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auto-estima também, né?
Mas, eu trabalhava numa, numa agência de publicidade ... e, e como secretária de um dos
diretores,e a ... a empresa, né, a agência me ofereceu uma ajuda de custo na época, eu lembro que
era setenta por cento, né, pra eu fazer uma faculdade, desde que fosse na área que eu atuava, né,
que era secretária. Então, eu poderia escolher ou secretária executiva ou línguas, né, Letras, no
caso. Aí, pra mim foi uma bênção, né, eu imediatamente já providenciei de ... prestar o vestibular
e começar a fazer o curso.
No meio do caminho, eu tive outras barreiras, né, a agência foi vendida, eu tive que mudar
de emprego, mas, aos trancos e barrancos, eu consegui concluir o curso.
Aí, depois de concluir o curso de letras, eh ..., eu casei ... e mudei pra ... Goiânia. Meu
marido, como ele tem uma profissão também que, na época, né, trabalhava num emprego que
transferia muito ..., então, a cada dois anos, a gente tava morando num lugar, e pra eu me instalar,
me estabelecer e ... continuar, né, a estudar ou então a querer um emprego fixo, pra mim foi, eu
tive um pouco de perdas, né nesse ponto. Mas, eu sempre estava fazendo meus cursos de
inglês, de conversação .... . Toda cidade que a gente morava, eu ... procurava sempre
trabalhar na área, mesmo que fosse por pouco tempo ... E, por fim, dei um giro, vi algumas
cidades do Brasil e, por fim, estou em Goiânia, já vai fazer quatro anos, tou muito feliz aqui,
gosto da cidade, eh ... trabalho na Prefeitura, no município, e ... procuro desenvolver o
melhor de mim pras crianças, né, as crianças que eu atendo, elas ... têm a faixa etária de 8 a 12,
13, 14 anos. Então, eu procuro plantar, da melhor forma possível, né, essa ..., essa mudança
neles, né, porque pra você colocar uma segunda língua, pruma criança que nunca viu, né,
apesar de que hoje, a gente já entra em sala e eles já sabem muita coisa, não é como
antigamente. E o meu público, é um público carente, eu, né, é um público que você tem que,
você tem que trabalhar muito com o lúdico, com brincadeiras. E, na hora de avaliar essas
crianças, a gente procura ta observando ... eh ... o interesse, a participação, porque aí
envolve a questão da, da avaliação. Às vezes, o aluno é interessado, mas falta recurso, aí, né,
tem “n” problemas que você encontra, né, nessa ... nessa área. Especialmente, porque a
gente num, num tem, recebe muito material, e ... a gente, a professora de inglês, ele tem que
ser muito criativo, tem que tá sempre ta em busca de coisas novas, né, diferenciando as
aulas, porque o aluno chega analfabeto e você tem que ... né, tem que se virar pra, pra ele
começar a aprender, né, essa, esse bloqueio de que “Ah, eu não sei, não entendo nada.”, tal