132,2 1310,7 1200,2 1116,4
R2-EB 24,45 14,1 38 31,3 15,5 32,3 36,8 15,5 30,65 24,9 31,3
EB-R3 144,5 123,25 124,6 77,35 130,7 111,6 80,8 130,7 95,75 116,3 130,7
R3-R4 56,1 14,2 31,7 33,55 32,3 26,45 32,2 32,3 43 15,1 32,3
R4-R7 129,85 216,95 174,8 221,5 186,15 185,05 219,35 186,15 176,65 204,2 186,15
R7-R8 49,95 37,55 77,25 51,15 78 41,95 45,75 78 57,2 47,85 78
R8-R9 120,35 79,15 132,45 182,7 100,9 143,8 79,25 100,9 113,15 140,1 204,15
Época 5 Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 930,3 733,8 957,0 761,0 849,1 673,45 934,75 996,1 773,2
R2-EB 45,4 25,5 27 9,5 40,2 33,2 17,65 32,45 29,4
EB-R3 61,8 79,4 55,1 110,1
R3-R4 39,9
88
17
R4-R7
R7-R8
R8-R9
Época 1 Método 2 Cultivares
Fases
de
desenv.
Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 1611,2 1653,5 1165,9 1071,5 1150,6 1367,5 843,3 1118,2 1266,8 1266,9 955,1
R2-EB 42,35 48,8 33 31,3 48,3 37,15 31,5 48,3 49,7 32,7 103,6
EB-R3 117,3 121,75 134,7 113,1 117,7 119,95 24,35 108,7 64,45 105,1 44,2
R3-R4 37,45 16 17 34 34 30,75 283,3 32,7 63,3 28,4 164,1
R4-R7 186,1 176,4 204,8 242,2 204,8 300,85 67,4 216,6 159,5 166,3 137,8
R7-R8 52,2 68,5 97,3 68,5 81,2 154,7 78,1 66,3 132,3 199,2
R8-R9 110,9 370,55 250,8 184,45 178,5 129,2 267,25
Época 2 Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 1634,3 1533,1 1154,0 1045,4 1112,9 1366,1 750,3 1181,9 1400,7 1220,8 1045,4
R2-EB 32,6 23,7 41,3 33,5 41,1 34,6 21,95 24,8 63,9 33,6 33,5
EB-R3 125,75 142,85 122,4 88,1 122,4 132,4 108,25 111,0 105,95 107,2 64,5
R3-R4 50,4 29,95 34 28,4 24,8 37,45 32,4 43,9 129,1 4,6 38,5
R4-R7 199,9 201,45 234,75 220,6 218,3 208,2 230,45 272,8 174,3 220,3 234,0
R7-R8 38,1 40,2 97,5 78 147,45 95,2 77,45 80,9 185,55 47,9 65,0
R8-R9 138,6 152,05 83,75 262,95 100,85 70 336,05 93,7 111,65 122,4 263,3
Época 3 Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 1650,3 1618,6 1397,5 1131,3 1263,7 1498,2 742,7 1317,0 1349,0 1263,7 1096,7
R2-EB 24,25 16,6 32,8 31,7 23,7 24,9 33,2 16,0 32,6 37,5 34,6
EB-R3 125,5 107,4 143,2 73,4 127,15 127,2 67,5 127,3 116,55 113,3 31,7
R3-R4 53,85 47,5 31,1 38,15 31,3 11,35 30,45 62,9 41,25 31,3 61,4
R4-R7 185,1 200,6 178,3 223,75 228,8 227,4 242,8 207,9 176,7 172,9 250,25
R7-R8 37,05 31,5 71,1 41,25 68,05 38 147 51,9 95,25 69,2 48,45
R8-R9 86,8 103,6 73,15 216,9 146,5 142,3 223,5 118,9 77,65 151,0 164,65
Época 4 Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 1488,4 1376,1 1148,5 1102,8 1118,6 1261,8 736,5 1118,6 1292,8 1186,5 1102,8
R2-EB 24,45 14,1 38 31,3 15,5 31,1 34 15,5 30,65 24,9 31,3
EB-R3 142,5 122,65 120,4 77,35 127,7 111,6 80,8 127,7 95,75 112,1 127,7
R3-R4 55,2 14,2 31,7 33,4 31,1 26,45 32,2 31,1 42,4 15,1 31,1
R4-R7 129,85 214,05 174,2 216,9 185,6 184,45 219,25 185,6 176,65 203,6 185,6
R7-R8 49,95 37,55 77,25 51,2 78 39,95 45,75 78,0 55,2 47,9 78,0
R8-R9 120,35 79,15 129,6 180,7 98,9 142,9 79,25 98,9 112,25 137,2 201,3
Época 5 Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 937,0 740,45 963,7 767,7 855,8 668,75 930,05 991,4 768,45
R2-EB 45,35 25,5 27 9,45 40,2 33,2 17,65 32,45 29,35
EB-R3 61,75 79,4 55,1 110,05
R3-R4 39,85
R4-R7
R7-R8
R8-R9
Método 3 Cultivares
Fases
de
desenv.
Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 1591,5 1633,8 1164,0 1070,7 1148,7 1352,0 842,9 1117,2 1254,1 1254,1 954,3
R2-EB 42,4 48,8 33,0 31,0 48,3 37,2 46,9 49,1 32,7 103,6
EB-R3 117,3 121,8 122,1 110,3 106,2 119,7 31,5 90,1 62,3 102,4 43,9
R3-R4 37,5 16,0 16,0 28,9 31,9 30,8 24,4 32,7 63,3 28,4 152,3
R4-R7 186,0 176,3 204,5 235,4 204,5 296,9 281,9 211,5 155,3 162,0 135,1
R7-R8 52,2 64,5 93,3 64,5 81,1 60,3 71,3 66,3 132,3 195,0
R8-R9 104,9 370,4 250,8 184,5 168,4 148,2 129,2 267,1
Época 2 Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 1614,6 1513,4 1138,5 1032,6 1097,4 1346,4 749,5 1166,4 1381,0 1205,3 1032,6
R2-EB 32,6 23,7 41,3 32,9 41,1 34,6 22,0 24,8 63,9 33,3 32,9
EB-R3 125,5 142,7 122,1 85,9 122,1 132,4 108,0 110,7 106,0 103,2 62,3
R3-R4 46,1 30,0 30,0 28,4 24,8 37,5 31,6 39,9 129,0 4,6 38,5
R4-R7 197,4 195,5 234,8 216,3 214,3 208,1 216,9 272,8 168,4 220,3 229,8
R7-R8 38,1 40,2 97,4 78,0 147,5 89,3 77,5 80,8 184,7 47,9 65,0
R8-R9 138,6 151,2 83,8 262,7 100,6 70,0 331,8 93,7 111,7 122,3 263,1
Época 3 Epagri BR- IRGA IRGA IRGA BRS 7 IRGA EEA AVCC AVCC HÍBRI
89
18
109 IRGA
409
420 417 416 TAIM 421 406 A P DO
EM-R2 1624,5 1592,8 1377,8 1111,6 1244,0 1478,4 733,8 1297,3 1329,3 1244,0 1077,0
R2-EB 24,3 16,6 32,7 31,7 23,7 24,9 29,4 16,0 32,60 37,5 34,6
EB-R3 124,7 107,4 139,0 73,4 126,9 121,3 64,8 127,1 116,41 113,2 31,7
R3-R4 53,9 46,7 29,4 38,2 31,3 11,4 30,5 62,9 41,25 31,3 61,4
R4-R7 180,9 197,8 177,5 223,5 222,9 226,6 238,6 201,9 170,75 166,9 250,1
R7-R8 37,1 30,2 71,1 41,3 68,1 38,0 147,0 51,1 94,40 69,2 48,5
R8-R9 86,8 103,6 73,2 211,0 145,6 138,2 223,4 118,9 77,65 150,1 158,7
Época 4 Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 1462,1 1350,7 1129,1 1083,3 1099,1 1238,1 721,2 1099,1 1267,5 1167,1 1083,3
R2-EB 24,5 14,1 38,0 31,3 15,5 29,4 30,0 15,5 30,7 24,9 31,3
EB-R3 139,7 121,8 114,5 77,4 123,5 111,6 80,8 123,5 95,8 106,2 123,5
R3-R4 53,9 14,2 31,7 33,1 29,4 26,5 32,2 29,4 41,6 15,1 29,4
R4-R7 129,9 209,9 173,4 210,4 184,7 183,6 219,1 184,7 176,7 202,8 184,7
R7-R8 50,0 37,6 77,3 51,2 78,0 37,1 45,8 78,0 52,4 47,9 78,0
R8-R9 120,4 79,2 125,4 177,9 96,1 141,6 79,3 96,1 111,0 133,1 197,1
Época 5 Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 930,3 733,8 957,0 761,0 849,1 662,1 923,4 984,7 761,8
R2-EB 45,4 25,5 27 9,5 40,2 33,2 17,7 32,45 29,4
EB-R3 61,8 79,4 55,1 110,1
R3-R4 39,9
R4-R7
R7-R8
R8-R9
APÊNDICE H-. Duração das fases de desenvolvimento da emergência ao
aparecimento do colar da folha bandeira (EM-R2), do aparecimento do colar da folha
bandeira ao emborrachamento (R2-EB), do emborrachamento ao aparecimento da
panícula (EB-R3), do aparecimento da panícula a antese (R3-R4), da antese até
um ou mais grãos farináceos (R4-R7), um ou mais grãos farináceos até um ou mais
grãos amarelos (R7-R8), um ou mais grãos amarelos até a maturação fisiológica
(R8-R9) de diferentes cultivares de arroz irrigado e de dois biótipos de arroz
vermelho, em ºC dia calculado pelos diferentes métodos com temperaturas cardinais
variando durante o ciclo de desenvolvimento. Santa Maria, RS, 2004/2005. época
1=02/09/2004, época 2=07/10/2004, época 3=04/11/2004, época 4=03/12/2004,
época 5=02/03/2005.
Época 1 Método 1 Cultivares
Fases
de
desenv.
Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 1625,05 1667,4 1167,15 1071,95 1151,85 1378,35 843,6 1118,2 1275,8 1275,8 955,55
R2-EB 30,35 36,8 25 23,5 36,3 25,15 34,6 38,1 23
EB-R3 85,3 85,75 111,6 87,1 97,8 84,15 19,5 84,7 49,95 19,45 67,55
R3-R4 25,45 12 13,7 29,6 27,5 22,75 16,35 24,7 43,3 10,5 32,35
R4-R7 138,2 128,5 144,95 183 144,95 215,65 200,3 156,6 114,5 16,4 132,4
R7-R8 36,2 47,3 72,05 47,3 61,3 56,4 58,1 46,3 10,5 103,65
R8-R9 87,05 270,65 174,75 132,45 130,5 119,35 89,2 195,35 142,2
Época 2 Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 2474,8 1547 1164,85 1054,35 1123,75 1380 750,75 1192,7 1414,6 1231,6 1054,3
R2-EB 24,6 15,7 29,3 25,9 29,1 22,6 13,95 16,85 47,9 25,8 25,9
EB-R3 89,75 106,95 86,55 65,55 86,55 96,4 76,45 79,2 73,95 77,95 49,95
R3-R4 41,35 21,95 28,8 20,35 16,8 25,45 25 34,7 97,2 0,6 26,5
R4-R7 145,7 149,65 162,75 155,55 157,1 152,3 184,05 192,75 130,5 156,25 165
90
19
R7-R8 22,05 28,2 73,6 58 107,45 75,4 53,45 61 130,15 35,9 49
R8-R9 90,6 104,65 59,75 190,95 72,85 50 239,05 65,7 75,65 90,5 191,35
Época 3 Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 1512,2 1636,8 1411,35 1145,2 1277,6 1512,2 749,0 1330,9 1362,9 1277,6 1110,6
R2-EB 16,9 12,6 24,9 23,7 15,7 16,9 27,9 12 24,6 25,45 22,6
EB-R3 99,4 75,4 106,2 53,4 95,15 99,4 53,4 95,35 84,65 85,4 23,7
R3-R4 7,35 32,1 24,3 26,15 23,3 7,35 22,45 42,95 29,25 23,3 45,4
R4-R7 156 134,6 126,9 163,75 169 156 169,8 156,05 132,9 129,05 182,35
R7-R8 22 24,4 47,05 29,25 48,05 22 107 36,55 63,85 49,15 32,45
R8-R9 97,2 55,6 45,15 161,1 99,05 97,2 163,65 78,95 53,65 103,55 124,85
Época 4 Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 1506,85 1393,9 1162,2 1116,45 1132,25 1278,45 747,3 1132,2 1310,7 1200,2 1116,4
R2-EB 16,45 10,1 26 23,3 11,5 24,3 28,8 12,1 22,65 16,9 23,3
EB-R3 96,5 83,25 92,6 53,35 94,7 79,6 52,8 94,75 67,75 88,3 94,7
R3-R4 40,1 10,2 23,7 25,55 24,3 18,45 24,2 24,3 31 11,1 24,3
R4-R7 60,25 144,95 118,8 161,5 130,15 121,05 159,35 130,2 112,65 140,2 130,15
R7-R8 25,95 17,55 53,25 31,15 54 29,95 33,75 54 41,2 31,85 54
R8-R9 68,35 29,55 88,45 122,7 64,9 87,8 55,25 64,95 65,15 92,1 132,15
Época 5 Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 941,7 745,15 968,4 772,4 860,5 673,45 934,7 996,1 773,2
R2-EB 21,4 13,5 11 8,7 28,2 21,2 9,65 32,45 12,7
EB-R3 30,55 43,4 31,1 74,1
R3-R4 23,9
R4-R7
R7-R8
R8-R9
Época 1 Método 2 Cultivares
Fases
de
desenv.
Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 1611,20 1653,5 1165,9 1071,5 1150,6 1367,5 843,3 1118,2 1266,8 1266,8 955,05
R2-EB 28,7 30 20 20 30 25,15 19,5 29,7 30 20,5 67,55
EB-R3 76,3 81,75 80 70 70 77,3 16,35 60,0 39,55 19,45 28,85
R3-R4 25,45 10 10 20 20 20 183,3 20,0 42,4 10,5 100
R4-R7 118,6 112,7 132,5 152 132,5 190,25 40 135,9 97 16,4 85,15
R7-R8 33,9 38,5 60,5 38,5 50 95,15 46,6 42 10,5 123,8
R8-R9 70 240,4 160,3 121,8 112,45 78,5 171,75
Época 2 Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 1634,30 1533,1 1154,0 1045,4 1112,90 1366,1 750,25 1181,8 1400,7 1220,7 1045,3
R2-EB 20 15,7 28,4 20 26,2 22 13,95 16,85 40 20 20
EB-R3 82,5 89,75 77,9 55,2 79,7 86,3 71,55 70,5 71,75 66,4 39,55
R3-R4 30 20 20 19,5 16,6 25,45 20 25,9 80 0,6 25,6
R4-R7 132,9 129,8 150,3 136,4 135,1 132,7 139,55 174,35 112,45 143,75 145,8
R7-R8 22,1 28,1 60 49 95,2 59,7 52,4 50 121,6 30 40
R8-R9 87,9 98,55 55,6 171,4 65,2 46,25 211 62,45 74,05 78,6 171,75
Época 3 Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 1650,30 1618,6 1397,5 1131,3 1263,70 1498,2 742,75 1317 1349,0 1263,7 1096,7
R2-EB 16,3 10 20 20 15,7 16,9 20 12 20 25,45 22
EB-R3 81,3 73,1 92,5 47 79,8 80 40 82,1 75,55 70 20
R3-R4 36,5 28,5 20 26,2 20 7,35 19,55 42,95 26,9 20 39
R4-R7 113,3 126,9 118,4 144,2 148,7 149,6 151,4 135,45 115,45 112,45 162,75
R7-R8 21,05 20 45,7 26,9 46,9 22 96,3 32,95 59,45 45,45 32,45
R8-R9 33,2 55,6 45 142,9 93,9 86,7 144,05 77,35 52,05 98,55 105,45
Época 4 Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 1488,4 1376,1 1148,5 1102,8 1118,6 1261,8 736,5 1118,5 1292,8 1186,5 1102,7
R2-EB 16,5 10 25,6 20 10 20 20 12,1 20 16,9 20
EB-R3 88,8 78,55 76,9 52,5 82,5 75,45 48,5 82,95 65,45 70 82,45
R3-R4 35,7 10 20 20 20 17,65 20 24,2 27,4 10 20
R4-R7 60,3 133,05 114 142,9 121,6 115,85 141,75 121,7 109,95 134 121,6
R7-R8 26 17,55 51,7 31,2 52,4 23,85 30 52,4 35,7 31,65 52,4
R8-R9 68,35 29,55 78 114,5 58,8 83,4 52,45 58,85 61,25 81,6 121,65
Época 5 Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
91
20
EM-R2 937,0 740,45 963,7 767,7 855,8 668,75 930,05 991,4 768,45
R2-EB 21,35 13,5 11 8,7 28 21,2 9,65 32,45 12,65
EB-R3 30,55 43,4 31,1 73,35
R3-R4 23,85
R4-R7
R7-R8
R8-R9
Método 3 Cultivares
Fases
de
desenv.
Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 1591,46 1633,8 1164,0 1070,7 1148,70 1352,0 842,87 954,3 1254,1 1254,1 954,34
R2-EB 25,25 16,4 10 13 17,4 25,15 19,5 67,55 13,8 14,1 67,55
EB-R3 58,3 73,75 18,8 35,8 16,4 63,6 16,35 21,85 18,75 18,05 21,85
R3-R4 25,45 6 2,6 1,4 5 14,5 149,3 37,2 40,6 9,1 37,2
R4-R7 79,4 81,1 107,45 91,25 107,45 139,45 7,8 48,15 62 15 48,15
R7-R8 29,15 20,9 37,4 20,9 27,4 48,15 87 33,4 9,1 87
R8-R9 37,5 179,75 131,25 100,35 77,95 124,55
Época 2 Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 1614,56 1513,4 1138,5 1032,6 1097,41 1346,4 749,54 1166,4 1381,0 1205,3 1032,6
R2-EB 10,8 15,7 26,6 8,2 20,4 20,8 13,95 16,85 24,2 8,4 8,2
EB-R3 67,85 55,35 60,45 34,35 66 66,1 61,75 53,1 67,35 43,3 18,75
R3-R4 8,9 16,1 2,4 17,65 16,05 25,45 10 8,3 45,6 0,6 23,8
R4-R7 107,15 91,7 125,25 97,95 91,1 93,5 52,55 137,55 77,95 118,75 107,4
R7-R8 22,05 27,9 32,8 31 70,55 30,05 50,3 28 104,5 18,2 22
R8-R9 82,5 86,35 47,15 132,15 50,95 38,75 154,9 55,95 70,85 54,8 132,55
Época 3 Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 1624,52 1592,8 1377,8 1111,6 1244,01 1478,4 733,8 1297,3 1329,3 1244,0 1077,0
R2-EB 16,25 4,8 10,2 12,6 15,7 16,9 5,6 6 10,8 25,45 20,8
EB-R3 71,7 68,5 66,55 34,2 48,95 42,8 13,2 49,3 57,35 39,2 12,6
R3-R4 33,65 21,3 11,4 26,15 13,4 7,35 13,75 41,55 22,2 13,4 26,2
R4-R7 91,85 111,5 101,25 104,95 109,7 136,8 114,6 95,85 82,15 80,85 123,55
R7-R8 21,05 11,2 42,85 22,2 44,45 22 74,9 25,75 50,65 38,05 32,45
R8-R9 33,2 55,6 44,55 107,95 83,45 65,7 104,85 74,15 48,85 88,55 68,25
Época 4 Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 1462,14 1350,7 1129,1 1083,3 1099,14 1238,1 721,2 1099,1 1267,4 1167,0 1083,3
R2-EB 16,45 9,8 24,65 13,4 7 11,4 2,4 5,8 14,7 16,9 13,4
EB-R3 73,4 69,15 47,1 50,65 59,55 67,15 39,9 59,55 60,85 35 59,55
R3-R4 26,9 9,6 12,6 8,9 11,4 16,05 11,6 11,4 20,2 7,8 11,4
R4-R7 60,25 109,25 104,4 107,15 104,5 105,45 106,55 104,5 104,55 121,6 104,5
R7-R8 25,95 17,55 48,45 31,15 49,2 11,65 22,5 49,2 24,7 31,25 49,2
R8-R9 68,35 29,55 56,95 98,1 46,6 74,6 46,85 46,65 53,45 60,6 100,65
Época 5 Epagri
109
BR-
IRGA
409
IRGA
420
IRGA
417
IRGA
416
BRS 7
TAIM
IRGA
421
EEA
406
AVCC
A
AVCC
P
HÍBRI
DO
EM-R2 930,3 733,79 957,0 761,04 849,1 662,09 923,39 984,7 761,8
R2-EB 21,4 13,5 11 8,7 27,6 21,2 9,65 32,45 12,7
EB-R3 30,55 43,4 31,1 72,0
R3-R4 23,9
R4-R7
R7-R8
R8-R9
92
Livros Grátis
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